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O poder e o dispositivo: hospital psiquiátrico na contemporaneidadeMalamut, Bernardo Salles January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Esta dissertação versa sobre a negociação de poder entre médicos psiquiatras e pacientes
usuários de um serviço público de saúde mental. Pautados na teoria da analítica do poder de Michel Foucault, autor de referência nesse campo, investigamos como circula o poder nos atos terapêuticos exercidos pelos médicos entrevistados, bem como na relação do hospital com os outros serviços da rede de atenção à saúde mental. O estudo foi realizado em um hospital psiquiátrico da rede de atenção à saúde mental pública de Minas Gerais. A escolha
por este tipo de serviço, dentre outros na rede pública, se deu uma vez que os dados históricos e a literatura atestam terem sido, os hospitais psiquiátricos, os maiores alvos de critica numa época de uma psiquiatria disciplinar. Há ainda a importante constatação da permanência desse
tipo de serviço em todo país, apesar de todos os esforços para que fosse substituído. O movimento da reforma psiquiátrica – fenômeno histórico que engendra novas teorias e práticas – surge como uma resposta política e epistêmica a essa psiquiatria e seu dispositivo
mais evidente, o hospital. Uma das mais fundamentais propostas da reforma psiquiátrica é a de subverter as relações disciplinares da psiquiatria para com a loucura. Essa investigação qualitativa, feita por meio de entrevistas semiestruturadas com médicos psiquiatras, focou-se finalmente na permanência de atos violentos – que foram analisados através do conceito de violência em Hannah Arendt –, e na importância do dispositivo hospital na prática de uma psiquiatria que insiste em permanecer asilar. Encontrou-se fundamentalmente duas transformações: a passagem do cárcere hospitalar para uma antinomia de funcionamento da rede; e o exercício do poder psiquiátrico não mais como produtor de exclusões sistemáticas,
mas de subjetivações normativas. Conclui-se que a loucura continua encarcerada no discurso médico e verifica-se a necessidade da reforma psiquiátrica de inventar novas formas de subjetivação. / This dissertation deals with the power negotiation between psychiatrists and patients, or users, of a mental health public service. Based on Michel Foucault analytic of power we investigate how the power surrounds the therapeutic practices of the interviewed psychiatrics, as well as
on the relation of the hospital with other services of mental health care network. The study was made in a psychiatric hospital of the public mental health care network of Minas Gerais state, Brazil. This particular type of service was chosen since historical data and literature testify that the psychiatric hospitals were the major target of criticism in a time of disciplinary
psychiatric practice. Further, there is the important confirmation that this kind of service is still present in the whole country, notwithstanding all the efforts made to its replacement. The psychiatric reform movement, a historical phenomenon which generates new theories and
practices, arises as a political and epistemic response to that psychiatric and its most evident dispositive, namely the hospital. One of the most fundamental proposals of the psychiatric reform is to subvert the psychiatric disciplinary relations in regard to madness. This
qualitative research, made through semi-structured interviews with psychiatrists, was ultimately focused on the permanence of violent acts — analyzed in the light of Hannah Arendt’s concept of violence — and on the importance of the hospital dispositive in a psychiatric practice that insists on being an asylum one. Two fundamental transformations were found: first, the passage from the hospital gaol to an antinomy of the network functioning; second, the exercise of psychiatric power as a producer of normative subjectification instead of systematic exclusions. It is concluded that madness is still confined
in medical discourse, and the necessity of psychiatric reform in reinventing new ways of
subjectification is verified.
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O processo de desinstitucionalização da loucura em Pernambuco : do Hospital José Alberto Maia ao serviço de Residências TerapêuticasMAGALHÃES, Mirella Rocha 25 August 2016 (has links)
Submitted by Rafael Santana (rafael.silvasantana@ufpe.br) on 2018-01-24T19:02:10Z
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Previous issue date: 2016-08-25 / CAPES / Esse trabalho tem como objetivo historiar o processo de desinstitucionalização do Hospital José
Alberto Maia, localizado no Município de Camaragibe, no período de 2002-2010, bem como o
que se desenvolveu posteriormente com a ida dos antigos internos para os serviços residenciais
terapêuticos até o ano de 2015. Entendendo que a instituição manicomial historicamente se
configurou como um mecanismo de violência e de imposição de poder, consideramos
necessário o processo de Reforma Psiquiátrica desenvolvido no país e especificamente no
estado de Pernambuco, com objetivo de dar novos horizontes no que tange à saúde mental.
Ressaltamos, nesse processo, a importância de modelos comunitários de atendimento,
especialmente o Serviço Residencial Terapêutico que, no caso aqui estudado, foi determinante
para possibilitar uma real melhora na qualidade de vida dos antigos pacientes. Enfatizamos
ainda como é fundamental a constante vigilância das novas práticas advindas da Reforma para
que o real objetivo não se perca e acabe se transformando em uma nova institucionalização.
