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Mulheres convivendo com AIDS: fatores de risco, protetivos e resiliênciaSantos, Francisco Dimitre Rodrigo Pereira 05 August 2016 (has links)
De 1980 a 2004, o perfil epidemiológico do HIV/AIDS se manteve estável, sendo mais evidente nos grandes centros e com maior prevalência em pessoas consideradas como grupo de risco: os homossexuais, hemofílicos, haitianos, usuários de drogas e profissionais do sexo. No entanto, vem se observando uma mudança nesse perfil, evidenciando a interiorização, visibilidade epidemiológica, heterossexualização e um aumento dos casos entre as mulheres. Estas, quando diagnosticadas com HIV/AIDS, enfrentam muitas dificuldades como as relacionadas ao estado saúde-doença, afeto e relacionamento. A presente dissertação objetivou analisar como mulheres convivem com HIV/AIDS verificando os fatores de riscos e proteção, bem como o processo de construção da resiliência. Para tanto foi realizada uma pesquisa qualitativa de história de vida temática no Serviço de Assistência Especializada no atendimento a paciente com HIV/AIDS da cidade de Imperatriz/MA, realizada de junho a setembro de 2015 com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Federal do Tocantins, sob parecer 105/2014. Fizeram parte da amostra oito mulheres diagnosticadas com HIV/AIDS há mais de um ano. Para a coleta dos dados foi utilizada uma entrevista semiestruturada, os dados foram gravados e depois transcritos; a análise dos dados foi realizada por meio da técnica de análise de conteúdo. Os resultados foram organizados em categorias: diagnóstico: da realização à ação; relações conjugais e sexualidade de mulheres com HIV/AIDS; fatores de risco, protetivos e marcas de resiliência. Todas as entrevistadas descobriram ser soropositivas para o HIV por meio de exames de rotina, e ao descobrirem que estavam infectadas reagiram de diferentes formas, indo desde a vontade de tirar a própria vida até a aceitação imediata da sua condição de saúde. No que diz respeito às relações conjugais, as mulheres de idade mais elevada, viúvas ou separadas, afirmam que não pretendem ter mais parceiros. As mulheres com vida sexual ativa afirmaram que a doença impôs limitações nas relações sexuais. O medo do preconceito mostrou-se como o principal fator de risco para as mulheres que vivem com HIV/AIDS. Quanto aos fatores protetivos, destacou-se o convívio familiar e a religião como aspectos auxiliadores no processo de construção da resiliência. Quando se refere às marcas de resiliência, identificamos a autoeficácia, que mesmo mediante o fator de risco as entrevistadas não deixaram de traçar metas e serem ativas para que estas sejam alcançadas; outra marca presente é a independência, pois as entrevistadas mostraram dicotomia no processo saúde-doença. Conclui-se que, mesmo passados 36 anos do surgimento do HIV/AIDS, o preconceito acerca da doença ainda está presente na sociedade e na vida das mulheres que
vivem com AIDS, sendo este um dos fatores de risco apresentados pelas entrevistadas, uma vez que interfere no processo de enfrentamento do HIV/AIDS; já a família e a religião destacaram-se como fator protetivo, surgindo como alicerce no processo de construção da resiliência. Mesmo com a presença de um fator risco as mulheres apresentam marcas de resiliência. Portanto, destaca-se a necessidade da inserção das variáveis inerentes aos aspectos psicossociais na rede de atenção à mulher com HIV/AIDS. / From 1980 to 2004 the epidemiological profile of HIV/AIDS kept stable, being more evident in big cities and with higher prevalence in people considered as a risk group; homosexuals, hemophiliacs, Haitians, drugs addicts and sex workers. However what has been observed in the present day is a change in this profile, showing the internalization, epidemiological profile, heterosexuals and an increase of cases among women. Women, when diagnosed by HIV/AIDS face many troubles relatives the state health-affection and relationship. This dissertation had as objective to analyze how women living with HIV/AIDS; checking the risks factors and protection, beyond construction process of resilience. Therefore a qualitative study of thematic life story was done in Specialized Care Services who cares patients with HIV/AIDS in the city at Imperatriz-MA; made from June to September 2015 was approved by Research Ethics Committee in Human Beings of the Federal University of Tocantins, by law 105/2014. Eight women joined the specimen diagnosed with HIV/AIDS for more than one year. To collect the data was utilized a semi-structured interview, then the data were recorded and transcribed; following the analysis of the data were performed by the content analysis technique. The results were organized into categories of analysis, being distributed in: diagnosis: performing the action, marital relations and sexuality of women with HIV/AIDS, risks factors and protection and resilience brands. All interviewed women discovered to be seropositive by HIV through routine tests and when they discovered were infected, reacted in different ways ranging from the desire to make away with oneself until the immediate acceptance of their health condition. About marital relations, the women of older age, widowed or separated state that do not intend to have more partners. Women sexually active, said the disease has imposed limitations in sex. Fear of prejudice was shown as the biggest risk factor for women living with HIV/AIDS. As protective factors, living together with the family and religion as helpers aspects of resilience building process. When it comes to resilience marks identified self-efficacy, even by the risk factor the interviewees did not fail to set goals and be active for these to be achieved; other brand this is independence, because them showed dichotomy in the health-disease process. Even after 36 years the emergence of HIV/AIDS, prejudice about the disease is still present in society and in the women’s life living with AIDS, which is one of the risk factors presented by the interviewees because interferes to face HIV/AIDS, family and religion stood out as a protective factor, emerging as the foundation of resilience building process. Although the presences of risk factor they
showed resiliency marks. Therefore, is necessary to insert the variables inherent in the psychosocial aspects of network attention to women with HIV/AIDS.
