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Viver do mato só não dá : relações ecológicas entre pessoas, mato e paisagem em uma experiência etnográfica junto a habitantes do Confim das ÁguasBassi, Joana Braun January 2011 (has links)
Esta pesquisa descreve, textual e visualmente, uma experiência etnográfica junto a habitantes que compartilham vínculos com os fundões de vales em uma pequena localidade situada na Mata Atlântica e aqui denominada Confim das Águas. Está calcada na etnoecologia como um campo científico existente na interface entre antropologia e ecologia, perpassado pelo campo do conhecimento tradicional, o que lhe confere múltiplas abordagens. Empreendi uma proposta teórica e analítica a fim de contribuir para ampliação dos horizontes científicos da etnoecologia em sua relação com a antropologia, buscando um entendimento mais amplo e complexo das relações envolvendo as pessoas em seus ambientes. Utilizando a noção de paisagem e de experiência a partir de Ingold (2000) como conceitos que ancoram o quadro teórico-metodológico propus-me a descrever e analisar relações ecológicas que envolvem as pessoas, o mato e a paisagem em seu processo dinâmico de mútua constituição. Para tal, busquei descrever textual e visualmente relações ecológicas que constituem a vida das pessoas em suas experiências na relação com o mato e a paisagem. Também me interessou analisar as experiências de interação das pessoas com o mato na expressão de suas agências frente aos impeditivos ambientais, tensionando uma dinâmica entre seus modos de habitar a paisagem e processos normativos que (também) a constituem. Inquietou-me, por fim, compreender como o mato é constitutivo dos processos humanos de habitar a paisagem e conformar sua dinâmica. Ao seguir as relações ecológicas que, a partir do mato, constituem a vida das pessoas, assumindo o caráter processual do método da pesquisa, busquei desenvolver uma abordagem empírica e textual que levasse em conta a dinâmica das interações cultivadas como constituinte do processo de construção da pesquisa. Ponderações e auto questionamentos sobre como abordar o campo – incluindo os estranhamentos e percalços, objeções e constrangimentos, assim como questões éticas - acompanharam todo seu curso empírico, sendo este, por fim, substancialmente direcionado e circunscrito pelos próprios interlocutores ao deixar-me levar pelas oportunidades que irromperam em participar ativamente de suas vidas. Transitei por uma série de caminhos habitados na paisagem, tão diversos quanto singulares, orientada pelas pessoas nas múltiplas experiências de suas vidas, reconhecendo um mato que em sua imperatividade e aparente uniformidade comporta uma pluralidade de criações e invenções. A trajetória empírica revelou variadas perspectivas etnoecológicas de pensar e viver o mato em sua indissociabilidade na dinâmica das atividades cotidianas. O mato inicialmente proposto como centralidade para as interlocuções distendeu-se em narrativas e engajamento que explicitaram o mato em diferentes relações e significados, pretéritos e presentes, mas fundamentalmente integrado à dinâmica da paisagem, das experiências, dos aprendizados e dos ritmos cotidianos da vida das pessoas. / Esta investigación describe textual y visualmente una experiencia etnográfica con habitantes que comparten vínculos con los fundões de los valles en una pequeña localidad situada en la Mata Atlântica, aquí denominada Confim das Águas. Está basada en la etnoecología como un campo científico que existe en la conexión entre la antropología y la ecología, atravesado por el campo del conocimiento tradicional, lo que le confiere múltiples abordajes. Con el fin de contribuir para la ampliación de los horizontes científicos de la etnoecología en su relación con la antropología, formulé una propuesta teórica y analítica buscando un entendimiento más amplio y complejo de las relaciones de las personas con sus ambientes. Desde una perspectiva fenomenológica utilicé las nociones de paisaje y de experiencia a partir de Ingold (2000). Estos conceptos estructuran el cuadro teórico y metodológico a partir de los cuales me propuse describir y analizar las relaciones ecológicas que envuelven a las personas, el bosque y el paisaje en un proceso dinámico de mutua construcción. Para tal fin describí textual y visualmente relaciones ecológicas que constituyen la vida de las personas y sus experiencias en relación con el bosque y el paisaje. También me interesó analizar las experiencias de interacción de las personas con el bosque en la expresión de sus agencias frente a los impedimentos ambientales, las cuales tensionan la dinámica entre sus modos de habitar el paisaje y los procesos normativos que (también) lo constituyen. Finalmente me inquietó comprender como el bosque es constitutivo de los