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O campo científico da soberania e segurança alimentar e nutricional no Brasil: grupos e linhas de pesquisa de 2000 a 2016 / The scientific field of food and nutrition security and sovereignty in Brazil: research groups and lines of work from 2000 to 2016Winnie, Lo Wai Yee 18 September 2017 (has links)
O presente estudo teve como objetivo analisar a pesquisa científica brasileira em soberania e segurança alimentar e nutricional no período entre 2000 a 2016, identificando os Grupos de Pesquisa envolvidos neste campo tecnocientífico e descrevendo a evolução temporal dos Grupos de Pesquisa e suas respectivas Linhas de Pesquisa. Foram utilizados dados secundários dos Censos 2000, 2002, 2004, 2006, 2008, 2010, 2014 e 2016 produzidos pelo Diretório de Grupos de Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. O critério de inclusão foi a presença das expressões \"segurança alimentar\" (SA), \"segurança alimentar e nutricional\" (SAN), \"segurança dos alimentos\" (SDA) e \"soberania alimentar\" (SBA) como nome do Grupo de Pesquisa, nome da Linha de Pesquisa ou palavra-chave da Linha de Pesquisa. Como resultado foram identificados 354 grupos de SSAN em 2016, sendo 313 em SA, 177 em SAN, 47 em SDA e 37 em SBA. Observou-se uma tendência geral para aumento no quantidade de grupos de pesquisa, com crescimento mais acelerado para SAN e SBA. Mais de 80% dos grupos foram criados entre os anos 2001 e 2016, sendo 46,05% de 2001 a 2010 e 41,24% de 2011 a 2016. Os grupos de SSAN estão sediados em 138 instituições diferentes, sendo 52 universidades federais, 27 instituições de ensino comunitárias e privadas, 25 universidades estaduais, 19 institutos federais de educação, ciência e tecnologia, além de 15 institutos de pesquisa. As universidades públicas mantêm 82,7% dos grupos de pesquisa, enquanto apenas 8,4% do total pertence ao setor privado. A região Sudeste abriga 33,62% dos grupos de pesquisa em SSAN, com outros 22,60% na região Nordeste. Em 2016, diferente da tendência geral do DGP, apenas em SBA há mais grupos de pesquisa na região Sul do que no Nordeste. Nas Grandes Áreas foi observada maior prevalência de grupos nas Ciências Agrárias, Ciências da Saúde e Ciências Humanas. As Áreas Predominantes mais referidas foram Ciência e Tecnologia de Alimentos, Nutrição, Agronomia e Saúde Coletiva. Os grupos de SSAN relataram entre uma e 37 (μ = 5,82) linhas de pesquisa, sendo 43,8% do grupos com 5 a 10 linhas de pesquisa. Em 2016 havia 4.188 pesquisadores e 4.161 estudantes como membros dos grupos de pesquisa. As mulheres possuem maior participação nos grupos de pesquisa em SSAN, perfazendo 56,4% dos pesquisadores e 72,5% dos estudantes. A relação entre pesquisadores doutores e total de pesquisadores em SSAN é de 73%, superior à do DGP, de 65%. Quanto à reposição da força de trabalho em ciência, as proporções entre pesquisadores e estudantes sugerem baixo dinamismo para o conjunto dos grupos (0,188) e também para cada termo de busca, assim como baixa consolidação (0,138), apesar da crescente do dinamismo e da consolidação. O diálogo interdisciplinar entre pesquisadores com diferentes áreas de formação mantém-se como desafio para a produção científica em SSAN, assim como a ação intersetorial na implementação das políticas públicas. / The present study aimed to analyze brazilian scientific research on food and nutrition security and sovereignty in the period from 2000 to 2016, by identifying Research Groups envolved in this technoscientific field, describing the evolution of Research Groups across time and their respective Lines of Work. We used secondary data from the 2000, 2002, 2004, 2006, 2008, 2010, 2014 and 2016 Censuses produced by the Research Group Directory from the National Council of Scientific and Technological Development. Inclusion criteria was presence of expressions \"food security\" (SA), \"food and nutrition security\" (SAN), \"food safety\" (SDA) and \"food sovereignty\" (SBA) in Research Group name; or Line of Work name or keywords. As a result we identified 354 research groups on SSAN in 2016, with 313 on SA, 177 on SAN, 47 on SDA and 37 on SBA. A general upwards trend in the amount of research groups was observed, with accelerated growth for SAN and SBA. More than 80% of the groups were created between years 2001 and 2016, with 46,05% from 2001 to 2010 and 41,24% from 2011 to 2016. SSAN research groups were found in 138 different institutions, as in 52 federal universities, 27 community and private teaching institutions, 25 state universities, 19 federal institutes of education, science and technology, besides 15 research institutes. Public universities maintain 82,7% of all research groups, while a mere 8,4% of them were located in private institutions. The southeast region harbors 33.62% of SSAN research groups, with another 22.60% located in the northeast region. In 2016, contrary to general trend in the DGP, only in SBA there were more research groups in the south region than in the Northeast. Among the Branches of Science it was observed greater prevalence of groups in Agricultural Sciences, Health Sciences and Humanities and Social Sciences. The most referred Predominant Areas were Food Science and Technology, Nutrition, Agronomy and Collective Health. SSAN groups reported between one and 37 (μ = 5.82) lines of work, while 43.8% of all groups had 5 to 10 lines of work. In 2016 there were 4,188 researchers and 4,161 students as research group members. Women have greater participation in SSAN research groups, making up 56.4% of researchers and 72.5% of students. The ratio between PhD researchers and total researchers in SSAN is 73%, higher than the DGP average of 65%. Regarding workforce replacement in science, proportions between researchers and students suggest low dynamism both for SSAN (0.188) and each search keyword, as well as low consolidation (0,138), despite increasing dynamism and consolidation. Interdisciplinary dialogue between researchers from different training areas remain as a challenge in SSAN scientific production, in addition to intersectoral action in the implementation of public policies.
