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Reconstrução da transição faringoesofágica com segmento de jejuno transferido com técnicas de microcirurgia vascular / Reconstruction of the Cervical Esophagus with a Jejunal Segment transferred with vascular microsurgery techniques

Glaucia Helena Zeferino 27 August 2007 (has links)
A reconstrução microcirúrgica de faringe e esôfago com jejuno é uma das opções para a reparação de defeitos resultantes de faringolaringectomias. Suas principais vantagens são: o diâmetro da alça jejunal é compatível com o diâmetro das bocas faríngea e esofágica, apresenta menos estenose do que reconstruções cutâneas e há menos contaminação do que quando se emprega o cólon. Entretanto, o pedículo vascular é, por vezes, curto; além disso, as paredes flácidas do intestino delgado e sua secreção mucosa dificultam a adaptação de prótese fonatórias. Finalmente, é necessária uma laparotomia para a obtenção do segmento jejunal, o que aumenta a potencial morbidade operatória. O objetivo deste trabalho foi avaliar de forma retrospectiva os aspectos técnicos, mobi-mortalidade e resultados funcionais de uma série de doentes submetidos a este método reconstrutivo, numa única instituição. No período de 1989 a 2000, 35 pacientes do sexo masculino, com média de idade de 55 anos, foram submetidos à reconstrução faringoesofágica com retalho microcirúrgico de jejuno, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Trinta e quatro doentes eram portadores de tumores malignos do trato aerodigestivo alto, e um sofreu um ferimento cervical por arma de fogo. Onze casos foram previamente submetidos à radioterapia. A reconstrução foi imediata na maioria dos casos (85,7%). Através de laparotomia mediana supra-umbilical, escolheu-se segmento de alça jejunal de tamanho compatível, situado de 30 a 50 cm do ângulo do Treitz e nutrido por ramos longos dos vasos mesentéricos superiores, atentando-se para preservar a continuidade da arcada vascular primária em todo o segmento a ser transplantado. Este foi transposto para o seu leito definitivo sempre em posição isoperistáltica. Obteve-se um restabelecimento do trânsito digestivo alto em 84,0% dos casos. Houve perda do retalho em 14%, e a taxa de mortalidade foi de 2,9%, ocasionada por abdome agudo obstrutivo. O resultado funcional foi avaliado através de escala de pontuação de Schechter, incluindo parâmetros como deglutição, voz e peso corpóreo. Em 45% dos casos, observou-se uma pontuação entre 5 e 6, evidenciando uma boa qualidade de reabilitação. Em virtude da gravidade dos doentes e da magnitude dos atos operatórios, concluiu-se que a reconstrução faringoesofágica com retalho microcirúrgico jejunal foi um método exeqüível em nosso meio, oferecendo uma boa qualidade de reabilitação funcional, com morbi-mortalidade aceitável / Microsurgical reconstruction of the esophagus and pharynx with a jejunal segment is one of the current options available for repairing defects caused by pharyngolaryngectomies. Main advantages of this technique are: compatible diameters of the jejunal segment with the pharyngeal and esophageal openings, lower incidence of stenosis when compared to cutaneous reconstructions, and less contamination in relation to techniques using colonic fragments. Nevertheless, the vascular pedicle is sometimes too short and the flaccid walls of the jejunum associated with its mucous secretion render adaptation to phonatory prosthesis more difficult. Finally, operative morbidity may be increased due to the need for laparotomy in order to obtain the jejunal segment. The aim of this work was to evaluate, in a retrospective fashion, the technical aspects, morbi-mortality and functional results of a series of patients submitted to this reconstructive method at a single institution. During the period of 1989 to 2000 a total of 35 male patients with an average age of 55 years received a microsurgical flap of the jejunum for pharyngoesophageal reconstruction, at the Hospital das Clínicas of São Paulo University Medical School. Thirty four patients had malignant tumors of the upper aerodigestive tract and one had a injury. Eleven cases had been previously submitted to radiotherapy. The majority of patients (85.7%) underwent reconstruction immediately following ablative surgery. By means of median supraumbilical laparotomy an intestinal segment located 30 to 50 cm away from the angle of Treitz was chosen taking into note that it had to be nourished by long branches of the superior mesenteric vessels and to also maintain its continuity to the primary vascular arcade throughout the segment to be transplanted. The segment was transposed to its definitive vascular bed always respecting an isoperistaltic position. Functional effective restoration of the higher digestive transit was possible in 84.0% of cases. Graft loss occurred in 14%, and the mortality rate was of 2.9%, caused by obstructive acute abdomen. Functional results were evaluated according to the Schechter scoring scale, where parameters such as swallowing, voice and weight are taken into account. In 45% of the cases the scores were between 5 and 6, representing good repairing quality. Considering the degree of severity of these patients and the magnitude of the surgical procedures, we concluded that pharyngoesophageal reconstruction utilizing microsurgical jejunal flaps is a feasible method with good functional rehabilitation results and acceptable morbidity and mortality rates for our patient population
