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A transição para o casamentoMenezes, Clarissa Corrêa January 2006 (has links)
O presente estudo teve como objetivo analisar como os casais coabitantes e os não coabitantes passam pela transição para o casamento, desde o semestre anterior, até o final do primeiro ano após o casamento. Participaram quatro casais adultos, residentes em Porto Alegre, com idades entre 25 e 32 anos, sendo que dois eram coabitantes e dois não coabitantes antes do casamento. Trata-se de uma pesquisa com delineamento de estudo de caso coletivo que abrangeu, para cada caso, quatro etapas: o último semestre antes do casamento e o primeiro, o sexto e o décimo segundo mês de casamento. As entrevistas com os participantes foram analisadas através de análise de conteúdo qualitativa, a qual gerou algumas categorias que foram agrupadas em três eixos temáticos: a individualidade e a conjugalidade, a avaliação da própria relação e da cerimônia de casamento; e a relação com a família de origem. Os resultados revelaram que há uma tendência à polarização e à estabilidade no que se refere à administração da individualidade e da conjugalidade e à relação com as famílias de origem Para estes temas, não se constatou diferença entre os casais coabitantes e os não coabitantes. No que se referiu à avaliação da própria relação e à cerimônia de casamento, perceberam-se algumas diferenças entre os coabitantes e os não coabitantes: os casais coabitantes mencionaram que a coabitação auxiliou a preparação para o casamento e relacionaram o mesmo à aprovação social e familiar e à potencial transição para a parentalidade. Nos casais não coabitantes, houve uma modificação, em termos longitudinais, nos conceitos acerca de um bom e de um mau casamento, à medida que vivenciavam, pela primeira vez, o casamento. Os achados deste estudo corroboram o entendimento de que há um ciclo de vida da família e do casal, que se coadunam ao entendimento sistêmico de tendência à homeostase e à transformação, sendo importante identificar como cada casal se situa nesta etapa de transição do ciclo de vida. Discute-se ainda a coabitação como possível estágio da relação conjugal e do ciclo de vida dos casais.
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Relações entre os scripts de apego individuais e compartilhados em casais com um filho com autismoSemensato, Márcia Rejane January 2009 (has links)
Esse estudo investigou as relações entre o apego individual e o apego compartilhado em três casais cujo filho apresenta autismo. O script de apego individual foi avaliado através do Attachment Script Assessment e o apego de casais através de uma entrevista semi-estruturada. A análise dos instrumentos foi realizada de forma independente. Os principais resultados mostraram que em casais com um ou ambos com acesso ao script de apego seguro, a relação como parceiros parentais estava mais preservada. A relação conjugal, no entanto, estava afetada na vida de todos os casais. A diferença foi que em casais com script de apego mais seguro, apesar dos conflitos na vida conjugal, havia expectativas e perspectivas com o casal trabalhando para atingir essa meta. Os casais com um ou ambos com acesso ao script de apego seguro individual também foram os que apresentaram um maior número de indicadores de apego compartilhado em sua relação.
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Relações entre os scripts de apego individuais e compartilhados em casais com um filho com autismoSemensato, Márcia Rejane January 2009 (has links)
Esse estudo investigou as relações entre o apego individual e o apego compartilhado em três casais cujo filho apresenta autismo. O script de apego individual foi avaliado através do Attachment Script Assessment e o apego de casais através de uma entrevista semi-estruturada. A análise dos instrumentos foi realizada de forma independente. Os principais resultados mostraram que em casais com um ou ambos com acesso ao script de apego seguro, a relação como parceiros parentais estava mais preservada. A relação conjugal, no entanto, estava afetada na vida de todos os casais. A diferença foi que em casais com script de apego mais seguro, apesar dos conflitos na vida conjugal, havia expectativas e perspectivas com o casal trabalhando para atingir essa meta. Os casais com um ou ambos com acesso ao script de apego seguro individual também foram os que apresentaram um maior número de indicadores de apego compartilhado em sua relação.
