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Crimes de maio : estigmas e memórias da democracia das chacinas

Lima, Laura Gonçalves de 05 April 2016 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Centro de Pesquisa e Pós-Graduação sobre as Américas, Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados sobre as Américas, 2016. / Submitted by Aline Mequita (alinealmeida@bce.unb.br) on 2016-06-24T16:11:01Z No. of bitstreams: 1 2016_LauraGonçalvesdeLima.pdf: 2156982 bytes, checksum: d24bf15d2f32b7152a1802b77985500b (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2016-06-29T20:57:02Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2016_LauraGonçalvesdeLima.pdf: 2156982 bytes, checksum: d24bf15d2f32b7152a1802b77985500b (MD5) / Made available in DSpace on 2016-06-29T20:57:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2016_LauraGonçalvesdeLima.pdf: 2156982 bytes, checksum: d24bf15d2f32b7152a1802b77985500b (MD5) / A pesquisa propõe a apreensão das relações estabelecidas entre a população branca brasileira e as populações negras, pobres e periféricas que possibilitaram, em maio de 2006, a execução de, pelo menos, 493 pessoas em São Paulo. Para tal, recorro à história da colonização e do sistema penal brasileiro, apontando a corporeidade negra como alvo predileto de governa-dores obcecados pelo extermínio. Proponho também uma narrativa acerca dos Crimes de Maio e apresento certa teoria sobre o Estado presente nos testemunhos do Movimento Independente Mães de Maio e enunciados em Audiência Pública, chamada pelo Conselho Nacional do Ministério Público, sobre os nove anos de impunidade. Em resumo, a pesquisa procurou entender a indiferença política e social que autoriza, legitima e incentiva o extermínio da juventude negra na democracia brasileira. _______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The research proposes the seizure of the relations between the brazilian white population and the black, poor and remote brazilian populations that made possible, in May 2006, the execution of at least 493 people in São Paulo. For this, we turn to the history of colonization and the history of Brazilian penal system, pointing the black corporeality as a favored target for governors obsessed with eradication. I also propose a narrative about the May Crimes and finally emphasize certain theory about the state in the Mothers of May Independent Movement and set out in Public Hearing called by the National Council of the Public Ministry, over the nine years of impunity. In summary, the research sought to understand the political and social indifference that authorizes, legitimizes and encourages black youth extirpation in brazilian democracy.
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No rastro de dores : trajetórias de vida e registros de superação em narrativas de mulheres negras com experiência de relações afetivo-sexuais com outras mulheres

Formiga, Glêides Simone de Figueiredo 29 May 2015 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, 2015. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2015-12-03T17:42:06Z No. of bitstreams: 1 2015_GlêidesSimonedeFigueiredoFormiga.pdf: 1682817 bytes, checksum: 9ed56ef6f3260e5b56759d40559d7939 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2016-05-19T18:35:28Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2015_GlêidesSimonedeFigueiredoFormiga.pdf: 1682817 bytes, checksum: 9ed56ef6f3260e5b56759d40559d7939 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-05-19T18:35:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2015_GlêidesSimonedeFigueiredoFormiga.pdf: 1682817 bytes, checksum: 9ed56ef6f3260e5b56759d40559d7939 (MD5) / Esta tese consiste em uma etnografia de histórias, de narrativas e trajetórias de vida de mulheres negras com experiência de relações afetivo-sexual com outras mulheres. Apresento reflexões sobre relações afetivas e construção de subjetividades atravessadas por relações de gênero, raciais, sexualidades, espaços, classes e encarceramento dentre outras. Nos diálogos empreendidos, as emoções dolorosas foram centrais. O objetivo desta tese é, portanto, apresentar a dinâmica de construção da subjetividade a partir dessas emoções, da dor de relacionar-se com o outro, um terceiro, mas também um outro que habita em si, conflitante, sob o modo de uma violência introjetada. Tento apreender também os sentidos que são atribuídos à essas dores, que posição ocupam no interior das dinâmicas relacionais e como se reatualizam no cotidiano dessas pessoas, na trajetória de vida e na dinâmica social, contribuindo no processo de construção de bases sólidas, profunda, estruturais e silenciosas de produção, reprodução e reatualização de um sistema patriarcal, heteronormativo, racializado, classista e misógino. Para tanto, este texto expõe de forma direta, a trajetória, a narrativa e reflexões fruto do trabalho realizado com cinco das vinte interlocutoras que participaram da pesquisa. A pesquisa foi realizada no Distrito Federal, em espaços e regiões administrativas distintas, quais sejam, Penitenciária Feminina do Distrito Federal – PFDF, Unidade de Internação do Recanto das Emas – UNIRE, Cidade Estrutural e a Universidade de Brasília – UnB. Utilizei enquanto instrumento de pesquisa a escuta das narrativas, diálogos e trocas de experiências, observações em campo e vivência/imersão nas mais diversas dimensões em meio às relações empreendidas em campo. Nos relatos que apresento, as dores são protagonistas de sensações, reações e emoções profundas, marcam e estão presentes na memória corporal, psíquica e afetiva de cada uma dessas mulheres. Categorias como abandono, ausência, desrespeito e fracasso são frequentes nos relatos enquanto elementos de uma gramática de gênero que causam dores, uma vez que emergem e são sentidas como a ausência e a frustração de expectativas do cumprimento de uma promessa patriarcal e heteronormativa. É frequente também, o relato de dores advindas de um corpo tido como abjeto, dos silenciamentos e ambiguidades dos discursos racializados, da frequência com que os corpos de mulheres negras ocupam o lugar de bodes expiatórios em relações racializadas. Dores advindas de um desejo homoafetivo considerado socialmente como indigno, da negação, repressão e da ambiguidade com que são tratadas nas relações interpessoais e sociais a emergência de atributos simbólicos entendidos como masculino, bem como a introjeção desses enunciados e fundamentos por muitas de minhas interlocutoras. Todos esses elementos são construídos profundamente desde as relações familiares sendo reproduzidos, reelaborados e reinventados nas relações afetivo-sexuais e consigo mesmas no decorrer da trajetória de vida. Diante da instabilidade gerada pelo medo do abandono e pela dor, minhas interlocutoras relatam melancolia, sensação de estagnação e aprisionamento, que por sua vez geram mais dores. Mediante a possibilidade da instabilidade e de reviver essas dores, elas buscam de um lado afastar-se de posições e caracteres que a aproximariam da fragilidade do feminino e da possibilidade de abandono e, de outro, valer-se de princípios que lhes geram expectativa de estabilidade e lhes trazem a sensação de equilíbrio, quais sejam, as concepções e fundamentos das relações heteronormativas. A dinâmica de articulação entre gênero, raça e sexualidade no mecanismo engendrado pela dor, bem como a multiplicidade e diversidade de formas criativas e estratégias de enfrentamento e rompimento dessa dinâmica que reifica as relações de poder e legitima a estrutura social excludente da sociedade ocidental, patriarcal e racializada são discutidas no texto que se segue. / This Thesis consists of an ethnography of stories, narratives and life stories of black women with experiences of emotional and sexual relationships with other women. I present reflections on personal relationships, and the building of subjectivities crossed by gender relations, race, sexuality, location, classes and incarceration among others. Painful emotions were central in the dialogues that were undertaken. The goal of this thesis is therefore to present the dynamics of the construction of subjectivity from such emotions as, the pain of relating to one another, a third, but also with another that lives in you, conflicting under the guise of an introjected violence. I also try to grasp the meanings that are attributed to these pains, what position they occupy within the relational dynamics, and how they are refreshed in the daily lives of these people, in the trajectory of life and social dynamics contributing in the process of building solid,deep, structural and silent foundations, of the production, reproduction and refreshing of a patriarchal, heteronormative, racialized, classist and misogynistic system. Therefore, this text exposes in a direct way, the trajectory, narrative and the reflections, which resulted from the work carried out with five of the twenty interlocutors in the survey. The survey was conducted in the Distrito Federal, in different spaces and administrative regions, namely, the Women's Penitentiary of the Distrito Federal – PFDF, the Detention unit of Recanto das Emas – UNIRE, the Cidade Estrutural and the University of Brasília – UnB. As a research tool, I listened to the narratives, dialogues and exchanges of experience, used field observations and experience / immersion in several dimensions amid the relations undertaken in the field. In the accounts that I present, the pains are protagonists of feelings, reactions and deep emotions, mark and are present in the body, psychological and emotional memory of each of these women. Categories such as abandonment, absence, disrespect and failure are common in the accounts as part of a gender grammar that causes pain, once they emerge and are experienced as frustration and lack of fulfilment of expectations of a patriarchal, heteronormative promise. Often, the pain reported is the result of a body seen as abject, of silences and ambiguities of racialized discourses, of the frequency with which the bodies of black women take the place of scapegoats in racial relations. Pains arising from a homoaffective desire considered socially as undignified, of