procesos humanos de habitar el paisaje y conformar su dinámica. Al seguir las relaciones ecológicas que constituyen la vida de las personas a partir del bosque, y asumiendo el carácter procesual del método de investigación, busqué desarrollar un abordaje empírico y textual que tuviera en cuenta la dinámica de las interacciones cultivadas con los interlocutores como constituyentes del proceso de investigación. Ponderaciones y auto-cuestionamientos sobre cómo abordar el trabajo de campo – incluyendo los extrañamientos, los contratiempos, las objeciones y las cuestiones éticas – acompañaron todo el curso empírico de la investigación, siendo este direccionado y circunscrito por los propios interlocutores al dejarme llevar por las oportunidades que tuve al participar activamente en sus vidas. Transité por una serie de caminos habitados en el paisaje, tan diversos como singulares, orientada por las personas en las múltiples experiencias de sus vidas, reconociendo un bosque que, en su predominancia y aparente uniformidad, comporta múltiples creaciones e invenciones. La trayectoria empírica reveló varias perspectivas etnoecológicas de pensar y vivir el bosque que están íntimamente asociadas a la dinámica de sus actividades cotidianas. El bosque, inicialmente propuesto como el eje central de las interlocuciones, se expandió en intervenciones y narrativas que lo explicaron desde diferentes relaciones y significados, pasados y presentes, que están integrados a la dinámica del paisaje, de las experiencias, de los aprendizajes y de los ritmos cotidianos de la vida de las personas.
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Viver do mato só não dá : relações ecológicas entre pessoas, mato e paisagem em uma experiência etnográfica junto a habitantes do Confim das ÁguasBassi, Joana Braun January 2011 (has links)
Esta pesquisa descreve, textual e visualmente, uma experiência etnográfica junto a habitantes que compartilham vínculos com os fundões de vales em uma pequena localidade situada na Mata Atlântica e aqui denominada Confim das Águas. Está calcada na etnoecologia como um campo científico existente na interface entre antropologia e ecologia, perpassado pelo campo do conhecimento tradicional, o que lhe confere múltiplas abordagens. Empreendi uma proposta teórica e analítica a fim de contribuir para ampliação dos horizontes científicos da etnoecologia em sua relação com a antropologia, buscando um entendimento mais amplo e complexo das relações envolvendo as pessoas em seus ambientes. Utilizando a noção de paisagem e de experiência a partir de Ingold (2000) como conceitos que ancoram o quadro teórico-metodológico propus-me a descrever e analisar relações ecológicas que envolvem as pessoas, o mato e a paisagem em seu processo dinâmico de mútua constituição. Para tal, busquei descrever textual e visualmente relações ecológicas que constituem a vida das pessoas em suas experiências na relação com o mato e a paisagem. Também me interessou analisar as experiências de interação das pessoas com o mato na expressão de suas agências frente aos impeditivos ambientais, tensionando uma dinâmica entre seus modos de habitar a paisagem e processos normativos que (também) a constituem. Inquietou-me, por fim, compreender como o mato é constitutivo dos processos humanos de habitar a paisagem e conformar sua dinâmica. Ao seguir as relações ecológicas que, a partir do mato, constituem a vida das pessoas, assumindo o caráter processual do método da pesquisa, busquei desenvolver uma abordagem empírica e textual que levasse em conta a dinâmica das interações cultivadas como constituinte do processo de construção da pesquisa. Ponderações e auto questionamentos sobre como abordar o campo – incluindo os estranhamentos e percalços, objeções e constrangimentos, assim como questões éticas - acompanharam todo seu curso empírico, sendo este, por fim, substancialmente direcionado e circunscrito pelos próprios interlocutores ao deixar-me levar pelas oportunidades que irromperam em participar ativamente de suas vidas. Transitei por uma série de caminhos habitados na paisagem, tão diversos quanto singulares, orientada pelas pessoas nas múltiplas experiências de suas vidas, reconhecendo um mato que em sua imperatividade e aparente uniformidade comporta uma pluralidade de criações e invenções. A trajetória empírica revelou variadas perspectivas etnoecológicas de pensar e viver o mato em sua indissociabilidade na dinâmica das atividades cotidianas. O mato inicialmente proposto como centralidade para as interlocuções distendeu-se em narrativas e engajamento que explicitaram o mato em diferentes relações e significados, pretéritos e presentes, mas fundamentalmente integrado à dinâmica da paisagem, das experiências, dos aprendizados e dos ritmos cotidianos da vida das pessoas. / Esta