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A transição para o casamentoMenezes, Clarissa Corrêa January 2006 (has links)
O presente estudo teve como objetivo analisar como os casais coabitantes e os não coabitantes passam pela transição para o casamento, desde o semestre anterior, até o final do primeiro ano após o casamento. Participaram quatro casais adultos, residentes em Porto Alegre, com idades entre 25 e 32 anos, sendo que dois eram coabitantes e dois não coabitantes antes do casamento. Trata-se de uma pesquisa com delineamento de estudo de caso coletivo que abrangeu, para cada caso, quatro etapas: o último semestre antes do casamento e o primeiro, o sexto e o décimo segundo mês de casamento. As entrevistas com os participantes foram analisadas através de análise de conteúdo qualitativa, a qual gerou algumas categorias que foram agrupadas em três eixos temáticos: a individualidade e a conjugalidade, a avaliação da própria relação e da cerimônia de casamento; e a relação com a família de origem. Os resultados revelaram que há uma tendência à polarização e à estabilidade no que se refere à administração da individualidade e da conjugalidade e à relação com as famílias de origem Para estes temas, não se constatou diferença entre os casais coabitantes e os não coabitantes. No que se referiu à avaliação da própria relação e à cerimônia de casamento, perceberam-se algumas diferenças entre os coabitantes e os não coabitantes: os casais coabitantes mencionaram que a coabitação auxiliou a preparação para o casamento e relacionaram o mesmo à aprovação social e familiar e à potencial transição para a parentalidade. Nos casais não coabitantes, houve uma modificação, em termos longitudinais, nos conceitos acerca de um bom e de um mau casamento, à medida que vivenciavam, pela primeira vez, o casamento. Os achados deste estudo corroboram o entendimento de que há um ciclo de vida da família e do casal, que se coadunam ao entendimento sistêmico de tendência à homeostase e à transformação, sendo importante identificar como cada casal se situa nesta etapa de transição do ciclo de vida. Discute-se ainda a coabitação como possível estágio da relação conjugal e do ciclo de vida dos casais.
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Relações entre os scripts de apego individuais e compartilhados em casais com um filho com autismoSemensato, Márcia Rejane January 2009 (has links)
Esse estudo investigou as relações entre o apego individual e o apego compartilhado em três casais cujo filho apresenta autismo. O script de apego individual foi avaliado através do Attachment Script Assessment e o apego de casais através de uma entrevista semi-estruturada. A análise dos instrumentos foi realizada de forma independente. Os principais resultados mostraram que em casais com um ou ambos com acesso ao script de apego seguro, a relação como parceiros parentais estava mais preservada. A relação conjugal, no entanto, estava afetada na vida de todos os casais. A diferença foi que em casais com script de apego mais seguro, apesar dos conflitos na vida conjugal, havia expectativas e perspectivas com o casal trabalhando para atingir essa meta. Os casais com um ou ambos com acesso ao script de apego seguro individual também foram os que apresentaram um maior número de indicadores de apego compartilhado em sua relação.
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A transição para o casamentoMenezes, Clarissa Corrêa January 2006 (has links)
O presente estudo teve como objetivo analisar como os casais coabitantes e os não coabitantes passam pela transição para o casamento, desde o semestre anterior, até o final do primeiro ano após o casamento. Participaram quatro casais adultos, residentes em Porto Alegre, com idades entre 25 e 32 anos, sendo que dois eram coabitantes e dois não coabitantes antes do casamento. Trata-se de uma pesquisa com delineamento de estudo de caso coletivo que abrangeu, para cada caso, quatro etapas: o último semestre antes do casamento e o primeiro, o sexto e o décimo segundo mês de casamento. As entrevistas com os participantes foram analisadas através de análise de conteúdo qualitativa, a qual gerou algumas categorias que foram agrupadas em três eixos temáticos: a individualidade e a conjugalidade, a avaliação da própria relação e da cerimônia de casamento; e a relação com a família de origem. Os resultados revelaram que há uma tendência à polarização e à estabilidade no que se refere à administração da individualidade e da conjugalidade e à relação com as famílias de origem Para estes temas, não se constatou diferença entre os casais coabitantes e os não coabitantes. No que se referiu à avaliação da própria relação e à cerimônia de casamento, perceberam-se algumas diferenças entre os coabitantes e os não coabitantes: os casais coabitantes mencionaram que a coabitação auxiliou a preparação para o casamento e relacionaram o mesmo à aprovação social e familiar e à potencial transição para a parentalidade. Nos casais não coabitantes, houve uma modificação, em termos longitudinais, nos conceitos acerca de um bom e de um mau casamento, à medida que vivenciavam, pela primeira vez, o casamento. Os achados deste estudo corroboram o entendimento de que há um ciclo de vida da família e do casal, que se coadunam ao entendimento sistêmico de tendência à homeostase e à transformação, sendo importante identificar como cada casal se situa nesta etapa de transição do ciclo de vida. Discute-se ainda a coabitação como possível estágio da relação conjugal e do ciclo de vida dos casais.
