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Decifrar os sinais da intimidade: leituras de Al Berto / Deciphering the signs of intimacy: readings of Al BertoSasaki, Leonardo de Barros 26 November 2012 (has links)
A obra de Al Berto insere-se em quadro estético no qual se recupera uma dicção mais afetiva e sentimental, se cultiva uma tônica no contato com a realidade mais imediata e se estreita (e também se embaralha) os vínculos entre vida e arte. Para melhor delinear esse contexto, evocam-se alguns conceitos teóricos tais como os de autenticidade, de poesia sentimental e ingênua ou ainda o de coincidência ou não ente poema e poesia. Uma das questões de fundo fulcrais e aglutinadoras das características supracitadas é a intimidade ou, melhor, uma escrita da intimidade, que é atravessada pelas tensões e impasses do espaço biográfico contemporâneo. Como estratégia analítica, organiza-se a dissertação a partir dos dois movimentos constituintes da sondagem íntima: a objetivação do sujeito e a subjetivação dos objetos. Assim sendo, busca-se, primeiramente, discutir a noção de narcisismo poético e explicitar o processo de constituição daquilo que o poeta denominou de texto-corpo e suas figurações: pequeno demiurgo, o centro sísmico do mundo, monge noctívago e o último habitante. Especificamente neste momento do trabalho, conceitos como os de trauma e abjeto auxiliam na leitura dos poemas. Na sequência, investiga-se a relação do sujeito poético, atento e solitário, com seus objetos cotidianos, que são considerados como sinais da realidade e do próprio indivíduo. Articula-se a essa análise o repetido uso estilístico de enumerações e inventários, manifesto de forma bivalente: uma, como expressão da fragmentação do mundo e, outra, como discurso de desconstrução e resistência. A estrutura da dissertação, portanto, tem caráter complementar se considerada em suas partes: tanto em uma quanto em outra, o que está em questão é a possibilidade de uma escritura da intimidade apresentada paradoxal e simultaneamente enquanto presença e ausência do real, enquanto afirmação e negação de uma subjetividade, enquanto assimilação e deslocamento dos lugares canônicos das escritas de si. / The work of Al Berto is inserted in an aesthetic framework which recovers a more emotional and sentimental poetic diction, places greater emphasis on the contact with immediate reality and narrows and blurs the limits between life and art. In order to clearly outline this context, we also evoke some questions such as the concept of authenticity, of sentimental and naïve poetry, or that of concurrence or not between poem and poetry, among others. One of the background issues related to these traits is intimacy or the writing of intimacy, which is full of tensions and dilemmas in the contemporary biographical space. The analytical structure of the dissertation is based on the two movements of the self-questioning intimacy: objectification of the subject and subjectification of objects. Thus, we primarily seek to discuss the notion of poetic narcissism and elucidate the process of constitution of the so-called \"text-body\" and its figurations: \"small demiurge\", \"the seismic center of the world\", \"the nocturnal monk\" and \"the last inhabitant. Trauma and abjection are concepts that help us read the poems in this specific part of the study. Finally, we investigate the relations of the attentive and lonely poetic subject to his everyday objects regarded as signs of reality and of the individual himself. We also articulate this analysis with the stylistic use of enumerations and inventories in a bivalent form: a) as an expression of the fragmentation of the world and another, and b) as a discourse of deconstruction and resistance. Hence, the structure of the dissertation should be considered in its complementary chapters: both deal with the writing of intimacy paradoxically and simultaneously regarded as presence and absence of the real, or as affirmation and denial of subjectivity, or even as assimilation and displacement of canonical writings of the self.
