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Det mångstämmiga rummet : Hjalmar Bergmans romankonst 1913-1918Hästbacka, Elisabeth January 1990 (has links)
This thesis deals with the problems of genre and narrative techniques in two novels by the Swedish author Hjalmar Bergman, 1883-1931. Although regarded as one of the foremost novelists in Swedish literature, with novels such as Markurells i Wadköping, 1919, and Farmor och vår Herre, 1921, Bergman's narrative techniques have not previously been systematically analyzed. Instead critics have focussed either on the biographical and philosophical aspects of his work, or on the meaning of his specific use of symbols and metaphorical language. Hjalmar Bergman wrote more than twenty novels, a large number of plays, short stories, fairy tales and screenplays. His most innovative period was in the 1910s, which is also the period focussed on here. The study begins with the reception of the seven novels written from 1912 to 1918. These novels were considerably different from what the critics at the time were wont to expect. Consequently they had trouble understanding not only the purpose of the narrative techniques in the novels, but also in determining their specific genre and subject matter. The aim of this thesis is to demonstrate that by analyzing Hjalmar Bergman's narrative techniques, we can learn more about the genre of the novel, about its status in the Swedish literary institution of the 1910s, and about Hjalmar Bergman's contribution to its development in Sweden. For this purpose the methods of the Russian theorist of the novel, Mikhail Bakhtin, have proved to be useful. In the succeeding chapters two novels, Loewenhistorier, 1913 (Loewen Stories) and En döds memoarer, 1918 (The Memoirs of a Dead Man), are analyzed for a deeper understanding of Hjalmar Bergman's specific use of novelistic subgenres such as the adventure story, the picaresque, the Bildungsroman, the confession, the memoir etc. Hjalmar Bergmanhas been considered a 'pre-modernist' in Swedish prose fiction. If this is the case, it is not primarily because hetried to invent new ways of writing novels, but rather that he made use of seemingly well-defined genres, combining them in new and often surprising ways. He thereby investigates not only a subject matter or a protagonist, but also the relevance, with regard to the stories hesets out to tell, of the genre-bound plots and perspectives. The result is novels that are simultaneously highly structured and 'law-abiding', in accordance with their genre patterns, and characterized by a certain open-ended 'brokenness'. Nothing ever turns out as the reader might expect, judging from the genres used in the novels. / digitalisering@umu
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A noite e as vidas de Renatos Avelar: considerações sobre a tradução do primeiro capítulo de FinneganS Wake de James Joyce / The night and the lives of Renatos Avelar: considerations about the translation fo the first chapter of \'FinneganS Wake\' of James JoyceTeixeira Filho, Afonso 18 April 2008 (has links)
Este trabalho discute as implicações do tempo na História, da História no romance e do romance nas vanguardas; trata da crise do romance no início do século XX e da ascensão das vanguardas; relaciona essa crise com a crise do racionalismo que resultará em obras de arte complexas como o livro Finnegans Wake de James Joyce, um livro considerado por muitos como ilegível e que não poderia ser traduzido. Este trabalho considera também que para se traduzir uma obra Finnegans Wake seria necessário, mais do que uma técnica, uma estética da tradução. Partindo de uma estética da tradução, elaboramos um critério específico para a tradução de Finnegans Wake, a qual apresentamos ao final deste trabalho, acompanhada de notas e de um glossário dos termos usados no original e na tradução. / This thesis deals with the implications of time in History, History in the novel, and with the novel in the avant gardes. It also examines the crisis of the novel at the beginning of 20th century and the rise of the avant gardes, and relates this crisis to the crisis of rationalism that would result in complex works of art such as Finnegans Wake, believed by many to be unreadable and untranslatable. It then proposes that in order to translate Finnegans Wake a whole aesthetics of translation is necessary in order to express the complex workmanship involved in its creation. Bearing in mind this aesthetics of translation, the thesis then elaborates a specific criterion to translate Finnegans Wake, which is presented in the final section, followed by notes and a glossary of original and translated terms.
