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Consistência da história familiar de câncer em um estudo de base populacionalRoth, Fernanda Lenara January 2007 (has links)
Nas últimas décadas, o Brasil vem passando por profundas mudanças sociais e econômicas, com melhorias das condições sanitárias, declínio da taxa de natalidade e aumento na expectativa de vida da população. Neste contexto, o câncer emergiu como importante problema de saúde pública. Estimativas realizadas pelo INCA (Instituto Nacional do Câncer) para o ano de 2008 indicam o surgimento de 466.730 casos novos de câncer no Brasil. O câncer de pele não-melanoma será o tipo mais incidente, seguido pelos tumores de mama, próstata, pulmão, colorretal, estômago e colo de útero. As elevadas taxas de incidência e mortalidade associadas à ocorrência do câncer de mama, por exemplo, sobretudo no Rio Grande do Sul, apontam para a necessidade de ações abrangentes para o controle do câncer nos mais diversos níveis de atuação. Embora existam muitos fatores de risco reconhecidamente associados ao desenvolvimento do câncer, a história familiar de câncer é significativamente um dos mais relevantes. No entanto, existem muito poucos estudos que investiguem a história familiar de câncer, notadamente, a história familiar de câncer em familiares de primeiro grau, em nível populacional. O presente estudo objetivou determinar a prevalência e a consistência da história de câncer em familiares de primeiro grau em uma amostra de mulheres de base populacional do sul do Brasil. Adicionalmente, foram realizadas verificações dos diagnósticos relatados, por meio de avaliações de documentos comprobatórios (laudos anátomo-patológicos ou laudos médicos) em um subgrupo dessa amostra. A prevalência da história relatada de câncer em familiares de primeiro grau, observada em 8.881 mulheres, atendidas em unidades do Programa Saúde da Família (PSF), das regiões Centro-Sul, Extremo-Sul e do Arquipélago (ilhas) de Porto Alegre foi de 25, 04%. Houve concordância satisfatória entre o relato inicial da história de câncer em familiares de primeiro grau e as informações fornecidas posteriormente nas entrevistas com realização de heredogramas (coeficiente Kappa: 0,76; p < 0,05; n: 1797 mulheres). As inconsistências do relato não estavam associadas aos baixos níveis educacionais da amostra (qui-quadrado: 2,027; p: 0,363). Em relação à verificação de documentos comprobatórios na amostra avaliada, a consistência da localização topográfica do tumor foi evidenciada em 79,01% dos casos e a consistência da idade relatada ao diagnóstico em 92,64%. O presente estudo caracterizou-se como uma das primeiras investigações sistemáticas em relação à prevalência e consistência da história de câncer em familiares de primeiro grau em nosso estado. Com base nos resultados encontrados, acredita-se que a coleta sistemática da história familiar de câncer, em nível de atendimento primário poderia configurar-se como um adequado recurso de identificação de indivíduos em situação de risco para o desenvolvimento de câncer.
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Cuidado de mães aos filhos na vigência do HIV mediante o uso da escala de avaliação da capacidade para cuidar de crianças expostas ao HIV / Mothers care of the children in term of HIV using the scale of assessment of ability to care for children exposed to HIVFreitas, Julyana Gomes January 2010 (has links)
FREITAS, Julyana Gomes. Cuidado de mães aos filhos na vigência do HIV mediante o uso da escala de avaliação da capacidade para cuidar de crianças expostas ao HIV. 2010. 102 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2010. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-01-17T16:45:20Z
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Previous issue date: 2010 / The Assessment Scale of the Ability to take Care of Children Exposed to HIV (EACCC-HIV) estimates mothers’ care delivery to children born in conditions of HIV. The goal was to assess mothers’ ability to take care of children exposed to HIV through the EACCC-HIV and to verify the association between scale dimensions and maternal characteristics. This cross-sectional study was carried out in Fortaleza-CE in 2010. Participants were 62 HIV+ caregivers (mothers) with 64 children (two twins) exposed to HIV at birth and younger than one year. The mothers and children’s characteristics were evaluated; strategies to reduce vertical HIV transmission: Family Apgar and EACCC-HIV. The scale contains 52 items and five factors, used for certain ages between zero and 1 year: Factor 1: ability to administer AZT syrup (children up to 42 days of life); Factor 2: ability to prepare and administer powder milk (children up to 1 year); Factor 3: ability to prepare and administer complementary feeding (children > 4 months); Factor 4: ability to administer prophylaxis with sulfamethoxazole and trimethoprim (children > 42 days); Factor 5: ability to guarantee adherence to