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Administração repetida de morfina em ratos infantes : efeitos em curto, médio e longo prazos nas atividades nociceptiva, comportamental e ectonucleotidásicas

Rozisky, Joanna Ripoll January 2008 (has links)
O estudo do sistema opióide no neonato tem sido freqüentemente pesquisado. Os neonatos rotineiramente experimentam dor aguda e crônica causada por procedimentos invasivos em UTI pediátrica e freqüentemente não recebem analgesia adequada. Entretanto, o uso da analgesia opióide vem aumentando nas últimas décadas em consequência das mudanças e avanços na compreensão, na identificação e no tratamento da dor em crianças. Entretanto, ainda existe uma carência em estudos de seus efeitos específicos sobre uma administração em longo prazo nestes pacientes. Adicionalmente, alguns estudos têm demonstrado que a exposição às drogas logo após o nascimento pode ter implicações duradouras no sistema nervoso, e que a exposição à morfina pode influenciar no desenvolvimento e na função de alguns sistemas do neurotransmissores. Existem múltiplos sistemas espinhais que modulam a neurotransmissão nociceptiva no corno dorsal. Propõe-se que a adenosina extracelular esteja envolvida no controle fisiológico da dor a nível espinal e na ação antinociceptiva opióide. Por outro lado, o ATP é um neurotransmissor liberado dos terminais nervosos sensoriais aferentes para atuar na circuitaria central da dor. Os nucleotídeos extracelulares podem ser hidrolisados por E-NTPDase e por 5’nucleotidase. Esta cascata enzimática apresenta dupla função: remover o sinal do ATP e gerar um segundo, adenosina. Esta dissertação teve como objetivos: investigar o efeito da administração repetida da morfina de P8 até P14 nas respostas nociceptiva, inflamatória, comportamental e na atividade das ectonucleotidases em medula espinhal e córtex de ratos em P16, P30 e P60. Além disso, avaliar o efeito de uma segunda exposição repetida de morfina por 7 dias em P80 na resposta nociceptiva, inflamatória e comportamental. Os animais que receberam a morfina por sete dias em P14 não desenvolveram tolerância, porém, quando avaliados em P80, demonstraram maior analgesia da morfina (administração aguda), e após 7 dias de administração diária de morfina (P86), desenvolveram o clássico fenômeno da tolerância. No teste da formalina, observou-se aumento na resposta nociceptiva em P30 e em P60, mas não em P16. No desempenho no campo aberto os animais apresentaram alteração de alguns comportamentos, tais como aumento de grooming em P16, e aumento de rearing e locomoção em P30. Em P88, o grupo que recebeu a morfina diariamente (de P80 até P86) apresentou aumento de rearing. Nas atividades das E-NTPDases, observou-se em P16 um aumento na atividade de hidrólise do ATP em sinaptossomas de córtex cerebral, e uma diminuição na atividade de hidrólise do ADP em sinaptossomas de medula espinhal. Nas demais idades avaliadas (P30 e P60) não formas observadas diferenças nas atividades de hidrólises dos núcleotídeos de ambas as estruturas analisadas. O limiar nociceptivo mais elevado observado no teste da formalina pode ser devido a neuroplasticidade na circuitaria nociceptiva, tais como em neurotransmissores excitatórios em nível espinhal. As alterações comportamentais observadas sugerem que a exposição à morfina, logo após o nascimento, pode desencadear, a curto e longo prazo, fenômenos tais como sensibilização comportamental. Em conclusão, estes resultados indicam que a exposição à morfina durante a segunda semana de vida pode promover aumento na resposta nociceptiva e alterações comportamentais que perderam ao longo da vida. Os efeitos observados após exposição repetida à morfina em animais podem colaborar com o entendimento de conseqüências clínicas decorrentes da administração em longo prazo de opióides. Adicionalmente, estes resultados sugerem a necessidade do desenvolvimento de pesquisas que abordem diferentes sistemas de neurotransmissores objetivando neutralizar tais adaptações comportamentais induzidas pela morfina. Os resultados nas atividades de E-NTPDases destacam a importância do sistema purinérgico de ratos infantes submetidos à exposição repetida da morfina. Essas alterações enzimáticas podem constituir um dos mecanismos responsáveis pelos efeitos secundários da retirada opióide. / The study of the opioid system in the newborn has been frequently researched. The newborns routinely experiencing acute and chronic pain caused by invasive procedures in pediatric ICU and often do not receive adequate analgesia. However, the use of opioid analgesia has been increasing in recent decades as a consequence of changes and advances in the understanding, in the identification, and treatment of pain in children. However, there is still a lack of knowledge on their specific effects in a long-term administration for this population of patients. Additionally, some studies have shown that exposure to drugs soon after birth may have lasting implications in the nervous system, and that exposure to morphine can influence the development and function of some systems of neurotransmitters. There are multiple systems that modulate the spinal nociceptive neurotransmission in the dorsal horn. It has been proposed that the extracellular adenosine is involved in the physiological control of pain in spinal and action antinociceptiva opioid. Moreover, the ATP is a neurotransmitter released from sensory afferent nerve terminals to act in the central circuitaria of pain. The extracellular nucleotides can be hydrolysates by E-NTPDase and by 5’nucleotidase. This enzyme cascade presents dual function: remove the signal from the ATP and generating a second, adenosine. This dissertation had the following objectives: to investigate the effect of repeated administration of morphine from P8 to P14 in nociceptive responses, inflammatory, and behavioral activity ectonucleotidases in the cortex and spinal cord of rats in P16, P30, P60. Moreover, to evaluate the effect of one second repeated morphine exposition per 7 days in P80 in the nociceptive, inflammatory and behaviour response. Animals that received the morphine for seven days in P14 did not develop tolerance, but when evaluated in P80, showed greater the morphine analgesia (acute administration), and after 7 days of daily administration of morphine (P86), developed the classic phenomenon of tolerance. In the formalin test, it was observed increase in response to nociceptive P30 and P60 but not on P16. In performing in the open field the animals showed some change in behavior, such as increased grooming in P16, and increase of rearing and locomotion in P30. At P88, the group that received the morphine daily (from P80 to P86) showed increase of rearing. On the ENTPDases activities were observed at P16 increase in the activity of hydrolysis of ATP in sinaptossomas of cerebral cortex, and a decrease in the activity of ADP in the hydrolysis of sinaptossomas spinal cord. In other ages evaluated (P30 and P60) it was not observed differences on nucleotides hydrolysis activity from both structures.analyzed. The higher threshold nociception observed in the test of formalin can be due to neuroplasticidade in circuitaria nociceptive, such as neurotransmitters in excitatórios in spinal level. The behavioural changes suggest that exposure to morphine, soon after birth, can trigger in the short and long term, phenomena such as behavioral sensitization. In conclusion, these results indicate that exposure to morphine during the second week of life may promote increase in response nociceptive and behavioural changes that have lost their lifetime. These behavioural changes indicate the need for the evaluation of the clinical consequences of long-term opioid administration. Additionally, these results suggest the need for development of research that address different systems of neurotransmitters aiming neutralize the behavioral changes induced by opioid. AThe findings on the E-NTPDases activities highlight the importance of purinergic system of young rats submitted to the repeated morphine exposure. These alterations activities may constitute one of the mechanisms that mediate the development of some of the side effects, such as opioid withdrawal, associated with repeated morphine exposure in early life.