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Entre a convenção e o deslocamento: uma análise do realismo em Watchmen / Between convention and displacement: an analysis of Watchmen\'s realismBezerra, Rômulo 05 April 2016 (has links)
Esta dissertação tem como objetivo realizar uma aproximação entre dois campos distintos: a Literatura e as Histórias em Quadrinhos. Especificamente, pretende-se aqui analisar como Watchmen constroi e organiza sua narrativa partindo de um pressuposto realista. Nesse sentido, esta dissertação realiza uma aproximação entre dois gêneros: o romance literário e o romance gráfico (graphic novel). A ascensão de ambos os gêneros já aponta paralelos entre os campos. Após essa exposição, é feita a análise propriamente dita, que compreende duas partes. A primeira se constitui do levantamento das estruturas visuais de Watchmen (balões, formato dos quadrinhos, estilo do desenho) que se organizam em um jogo entre convenção mimética e deslocamento. A segunda parte da análise tem como recorte os capítulos II e XI do romance gráfico e se debruça sobre o tratamento dispensado ao super-heroi; o que significa, no contexto de Watchmen, construir um super-heroi realista. / This thesis aims to approximate two distinctive fields: Literature and Comics. It intends to analyse how Watchmen constructs and organizes its narrative from a realistic assumption. In order to do so, this thesis approximate two genres: the literary novel and the graphic novel. The rise of both genres indicates similarities between the two fields. After that, the two-part analysis is presented. The first part consists of listing and interpreting Watchmens visual structure (speech bubbles, panel format, drawing style) and how they reveal a play between mimetic convention and displacement from it. The second part focuses on Watchmens chapters II and XI and analyses how the super-heroi character is constructed; what does it mean to make a realistic super-hero in Watchmens context.
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A transfiguração do espaço: um olhar oblíquo sobre o sertão / The transfiguration of space: an oblique view over the sertãoHening, Reinaldo Oliveira 04 May 2012 (has links)
Antonio Candido, na Formação da Literatura Brasileira, disse que a vocação ecológica de nosso romance, nossa fome tão característica de espaços, em boa medida foi a forma que nossos primeiros romancistas teriam encontrado para substituir complexidade e variedade sociais supostamente inexistentes no Brasil àquela altura, que seriam, segundo ele, a própria carne da ficção de alto nível. Numa sociedade recém emancipada, com poucos nichos de urbanização, caracterizada por uma rede pouco vária de relações sociais em que os conflitos entre ato e norma seriam menos frequentes, o caráter paisagístico e investigativo de nosso primeiro romance teria sido a um só tempo muleta e solução privilegiada. Esse pensamento se alinha à tendência mais geral da teoria do romance de considerar como elementos fundamentais do gênero a ascensão da burguesia capitalista e a consolidação do realismo individualista. Os heróis do romance passam a ser então os heróis do individualismo econômico, o que demonstraria a coerência entre o gênero e os rumos filosóficos e econômicos da sociedade moderna. Concorda com ele, por exemplo, Lúcia Miguel-Pereira, para quem, sendo o gênero literário que mais diretamente se nutre da vida de relação, dificilmente poderia o romance atingir a culminâncias numa sociedade sem estratificações profundas, de fraca densidade espiritual. Pois bem, se o romance não pode lidar com os elementos essenciais da vida de modo geral e abstrato, mas tal como se revela através de determinado grupo humano, ou seja, socialmente verossímil como prega a mesma Lúcia Miguel-Pereira, então como explicar a complexidade e a modernidade de um narrador como Riobaldo e a qualidade de um romance como Grande Sertão: Veredas, se alocados no suposto isolamento de um sertão patriarcal? Partindo desse problema central, busca-se nesta pesquisa fundamentalmente a partir das relações entre a figuração espacial do romance e o ethos desse narrador sertanejo, entender como o espaço e o contexto social periféricos podem ter interferido na forma do romance, já que, como coloca Franco Moretti: Um novo espaço encoraja mudanças de paradigma [...] porque coloca novos problemas e dessa forma pede novas respostas. Força escritores a assumir riscos e tentar combinações inauditas. / Antonio Candido, in Formação da Literatura Brasileira, said that the ecological vocation of our novel, our so peculiar hunger for spaces, was in a measure the way our first authors would have found to replace social complexity and variety allegedly inexistent in Brazil by that time which would be, according to him, the own flesh of high level fiction. In a newly emancipated society, with few civilization niches, characterized by a not so varied network of social relations in which the conflicts between act and norm would be less frequent, the landscape and investigative character of our first novel would have been, at the same time, privileged solution and prop. This thought is aligned with the broader trend of the theory of the novel, which considers as fundamental elements of genre the capitalist bourgeois ascension and the individualist realism consolidation. The novel heroes come to be the economical individualism ones, therefore demonstrating the coherence among the genre and the economical and philosophical courses