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Decifrar os sinais da intimidade: leituras de Al Berto / Deciphering the signs of intimacy: readings of Al BertoLeonardo de Barros Sasaki 26 November 2012 (has links)
A obra de Al Berto insere-se em quadro estético no qual se recupera uma dicção mais afetiva e sentimental, se cultiva uma tônica no contato com a realidade mais imediata e se estreita (e também se embaralha) os vínculos entre vida e arte. Para melhor delinear esse contexto, evocam-se alguns conceitos teóricos tais como os de autenticidade, de poesia sentimental e ingênua ou ainda o de coincidência ou não ente poema e poesia. Uma das questões de fundo fulcrais e aglutinadoras das características supracitadas é a intimidade ou, melhor, uma escrita da intimidade, que é atravessada pelas tensões e impasses do espaço biográfico contemporâneo. Como estratégia analítica, organiza-se a dissertação a partir dos dois movimentos constituintes da sondagem íntima: a objetivação do sujeito e a subjetivação dos objetos. Assim sendo, busca-se, primeiramente, discutir a noção de narcisismo poético e explicitar o processo de constituição daquilo que o poeta denominou de texto-corpo e suas figurações: pequeno demiurgo, o centro sísmico do mundo, monge noctívago e o último habitante. Especificamente neste momento do trabalho, conceitos como os de trauma e abjeto auxiliam na leitura dos poemas. Na sequência, investiga-se a relação do sujeito poético, atento e solitário, com seus objetos cotidianos, que são considerados como sinais da realidade e do próprio indivíduo. Articula-se a essa análise o repetido uso estilístico de enumerações e inventários, manifesto de forma bivalente: uma, como expressão da fragmentação do mundo e, outra, como discurso de desconstrução e resistência. A estrutura da dissertação, portanto, tem caráter complementar se considerada em suas partes: tanto em uma quanto em outra, o que está em questão é a possibilidade de uma escritura da intimidade apresentada paradoxal e simultaneamente enquanto presença e ausência do real, enquanto afirmação e negação de uma subjetividade, enquanto assimilação e deslocamento dos lugares canônicos das escritas de si. / The work of Al Berto is inserted in an aesthetic framework which recovers a more emotional and sentimental poetic diction, places greater emphasis on the contact with immediate reality and narrows and blurs the limits between life and art. In order to clearly outline this context, we also evoke some questions such as the concept of authenticity, of sentimental and naïve poetry, or that of concurrence or not between poem and poetry, among others. One of the background issues related to these traits is intimacy or the writing of intimacy, which is full of tensions and dilemmas in the contemporary biographical space. The analytical structure of the dissertation is based on the two movements of the self-questioning intimacy: objectification of the subject and subjectification of objects. Thus, we primarily seek to discuss the notion of poetic narcissism and elucidate the process of constitution of the so-called \"text-body\" and its figurations: \"small demiurge\", \"the seismic center of the world\", \"the nocturnal monk\" and \"the last inhabitant. Trauma and abjection are concepts that help us read the poems in this specific part of the study. Finally, we investigate the relations of the attentive and lonely poetic subject to his everyday objects regarded as signs of reality and of the individual himself. We also articulate this analysis with the stylistic use of enumerations and inventories in a bivalent form: a) as an expression of the fragmentation of the world and another, and b) as a discourse of deconstruction and resistance. Hence, the structure of the dissertation should be considered in its complementary chapters: both deal with the writing of intimacy paradoxically and simultaneously regarded as presence and absence of the real, or as affirmation and denial of subjectivity, or even as assimilation and displacement of canonical writings of the self.
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Elementos para uma clínica do continente: a plasticidade do eu em sua função de continente psíquico / Elements for a clinic of the container: the plasticity of the ego in its function of psychic containerMano, Beatriz Chacur Biasotto 19 October 2012 (has links)
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Beatriz Chacur Biasotto Mano.pdf: 1462970 bytes, checksum: 9f7ffd171c7d3d7a813fb9eb5ff07146 (MD5)
Previous issue date: 2012-10-19 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This thesis aims at presenting a clinical model that we call the Clinic of the Container. As Clinic of the Container we formulate a psychoanalytic perspective in which the focus of attention is shifted to the Ego/Self, taking as a vertex the structure and function of psychic containment. We propose to make the containing structure of the Ego/Self an object of listening and clinical intervention: a listening, sensitive to the effects of its deformations and malformations that invariably arise in the clinic, and to intervene in order to promote changes in the containing structure of the Ego/Self.