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Administração repetida de morfina em ratos infantes : efeitos em curto, médio e longo prazos nas atividades nociceptiva, comportamental e ectonucleotidásicas

Rozisky, Joanna Ripoll January 2008 (has links)
O estudo do sistema opióide no neonato tem sido freqüentemente pesquisado. Os neonatos rotineiramente experimentam dor aguda e crônica causada por procedimentos invasivos em UTI pediátrica e freqüentemente não recebem analgesia adequada. Entretanto, o uso da analgesia opióide vem aumentando nas últimas décadas em consequência das mudanças e avanços na compreensão, na identificação e no tratamento da dor em crianças. Entretanto, ainda existe uma carência em estudos de seus efeitos específicos sobre uma administração em longo prazo nestes pacientes. Adicionalmente, alguns estudos têm demonstrado que a exposição às drogas logo após o nascimento pode ter implicações duradouras no sistema nervoso, e que a exposição à morfina pode influenciar no desenvolvimento e na função de alguns sistemas do neurotransmissores. Existem múltiplos sistemas espinhais que modulam a neurotransmissão nociceptiva no corno dorsal. Propõe-se que a adenosina extracelular esteja envolvida no controle fisiológico da dor a nível espinal e na ação antinociceptiva opióide. Por outro lado, o ATP é um neurotransmissor liberado dos terminais nervosos sensoriais aferentes para atuar na circuitaria central da dor. Os nucleotídeos extracelulares podem ser hidrolisados por E-NTPDase e por 5’nucleotidase. Esta cascata enzimática apresenta dupla função: remover o sinal do ATP e gerar um segundo, adenosina. Esta dissertação teve como objetivos: investigar o efeito da administração repetida da morfina de P8 até P14 nas respostas nociceptiva, inflamatória, comportamental e na atividade das ectonucleotidases em medula espinhal e córtex de ratos em P16, P30 e P60. Além disso, avaliar o efeito de uma segunda exposição repetida de morfina por 7 dias em P80 na resposta nociceptiva, inflamatória e comportamental. Os animais que receberam a morfina por sete dias em P14 não desenvolveram tolerância, porém, quando avaliados em P80, demonstraram maior analgesia da morfina (administração aguda), e após 7 dias de administração diária de morfina (P86), desenvolveram o clássico fenômeno da tolerância. No teste da formalina, observou-se aumento na resposta nociceptiva em P30 e em P60, mas não em P16. No desempenho no campo aberto os animais apresentaram alteração de alguns comportamentos, tais como aumento de grooming em P16, e aumento de rearing e locomoção em P30. Em P88, o grupo que recebeu a morfina diariamente (de P80 até P86) apresentou aumento de rearing. Nas atividades das E-NTPDases, observou-se em P16 um aumento na atividade de hidrólise do ATP em sinaptossomas de córtex cerebral, e uma diminuição na atividade de hidrólise do ADP em sinaptossomas de medula espinhal. Nas demais idades avaliadas (P30 e P60) não formas observadas diferenças nas atividades de hidrólises dos núcleotídeos de ambas as estruturas analisadas. O limiar nociceptivo mais elevado observado no teste da formalina pode ser devido a neuroplasticidade na circuitaria nociceptiva, tais como em neurotransmissores excitatórios em nível espinhal. As alterações comportamentais observadas sugerem que a exposição à morfina, logo após o nascimento, pode desencadear, a curto e longo prazo, fenômenos tais como sensibilização comportamental. Em conclusão, estes resultados indicam que a exposição à morfina durante a segunda semana de vida pode promover aumento na resposta nociceptiva e alterações comportamentais que perderam ao longo da vida. Os efeitos observados após exposição repetida à morfina em animais podem colaborar com o entendimento de conseqüências clínicas decorrentes da administração em longo prazo de opióides. Adicionalmente, estes resultados sugerem a necessidade do desenvolvimento de pesquisas que abordem diferentes sistemas de neurotransmissores objetivando neutralizar tais adaptações comportamentais induzidas pela morfina. Os resultados nas atividades de E-NTPDases destacam a importância do sistema purinérgico de ratos infantes submetidos à exposição repetida da morfina. Essas alterações enzimáticas podem constituir um dos mecanismos responsáveis pelos efeitos secundários da retirada opióide. / The study of the opioid system in the newborn has been frequently researched. The newborns routinely experiencing acute and chronic pain caused by invasive procedures in pediatric ICU and often do not receive adequate analgesia. However, the use of opioid analgesia has been increasing in recent decades as a consequence of changes and advances in the understanding, in the identification, and treatment of pain in children. However, there is still a lack of knowledge on their specific effects in a long-term administration for this population of patients. Additionally, some studies have shown that exposure to drugs soon after birth may have lasting implications in the nervous system, and that exposure to morphine can influence the development and function of some systems of neurotransmitters. There are multiple systems that modulate the spinal nociceptive neurotransmission in the dorsal horn. It has been proposed that the extracellular adenosine is involved in the physiological control of pain in spinal and action antinociceptiva opioid. Moreover, the ATP is a neurotransmitter released from sensory afferent nerve terminals to act in the central circuitaria of pain. The extracellular nucleotides can be hydrolysates by E-NTPDase and by 5’nucleotidase. This enzyme cascade presents dual function: remove the signal from the ATP and generating a second, adenosine. This dissertation had the following objectives: to investigate the effect of repeated administration of morphine from P8 to P14 in nociceptive responses, inflammatory, and behavioral activity ectonucleotidases in the cortex and spinal cord of rats in P16, P30, P60. Moreover, to evaluate the effect of one second repeated morphine exposition per 7 days in P80 in the nociceptive, inflammatory and behaviour response. Animals that received the morphine for seven days in P14 did not develop tolerance, but when evaluated in P80, showed greater the morphine analgesia (acute administration), and after 7 days of daily administration of morphine (P86), developed the classic phenomenon of tolerance. In the formalin test, it was observed increase in response to nociceptive P30 and P60 but not on P16. In performing in the open field the animals showed some change in behavior, such as increased grooming in P16, and increase of rearing and locomotion in P30. At P88, the group that received the morphine daily (from P80 to P86) showed increase of rearing. On the ENTPDases activities were observed at P16 increase in the activity of hydrolysis of ATP in sinaptossomas of cerebral cortex, and a decrease in the activity of ADP in the hydrolysis of sinaptossomas spinal cord. In other ages evaluated (P30 and P60) it was not observed differences on nucleotides hydrolysis activity from both structures.analyzed. The higher threshold nociception observed in the test of formalin can be due to neuroplasticidade in circuitaria nociceptive, such as neurotransmitters in excitatórios in spinal level. The behavioural changes suggest that exposure to morphine, soon after birth, can trigger in the short and long term, phenomena such as behavioral sensitization. In conclusion, these results indicate that exposure to morphine during the second week of life may promote increase in response nociceptive and behavioural changes that have lost their lifetime. These behavioural changes indicate the need for the evaluation of the clinical consequences of long-term opioid administration. Additionally, these results suggest the need for development of research that address different systems of neurotransmitters aiming neutralize the behavioral changes induced by opioid. AThe findings on the E-NTPDases activities highlight the importance of purinergic system of young rats submitted to the repeated morphine exposure. These alterations activities may constitute one of the mechanisms that mediate the development of some of the side effects, such as opioid withdrawal, associated with repeated morphine exposure in early life.
