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Friedrich Schlegel e a forma da filosofia

Santos, Thiago das Chagas 15 March 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T20:13:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 3960.pdf: 881390 bytes, checksum: 969c7e7929c049531b0f88865cc44a3b (MD5) Previous issue date: 2011-03-15 / Universidade Federal de Minas Gerais / Friedrich Schlegel is inserted in the philosophical landscape know as German Idealism, precisely the reflection on the idea of system. Although his writings and reflections do not seem, at least to his contemporaries and first commentators, not appreciate the systematicity, careful consideration may show us that the issue is the definition of the idea of system. It this understanding is lacking in his contemporaries and critics of the nineteenth century. But what lies behind their efforts is the understanding that the very transcendental philosophy requires that the system design to be rethought. It is this effort translated into the statement that every system should be original an individual who can perform effectively and historically transcendental idealism. It is this requirement that binds directly to the question of form philosophy, an issue that we try to think here. One can not speak more in creating the system, but of creating a the individual system, for if the reason is one, it is expressed in various ways individuals. The totality is expressed in the idea that philosophy is a work in progress and collective, infinite progressiveness in constant exchange, in which efforts are individuals creations of individual systems, forming the same whole and the whole history of philosophy. If the form of philosophy is infinite which in itself contains an infinite number of beginnings, we can not expect to find a system that is above the individual, the individual genius of each. The harmonious unity of this requirement is developed on the plane of culture, in which all forms must be unified, and the individual level, which should now also be fully, man and philosopher, must be a philosophy that does not separate the life of the existence of philosopher. / Friedrich Schlegel se insere no cenário filosófico, que conhecemos como Idealismo Alemão, precisamente na reflexão em torno da idéia de sistema. Embora seus escritos e reflexões não pareçam em nada prezar pela sistematicidade, uma reflexão mais cuidadosa pode nos mostrar que o que está em jogo é a própria definição da idéia de sistema. É esta compreensão que faltou aos contemporâneos de Schlegel, e aos seus críticos do século XIX e início do XX, pois a crítica, de modo geral, pensou esta falta de sistematicidade, que no fundo é apenas a interpretação schlegeliana de sistema, como sinal de incapacidade especulativa e falta de vocação filosófica. Não é de modo algum difícil compreender a origem desta crítica numa época em que se esforça em encontrar o sistema do saber absoluto. Mas, o que se esconde por trás dos esforços de Schlegel não é a compreensão de que a própria filosofia transcendental exige que a concepção de sistema seja repensada? Não é este esforço - traduzido na afirmação de que todo sistema, para ser sistema, deva ser original, de um indivíduo - que pode realizar historicamente e efetivamente o idealismo transcendental? Não se retoma aqui a idéia de realização prática do sistema, já que a determinação teórica é impossível? É esta exigência que Schlegel tentou pensar e construir que se liga diretamente a questão da forma da filosofia, questão esta que tentamos pensar aqui. Não se pode falar mais, se seguirmos Schlegel, em criação do sistema, mas de criação de um sistema individual, pois se a razão é uma só, ela se expressa de várias formas nos indivíduos. A totalidade é expressa na idéia de que a filosofia é uma obra em progresso e coletiva, isto é, infinita progressividade e sinfilosofia constante, na qual há esforços individuais, criações individuais de sistemas, formando esta mesma totalidade e toda a história da filosofia. Se a forma da filosofia é infinita que em si já contém um número infinito de começos, conforme descrita por Schlegel, não podemos esperar encontrar um sistema que esteja acima da individualidade, do gênio individual de cada um. A unidade harmônica que esta equação exige se desenvolve no plano da cultura, em que todas as formas devem ser unificadas, e no plano do indivíduo, que agora deve também ser completo, homem e filósofo, ou seja, deve constituir uma filosofia que não separe a vida da existência do filósofo.
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O Mestiço no Projeto de Formação da Identidade Brasileira Proposto pela Escola do Recife: Diálogos com o Romantismo Alemão