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Características do atendimento pré-natal na rede de atenção básica de saúde de Goiânia, Goiás / Characteristics of the prenatal care provided in the primary health care network in Goiania, GoiásCosta, Christina Souto Cavalcante 12 May 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-05-12 / Prenatal care comprises a set of care actions and procedures aimed to preserve the
health of pregnant women and fetuses. This descriptive-exploratory survey analyzes
the characteristics of prenatal care from the perspective of women cared for in the
Primary Health Care network in Goiania, GO, Brazil. Data were collected by 110
women which were interviewed from march to December, 2010. Descriptive statistics
was carried out about a socio-demographic and economic characteristics, obstetric
profiles and the prenatal care characteristics. In relation to the: 60.9% were mixed
race individuals; 77.3% had a stable partner; 58.2% were between 21 to 30 years
old, that is, in productive age; 49.1% reported four to seven years of schooling;
50.9% were Catholics; 45.5% paid rent; 62.7% lived with spouses and children in
areas with basic sanitation and few trees; 56.4% were homemakers; the partner of
48.2% was the breadwinner. In terms of obstetric profile, 74.5% had low risk
pregnancies and 56.9% had vaginal births. Among the most reported morbidities
were urinary infection (27.3%) and hypertension disorders of pregnancy (20.9%). A
total of 87.3% of the pregnant women were cared for in the primary health care
network; 39.1% scheduled appointments in the health service itself and 70% chose
units close to their residences. Prenatal care was considered appropriate according
to Kesnner s index modified by Takeda only for 35% of the women. In relation to the
recommended laboratory exams: 60.9% of the interviewees were submitted to all the
exams, including a laboratory exam that detects diseases with no evident clinical
manifestations; ultrasound scans were performed in 41.8% only. The tetanus toxoid
vaccine in two doses or its reinforcement was applied in 70%. A total of 33.6% of
the women participated in educational activities. The analysis concerning the
characteristics of the prenatal care indicated that 53.6% of the women were cared for
by physicians and 45.4% by both physicians and nurses. It revealed the need to
reorganize care provided by nurses since care delivery is still centered on physicians
in most of the primary health care units in Goiania, which does not favor the
multidisciplinary team. Women reported the need to improve primary care even
though the network provides large prenatal care coverage. Therefore, humanized
care and the establishment of new strategies need to be reconsidered to enable
qualification of care provided in the primary health care network in Goiania, Goiás,
especially in relation to early access of pregnant women to prenatal care so that birth
and postpartum occur normally. / A assistência pré-natal compreende um conjunto de cuidados e procedimentos que
visam preservar a saúde da gestante e do concepto. O objetivo deste survey
descritivo e exploratório foi analisar as características do atendimento pré-natal, na
perspectiva de mulheres atendidas pela Rede de Atenção Básica em Saúde do
município de Goiânia, Goiás. Participaram do estudo 110 mulheres, que foram
entrevistadas, no período de outubro a dezembro de 2010. Para análise de dados
utilizou-se a estatística descritiva para apresentação das variáveis
sociodemográficas e econômicas, do perfil obstétrico e das características do
atendimento pré-natal. Identificou-se que 60,9% era de etnia parda; 77,3% tinham
parceiro fixo; 58,2% estavam na faixa etária de 21 a 30 anos, portanto em idade
produtiva; 49,1% informaram quatro a sete anos de estudo; 50,9% designaram-se
católicas; 45,5% moravam de aluguel, 62,7% com cônjuges e filhos, residentes em
área com saneamento básico, com pouca arborização; 56,4% exerciam atividade do
lar; 48,2% tinham o companheiro como principal responsável pela renda familiar. Em
termos de perfil obstétrico, identificou-se que 74,5% eram gestantes de baixo risco e
56,9% realizaram parto por via vaginal. Entre as morbidades relacionadas à
gestação, prevaleceram a infecção urinária (27,3%) e a doença hipertensiva
específica da gestação (20,9%). Para 87,3% das gestantes o pré-natal ocorreu na
rede de atenção básica; 39,1% com agendamentos no próprio serviço de saúde e
70% escolheram o local pela proximidade de sua residência. O pré-natal foi
adequado apenas para 35% segundo o índice de Kesnner modificado por Takeda.
Quanto aos exames laboratoriais recomendados, incluindo o teste da mamãe, 60,9%
das entrevistadas realizou todos os exames. Identificou-se que apenas 41,8%
realizaram ultrassonografia. A vacina antitetânica em duas doses ou o reforço foi
aplicada em 70%. Em relação às atividades educativas, constatou-se que 33,6% das
mulheres participaram. Evidenciou-se que 53,6% das mulheres foram atendidas pelo
médico e 45,4% por médico e enfermeiro. As mulheres indicaram a necessidade de
melhorar o atendimento primário à saúde, apesar de a rede apresentar elevada
cobertura no pré-natal. Diante disso, é preciso repensar o atendimento humanizado
e o estabelecimento de novas estratégias que viabilizem a qualificação do trabalho
oferecido pela Rede de Atenção Básica em Saúde do município de Goiânia, Goiás,
principalmente no que diz respeito ao acesso precoce das gestantes no pré-natal,
para que o momento do parto e o puerpério transcorram normalmente.