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Tornar-se mulher : a experiência vivida na conjugalidade contemporânea sob uma perspectiva fenomenológico-existencial / Becoming a Woman: The Lived Experience in the Contemporary Conjugality under a Phenomenological-Existential Perspective (Inglês)Benevides, Rafaelle Fernanda Costa 30 April 2018 (has links)
Made available in DSpace on 2019-03-30T00:31:35Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2018-04-30 / This investigation started from the questioning about the experience lived of women in
contemporary conjugality and in the exercise of motherhood, aiming to understand how they
experience the current roles they assume in these relationships and which directions they assign
to these experiences. From a phenomenological-existential perspective based on concepts
bequeathed by the philosopher Jean-Paul Sartre and of the invaluable contributions of Simone
de Beauvoir's studies on the situation of the woman, it was possible to understand how the
being-project of the collaborators of this study, middle-class women, married and with
children, living in Fortaleza, Ceará, occurs. It was through concepts such as freedom, situation
and being-project that this study carried out an analysis on the praxis of women who, through
their choices, reinforce and at the same time offer resistance to the roles assigned to them,
denoting the anguish expressed by ambiguity which marks their discourses on the maternal
role, the difficulty of domestic and professional responsibilities, and the personal satisfaction
that the exercise of all these roles end up giving them. The method used for data collection was
the open interview with the trigger question "what is it like to be a woman? ", which establishes
the focus of the research on the experience lived by the collaborators. For the analysis of the
results it was used the Progressive-Regressive method (Sartre, 1978). Social aspects were
considered such as economic class and local culture that permeate these experiences and, from
a regressive analysis and a gradual synthesis of the data obtained, it was possible to understand
how these factors influenced women's choices towards their projects. The interviews were
conducted individually with ten middle-class women, married, having children and engaged in
some paid activity. What this research revealed is how women experience marital experience
today and how the responsibilities of the roles they play in the family change their lives.
Maternity, among all the experiences cited, appears as the most transformative, deeply
modifying the body, the time and the quality of life of these women. Rivalry between women
appears to be a concern, while mutual support between women appears as a current need for
them to be able to account for the responsibilities arising from the roles they have assumed.
Female empowerment and feminism emerge as still vague and superficial discussions that do
not seem to influence their praxis but are presented to them as questions that make them reflect
on their current situations. In contrast, the naturalizing discourse is still adopted by them and
directly influences how they perform their daily activities and how they understand their
responsibilities and their spouses in the family relationship and in the distribution of domestic
obligations. In sum, the results show that, even with formal education and financial
independence of women, the feminine roles in conjugality have undergone few modifications
with respect to the accumulation of responsibilities that fall on them. The belief in a supposed
feminine nature permeates the experience lived by these women in the motherhood, in the
conjugal relation and in the market, indicating that there are still several obstacles to solving
the social problems through these women's history of life.