The thesis proposes the development of some metapsychological and conceptual foundations and clinical concepts underlying the clinical model proposed here: a metapsychological conception of the psychic apparatus from the perspective of psychic spatiality and its relation to the containing structure of the self, and a genetic metapsychology of the self as containing structure. Then we will present, through clinical material, the Clinic of the Container. Along the way, we will make ourselves heirs to Bion and Didier Anzieu / Esta tese tem como propósito a apresentação de um modelo de clínica que denominamos Clínica do Continente. Como Clínica do Continente formulamos uma perspectiva da clínica psicanalítica em que o foco da atenção é deslocado para o Eu, tendo como vértice sua estrutura e sua função de continente psíquico. Propomos fazer da estrutura continente do Eu um objeto de escuta e intervenção clínica: escuta sensível aos efeitos de suas deformações e más-formações que invariavelmente se apresentam na clínica, e intervir no sentido de promover transformações da estrutura continente do Eu.
A tese propõe-se à elaboração de alguns fundamentos metapsicológicos e conceituais subjacentes ao modelo clínico aqui proposto: uma concepção metapsicológica do aparelho psíquico sob a perspectiva da espacialidade psíquica e sua relação com a estrutura continente do Eu; e uma metapsicologia genética do Eu como estrutura continente. Em seguida apresentaremos, através de material clínico, a Clínica do Continente. Nesse percurso, nos faremos herdeiros de Bion e Didier Anzieu
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Decisions as PerformativesMurray, Dylan 21 April 2010 (has links)
Decisions are performatives - or at least, they share important features with performative utterances that can elucidate our theory of what type of thought they are, and what they do. Namely, decisions have an analogous force to that of performatives, where the force of a propositional attitude or utterance is constituted by (i) its point, or purpose, which is mainly a matter of its direction-of-fit, and (ii) its felicity conditions. The force of both decisions and performatives is to bring into being the states of affairs represented in their intentional contents, merely in virtue of the decision or performative’s occurrence and the satisfaction of the felicity conditions they presuppose. The first chapter of the thesis explicates this general framework, and the second and third attempt to show some of the work it can do for a theory of decisions.
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Defining ourselves : narrative identity and access to personal biological informationPostan, Emily Rose January 2017 (has links)
When biological information about an individual is produced in healthcare or research settings, ethical questions may arise about whether the individual herself should be able to access it. This thesis argues that the individual’s identity-related interests warrant serious attention in framing and addressing these questions. Identity interests are largely neglected in bioethical, policy and legal debates about information access – except where information about genetic parentage is concerned. Even there, the relationship between information and identity, and the interests involved, remain unclear. This thesis seeks to fill this conceptual gap and challenge this exceptionalism. It does so by developing a normative account of the roles that a wide range of information about our health, bodies and biological relationships – ‘personal bioinformation’ – can play in the construction of our self-conceptions. This account is developed in two steps. First, building on existing philosophical theories of narrative self-constitution, this thesis proposes that personal bioinformation has a critical role to play in the construction of identity narratives that remain coherent and support us in navigating our embodied experiences. Secondly, drawing on empirical literature reporting individuals’ attitudes to receiving three categories of personal bioinformation (about donor conception, genetic disease susceptibility, and neuroimaging-based psychiatric diagnoses), the thesis seeks to illustrate, demonstrate the plausibility of, and to refine this theoretically-based proposition. From these foundations, it is argued that we can have strong identity-related interests in whether and how we are able to access bioinformation about ourselves. The practical implications of this conclusion are then explored. It is argued that identity interests are not reducible to other interests (for example, in health protection) commonly weighed in information disclosure decisions. They, therefore, warrant attention in their own right. An ethical framework is developed to guide delivery of this. This framework sets out the ethical responsibilities of those who hold bioinformation about us to respond to our identity interests in information disclosure practices and policies. The framework is informed by indications from the illustrative examples that our interests engaged as much by how bioinformation is communicated as whether it is disclosed. Moreover, these interests are not uniformly engaged by all bioinformation in all circumstances and there is potential for identity detriment as well as benefit. The ethical framework highlights the opportunities for and challenges of responding to identity interests and the scope and limits of potential disclosers’ responsibilities to do so. It also makes recommendations as to the principles and characteristics of identity-supporting disclosure practices.