Portanto, entendemos que é necessária não apenas uma mudança na assistência, mas também a
superação da lógica de exclusão, a construção de um projeto de aceitação da diferença e o
respeito pelos comportamentos desviantes. / This research aims to trace back the deinstitutionalization process of José Alberto Maia Hospital
- which used to be located in the municipality of Camaragibe between the years of 2002 and
2010 - and it also focus on what was subsequently developed at the hospital when former
patients started to participate in therapeutical treatments until the year of 2015. Historically
speaking, it is understood that psychiatric facilities became a system of violence and imposition
of power and therefore, in order to open horizons in regards to mental health and achieve
improvements, it is necessary that psychiatric clinics go through a countrywide revolution and
more specifically a reform in the state of Pernambuco as well. We emphasize the importance
of community models of care during this process, specially the Residential Therapeutic Service,
also part of this research and which was crucial for a considerate improvement in the quality of
life of former patients. We also highlight how constant monitoring of the new chosen practices
is essential so that the real goal isn’t forgotten, which would end up leading to a new
institutionalization. Therefore we believe that not only a change in the care methodology is
necessary, but also overcoming the exclusion theory and building a mentality of acceptance and
respect towards differences and deviant behaviors.
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Cartografia do financiamento em saúde mental: modelagens na Rede de Atenção Psicossocial na relação do cuidado à loucura / Cartography of funding for mental health: Network modeling in de Atenção Psychosocial care in relation to madnessFreire, Flávia Helena Miranda de Araújo January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / Made available in DSpace on 2016-07-05T22:26:26Z (GMT). No. of bitstreams: 3
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Previous issue date: 2012 / Essa tese faz um percurso do financiamento do SUS mais especificamente no campo dasaúde mental atentando para as mudanças e transformações na paisagem que vai delineando a conformação do financiamento na rede de atenção psicossocial. Utilizamosa imagem do iceberg como forma de apresentar o debate que envolve o tema do financiamento. A parte submersa do iceberg refere-se ao percurso histórico do processo de reforma psiquiátrica e de luta antimanicomial pautando o financiamento como analisador de certas disputas dos atores políticos frente à concepção do modelo tecnoassistencial em saúde mental. A ponta do iceberg retrata a conformação da rede de atenção psicossocial a partir de uma descrição do financiamento, de suas formas de uso e dos gastos de recursos federais com a rede. Para tanto, utilizamos como objeto deanálise os instrumentos normativos do Ministério da Saúde recorrendo às portarias que regulamenta o financiamento dos serviços de saúde mental. A análise do financiamentoestabelece um diálogo entre o cuidado e a clínica elegendo o Serviço ResidencialTerapêutico como dispositivo de moradia e cuidado que vaza o campo da saúde transversalizando para o mundo da vida. O estudo de caso das Residências Terapêuticasse deu em três cidades (Belo Horizonte, Campinas e Rio de Janeiro). Selecionamos três dispositivos residenciais levando em consideração a singularidade que cada experiênciavivenciava nas suas formas de inventividade de moradias e cuidado frente à loucura. Em Belo Horizonte trouxemos o caso de uma residência terapêutica de alta complexidadepara apenas um morador; em Campinas uma casa/república para 23 moradores e no Rio de Janeiro uma vaga alugada em uma pensão para um paciente egresso do Hospital Colônia Juliano Moreira. / As experiências em estudo apontam para a micropolítica do trabalho das equipes de saúde que nos seus modos de produção de cuidado rompemcom as normas instituídas pelo financiamento criando linhas de fuga mostrando sua potência criativa. Cartografar o financiamento no campo da saúde mental, com suasmodulações, valores, incentivos, disputas, se apresenta no campo da atenção psicossocial como desafios a serem cumpridos por uma política pública no campo da saúde que aposta em configurações tecnológicas do cuidado que vaza para o mundo davida, em um compromisso antimanicomial, que envolve os sujeitos atores políticos que transversalizam ética e esteticamente a multiplicidade dos modos singulares de produção de vida com a loucura.