Sá, Bruno Vivas 15 March 2014 (has links)
Submitted by Bruno Vivas (bvivassa@hotmail.com) on 2014-08-25T20:25:29Z No. of bitstreams: 1 BRUNO VIVAS [Dissertação - UFBA] B.pdf: 1437786 bytes, checksum: 18c5555200b3745ff333fcac6954278f (MD5) / Approved for entry into archive by Rodrigo Meirelles (rodrigomei@ufba.br) on 2014-08-26T17:05:59Z (GMT) No. of bitstreams: 1 BRUNO VIVAS [Dissertação - UFBA] B.pdf: 1437786 bytes, checksum: 18c5555200b3745ff333fcac6954278f (MD5) / Made available in DSpace on 2014-08-26T17:05:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 BRUNO VIVAS [Dissertação - UFBA] B.pdf: 1437786 bytes, checksum: 18c5555200b3745ff333fcac6954278f (MD5) / CAPES / Esta dissertação buscou demonstrar como o romantismo alemão ajudou a Escola do Recife a divulgar sua ideia do que deveria ser o projeto de formação da identidade do povo brasileiro. Mediante os conceitos de metafísica, monismo e crítica literária, produzidos pelo romantismo alemão, Tobias Barreto e Sílvio Romero colocaram em prática o plano de fazer do mestiço o representante nacional. A Escola do Recife teve três enfoques românticos: poético, filosófico e jurídico. Nosso enfoque no romantismo alemão significa dizer que estivemos mais interessados na fase filosófica da Geração de 70. É curioso que chefe e líder da Escola do Recife tenham se apropriado do romantismo alemão. Não só no que diz respeito à divulgação de ideias ainda desconhecidas pelo intelectual brasileiro, mas pela coerência em organizar o debate sobre o mestiço a partir de suportes teóricos utilizados para interrogar a estrutura do pensamento. Tobias Barreto e Sílvio Romero pareciam saber que a discussão do mestiço deveria ser travada no âmbito filosófico. Dito de outro modo: instaurar o mestiço como elemento formador da nossa identidade demandava uma reforma do pensamento. A Escola do Recife, em especial Tobias e Sílvio, buscavam realizar o mesmo feito que o romantismo realizou na Alemanha. Se quiséssemos dizer em uma palavra o que foi o romantismo alemão, poderíamos afirmar que ele foi o esforço do homem moderno em se separar das tradições antigas (greco-latinas) para fundar seu próprio pensamento e escrever uma nova história. O mestiço exigia que o pensamento filosófico e científico brasileiro se reorganizasse, da mesma forma que fez a Alemanha. Pois, livrar-se da retórica, da crítica literária e da metafísica aristotélicas não era de exclusividade da cultura europeia. Como sabemos, a tradição socrática deixou marcas indeléveis no pensamento ocidental.
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A linguagem do inefável: música e autonomia estética no romantismo alemão / The language of ineffable: music and aesthetics utonomy in German romantism

Videira Junior, Mario Rodrigues 26 May 2009 (has links)
O presente trabalho tem como objetivo principal investigar o problema da autonomia estética da música instrumental no Romantismo alemão. Através do exame de textos filosóficos, literários e de crítica musical, procuramos investigar a seguinte questão: como foi possível que a arte musical que até o século XVIII era considerada como um objeto indigno para a filosofia e para a estética se estabelecesse como a esfera mais elevada do espírito humano no Romantismo e no Idealismo alemão? A fim de responder a essa pergunta, pareceu-nos necessário levar em conta a maneira pela qual se compreendia a música no século XVIII e qual o conceito de razão que estava em sua base. A principal hipótese que procuramos explorar diz respeito à filosofia crítica de Kant, que permitiu que o pensamento encontrasse um paradigma na música. Com a chamada revolução copernicana, Kant acentuou a subjetividade de maneira radical, abrindo, pela primeira vez, a possibilidade da música ser reconhecida como uma linguagem não-objetiva, que foi desenvolvida principalmente por autores como Wackenroder, Tieck e Hoffmann. Todavia, as condições de possibilidade para a compreensão da música como expressão do inefável, bem como a proximidade que se estabelece entre música e religião, devem ser buscadas primeiramente na filosofia kantiana. / The main purpose of this research is to examine the problem concerning the aesthetic autonomy of instrumental music in German Romanticism. Through the examination of philosophical and literary texts, as well as musical criticism, the following question is investigated: how was it possible that the musical art - which was considered an unworthy object for the philosophy and the aesthetics until the 18th Century - could establish itself as the highest sphere of the human spirit during the Romanticism and the German Idealism? In order to answer to this question, it seems necessary to take into account the way music was understood during the 18th Century and what conception of Reason lay in its basis. Our main hypothesis concerns Kants critical philosophy, which made possible the thought of finding a paradigm in music. With the so called Copernican revolution, Kant stressed subjectivity in a radical way and, for the first time, provided the possibility of recognizing the music as a non-objective language, developed later by authors like Wackenroder, Tieck and Hoffmann. However, the conditions of possibility for the understanding of music as expression of the ineffable, as well as the proximity established between music and religion, must be searched firstly in the Kantian philosophy.
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A linguagem do inefável: música e autonomia estética no romantismo alemão / The language of ineffable: music and aesthetics utonomy in German romantism