Keywords: woman, being-project, contemporary conjugality, existential
phenomenology. / Esta investigação partiu do questionamento da experiência vivida de mulheres na
conjugalidade contemporânea e no exercício da maternidade, tendo como objetivo
compreender como elas experienciam os atuais papéis que assumem nessas relações e quais os
sentidos que atribuem a essas vivências. A partir de uma perspectiva fenomenológicoexistencial
baseada em conceitos legados pelo filósofo Jean-Paul Sartre, e das inestimáveis
contribuições advindas dos estudos de Simone de Beauvoir sobre a situação da mulher, foi
possível compreender como se desenvolve o projeto de ser das colaboradoras deste estudo,
mulheres de classe média, casadas e com filhos, residentes em Fortaleza, Ceará. Foi através de
conceitos como liberdade, situação e projeto de ser, que este estudo realizou uma análise sobre
as práxis de mulheres que, mediante suas escolhas, reforçam e ao mesmo tempo oferecem
resistência aos papéis a elas atribuídos, denotando a angústia expressa pela ambiguidade que
marca seus discursos sobre o papel materno, sobre a dificuldade das responsabilidades
domésticas e profissionais, e sobre a satisfação pessoal que o exercício de todos esses papéis
acaba proporcionando a elas. O método utilizado para a coleta de dados foi a entrevista aberta
com a pergunta disparadora ¿como é ser mulher?¿, que estabelece o foco da investigação sobre
a experiência vivida das colaboradoras. Para a análise dos resultados foi utilizado o método
Progressivo-Regressivo (Sartre, 1978). Foram considerados os aspectos sociais como a classe
econômica e a cultura local que perpassam essas experiências e, a partir de uma análise
regressiva e de uma síntese progressiva dos dados obtidos, foi possível compreender como
esses fatores influenciaram as escolhas das mulheres em direção aos seus projetos de ser. As
entrevistas foram realizadas individualmente com dez mulheres de classe média, casadas, que
têm filhos e que realizam alguma atividade remunerada. Esta pesquisa revelou como as
mulheres vivenciam a experiência conjugal na atualidade e como as responsabilidades dos
papéis por elas assumidos na família modificam suas vidas. A maternidade, entre todas as
experiências citadas, aparece como a mais transformadora, modificando profundamente o
corpo, o tempo e a qualidade de vida dessas mulheres. A rivalidade entre mulheres aparece
como preocupação, ao passo que o apoio mútuo entre mulheres aparece como necessidade atual
para que consigam dar conta das responsabilidades decorrentes dos papéis que assumiram. O
empoderamento feminino e o feminismo emergem como discussões ainda vagas e superficiais,
que não parecem influenciar suas práxis, porém se apresentam para elas como questões que as
fazem refletir sobre suas situações atuais. Em contraposição, o discurso naturalizante ainda é
adotado por elas e influencia diretamente na forma como realizam suas atividades diárias e
como compreendem suas responsabilidades e as de seus cônjuges na relação familiar e na
distribuição das obrigações domésticas. Em suma, os resultados mostram que, mesmo com a
instrução formal e a independência financeira das mulheres, os papéis femininos na
conjugalidade têm sofrido poucas modificações com relação ao acúmulo de responsabilidades
que recaem sobre elas. A crença em uma suposta natureza feminina perpassa a experiência
vivida dessas mulheres na maternidade, na relação conjugal e no mercado de trabalho,
indicando que ainda há diversos obstáculos à resolução dos problemas sociais que atravessam
a história de vida dessas mulheres.
Palavras-chave: mulher, projeto de ser, conjugalidade contemporânea,
fenomenologia existencial.