investigación describe textual y visualmente una experiencia etnográfica con habitantes que comparten vínculos con los fundões de los valles en una pequeña localidad situada en la Mata Atlântica, aquí denominada Confim das Águas. Está basada en la etnoecología como un campo científico que existe en la conexión entre la antropología y la ecología, atravesado por el campo del conocimiento tradicional, lo que le confiere múltiples abordajes. Con el fin de contribuir para la ampliación de los horizontes científicos de la etnoecología en su relación con la antropología, formulé una propuesta teórica y analítica buscando un entendimiento más amplio y complejo de las relaciones de las personas con sus ambientes. Desde una perspectiva fenomenológica utilicé las nociones de paisaje y de experiencia a partir de Ingold (2000). Estos conceptos estructuran el cuadro teórico y metodológico a partir de los cuales me propuse describir y analizar las relaciones ecológicas que envuelven a las personas, el bosque y el paisaje en un proceso dinámico de mutua construcción. Para tal fin describí textual y visualmente relaciones ecológicas que constituyen la vida de las personas y sus experiencias en relación con el bosque y el paisaje. También me interesó analizar las experiencias de interacción de las personas con el bosque en la expresión de sus agencias frente a los impedimentos ambientales, las cuales tensionan la dinámica entre sus modos de habitar el paisaje y los procesos normativos que (también) lo constituyen. Finalmente me inquietó comprender como el bosque es constitutivo de los procesos humanos de habitar el paisaje y conformar su dinámica. Al seguir las relaciones ecológicas que constituyen la vida de las personas a partir del bosque, y asumiendo el carácter procesual del método de investigación, busqué desarrollar un abordaje empírico y textual que tuviera en cuenta la dinámica de las interacciones cultivadas con los interlocutores como constituyentes del proceso de investigación. Ponderaciones y auto-cuestionamientos sobre cómo abordar el trabajo de campo – incluyendo los extrañamientos, los contratiempos, las objeciones y las cuestiones éticas – acompañaron todo el curso empírico de la investigación, siendo este direccionado y circunscrito por los propios interlocutores al dejarme llevar por las oportunidades que tuve al participar activamente en sus vidas. Transité por una serie de caminos habitados en el paisaje, tan diversos como singulares, orientada por las personas en las múltiples experiencias de sus vidas, reconociendo un bosque que, en su predominancia y aparente uniformidad, comporta múltiples creaciones e invenciones. La trayectoria empírica reveló varias perspectivas etnoecológicas de pensar y vivir el bosque que están íntimamente asociadas a la dinámica de sus actividades cotidianas. El bosque, inicialmente propuesto como el eje central de las interlocuciones, se expandió en intervenciones y narrativas que lo explicaron desde diferentes relaciones y significados, pasados y presentes, que están integrados a la dinámica del paisaje, de las experiencias, de los aprendizajes y de los ritmos cotidianos de la vida de las personas.
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Viver do mato só não dá : relações ecológicas entre pessoas, mato e paisagem em uma experiência etnográfica junto a habitantes do Confim das ÁguasBassi, Joana Braun January 2011 (has links)
Esta pesquisa descreve, textual e visualmente, uma experiência etnográfica junto a habitantes que compartilham vínculos com os fundões de vales em uma pequena localidade situada na Mata Atlântica e aqui denominada Confim das Águas. Está calcada na etnoecologia como um campo científico existente na interface entre antropologia e ecologia, perpassado pelo campo do conhecimento tradicional, o que lhe confere múltiplas abordagens. Empreendi uma proposta teórica e analítica a fim de contribuir para ampliação dos horizontes científicos da etnoecologia em sua relação com a antropologia, buscando um entendimento mais amplo e complexo das relações envolvendo as pessoas em seus ambientes. Utilizando a noção de paisagem e de experiência a partir de Ingold (2000) como conceitos que ancoram o quadro teórico-metodológico propus-me a descrever e analisar relações ecológicas que envolvem as pessoas, o mato e a paisagem em seu processo dinâmico de mútua constituição. Para tal, busquei descrever textual e visualmente relações ecológicas que constituem a vida das pessoas em suas experiências na relação com o mato e a paisagem. Também me interessou analisar as experiências de interação das pessoas com o mato na expressão de suas agências frente aos impeditivos ambientais, tensionando uma dinâmica entre seus modos de habitar a paisagem e processos normativos que (também) a constituem. Inquietou-me, por