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Administração repetida de morfina em ratos infantes : efeitos em curto, médio e longo prazos nas atividades nociceptiva, comportamental e ectonucleotidásicas

Rozisky, Joanna Ripoll January 2008 (has links)
O estudo do sistema opióide no neonato tem sido freqüentemente pesquisado. Os neonatos rotineiramente experimentam dor aguda e crônica causada por procedimentos invasivos em UTI pediátrica e freqüentemente não recebem analgesia adequada. Entretanto, o uso da analgesia opióide vem aumentando nas últimas décadas em consequência das mudanças e avanços na compreensão, na identificação e no tratamento da dor em crianças. Entretanto, ainda existe uma carência em estudos de seus efeitos específicos sobre uma administração em longo prazo nestes pacientes. Adicionalmente, alguns estudos têm demonstrado que a exposição às drogas logo após o nascimento pode ter implicações duradouras no sistema nervoso, e que a exposição à morfina pode influenciar no desenvolvimento e na função de alguns sistemas do neurotransmissores. Existem múltiplos sistemas espinhais que modulam a neurotransmissão nociceptiva no corno dorsal. Propõe-se que a adenosina extracelular esteja envolvida no controle fisiológico da dor a nível espinal e na ação antinociceptiva opióide. Por outro lado, o ATP é um neurotransmissor liberado dos terminais nervosos sensoriais aferentes para atuar na circuitaria central da dor. Os nucleotídeos extracelulares podem ser hidrolisados por E-NTPDase e por 5’nucleotidase. Esta cascata enzimática apresenta dupla função: remover o sinal do ATP e gerar um segundo, adenosina. Esta dissertação teve como objetivos: investigar o efeito da administração repetida da morfina de P8 até P14 nas respostas nociceptiva, inflamatória, comportamental e na atividade das ectonucleotidases em medula espinhal e córtex de ratos em P16, P30 e P60. Além disso, avaliar o efeito de uma segunda exposição repetida de morfina por 7 dias em P80 na resposta nociceptiva, inflamatória e comportamental. Os animais que receberam a morfina por sete dias em P14 não desenvolveram tolerância, porém, quando avaliados em P80, demonstraram maior analgesia da morfina (administração aguda), e após 7 dias de administração diária de morfina (P86), desenvolveram o clássico fenômeno da tolerância. No teste da formalina, observou-se aumento na resposta nociceptiva em P30 e em P60, mas não em P16. No desempenho no campo aberto os animais apresentaram alteração de alguns comportamentos, tais como aumento de grooming em P16, e aumento de rearing e locomoção em P30. Em P88, o grupo que recebeu a morfina diariamente (de P80 até P86) apresentou aumento de rearing. Nas atividades das E-NTPDases, observou-se em P16 um aumento na atividade de hidrólise do ATP em sinaptossomas de córtex cerebral, e uma diminuição na atividade de hidrólise do ADP em sinaptossomas de medula espinhal. Nas demais idades avaliadas (P30 e P60) não formas observadas diferenças nas atividades de hidrólises dos núcleotídeos de ambas as estruturas analisadas. O limiar nociceptivo mais elevado observado no teste da formalina pode ser devido a neuroplasticidade na circuitaria nociceptiva, tais como em neurotransmissores excitatórios em nível espinhal. As alterações comportamentais observadas sugerem que a exposição à morfina, logo após o nascimento, pode desencadear, a curto e longo prazo, fenômenos tais como sensibilização comportamental. Em conclusão, estes resultados indicam que a exposição à morfina durante a segunda semana de vida pode promover aumento na resposta nociceptiva e alterações comportamentais que perderam ao longo da vida. Os efeitos observados após exposição repetida à morfina em animais podem colaborar com o entendimento de conseqüências clínicas decorrentes da administração em longo prazo de opióides. Adicionalmente, estes resultados sugerem a necessidade do desenvolvimento de pesquisas que abordem diferentes sistemas de neurotransmissores objetivando neutralizar tais adaptações comportamentais induzidas pela morfina. Os resultados nas atividades de E-NTPDases destacam a importância do sistema purinérgico de ratos infantes submetidos à exposição repetida da morfina. Essas alterações enzimáticas podem constituir um dos mecanismos responsáveis pelos efeitos secundários da retirada opióide. / The study of the opioid system in the newborn has been frequently researched. The newborns routinely experiencing acute and chronic pain caused by invasive procedures in pediatric ICU and often do not receive adequate analgesia. However, the use of opioid analgesia has been increasing in recent decades as a consequence of changes and advances in the understanding, in the identification, and treatment of pain in children. However, there is still a lack of knowledge on their specific effects in a long-term administration for this population of patients. Additionally, some studies have shown that exposure to drugs soon after birth may have lasting implications in the nervous system, and that exposure to morphine can influence the development and function of some systems of neurotransmitters. There are multiple systems that modulate the spinal nociceptive neurotransmission in the dorsal horn. It has been proposed that the extracellular adenosine is involved in the physiological control of pain in spinal and action antinociceptiva opioid. Moreover, the ATP is a neurotransmitter released from sensory afferent nerve terminals to act in the central circuitaria of pain. The extracellular nucleotides can be hydrolysates by E-NTPDase and by 5’nucleotidase. This enzyme cascade presents dual function: remove the signal from the ATP and generating a second, adenosine. This dissertation had the following objectives: to investigate the effect of repeated administration of morphine from P8 to P14 in nociceptive responses, inflammatory, and behavioral activity ectonucleotidases in the cortex and spinal cord of rats in P16, P30, P60. Moreover, to evaluate the effect of one second repeated morphine exposition per 7 days in P80 in the nociceptive, inflammatory and behaviour response. Animals that received the morphine for seven days in P14 did not develop tolerance, but when evaluated in P80, showed greater the morphine analgesia (acute administration), and after 7 days of daily administration of morphine (P86), developed the classic phenomenon of tolerance. In the formalin test, it was observed increase in response to nociceptive P30 and P60 but not on P16. In performing in the open field the animals showed some change in behavior, such as increased grooming in P16, and increase of rearing and locomotion in P30. At P88, the group that received the morphine