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Sentidos da regressão. Consideraçõe teoricoclínicas em Ferenczi, Balint e Winnicott / Senses of regression. Theoric and clinical notes on Ferenczi, Balint and WinnicottMarilia Marra de Almeida 14 December 2009 (has links)
O conceito de regressão, em psicanálise, apresenta múltiplos aspectos. Sua presença está na explicação metapsicológica da formação dos sonhos, como também na descrição de fenômenos que indicam modos de satisfação, de relação de objeto e formas de expressão primitivos de pacientes em análise. Apontando para a dimensão primária do psiquismo humano, a regressão foi o mote das controvérsias entre Freud e Ferenczi, pela aposta deste último no potencial terapêutico desse fenômeno. Sua significação heterogênea confere uma posição estratégica a esse conceito para o estudo da articulação entre teoria e clínica psicanalítica. Nosso estudo tem como objetivo considerar os diversos sentidos da regressão, tendo como autores de referência aqueles que se debruçaram sobre esse tema: Sandor Ferenczi, Michel Balint e Donald Winnicott. Trata-se de um estudo de textos desses três autores e de alguns de seus comentadores. Para vislumbrarmos o sentido da regressão para Ferenczi, acompanhamos seu processo de experimentação da técnica clínica, assim como suas idéias acerca do desenvolvimento psicossexual do ser humano. Encontramos a regressão ocupando posição central em sua teoria, o que provê um sentido não linear em sua visão do desenvolvimento humano. Em sua prática clínica, a regressão é entendida como meio de liquidar os traumas que residem na raiz das perturbações psíquicas. Os sentidos da regressão para Michel Balint indicam o potencial terapêutico da regressão, enquanto possibilidade de um novo começo, mas também os impasses implicados na ocorrência desse fenômeno no setting analítico, delineando duas formas de regressão: benigna e maligna. Para entendermos essas formas da regressão apontadas por Balint, acompanhamos suas idéias acerca das formas diversas de viver a sexualidade humana na infância e na vida adulta. Acompanhamos também sua concepção sobre a origem do psiquismo, no estado que ele denomina de amor primário em oposição ao narcisismo primário. A dimensão da falha básica, diversa da dimensão onde a expressão verbal é possível, aparece como descrição da expressão de estruturas primárias de relação de objeto, muitas vezes necessárias de serem vividas na relação analítica. Em Winnicott, partimos de um caso clínico que tem a regressão como processo central. Estudamos o sentido desse fenômeno para Winnicott, configurando a noção de regressão à dependência ou regressão ao ambiente. Acompanhamos suas idéias acerca do desenvolvimento emocional primitivo que culminam na concepção de uma terceira área da vida dos indivíduos: a área da experimentação, nem interna, nem externa ao indivíduo, onde o brincar é possível. Ao final de nosso estudo, tecemos algumas articulações entre os elementos colhidos em cada autor, encontrando algumas aproximações e alguns afastamentos. Apesar das diferenças entre os três autores, vemos configurar um estilo clínico comum que encara o fenômeno da regressão como uma possível via ao originário a ser trilhada, encontrada ou mesmo constituída, no percurso da análise, enquanto forma de tratamento. Essa via encontra o ambiente como parte constituinte do psiquismo, principalmente em sua origem. / In Psychoanalysis, regression has multiples aspects. One of these aspects is showed by the metapsychological explanation of the dreams formation. Another aspect is presented on the description of primitive traits such as sexual aims, object-relations, and ways of being of some patients in analysis. Regarding the primitive dimension of human psychism, regression was the theme of controversies between Freud and Ferenczi, who believed in the therapeutic potential of regression. The heterogeneous regression feature figure a strategic position in the study of articulations between psychoanalytical theory and clinic. The goal of this work is to examine the regression multiple meanings, based on authors who focused on this theme: Sandor Ferenczi, Michel Balint and Donald Winnicott. It consists in a study of these three authors texts. Aiming to grasp the meaning of regression in Ferenczi, we examined his experimentation process in clinical technique and his ideas about human psychosexual development. We find regression as a central position in his theory that provides a nonlinear direction in his human development view. In his clinic practice, the regression is understood as a way to settle down traumas that reside in the root of psychic perturbations. The meanings of regression in Michel Balint indicate not only its therapeutic potential as a possibility of the new beginning, but also the impasses implied in regression that occurs in the analytic setting. As a result, he draws two forms of regression: benign and malign. Looking for understanding these two forms of regression pointed by Balint, we examined his ideas about the diverse forms of sexuality in childhood and in the adult life. We also considered his conception of psychism origin that he name as primary love in opposition to the narcissism. The basic fault appears as a description of object relation primary structures that need to be experienced by some patient in the analytic relation. In Winnicott, we describe a clinical case which has regression as the core process. We studied the meaning of this concept to Winnicott, figuring out the notion of regression to dependence. We looked carefully at his ideas about primitive emotional development resulting in the conception of the third area of experimentation. This area belongs to both internal and external individual reality, where playing is possible. In the end of this study, we make some articulations between the elements picked in each author, finding out some similarities and differences between them. Despite of some differences between them, there is a common clinic stile which faces regression as a possible way to origins. This road might be walked, figured out or even constituted in the analysis process as a pathway of treatment. This path includes the environment as a constituent of phychism, especially in its origin.