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Análise espacial dos óbitos por tuberculose pulmonar e sua relação com indicadores sociais em São Luís - MA / Spatial analysis of deaths by pulmonary tuberculosis and the relation with social indicators in São Luís - MASantos Neto, Marcelino 22 August 2014 (has links)
O objetivo deste estudo foi analisar a distribuição espacial dos óbitos por tuberculose pulmonar e sua relação com indicadores sociais em São Luís-MA. Trata-se de um estudo ecológico em que foram considerados os óbitos ocorridos na zona urbana do município entre 2008 e 2012, segundo as causas A15.0 a A15.3 e A16.0 a A16.2 (CID-10), disponíveis no Sistema de Informação sobre Mortalidade. Procedeu-se inicialmente as análises univariada e bivariada das variáveis sociodemográficas e operacionais dos óbitos investigados. Para construção dos indicadores sociais utilizou-se a análise de componentes principais, sendo selecionadas variáveis das áreas de ponderação do Censo Demográfico de 2010. Recorreu-se à regressão linear múltipla, pelo método dos mínimos quadrados e à regressão espacial para análise da relação de dependência espacial entre os indicadores sociais e as taxas de mortalidade padronizadas pela idade por meio do Teste Global I de Moran. Utilizou-se ainda técnicas de estatística de varredura para a detecção de aglomerados espaciais e espaço- temporais dos óbitos nos setores censitários do município, sendo empregado o modelo discreto de Poisson. A geocodificação dos óbitos foi processada no TerraView versão 4.2.2, sendo considerados também nas análises os softwares Arcgis-versão 10.1, Statistica versão 12.0, OpenGeoDa versão 1.0, R versão 3.0.2 e SaTScanTM versão 9.2. Em todos os testes, foi fixado o nível de significância em alfa de 5% (p< 0,05). Identificou-se 193 indivíduos que evoluíram para óbito por tuberculose pulmonar, com idade mediana de 52 anos, sendo maior percentual referente ao sexo masculino (n=142; 73,60%), raça/cor parda (n=133; 68,91%), estado civil solteiro (n=102; 53,13%), ensino fundamental completo (n=64; 33,16%) e com ocorrência do óbito no hospital (n=143; 74,08%). Observou-se que não ter assistência médica previamente ao óbito teve associação estatisticamente significativa com a realização de necropsia (p=0,001). Foram geocodificados 95% dos óbitos e as taxas de mortalidade por tuberculose pulmonar padronizadas pela idade variaram de 0,00 a 8,10 óbitos/100.000 habitantes-ano. Na construção dos indicadores sociais, duas novas variáveis surgiram, apresentando variância total de 73,07%. A primeira componente (56,75%) foi denominada indicador de bem-estar social e a segunda (16,32%), indicador de iniquidade social, que, na regressão linear múltipla, apresentou-se estatisticamente significante (R2 =23,86%; p=0,004), verificando-se posteriormente a existência de dependência espacial (Moran I=0,285; p<0,001), sendo o Erro Espacial o melhor modelo explicativo. Foi possível evidenciar ainda que áreas de ponderação com alta e intermediária iniquidade social apresentaram as maiores taxas de mortalidade. Na análise de varredura espacial, identificou-se dois aglomerados espaciais, sendo um de alto risco relativo (RR=3,87; p<0,001) e outro de baixo (RR=0,10; p=0,002), enquanto que a análise espaço-temporal evidenciou apenas um aglomerado de alto risco relativo (RR=3,0; p<0,001) que ocorreu entre novembro de 2008 e abril de 2011. A investigação revelou áreas prioritárias para investimentos em tecnologias de saúde e um perfil de população fatalmente atingida pela doença, evidenciando aspectos importantes a serem considerados em termos de gestão e organização dos serviços de saúde para a equidade no acesso. / This study aimed to analyze the spatial distribution of deaths by pulmonary tuberculosis and the relation with social indicators, in São Luís-MA. It is an ecological study that considered deaths occurring in the urban area of the municipality, between 2008 and 2012, according to causes A15.0 to A15.3 and A16.0 to A16.2 (ICD-10), which are available in the Mortality Information System. It was initially used univariate and bivariate analyzes of demographic and operational variables from the investigated deaths. For the construction of social indicators, it was possible to use the principal components analysis, with variables selected from weighting areas of the Population Census, in 2010. It was utilized the multiple linear regression through the method of least squares and spatial regression to analyze the spatial dependence relationship between social indicators and standardized mortality rates by age, and with the Global I Test of Moran. Also, it was possible to use statistical techniques of scanning for detecting spatial-temporal and spatial clusters of deaths, in the municipality census tracts, and with the use of Poisson\'s discrete model. The geocoding of deaths was processed in TerraView version 4.2.2, and it was also considered, in the analysis, the softwares Arcgis version 10.1, Statistica version 12.0, OpenGeoDa version 1.0, R version 3.0.2 and SaTScanTM version9.2. It was fixed, in all tests, the level of significancein alpha of 5% (p<0.05). It was identified 193 individuals who died due to pulmonary tuberculosis, with a median age of 52 years, with higher percentage for males (n=142, 73.60%), mulatto race (n=133, 68.91%), single marital status (n=102, 53.13%), complete primary school (n=64, 33.16%), and with deaths at the hospital (n=143, 74.08%). It was seen that having no medical care prior to death was statistically associated with the performance of necropsy (p=0.001). It was possible to geocode 95% of deaths, and death rates due to pulmonary tuberculosis standardized by age ranged from 0.00 to 8.10 deaths per 100.000 inhabitants a year. In the construction of social indicators, two new variables emerged and showed a total variance of 73.07%. The first (56.75%) was denominated indicator of social welfare, and the second (16.32%) as an indicator of social inequity, which was statistically significant in the multiple linear regression (R2 =23.86 %, p=0.004). It was verified the existence of spatial dependence (Moran I=0.285, p<0.001), and the Spatial Error was the best explanatory model. It was also possible to show that weighting areas with high and intermediate social inequity presented the highest mortality rates. In the analysis of spatial scan, it was identified two spatial clusters, one of relatively high risk (RR=3.87, p<0.001) and the other one of low risk (RR=0.10, p=0.002). On the other hand, the spatial-temporal analysis evidenced only a cluster of relatively high risk (RR=3.0, p<0.001), which happened between November, 2008 and April, 2011. The research revealed priority areas for investments on health technology, and population profile fatally afflicted by the disease. It also pointed important aspects to be considered in terms of management and organization of health services for an equity access.