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Efeito da toxina botulínica tipo A na viabilidade do retalho cutâneo dorsal em ratos saudáveis, expostos à fumaça de cigarro e diabéticos / Effect of botulinum toxin type A on cutaneous flap viability in diabetic, tobacco-exposed, and healthy rats

Cristina Pires Camargo 01 December 2014 (has links)
Introdução: Os autores estudaram o efeito da toxina botulinica tipo A (BontA) na viabilidade de retalhos cutâneos em ratos saudáveis, expostos à fumaça de cigarro e diabéticos. Material e métodos: Foram avaliados 90 ratos Wistar machos com peso variando entre 170 a 469 g (média 282,56 g). Esses animais foram divididos em seis grupos: saudáveis com aplicação de solução fisiológica (SF) (C1), saudáveis com aplicação de Toxina botulínica tipo A (BontA) (C2), expostos à fumaça de cigarro com aplicação de SF (T1), expostos à fumaça de cigarro com aplicação de BontA (T2), diabéticos com aplicação de SF (D1) e diabéticos com aplicação de BontA (D2). Os ratos pertencentes ao grupo exposição à fumaça de cigarro foram expostos por um período de 28 dias duas vezes ao dia ininterruptamente. O Diabete foi induzido pela injeção, intravenosa de estreptozotocina (55 mg/Kg) 56 dias antes do início dos procedimentos. Sete dias antes da realização do retalho cutâneo foi injetado ao longo do retalho, BontA (20u) ou SF 0,9%, de acordo com o subgrupo ao qual o animal foi alocado. Foi realizado procedimento para obtenção de retalho cutâneo dorsal (3x10 cm) e no sétimo pósoperatório os retalhos foram fotografados e a seguir realizada eutanásia. As fotografias foram digitalizadas e analisadas pelo programa Image J®, através do qual foi aferido área viável e área total. Através do programa Excel® foi calculado a razão da área viável/área total dos retalhos dorsais dos animais. A seguir foi coletado amostra de tecido com dimensões de 0,4x5 cm, para análise das arteríolas (lúmen, diâmetro, espessura média da parede arteriolar e razão do lúmen/espessura média), segundo método de estereologia. Resultados: A razão de área viável/área total apresentou diferença significativa no grupo controle tratado com BontA, (C2 x C1; 0,9 ± 0,1 vs 0,67 ± 0,15, p= 0,001). O mesmo comportamento foi observado no grupo diabete que recebeu a aplicação de BontA (D2 x D1 groups; 0,97±0,2 vs 0,61±0,24, p=0,018). O grupo exposto à fumaça de cigarro não apresentou diferença estatística. À estereologia, não houve diferença da avaliação miscrocópica dos grupos controle e expostos à fumaça de cigarro. O grupo diabete mostrou diferença estatística nos animais que receberam a aplicação de BontA em relação os que receberam SF, lúmen (p=0,004), diâmetro (p=0,05), razão lúmen/espessura média (p=0,003). Conclusão: a toxina botulínica tipo A aumentou a viabilidade do retalho cutâneo dorsal em ratos sadios e diabéticos no sétimo pós-operatório. Houve aumento do lúmen, diâmetro, razão do lúmen/ espessura média dos retalhos cutâneos dos animais diabéticos / Background: Botulinum toxin A (BoNTA) might be effective in reducing skin flap necrosis. This study investigated BoNTA influence on skin flap viability in healthy, tobacco-exposed and diabetic rats. Methods: Ninety male Wistar rats (170 a 469 g) were randomly divided into six groups: control+saline solution (C1), control+BoNTA (C2), tobacco-exposed+saline solution (T1), tobacco-exposed+BoNTA (T2) diabetes+saline solution (D1) and diabetes+BoNTA (D2). A dorsal random skin flap (3 × 10 cm) was performed on each rat. Total flap and necrosis areas were measured through macroscopic evaluation using ImageJ® software. Survival area /total area ratio was calculated. After euthanasia skin flap samples were collected for stereological assessment. Lumen, diameter, wall thickness, and lumen/wall thickness ratio of all arterioles along the panniculus carnosus were measured. Results: Survival flap area/total flap area ratio increased in control group with BoNTA injection compared with control animals injected with saline solution (C2 x C1 groups; 0.9 ± 0.1 vs 0.67 ± 0.15, p= 0.001). A similar result was found in the diabetic group injected with BontA when compared with the diabetic group injected with saline solution (D2 x D1 groups; 0.97±0.2 vs 0.61±0.24, p=0.018). We did not observe any difference in skin flap viability in the tobacco-exposed groups (T1 x T2 groups; 0.64± 0.21 vs 0.74±0.24, p=0.871)). Lumen(p=0.004), diameter(p=0.05) and lumen/wall thickness ratio (p=0.003) were increased in diabetic BoNTA-treated animals compared with diabetic animals injected with saline solution. This effect was not observed in control groups or in the tobacco-exposed groups. Conclusion: BoNTA increased skin flap viability in control and diabetic rats on the seventh postoperative day and resulted in increased lumen, diameter, and lumen/wall thickness ratio in the diabetic animals
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"Ação do laser vermelho de baixa potência na viabilidade de retalhos cutâneos randômicos em ratos" / The effects of diode red laser 670 nm in skin flap survival

Cristiano Baldan 18 July 2005 (has links)