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Sentidos da regressão. Consideraçõe teoricoclínicas em Ferenczi, Balint e Winnicott / Senses of regression. Theoric and clinical notes on Ferenczi, Balint and WinnicottAlmeida, Marilia Marra de 14 December 2009 (has links)
O conceito de regressão, em psicanálise, apresenta múltiplos aspectos. Sua presença está na explicação metapsicológica da formação dos sonhos, como também na descrição de fenômenos que indicam modos de satisfação, de relação de objeto e formas de expressão primitivos de pacientes em análise. Apontando para a dimensão primária do psiquismo humano, a regressão foi o mote das controvérsias entre Freud e Ferenczi, pela aposta deste último no potencial terapêutico desse fenômeno. Sua significação heterogênea confere uma posição estratégica a esse conceito para o estudo da articulação entre teoria e clínica psicanalítica. Nosso estudo tem como objetivo considerar os diversos sentidos da regressão, tendo como autores de referência aqueles que se debruçaram sobre esse tema: Sandor Ferenczi, Michel Balint e Donald Winnicott. Trata-se de um estudo de textos desses três autores e de alguns de seus comentadores. Para vislumbrarmos o sentido da regressão para Ferenczi, acompanhamos seu processo de experimentação da técnica clínica, assim como suas idéias acerca do desenvolvimento psicossexual do ser humano. Encontramos a regressão ocupando posição central em sua teoria, o que provê um sentido não linear em sua visão do desenvolvimento humano. Em sua prática clínica, a regressão é entendida como meio de liquidar os traumas que residem na raiz das perturbações psíquicas. Os sentidos da regressão para Michel Balint indicam o potencial terapêutico da regressão, enquanto possibilidade de um novo começo, mas também os impasses implicados na ocorrência desse fenômeno no setting analítico, delineando duas formas de regressão: benigna e maligna. Para entendermos essas formas da regressão apontadas por Balint, acompanhamos suas idéias acerca das formas diversas de viver a sexualidade humana na infância e na vida adulta. Acompanhamos também sua concepção sobre a origem do psiquismo, no estado que ele denomina de amor primário em oposição ao narcisismo primário. A dimensão da falha básica, diversa da dimensão onde a expressão verbal é possível, aparece como descrição da expressão de estruturas primárias de relação de objeto, muitas vezes necessárias de serem vividas na relação analítica. Em Winnicott, partimos de um caso clínico que tem a regressão como processo central. Estudamos o sentido desse fenômeno para Winnicott, configurando a noção de regressão à dependência ou regressão ao ambiente. Acompanhamos suas idéias acerca do desenvolvimento emocional primitivo que culminam na concepção de uma terceira área da vida dos indivíduos: a área da experimentação, nem interna, nem externa ao indivíduo, onde o brincar é possível. Ao final de nosso estudo, tecemos algumas articulações entre os elementos colhidos em cada autor, encontrando algumas aproximações e alguns afastamentos. Apesar das diferenças entre os três autores, vemos configurar um estilo clínico comum que encara o fenômeno da regressão como uma possível via ao originário a ser trilhada, encontrada ou mesmo constituída, no percurso da análise, enquanto forma de tratamento. Essa via encontra o ambiente como parte constituinte do psiquismo, principalmente em sua origem. / In Psychoanalysis, regression has multiples aspects. One of these aspects is showed by the metapsychological explanation of the dreams formation. Another aspect is presented on the description of primitive traits such as sexual aims, object-relations, and ways of being of some patients in analysis. Regarding the primitive dimension of human psychism, regression was the theme of controversies between Freud and Ferenczi, who believed in the therapeutic potential of regression. The heterogeneous regression feature figure a strategic position in the study of articulations between psychoanalytical theory and clinic. The goal of this work is to examine the regression multiple meanings, based on authors who focused on this theme: Sandor Ferenczi, Michel Balint and Donald Winnicott. It consists in a study of these three authors texts. Aiming