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Não adesão ao seguimento ambulatorial por mulheres que experienciaram a violência sexual: enfoque fenomenológico / Non-adherence to outpatient follow-up by women who have experienced sexual violence: phenomenological approachTatiane Herreira Trigueiro 14 December 2015 (has links)
Introdução: a atenção à mulher que experienciou a violência sexual constitui um desafio para os profissionais que a atendem. Quando essa mulher procura o serviço especializado, frequentemente, não dá continuidade ao seguimento ambulatorial preconizado. Essa evasão do serviço pode trazer consequências negativas para a sua saúde, considerando os riscos relacionados à contaminação por doenças sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada e comprometimento da saúde mental. Objetivo: compreender os motivos da não adesão ao seguimento ambulatorial por mulheres que experienciaram a situação de violência sexual. Método: estudo fundamentado na fenomenologia social de Alfred Schütz, realizado com 11 mulheres que experienciaram a violência sexual e foram atendidas em um serviço especializado de Curitiba, Paraná. Para obtenção dos depoimentos, foi utilizado um roteiro de entrevista com as seguintes questões abertas: fale sobre a situação de você ter passado por um episódio de violência, ter iniciado o tratamento e ter faltado às consultas do seguimento ambulatorial. Depois disso tudo que aconteceu, como você está lidando com a situação? Qual a sua expectativa? A organização e análise dos dados foram realizadas com base na fenomenologia social de Alfred Schütz. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos, sob o Parecer nº 795.072, de 16 de setembro de 2014. Resultados: a tipificação do vivido da mulher que experienciou a violência sexual e não aderiu ao seguimento ambulatorial mostrou-se como sendo aquela que, ao procurar os serviços da rede de atendimento, não se sente acolhida pelos profissionais que a atendem, revive a violência sofrida na delegacia e sente-se constrangida diante dos profissionais de saúde. Tem dificuldades para recordar a situação de violência, revelando a frágil corresponsabilização entre ela e os profissionais de saúde e dificuldades para aderir aos medicamentos prescritos, devido aos efeitos colaterais. Busca a superação da violência sofrida, contando para isso com o apoio de familiares e amigos. Espera ressignificar sua vida por meio da volta aos estudos e ao trabalho. Conclusões: as evidências produzidas neste estudo a partir da perspectiva das mulheres que experienciaram a violência sexual e não aderiram ao seguimento ambulatorial mostraram aspectos relevantes para serem discutidos por profissionais de saúde, que incluem a articulação entre os serviços que compõem a rede de atendimento e a melhoria do acolhimento no atendimento a essa mulher, valorizando a relação intersubjetiva entre a mesma e o profissional como um caminho para aumentar a adesão ao seguimento ambulatorial. Compreender tal experiência possibilita que a Enfermagem, inscrita entre os diversos núcleos de saberes necessários para o debate e enfrentamento da violência contra a mulher, possa assumir-se como prática social que se dispõe a exercer uma ação política e ética importante, no sentido de se corresponsabilizar no cuidado à mulher que experienciou a violência sexual, de modo que, acolhida, possa empoderar-se no seguimento ambulatorial preconizado para tais casos. / Introduction: Attention to woman who experienced sexual violence is a challenge for professional nursing care. When this woman looks for the specialized service, often she does not follow the recommended outpatient continuation. This avoidance of service can have negative consequences for her health, considering the contamination risks related to sexually transmitted diseases, unwanted pregnancy, and mental health compromising. Objective: This study aims to understand the reasons for non-adherence to outpatient follow-up by women who have experienced situations of sexual violence. Method: This study is based on social phenomenology from Alfred Schütz, carried out with eleven women who have experienced sexual violence and were treated at a specialized service in the city of Curitiba, State of Paraná, Brazil. For obtaining statements, an interview script with the following open questions was used: (1) Talk about the situation you have undergone a violence episode; how you have started treatment; why you have missed the outpatient follow-up appointments; (2) after all that occurred, how are you dealing with the situation?; and (3) what is your expectation? The data organization and analysis were based on the social phenomenology from Alfred Schütz. The project was approved by the Brazilian Ethics Committee in Research with human beings, under Opinion No. 795072 of 16 September 2014. Results: The characterization of the womans experience who has suffered sexual violence and did not join the outpatient follow-up proved to be the person who, when looking for such service network, does not feel welcomed by the professionals, since reviving the violence suffered at the police station, feels ashamed in front of health professionals. She has trouble remembering the violence situation, showing the delicate co-responsibility between her and healthcare professionals and difficulties to adhere to prescribed medications due to side effects. She seeks to overcome the suffered violence, counting on the support from family and friends. She hopes to reframe her life by returning to school and work.\" Conclusions: The produced evidence in this study, based on the perspective of women who have experienced sexual violence and did not join the outpatients follow-up, showed relevant aspects to be discussed by health professionals, including coordination among the services that make up the service network and the improving care in assisting these women, emphasizing the intersubjective relationship between them and the professional as a way to increase adherence to outpatient follow-up. To understanding this experience allows the nursing, present in various centers of necessary knowledge for debating and addressing violence against women, to position itself in a social practice prepared to engaging in an important political and ethical action of sharing responsibility for assisting the women, who has experienced sexual violence, so that, feeling acceptance, can commit themselves in follow-up services to such cases.