denial, repression and ambiguity with which they are treated in interpersonal and social relations in the emergence of symbolic attributes perceived as masculine, as well as the internalization of these statements are basis for many of my interlocutors. All these elements are deeply built since the family relationships being reproduced, reworked and reinvented in affective-sexual relationships and with themselves over their life trajectory. Faced with the instability caused by the fear of abandonment and pain, my interlocutors report melancholy,a sense of stagnation and imprisonment, which in turn generate more pain. Upon the possibility of instability and to relive these pains, they seek, on the one hand, to move away from positions and characters that would approach them to the female fragility and the possibility of abandonment and, on the other hand, they draw on principles that generate expected stability and bring them a sense of balance, namely the concepts and fundamentals of heteronormative relations. The text that follows discusses the dynamic linkage between gender, race and sexuality in the mechanism engendered by pain as well as the multiplicity and diversity of creative forms ,coping strategies and the disruption of this dynamic that reifies power relations and legitimizes the exclusionary social structure of the patriarchal and racialized Western society.
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Burocracia de Estado e políticas de promoção da igualdade racial

Ferreira, Maria Aparecida Chagas 26 November 2014 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Sociologia, 2014. / Submitted by Ana Cristina Barbosa da Silva (annabds@hotmail.com) on 2015-02-05T14:40:08Z No. of bitstreams: 1 2014_MariaAparecidaChagasFerreira.pdf: 3072616 bytes, checksum: 345ad756202ad052d37dee660f70c9f6 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2015-02-05T19:45:36Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2014_MariaAparecidaChagasFerreira.pdf: 3072616 bytes, checksum: 345ad756202ad052d37dee660f70c9f6 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-02-05T19:45:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2014_MariaAparecidaChagasFerreira.pdf: 3072616 bytes, checksum: 345ad756202ad052d37dee660f70c9f6 (MD5) / Esta pesquisa apresenta uma análise da baixa capacidade técnica e institucional das políticas de promoção da igualdade racial ao investigar a hipótese de que, sob o ponto de vista sociológico e fundamentos da Teoria da Burocracia Representativa, os indivíduos que pertencem a determinados grupos podem ser portadores das mesmas percepções sobre problemas sociais e podem exercer práticas semelhantes em um mesmo espaço social. A Teoria da Burocracia Representativa se concentra em dois polos: primeiro, a análise da origem social dos servidores públicos, denominada de representação passiva (ou sociológica); segundo, a investigação da representação ativa (ou responsabilidade) em que se espera que o servidor público incline-se favoravelmente aos interesses daqueles que representa, a população em geral ou algum segmento dessa população. Para tanto, buscamos compreender como se posicionam servidores que constituem a alta burocracia das chamadas Carreiras Típicas de Estado por meio da seleção das carreiras de Advogado da União, Analista de Planejamento e Orçamento, Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, Técnico de Pesquisa e Planejamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada-Ipea e Procurador Federal. A pesquisa explorou a natureza das políticas de promoção da igualdade racial e o apoio desse grupo de servidores às propostas de políticas que beneficiem a população negra. A análise é conduzida por meio de técnicas estatísticas a partir da base de dados primária deste trabalho e das entrevistas concedidas pelos membros dessas carreiras. Os dados obtidos corroboram a tese de que a alta burocracia técnica de que trata este trabalho não possui uma representação passiva e ativa em relação à população negra. ___________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This research presents an analysis of the low technical and institutional capacity of policies to promote racial equality. It seeks to investigate the hypothesis that individuals belonging to certain groups can be carriers of same perceptions about social problems and they can have similar practices in the same social environment. These analysis is conducted by a sociological point of view and fundamentals of the Theory of Bureaucracy Representative. The Theory of Bureaucracy Representative focuses on two poles: first, the analysis of the demographic background of civil servants, called passive (or sociological) representation; second, active representation (or responsible) wherein the public servant is expected that lean favorably to the interests of those whom he is presumed to represent, the whole public or some segment of this population. Therefore, we seek to understand the views of the high bureaucracy known as Careers Typical State by selecting the Attorney Careers, Analyst of Planning and