Mario Rodrigues Videira Junior 26 May 2009 (has links)
O presente trabalho tem como objetivo principal investigar o problema da autonomia estética da música instrumental no Romantismo alemão. Através do exame de textos filosóficos, literários e de crítica musical, procuramos investigar a seguinte questão: como foi possível que a arte musical que até o século XVIII era considerada como um objeto indigno para a filosofia e para a estética se estabelecesse como a esfera mais elevada do espírito humano no Romantismo e no Idealismo alemão? A fim de responder a essa pergunta, pareceu-nos necessário levar em conta a maneira pela qual se compreendia a música no século XVIII e qual o conceito de razão que estava em sua base. A principal hipótese que procuramos explorar diz respeito à filosofia crítica de Kant, que permitiu que o pensamento encontrasse um paradigma na música. Com a chamada revolução copernicana, Kant acentuou a subjetividade de maneira radical, abrindo, pela primeira vez, a possibilidade da música ser reconhecida como uma linguagem não-objetiva, que foi desenvolvida principalmente por autores como Wackenroder, Tieck e Hoffmann. Todavia, as condições de possibilidade para a compreensão da música como expressão do inefável, bem como a proximidade que se estabelece entre música e religião, devem ser buscadas primeiramente na filosofia kantiana. / The main purpose of this research is to examine the problem concerning the aesthetic autonomy of instrumental music in German Romanticism. Through the examination of philosophical and literary texts, as well as musical criticism, the following question is investigated: how was it possible that the musical art - which was considered an unworthy object for the philosophy and the aesthetics until the 18th Century - could establish itself as the highest sphere of the human spirit during the Romanticism and the German Idealism? In order to answer to this question, it seems necessary to take into account the way music was understood during the 18th Century and what conception of Reason lay in its basis. Our main hypothesis concerns Kants critical philosophy, which made possible the thought of finding a paradigm in music. With the so called Copernican revolution, Kant stressed subjectivity in a radical way and, for the first time, provided the possibility of recognizing the music as a non-objective language, developed later by authors like Wackenroder, Tieck and Hoffmann. However, the conditions of possibility for the understanding of music as expression of the ineffable, as well as the proximity established between music and religion, must be searched firstly in the Kantian philosophy.
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Friedrich Schlegel: \"Relato sobre as obras poéticas de Giovanni Boccaccio\". Tradução e estudo preliminar. / Friedrich Schlegel: \"Note on the poetic works of Giovanni Boccaccio\". Translation an preliminary study.