clinical monitoring and vaccination (all children). Answers are mediated by a factor or by the sum of all items, indicating the degree of care the mother develops. STATA 11.0 software was used for analysis, with significance set at 5%. Maternal age ranged between 18 and 42 years, 33.9% suffering from aids, 61.3% in lower socioeconomic classes. One of the children had aids (1.6%), 98.4% had starting AZT in the first hours of life, 3.1% was breastfed, 61.3% showed inadequate artificial milk consumption and 36.2% inadequate complementary feeding consumption. The Family Apgar indicated 34.4% severely functional. While factor 1 of the EACCC-HIV assessed 11 children, 72.7% of whom received adequate care, factor 2 assessed 64 children and indicated high ability for care delivery in 86.0% of the mothers. According to factor 3, care was concentrated between moderate (44.4%) and high (50%). Factor 4 estimated the care offered to 53 children, indicating high ability for care delivery in 76.5%, and factor 5 assessed the 62 mothers’ answers on the 64 children. In total, 95.3% showed high ability for adherence to clinical monitoring and vaccination. According to the global assessment, 29.7% of care was considered adequate (high ability for care delivery). The association between variables indicated significance between family Apgar and ability to administer powder milk (factor 2); parity and ability to administer prophylaxis with sulfamethoxazole and trimethropim; parity and education level and ability to guarantee adherence to clinical monitoring and vaccination: and staging and diagnosis time with global assessment of the scale. Through the EACCC-HIV, maternal care for the children could be assessed and interventions could be made to enhance child health, with a view to maintaining quality of life in cases of exposure to or contamination by HIV. / A Escala de Avaliação da Capacidade para Cuidar de Crianças Expostas ao HIV (EACCC-HIV) é um instrumento que estima o cuidado de mães às crianças nascidas na vigência do HIV. Objetivou-se avaliar a capacidade de mães para cuidar de crianças expostas ao HIV mediante a EACCC-HIV e verificar a associação entre as dimensões da escala e as características maternas. Estudo transversal desenvolvido em 2010 em Fortaleza-CE. Participaram 62 cuidadoras (mães) HIV+ com 64 filhos (dois gemelares) nascidos expostos ao HIV menores de 1 ano. Apreciaram-se as características das mães e das crianças; as estratégias para redução da transmissão vertical do HIV; Apgar familiar e a EACCC-HIV. A escala possui 52 itens e cinco fatores que são utilizados para determinadas idades entre zero e 1 ano: Fator 1: capacidade para administrar o AZT xarope (crianças até 42 dias de vida); Fator 2: capacidade para preparar e administrar o leite em pó (crianças até 1 ano); Fator 3: capacidade para preparar e administrar alimentação complementar (crianças > de 4 meses); Fator 4: capacidade para administrar a profilaxia com sulfametoxazol e trimetoprim (crianças > 42 dias); Fator 5: capacidade para garantir a adesão ao acompanhamento clínico e vacinação (todas as crianças). As respostas são mediadas por fator ou pela somatória de todos os itens, indicando-se o grau de cuidado desenvolvido pela mãe. Para análise utilizou-se o STATA 11.0, empregando-se nível de significância de 5%. A idade materna oscilou entre 18 e 42 anos, 33,9% com aids, 61,3% integrantes das classes D e E. Das crianças uma tinha aids (1,6%), 98,4% iniciaram o AZT nas primeiras horas de vida, 3,1% foram amamentadas, 61,3% tiveram consumo inadequado de leite artificial e 36,2% consumo inadequado de alimentação complementar. O Apgar familiar indicou 34,4% severamente funcional. Enquanto o fator 1 da EACCC-HIV avaliou 11 crianças, das quais 72,7% recebiam cuidados considerados adequados, o fator 2 avaliou 64 crianças e indicou que 86,0% das mães possuíam alta capacidade de cuidar. Pelo fator 3, o cuidado concentrou-se entre moderado (44,4%) e alto (50%). O fator 4 estimou o cuidado oferecido para 51 crianças, indicando que 76,5% tiveram alta capacidade para o cuidado, e o fator 5 avaliou respostas das 62 mães sobre as 64 crianças. Destas, 95,3% possuíam alta capacidade para adesão ao acompanhamento clínico e vacinação. Pela avaliação global, 29,7% dos cuidados foram considerados como adequados (alta capacidade para o cuidado). A associação de variáveis indicou significância entre Apgar da família e capacidade para administrar o leite em pó (fator 2); paridade e capacidade para administrar a profilaxia com sulfametoxazol e trimetropim; paridade e escolaridade e capacidade para garantir adesão ao acompanhamento clínico e vacinação; e estádio evolutivo e tempo de diagnóstico com avaliação global da escala. Com a EACCC-HIV favoreceu-se avaliar o cuidado materno dispensado às crianças e realizar intervenções em prol da saúde infantil para a manutenção da qualidade de vida na vigência da exposição ao HIV ou para aquelas infectadas pelo vírus.