of modern society. Lúcia Miguel-Pereira agrees with him, being the literary genre the one that more directly nurtures from the relationships life, the novel could hardly reach heights in a society without deep stratification, of a weak spiritual density. This said, if the novel cannot deal with life essential elements in an abstract and general manner, but in the way it reveals itself through a certain human group, that is, socially credible as the same Lúcia Miguel-Pereira states then how to explain the complexity and modernity of a narrator such as Riobaldo and the quality of a novel such as Grande Sertão: Veredas, if placed in a supposed isolation of a patriarchal sertão? From this central problem, this research seeks fundamentally from the relations between the novel spatial figuring and this sertão narrators ethos to understand how the space and the peripheral social context could have interfered in the novel form, since Franco Moretti also states: a new space encourages paradigm shifts [] because it presents new problems and in this way it asks for new answers. It compels writers to put up with risks and try unprecedented combinations.
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Memória das Ilusões: um estudo de Ressureição, primeiro romance de Machado de Assis / Memory of illusions: a study of ressureição, first novel by Machado de AssisHerane, Amanda Rios 11 May 2011 (has links)
Esta pesquisa consiste em uma leitura de Ressurreição (1872), primeiro romance de Machado de Assis. Em vez de explorar a relação do livro com o restante da obra do autor (o que se realiza apenas no fechamento do texto, de forma indicativa), este trabalho desenvolve um estudo voltado prioritariamente para os elementos internos de Ressurreição. Pretendo evidenciar que o romance se estrutura em torno de uma avaliação do comportamento dos personagens que se associa a uma defesa do matrimônio na sociedade carioca da segunda metade do século XIX, elaborando uma representação do casamento marcada pela ambiguidade e pelo elogio da conformidade às instituições dominantes. Em uma leitura do conjunto da produção machadiana, a crítica do século XX a separou em dois momentos, cujo marco divisório seria o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas (1880), situando Ressurreição na primeira dessas duas fases. No primeiro capítulo, são abordados os pressupostos que conduziram a essa cisão, tendo-se em vista o debate sobre o alinhamento de Ressurreição aos outros três romances da primeira fase de Machado de Assis. O capítulo também abarca o modo como o primeiro romance machadiano foi recebido pelos críticos do século XIX e pela crítica mais recente. O segundo capítulo traz uma aproximação da obra a partir das diretrizes oferecidas por Machado de Assis na advertência da primeira edição de Ressurreição. Tais indicações, postas em relação ao argumento do romance, sugerem um caminho de leitura para o livro cujas implicações são associadas, nesta parte do trabalho, a discussões levantadas por G. Lukács e Ian Watt sobre a forma romanesca. O terceiro capítulo centra-se em algumas contradições do discurso do narrador, que aparecem especialmente em sua perspectiva sobre o casamento, de modo que essa parte da pesquisa conta com uma abordagem das relações matrimoniais no Brasil do século XIX. O sentido das contradições do narrador e a inscrição de Ressurreição na obra machadiana são problemas que podem não estar dissociados, e são as principais inquietações que subjazem a este trabalho. / This research is as interpretation of Ressurreição (1872), Machado de Assiss first novel. Instead of exploring the way it relates to other works by the same author (an issue which is only indicated at the end of this text), this study focuses primarily the novels internal elements. I wish to show that the book is structured around an evaluation of the characters behavior, one which is linked to an apology of marriage in the context of nineteenth-century Rio de Janeiro. As I intend to show, the novel represents matrimony in an ambiguous way and praises conformity to dominant institutions. Twentieth-century critics of Machado de Assis have distinguished two different moments in his works, the boundary between which would be the novel Memórias Póstumas de Brás Cubas (1880), placing Ressurreição in the first of them. The first chapter of this work explores the assumptions which have led to this separation, focusing also the debate over how Ressurreição fits together with the three other novels pertaining to the so-called first moment. This chapter also includes an overview of the way Ressurreição was received by nineteenth-century and recent critics. The second chapter approaches the novel from the perspective of the guidelines offered by the author on the foreword to the first edition. The interpretation suggested by these guidelines, taken together with the general ideas presented in the book, has some implicatons which will be related to the discussions raised by G. Lukács and Ian Watt on the novel as a genre. The third and last chapter focuses some contradictions on the narrators discourse, which manifest themselves especially in his apology of marriage. For this reason, the chapter also includes a brief overview of matrimonial relations in nineteenth-century Brazil. The meaning of these contradictions and the way Ressurreição fits into Machado de Assiss work are questions which may be related to each other, consisting the main concerns underlying this research.