daily (from P80 to P86) showed increase of rearing. On the ENTPDases activities were observed at P16 increase in the activity of hydrolysis of ATP in sinaptossomas of cerebral cortex, and a decrease in the activity of ADP in the hydrolysis of sinaptossomas spinal cord. In other ages evaluated (P30 and P60) it was not observed differences on nucleotides hydrolysis activity from both structures.analyzed. The higher threshold nociception observed in the test of formalin can be due to neuroplasticidade in circuitaria nociceptive, such as neurotransmitters in excitatórios in spinal level. The behavioural changes suggest that exposure to morphine, soon after birth, can trigger in the short and long term, phenomena such as behavioral sensitization. In conclusion, these results indicate that exposure to morphine during the second week of life may promote increase in response nociceptive and behavioural changes that have lost their lifetime. These behavioural changes indicate the need for the evaluation of the clinical consequences of long-term opioid administration. Additionally, these results suggest the need for development of research that address different systems of neurotransmitters aiming neutralize the behavioral changes induced by opioid. AThe findings on the E-NTPDases activities highlight the importance of purinergic system of young rats submitted to the repeated morphine exposure. These alterations activities may constitute one of the mechanisms that mediate the development of some of the side effects, such as opioid withdrawal, associated with repeated morphine exposure in early life.
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Mecanismos opióides centrais envolvidos no efeito protetor da testosterona no desenvolvimento da dor da ATM em ratos / Central mu- kappa opioid receptor cooperativity mediates the protective effect of testosterone on temporomandibular joint nociception development in rats

Macedo, Cristina Gomes de, 1964- 20 August 2018 (has links)
Orientador: Claudia Herrera Tambeli / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba / Made available in DSpace on 2018-08-20T01:36:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Macedo_CristinaGomesde_M.pdf: 777542 bytes, checksum: 9fba5bed6fd851b4349bf4812dda8d33 (MD5) Previous issue date: 2012 / Resumo: Disfunções temporomandibulares são condições dolorosas que envolvem a articulação temporomandibular e os músculos mastigatórios com maior prevalência, severidade e duração no sexo feminino. Recentemente foi demonstrado que a testosterona apresenta um efeito protetor ao diminuir o risco de ratos desenvolverem dor na Articulação Temporomandibular (ATM), o que explica pelo menos em parte, a menor prevalência de dor no sexo masculino. No entanto, o mecanismo através do qual a testosterona induz o efeito protetor em machos não é conhecido. Assim, o objetivo deste trabalho foi investigar se o efeito protetor da testosterona é mediado pela ativação do sistema opióide endógeno no sistema nervoso central e quais os subtipos de receptores opióides estão envolvidos nesse efeito protetor sobre o desenvolvimento de dor na ATM em ratos. Para o procedimento experimental foram usados ratos machos Wistar (230-300 g), intactos, gonadectomizados (Gx) e sham gonadectomizados (sham Gx) e a injeção de formalina 0,5% na ATM foi usada como estímulo nociceptivo. Para testar o envolvimento de um mecanismo neural central dependente da ativação do sistema opióide, os animais receberam injeção de naloxona, antagonista não seletivo de receptores opióides, CTOP, Naltrindole e Nor-BNI, antagonistas opióides seletivos para os subtipos de receptores opióides mu (µ ), delta e capa (µ ), respectivamente na região do núcleo sensorial trigeminal, antes do teste da formalina na ATM. A administração da Naloxona (15?g) antagonista não seletivo ou a combinação dos antagonistas de receptor µ opióide CTOP (30µ g/10µ l) mais o de receptor µ opióide Nor- BNI (90µ g/10µ l) aumentou significativamente a nocicepção induzida pela formalina 0,5% na ATM em ratos sham Gx, mas não em ratos Gx (31.09%, n = 6 e 26,9%, n = 6; respectivamente) A resposta de ratos intactos a estes tratamentos foi semelhante à de ratos sham Gx. Em contraste, a administração de cada antagonista de receptores opióides sozinhos ou a combinação de CTOP (30µ g/10µ l) mais o antagonista do receptor delta opióide Naltrindole (90µ g/10µ l) ou de Nor-BNI (90µ g/10µ l) mais Naltrindole (90µ g/10µ l) não afetou a nocicepção induzida pela formalina 0,5% em ratos Gx, intactos e sham Gx. Estes resultados sugerem que o efeito protetor da testosterona no desenvolvimento da dor na ATM depende da liberação de opióides endógenos e a subseqüente ativação dos receptores opióides mu e capa no sistema nervoso central. Conclui-se que a ativação individual dos subtipos de receptores é insuficiente enquanto que a co-ativação dos receptores opióides µ e k é necessária para mediar o efeito protetor da testosterona / Abstract: Temporomandibular Joints (TMJ) dysfunctions are painful conditions involving the masticatory muscles and temporomandibular joint with higher prevalence, severity and duration in females. Recently it was shown that testosterone has a protective effect by reducing the risk of rat develop pain in TMJ, which explains at least in part, the lower prevalence of pain in males. However, the mechanism through which the testosterone induces protective effect in males is not known. Thus, the aim of this study was to investigate whether the protective effect of testosterone is mediated by activation of endogenous opioid system in the central nervous system and what subtypes of opioid receptors are involved in this protective effect on the development of TMJ pain in rats. For the experimental procedure Intact, gonadectomized and sham Wistar (230-300g) male rats were used and all experimental procedures were approved by the Ethics Committee in Animal Research at the UNICAMP. The TMJ injection of 0.5% formalin was used as a nociceptive stimulus. The nociceptive behavior was quantified for 45 minutes and used as a quantitative nociceptive behavior measure that was defined as the cumulative total number of seconds that the animal spent rubbing the orofacial region asymmetrically with the ipsilateral fore or hind paw plus the number of head flinches counted during the observation period. Administration of the opioid receptor antagonist naloxone 15 mg or the combination of the mu-opioid receptor antagonists CTOP (30µ g/10µ l) plus the kappa-opioid receptor antagonist nor-binaltorphimine (90µ g/10µ l), significantly increased TMJ 0.5% formalin-induced nociception in sham (31.09%, n=6 and 26.9%, n=6; respectively) but not in gonadectomized rats. The response of intact rats to these treatments was similar to that of sham rats. In contrast, the administration of each opioid receptor antagonist alone or the combination of CTOP (30µg/10µ l) plus the delta-opioid receptor antagonist Naltrindole (90µ g/10µ l) or of Nor-binaltorphimine (90µ g/10µ l) plus Naltrindole (90µ g/10µ l) did not affect TMJ 0.5% formalin-induced nociception in intact, sham and gonadectomized rats. These findings suggest that the protective effect of testosterone on TMJ pain development depends on the release of endogenous opioids and on the subsequent activation of mu and kappa opioid receptors in the central nervous system. The conclusion is that the selective activation of individual receptor subtypes is insufficient while the co-activation of µ and k opioid receptors is necessary to mediate the protective effect of testosterone / Mestrado / Fisiologia Oral / Mestre em Odontologia