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Escala de avaliação da capacidade para cuidar de crianças expostas ao HIV / Scale of evaluation of the capacity to take care of children displayed to the HIVBarroso, Léa Maria Moura January 2008 (has links)
BARROSO, Léa Maria Moura. Escala de avaliação da capacidade para cuidar de crianças expostas ao HIV. 2008. 174 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2008. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-02-16T13:36:43Z
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Previous issue date: 2008 / It was objectified with this research to construct a scale of evaluation of the capacity to take care of children displayed to HIV (EACCC-HIV); to elaborate item and dimensions and to evaluate the psychometric properties in validity terms and trustworthiness of the instrument. The validity of content of the EACCC-HIV was verified by the agreement enters the judges (opinion of five specialists) and the semantics analysis by Portuguese teacher and technique of Brainstorming. In the validity of construct were compared the contrasted groups. For the trustworthiness of the scale the Alpha of Cronbach and the test-retest had been used. The research was of the methodological type with quantitative boarding, carried through in two units of reference in the attendance of children displayed to the HIV in Fortaleza-CE. The sample applied in the pilot was constituted of 26 caregivers of children displayed to the HIV. How much to the methodological development, occurred of February to October of 2008, and in this had been used as instruments the initial scale with 55 item, the scale for the pilot with 70 item and the forms for evaluation with the judges. As the results had disclosed, in the 55 initial item an agreement of 98,5% (p=0,470) between the judges. However, 32 item had been kept, one excluded and 16 enclosed ones, being the total of 70 item for application in the pilot. After the semantics analysis, 14 item had been reformulated. With 70 item, the pilot instrument was applied in the sample of 26 caregivers of children displayed to the HIV. The majority of the caregivers had between 20 and 29 years; it coexisted the partner, the half had complete basic education and incomplete, great part was dismissed and received less from one minimum wage. In the contrasted groups, it was identified that not to have had statistical significant association between the changeable income and 49 item of the scale. It existed, however, significant association or bordering value in seven item (p<0,05). In this in case that it is suggested changeable income in the application of this scale in other research. The trustworthiness for the Alpha of Cronbach presented total value of 0,954 and p=0,0001. Therefore, it had internal consistency of the item, but for the test-retest it was not possible to carry through statistical tests. In the second phase with the judges, the total Alpha of Cronbach for clarity, relation dimension-item and relevance got the value of 0,800 and p=0.0001, demonstrating agreement between them. However, in the analysis for the clarity of the item equivalence was not observed (α=0,110 and p=0,262) and some item of the instrument had been reformulated or excluded. It was elaborated in the end the EACCC-HIV with 52 item and five dimensions. After the accomplishment of the study, got a trustworthy instrument capable to evaluate the capacity to take care of children displayed to the HIV. This could widely be used in the clinic and in the research, and, thus, it will contribute for the accomplishment of future studies with this thematic one. It is suggested, still, the application of the EACCC-HIV in bigger samples and with tests of association with the infantile and maternal variable and, in order to verify the trustworthiness and the validity of the instrument with new researchers and to arrive at a steady and reapplicable scale. / Objetivou-se com esta pesquisa construir uma escala de avaliação da capacidade para cuidar de crianças expostas ao HIV (EACCC-HIV); elaborar itens e dimensões e avaliar as propriedades psicométricas em termos de validade e confiabilidade do instrumento. A validade de conteúdo da EACCC-HIV foi verificada pela concordância entre os juízes (opinião de cinco especialistas) e a análise semântica por um professor de português e técnica de brainstorming. Na