Introdução: este estudo avaliou o efeito do laser vermelho de baixa potência na viabilidade de retalhos cutâneos randômicos em ratos. Métodos: 40 ratos Wistar foram divididos em 4 grupos, aleatoriamente, onde 1 grupo foi utilizado como controle (G1) e os demais foram irradiados com laser de 670 nm, com 2,14 (G2), 5,36 (G3) e 20,36 J/cm2 (G4), respectivamente. Resultados: o G1 apresentou 49,35% da área do retalho necrosada, G2 39,14%, G3 47,01% e G4 29,17%. À análise estatística obtivemos diferença significativa apenas quando comparamos G4 com o G1 (p < 0,001). Conclusão: o LBP vermelho (20,36 J/cm2) é capaz de incrementar a viabilidade dos retalhos cutâneos randômicos em ratos / Introduction: This study assessed the effects of different LLLT doses on randomic skin flap rats. Methodology: 40 wistar rats were divided in four groups. The control group (CG) was not irradiated. The experimental groups were irradiated with different fluency: group 2 (G2) with 2,14 J/cm²; group 3 (G3) 5,36 J/cm² and group 4 (G4) 20,36 J/cm². The necrosis area was evaluated in the seventh postoperative day. Results: The CG shows 49,35% of necrosis area in the skin flap; G2, 39,14%; G3, 47,01% and G4, 29,17% respectively. There was a significantly difference when G4 was compared with CG`s skin flap necrosis area. Conclusion: Red LLLT with increases the survival in randomic skin flap rats
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Retalho súpero-lateral da perna: descrição anatômica e aplicação clínica de um novo retalho / The superolateral leg flap: an anatomical study and clinical applications of a new flap

Teng Hsiang Wei 08 August 2006 (has links)
O autor realizou um estudo anatômico da região lateral e proximal da perna por meio de dissecção anatômica em cadáver, de exame arteriográfico e de mapeamento com Doppler em pacientes, visando a descrição da artéria denominada fibular superior, que se origina no tronco tíbio-fibular em 70% dos casos, da artéria fibular, em 20% e da artéria tibial anterior, em 10% e participa na irrigação do músculo sóleo e gastrocnêmio. Este vaso possui características adequadas para a realização de micro-anastomose. Após a conclusão da parte anatômica-descritiva, o autor aplicou o retalho derivado da artéria fibular superior, denominado retalho súpero-lateral da perna, na reconstrução de defeitos cutâneos e defeitos complexos tridimensionais, localizados no pé e tornozelo, em 10 pacientes, obtendo bons resultados / The author performed an anatomical study of the proximal and lateral aspect of the leg, consisting of cadaver dissection, arteriogram and Doppler mapping, in order to disclose the features of a new vessel, denominated superior peroneal artery. It originates from the tibiofibular trunk in 70 % of times, from the peroneal artery, 20%, and from the anterior tibial artery, 10%. It contributes to nourish the soleous and the lateral gastrocnemius muscle. The superior peroneal vessels are also suitable for microanastomosis. Therefore, the flap derived from the superior peroneal artery, called superolateral leg flap (SLL), was used for lower leg reconstructions in 10 patients, in two of them as chimeric flap for complex tridimensional defects, with good results
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Aplicação da cola de fibrina em microanastomoses vasculares: análise comparativa com a técnica de sutura convencional utilizando um modelo experimental de retalho microcirúrgico / Application of fibrin glue in microvascular anastomosis: comparative analysis with the conventional suture technique using an experimental free flap model

Alvaro Baik Cho 17 March 2008 (has links)
INTRODUÇÃO: A microanastomose vascular é um componente importante na cirurgia de transferência livre de tecidos. Atualmente, a técnica de sutura convencional ainda é considerada o padrão ouro, no entanto, ela apresenta alguns inconvenientes por ser tecnicamente difícil, consumir muito tempo e ter uma longa curva de aprendizado. Na busca de uma técnica mais fácil e rápida, métodos alternativos de anastomose são estudados incluindo a cola de fibrina. Apesar dos bons resultados publicados, a sua aceitação na prática clínica ainda é limitada. Controvérsias a cerca de sua trombogenicidade e resistência mecânica geram dúvidas em relação a sua segurança. A ausência de um modelo experimental mais fidedigno impede que os potenciais benefícios de sua aplicação clínica sejam apreciados. O objetivo deste estudo é esclarecer essas controvérsias e estudar os benefícios da aplicação da cola de fibrina em um ambiente que simule a prática clínica. MÉTODOS: O modelo experimental utilizado foi a transferência livre de um retalho inguinal para a região cervical anterior. A circulação do retalho era restaurada através de microanastomoses vasculares entre as artérias femoral e carótida (término-lateral) e entre as veias femoral e jugular externa (término-terminal). Utilizamos 20 coelhos que foram divididos em dois grupos (n= 10) de acordo com a técnica de sutura empregada: Grupo I (sutura convencional) e Grupo II (sutura com cola). RESULTADOS: A aplicação da cola de fibrina reduziu significativamente o número de pontos necessários para se completar as anastomoses, 4 pontos a menos nas artérias e 4,5 pontos a menos nas veias. No Grupo I, a média do tempo de anastomose arterial foi de 17,21 minutos, contra 12,72 minutos no Grupo II. Nas anastomoses venosas, a média de tempo no Grupo I foi de 22,93 minutos, contra 16,57 minutos no Grupo II. A aplicação da cola de fibrina também diminuiu o tempo de isquemia do retalho e o tempo de cirurgia em 11,5 minutos e 15,67 minutos, respectivamente. A taxa de sobrevida do retalho foi de 90% nos dois grupos. CONCLUSÕES: A aplicação da cola de fibrina em microanastomoses vasculares demonstrou ser confiável e eficiente no presente estudo. / INTRODUCTION: Microvascular anastomosis is an important component of the free flap surgical procedure. Currently, the conventional suture is still considered the gold standard technique. However, it presents some problems for being technically demanding, time consuming and with a long learning curve. In looking for an easier and faster technique, alternative methods of anastomosis were studied including the fibrin glue. Despite the good results reported in the literature, its acceptance in the clinical setting is still small Controversies regarding its thrombogenicity and mechanical resistance create some concerns about its safeness. The absence of a more realistic experimental model has not allow a full aprecciation of its potencial benefits in clinical use. The aim of this study is clarify these controversies and demonstrate the advantages of fibrin glue application in an environment that can reproduce the clinical practice. METHODS: A free inguinal flap transfer to the anterior cervical region was used as experimental model. The circulation of the flap was restored by means of microvascular anastomosis between the femoral and carotid arteries (end-to-side) and between the femoral and jugular veins (end-to end). The procedures were performed in 20 rabbits that were divided into two groups (n= 10) according to the anastomosis technique: Group I (conventional) and Group II (fibrin glue). RESULTS: The application of fibrin glue significantly reduced the amount of sutures required to complete the anastomoses: 4 less sutures in the arteries and 4,5 less sutures in the veins. In Group I, the mean arterial anastomosis time was 17,21 minutes against 12,72 minutes in Group II. In the veins, the mean anastomosis time in Group I was 22,93 minutes against 16,57 minutes in Group II. The application of fibrin glue also reduced the flap ischemic time and the total operative time by 11,5 minutes and 15,67 minutes, respectively. The flaps\' survival rate was 90% in both groups. CONCLUSIONS: The application of fibrin glue in microvascular anastomoses was reliable and effective in this study.
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Avaliação da escala MESS nas fraturas expostas da perna / MESS score evaluation in open leg fractures

Luciano Ruiz Torres 18 September 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: A escala MESS foi um instrumento desenvolvido para auxiliar o cirurgião na decisão entre amputar e preservar o membro inferior gravemente lesado. Neste estudo acompanhamos um grupo de pacientes com fratura exposta dos ossos da perna com MESS >= sete, preditivo para amputação, durante seu tratamento até a sua reabilitação completa. OBJETIVO: O objetivo do estudo foi determinar a relação de sucesso/insucesso funcional nos pacientes com escore MESS >= sete com o membro reconstruído no longo prazo (mínimo de dez anos de seguimento). MÉTODOS: Foram incluídos no estudo, os pacientes com fratura exposta Gustilo IIIB e IIIC dos ossos da perna com critérios de membros inferiores gravemente lesados modificados de Gregory e Bonanni e escore MESS >= sete. Os pacientes foram incluídos no período de 2003-2006. Os pacientes foram avaliados através da Medida de Independência Funcional e escala de incapacidade pela dor. RESULTADOS: Dos 26 pacientes selecionados, foram realizadas amputações em cinco e preservação do membro acometido, após intervenções, em 21 pacientes. Nove pacientes foram reavaliados após mais de 10 anos de seguimento. Destes, sete apresentavam o membro preservado e apenas um teve a reconstrução considerada como falha. Dos pacientes preservados, o paciente com fratura exposta Gustilo IIIC teve a reconstrução considerada falha. As duas amputações também foram consideradas funcionais. CONCLUSÃO: A escala MESS não é um bom instrumento para indicar amputação / INTRODUCTION: The MESS score was designed as a tool to assist the surgeon in deciding between amputate or preserve the severely injured lower limb. In this study we followed patients with severe open fractures of the leg with MESS >= seven, predictive for amputation during their treatment until their complete rehabilitation. OBJETIVE: The aim of the study was to determine the relative success / failure in patients with functional MESS score >= seven with the reconstructed member. METHODS: We included in the study, patients with open fractures Gustilo IIIB and IIIC of the leg with criteria for seriously injured lower limb modified by Gregory and Bonanni and MESS score >= seven. All patients were included from 2003 to 2006. Patients were evaluated through the Functional Independence Measure and Pain Disability Index. RESULTS: From selected 26 patients, five had below knee amputation and 21 after reconstructive procedures got limb salvage. Nine patients were evaluated after 10 years follow-up. Seven of them have the reconstructed limb, only one of these was considered as functional failure. Of the patients with lower limb reconstruction only Gustilo IIIC open fracture has a non-functional member. The two patients with amputation also have functional results. CONCLUSION: MESS is not a proper instrument to indicate amputation
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Estudo anatômico comparativo entre o retalho glúteo femoral e o retalho vascularizado pelo vaso perfurante da artéria glútea inferior / Comparative anatomical study of the gluteal thigh flap and the inferior gluteal artery perforator flap

Eduardo Montag 07 December 2012 (has links)