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O papel dos receptores opióides centrais no efeito antinociceptivo de um polissacarídeo sulfatado isolado da alga marinha solírea filiforms na hipernocicepcao induzida pela formalina na articulação temporomandibular de ratos / The role of central opioid receptors in the analgesic effect of a sulfated polysaccharide isolated from solírea filiforms kelp in hyperalgesia induced by formalin in the temporomandibular joint of rats

Pachêco, José Mario 24 June 2015 (has links)
PACHECO, J. M. (2015). O papel dos receptores opióides centrais no efeito antinociceptivo de um polissacarídeo sulfatado isolado da alga marinha soliera filiforms na hipernocicepção induzida pela formalina na articulação temporomandibular de ratos. 2015. 52 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Campus da Medicina de Sobral, Universidade Federal do Ceará, Sobral , 2015 / Submitted by Mestrado Ciências da Saúde (ppgcsufcsobral@gmail.com) on 2016-11-23T17:17:49Z No. of bitstreams: 1 2015_dis_pachecojosemario.pdf: 787604 bytes, checksum: 5d1cb4b70dd3fd1ecfbf61a5e6d95ea8 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Márcia Sousa (marciasousa@ufc.br) on 2017-01-24T10:32:08Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2015_dis_pachecojosemario.pdf: 787604 bytes, checksum: 5d1cb4b70dd3fd1ecfbf61a5e6d95ea8 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-01-24T10:32:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2015_dis_pachecojosemario.pdf: 787604 bytes, checksum: 5d1cb4b70dd3fd1ecfbf61a5e6d95ea8 (MD5) Previous issue date: 2015-06-24 / The current study was designed to investigate the effect of sulfated polysaccharides from red seaweed Solieria filiformis (Fraction FII) in the inflammatory hypernociception in the temporomandibular joint (TMJ) of rats. Methods: Male Wistar rats (180–240 g). Rats were pretreated (30 min) with a subcutaneous injection (s.c.) of vehicle or FII (0.03, 0.3 or 3.0 mg/kg) followed by intra-TMJ injection of 1.5% Formalin or 5-hydroxytriptamine (5-HT, 225 µg/TMJ). In other set of experiments rats were pretreated (15 min) with an intrathecal injection of the non-selective opioid receptors Naloxone, or µ-opioid receptor antagonist CTOP, or δ-opioid receptor Naltridole hydrochloride, or -opioid receptor antagonist Nor-Binaltorphimine followed by injection of FII (s.c.). After 30 min, the animals were treated with an intra-TMJ injection of 1.5 % formalin. After TMJ treatment, behavioral nociception response was evaluated for a 45-min observation period, animals were terminally anesthetized and periarticular tissue, trigeminal ganglion and subnucleus caudalis (SC) were collected plasma extravasation and ELISA analysis. Results: Pretreatment with FII significantly reduced formalin- and serotonin-induced TMJ nociception (P<0.05: ANOVA, Bonferroni’s test). Pretreatment with FII significantly inhibit the plasma extravasation and inflammatory cytokines (TNF-α and IL-1β) release induced by 1.5% formalin in the TMJ (P<0.05). Pretreatment with intrathecal injection of Naloxone, CTOP, Naltridole or Nor-BNI blocked the antinociceptive effect of FII in the 1.5% formalin-induced TMJ nociception (P<0.05). In addition, FII was able to significantly increase the β-endorphin release in the subnucleus caudalis. Conclusions: The results suggest that FII has a potential antinociceptive and anti-inflammatory effect in the TMJ mediated by activation of opioid receptors in the subncucleus caudalis and inhibition of the release of inflammatory mediators in the periarticular tissue . / O presente estudo foi desenhado para investigar o efeito de um polissacarídeo sulfatado da alga marinha Solieria filiformis (fração FII) na hipernocicepção inflamatória na articulação temporomandibular (ATM) de ratos. Métodos: Foram utilizados 5 ratos machos Wistar (180-240 g) por grupo. Os ratos foram pré-tratados (30 min) com uma injecção subcutânea (s.c.) de salina ou de FII (0.03, 0.3 ou 3.0 mg/kg), seguido por injecção intra-ATM de 1,5% de formalina ou 5-hidroxitriptamina (5-HT, 225 µg/ATM). Em outro conjunto de experimentos, os ratos foram pré-tratados (15 min) com uma injecção intratecal dos receptores opióides não-selectivos de naloxona, ou antagonista do receptor opióide-μ CTOP, ou antagonista do receptor opióide-δ Naltridole, ou antagonista do receptor opióide-- Nor-binaltorfimina (nor-BNI) seguido por injecção de FII (s.c.). Após 30 min, os animais foram induzidos a hipernocicepção com uma injecção intra-ATM de 1,5% de formalina. Após a indução na ATM, a resposta nocicptiva comportamental foi avaliada durante um período de observação de 45 ou 30 minutos para exeperimentos com formalina ou serotonina, respectivamente. Em seguida, os animais foram eutanasiados e coletados tecido periarticular, gânglio trigeminal e subnúcleo caudal (SC) para dosagem de opióides endógenos e citocinas por ELISA e, extravasamento de plasma. Resultados: O pré-tratamento com FII reduziu a nocicepção induzida por formalina e serotonina na ATM (P <0,05: ANOVA, teste de Bonferroni). O pré-tratamento com FII inibiu o extravasamento de plasma e liberação de citocinas inflamatórias (TNF-α e IL-1β) induzida por formalina na ATM (P <0,05). O pré-tratamento com injecção intratecal de naloxona, CTOP, Naltridole ou nor-BNI bloqueou o efeito antinociceptivo de FII na nocicpeção induzida por formalina na ATM (P <0,05). Além disso, FII foi capaz de aumentar significativamente a liberação de β-endorfina no subnúcleo caudal. Conclusões: Os resultados sugerem que FII tem um potente efeito antinociceptivo e anti-inflamatório na ATM mediada pela ativação de receptores opióides no subnúcleo caudal e inibição da liberação de mediadores inflamatórios nos tecidos periarticulares.