validade do construto comparou-se os grupos contrastados. Para a confiabilidade da escala utilizaram-se o alfa de cronbach e o teste-reteste. A pesquisa foi do tipo metodológica com abordagem quantitativa, realizada em duas unidades de referência no atendimento de crianças expostas ao HIV em Fortaleza-CE. A amostra aplicada no piloto foi constituída de 26 cuidadores de crianças expostas ao HIV. Quanto ao desenvolvimento metodológico, ocorreu de fevereiro a outubro de 2008, e neste foram utilizados como instrumentos a escala inicial com 55 itens, a escala para o piloto com 70 itens e os formulários para avaliação com os juízes. Conforme os resultados revelaram, nos 55 itens iniciais uma concordância de 98,5% (p=0,470) entre os juízes. No entanto, 32 itens foram mantidos, um excluído e 16 incluídos, ficando o total de 70 itens para aplicação no piloto. Após a análise semântica, 14 itens foram reformulados. Com 70 itens, o instrumento piloto foi aplicado na amostra de 26 cuidadores de crianças expostas ao HIV. A maioria dos cuidadores tinha entre 20 e 29 anos; convivia com o parceiro, a metade tinha o ensino fundamental completo e incompleto, grande parte estava desempregada e recebia menos de um salário mínimo. Nos grupos contrastados, identificou-se não ter havido associação estatisticamente significante entre a variável renda e 49 itens da escala. Existiu, porém, associação significante ou valor limítrofe em sete itens (p<0,05). Neste caso sugere-se a variável renda na aplicação desta escala em outras pesquisas. A confiabilidade pelo alfa de cronbach apresentou valor total de 0,954 e p=0,0001. Portanto, houve consistência interna dos itens, mas para o teste-reteste não foi possível realizar testes estatísticos. Na segunda fase com os juízes, o alfa de cronbach total para claridade, relação dimensão-item e relevância obteve-se o valor de 0,800 e p=0,0001, demonstrando concordância entre eles. Contudo, na análise para a claridade do item não se observou equivalência (α=0,110 e p=0,262) e alguns itens do instrumento foram reformulados ou excluídos. Elaborou-se no final a EACCC-HIV com 52 itens e cinco dimensões. Após a realização do estudo, obteve-se um instrumento confiável capaz de avaliar a capacidade para cuidar de crianças expostas ao HIV. Este poderá ser usado amplamente na clínica e na pesquisa, e assim, contribuirá para a realização de estudos futuros com esta temática. Sugere-se, ainda, a aplicação da EACCC-HIV em amostras maiores e com testes de associação com as variáveis maternas e infantis, a fim de verificar a confiabilidade e a validade do instrumento com novos pesquisadores e chegar a uma escala estável e replicável.
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Consistência da história familiar de câncer em um estudo de base populacionalRoth, Fernanda Lenara January 2007 (has links)
Nas últimas décadas, o Brasil vem passando por profundas mudanças sociais e econômicas, com melhorias das condições sanitárias, declínio da taxa de natalidade e aumento na expectativa de vida da população. Neste contexto, o câncer emergiu como importante problema de saúde pública. Estimativas realizadas pelo INCA (Instituto Nacional do Câncer) para o ano de 2008 indicam o surgimento de 466.730 casos novos de câncer no Brasil. O câncer de pele não-melanoma será o tipo mais incidente, seguido pelos tumores de mama, próstata, pulmão, colorretal, estômago e colo de útero. As elevadas taxas de incidência e mortalidade associadas à ocorrência do câncer de mama, por exemplo, sobretudo no Rio Grande do Sul, apontam para a necessidade de ações abrangentes para o controle do câncer nos mais diversos níveis de atuação. Embora existam muitos fatores de risco reconhecidamente associados ao desenvolvimento do câncer, a história familiar de câncer é significativamente um dos mais relevantes. No entanto, existem muito poucos estudos que investiguem a história familiar de câncer, notadamente, a história familiar de câncer em familiares de primeiro grau, em nível populacional. O presente estudo objetivou determinar a prevalência e a consistência da história de câncer em familiares de primeiro grau em uma amostra de mulheres de base populacional do sul do Brasil. Adicionalmente, foram realizadas verificações dos diagnósticos relatados, por meio de avaliações de documentos comprobatórios (laudos anátomo-patológicos ou laudos médicos) em um subgrupo