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Dialética e formalismo conceitual: sobre as contradições internas à Teoria do romance / Dialectic and conceptual formalism: about internal contradictions of the theory of the novelSilva Filho, Antonio Vieira da 02 September 2011 (has links)
Este trabalho tem como ponto de orientação a relação da Teoria do romance de Lukács com a filosofia da arte de Hegel. O confronto com Hegel se coloca como tentativa de aclarar conceitualmente as relações da obra do jovem Lukács com as suas categorias estético-filosóficas, na medida em que essas últimas apontam para o problema da arte na experiência moderna. A relação entre as duas reflexões estéticas se apresenta entrecortada pelos diálogos do autor húngaro com o círculo weberiano historicista, que evidenciam certa divergência da Teoria do Romance com os Cursos de Estética de Hegel. O trabalho busca mostrar um conflito interno à Teoria do romance entre a perspectiva histórico-dialética, que demarca a retomada por Lukács da unidade hegeliana entre forma artística e conteúdo histórico, e o uso metodológico, de inspiração antidialética, do método típico-ideal, que se constitui a partir do corte epistêmico entre os planos dos conceitos e o da realidade. Esse conflito tem como ponto de partida a divergência de Lukács acerca da valoração positiva por Hegel da experiência moderna, valoração que se articula ao diagnóstico hegeliano do fim da arte como forma de exposição da verdade moderna e sua substituição pela verdade mediada da filosofia, capaz de apresentar a liberdade moderna como experiência de totalidade figurada no Estado. Lukács, com Hegel, aponta o princípio da subjetividade como fundamento constitutivo da modernidade e do romance. O romance, contudo, em oposição a Hegel, é entendido como a exposição verdadeira da nova relação do homem com a liberdade. Isto se dá porque, segundo Lukács, o princípio constitutivo da subjetividade romanesca coincide com a experiência fragmentada do mundo moderno. A liberdade subjetiva demarca, como para Hegel, uma experiência do homem que rompe com as experiências pré-modernas. Ela permanece todavia, para Lukács, caracterizada pela fragmentação, pelo isolamento do homem em relação às estruturas sociais. A totalidade do romance, assim, é entendida, por ele como a expressão do caráter formal da busca de superação da fragmentação pelo sujeito isolado da modernidade. / This work takes as its point of orientation the relation between Lukács The Theory of the Novel and Hegel\'s philosophy of art. The confrontation with Hegel arises as an attempt to conceptually clarify the relationship of the work of the young Lukács with their aesthetic-philosophical categories to the extent that the latter point to the problem of art in modern experience. The relation between the two aesthetic reflections is presented with intersected dialogues by the hungarian author with the weberian historicist circle, which show some disagreement between The Theory of the Novel and the Aesthetics Course by Hegel. The work seeks to show an internal conflict in The Theory of the Novel between the historical-dialectic perspective, which marks the resumption from Lukács of the hegelian unity between artistic form and historical content, and the methodological use, anti-dialectical inspired, of the ideal-typical method, which is constituted from the epistemic cut between the plans and concepts of reality. This conflict has as its starting point the divergence of Lukács on the positive evaluation by Hegel of modern experience, valuation which is linked to the diagnosis of the hegelian end of art as a way of exposing the truth and its replacement by truth mediated from philosophy, able to present the modern freedom as an experience of totality figured in the State. Lukács, with Hegel, points the principle of subjectivity as a basis which constitutes modernity and the novel. The novel, however, in opposition to Hegel, is understood as the true exhibition of the new relation between man and freedom. This is because, according to Lukács, the constitutive principle of subjectivity romanesque coincides with the fragmented experience of the modern world. Freedom subjective marks, as for Hegel, a man\'s experience that disrupts the pre-modern experience. It remains, however, for Lukács, characterized by the fragmentation, by the isolation of man in relation to social structures. The totality of novel is then understood by him as the expression of the formal character in a search to overcome the fragmentation of the isolated subject of modernity.