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Viver no feminino : entre a família e o trabalho : em dois mundos sociais diferentesOliveira, Paula Cristina Lima Alves January 2005 (has links)
A actual paisagem social portuguesa mostra uma dupla marca de modernidade e de tradição. Enquanto indicadores demográficos como os de nupcialidade, de divorcialidade ou de natalidade parecem mostrar-nos uma sociedade tradicional, as taxas de atividade feminina e os níveis de escolaridade das mulheres mais jovens exibem traços de modernidade. A mulher portuguesa continua, assim, a valorizar a componente familiar, casando e tendo filhos, sem deixar de investir na sua actividade profissional. Embora existam algumas variações regionais, muitas das suas congéneres europeias casam menos e trabalham menos tempo. Esta dissertação de mestrado aborda a relação da mulher com estas duas dimensões fundamentais da sua vida: a família e o trabalho. Partindo dos discursos das mulheres de dois mundos sociais diferentes que, falando na primeira pessoa, revelam as suas práticas, subjectividades e atitudes, explora-se a tese de que embora se esteja na presença de formas diferentes de viver, consoante o volume de capitais das mulheres em questão, existe uma tendência central, um fio condutor que mostra como a identidade fefeminina se constrói na sua relação com a família e o trabalho.
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Família, trabalho e relações conjugais : perspectivas de dominação e de igualdade no feminino e no masculinoPatel, Maria Joana Vinagre Marques da Silva January 2005 (has links)
A família mantém-se a célula do indivíduo, onde este cresce e aprende a viver em sociedade. O trabalho é sinónimo de sobrevivência para os indivíduos. Entre as várias modalidades que coexistem nos dias de hoje, o trabalho assalariado é aprincipal fonte de rendimentos para metade dos portugueses. As relações conjugais são um espaço de intensas trocas afectivas que interferem com os indicadores de natalidade e com estabilidade emocional de cada indivíduo. Se é precsio aumentar o investimento profissional, como se organizam as famílias? Como é que são feitas as escolhas individuais e em que medida é que estas interferem no equilíbrio familiar? Porque é que a redistribuição de tarefas familiares é um assunto tabu, em que ninguém quer mexer? serve os interesses de quem? Os indivíduos têm consciência das desigualdades? Se têm, porque as mantêm? Par5a aprofundar estas questões efectuam-se entrevistas a alguns casais profissionalmente activos e com filhos. A partir de estudos de caso definem-se relações conjugais que se podem estabelecer em termos de dominação ou de igualdade.
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A interação conjugal e o uso da violência em famílias com filhos pequenosHartmann, Fernanda Vaz January 2004 (has links)
O presente estudo teve por objetivo compreender as dinâmicas interacionais estabelecidas pelos casais na etapa do ciclo de vida de famílias com filhos pequenos e o uso da violência na relação conjugal, entendendo as dinâmicas interacionais dos casais a partir do equilíbrio da individualidade e conjugalidade e o uso da violência como reguladora de distância. Para tanto, foi realizado estudo de caso coletivo (Stake, 1994) com cinco casais, em que os pais se encontravam com mais de 20 anos e que tinham apenas um filho com idade entre 12 e 36 meses. O casal foi entrevistado conjuntamente. Foi realizada análise do conteúdo das falas e análise da interação dos casais. A análise da interação dos casais foi feita através de uma adaptação do estudo de Destri (1996) que permite avaliar como os casais estão equilibrados entre as dimensões de individualidade e conjugalidade. Os achados deste estudo apóiam a expectativa de existir uma relação entre a dinâmica interacional do casal e o uso da violência. Considerando que a etapa de famílias com filhos pequenos introduz uma mudança significativa no sistema conjugal, ao acrescentar mais um membro, transformando a relação conjugal de dual para triangular, questionamos como os casais reorganizam a sua dinâmica interacional, dentro das dimensões de individualidade e conjugalidade, e em que medida utilizam a violência como reguladora de distância. A análise dos dados revelou que os casais deste estudo apresentaram uma interação em que se sobressai a dimensão da individualidade em relação à conjugalidade. Este funcionamento com predominância da individualidade parece criar uma certa distância entre os cônjuges, gerando descontentamento com a relação. Na busca por maior intimidade e cumplicidade, surgem as queixas, discussões e, algumas vezes, até a violência física. A violência surge então, como reguladora de distância para conquistar mais intimidade entre os cônjuges. quando o casal perde o controle das emoções. Com esta pesquisa conseguimos adicionar a compreensão da violência em famílias com filhos pequenos utilizando as perspectivas interacional e do desenvolvimento.
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