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A SAÚDE DA MULHER TRABALHADORA NO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE: UM ESTUDO DE CASOFernanda Nunes Gama 24 August 2009 (has links)
No município de Coronel Fabriciano/MG, as ações de prevenção dos cânceres de colo de útero e mama foram intensificadas com a implantação de um Programa para detecção precoce destes cânceres para mulheres trabalhadoras na rotina do atendimento de 6 Unidades Básicas de Saúde, que funcionam no horário especial de 19h às 21h, facilitando assim seus acessos, proporcionando a integralidade da assistência e a equidade, de acordo com os princípios doutrinários do Sistema Único de Saúde. Foi desenvolvida uma pesquisa descritiva com abordagem quanti-qualitativa, usando a técnica de estudo de caso e para coleta de dados, a entrevista semiestruturada. Esta pesquisa teve como objetivo geral avaliar a percepção dessas mulheres atendidas pelo Programa amp;#8213;Viva Mulher Trabalhadora -Um toque de saúde em relação a saúde e o significado em relação a prevenção dos cânceres de mama e colo de útero, e como objetivos específicos, traçar o perfil dessas mulheres, identificar a percepção dessas mulheres em relação a saúde; o que essas mulheres trabalhadoras pensam sobre o câncer de colo de útero e mama e seus fatores de risco; analisar os sentimentos dessas mulheres trabalhadoras do município em relação ao exame de prevenção de câncer de colo de útero e mama; e verificar como essas mulheres trabalhadoras percebem o Programa de prevenção dos cânceres de colo de útero e mama, implantado no município de Coronel Fabriciano. Em uma amostra de 85 mulheres trabalhadoras que participaram do Programa, a predominância de trabalhadoras situou-se na faixa etária de 25 a 59 anos (55,5%); apresentam carga horária diária de trabalho acima de 7 horas (83,3%); com renda familiar de 1 salário mínimo (54%); são casadas ou possuem união estável (72%); escolaridade de nível médio (55,3%); 81% tiveram dois ou menos partos, o sentimento das mulheres sobre o exame, onde predomina o medo e a vergonha foram abordadas. O Programa amp;#8213;Viva Mulher Trabalhadora Um Toque de Saúdeamp;#8214; pode ser avaliado como uma ação positiva na prevenção dos cânceres de colo de útero e mama.
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Perfil de saúde de mulheres na pré, peri e pós-menopausa cadastradas em unidade de saúde pública do Estado do Acre / The health profile of women in pre, peri and postmenopause who were registered at a public health unit of the State of AcreSilva, Andréa Ramos da 29 October 2009 (has links)
Resumo Introdução - O climatério é o período da vida das mulheres marcado por inúmeras transformações e mudanças, que caracterizam o término do período reprodutivo. É exatamente este o seu significado, a transição entre a fase reprodutiva e a não reprodutiva das mulheres. Para algumas, é visto como uma fase natural, sinal de maturidade, enquanto para outras é representado por perdas, aproximação da velhice e sinônimo de doenças. Objetivo - Descrever o perfil de saúde das mulheres na pré, peri e pósmenopausa cadastradas em uma unidade de saúde publica do Estado do Acre. Métodos - Estudo de corte transversal desenvolvido com 265 mulheres na faixa etária dos 35 aos 65 anos cadastradas no Módulo de Saúde da Família Ruy Lino, no município de Rio Branco. Foram feitas análises descritivas segundo características sociodemográficas, atividades de lazer e recreação, características de saúde e doença, história ginecoobstétrica e sintomas ligados a perimenopausa e pós-menopausa. Para análise bivariada utilizou-se o teste de qui-quadrado, adotando-se p<0,05. Resultados - A média de idade foi de 45,9 anos. Quanto ao estado civil 57,4 por cento eram casadas e 30,9 por cento possuíam como renda familiar per capita de ½ a 1 salário mínimo. Obteve-se que 74 por cento não realizavam a prática de atividade física, 67,9 por cento consideravam-se saudáveis, 95,5 por cento já haviam se internado alguma vez e 66,8 por cento afirmaram consultar o médico regularmente. Ressalta-se que 30,9 por cento encontravam-se em sobrepeso e 30,2 por cento eram obesas. A prevalência de hipertensão arterial foi de 28,3 por cento e de diabetes mellitus foi de 7,2 por cento . As médias de idade a menarca, número de gestações, número de filhos vivos e idade da menopausa foram 13,3 anos, 3,5, 2,8 e 47,5 anos, respectivamente. A secura vaginal esteve presente em 18,5 por cento , 29,8 por cento apresentaram diminuição do desejo sexual, 52,4 por cento relataram irritação/impaciência e 53,2 por cento ganharam peso. Durante a pré-menopausa as mulheres apresentaram menos doenças quando comparadas com aquelas que já se encontravam em transição menopausal. A diminuição do desejo sexual, a tristeza, a dificuldade de concentração e o esquecimento apresentaram associação com a fase de perimenopausa (p<0,05). A irritação e as ondas de calor associaram-se estatisticamente (p<0,05) com as fases de peri e pós-menopausa. Conclusão - Considerando a relevância da temática, estratégias de intervenção e controle devem ser implementadas baseadas em ações multissetoriais que envolvam a melhoria da qualidade de vida e assistência às mulheres na peri e pós-menopausa / Abstract Introduction - The climacteric is a period in womens lives marked by countless changes and transformations which characterize the end of the reproductive period. This is exactly what it means, the transition from the reproductive to the non-reproductive phase of a womans life. Some see it as a natural phase or as a sign of maturity, while others see it as loss, or as signal of old age arrival and also as synonym of diseases. Objective - To describe the profile of the health of women in pre, peri and postmenopause, who were registered at a public health unit of the State of Acre. Methods - A cross-sectional study was analyzed which had 265 women, ages 35 to 65, registered at the Family Health Module Ruy Lino, in the municipal district of Rio Branco. Descriptive analyses were performed according to socialdemographic characteristics, leisure activities and recreation, health and disease characteristics, gynecological/obstetric history and symptoms linked to perimenopause and postmenopause. The qui-square test was used for the bivariate analysis with p<0.05. Results - The average age was 45.9 years. As for marital status 57.4 per cent were married; 30.9 per cent had an average family monthly income of US$ 270.00 dollars. The results showed that 74.0 per cent were not engaged in any kind of physical activity, 67.9 per cent considered themselves healthy, 95.5 per cent