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Imunopatologia experimental do vírus da raiva, com as variantes antigênicas 2 e 3 / Immunopathology of antigenic variants 2 and 3 of the rabies virusCASSEB, Livia Medeiros Neves 02 June 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-06-02 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A raiva é uma zoonose por ter como hospedeiros, reservatórios e transmissores, mamíferos silvestres ou domésticos, caracterizada por doença aguda, causada pelo vírus da raiva (RABV) que compromete o sistema nervoso central, caracterizando-se por encefalite, com prognóstico fatal em quase todos os casos, em qualquer espécie de mamíferos. O objetivo deste trabalho foi descrever achados patológicos e imunopatologia de diferentes cepas de vírus da raiva nos tecidos do sistema nervoso central (SNC) verificando a resposta imunologica celular e humoral durante infecção experimental de camundongos Mus musculus. Os animais foram inoculados experimentalmente com duas variantes antigênicas do RABV (VAg2 e VAg3), por diferentes vias de infecção, e um grupo controle. Os animais foram observados quanto ao desenvolvimento de sinais clínicos e sintomas, sendo coletados e eutanasiados seguindo uma cinética. Os tecidos foram fixados em formaldeído a 10%, incluídos em blocos de parafina, corados por hematoxilina-eosina para análise histopatológica, e marcados com anticorpos específicos para imunohistoquímica a fim de caracterizar e quantificar in situ a distribuição do antígeno e a resposta inflamatória. Antígenos do RABV foram encontrados no SNC de maneira difusa, mas principalmente nos neurônios. Foi observada supressão dos linfócitos TCD4+, com aumento dos linfócitos TCD8+. Observou-se apoptose importante, com morte de células da glia. Houve aumento de citocinas pro-inflamatórias (TNF-α, IFN-γ, IL-6, IL- 1β e IL-8), anti-inflamatórias (TGF-β e IL-4) e iNOS em ambas as variantes antigênicas do RABV, mas sem observação de um perfil TH17. Esta análise possibilitou caracterizar a raiva como uma meningoencefalite, por acometer os microambientes meningeal, perivascular e intraparenquimatoso. E o processo inflamatório foi verificado mesmo quando na presençaa de corpusculos de Negri, porém com menor intensidade. / The rabies is considered a zoonosis due have as host, reservoirs and transmitters the domestic or wild mammals. It´s characterized in acute disease caused by rabies virus (RABV) that affects the central nervous system (CNS) characterized by encephalitis with fatal prognosis in almost all cases, in any mammalian species. The aim of this study was to describe pathological findings and immunopathology of different strains of rabies virus in the tissues of the central nervous system, checking cellular and humoral immune response during experimental infection of Mus musculus mice. The animals were inoculated with two antigenic variants of RABV (VAg2 and VAg3), by different routes of infection, and a control group. The animals were observed for development of clinical signs and symptoms, collected and euthanized following a kinetic. The tissues were fixed in formaldehyde 10%, embedded in paraffin, stained with hematoxylin-eosin for histopathological analysis and with specific antibodies for immunohistochemical to characterize and quantify in situ distribution of the antigen and the inflammatory response. RABV antigens were found in the CNS in a diffuse way, but mainly in neurons. It was observed suppression of CD4+ lymphocytes, with increase of CD8+ lymphocytes. It was observed significant apoptosis with glial cell death and an increase of proinflammatory cytokines (TNF-α, IFN-γ, IL-6, IL-1β and IL-8), anti-inflammatory (TGF-β and IL-4) and iNOS in both antigenic variants of RABV, but without observation of a TH17 profile. The analyses enable the characterization of rabies as meningoencephalitis, since it affects the meningeal, perivascular and intraparenchymal microenvironments. And the inflammatory process was observed even in the presence of inclusion bodies, but with less intensity.