dessa amostra. A prevalência da história relatada de câncer em familiares de primeiro grau, observada em 8.881 mulheres, atendidas em unidades do Programa Saúde da Família (PSF), das regiões Centro-Sul, Extremo-Sul e do Arquipélago (ilhas) de Porto Alegre foi de 25, 04%. Houve concordância satisfatória entre o relato inicial da história de câncer em familiares de primeiro grau e as informações fornecidas posteriormente nas entrevistas com realização de heredogramas (coeficiente Kappa: 0,76; p < 0,05; n: 1797 mulheres). As inconsistências do relato não estavam associadas aos baixos níveis educacionais da amostra (qui-quadrado: 2,027; p: 0,363). Em relação à verificação de documentos comprobatórios na amostra avaliada, a consistência da localização topográfica do tumor foi evidenciada em 79,01% dos casos e a consistência da idade relatada ao diagnóstico em 92,64%. O presente estudo caracterizou-se como uma das primeiras investigações sistemáticas em relação à prevalência e consistência da história de câncer em familiares de primeiro grau em nosso estado. Com base nos resultados encontrados, acredita-se que a coleta sistemática da história familiar de câncer, em nível de atendimento primário poderia configurar-se como um adequado recurso de identificação de indivíduos em situação de risco para o desenvolvimento de câncer.
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Consistência da história familiar de câncer em um estudo de base populacionalRoth, Fernanda Lenara January 2007 (has links)
Nas últimas décadas, o Brasil vem passando por profundas mudanças sociais e econômicas, com melhorias das condições sanitárias, declínio da taxa de natalidade e aumento na expectativa de vida da população. Neste contexto, o câncer emergiu como importante problema de saúde pública. Estimativas realizadas pelo INCA (Instituto Nacional do Câncer) para o ano de 2008 indicam o surgimento de 466.730 casos novos de câncer no Brasil. O câncer de pele não-melanoma será o tipo mais incidente, seguido pelos tumores de mama, próstata, pulmão, colorretal, estômago e colo de útero. As elevadas taxas de incidência e mortalidade associadas à ocorrência do câncer de mama, por exemplo, sobretudo no Rio Grande do Sul, apontam para a necessidade de ações abrangentes para o controle do câncer nos mais diversos níveis de atuação. Embora existam muitos fatores de risco reconhecidamente associados ao desenvolvimento do câncer, a história familiar de câncer é significativamente um dos mais relevantes. No entanto, existem muito poucos estudos que investiguem a história familiar de câncer, notadamente, a história familiar de câncer em familiares de primeiro grau, em nível populacional. O presente estudo objetivou determinar a prevalência e a consistência da história de câncer em familiares de primeiro grau em uma amostra de mulheres de base populacional do sul do Brasil. Adicionalmente, foram realizadas verificações dos diagnósticos relatados, por meio de avaliações de documentos comprobatórios (laudos anátomo-patológicos ou laudos médicos) em um subgrupo dessa amostra. A prevalência da história relatada de câncer em familiares de primeiro grau, observada em 8.881 mulheres, atendidas em unidades do Programa Saúde da Família (PSF), das regiões Centro-Sul, Extremo-Sul e do Arquipélago (ilhas) de Porto Alegre foi de 25, 04%. Houve concordância satisfatória entre o relato inicial da história de câncer em familiares de primeiro grau e as informações fornecidas posteriormente nas entrevistas com realização de heredogramas (coeficiente Kappa: 0,76; p < 0,05; n: 1797 mulheres). As inconsistências do relato não estavam associadas aos baixos níveis educacionais da amostra (qui-quadrado: 2,027; p: 0,363). Em relação à verificação de documentos comprobatórios na amostra avaliada, a consistência da localização topográfica do tumor foi evidenciada em 79,01% dos casos e a consistência da idade relatada ao diagnóstico em 92,64%. O presente estudo caracterizou-se como uma das primeiras investigações sistemáticas em relação à prevalência e consistência da história de câncer em familiares de primeiro grau em nosso estado. Com base nos resultados encontrados, acredita-se que a coleta sistemática da história familiar de câncer, em nível de atendimento primário poderia configurar-se como um adequado recurso de identificação de indivíduos em situação de risco para o desenvolvimento de câncer.