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Determinantes da incapacidade funcional de idosos da cidade de São Paulo na perspectiva étnico-racial / Determinants of the functional incapacity of the elderly in the city of So Paulo with perspective on race and ethnicityAlexandre da Silva 13 March 2017 (has links)
Introdução: No Brasil, a desigualdade social é um problema que precisa de enfrentamento mais efetivo e respeito às particularidades dos diversos grupos sociais. O envelhecimento no município de São Paulo, numa perspectiva étnico-racial, ainda é pouco conhecido e não se sabe o quanto os determinantes sociais de saúde influenciam desfechos de saúde nesta população. Medir a incapacidade funcional em idosos é um indicador universalmente admitido para se diagnosticar condições de saúde. O presente estudo levanta a hipótese de que há diferenças na prevalência de incapacidades funcionais entre idosos de diferentes estratos raciais. Objetivos: Identificar os fatores determinantes da incapacidade funcional de idosos, considerando a condição raça/cor da pele e descrever os perfis de incapacidade funcional de idosos de acordo com as variáveis demográficas, socioeconômicas e modo de vida, na perspectiva étnico-racial e quanto a incapacidade funcional. Método: Realizou-se um estudo transversal com a coorte de 2010 do Estudo Saúde e Bem-Estar e Envelhecimento (SABE), considerando três desfechos para a variável dependente incapacidade funcional: déficit de mobilidade funcional, dificuldade nas Atividades Básicas ou Instrumentais de Vida Diária (ABVD e AIVD, respectivamente). A variável de análise foi a raça/cor da pele e as variáveis independentes foram as demográficas, socioeconômicas e modo de vida. Para a análise estatística, utilizaram-se o teste qui-quadrado com o fator de correção de Rao-Scott e modelos de regressão de Poisson (para a variável raça cor categorizada em negros e brancos) e regressão logística multinomial (para a variável raça/cor categorizada em pretos, pardos e brancos). A medida de associação escolhida foi a Razão de Prevalência (RP). Resultados: Foram considerados 1263 idosos para esta análise: 62 por cento brancos, 30,9 por cento pardos e 7,1 por cento pretos que, após os procedimentos de ponderação passaram a representar a população de 1.244.372 pessoas idosas, dos quais, 771.510 brancos, 384.511 pardos e 88.350 pretos do município de São Paulo. As características demográficas, socioeconômicas e modo de vida mostraram diferenças estatisticamente significantes e piores para pretos e pardos, na maioria das vezes. Ser do sexo feminino, ter 80 ou mais anos de idade, estar viúvo, não saber ler ou escrever, ter baixa escolaridade (até 4 anos de estudo), não estar trabalhando e nunca convidar pessoas para virem à sua casa ou sair para lugares públicos estiveram estatisticamente associadas ao déficit de mobilidade funcional ou à dificuldade em uma ou mais ABVD ou AIVD. Nos modelos de regressão, ser preto teve maior RP nos desfechos de déficit de mobilidade e dificuldade em 2 ou mais AIVD, enquanto que a RP foi maior para pardos quando o desfecho foi dificuldade em 2 ou mais ABVD. Discussão: As diferenças não puderam ser explicadas apenas em função das condições demográficas, socioeconômicas e modo de vida dos diferentes grupos raciais, suscitando que a iniquidade em saúde e o racismo no campo da saúde estiveram presentes nas desigualdades sistemáticas encontradas nos grupos raciais investigados. Conclusão: As desigualdades encontradas entre as categorias raciais apontaram para situações sistemáticas de desvantagens para idosos pardos e, principalmente, idosos pretos. Racismo e iniquidade em saúde foram as condições explicativas dessas desigualdades / Introduction: In Brazil, social inequality is a problem that needs more effective confrontation and respect for the specific characteristics of the different social groups. Aging in the city of São Paulo, from an ethnic-racial perspective, is still little known and it is not known how the social determinants of health influence health outcomes in this population. Measuring functional disability in the elderly is a universally accepted indicator for diagnosing health conditions. The present study raises the hypothesis that there are differences in the prevalence of functional disabilities among elderly people of different racial strata. Objectives: To identify the determinants of the functional incapacity of the elderly, considering the race / skin color and to describe the profiles of functional incapacities of the elderly according to covariates on demographic, socioeconomic and way of life conditions, from the ethno-racial perspective and functional disability. Method: A cross-sectional study was carried out using the 2010 cohort of the Health and Welfare and Aging Study (SABE), considering three outcomes for the dependent variable on functional disability: functional mobility deficit, difficulty in Basic or Instrumental Activities of Daily Living (BADL and IADL, respectively). The variable of analysis was race / skin color and the independent variables were the demographic, socioeconomic and way of life characteristics. For the statistical analysis, the chi-square test with the Rao-Scott correction and Poisson regression models (for the variable race color categorized in blacks and whites) and multinomial logistic regression (for the categorized race / color variable in black, brown and white). The measure of association chosen was the Prevalence Ratio (PR). Results: A total of 1263 elderly people were considered for this analysis: 62 per cent whites, 30.9 per cent browns and 7.1 per cent blacks who, after weighting procedures, represented the population of 1,244,372 elderly people, of which 771,510 whites, 384,511 pardos and 88,350 blacks from the city of São Paulo. Demographic, socioeconomic and way of life characteristics showed statistically significant differences and worse for blacks and browns, most of the time. Being female, 80 or older, widowed, unable to read or writing, having low schooling (up to 