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ANÁLISE DO POLIMORFISMO A118G DO GENE OPRM1 EM PACIENTES COM FIBROMIALGIA E CONTROLES.

Matos, Marcelo Watanabe de 01 August 2012 (has links)
Submitted by admin tede (tede@pucgoias.edu.br) on 2016-08-18T13:46:45Z No. of bitstreams: 1 MARCELO WATANABE DE MATOS.pdf: 908435 bytes, checksum: fc89cc18e73bc7e996153afa23e2e3c0 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-18T13:46:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 MARCELO WATANABE DE MATOS.pdf: 908435 bytes, checksum: fc89cc18e73bc7e996153afa23e2e3c0 (MD5) Previous issue date: 2012-08-01 / Fibromyalgia can be defined as a syndrome of chronic and diffuse musculoskeletal pain, with non-inflammatory characteristics. With the etiological processes still unclear, this disease has assumed an increasingly important role worldwide, with a prevalence of 2% estimated in the world population. Currently, the most discussed pathological mechanism for the disease is a change in pain perception mediated by excitatory and inhibitory neurotransmitters in the central nervous system. In this context are very relevant targets the endogenous opioids and their correlated receptors. The OPRM1 gene encoding the major opioid receptor called mu-opioid receptor, presents a single nucleotide polymorphism (SNP) at position 118 (A118G) that significantly affects the response to endogenous and synthetic opioids. Objectives: The objectives of this study were to compare the frequency of A118G polymorphism in the OPRM1 gene in two groups of women, including 50 women affected by fibromyalgia and 50 unaffected, as well as to investigate the possible associations between the A118G polymorphism with clinical and functional symptoms of the disease. Methodology: Patient´s clinical and functional pain symptoms were assessed by using the Fibromyalgia Impact Questionnaire (FIQ). The A118G polymorphism of the OPRM1 gene was analyzed by polymerase chain reaction followed by analysis of restriction fragment length polymorphism DNA was extracted from peripheral blood samples obtained from the two groups of women. Descriptive and comparative statistical analysis were performed and the results obtained. Results: The results of clinical and functional pain symptoms from fibromyalgia patients, obtained by the FIQ, confirmed the clinical severity of the patients selected in this study. The allele frequencies obtained for the two groups were: A (86,0%) and G (14,0%) for patients with fibromyalgia and A (87,8%) and G (12,2%) for controls. The AA genotype frequencies were found (74,0%) and AG (24,0%) and GG (2,0%) for patients with fibromyalgia and AA (77.6%) and AG (20.4%) and GG (2,0%) for the controls. Conclusions: No statistically significant difference was detected between the group of patients with fibromyalgia and control patients. The A118G polymorphism of the OPRM1 gene was not associated with clinical and functional pain symptoms of the patients analyzed in this study. / A fibromialgia pode ser definida como uma síndrome de dor músculoesquelética difusa e crônica, de caráter não inflamatório. Com processos etiológicos ainda não elucidados, esta patologia tem assumido um papel cada vez mais importante no cenário mundial, com uma prevalência estimada de 2% da população. Atualmente, o possível mecanismo patológico mais discutido é o de uma alteração na percepção da dor, mediada por neurotransmissores excitatórios e inibitórios no Sistema Nervoso Central. Neste contexto, inserem-se os opióides endógenos e seus receptores correlatos. O gene OPRM1 codifica o principal receptor opióide, denominado receptor mu-opióide, cujo polimorfismo de nucleotídeo único (SNP) na posição 118 (A118G) afeta significativamente a resposta aos opióides endógenos e sintéticos. Objetivos: Os objetivos deste estudo foram comparar a frequência do polimorfismo A118G no gene OPRM1 em dois grupos de mulheres, incluindo 50 afetadas pela fibromialgia e 49 não afetadas, bem como investigar as possíveis associações entre o polimorfismo A118G e os sintomas clínicos e funcionais da doença. Metodologia: Os sintomas clínicos e funcionais do quadro álgico das pacientes foram avaliados por meio do Questionário de Impacto da Fibromialgia (do Inglês: Fibromyalgia Impact Questionnaire – FIQ). O polimorfismo A118G do gene OPRM1 foi analisado por meio da reação em cadeia de polimerase seguida de análise de polimorfismos de comprimento de fragmentos de restrição, a partir de DNA extraído de amostras de sangue periférico obtidas dos dois grupos de mulheres. Análise estatística descritiva e comparativa foi realizada a partir dos resultados obtidos. Resultados: A análise dos resultados dos sintomas clínicos e funcionais do quadro álgico das pacientes com fibromialgia, obtidos por meio do FIQ, comprovaram a gravidade do quadro clínico das pacientes selecionadas neste estudo. As frequências alélicas obtidas para os dois grupos foram: A (86,0%) e G (14,0%) para as pacientes com fibromialgia e A (87,8%) e G (12,2%) para os controles. As frequências genotípicas encontradas foram AA (74,0%); AG (24,0%) e GG (2,0%) para pacientes com fibromialgia e AA (77,6%); AG (20,4%) e GG (2,0%) para os controles. Conclusões: Nenhuma diferença estatisticamente significativa foi detectada entre o grupo de pacientes com fibromialgia e as pacientes do grupo controle. O polimorfismo A118G do gene OPRM1 não esteve associado com os sintomas clínicos e funcionais do quadro álgico das pacientes analizadas neste estudo.