A despeito da evolução nos cuidados aos pacientes acamados, as úlceras de pressão encontram-se dentre os problemas que acometem estes indivíduos com grande impacto social e econômico. A reparação através de retalhos se estabeleceu como a terapêutica de escolha nos casos de úlceras em estágios avançados. As freqüentes recidivas devem ser consideradas pelo cirurgião durante todos os momentos do tratamento, de modo a não comprometer alternativas futuras durante a sua correção. O advento dos retalhos fasciocutâneos e vascularizados por artérias perfurantes permitiu o tratamento das úlceras de pressão preservando-se a musculatura, com isto reduzindo a morbidade e a perda sanguínea. O retalho glúteo femoral se estabeleceu como opção de escolha no tratamento das úlceras da região isquiática por seu padrão vascular constante, sua reprodutibilidade e a proximidade com a região acometida. Em um período de cinco anos as recidivas destes casos induziram à realização de outras opções cirúrgicas nos pacientes acometidos. O retalho vascularizado por vasos perfurantes da artéria glútea inferior foi utilizado com sucesso nestes pacientes, levando à dúvida sobre qual deveria ser a primeira opção no tratamento da afecção. Apesar de tratarem-se de retalhos já descritos e estudados são discordantes os dados acerca das características anatômicas dos dois retalhos. Ademais, não existem estudos comparando as características da anatomia dos retalhos citados os quais permitam o estabelecimento de um algoritmo de escolha do retalho mais indicado para determinado tipo de defeito. O presente estudo avaliou as características anatômicas do retalho glúteo femoral, através de dissecções anatômicas, comparando-as com as do retalho vascularizado por vaso perfurante da artéria glútea inferior. Foram dissecadas 37 regiões glúteas e posteriores de coxa em 21 cadáveres frescos, não formolizados, com menos de 24 horas do óbito. Todos os retalhos foram avaliados segundo os seguintes parâmetros: dimensões máximas da porção cutânea do retalho que permitissem a síntese primária da área doadora, comprimento do pedículo vascular e espessura do retalho. Além disso avaliou-se o número de pedículos perfurantes presentes no retalho vascularizado por vasos perfurantes da artéria glútea inferior. A análise comparativa demonstrou que o retalho vascularizado pelo vaso perfurante da artéria glútea é mais largo porém mais curto do que o retalho glúteo femoral (p<0,001; p=0,002). O retalho glúteo femoral é menos espesso tanto em sua porção proximal quanto na distal quando comparado ao retalho vascularizado pelo vaso perfurante da artéria glútea inferior (p<0,001; p=0,029). O comprimento do pedículo vascular do retalho glúteo femoral é maior do que o do retalho vascularizado pelo vaso perfurante da artéria glútea inferior (p<0,001) bem como seu arco de rotação. As informações colhidas permitem concluir que o retalho vascularizado pelo ramo perfurante da artéria glútea inferior é mais largo e mais espesso do que o retalho glúteo femoral. As vantagens do retalho glúteo femoral são o maior comprimento do pedículo e seu maior arco de rotação. Por apresentar características mais próximas às da área a ser tratada e menor arco de rotação, sugere-se que o retalho vascularizado pelo vaso perfurante da artéria glútea inferior deve ser encarado como primeira opção no tratamento das úlceras de pressão na região isquiática. O retalho glúteo femoral deve ser reservado nos casos de recidiva ou lesões localizadas em regiões mais mediais da região perineal / Despite the evolution in the care of bedridden patients, pressure ulcers remain a clinical problem that has a great social and economic impact. Flap coverage was established as the treatment of choice for ulcers in advanced stages of development. The surgeon should consider the occurrence of recurrences during all stages of treatment, thereby ensuring that future alternatives for the correction of this condition are available.The introduction of flaps not containing muscle (fasciocutaneous and perforator flaps) has allowed the preservation of muscle during the treatment of pressure ulcers, reducing morbidity and blood loss. At our hospital, the gluteal thigh flap was established as the first choice in the treatment of ulcers of the ischial region, owing to its constant vascularization, reproducibility, and proximity to the affected region. In a 5-year period, recurrence required additional surgeries in the affected patients. The inferior gluteal artery perforator flap (IGAP) was successfully used in these patients, raising doubt about the appropriate first option in the treatment of these ulcers. Although both the gluteal thigh flap and the inferior gluteal artery perforator flap are established in daily clinical practice and are widely studied, there is conflicting information about their anatomical characteristics. Furthermore, there are no studies comparing the anatomical characteristics of the 2 flaps, which would enable the establishment of an algorithm for choosing the most suitable flap for a particular type of defect. The present study evaluated the anatomical characteristics of the gluteal thigh flap, through anatomical dissections, in comparison with those of the inferior gluteal artery perforator flap. Thirty-seven gluteal and posterior femoral regions of the thigh were dissected in 21 fresh cadavers, within less than 24 hours of death. The following parameters were evaluated in all flaps: maximum dimensions of the skin