4 years of schooling), not working and never inviting people to come to your home or go out to public places were statistically associated with functional mobility deficit or with difficulty in one or more BADL or IADL. In the regression models, being black had greater PR in the mobility deficit and difficulty in 2 or more IADL, whereas PR was higher in brown people when the outcome was difficulty in 2 or more BADL. Discussion: Differences could not be explained solely by the demographic, socioeconomic and lifestyle conditions of the different racial groups, suggesting that health inequity and health racism were present in the systematic inequalities found among the racial groups assessed. Conclusion: The inequalities found among the racial categories pointed to systematic situations of disadvantages for brown elderly and, mainly, for black elderly. Racism and inequity in health were the explanatory conditions of these inequalities
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Determinantes da incapacidade funcional de idosos da cidade de São Paulo na perspectiva étnico-racial / Determinants of the functional incapacity of the elderly in the city of So Paulo with perspective on race and ethnicitySilva, Alexandre da 13 March 2017 (has links)
Introdução: No Brasil, a desigualdade social é um problema que precisa de enfrentamento mais efetivo e respeito às particularidades dos diversos grupos sociais. O envelhecimento no município de São Paulo, numa perspectiva étnico-racial, ainda é pouco conhecido e não se sabe o quanto os determinantes sociais de saúde influenciam desfechos de saúde nesta população. Medir a incapacidade funcional em idosos é um indicador universalmente admitido para se diagnosticar condições de saúde. O presente estudo levanta a hipótese de que há diferenças na prevalência de incapacidades funcionais entre idosos de diferentes estratos raciais. Objetivos: Identificar os fatores determinantes da incapacidade funcional de idosos, considerando a condição raça/cor da pele e descrever os perfis de incapacidade funcional de idosos de acordo com as variáveis demográficas, socioeconômicas e modo de vida, na perspectiva étnico-racial e quanto a incapacidade funcional. Método: Realizou-se um estudo transversal com a coorte de 2010 do Estudo Saúde e Bem-Estar e Envelhecimento (SABE), considerando três desfechos para a variável dependente incapacidade funcional: déficit de mobilidade funcional, dificuldade nas Atividades Básicas ou Instrumentais de Vida Diária (ABVD e AIVD, respectivamente). A variável de análise foi a raça/cor da pele e as variáveis independentes foram as demográficas, socioeconômicas e modo de vida. Para a análise estatística, utilizaram-se o teste qui-quadrado com o fator de correção de Rao-Scott e modelos de regressão de Poisson (para a variável raça cor categorizada em negros e brancos) e regressão logística multinomial (para a variável raça/cor categorizada em pretos, pardos e brancos). A medida de associação escolhida foi a Razão de Prevalência (RP). Resultados: Foram considerados 1263 idosos para esta análise: 62 por cento brancos, 30,9 por cento pardos e 7,1 por cento pretos que, após os procedimentos de ponderação passaram a representar a população de 1.244.372 pessoas idosas, dos quais, 771.510 brancos, 384.511 pardos e 88.350 pretos do município de São Paulo. As características demográficas, socioeconômicas e modo de vida mostraram diferenças estatisticamente significantes e piores para pretos e pardos, na maioria das vezes. Ser do sexo feminino, ter 80 ou mais anos de idade, estar viúvo, não saber ler ou escrever, ter baixa escolaridade (até 4 anos de estudo), não estar trabalhando e nunca convidar pessoas para virem à sua casa ou sair para lugares públicos estiveram estatisticamente associadas ao déficit de mobilidade funcional ou à dificuldade em uma ou mais ABVD ou AIVD. Nos modelos de regressão, ser preto teve maior RP nos desfechos de déficit de mobilidade e dificuldade em 2 ou mais AIVD, enquanto que a RP foi maior para pardos quando o desfecho foi dificuldade em 2 ou mais ABVD. Discussão: As diferenças não puderam ser explicadas apenas em função das condições demográficas, socioeconômicas e modo de vida dos diferentes grupos raciais, suscitando que a iniquidade em saúde e o racismo no campo da saúde estiveram presentes nas desigualdades sistemáticas encontradas nos grupos raciais investigados. Conclusão: As desigualdades encontradas entre as categorias raciais apontaram para situações sistemáticas de desvantagens para idosos pardos e, principalmente, idosos pretos. Racismo e iniquidade em saúde foram as condições explicativas dessas desigualdades / Introduction: In Brazil, social inequality is a problem that needs more effective confrontation and respect for the specific characteristics of the different social groups. Aging in the city of São Paulo, from an ethnic-racial perspective, is still little known and it is not known how the social determinants of health influence health outcomes in this population. Measuring functional disability in the elderly is a universally accepted indicator for diagnosing health conditions. The present study raises the hypothesis that there are differences in the prevalence of functional disabilities among elderly people of different racial strata. Objectives: To identify the determinants of the functional incapacity of the elderly, considering the race / skin color and to describe the profiles of functional incapacities of the elderly according to covariates on demographic, socioeconomic and way of life conditions, from the ethno-racial perspective and functional disability. Method: A cross-sectional study was carried out using the 2010 cohort of the Health and Welfare and Aging Study (SABE), considering three outcomes for the dependent variable on functional disability: functional mobility deficit, difficulty in Basic or Instrumental Activities of Daily Living (BADL and IADL, respectively). The variable of analysis was race / skin color and the independent variables were the demographic, socioeconomic