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Efeitos da morfina em fases distintas da gestação de ratas: comportamento maternal, desenvolvimento físico e neurocomportamental das proles e biologia molecular dos receptores opióides. / Effects of morphine at different stages of pregnancy in rats: maternal behavior, physical and neurobehavioral development of the offspring and molecular biology of opioid receptors.

Mattos, Renata Ruggier de 21 March 2014 (has links)
Opióides são substâncias de origem endógena ou sintética, referindo-se a todos os compostos relacionados ao ópio, sendo o protótipo dos agonistas opióides, a morfina, conhecida pela sua capacidade de aliviar a dor intensa com eficácia. A morfina se liga a pelo menos três tipos de receptores conhecidos como &#181;, <font face=\"symbol\">k e <font face=\"symbol\">d. Os opióides parecem ter relação a comportamentos reprodutivos, dentre estes o comportamento maternal (CM). O CM é complexo, instintivo e com características espécie-específicas determinadas por modificações fisiológicas que ocorrem pouco antes ou logo após o parto e deve ajustar-se à uma série de variáveis como disponibilidade de alimentos, por exemplo, e influencia diretamente nos desenvolvimentos físico, neurológico e comportamental das proles, garantindo ou não a perpetuação dessas espécies. Trabalhos mostraram que os estados fisiológico, reprodutivo e a manipulação farmacológica com morfina ao final da gestação de ratas, por si só, são capazes de alterar a habilidade materna, comprometendo o desenvolvimento das proles, bem como podem modular a expressão dos genes que codificam para os receptores opióides em regiões implicadas com o controle do CM, porém são desconhecidos os resultados de ratas tratadas com esse opióide nas fases iniciais da gestação, objetivo deste trabalho, bem como os parâmetros físico e neurocomportamental das proles e na biologia molecular de receptores opióides em diferentes regiões encefálicas tanto nas proles quanto nas mães. Os resultados mostraram que tratamento com morfina no primeiro e segundo terços da gestação de ratas alterou alguns parâmetros do CM como a recuperação dos filhotes, e alterou alguns parâmetros do desenvolvimento físico como o ganho de peso e o desenvolvimento dos órgãos sexuais e desenvolvimento neurocomportamental em ambas as proles, bem como os padrões de expressão gênica e produtos protéicos nas mães e em suas proles no estriado, hipotálamo e PAG. Conclui-se, portanto que o tratamento com morfina durante a gestação de ratas pode alterar o estado fisiológico das mães com implicações diretas nas proles. / Opioids are substances of endogenous or synthetic origin, referring to all related opiate compounds, the prototype of the opioid agonists, morphine, known for its ability to relieve severe pain effectively. Morphine binds to at least three types of receptors known as &#181;, <font face=\"symbol\">d and <font face=\"symbol\">k. Opioids appear to be related to reproductive behaviors among this maternal behavior (CM). The CM is complex, instinctive and species-specific characteristics determined by physiological changes that occur shortly before or after delivery and must adjust to a number of variables such as food availability, for example, and directly influences the physical developments, neurological and behavior of the offspring, or not ensuring the perpetuation of the species. Studies have shown that the physiological and pharmacological manipulation reproductive states with morphine to rats in late pregnancy, by themselves, are capable of altering the maternal ability, affecting the development of the offspring, and can modulate the expression of genes encoding the opioid receptors in regions implicated in the control of CM, are unknown but the results of this opioid-treated rats in the early stages of pregnancy, aim of this work as well as the physical and neurobehavioral parameters of the offspring and molecular biology of opioid receptors in different brain regions both in the offspring as mothers. The results showed that morphine treatment in the first two thirds of pregnancy of rats changed some parameters of the CM as the recovery of the puppies, and changed some of the physical parameters such as weight gain and the development of sex organs and neurobehavioral development in both offspring as well as the patterns of gene expression and protein products in mothers and their offspring in the striatum, hypothalamus and PAG. It follows therefore that treatment with morphine during pregnancy in rats can alter the physiological status of mothers with direct implications in offspring.
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Participação dos receptores opióides mu e kappa da substância cinzenta periaquedutal na febre induzida por estresse de contenção

Silva, Caroline Cristina 15 July 2016 (has links)
Submitted by Ana Sant'Ana (ana.mattos@ufscar.br) on 2016-09-26T13:33:25Z No. of bitstreams: 1 DissCCS.pdf: 2483023 bytes, checksum: 3acdef41810eb8722e4f4c44f4ebb688 (MD5) / Approved for entry into archive by Marina Freitas (marinapf@ufscar.br) on 2016-10-06T14:03:42Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DissCCS.pdf: 2483023 bytes, checksum: 3acdef41810eb8722e4f4c44f4ebb688 (MD5) / Approved for entry into archive by Marina Freitas (marinapf@ufscar.br) on 2016-10-06T14:03:54Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DissCCS.pdf: 2483023 bytes, checksum: 3acdef41810eb8722e4f4c44f4ebb688 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-10-06T14:04:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DissCCS.pdf: 2483023 bytes, checksum: 3acdef41810eb8722e4f4c44f4ebb688 (MD5) Previous issue date: 2016-07-15 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / The endogenous opioids are involved in analgesia, thermoregulation and physiological responses to various stressful stimuli such as infection, psychological stress and hypoxia. The mu and kappa receptors in the hypothalamus play a role in endotoxin-induced fever and hypoxia-induced anapyrexia (opposite response to fever), respectively. In addition, periaqueductal gray (PAG), which express both mu and kappa receptors, is involved in defence and thermoregulatory responses. Thus, our hypothesis is that mu and kappa opioid receptors in the PAG modulate the restraint-induced fever in rats by activating and inhibiting this response, respectively. To this end, body temperature (Tb) and heat loss index (HLI; inference for heat conservation/loss) and oxygen consumption (VO ; inference for thermogenesis) of unanesthetized Wistar rats submitted or not to restraint stress, was monitored before and after intra-PAG microinjection of the selective mu opioid receptor antagonist (CTAP; 1 and 10 μg/ 100 nL/ animal), the selective kappa-opioid receptor antagonist (nor-BNI; 1 and 4 μg/ 100 nL/ animal), or vehicle (saline; 100nL/ animal). CTAP and nor-BNI did not change the Tb or the HLI of the animals in euthermia. During the restraint stress, Tb increased in all groups of animals. However, this