fim, compreender como o mato é constitutivo dos processos humanos de habitar a paisagem e conformar sua dinâmica. Ao seguir as relações ecológicas que, a partir do mato, constituem a vida das pessoas, assumindo o caráter processual do método da pesquisa, busquei desenvolver uma abordagem empírica e textual que levasse em conta a dinâmica das interações cultivadas como constituinte do processo de construção da pesquisa. Ponderações e auto questionamentos sobre como abordar o campo – incluindo os estranhamentos e percalços, objeções e constrangimentos, assim como questões éticas - acompanharam todo seu curso empírico, sendo este, por fim, substancialmente direcionado e circunscrito pelos próprios interlocutores ao deixar-me levar pelas oportunidades que irromperam em participar ativamente de suas vidas. Transitei por uma série de caminhos habitados na paisagem, tão diversos quanto singulares, orientada pelas pessoas nas múltiplas experiências de suas vidas, reconhecendo um mato que em sua imperatividade e aparente uniformidade comporta uma pluralidade de criações e invenções. A trajetória empírica revelou variadas perspectivas etnoecológicas de pensar e viver o mato em sua indissociabilidade na dinâmica das atividades cotidianas. O mato inicialmente proposto como centralidade para as interlocuções distendeu-se em narrativas e engajamento que explicitaram o mato em diferentes relações e significados, pretéritos e presentes, mas fundamentalmente integrado à dinâmica da paisagem, das experiências, dos aprendizados e dos ritmos cotidianos da vida das pessoas. / Esta investigación describe textual y visualmente una experiencia etnográfica con habitantes que comparten vínculos con los fundões de los valles en una pequeña localidad situada en la Mata Atlântica, aquí denominada Confim das Águas. Está basada en la etnoecología como un campo científico que existe en la conexión entre la antropología y la ecología, atravesado por el campo del conocimiento tradicional, lo que le confiere múltiples abordajes. Con el fin de contribuir para la ampliación de los horizontes científicos de la etnoecología en su relación con la antropología, formulé una propuesta teórica y analítica buscando un entendimiento más amplio y complejo de las relaciones de las personas con sus ambientes. Desde una perspectiva fenomenológica utilicé las nociones de paisaje y de experiencia a partir de Ingold (2000). Estos conceptos estructuran el cuadro teórico y metodológico a partir de los cuales me propuse describir y analizar las relaciones ecológicas que envuelven a las personas, el bosque y el paisaje en un proceso dinámico de mutua construcción. Para tal fin describí textual y visualmente relaciones ecológicas que constituyen la vida de las personas y sus experiencias en relación con el bosque y el paisaje. También me interesó analizar las experiencias de interacción de las personas con el bosque en la expresión de sus agencias frente a los impedimentos ambientales, las cuales tensionan la dinámica entre sus modos de habitar el paisaje y los procesos normativos que (también) lo constituyen. Finalmente me inquietó comprender como el bosque es constitutivo de los procesos humanos de habitar el paisaje y conformar su dinámica. Al seguir las relaciones ecológicas que constituyen la vida de las personas a partir del bosque, y asumiendo el carácter procesual del método de investigación, busqué desarrollar un abordaje empírico y textual que tuviera en cuenta la dinámica de las interacciones cultivadas con los interlocutores como constituyentes del proceso de investigación. Ponderaciones y auto-cuestionamientos sobre cómo abordar el trabajo de campo – incluyendo los extrañamientos, los contratiempos, las objeciones y las cuestiones éticas – acompañaron todo el curso empírico de la investigación, siendo este direccionado y circunscrito por los propios interlocutores al dejarme llevar por las oportunidades que tuve al participar activamente en sus vidas. Transité por una serie de caminos habitados en el paisaje, tan diversos como singulares, orientada por las personas en las múltiples experiencias de sus vidas, reconociendo un bosque que, en su predominancia y aparente uniformidad, comporta múltiples creaciones e invenciones. La trayectoria empírica reveló varias perspectivas etnoecológicas de pensar y vivir el bosque que están íntimamente asociadas a la dinámica de sus actividades cotidianas. El bosque, inicialmente propuesto como el eje central de las interlocuciones, se expandió en intervenciones y narrativas que lo explicaron desde diferentes relaciones y significados, pasados y presentes, que están integrados a la dinámica del paisaje, de las experiencias, de los aprendizajes y de los ritmos cotidianos de la vida de las personas.
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