and way of life characteristics. For the statistical analysis, the chi-square test with the Rao-Scott correction and Poisson regression models (for the variable race color categorized in blacks and whites) and multinomial logistic regression (for the categorized race / color variable in black, brown and white). The measure of association chosen was the Prevalence Ratio (PR). Results: A total of 1263 elderly people were considered for this analysis: 62 per cent whites, 30.9 per cent browns and 7.1 per cent blacks who, after weighting procedures, represented the population of 1,244,372 elderly people, of which 771,510 whites, 384,511 pardos and 88,350 blacks from the city of São Paulo. Demographic, socioeconomic and way of life characteristics showed statistically significant differences and worse for blacks and browns, most of the time. Being female, 80 or older, widowed, unable to read or writing, having low schooling (up to 4 years of schooling), not working and never inviting people to come to your home or go out to public places were statistically associated with functional mobility deficit or with difficulty in one or more BADL or IADL. In the regression models, being black had greater PR in the mobility deficit and difficulty in 2 or more IADL, whereas PR was higher in brown people when the outcome was difficulty in 2 or more BADL. Discussion: Differences could not be explained solely by the demographic, socioeconomic and lifestyle conditions of the different racial groups, suggesting that health inequity and health racism were present in the systematic inequalities found among the racial groups assessed. Conclusion: The inequalities found among the racial categories pointed to systematic situations of disadvantages for brown elderly and, mainly, for black elderly. Racism and inequity in health were the explanatory conditions of these inequalities
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Rela??o das condi??es socioecon?micas com as condi??es de sa?de bucal em capitais brasileirasSilva, Janmille Valdivino da 07 December 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2014-12-17T15:43:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012-12-07 / Despite the improvement of Brazilian s living conditions in recent decades, this improvement
occurred in a polarized way between groups of better social position. Then, there is still a
health inequity?s panorama in Brazil which encompasses the oral health state. This panorama
instigated the attainment of this ecological study that aimed to evaluate the relationship of
socioeconomic conditions, and public health policies with oral health status in Brazilian
capitals. Thus, we performed factor analysis and linear regression using oral health indicators
collected from SB Brasil 2010, of socioeconomic conditions from Brazilian Census 2010 and
related to water?s supply fluoridation from SISAGUA. Factor analysis with indicators of
living conditions revealed two common factors, economic deprivation and socio-sanitary
condition. Economic deprivation showed statistically significant positive correlation with
DMFT 12 years (p= 0,03) and mean missing teeth (p = 0,002) and negative correlation with
caries-free population (p=0,012). Socio-sanitary negatively correlated with DMFT (p
<0,0001) and a positive correlation with caries-free population (p = 0.002). Fluoridated water
had a significant association with DMFT (p <0,0001), mean missing teeth (p <0,0001) and
caries free population (p <0.0001). Multiple linear regression analysis for the DMFT of
capital was estimated by socio-sanitary condition and fluoridation, adjusted by economic
deprivation, whereas the model for the mean missing teeth was estimated only by fluoridation
and economic deprivation, and finally the model the rate for the population free of caries in
Brazilian capitals was estimated by economic and socio-sanitary status adjusted fluoridated
water supply. Therefore, factors related to living conditions and public policies are
intrinsically linked to tooth decay issues. Thus, actions, beyond dental care assistance, must
be development to impact positively in social and economic conditions, especially, between
the most vulnerable populations / Apesar da melhoria das condi??es de vida dos brasileiros nas ?ltimas d?cadas, esta ocorreu de
forma polarizada entre grupos de melhor posi??o social. Assim, persiste um panorama de
iniquidades em sa?de no Brasil que abrange, inclusive, a situa??o de sa?de bucal. Tal
panorama instigou a realiza??o deste estudo ecol?gico que visou avaliar a rela??o das
condi??es socioecon?micas (SE), bem como de pol?ticas de sa?de p?blica com as condi??es
de sa?de bucal nas capitais brasileiras. Para tanto, foram realizadas an?lise fatorial e de
regress?o linear utilizando indicadores de sa?de bucal coletados do SB Brasil 2010, de
condi??es socioecon?micas do Censo Brasileiro 2010 e relativos ? fluoreta??o das ?guas de
abastecimento do Sisagua. A An?lise fatorial com os indicadores de condi??es de vida
revelou dois fatores comuns; depriva??o econ?mica e condi??o s?cio-sanit?ria. Depriva??o
econ?mica apresentou correla??o positiva estatisticamente significativa com o CPO-D 12
anos (p=0,03) e m?dia de dentes perdidos (p=0,002) e correla??o negativa com popula??o
livre de c?rie (p=0,012). Condi??o s?cio-sanit?ria mostrou correla??o negativa com CPO-D
(p<0,0001) e correla??o positiva com popula??o livre de c?rie (p=0,002). ?gua de
abastecimento fluoretada teve associa??o significativa com CPO-D (p<0,0001), m?dia de
dentes perdidos (p<0,0001) e popula??o livre de c?rie (p<0,0001). An?lise de regress?o linear
m?ltipla para o CPO-D das capitais foi estimado pelas condi??es s?cio-sanit?rias e
fluoreta??o, ajustado pela depriva??o econ?mica; enquanto que o modelo para a m?dia de
dentes perdidos foi estimado apenas pela fluoreta??o e depriva??o econ?mica, e por fim, o
modelo para a taxa da popula??o livre de c?rie nas capitais brasileiras foi estimado pela
condi??o econ?mica e s?cio-sanit?ria ajustadas pelo abastecimento de ?gua fluoretada.