Medeiros, Constantino Luz de 22 November 2011 (has links)
A presente dissertação tem como objetivo principal a tradução e o estudo da Charakteristik, caracterização, escrita por Friedrich Schlegel sobre Giovanni Boccaccio, chamada Nachricht von den poetischen Werken des Johannes Boccaccio, Relato sobre as obras poéticas de Giovanni Boccaccio, de 1801, bem como o estabelecimento de sua importância para a teoria da forma narrativa breve denominada Novelle. O estudo preliminar que antecede o trabalho é dividido em duas partes, nas quais buscamos entender a importância da teoria crítica de Friedrich Schlegel, iluminar as peculiaridades da caracterização traduzida, e descrever os principais procedimentos do crítico e filósofo alemão. No estudo também procuramos analisar as teorias sobre a novela do período conhecido como primeiro romantismo alemão, tentando definir a contribuição de Friedrich Schlegel para estas teorias, e esclarecer certos aspectos de sua recepção por parte da crítica literária ocidental. A principal hipótese que formulamos é a de que a caracterização de Schlegel é um exemplo de hermenêutica literária capaz de mesclar a análise filosófica, filológica e poética em uma abordagem histórica. Desta forma, os elementos extrínsecos e intrínsecos da obra literária seriam vistos como um todo orgânico. Esta obra de arte crítica, como Schlegel costumava definir sua Charakteristik, representaria tanto o sensus spiritualis, como o sensus literalis, contemplando, em sua letra e em seu espírito, a tendência [Tendenz] da obra, que seria o resultado da análise crítica progressiva, divinatória e universal do fenômeno literário. / The main purpose of this dissertation is the translation and study of the Charakteristik characterization, written by Friedrich Schlegel about Giovanni Boccaccio, called Nachricht von den poetischen Werken des Johannes Boccaccio, Note on the poetic works of Giovanni Boccaccio, from 1801, as well as to establish its importance for the theory of the short prose narrative called Novelle. The preliminary study prior to the translation has been separated in two parts, in which we aim at understanding the importance of Friedrich Schlegels critical theory, highlight the peculiarities of the translated characterization, and describe the main procedures of the German critic. At the study we also seek to analyze the theories about the novelle from the period known as the early German romanticism, trying to define the contribution of Friedrich Schlegel for these theories, and clarify certain aspects of his reception by the Western literary criticism. The main hypothesis we formulate is that Schlegels characterization is an example of literary hermeneutics, capable of mixing a philosophical, philological and poetic analyze within a historical approach. This way, the intrinsic and extrinsic factors of the literary artwork would be seen as an organic whole. This critical artwork, as Schlegel used to define his Charakteristik, would stand for the sensus spiritualis as well as for the sensus literalis, contemplating, in its letter and spirit, the tendency [Tendenz] of the work, which would be the result of a progressive, divinatory and universal critical analyze of literary phenomenon.
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Romance e modernidade no jovem Lukács / Novel and modernity in young Lukács

Kurkdjian, Anouch Neves de Oliveira 27 February 2015 (has links)
Esta dissertação busca apresentar uma leitura do ensaio A teoria do romance, de Georg Lukács, atentando para o nexo formulado pelo autor entre a forma romance e a modernidade. Para este objetivo, procurou-se retraçar os momentos de diálogo que essa obra estabelece com a teoria do romance de Friedrich Schlegel. Não se trata de uma tentativa de rastrear as influências que por ventura estejam presentes no ensaio de Lukács, mas de mostrar como A teoria do romance pode ser reconstituída a partir das críticas à teoria do romance do romantismo. Pretende-se expor como a investigação da forma romance, essa forma que como nenhuma outra expressa o desabrigo transcendental, consiste para Lukács em uma via de acesso e crítica à experiência de alienação que vigora no mundo moderno. / This dissertation aims to present a reading of the essay A theory of the novel, by Georg Lukács, paying special attention to the link between the novel form and modernity formulated by the author. To this end, the moments of dialogue that Lukács work establishes with the theory of the novel of Friedrich Schlegel were retraced. It is not an attempt to track influences that may be present in the essay, but to show how The theory of the novel can be reconstructed from the critiques of the romantic theory of the novel. We intend to point out how the investigation of the novel form, the form that like no other expresses the transcendental homelessness, consists for Lukács in a gateway to and critique of the experience of alienation that takes place in the modern world.
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Romance e modernidade no jovem Lukács / Novel and modernity in young Lukács