Budget, Public Policy and Management Specialist, Technical Research and Planning the Applied Economic Research Institute-IPEA . The research explored the nature of policies to promote racial equality and the support of that civil servant group to policy proposals which benefit the black population. The analysis is conducted using statistical techniques from the primary database of this work and interviews given by members of those careers. The data support the thesis that high technical bureaucracy in this research are not passive and active representativeness in relation to the black population. ___________________________________________________________________________________ RÉSUMÉ / Cette recherche présente une analyse de la faible capacité technique et institutionnelle des politiques de promotion de l'égalité raciale en enquêtant sur l'hypothèse que, du point de vue sociologique et des principes fondamentaux de la Théorie de la Bureaucratie Représentative, les personnes appartenant à certains groupes peuvent être porteurs des mêmes perceptions concernat les problèmes sociaux et peuvent avoir des pratiques similaires dans le même espace social. La Théorie de la Bureaucratie Représentative se concentre sur deux pôles: d'abord, l'analyse de l'origine sociale des fonctionnaires, appelés représentation passive (ou sociologique); Deuxièmement, la recherche de la représentation active (ou responsabilité) qui attend que le fonctionnaire se montre favorable aux intérêts de ceux qu'il représente, la population ou une partie de cette population. Par conséquent, nous cherchons à comprendre comment se positionne les fonctionnaires qui constituent la haute bureaucratie des Carrières d’État en sélectionnant les carrières d'Avocat de l'Union, d’Analyste de la Planification et du Budget, de Spécialiste de la Politique Publique et de la Gestion Gouvernementale, de Technicien de la Recherche et de la Planification de l'Institut de Recherche Économique Appliquée-IPEA et de Procureur Fédéral. La recherche a exploré la nature des politiques visant à promouvoir l'égalité raciale et l'appui que ces groupes de fonctionnaires des propositions de politiques qui profitent à la population noire. L'analyse est effectuée en utilisant des techniques statistiques à partir de la base de données primaire de ce travail et des interviews données de membres de ces carrières. Les données confirment la thèse selon laquelle la haute bureaucratie technique, analysée ce travail, n'a pas obtencies une représentation passive et active par rapport à la population noire.
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Análise de diferenciação intra-populacional em amostras de diferentes estratos sócio-econômicos

Dalton, Gustavo de Carvalho 28 September 2010 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal, 2010. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2011-02-17T19:57:59Z No. of bitstreams: 1 2010_GustavoCarvalhoDalton.pdf: 1576686 bytes, checksum: 080e210f6ef6123172c5a6fcaf1fe807 (MD5) / Rejected by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br), reason: on 2011-02-18T12:11:11Z (GMT) / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2011-02-18T12:48:45Z No. of bitstreams: 1 2010_GustavoCarvalhoDalton.pdf: 1569914 bytes, checksum: b8c1916b5c2421b6439eec869edcdcbe (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2011-02-18T12:55:07Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2010_GustavoCarvalhoDalton.pdf: 1569914 bytes, checksum: b8c1916b5c2421b6439eec869edcdcbe (MD5) / Made available in DSpace on 2011-02-18T12:55:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2010_GustavoCarvalhoDalton.pdf: 1569914 bytes, checksum: b8c1916b5c2421b6439eec869edcdcbe (MD5) / A história do povoamento do Brasil teve relação direta com a composição atual de sua população. Inicialmente com a presença indígena (ameríndia), e posteriormente com a colonização de europeus (notadamente da península ibérica) e contribuição africana decorrente da política escravagista, a população resultante traz a participação básica destes três grupos parentais. O histórico de ocupação mais recente do Centro-Oeste, com o deslocamento de migrantes de diversos outros Estados brasileiros, tem sugerido que esta região apresente um retrato genético da população do país. Um questionamento acerca dos estudos populacionais é se a amostra utilizada em um dado trabalho representa a população pretendida. Amostragens visando uma descrição populacional buscam adotar condições de aleatoriedade, porém devido às singularidades de coleta questiona-se se diferentes amostras da mesma população podem refletir alguma estratificação nela existente. Outra questão é se perfis definidos por marcadores considerados neutros, como os STR autossômicos do sistema CODIS, fornecem informações sobre a ancestralidade de um dado indivíduo. Dessa forma, o objetivo geral desse trabalho foi investigar se amostras coletadas em uma mesma localidade geográfica, porém de estratos sócio-econômicos distintos, apresentam diferenças quanto à caracterização genética para marcadores genéticos do tipo