Portanto, quest?es relativas ?s condi??es de vida e ?s pol?ticas p?blicas est?o intrinsecamente
associadas ? c?rie dent?ria. Assim, ? preciso desenvolver a??es, para al?m da assist?ncia
odontol?gica, para impactar positivamente nas condi??es econ?micas e sociais, sobretudo, das
popula??es mais vulner?veis
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Social inequity in health explanation from a life course and gender perspective /Novak, Masuma, January 2010 (has links)
Diss. (sammanfattning) Umeå : Umeå universitet, 2010. / Härtill 4 uppsatser.
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O papel das políticas públicas municipais sobre as iniquidades socioeconômicas em saúde bucal no Brasil : um estudo multinívelAguiar, Violeta Rodrigues January 2015 (has links)
Introdução: Sabe-se que as políticas públicas têm efeito contextual sobre iniquidades socioeconômicas em saúde bucal. Assim, este estudo teve como objetivo explorar os efeitos das políticas públicas municipais sobre as iniquidades socioeconômicas em saúde bucal no Brasil. Método: Estudo transversal de crianças de 12 anos de idade (n=7.328) e adolescentes de 15-19 anos de idade (n=5.445), agrupadas em 177 municípios. As informações das Políticas Públicas Municipais foram reunidas em serviços odontológicos, educação, saneamento e fluoretação da água. As variáveis de desfecho foram dicotomizadas: cárie não tratada (≥1 dente), dentes perdidos (≥1 dente) e dentes restaurados (≥1 dente). A variável de exposição principal foi a renda familiar equivalente. As análises foram realizadas por meio de regressão logística multinível com intercepto aleatório e termos de interação entre as variáveis foram testadas de renda e políticas ajustadas para variáveis de nível individual. Resultados: A prevalência de cárie dentária não tratada, dentes perdidos e restaurados foi de 49.34%, 12.69% e 37.97% respectivamente. Não houve interação significativa entre os indicadores de renda e as políticas. Cárie não tratada foi a condição mais suscetível as políticas. Indivíduos que vivem em municípios sem fluoretação tiveram um OR=1,42 (IC 95% 1,08-1,86), aqueles em municípios com piores políticas de educação um OR=1,36 (IC 95% 1,07-1,73), aqueles em municípios com piores políticas de saneamento OR=1,05 (95% CI 0,78-1,40), e aqueles em municípios com políticas de serviços de saúde piores um OR=1,36 (IC 95% 1,02-1,80). Conclusão: Os resultados mostram que a fluoretação e as demais políticas públicas tiveram efeito independente sobre a saúde bucal e beneficiaram de forma semelhante as diferentes camadas sociais. / Introduction: It is known that public policies have contextual effects on socioeconomic inequalities in oral health. Thus, this study aimed to explore the effects of municipal public policies on socioeconomic inequalities in oral health in Brazil. Method: Cross-sectional study of 12 year-old children (n=7.328) and 15-19 year-old adolescents (n=5.445), clustered in 177 municipalities. Information was collated for Municipal Public Policies on dental services, education, sanitation, and water fluoridation. The dichotomous outcome variables were: untreated caries (≥1 tooth), missing teeth (≥1 tooth) and filled teeth (≥1 tooth). Main exposure variable was equivalent household income. Analyses were carried out using multilevel logistic regression with random intercept, and interaction terms were tested among income and policy variables adjusted for individual level variables. Results: Prevalence of untreated dental caries, missing teeth and filled teeth was, respectively 49.34%, 12.69% and 37.97%. There was no significant interaction among income and policy indicators. Untreated dental caries was the most susceptible outcome to policies. Individuals living in municipalities with no fluoridation had an OR=1.42(95% CI 1.08-1.86), those in municipalities with worse education policies an OR=1.36(95% CI 1.07-1.73), those in municipalities with worse sanitation policies OR=1.05(95% CI 0.78-1.40), and those in municipalities with worse health service policies an OR=1.36(95% CI 1.02-1.80). Conclusion: The results show that fluoridation and public policies had independent beneficial effect on oral health and their effect was similar across different social strata.
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O papel das políticas públicas municipais sobre as iniquidades socioeconômicas em saúde bucal no Brasil : um estudo multinívelAguiar, Violeta Rodrigues January 2015 (has links)
Introdução: Sabe-se que as políticas públicas têm efeito contextual sobre iniquidades socioeconômicas em saúde bucal. Assim, este estudo teve como objetivo explorar os efeitos das políticas públicas municipais sobre as iniquidades socioeconômicas em saúde bucal no Brasil. Método: Estudo transversal de crianças de 12 anos de idade (n=7.328) e adolescentes de 15-19 anos de idade (n=5.445), agrupadas em 177 municípios. As informações das Políticas Públicas Municipais foram reunidas em serviços odontológicos, educação, saneamento e fluoretação da água. As variáveis de desfecho foram dicotomizadas: cárie não tratada (≥1 dente), dentes perdidos (≥1 dente) e dentes restaurados (≥1 dente). A variável de exposição principal foi a renda familiar equivalente. As análises foram realizadas por meio de regressão logística multinível com intercepto aleatório e termos de interação entre as variáveis foram testadas de renda e políticas ajustadas para variáveis de nível individual. Resultados: A prevalência de cárie dentária não tratada, dentes perdidos e restaurados foi de 49.34%, 12.69% e 37.97% respectivamente. Não houve interação significativa entre os indicadores de renda e as políticas. Cárie não tratada foi a condição mais suscetível as políticas. Indivíduos que vivem em municípios sem fluoretação tiveram um OR=1,42 (IC 95% 1,08-1,86), aqueles em municípios com piores políticas de educação um OR=1,36 (IC 95% 1,07-1,73), aqueles em municípios com piores políticas de saneamento OR=1,05 (95% CI 0,78-1,40), e aqueles em municípios com políticas de serviços de saúde piores um OR=1,36 (IC 95% 1,02-1,80). Conclusão: Os resultados mostram que a fluoretação e as demais políticas públicas tiveram efeito independente sobre a saúde bucal e beneficiaram de forma semelhante as diferentes camadas sociais. / Introduction: It is known that public policies have contextual effects on socioeconomic inequalities in oral health. Thus, this study aimed to explore the effects of municipal public policies on socioeconomic inequalities in oral health in Brazil. Method: Cross-sectional study of 12 year-old children (n=7.328) and 15-19 year-old adolescents (n=5.445), clustered in 177 municipalities. Information was collated for Municipal Public Policies on dental services, education, sanitation, and water fluoridation. The dichotomous outcome variables were: untreated caries (≥1 tooth), missing teeth (≥1 tooth) and filled teeth (≥1 tooth). Main exposure variable was equivalent household income. Analyses were carried out using multilevel logistic regression with random intercept, and interaction terms were tested among income and policy variables adjusted for individual level variables. Results: Prevalence of untreated dental caries, missing teeth and filled teeth was, respectively 49.34%, 12.69% and 37.97%. There was no significant interaction among income and policy indicators. Untreated dental caries was the most susceptible outcome to policies. Individuals living in municipalities with no fluoridation had an OR=1.42(95% CI 1.08-1.86), those in municipalities with worse education policies an OR=1.36(95% CI 1.07-1.73), those in municipalities with worse sanitation policies OR=1.05(95% CI 0.78-1.40), and those in municipalities with worse health service policies an OR=1.36(95% CI 1.02-1.80). Conclusion: The results show that fluoridation and public policies had independent beneficial effect on oral health and their effect was similar across different social strata.