island to allow primary synthesis of the donor area, length of the vascular pedicle and flap thickness. In addition, the number of perforating pedicles present in the inferior gluteal artery perforator flap was evaluated. The comparative analysis showed that the IGAP flap is wider but shorter than the gluteal femoral flap (p < 0.001, p = 0.002). The gluteal thigh flap is thinner in both the proximal and the distal portion compared with the IGAP flap (p < 0.001, p = 0.029). The vascular pedicle of the gluteal thigh flap is longer (p < 0.001) and its arc of rotation is wider than that of the inferior gluteal artery perforator flap. The information collected suggested that the inferior gluteal artery perforator flap is wider and thicker than the gluteal femoral flap. The advantages of the gluteal femoral flap are its longer pedicle and its wider arc of rotation. However, because it is closer to the area being treated, the inferior gluteal artery perforator flap should be considered the first option in the treatment of ulcers of the ischial region. The gluteal thigh flap should be reserved for cases of recurrence or lesions located in more medial regions of the perineum
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Estudo comparativo da fixação dos transplantes musculares na reanimação facial unilateral com ou sem o uso do tendão palmar longo / Comparative study of muscle transplants insertion technique for unilateral facial reanimation with and without the palmaris longus tendon

Gean Paulo Scopel 03 November 2010 (has links)
Vinte e seis pacientes com paralisia facial unilateral de longa duração foram submetidos à reanimação facial em único estágio com transplante do músculo grácil inervado pelo ramo massetérico do nervo trigêmeo. Foram divididos em 2 grupos não-randomizados de acordo com a técnica de fixação: Grupo I (19 pacientes), fixação do músculo com uso do tendão palmar longo inserido no músculo orbicular nos lábios superior e inferior do lado não paralisado (além da linha média); Grupo II (7 pacientes), fixação do retalho apenas com pontos separados no músculo orbicular dos lábios superior e inferior no lado paralisado. A avaliação qualitativa demonstrou melhores resultados no Grupo I (94,1% vs 66,6%). Na comparação do posicionamento do arco de cúpido em repouso, no pré e pós-operatório, observamos melhora estatisticamente significante (p<0,05) em ambos os grupos. Durante o sorriso, entretanto, houve melhora significativamente maior na centralização do arco de cúpido nos pacientes submetidos à fixação com tendão palmar longo (Grupo I) / Twenty-six patients with unilateral long-stading facial palsy underwent 1-stage reanimation with free gracilis muscle transplant innervated by the masseteric branch of the trigeminal nerve. They were divided into 2 nonrandomized groups according to insertion technique: group I (19 patients), palmaris longus tendon graft placed between the gracilis free flap and the orbicularis oris of the upper and lower lip on the nonparalyzed side; group II (7 patients), interrupted suture between the free flap and the orbicularis oris of the upper and lower lip on the paralyzed side. Qualitative evaluation of the smile demonstrated better results in patients from group I (94,1% vs 66,6%). Comparing the position of the Cupid`s bow at rest, pre- and postoperatively in each patient, we observed significant improvement of facial symmetry in both groups. During smile, however, there was significantly higher rate of centralization of the Cupid`s bow in patients submitted to reanimation with the use of the palmaris longus tendon (group I)
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Estudo crítico de mastocitomas caninos e avaliação termográfica de técnicas de anaplastia / Critical study of canine mast cell tumors and thermographic evaluation of reconstructive surgery

Samanta Rios Melo 26 July 2017 (has links)
Em grande parte das vezes, a excisão cirúrgica apropriada de mastocitomas em cães requer a realização de técnicas de reconstrução para o fechamento da ferida resultante, e o seu conhecimento se torna essencial para todo o cirurgião. Alcançar margens livres tem uma influência significativa sobre o tempo de sobrevida, e deve ser o objetivo para a maioria dos pacientes. A avaliação da evolução de retalhos cutâneos e a mensuração da aderência e neovascularização do tecido no local intencionado é extremamente importante para diagnóstico precoce de falhas na implantação do tecido. Não há evidências em literatura de trabalhos relacionados a avaliação da perfusão tecidual de retalhos cutâneos em animais de companhia, com o uso de técnicas de termografia. Neste trabalho, foram obtidas imagens, do tipo padrão e do tipo termográficas, de 63 mastocitomas, provenientes de 60 cães. A classificação histológica determinada neste estudo foi significativa na influência à sobrevida (p&lt;0,001). A pontuação prognóstica (0-13) aqui proposta, adaptada de Melo e colaboradores (2015) teve forte associação com sobrevida (p&lt;0,001). A presença de metástase foi observada em 17% dos casos, e de recidiva em 14%. Em ambas as ocorrências 90% dos animais acometidos vieram a óbito. Por meio de analises estatísticas comprovamos a associação entre esses dois fatores (metástase e recidiva) com o tempo de sobrevida (em ambas p&lt;0,001). Dentro do nosso estudo foi observado que, em tumores com a presença de AIM (agrupamentos independentes de mastócitos) há um risco de mortalidade 8,57 vezes maior