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Anticorpos neutralizantes contra o vírus da raiva em cães com e sem histórico de vacinação em Santa Maria – RS - Brasil / Neutralizing antibodies against rabies virus in dogs with and without history of vaccination in Santa Maria – RS - BrazilFernandes, Karina Gonzalez January 2016 (has links)
Rabies virus (RabV) belongs to the family Rhabdoviridae, genus Lyssavirus and is the agent of a severe zoonotic disease that courses with neurological signs and inevitably leads to death. Urban rabies, with is maintained through transmission cycles involving dogs and cats is under control or virtually eradicated in most Brazilian states. Regardless, massive vaccination of urban canine and feline populations is still being performed in many cities as to maintain the population immunity. Considering the recent outbreaks of bovine rabies in Rio Grande do Sul state (RS) and the potential risk of introduction of the virus in the urban populations of dogs and cats, it is relevant to evaluate the levels and coverage of humoral immune response induced by rabies vaccination in these populations. Thus, the present study aimed at: 1. To determine the magnitude of the serological response in dogs with recent history of rabies vaccination; 2. To investigate the frequency and level of antibodies to RabV in dogs with unknown history of vaccination against rabies. The first study included 440 serum samples from dogs with recent historic of vaccination against rabies, collected during the 2015 Rabies Vaccination Campaign in Santa Maria, RS. The second study used 300 samples from dogs submitted to the University Veterinary Hospital (HVU) of the Federal University of Santa Maria in 2015. These dogs have been submitted to HVU for varied clinical and surgical procedures and, thus, rabies vaccination history was unknown. Serum samples were submitted to the rapid inhibition of fluorescent foci test (RIFFT) which detects neutralizing antibodies do RabV. Out of the 440 samples collected from vaccinated animals, 70.4% (330/440) harbored neutralizing antibody titers ≥ 0.5 UI/mL, considered an indicative of protection to rabies by the World Health Organization (WHO). However, approximately 30% of the animals did not contain antibodies in adequate levels. Among the animals with titers below 0.5 UI/mL, 57.4% (74 amostras) had been subjected to two or more vaccinations, indicating failure in the immunization strategies and/or poor vaccine quality. Among the samples collected from dogs with unknown historic of rabies vaccination, 42.3% (127/300) contained neutralizing antibody titers ≥ 0.5 UI/mL. Thus, 57.7% (173/300) of the sampled animals did not contain levels of protective antibodies against rabies. Considering that these samples were collected from a selected dog population, these coverage levels should not be considered representative of the vaccine coverage of the total dog population. However, these numbers are indicative of a low rabies vaccine coverage in the urban dog population of Santa Maria, RS. In summary, our results demonstrated that an important proportion of dogs vaccinated against rabies have not developed adequate antibody levels against RabV, indicating the need of reformulation of the vaccination strategies. On the other hand, the levels of vaccine coverage detected in a selected sampling no history of vaccination indicates the need to extend the rabies vaccination campaigns as obtain a wider vaccine coverage. / O vírus rábico (RabV) pertence à família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus, e é o agente da raiva, uma doença zoonótica grave que cursa com sinais neurológicos e que, inevitavelmente leva à morte. A raiva urbana, que é mantida em ciclos envolvendo cães e gatos, está sob controle ou virtualmente erradicada na maioria dos Estados do Brasil. No entanto, a vacinação maciça das populações caninas e felinas das cidades segue sendo realizada para manter os níveis de imunidade dessas populações. Considerando-se surtos de raiva herbívora no Estado do Rio Grande do Sul, envolvendo principalmente bovinos, e o risco potencial de introdução do vírus em populações urbanas de cães, torna-se relevante avaliar os níveis de proteção e a cobertura vacinal conferidos pelas vacinações realizadas nessa população. Assim, o presente estudo teve como objetivos: 1. Avaliar os níveis de anticorpos anti-RabV em cães com histórico de vacinação antirrábica e 2. Investigar a frequência e níveis de anticorpos anti-RabV em uma amostra de cães sem histórico conhecido de vacinação de Santa Maria, RS. No primeiro estudo, utilizaram-se 440 amostras séricas de cães coletadas durante a campanha de vacinação antirrábica de 2015 na cidade Santa Maria. Somente foram coletadas amostras de cães com histórico confirmado de, pelo menos, uma vacinação antirrábica nos dois anos anteriores. O segundo estudo incluiu 300 amostras de cães levados para atendimento clínico e/ou cirúrgico no Hospital Universitário Veterinário da Universidade Federal de Santa Maria (HVU/UFSM) no ano de 2015.O histórico de vacinação antirrábica neste grupo não foi investigado, constituindo-se, portanto, em uma amostra de conveniência de cães sem histórico conhecido de vacinação contra a raiva. As amostras de soro foram submetidas ao teste rápido de inibição de focos fluorescentes (RIFFT) que detecta anticorpos neutralizantes contra o RabV. Dentre as amostras coletadas na campanha de vacinação, 70,4% (330/440) apresentaram título neutralizante igual ou superior a 0,5 UI/ml, considerado protetivo pela Organização Mundial de Saúde (OMS). No entanto, aproximadamente 30% dos animais não apresentavam títulos adequados. Dentre as amostras com títulos inferiores a 0,5 UI/ml, 57,4% (74 amostras) eram provenientes de cães com histórico de mais de uma vacinação. Dentre as amostras coletadas de cães sem histórico conhecido de vacinação, 42,3% (127/300) apresentaram título igual ou superior a 0,5 UI/ml e 57,7% (173/300) não possuíam anticorpos em títulos considerados adequados para proteção. Considerando-se que tratava-se de uma amostra de conveniência, e não necessariamente representativa da população canina da cidade, esses níveis de cobertura vacinal não devem ser extrapolados para a população total, porém são indicativos de cobertura vacinal baixa. Em resumo, os resultados deste estudo indicam que uma parcela importante dos cães vacinados contra a raiva em Santa Maria/RS não está desenvolvendo níveis adequados de anticorpos contra o RaBV, indicando a necessidade de se reavaliar as estratégias de vacinação. Por outro lado, os níveis de cobertura vacinal detectados em uma amostra de cães sem histórico conhecido de vacinação sugerem a necessidade de se expandir as campanhas de vacinação antirrábica na cidade de Santa Maria/RS para produzir uma cobertura vacinal mais ampla.
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