had already been hospitalized some time or other and 66.8 per cent said they went to the doctor on a regular basis. We would like to emphasize that 30.9 per cent were overweight and 30.2 per cent were obese. The arterial hypertension prevalence was of 28.3 per cent and the diabetes mellitus prevalence was of 7.2 per cent . The averages for age, menarc, number of gestations, number of alive children and menopause age were 13.3 years, 3.5, 2.8 and 47.5 years, respectively. Vaginal dryness was reported in 18.5 per cent of the cases, 29.8 per cent reported decreased sexual desire, 52.4 per cent reported feeling irritated or impatient and 53.2 per cent gained weight. During the pre-menopausal women reported having fewer diseases when compared to those who were already in the transition to menopausal. Decreased sexual desire, sadness, lack of concentration and the forgetfulness were symptoms linked to perimenopause (p<0.05). Irritation and heat waves were statistically linked to (p<0.05) perimenopause and to postmenopause. Conclusion - Intervention and control strategies should be implemented relying on multisectorial actions which include life quality improvement and assistance to women in menopausal transition and postmenopause, if we are to take into account the relevance of this theme
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O cuidado de saúde no contexto relacional enfermeiro e mulher idosa: o olhar dos sujeitos envolvidos / The health care in the relational context between nurse and elderly woman: people involved viewCaldeira, Sebastião 20 April 2012 (has links)
Introdução: o aumento da expectativa de vida no Brasil e no mundo, com destaque para o gênero feminino, reflete a necessidade de estudos que se dediquem a investigar o cuidado à mulher idosa pelo enfermeiro, considerando a perspectiva dos sujeitos envolvidos nessa relação de cuidado. Objetivo: compreender o cuidado à saúde na perspectiva das mulheres idosas e dos enfermeiros. Metodologia: estudo fundamentado na Fenomenologia Social de Alfred Schütz realizado no município de Cascavel, Paraná-Brasil, em nove Unidades de Saúde, sendo sete Unidades Básicas e duas pertencentes à Estratégia Saúde da Família. Participaram dez enfermeiros que atuam no cuidado à saúde das mulheres idosas e oito idosas cuidadas por enfermeiros. Os depoimentos foram obtidos no período de setembro de 2010 a janeiro de 2011 por meio de entrevista aberta, com as seguintes questões norteadoras para as mulheres idosas: conte para mim sobre as suas necessidades de cuidado à saúde neste momento de sua vida. Como é para a senhora ser cuidada pelo(a) enfermeiro(a). O que a senhora espera em relação ao cuidado à saúde? Para os enfermeiros: como você percebe as necessidades de cuidado à saúde da mulher idosa? Como você cuida dessa mulher? O que você espera de suas ações de cuidado à saúde a esse tipo de clientela? Resultados: as idosas referem necessidades físicas e psicossociais de cuidado, requerem atenção, competência técnica e comprometimento no cuidado e esperam acolhimento por parte do enfermeiro e dos serviços de saúde. Os enfermeiros identificam especificidades relacionadas ao envelhecimento no cuidado à mulher idosa; valorizam a participação da família como mediadora do cuidado e apresentam limites relacionados ao serviço no que tange à ausência de protocolos que direcionem a assistência a essa clientela. Esperam realizar um cuidado qualificado à idosa, alicerçado em uma formação profissional direcionada para o atendimento a essa clientela. Conclusão: evidenciou-se que a compreensão do cuidado à saúde se baseia predominantemente em relações de reciprocidade entre o enfermeiro aquele que cuida e a mulher idosa a pessoa cuidada. Espera-se que o presente estudo possibilite reflexões e ações no âmbito assistencial, no ensino e na pesquisa no que tange à saúde da pessoa idosa na situação de cuidado pelo enfermeiro. Essas devem vir ancoradas nas perspectivas de ampliação do conhecimento nesses campos, com vistas a aproximações entre o cuidado esperado pela mulher idosa e o realizado pelo enfermeiro no cotidiano dos serviços de saúde. / Introduction: the increase in expectation of life in Brazil and in the world, focusing the female genre, reflects the necessity of studies that look forward to investigate the care to the elderly woman by the nurse, taking into consideration the perspective from the people evolved in this relation of care. Objective: to understand the health care in the perspective of the elderly women and the nurses. Methodology: study based in the Social Phenomenological from Alfred Schütz. It was achieved in the city of Cascavel, Paraná-Brazil in nine primary care group, being seven basic units and two which work in the health family strategy. In this research there were ten nurses who worked in elderly women health care and eight elderly women taken care by nurses. The interviews were obtained from September of 2010 to January of 2011 by means of open interview, with the questions guided for the elderly women: tell me about your necessities of health care in this moment of your life. How do you feel like being cared by the nurse? What do you expect concerning the health care? Questions done to the nurses: How do you feel the necessities of the elderly woman health care? How do you care about this woman? What do you expect about your care concerning the health to this kind of clientele? Results: the elderly women say about physical necessities and psychosocial care, attention need, technical competence and commitment in the care and look forward for affective care by the nurse and health services. The nurses identify the peculiarities related in the care of elderly woman; make it important the participation of the family as a care mediator and show limits related in the services concerning the lack of protocols that guide the assistance of this clientele. It is expected to achieve a qualified care to the elderly woman founded in professional basis focused for the assistance to these people. Conclusion: it became evident that the comprehension in the health care is based predominantly in the interaction between the nurse- the one who cares and the elderly women- the one who is cared. This study makes possible reflections and actions in the assistance, in the formation and in the research concerning the elderly womans health in the situation of care by the nurse. These must be anchored in the perspectives of growth in knowledge in these fields, targeting the approach between the care expected by the elderly women and the achieved by the nurse in the day- by- day in the health services.