effect was significantly lower in animals treated with CTAP, and significantly higher in animals treated with nor-BNI. No treatment affected HLI, but CTAP decreased thermogenesis and nor-BNI increased thermogenesis. The results indicate that the mu and kappa opioid receptors in the PAG of rats play a pyrogenic and antipyretic role, respectively, during fever induced by restraint stress and these receptors in PAG may not be essential for the maintenance of Tb during euthermia. / Os opióides endógenos estão envolvidos na analgesia, termorregulação e respostas fisiológicas a vários estímulos estressantes, como infecção, estresse psicológico e hipóxia. Os receptores mu e kappa no hipotálamo desempenham um papel na febre induzida por endotoxina e anapirexia induzida por hipoxia (resposta oposta à febre), respectivamente. Além disso, a substância cinzenta periaquedutal (PAG), que expressa ambos os receptores mu e kappa, está envolvida na defesa e respostas de termorregulação. Assim, nossa hipótese é que os receptores opióides mu e kappa na PAG modulam a febre induzida por contenção em ratos, ativando e inibindo esta resposta, respectivamente. Para este fim, a temperatura corporal (Tc) e o índice de perda de calor (IPC; inferência para a conservação/perda de calor) e o consumo de oxigênio (VO ; inferência para a termogênese) de ratos Wistar não anestesiados submetidos ou não ao estresse contenção, foi monitorado antes e depois microinjeção intra-PAG do antagonista seletivo do receptor opióide mu (CTAP; 1 e 10 μg/ 100 nL/ animal), antagonista seletivo do receptor opióide kappa (nor-BNI; 1 e 4 μg/ 100 nL/ animal) ou veículo (solução salina; 100 nL / animal). A microinjeção de CTAP ou nor-BNI não alterou a Tc ou IPC dos animais em eutermia. Durante o estresse de contenção, a Tc aumentou em todos os grupos de animais. No entanto, este efeito foi significativamente menor no grupo de animais tratados com CTAP, e significativamente maior em animais tratados com nor-BNI. Nenhum tratamento afetou o IPC, mas o CTAP diminuiu a termogênese e o nor-BNI aumentou a termogênese. Os resultados indicam que os receptores opióides mu e kappa na PAG de ratos desempenham um papel pirogênico e antipirético, respectivamente, durante a febre induzida pelo estresse de contenção e estes receptores na PAG podem não ser essenciais para a manutenção de Tc durante eutermia.
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Efeitos da morfina em fases distintas da gestação de ratas: comportamento maternal, desenvolvimento físico e neurocomportamental das proles e biologia molecular dos receptores opióides. / Effects of morphine at different stages of pregnancy in rats: maternal behavior, physical and neurobehavioral development of the offspring and molecular biology of opioid receptors.

Renata Ruggier de Mattos 21 March 2014 (has links)
Opióides são substâncias de origem endógena ou sintética, referindo-se a todos os compostos relacionados ao ópio, sendo o protótipo dos agonistas opióides, a morfina, conhecida pela sua capacidade de aliviar a dor intensa com eficácia. A morfina se liga a pelo menos três tipos de receptores conhecidos como &#181;, <font face=\"symbol\">k e <font face=\"symbol\">d. Os opióides parecem ter relação a comportamentos reprodutivos, dentre estes o comportamento maternal (CM). O CM é complexo, instintivo e com características espécie-específicas determinadas por modificações fisiológicas que ocorrem pouco antes ou logo após o parto e deve ajustar-se à uma série de variáveis como disponibilidade de alimentos, por exemplo, e influencia diretamente nos desenvolvimentos físico, neurológico e comportamental das proles, garantindo ou não a perpetuação dessas espécies. Trabalhos mostraram que os estados fisiológico, reprodutivo e a manipulação farmacológica com morfina ao final da gestação de ratas, por si só, são capazes de alterar a habilidade materna, comprometendo o desenvolvimento das proles, bem como podem modular a expressão dos genes que codificam para os receptores opióides em regiões implicadas com o controle do CM, porém são desconhecidos os resultados de ratas tratadas com esse opióide nas fases iniciais da gestação, objetivo deste trabalho, bem como os parâmetros físico e neurocomportamental das proles e na biologia molecular de receptores opióides em diferentes regiões encefálicas tanto nas proles quanto nas mães. Os resultados mostraram que tratamento com morfina no primeiro e segundo terços da gestação de ratas alterou alguns parâmetros do CM como a recuperação dos filhotes, e alterou alguns parâmetros do desenvolvimento físico como o ganho de peso e o desenvolvimento dos órgãos sexuais e desenvolvimento neurocomportamental em ambas as proles, bem como os padrões de expressão gênica e produtos protéicos nas mães e em suas proles no estriado, hipotálamo e PAG. Conclui-se, portanto que o tratamento com morfina durante a gestação de ratas pode alterar o estado fisiológico das mães com implicações diretas nas proles. / Opioids are substances of endogenous or synthetic origin, referring to all related opiate compounds, the prototype of the opioid agonists, morphine, known for its ability to relieve severe pain effectively. Morphine binds to at least three types of receptors known as &#181;, <font face=\"symbol\">d and <font face=\"symbol\">k. Opioids appear to be related to reproductive behaviors among this maternal behavior (CM). The CM is complex, instinctive and species-specific characteristics determined by physiological changes that occur shortly before or after delivery and must adjust to a number of variables such as food availability, for example, and directly influences the physical developments, neurological and behavior of the offspring, or not ensuring the perpetuation of the species. Studies have shown that the physiological and pharmacological manipulation reproductive states with morphine to rats in late pregnancy, by themselves, are capable of altering the maternal ability, affecting the development of the offspring, and can modulate the expression of genes encoding the opioid receptors in regions implicated in the control of CM, are unknown but the results of this opioid-treated rats in the early stages of pregnancy, aim of this work as well as the physical and neurobehavioral parameters of the offspring and molecular biology of opioid receptors in different brain regions both in the offspring as mothers. The results showed that morphine treatment in the first two thirds of pregnancy of rats changed some parameters of the CM as the recovery of the puppies, and changed some of the physical parameters such as weight gain and the development of sex organs and neurobehavioral development in both offspring as well as the patterns of gene expression and protein products in mothers and their offspring in the striatum, hypothalamus and PAG. It follows therefore that treatment with morphine during pregnancy in rats can alter the physiological status of mothers with direct implications in offspring.

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