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Fatores associados à transmissão maternoinfantil do vírus da imunodeficiência humana (HIV) em crianças assistidas em uma unidade de referência no Recife de 2000 a 2009GOUVEIA, Pedro Alves da Cruz 29 February 2012 (has links)
Submitted by Heitor Rapela Medeiros (heitor.rapela@ufpe.br) on 2015-03-06T14:11:34Z
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Previous issue date: 2012-02-29 / Pernambuco.
No Brasil utiliza-se protocolo para eliminação da transmissão materno-infantil
do HIV com eficácia mundialmente reconhecida, porém há incapacidade de
aplicação do mesmo em sua plenitude em algumas regiões do país. Infecção
pelo HIV em crianças permanece um problema de saúde pública. Este estudo
tem como objetivo determinar a taxa de transmissão materno-infantil do HIV e
identificar os fatores de risco em uma unidade de referencia do Recife. Foi
realizado estudo de coorte retrospectivo no Instituto de Medicina Integral
Professor Fernando Figueira de 2000 a 2009 com 1200 crianças expostas ao
HIV. Realizou-se análise de regressão logística uni e multivariada das
características maternas, periparto e de medidas preventivas para identificar
fatores de risco para a transmissão materno-infantil do HIV. A taxa de
transmissão foi de 9,16% (IC95%: 7,4-10,9). Os seguintes fatores de risco
permaneceram independentemente associados à transmissão: não utilizar
antirretroviral durante a gestação (OR 7,84; IC 95% 4,1-15); parto vaginal (OR
2,02; IC 95% 1,2-3,4); prematuridade (OR 2,49; IC 95% 1,3-4,7); aleitamento
materno (OR 2,58; IC 95% 1,4-4,6). A taxa de transmissão materno-infantil do
HIV encontrada é inadmissivelmente alta, já que no Brasil há gratuidade das
medidas preventivas, como antirretroviral e aleitamento artificial. Identificação
precoce das gestações expostas e instituição de medidas preventivas em
tempo hábil são os principais desafios para o controle da transmissão maternoinfantil,
visto que a ausência de antirretroviral para as gestantes foi o fator de
risco com medida de associação de maior magnitude. Enquanto algumas
regiões do país encontraram sucesso no controle de fatores que causam
transmissão periparto e pós-natal, em Pernambuco o aleitamento materno e a
via de parto permanecem como determinantes da transmissão do HIV.
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Fatores associados à transmissão maternoinfantil do vírus da imunodeficiência humana (HIV) em crianças assistidas em uma unidade de referência no Recife de 2000 a 2009GOUVEIA, Pedro Alves da Cruz 31 January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / No Brasil utiliza-se protocolo para eliminação da transmissão materno-infantil
do HIV com eficácia mundialmente reconhecida, porém há incapacidade de
aplicação do mesmo em sua plenitude em algumas regiões do país. Infecção
pelo HIV em crianças permanece um problema de saúde pública. Este estudo
tem como objetivo determinar a taxa de transmissão materno-infantil do HIV e
identificar os fatores de risco em uma unidade de referencia do Recife. Foi
realizado estudo de coorte retrospectivo no Instituto de Medicina Integral
Professor Fernando Figueira de 2000 a 2009 com 1200 crianças expostas ao
HIV. Realizou-se análise de regressão logística uni e multivariada das
características maternas, periparto e de medidas preventivas para identificar
fatores de risco para a transmissão materno-infantil do HIV. A taxa de
transmissão foi de 9,16% (IC95%: 7,4-10,9). Os seguintes fatores de risco
permaneceram independentemente associados à transmissão: não utilizar
antirretroviral durante a gestação (OR 7,84; IC 95% 4,1-15); parto vaginal (OR
2,02; IC 95% 1,2-3,4); prematuridade (OR 2,49; IC 95% 1,3-4,7); aleitamento
materno (OR 2,58; IC 95% 1,4-4,6). A taxa de transmissão materno-infantil do
HIV encontrada é inadmissivelmente alta, já que no Brasil há gratuidade das
medidas preventivas, como antirretroviral e aleitamento artificial. Identificação
precoce das gestações expostas e instituição de medidas preventivas em
tempo hábil são os principais desafios para o controle da transmissão maternoinfantil,
visto que a ausência de antirretroviral para as gestantes foi o fator de
risco com medida de associação de maior magnitude. Enquanto algumas
regiões do país encontraram sucesso no controle de fatores que causam
transmissão periparto e pós-natal, em Pernambuco o aleitamento materno e a
via de parto permanecem como determinantes da transmissão do HIV