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Depressão pós-parto no município de Itapecerica da Serra: prevalência e fatores associados / Postpartum depression in the municipality of Serra Itapecerica: prevalence and associated factorsBueno, Lisiane Cristina Schwantes 13 May 2014 (has links)
Introdução: A depressão está entre as principais causas de incapacidade nas mulheres, sendo a idade fértil o período com maior prevalência de episódios depressivos. Os transtornos mentais do pós-parto afetam mulheres de forma ampliada e, nesse período, o que mais acontece são as: disforias (chamadas de melancolias), as depressões pós-parto e as psicoses puerperais. Apesar de sua importância e dos avanços instituídos na atenção à saúde da mulher no Brasil, ainda existem poucos estudos a respeito de sua prevalência. Objetivos: Caracterizar a prevalência da depressão pós-parto das mulheres do município de Itapecerica da Serra com o uso da escala de depressão pós-parto de Edimburgo (EPDS); Identificar fatores sociais, econômicos, familiares e de acesso ao serviço de saúde associados à ocorrência de DPP. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico de caráter descritivo e transversal que analisou os fatores de risco associados a ocorrência do fenômeno, com o uso da EPDS, considerando-se a DPP se atingida a pontuação 12, e um formulário de caracterização socioeconômica e familiar da puérpera, elaborado pela própria pesquisadora. Participaram da pesquisa 168 puérperas (entre 10 e 60 dias, após o parto) entrevistadas nas UBS(s), em suas residências e em uma clínica privada no município do estudo. O cálculo amostral baseou-se na estimativa da prevalência de 30% de DPP, com nível de significância de 0,05 a 5% e erro absoluto de mais ou menos 7% ou 6%. Para a análise estatística, utilizou-se o programa Bio Estatístico 5.0, aplicando-se o Teste de Mann Whitney, para comparar as tendências centrais de duas amostras independentes (primíparas e multíparas) e o Teste do Qui-quadrado para estudar a dependência entre as duas variáveis, por meio de tabelas de contingência. O nível de significância foi fixado em 0,05 visando-se obter um resultado de relevância para o objeto do estudo. Resultados: A DPP teve uma prevalência de 43,4 % incidindo em 30 (17,8%) mulheres primíparas e 43 (25,6%) das multíparas com DPP. Na amostra, prevaleceram as seguintes características entre as puérperas com DPP: faixa etária entre 19 e 35 anos de idade, sendo (74,4%), na escolaridade salientou-se o ensino médio (48,8%), a renda familiar foi de 1 a 3 salários-mínimos com proporção de 55,9%, ocupação dona de casa (49,4%), cor da pele branca (48,2%), religião católica (47%), sexo do bebê oposto ao esperado (53,5%), com histórico de problemas hormonais (69,04%), cansaço físico no período puerperal (31,5%) e sem suporte familiar na volta da maternidade (22%). Conclusões: O estudo permitiu identificar as prevalências com possibilidades de aprimorar a assistência. Ao se pensar em uma assistência com qualidade, o suporte emocional e a identificação precoce de uma possível DPP tornam mais eficientes o trabalho. Com os dados obtidos, percebeu-se a necessidade de ampliar a dimensão do cuidado, sobretudo, na atuação direta do puerpério das mulheres que já realizaram o pré-natal, trazendo-lhes uma assistência mais segura, evitando, assim um aspecto da morbidade materna que interfere fortemente no desenvolvimento infantil / Introduction: Depression is among the leading causes of disability in women, the childbearing period with a higher prevalence of depressive episodes. Mental disorders affect postpartum women in a wider sense, and in that period what else happens are: disphorias calls (melancholy), postpartum depression and postpartum psychosis. Despite its importance and the advances introduced in the health care of women in Brazil, there are few studies about its prevalence. Objectives:To characterize the prevalence of postpartum depression women in the municipality of Serra Itapecerica using the scale of the Edinburgh postpartum (EPDS) depression; Identify social , economic , family, and access to health service factors associated with occurrence of PPD. Method: This was a descriptive cross-sectional epidemiological character study that examined the risk factors associated with the occurrence of the phenomenon , using the EPDS , considering the DPP is achieved scores 12 , and a form of socioeconomic characterization familial puerperal prepared by the researcher . The study gathered 168 women (between 10 and 60 days after birth) interviewed in UBS (s) in their homes and in a private clinic in the city of study. The sample size calculation was based on the estimated prevalence of 30 % of PPD , with a significance level of 0.05 to 5 % and absolute error of plus or minus (7% or 6%), thus estimating the following sample size. For statistical analysis, we used the Statistical Bio 5.0, applying the Mann Whitney test to compare the central tendencies of two independent samples (primiparous and multiparous) and Chi-square test to study the dependence between the two variables by means of contingency tables. The significance level was set at 0.05 aiming to obtain a result relevant to the object of study. Results: The DPP had a prevalence of 43.4% focusing on 30 (17.8%) and 43 primiparous women (25.6%) of multiparous with DPP. In the sample, the following characteristics prevailed among the mothers with PPD: age between 19 and 35 years of age, being (74.4%), in education stressed out high school (48.8%), family income was 1-3 minimum wages and ratio of 55.9%, ocupassion housewives (49.4%), were white (48.2), Catholics (47%), the sex opposite to that expected (53.5%) baby with hormonal problems (69.04%), physical fatigue in the postpartum period (31.5%) and no family support in the back maternity (22%). Conclusions: This study identified the prevalence with possibilities of improving care. When you think of quality care, emotional support and early identification of possible DPP become more efficient work. With the data obtained, we realized the need to expand the dimension of care, especially in the direct performance of postpartum women who have already performed prenatal bringing them safer care, thus avoiding an aspect of maternal morbidity interfering heavily on child development.