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O papel das políticas públicas municipais sobre as iniquidades socioeconômicas em saúde bucal no Brasil : um estudo multinívelAguiar, Violeta Rodrigues January 2015 (has links)
Introdução: Sabe-se que as políticas públicas têm efeito contextual sobre iniquidades socioeconômicas em saúde bucal. Assim, este estudo teve como objetivo explorar os efeitos das políticas públicas municipais sobre as iniquidades socioeconômicas em saúde bucal no Brasil. Método: Estudo transversal de crianças de 12 anos de idade (n=7.328) e adolescentes de 15-19 anos de idade (n=5.445), agrupadas em 177 municípios. As informações das Políticas Públicas Municipais foram reunidas em serviços odontológicos, educação, saneamento e fluoretação da água. As variáveis de desfecho foram dicotomizadas: cárie não tratada (≥1 dente), dentes perdidos (≥1 dente) e dentes restaurados (≥1 dente). A variável de exposição principal foi a renda familiar equivalente. As análises foram realizadas por meio de regressão logística multinível com intercepto aleatório e termos de interação entre as variáveis foram testadas de renda e políticas ajustadas para variáveis de nível individual. Resultados: A prevalência de cárie dentária não tratada, dentes perdidos e restaurados foi de 49.34%, 12.69% e 37.97% respectivamente. Não houve interação significativa entre os indicadores de renda e as políticas. Cárie não tratada foi a condição mais suscetível as políticas. Indivíduos que vivem em municípios sem fluoretação tiveram um OR=1,42 (IC 95% 1,08-1,86), aqueles em municípios com piores políticas de educação um OR=1,36 (IC 95% 1,07-1,73), aqueles em municípios com piores políticas de saneamento OR=1,05 (95% CI 0,78-1,40), e aqueles em municípios com políticas de serviços de saúde piores um OR=1,36 (IC 95% 1,02-1,80). Conclusão: Os resultados mostram que a fluoretação e as demais políticas públicas tiveram efeito independente sobre a saúde bucal e beneficiaram de forma semelhante as diferentes camadas sociais. / Introduction: It is known that public policies have contextual effects on socioeconomic inequalities in oral health. Thus, this study aimed to explore the effects of municipal public policies on socioeconomic inequalities in oral health in Brazil. Method: Cross-sectional study of 12 year-old children (n=7.328) and 15-19 year-old adolescents (n=5.445), clustered in 177 municipalities. Information was collated for Municipal Public Policies on dental services, education, sanitation, and water fluoridation. The dichotomous outcome variables were: untreated caries (≥1 tooth), missing teeth (≥1 tooth) and filled teeth (≥1 tooth). Main exposure variable was equivalent household income. Analyses were carried out using multilevel logistic regression with random intercept, and interaction terms were tested among income and policy variables adjusted for individual level variables. Results: Prevalence of untreated dental caries, missing teeth and filled teeth was, respectively 49.34%, 12.69% and 37.97%. There was no significant interaction among income and policy indicators. Untreated dental caries was the most susceptible outcome to policies. Individuals living in municipalities with no fluoridation had an OR=1.42(95% CI 1.08-1.86), those in municipalities with worse education policies an OR=1.36(95% CI 1.07-1.73), those in municipalities with worse sanitation policies OR=1.05(95% CI 0.78-1.40), and those in municipalities with worse health service policies an OR=1.36(95% CI 1.02-1.80). Conclusion: The results show that fluoridation and public policies had independent beneficial effect on oral health and their effect was similar across different social strata.