do que animais com margens livres ou mesmo comprometidas. Esse risco é inclusive maior do que o risco de óbito em animais com recidiva (HR 5,13). VEGF-A se mostrou de significância estatística perante sobrevida; confirmando estudo anteriores e sugerido mais uma vez a inclusão desse marcador no perfil prognóstico do mastocitomas. Todas as formações apresentadas neste estudo tiveram análise termográfica concluída e documentada. Nota-se que mesmo quando considerado ponto central ou quando considerada toda área tumoral, 65 e 67% respectivamente, dos mastocitomas eram mais quentes que a pele sadia circundante. A causa destas mudanças de temperatura não é totalmente compreendida, mas sugere-se que esteja associada a neoangiogênese e inflamação local (XIE et al., 2004). Por meio das análises estatísticas é possível afirmar que as regiões tumoral e não tumoral são significativamente diferentes, tanto na avaliação de ponto central (SpT e SPNT) como na avaliação da área (AT e ANT) do tumor e pele circundante sadia (p &lt; 0,001). Ainda por meio de termografia, pudemos estabelecer que retalhos cutâneos pediculados apresentaram chance de deiscência 5,57 vezes maior do que o uso de outras técnicas de anaplastia e deslizamento de tecidos. Por fim, conseguimos estabelecer uma curva térmica de evolução das feridas da nossa população do estudo, bem como diferenciar o comportamento térmico quando há ou não deiscência. Isso pode ser útil a estudos futuros ou mesmo à prática clínico-cirúrgica, de modo a comparar a evolução de pacientes com as curvas previamente aqui estabelecidas, sendo factível assim prever a cicatrização da ferida. Acreditamos, por meio deste estudo, que a análise termográfica da evolução de retalhos cutâneos pode ser usada como correspondente a perfusão tecidual, conforme indicado em literatura e ser usada como ferramenta de reconhecimento precoces de deiscência da ferida cirúrgica, conforme proposto por diversos autores (SALMI et al., 1995; EICHHORN et al., 2009; WEERD et al., 2009; WEERD et al., 2011). / In most cases, proper surgical excision of mast cell tumors in dogs requires reconstructive techniques for the closure of the resulting wound, and it knowledge becomes essential for the surgeon. Achieving free margins has a significant influence on survival time, and should be the goal for most patients. The evaluation of the evolution of cutaneous flaps and the measurement of tissue adherence and vascularization at the intended site is extremely important for early diagnosis of defects in tissue implantation. There is no evidence in literature of studies related to evaluate tissue perfusion of skin flaps in companion animals, using thermography techniques. In this study, standard images and thermographic ones were obtained from 63 mast cell tumors from 60 dogs. The histological classification of the tumors in this study was significant in survival time (p &lt;0.001). The prognostic score (0-13) proposed here, adapted from Melo et al. (2015), had also strong association with survival time (p &lt;0.001). The presence of metastasis was observed in 17% of cases, and relapse in 14%. In both cases, 90% of the affected animals died. By means of statistical analyzes, we verified the association between these two factors (metastasis and relapse) in survival time (for both p &lt;0.001). Within our study it was observed that in tumors with the presence of AIM (independent mast cell groups) there is a mortality risk 8.57 times higher than animals with free or even compromised margins. This risk is even greater than the risk of death in animals with relapse (HR 5,13). Also, VEGF-A was shown to be statistically significant at survival time; confirming previous studys and leading us to suggets once again the inclusion of this marker in the prognostic profile of mast cell tumors. All the tumors presented in this study had a thermographic analysis completed and documented. It is noted that even when considered central point or tumor area, 65 and 67% respectively, of the mast cell tumors were warmer than the surrounding healthy tissue. The cause of these temperature changes is not fully understood, but it is suggested to be associated with neoangiogenesis and local inflammation (XIE et al., 2004). By means of the statistical analyzes it is possible to affirm that the tumoral and non-tumoral regions are significantly different, as well as in the evaluation of the central point (SpT and SPNT) and in the evaluation of the tumoral area (TA and ANT) im comparison with healthy surrounding skin (p &lt;0.001 ). Also through thermography, we could establish that skin flaps had a chance of dehiscence 5.57 times greater than the use of other techniques of reconstructive surgery. Finally, we were able to establish a thermal curve of evolution of the wounds of our study population, as well as to differentiate the thermal behavior when there is or not dehiscence. This may be useful for future studies or even clinical-surgical practice, in order to compare the evolution of patients with the curves previously established here, and it is feasible to predict wound healing. We believe, by means of this study, that the thermographic analysis of the evolution of cutaneous flaps can be used as corresponding to tissue perfusion, as indicated in the literature and be used as an early recognition tool for surgical wound dehiscence, as proposed by several authors (SALMI et al., 1995; EICHHORN et al., 2009; WEERD et al., 2009; WEERD et al., 2011).