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Saúde mental em atenção primária no Estado de São Paulo / Mental health and primary care in the State of São PauloAntunes, Eleonora Haddad 28 August 1998 (has links)
Esta dissertação parte do pressuposto que a Saúde Mental, a Atenção Primária e a articulação entre essas, são proposições originárias de outros contextos históricos e realidades sociais, havendo portanto uma retradução nos seus processos de assimilação no Brasil e no Estado de São Paulo. A partir disso, a investigação segue em dois eixos: a construção do campo da Saúde Mental e suas articulações com a Saúde de forma geral e à Atenção Primária; o seguimento da articulação da Saúde Mental à Atenção Primária no Estado de São Paulo. O estudo conclui que a Saúde Mental emerge numa condição histórica de favorecimento de políticas públicas de reinclusão social, numa possibilidade de extensão assistencial populacional. Desse modo, integra proposições higiênicas e terapêuticas, mantendo-se como higiene social normativa. A investigação conclui também que a integração das ações médicas às ações preventivas, consideradas dentro de níveis de prevenção, faz com que a Saúde Mental possa se articular à Atenção Primária e aos serviços de Saúde Pública. No Estado de São Paulo, a emergência da Saúde Mental em Atenção Primária, de forma abrangente, realiza-se no contexto de redemocratização política, em 1982, sendo resultado da convergência da implementação das Ações Integradas de Saúde, do movimento de descentralização do Estado brasileiro e da tomada da proposta de Atenção Primária como lema democrático. Esta implementação realiza-se de forma peculiar no Estado de São Paulo, com a alocação de equipes multiprofissionais de Saúde Mental nas redes de cuidados primários à saúde, caracterizando uma experiência de reforma psiquiátrica. / This dissertation starts from the presupposition that Mental Health, Primary Care and their articulations are propositions originated specific historical contexts and social conditions, implying necessarily in a translation when their assimilation occurs in Brazil and the state of São Paulo. The investigation developed along two lines: the building of the Mental Health field and its links with health and Primary Care in general and the articulation of Mental Health and Primary Care in the state of São Paulo. The study concludes that Mental Health emerges in historical conditions which favor public policies of social inclusion, through the extension of care, In this way it integrates hygiene and therapeutic propositions, and continues to exert a normative social hygiene. The integration of preventive and medical practices, taken as part of specific levels of prevention, makes possible the articulation of Mental Health to Primary Care and public health services. In the state of São Paulo, Mental Health in Primary Care emerges in the context of political redemocratization in 1982, as part of the implementation of specific forms of financing health care (\"Ações Integradas de Saúde - AIS\"), the decentralization of the governmental programs and the importance of Primary Care as a political banner. This implementation occurs in specific conditions in the state of São Paulo, with the inclusion of multiprofessional mental health teams in public primary health care services, as an experience of psychiatric reform.
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Saúde mental em atenção primária no Estado de São Paulo / Mental health and primary care in the State of São PauloEleonora Haddad Antunes 28 August 1998 (has links)
Esta dissertação parte do pressuposto que a Saúde Mental, a Atenção Primária e a articulação entre essas, são proposições originárias de outros contextos históricos e realidades sociais, havendo portanto uma retradução nos seus processos de assimilação no Brasil e no Estado de São Paulo. A partir disso, a investigação segue em dois eixos: a construção do campo da Saúde Mental e suas articulações com a Saúde de forma geral e à Atenção Primária; o seguimento da articulação da Saúde Mental à Atenção Primária no Estado de São Paulo. O estudo conclui que a Saúde Mental emerge numa condição histórica de favorecimento de políticas públicas de reinclusão social, numa possibilidade de extensão assistencial populacional. Desse modo, integra proposições higiênicas e terapêuticas, mantendo-se como higiene social normativa. A investigação conclui também que a integração das ações médicas às ações preventivas, consideradas dentro de níveis de prevenção, faz com que a Saúde Mental possa se articular à Atenção Primária e aos serviços de Saúde Pública. No Estado de São Paulo, a emergência da Saúde Mental em Atenção Primária, de forma abrangente, realiza-se no contexto de redemocratização política, em 1982, sendo resultado da convergência da implementação das Ações Integradas de Saúde, do movimento de descentralização do Estado brasileiro e da tomada da proposta de Atenção Primária como lema democrático. Esta implementação realiza-se de forma peculiar no Estado de São Paulo, com a alocação de equipes multiprofissionais de Saúde Mental nas redes de cuidados primários à saúde, caracterizando uma experiência de reforma psiquiátrica. / This dissertation starts from the presupposition that Mental Health, Primary Care and their articulations are propositions originated specific historical contexts and social conditions, implying necessarily in a translation when their assimilation occurs in Brazil and the state of São Paulo. The investigation developed along two lines: the building of the Mental Health field and its links with health and Primary Care in general and the articulation of Mental Health and Primary Care in the state of São Paulo. The study concludes that Mental Health emerges in historical conditions which favor public policies of social inclusion, through the extension of care, In this way it integrates hygiene and therapeutic propositions, and continues to exert a normative social hygiene. The integration of preventive and medical practices, taken as part of specific levels of prevention, makes possible the articulation of Mental Health to Primary Care and public health services. In the state of São Paulo, Mental Health in Primary Care emerges in the context of political redemocratization in 1982, as part of the implementation of specific forms of financing health care (\"Ações Integradas de Saúde - AIS\"), the decentralization of the governmental programs and the importance of Primary Care as a political banner. This implementation occurs in specific conditions in the state of São Paulo, with the inclusion of multiprofessional mental health teams in public primary health care services, as an experience of psychiatric reform.
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