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Análise espacial dos óbitos por tuberculose pulmonar e sua relação com indicadores sociais em São Luís - MA / Spatial analysis of deaths by pulmonary tuberculosis and the relation with social indicators in São Luís - MAMarcelino Santos Neto 22 August 2014 (has links)
O objetivo deste estudo foi analisar a distribuição espacial dos óbitos por tuberculose pulmonar e sua relação com indicadores sociais em São Luís-MA. Trata-se de um estudo ecológico em que foram considerados os óbitos ocorridos na zona urbana do município entre 2008 e 2012, segundo as causas A15.0 a A15.3 e A16.0 a A16.2 (CID-10), disponíveis no Sistema de Informação sobre Mortalidade. Procedeu-se inicialmente as análises univariada e bivariada das variáveis sociodemográficas e operacionais dos óbitos investigados. Para construção dos indicadores sociais utilizou-se a análise de componentes principais, sendo selecionadas variáveis das áreas de ponderação do Censo Demográfico de 2010. Recorreu-se à regressão linear múltipla, pelo método dos mínimos quadrados e à regressão espacial para análise da relação de dependência espacial entre os indicadores sociais e as taxas de mortalidade padronizadas pela idade por meio do Teste Global I de Moran. Utilizou-se ainda técnicas de estatística de varredura para a detecção de aglomerados espaciais e espaço- temporais dos óbitos nos setores censitários do município, sendo empregado o modelo discreto de Poisson. A geocodificação dos óbitos foi processada no TerraView versão 4.2.2, sendo considerados também nas análises os softwares Arcgis-versão 10.1, Statistica versão 12.0, OpenGeoDa versão 1.0, R versão 3.0.2 e SaTScanTM versão 9.2. Em todos os testes, foi fixado o nível de significância em alfa de 5% (p< 0,05). Identificou-se 193 indivíduos que evoluíram para óbito por tuberculose pulmonar, com idade mediana de 52 anos, sendo maior percentual referente ao sexo masculino (n=142; 73,60%), raça/cor parda (n=133; 68,91%), estado civil solteiro (n=102; 53,13%), ensino fundamental completo (n=64; 33,16%) e com ocorrência do óbito no hospital (n=143; 74,08%). Observou-se que não ter assistência médica previamente ao óbito teve associação estatisticamente significativa com a realização de necropsia (p=0,001). Foram geocodificados 95% dos óbitos e as taxas de mortalidade por tuberculose pulmonar padronizadas pela idade variaram de 0,00 a 8,10 óbitos/100.000 habitantes-ano. Na construção dos indicadores sociais, duas novas variáveis surgiram, apresentando variância total de 73,07%. A primeira componente (56,75%) foi denominada indicador de bem-estar social e a segunda (16,32%), indicador de iniquidade social, que, na regressão linear múltipla, apresentou-se estatisticamente significante (R2 =23,86%; p=0,004), verificando-se posteriormente a existência de dependência espacial (Moran I=0,285; p<0,001), sendo o Erro Espacial o melhor modelo explicativo. Foi possível evidenciar ainda que áreas de ponderação com alta e intermediária iniquidade social apresentaram as maiores taxas de mortalidade. Na análise de varredura espacial, identificou-se dois aglomerados espaciais, sendo um de alto risco relativo (RR=3,87; p<0,001) e outro de baixo (RR=0,10; p=0,002), enquanto que a análise espaço-temporal evidenciou apenas um aglomerado de alto risco relativo (RR=3,0; p<0,001) que ocorreu entre novembro de 2008 e abril de 2011. A investigação revelou áreas prioritárias para investimentos em tecnologias de saúde e um perfil de população fatalmente atingida pela doença, evidenciando aspectos importantes a serem considerados em termos de gestão e organização dos serviços de saúde para a equidade no acesso. / This study aimed to analyze the spatial distribution of deaths by pulmonary tuberculosis and the relation with social indicators, in São Luís-MA. It is an ecological study that considered deaths occurring in the urban area of the municipality, between 2008 and 2012, according to causes A15.0 to A15.3 and A16.0 to A16.2 (ICD-10), which are available in the Mortality Information System. It was initially used univariate and bivariate analyzes of demographic and operational variables from the investigated deaths. For the construction of social indicators, it was possible to use the principal components analysis, with variables selected from weighting areas of the Population Census, in 2010. It was utilized the multiple linear regression through the method of least squares and spatial regression to analyze the spatial dependence relationship between social indicators and standardized mortality rates by age, and with the Global I Test of Moran. Also, it was possible to use statistical techniques of scanning for detecting spatial-temporal and spatial clusters of deaths, in the municipality census tracts, and with the use of Poisson\'s discrete model. The geocoding of deaths was processed in TerraView version 4.2.2, and it was also considered, in the analysis, the softwares Arcgis version 10.1, Statistica version 12.0, OpenGeoDa version 1.0, R version 3.0.2 and SaTScanTM version9.2. It was fixed, in all tests, the level of significancein alpha of 5% (p<0.05). It was identified 193 individuals who died due to pulmonary tuberculosis, with a median age of 52 years, with higher percentage for males (n=142, 73.60%), mulatto race (n=133, 68.91%), single marital status (n=102, 53.13%), complete primary school (n=64, 33.16%), and with deaths at the hospital (n=143, 74.08%). It was seen that having no medical care prior to death was statistically associated with the performance of necropsy (p=0.001). It was possible to geocode 95% of deaths, and death rates due to pulmonary tuberculosis standardized by age ranged from 0.00 to 8.10 deaths per 100.000 inhabitants a year. In the construction of social indicators, two new variables emerged and showed a total variance of 73.07%. The first (56.75%) was denominated indicator of social welfare, and the second (16.32%) as an indicator of social inequity, which was statistically significant in the multiple linear regression (R2 =23.86 %, p=0.004). It was verified the existence of spatial dependence (Moran I=0.285, p<0.001), and the Spatial Error was the best explanatory model. It was also possible to show that weighting areas with high and intermediate social inequity presented the highest mortality rates. In the analysis of spatial scan, it was identified two spatial clusters, one of relatively high risk (RR=3.87, p<0.001) and the other one of low risk (RR=0.10, p=0.002). On the other hand, the spatial-temporal analysis evidenced only a cluster of relatively high risk (RR=3.0, p<0.001), which happened between November, 2008 and April, 2011. The research revealed priority areas for investments on health technology, and population profile fatally afflicted by the disease. It also pointed important aspects to be considered in terms of management and organization of health services for an equity access.
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