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"A vivência do cuidado no puerpério: as mulheres construindo-se como mães" / The experience of care at puerperium: women constructing themselves as mothersStefanello, Juliana 31 January 2005 (has links)
Na fase pós-parto, o cuidado destaca-se no contexto familiar como uma prática permeada de particularidades. Assim, este estudo buscou compreender como se estabelece o cuidado na fase puerperal, no contexto familiar. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, desenvolvida com 12 mulheres puérperas e 11 familiares destas, que as auxiliam no cuidado pós-parto. Utilizaram-se, como procedimento metodológico para a coleta de dados, entrevistas semi-estruturadas gravadas e transcritas na íntegra, após consentimento livre e esclarecido dos sujeitos. As entrevistas foram realizadas no domicílio do informante. Os dados foram analisados com base na técnica de análise de conteúdo, modalidade temática. Os resultados revelaram quatro temas: 1) O ideário de maternidade como base na construção de cuidado do bebê e do cuidado puerperal; 2) Cuidando com cuidado do bebê; 3) Cuidando da mãe para que ela cuide do bebê e 4) Os agentes tomados como referência nas práticas de cuidado. As práticas de cuidado pós-parto estão muito ligadas ao ideário de maternidade, algo intrinsecamente feminino, permeado de idealizações e fundamentado nas concepções de gênero. O bebê, foco primeiro de todas as ações de cuidado, traz inúmeras mudanças na rotina da família e principalmente da mãe. A mulher-mãe também necessita de cuidados, entretanto grande parte deles visam indiretamente à criança. O cuidado na fase puerperal, permeado de crenças e tabus ligados ao feminino, outorga às mulheres um poder de agentes nesse processo, já que trazem consigo conhecimentos de muitas gerações. Assim, entende-se o cuidado pós-parto como uma prática feminina, na qual as mulheres buscam abastecer-se em sistemas de representações já incorporados socialmente, ao mesmo tempo em que atuam como sujeitos e reinventam sistemas estabelecidos, construindo-se como mães. / The care given during the phase after delivery is pointed out, within the family context, as being replete with particularities. Hence, this study sought to comprehend how the care in the puerperal phase is established, within the family context. It is a qualitative research, developed with 12 puerperal women and 11 of their relatives, who help them with the care after delivery. Data collection was performed by the methodological procedure of semi-structured interviews, which were taped and integrally transcribed, after receiving free and clarified consent from the subjects. Interviews were performed at the informants home. The data were analyzed based on the technique of thematic content analysis. The results revealed four themes: 1) The idea of maternity as being the basis for the construction of the babys care and puerperal care; 2) Taking care of the baby carefully; 3) Taking care of the mother so she can take care of the baby; and 4) The agents taken as reference in the practices of care giving. The practices of care after delivery are much linked to the idea of maternity, something intrinsically feminine, full of idealizations and founded on gender conceptions. The baby, primary focus of all care actions, brings numerous changes to the familys routines, mainly the mothers. The mother-woman also needs to be cared for; however, a great deal of this care involves, indirectly, the child. The care in the puerperal phase, permeated of beliefs and taboos linked to the feminine, grants the women with a power of agents in this process, since she bears the knowledge of many generations. Thus, the care after delivery is understood as a feminine practice, in which women base themselves on representation systems that have already been socially incorporated, at the same time that they act as subjects and reinvent the previously established systems, constructing themselves as mothers.
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Mastite lactacional: registro baseado em evidências / Lactational mastitis: evidence-based recordsViduedo, Alecssandra de Fátima Silva 28 January 2015 (has links)
A mastite lactacional é um processo inflamatório da mama que pode, ou não ser acompanhada de infecção, causa manifestações clínicas desconfortáveis, contribuindo para o desmame precoce, onerando os custos no cuidado, tornando-se um problema de saúde pública. Este estudo teve como objetivo propor uma nova ficha de registro para mulheres que internam por mastite lactacional no município de Ribeirão Preto, com base na prática assistencial e evidências científicas. Foi desenvolvido em três fases, a primeira buscou informações para o tratamento de mulheres que necessitaram de internação na rede pública hospitalar do município de Ribeirão Preto em registros do projeto \"Floresce uma vida\", vinculado ao Programa de Aleitamento Materno de Ribeirão Preto e em prontuários médicos, a segunda visou a buscar evidências científicas para o tratamento de mastite lactacional através de revisão integrativa de literatura e a terceira fase constou de uma nova proposta de ficha para registro de mulheres que necessitam de internação no município de Ribeirão Preto. A fase I mostrou o perfil de 114 mulheres internadas para tratamento de mastite lactacional na rede pública de referência entre os anos de 2009 a 2013. As características dos dados sociodemográficos não coincidem com o que vem sendo descrito na literatura atual. Em relação aos dados obstétricos o estudo mostrou que as mais acometidas são as primíparas e que a maioria teve alguma intercorrência frente à amamentação antes da necessidade de internação, 62 (54,4%) mulheres tiveram abscesso mamário, 27 (51,9%) tiveram resultado de Staphylococcus aureus e 21(18,4%) desmamaram em consequência do abscesso. A terapêutica para mastite lactacional uniu medicação tópica, sistêmica e terapêutica complementar. A fase II selecionou nove artigos que respondiam à questão do estudo entre 2000-2013, as terapêuticas encontradas para mastite lactacional foram alternativas com probióticos, convencional e para abscessos. A fase III validou a nova \"Ficha de registro da assistência à mulher na amamentação durante a internação por intercorrências mamárias\" com a concordância de especialistas entre 80% e 100%. Este estudo uniu a prática assistencial e evidências científicas como base na formulação de um instrumento com o objetivo de identificar práticas não aceitáveis para mastite lactacional, proporcionando aos profissionais de saúde melhores informações no desenvolvimento de sua prática clínica / Lactational Mastitis is an inflammation of the breast that may or may not be accompanied by infection, cause uncomfortable clinical manifestations, contributing to early weaning, burdening the cost in care, making it a public health problem. This study aimed to propose a new record form to women