Anouch Neves de Oliveira Kurkdjian 27 February 2015 (has links)
Esta dissertação busca apresentar uma leitura do ensaio A teoria do romance, de Georg Lukács, atentando para o nexo formulado pelo autor entre a forma romance e a modernidade. Para este objetivo, procurou-se retraçar os momentos de diálogo que essa obra estabelece com a teoria do romance de Friedrich Schlegel. Não se trata de uma tentativa de rastrear as influências que por ventura estejam presentes no ensaio de Lukács, mas de mostrar como A teoria do romance pode ser reconstituída a partir das críticas à teoria do romance do romantismo. Pretende-se expor como a investigação da forma romance, essa forma que como nenhuma outra expressa o desabrigo transcendental, consiste para Lukács em uma via de acesso e crítica à experiência de alienação que vigora no mundo moderno. / This dissertation aims to present a reading of the essay A theory of the novel, by Georg Lukács, paying special attention to the link between the novel form and modernity formulated by the author. To this end, the moments of dialogue that Lukács work establishes with the theory of the novel of Friedrich Schlegel were retraced. It is not an attempt to track influences that may be present in the essay, but to show how The theory of the novel can be reconstructed from the critiques of the romantic theory of the novel. We intend to point out how the investigation of the novel form, the form that like no other expresses the transcendental homelessness, consists for Lukács in a gateway to and critique of the experience of alienation that takes place in the modern world.
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Friedrich Schlegel: \"Relato sobre as obras poéticas de Giovanni Boccaccio\". Tradução e estudo preliminar. / Friedrich Schlegel: \"Note on the poetic works of Giovanni Boccaccio\". Translation an preliminary study.

Constantino Luz de Medeiros 22 November 2011 (has links)
A presente dissertação tem como objetivo principal a tradução e o estudo da Charakteristik, caracterização, escrita por Friedrich Schlegel sobre Giovanni Boccaccio, chamada Nachricht von den poetischen Werken des Johannes Boccaccio, Relato sobre as obras poéticas de Giovanni Boccaccio, de 1801, bem como o estabelecimento de sua importância para a teoria da forma narrativa breve denominada Novelle. O estudo preliminar que antecede o trabalho é dividido em duas partes, nas quais buscamos entender a importância da teoria crítica de Friedrich Schlegel, iluminar as peculiaridades da caracterização traduzida, e descrever os principais procedimentos do crítico e filósofo alemão. No estudo também procuramos analisar as teorias sobre a novela do período conhecido como primeiro romantismo alemão, tentando definir a contribuição de Friedrich Schlegel para estas teorias, e esclarecer certos aspectos de sua recepção por parte da crítica literária ocidental. A principal hipótese que formulamos é a de que a caracterização de Schlegel é um exemplo de hermenêutica literária capaz de mesclar a análise filosófica, filológica e poética em uma abordagem histórica. Desta forma, os elementos extrínsecos e intrínsecos da obra literária seriam vistos como um todo orgânico. Esta obra de arte crítica, como Schlegel costumava definir sua Charakteristik, representaria tanto o sensus spiritualis, como o sensus literalis, contemplando, em sua letra e em seu espírito, a tendência [Tendenz] da obra, que seria o resultado da análise crítica progressiva, divinatória e universal do fenômeno literário. / The main purpose of this dissertation is the translation and study of the Charakteristik characterization, written by Friedrich Schlegel about Giovanni Boccaccio, called Nachricht von den poetischen Werken des Johannes Boccaccio, Note on the poetic works of Giovanni Boccaccio, from 1801, as well as to establish its importance for the theory of the short prose narrative called Novelle. The preliminary study prior to the translation has been separated in two parts, in which we aim at understanding the importance of Friedrich Schlegels critical theory, highlight the peculiarities of the translated characterization, and describe the main procedures of the German critic. At the study we also seek to analyze the theories about the novelle from the period known as the early German romanticism, trying to define the contribution of Friedrich Schlegel for these theories, and clarify certain aspects of his reception by the Western literary criticism. The main hypothesis we formulate is that Schlegels characterization is an example of literary hermeneutics, capable of mixing a philosophical, philological and poetic analyze within a historical approach. This way, the intrinsic and extrinsic factors of the literary artwork would be seen as an organic whole. This critical artwork, as Schlegel used to define his Charakteristik, would stand for the sensus spiritualis as well as for the sensus literalis, contemplating, in its letter and spirit, the tendency [Tendenz] of the work, which would be the result of a progressive, divinatory and universal critical analyze of literary phenomenon.

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