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Dialética e formalismo conceitual: sobre as contradições internas à Teoria do romance / Dialectic and conceptual formalism: about internal contradictions of the theory of the novelAntonio Vieira da Silva Filho 02 September 2011 (has links)
Este trabalho tem como ponto de orientação a relação da Teoria do romance de Lukács com a filosofia da arte de Hegel. O confronto com Hegel se coloca como tentativa de aclarar conceitualmente as relações da obra do jovem Lukács com as suas categorias estético-filosóficas, na medida em que essas últimas apontam para o problema da arte na experiência moderna. A relação entre as duas reflexões estéticas se apresenta entrecortada pelos diálogos do autor húngaro com o círculo weberiano historicista, que evidenciam certa divergência da Teoria do Romance com os Cursos de Estética de Hegel. O trabalho busca mostrar um conflito interno à Teoria do romance entre a perspectiva histórico-dialética, que demarca a retomada por Lukács da unidade hegeliana entre forma artística e conteúdo histórico, e o uso metodológico, de inspiração antidialética, do método típico-ideal, que se constitui a partir do corte epistêmico entre os planos dos conceitos e o da realidade. Esse conflito tem como ponto de partida a divergência de Lukács acerca da valoração positiva por Hegel da experiência moderna, valoração que se articula ao diagnóstico hegeliano do fim da arte como forma de exposição da verdade moderna e sua substituição pela verdade mediada da filosofia, capaz de apresentar a liberdade moderna como experiência de totalidade figurada no Estado. Lukács, com Hegel, aponta o princípio da subjetividade como fundamento constitutivo da modernidade e do romance. O romance, contudo, em oposição a Hegel, é entendido como a exposição verdadeira da nova relação do homem com a liberdade. Isto se dá porque, segundo Lukács, o princípio constitutivo da subjetividade romanesca coincide com a experiência fragmentada do mundo moderno. A liberdade subjetiva demarca, como para Hegel, uma experiência do homem que rompe com as experiências pré-modernas. Ela permanece todavia, para Lukács, caracterizada pela fragmentação, pelo isolamento do homem em relação às estruturas sociais. A totalidade do romance, assim, é entendida, por ele como a expressão do caráter formal da busca de superação da fragmentação pelo sujeito isolado da modernidade. / This work takes as its point of orientation the relation between Lukács The Theory of the Novel and Hegel\'s philosophy of art. The confrontation with Hegel arises as an attempt to conceptually clarify the relationship of the work of the young Lukács with their aesthetic-philosophical categories to the extent that the latter point to the problem of art in modern experience. The relation between the two aesthetic reflections is presented with intersected dialogues by the hungarian author with the weberian historicist circle, which show some disagreement between The Theory of the Novel and the Aesthetics Course by Hegel. The work seeks to show an internal conflict in The Theory of the Novel between the historical-dialectic perspective, which marks the resumption from Lukács of the hegelian unity between artistic form and historical content, and the methodological use, anti-dialectical inspired, of the ideal-typical method, which is constituted from the epistemic cut between the plans and concepts of reality. This conflict has as its starting point the divergence of Lukács on the positive evaluation by Hegel of modern experience, valuation which is linked to the diagnosis of the hegelian end of art as a way of exposing the truth and its replacement by truth mediated from philosophy, able to present the modern freedom as an experience of totality figured in the State. Lukács, with Hegel, points the principle of subjectivity as a basis which constitutes modernity and the novel. The novel, however, in opposition to Hegel, is understood as the true exhibition of the new relation between man and freedom. This is because, according to Lukács, the constitutive principle of subjectivity romanesque coincides with the fragmented experience of the modern world. Freedom subjective marks, as for Hegel, a man\'s experience that disrupts the pre-modern experience. It remains, however, for Lukács, characterized by the fragmentation, by the isolation of man in relation to social structures. The totality of novel is then understood by him as the expression of the formal character in a search to overcome the fragmentation of the isolated subject of modernity.