hospitalized for lactational mastitis in Ribeirão Preto, based on care practice and scientific evidence. Was developed in three phases, the first information sought for the treatment of women who required hospitalization in the public health hospitals in Ribeirão Preto in the \"Bloom a Life\" project, linked to the Breastfeeding Program of Ribeirão Preto, and hospital records, the second aimed sought scientific evidence for the treatment of lactational mastitis through integrative literature review and the third phase included a new proposal of a record form for women who require hospitalization in Ribeirão Preto. Phase I showed the profile of 114 women hospitalized for treatment of lactation mastitis in public reference hospitals between the years 2009 and 2013. A Sociodemographics characteristic of the data does not coincide with what has been described in the literature. Regarding obstetric data the study showed that the most affected are the primiparous women and the majority had some complication towards breastfeeding before hospitalization, 62 (54.4%) women had breast abscess, 27 (51.9%) of the breast milk was colonized by Staphylococcus aureus and 21 (18.4%) weaned as a result of the abscess. The treatment for lactational mastitis attached topical, systemic therapy and complementary medicine. Phase II selected nine articles that answered the question of the study between 2000-2013, the therapeutic lactational mastitis were with three categories: alternate with probiotics, conventional and abscesses. Phase III validated the new \"Registration Card assisting women with breastfeeding during hospitalization for breast complications\" with the agreement of experts from 80% to 100%. This study joined the healthcare practice and scientific evidence as a basis in formulating an instrument in order to identify unacceptable practices for lactational mastitis, providing healthcare professionals information on the development of best clinical practice
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Mulheres negras, o cuidado com a saúde e as barreiras na busca por assistência: estudo etnográfico em uma comunidade de baixa renda / Black women, the care of the health and the barriers to seek for assistance: an ethnographic study in a low income communityRosa, Patricia Lima Ferreira Santa 19 December 2013 (has links)
Introdução: A metade da população brasileira feminina é constituída por negras. Muitas mulheres pertencentes a este grupo racial jamais fizeram a mamografia, e a taxa de mortalidade materna é maior entre as negras. Muitas desigualdades ainda persistem em diversos setores da sociedade, inclusive no âmbito da saúde, mesmo após a implementação do Sistema Único de Saúde, que disponibiliza assistência gratuita a todas as pessoas. Objetivos: Explorar as crenças, valores e práticas das mulheres negras relativas ao cuidado com a saúde no domicílio, no contexto da própria comunidade e a sua interface com a busca por assistência nas instituições de saúde. Metodologia: A pesquisa foi desenvolvida mediante abordagem qualitativa, utilizando-se do método etnográfico. O estudo foi desenvolvido na Cidade de São Paulo, no bairro Cidade Ipava (CI), uma região do Jardim Ângela constituída por uma grande proporção de negros, apresentando altos índices de vulnerabilidade à pobreza. Os dados foram coletados mediante o processo de observação participante e entrevistas etnográficas com 17 informantes gerais e três informantes chave. Resultados: Três descritores e um tema cultural expressam as crenças, valores e práticas das mulheres negras relativas ao cuidado com a saúde: 1) Faço o máximo para não ir ao médico - cuido da saúde do jeito que posso para evitar ficar doente: 2) A experiência com a assistência à saúde que recebo nas instituições não é boa: 3) Sofro racismo velado por ser negra. O tema cultural foi: Sem outra saída somos obrigadas a enfrentar obstáculos e buscar assistência médica porque os remédios caseiros não deram certo e o problema de saúde é grave. Conclusões: As mulheres se deparam com muralhas (in)visíveis ao acessar as instituições de saúde. Os resultados desta pesquisa reiteraram a premissa de que os determinantes sociais que marcam as desigualdades em saúde, tais como, as relações de gênero, classe social, idade, território, religião, raça/cor, entre outros aspectos, não se manifestam de forma isolada nas relações sociais. No tempo atual pós-moderno, as desigualdades sociais persistem, sobretudo entre as mulheres negras moradoras das regiões periféricas de grandes metrópoles. Estas requerem suporte para o empoderamento, essencial para reivindicar, acessar e usufruir de uma assistência à saúde de qualidade. / Introduction: Half of the female Brazilian population is black. Many women in this racial group never did mammography, and the maternal mortality rates are higher among them. Many inequalities still persist in many society sectors, including health, even after the implementation of the National Health System, which provides free health care for all people. Objectives: To explore the beliefs, values and practices of black women regarding health care at home, in the community context, and it is the interface with the process of seeking for health care facilities. Methodology: The research was conducted through qualitative approach and the ethnographic method was done. It was carried out in the city of São Paulo, at a neighborhood district called Cidade Ipava, located in Jardim Angela, where is there a large proportion of blacks, which suffer high levels of vulnerability to poverty. Data were collected through the participant observation process and ethnographic interviews were done with 17 general informants and three key informants. Results: Three descriptors and a cultural theme express the beliefs, values and practices of black women regarding health care: 1) I do my best to not have to go to the doctor I take care of the health as I can to avoid getting sick: 2) The experience with the health care that I have received in health care facilities is not good: 3) I suffer hidden prejudice for being black. The cultural theme was: Do not having another way - we are forced to face obstacles and must seek for medical care because the home medicines did not showed effects and the health problem is serious. Conclusions: Women are faced with (in)visible obstacles when they to access the health care facilities. These results reiterated that the social determinants which characterize the health inequalities, such as gender relations, social class, age, territory, religion, race, among others, do not manifest themselves alone in the social relations. At the current post-modern environment, the social inequalities persist, especially among black women residents of outlying areas of large cities. These require support for empowerment, essential to claim, to access and to enjoy a high quality health care.
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