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Avaliação da diversidade microbiana intestinal de populações naturais do mosquito aedes aegyptiJarusevicius, Jaqueline. January 2018 (has links)
Orientador: Jayme Augusto de Souza Neto / Resumo: Aedes aegypti (Ae. aegypti) é o principal vetor de dengue e é também responsável por transmitir outras arboviroses de importância em saúde pública, como as febres zika e chikungunya. Devido a falhas no controle da transmissão destas arboviroses, que tem como base a eliminação do mosquito vetor, o Brasil é um país endêmico para a dengue e a cada ano nos deparamos com epidemias cada vez mais graves. Ao se alimentar de sangue humano infectado o primeiro local de interação do vírus com o organismo do mosquito é o intestino. Além das respostas imunológicas antivirais para conter a infecção, neste ambiente também está presente a microbiota intestinal do mosquito, um importante modulador na infecção de patógenos. Compreender como a microbiota intestinal de mosquitos é definida e se modifica em uma determinada população é de grande interesse uma vez que isso pode elucidar a relação entre mosquitos e seus organismos simbiontes, e consequentemente auxiliar em processos de paratransgênese. A principal forma de aquisição das bactérias intestinais é através do contato com o ambiente, mas outros mecanismos como transmissão transestadial e vertical também devem influenciar no estabelecimento da microbiota intestinal. Neste estudo, nós analisamos a composição da microbiota intestinal de mosquitos Ae. aegypti de uma população de campo, coletados na cidade de Botucatu, SP, através do sequenciamento em larga escala da região hipervariavel V4 do gene 16S rRNA, e acompanhamos como esta composição... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Doutor
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Prevalência e fatores de risco para a infecção pelo HIV em população de indivíduos testados em centros de aconselhamentos do sul do BrasilBarcellos, Nêmora Tregnago January 2001 (has links)
Resumo não disponível.
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Características clínicas e epidemiológicas do adulto contagiante da criança com tuberculoseLima, João Antônio Bonfadini January 2003 (has links)
Introdução - A tuberculose é responsável na criança por casos de maior gravidade e de evolução rápida. As estratégias de controle desta doença na faixa pediátrica freqüentemente esbarram na incerteza diagnóstica. Por isso, a história epidemiológica de um adulto contagiante é fundamental na suspeita diagnóstica com vista à proposta terapêutica. Objetivo - Procurou-se determinar o perfil do adulto contagiante da criança com tuberculose identificada na rede pública de saúde. Local - Rede pública de saúde do município de Porto Alegre Delineamento - Estudo de casos Resultados - No período de 20 de julho de 2001 a 10 de agosto de 2002 foram selecionadas 50 crianças com média de idade de 76 meses, 60% do sexo feminino. A maioria das crianças (65%) apresentava formas pulmonares, fez o diagnóstico a nível hospitalar , vivia em famílias com 6 pessoas e renda familiar inferior a 2 salários mínimos regionais. A coinfecção pelo HIV foi identificada em 25% dos pacientes que realizaram teste de ELISA. Mais da metade das crianças freqüentava regularmente outro local além de sua residência. Um terço das crianças apresentava peso menor que o percentil 10 para a idade. O teste tuberculínico foi de bom rendimento, sendo reator forte em 67% dos pacientes. O indivíduo contagiante foi identificado em 78% dos casos, sendo principalmente do sexo masculino (56%), com idade média de 32 anos e na maioria das vezes um parente (79%), pai e mãe principalmente. Neste grupo de adultos, a co-infecção pelo HIV foi identificada em 43% dos testados. Mais de dois terços dos adultos contactantes foram diagnosticados após a criança doente, no processo de investigação do contato. Conclusão - Os familiares das crianças continuam, em Porto Alegre, a serem os prováveis contagiantes de crianças com tuberculose, dentre estes principalmente os pais. A co-infecção pelo HIV é um importante achado tanto na criança, quanto no adulto. È necessária uma reavaliação das rotinas de investigação e tratamento da infecção latente em crianças, pois muitos adultos contagiantes estão sendo diagnosticados a partir da identificação de uma criança doente.
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