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A noite e as vidas de Renatos Avelar: considerações sobre a tradução do primeiro capítulo de FinneganS Wake de James Joyce / The night and the lives of Renatos Avelar: considerations about the translation fo the first chapter of \'FinneganS Wake\' of James JoyceAfonso Teixeira Filho 18 April 2008 (has links)
Este trabalho discute as implicações do tempo na História, da História no romance e do romance nas vanguardas; trata da crise do romance no início do século XX e da ascensão das vanguardas; relaciona essa crise com a crise do racionalismo que resultará em obras de arte complexas como o livro Finnegans Wake de James Joyce, um livro considerado por muitos como ilegível e que não poderia ser traduzido. Este trabalho considera também que para se traduzir uma obra Finnegans Wake seria necessário, mais do que uma técnica, uma estética da tradução. Partindo de uma estética da tradução, elaboramos um critério específico para a tradução de Finnegans Wake, a qual apresentamos ao final deste trabalho, acompanhada de notas e de um glossário dos termos usados no original e na tradução. / This thesis deals with the implications of time in History, History in the novel, and with the novel in the avant gardes. It also examines the crisis of the novel at the beginning of 20th century and the rise of the avant gardes, and relates this crisis to the crisis of rationalism that would result in complex works of art such as Finnegans Wake, believed by many to be unreadable and untranslatable. It then proposes that in order to translate Finnegans Wake a whole aesthetics of translation is necessary in order to express the complex workmanship involved in its creation. Bearing in mind this aesthetics of translation, the thesis then elaborates a specific criterion to translate Finnegans Wake, which is presented in the final section, followed by notes and a glossary of original and translated terms.
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A transfiguração do espaço: um olhar oblíquo sobre o sertão / The transfiguration of space: an oblique view over the sertãoReinaldo Oliveira Hening 04 May 2012 (has links)
Antonio Candido, na Formação da Literatura Brasileira, disse que a vocação ecológica de nosso romance, nossa fome tão característica de espaços, em boa medida foi a forma que nossos primeiros romancistas teriam encontrado para substituir complexidade e variedade sociais supostamente inexistentes no Brasil àquela altura, que seriam, segundo ele, a própria carne da ficção de alto nível. Numa sociedade recém emancipada, com poucos nichos de urbanização, caracterizada por uma rede pouco vária de relações sociais em que os conflitos entre ato e norma seriam menos frequentes, o caráter paisagístico e investigativo de nosso primeiro romance teria sido a um só tempo muleta e solução privilegiada. Esse pensamento se alinha à tendência mais geral da teoria do romance de considerar como elementos fundamentais do gênero a ascensão da burguesia capitalista e a consolidação do realismo individualista. Os heróis do romance passam a ser então os heróis do individualismo econômico, o que demonstraria a coerência entre o gênero e os rumos filosóficos e econômicos da sociedade moderna. Concorda com ele, por exemplo, Lúcia Miguel-Pereira, para quem, sendo o gênero literário que mais diretamente se nutre da vida de relação, dificilmente poderia o romance atingir a culminâncias numa sociedade sem estratificações profundas, de fraca densidade espiritual. Pois bem, se o romance não pode lidar com os elementos essenciais da vida de modo geral e abstrato, mas tal como se revela através de determinado grupo humano, ou seja, socialmente verossímil como prega a mesma Lúcia Miguel-Pereira, então como explicar a complexidade e a modernidade de um narrador como Riobaldo e a qualidade de um romance como Grande Sertão: Veredas, se alocados no suposto isolamento de um sertão patriarcal? Partindo desse problema central, busca-se nesta pesquisa fundamentalmente a partir das relações entre a figuração espacial do romance e o ethos desse narrador sertanejo, entender como o espaço e o contexto social periféricos podem ter interferido na forma do romance, já que, como coloca Franco Moretti: Um novo espaço encoraja mudanças de paradigma [...] porque coloca novos problemas