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"Comparação anatômica entre o retalho perfurante ântero-lateral da coxa e os retalhos cutâneos paraescapular e lateral do braço" / Anatomical comparison of the anterolateral thigh perforator flap and the parascapular and lateral arm skin flaps

Busnardo, Fabio de Freitas 01 September 2006 (has links)
A descrição de retalhos cutâneos pediculados em ramos perfurantes musculares é recente. O retalho ântero-lateral da coxa é vascularizado por vasos perfurantes musculares do ramo descendente da artéria circunflexa femoral lateral. Trata-se de retalho de pouca espessura, pedículo vascular longo e calibroso e baixa morbidade de área doadora. Entretanto, a dissecção do trajeto intramuscular de seu pedículo é tecnicamente difícil. Sua indicação é por vezes questionada por tratar-se de retalho de características semelhantes a outros vascularizados por artérias cutâneas diretas ou septocutâneas. Estes têm menor variação anatômica e dissecção mais simples. O presente estudo avaliou as características anatômicas do retalho ântero-lateral da coxa, através de dissecção em cadáveres frescos, comparando-as com as do retalho paraescapular e lateral do braço. Foram dissecados 60 retalhos (20 retalhos ântero-laterais da coxa, 20 paraescapulares e 20 retalhos laterais do braço) em 20 cadáveres frescos, não formolizados, com menos de 24 horas após o óbito. Todos os retalhos tiveram os seguintes parâmetros avaliados: comprimento do pedículo vascular, espessura do retalho, diâmetro do pedículo vascular arterial e venoso. Além disso, foi avaliada a presença de trajeto intramuscular do pedículo vascular (apenas nas dissecções do retalho ântero-lateral da coxa). A análise comparativa evidenciou que o pedículo vascular do retalho ântero-lateral da coxa é mais longo quando comparado aos dos retalhos paraescapular e lateral do braço (p<0,001). O retalho cutâneo lateral do braço apresenta a menor espessura (p<0,001) e o menor diâmetro arterial e venoso do pedículo vascular (p<0,001). Constatou-se a presença de trajeto intramuscular do pedículo do retalho ântero-lateral da coxa em 17 (85%) casos. O comprimento médio do segmento intramuscular do principal ramo perfurante foi de 4,13+2,02 cm. Os dados foram comparados e avaliados através de técnica de análise de variância com medidas repetidas. O nível de significância utilizado para os testes foi de 5%. As informações obtidas permitem concluir que o retalho ântero-lateral da coxa apresenta como vantagem o pedículo vascular de maior comprimento. Entretanto, apresentou em 85% dos casos a necessidade de dissecção intramuscular de um segmento deste pedículo. O retalho lateral do braço apresenta como principais características a pouca espessura e o menor diâmetro de seus pedículos vasculares. O retalho paraescapular tem características anatômicas semelhantes às do retalho ântero-lateral da coxa, não sendo evidenciada diferença significativa entre suas espessuras e diâmetros de seus pedículos vasculares. Apresenta pedículo vascular mais curto quando comparado ao do retalho ântero-lateral da coxa. Entretanto, trata-se de vaso septocutâneo, sem a necessidade de dissecção de trajeto intramuscular. / The description of the skin flaps based on perforator vessels is recent. The vascularization of the anterolateral thigh flap is based on perforator vessels coming from the lateral circumflex femoral artery. It has a thin skin paddle, a long and large vascular pedicle and low donor site morbidity. However, the dissection of the intramuscular path of its pedicle is technically difficult. Its indication is sometimes questionable since it is a flap with characteristics similar to others based on direct cutaneous or septocutaneous vessels, which have less anatomical variations and are easier to dissect. This study evaluated the anatomical characteristics of the anterolateral thigh perforator flap through the dissection of fresh cadavers, comparing them with those of the parascapular and lateral arm skin flap. Sixty flaps were dissected (20 anterolateral thigh, 20 parascapular and 20 lateral arm flaps) in 20 fresh cadavers, not perfused with formaldehyde, less than 24 hours after death. The following aspects were evaluated in all the flaps: length of the vascular pedicle, thickness of the flap and diameter of the arterial and venous vascular pedicle. Additionally, the presence of the intramuscular path of the vascular pedicle was evaluated (only in the dissections of the anterolateral thigh flap). The comparative analysis showed that the vascular pedicle of the anterolateral thigh perforator flap is longer when compared to those of the parascapular and lateral arm flaps (p<0,001). The lateral arm flap presented a pedicle with smaller arterial and venous diameter (p<0,001), in addition to being the thinner flap (p<0,001). It was verified that the vascular pedicle of the anterolateral thigh flap presented an intramuscular path in 17 (85%) cases. The average length of the intramuscular segment of the main perforator vessel was 4,13+2,02 cm. The data was compared and evaluated with variance analysis. The information obtained allows one to conclude that the advantage the anterolateral thigh perforator flap has over the other skin flaps is a longer vascular pedicle. However, the need for intramuscular dissection of a segment of this pedicle presented itself in 85% of the cases. The lateral arm flap is the thinnest flap, and the one with the smaller arterial and venous diameter of its vascular pedicle. The parascapular flap has anatomical characteristics similar to those of the anterolateral thigh flap, with no evidence of a significant difference between their thicknesses and diameters of vascular pedicles. Its vascular pedicle is shorter when compared to that of the anterolateral thigh flap. On the other hand, it is a fasciocutaneous vessel, without the need for intramuscular dissection.

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