to grasp the meaning of regression in Ferenczi, we examined his experimentation process in clinical technique and his ideas about human psychosexual development. We find regression as a central position in his theory that provides a nonlinear direction in his human development view. In his clinic practice, the regression is understood as a way to settle down traumas that reside in the root of psychic perturbations. The meanings of regression in Michel Balint indicate not only its therapeutic potential as a possibility of the new beginning, but also the impasses implied in regression that occurs in the analytic setting. As a result, he draws two forms of regression: benign and malign. Looking for understanding these two forms of regression pointed by Balint, we examined his ideas about the diverse forms of sexuality in childhood and in the adult life. We also considered his conception of psychism origin that he name as primary love in opposition to the narcissism. The basic fault appears as a description of object relation primary structures that need to be experienced by some patient in the analytic relation. In Winnicott, we describe a clinical case which has regression as the core process. We studied the meaning of this concept to Winnicott, figuring out the notion of regression to dependence. We looked carefully at his ideas about primitive emotional development resulting in the conception of the third area of experimentation. This area belongs to both internal and external individual reality, where playing is possible. In the end of this study, we make some articulations between the elements picked in each author, finding out some similarities and differences between them. Despite of some differences between them, there is a common clinic stile which faces regression as a possible way to origins. This road might be walked, figured out or even constituted in the analysis process as a pathway of treatment. This path includes the environment as a constituent of phychism, especially in its origin.
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Deux pensées constitutionnelles révolutionnaires : Robespierre et Condorcet / Two revolutionary constitutional thoughts : Robespierre and CondorcetCretin Sombardier, Marie 28 September 2018 (has links)
Pareils à nombre de révolutionnaires français, Robespierre et Condorcet souhaitent rompre avec l'Ancien régime en reconnaissant la souveraineté naturelle du peuple et les droits naturels des hommes. Cependant, en démocrates assumés et conséquents, ils se singularisent en présentant la nécessité du gouvernement représentatif comme une étape provisoire de la réalisation libre et heureuse des hommes et non comme une fin. Convaincus d’une nature humaine perfectible, habilitant l’homme à un devenir libre et heureux, les deux révolutionnaires sont conduits à promouvoir, l’idée d’un droit perfectible et celle d’une constitution transitoire capable d’articuler souveraineté du peuple et gouvernement à la naturalisation progressive des institutions et des hommes. Les progrès de l’autoconstitution du peuple souverain, appuyés par ses représentants provisoires, engagent les conditions d’une autonomisation de la société et ouvrent la voie à celle de l’individu en réconciliant l’État et la société. / Like many French revolutionaries, Robespierre and Condorcet wish to break with the Ancien Régime (Old Regime) by acknowledging the natural sovereignty of the people and the natural rights of men. However, as asserted and consistent democrats, they stand out by presenting the need of a representative government, not as an end, but as a provisional step to men’s achievement of freedom and happiness. Convinced of a perfectible human nature, empowering man to become free and happy, the two revolutionaries are led to promote the idea of a perfectible right and a transitional constitution which can connect sovereignty of the people and government to progressive naturalization of institutions and men. The progress in self-constitution of popular sovereignty, supported by its temporary representatives, sets the conditions of society’s empowerment and paves the way to that of the individual by reconciling the State and the society.
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