STR autossômicos e se perfis genéticos gerados para esses marcadores fornecem informações sobre ancestralidade dos indivíduos em análise. Para tanto, foram utilizadas duas amostras do Distrito Federal, uma oriunda de pessoas amostradas em laboratório público e que apresentam menor poder aquisitivo e outra de um laboratório privado, onde os indivíduos apresentam um maior poder aquisitivo. Análises de diferenciação genética mostraram que essas duas amostras, assim como a comparação dessas com outras localidades brasileiras, não apresentam diferença quanto à constituição genética para 12 marcadores STR autossômicos. Entretanto, análises de contribuição genética dos grupos parentais na constituição das duas amostras, assim como a análise de estrutura populacional (STRUCTURE) mostraram diferenças. A amostra de origem de laboratório privado apresentou uma maior contribuição europeia (77,7%) do que a do laboratório público (61,2%). Por outro lado, a contribuição africana e ameríndia foram maiores no público (26,6% e 12,2%, respectivamente) em contraste com o privado (13,2% e 9,0%, respectivamente). Análise obtida com o auxílio do programa STRUCTURE corrobora essa visão. Quanto à análise de perfis genéticos obtidos por STR autossômicos descritos como neutros serem ou não informativos de ancestralidade em população miscigenada, foram utilizadas as planilhas OMNIPOP e MPGO/EHSTRAFD. Foi possível identificar um potencial de indicação de ancestralidade a partir de alelos sugeridos no presente trabalho como indicativo de ancestralidade europeia, africana ou ameríndia. Deste modo, foram estabelecidos alelos e genótipos característicos de determinadas origens geográficas ou parentais, estabelecendo-se que os marcadores autossômicos do sistema CODIS, notadamente cinco deles (TPOX, D5S818, TH01, D13S317 e FGA), podem ser utilizados como indicadores de ancestralidade. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / The history of the populating of Brazil had a direct relation with the current composition of its population. Originally with indigenous (Amerindian), and subsequently with the colonization of Europeans (mainly from the Iberian peninsula) and the African contribution arising from slavery politics, the population shares the involvement of these three basic groups of parents. The history of more recent occupation of the Midwest, with the displacement of many migrants from other Brazilian states, has suggested that this region presents a portrait of the genetic population. A questioning of population studies is whether the sample used in a given work represents the intended population. Sampling aiming at a description of population seeks to adopt conditions of randomness, but due to the singularity of collecting methods there is a questioning whether different samples of the same population may reflect some stratification that might exist within it. Another question is whether profiles defined by markers allegedly neutral, such as autosomal STR CODIS system, provide information about the ancestry of a given individual. Thus, the general objective of this study was to investigate whether the samples collected in the same geographic location, but in different socio-economic strata, show differences in genetic characterization for genetic markers of autosomal STR type and if genetic profiles generated by these markers provide information on ancestry of these individuals in the analysis. To this end, we used two samples of the Federal District, one coming from people sampled in a public laboratory with a lower purchasing power and another from a private laboratory, where individuals have a higher purchasing power. Analysis of genetic differentiation showed that these two samples, as well as the comparison among other locations in Brazil, have no difference in the genetic constitution for 12 autosomal STR markers. However, analysis of the genetic contribution of parental groups in the constitution of the two samples, as well as analysis of population structure (STRUCTURE) showed differences. The sample source from the private laboratory showed a greater European contribution (77.7%) than the one from the public laboratory (61.2%). On the other hand, African and Amerindian contributions were higher in public (26.6% and 12.2% respectively) in contrast with the private laboratory (13.2% and 9.0% respectively). Analysis obtained with the help of the STRUCTURE program corroborates this view. As for the analysis of genetic profiles obtained by autosomal STR described as neutral being or not ancestry informative in a mixed population, we used OMNIPOP and MPGO/EHSTRAFD spreadsheets. It was possible to identify a potential indication of ancestry from allele suggested in this study as indicative of European, African or American ancestry. Thus, alleles and genotypes characteristic of certain geographic origins or parents were established, indicating that the CODIS system autosomal markers, especially five of them (TPOX, D5S818, TH01, D13S317 and FGA), can be used as indicators of ancestry.

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