e dessa forma pede novas respostas. Força escritores a assumir riscos e tentar combinações inauditas. / Antonio Candido, in Formação da Literatura Brasileira, said that the ecological vocation of our novel, our so peculiar hunger for spaces, was in a measure the way our first authors would have found to replace social complexity and variety allegedly inexistent in Brazil by that time which would be, according to him, the own flesh of high level fiction. In a newly emancipated society, with few civilization niches, characterized by a not so varied network of social relations in which the conflicts between act and norm would be less frequent, the landscape and investigative character of our first novel would have been, at the same time, privileged solution and prop. This thought is aligned with the broader trend of the theory of the novel, which considers as fundamental elements of genre the capitalist bourgeois ascension and the individualist realism consolidation. The novel heroes come to be the economical individualism ones, therefore demonstrating the coherence among the genre and the economical and philosophical courses of modern society. Lúcia Miguel-Pereira agrees with him, being the literary genre the one that more directly nurtures from the relationships life, the novel could hardly reach heights in a society without deep stratification, of a weak spiritual density. This said, if the novel cannot deal with life essential elements in an abstract and general manner, but in the way it reveals itself through a certain human group, that is, socially credible as the same Lúcia Miguel-Pereira states then how to explain the complexity and modernity of a narrator such as Riobaldo and the quality of a novel such as Grande Sertão: Veredas, if placed in a supposed isolation of a patriarchal sertão? From this central problem, this research seeks fundamentally from the relations between the novel spatial figuring and this sertão narrators ethos to understand how the space and the peripheral social context could have interfered in the novel form, since Franco Moretti also states: a new space encourages paradigm shifts [] because it presents new problems and in this way it asks for new answers. It compels writers to put up with risks and try unprecedented combinations.
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Entre a convenção e o deslocamento: uma análise do realismo em Watchmen / Between convention and displacement: an analysis of Watchmen\'s realismRômulo Bezerra 05 April 2016 (has links)
Esta dissertação tem como objetivo realizar uma aproximação entre dois campos distintos: a Literatura e as Histórias em Quadrinhos. Especificamente, pretende-se aqui analisar como Watchmen constroi e organiza sua narrativa partindo de um pressuposto realista. Nesse sentido, esta dissertação realiza uma aproximação entre dois gêneros: o romance literário e o romance gráfico (graphic novel). A ascensão de ambos os gêneros já aponta paralelos entre os campos. Após essa exposição, é feita a análise propriamente dita, que compreende duas partes. A primeira se constitui do levantamento das estruturas visuais de Watchmen (balões, formato dos quadrinhos, estilo do desenho) que se organizam em um jogo entre convenção mimética e deslocamento. A segunda parte da análise tem como recorte os capítulos II e XI do romance gráfico e se debruça sobre o tratamento dispensado ao super-heroi; o que significa, no contexto de Watchmen, construir um super-heroi realista. / This thesis aims to approximate two distinctive fields: Literature and Comics. It intends to analyse how Watchmen constructs and organizes its narrative from a realistic assumption. In order to do so, this thesis approximate two genres: the literary novel and the graphic novel. The rise of both genres indicates similarities between the two fields. After that, the two-part analysis is presented. The first part consists of listing and interpreting Watchmens visual structure (speech bubbles, panel format, drawing style) and how they reveal a play between mimetic convention and displacement from it. The second part focuses on Watchmens chapters II and XI and analyses how the super-heroi character is constructed; what does it mean to make a realistic super-hero in Watchmens context.
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