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Taxa natural de juros no Brasil: estimativa com parâmetros variantes no tempo entre 2001 e 2010Ribeiro, Alessandra Cocarelli Alves 20 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-01-20 / In this paper, the natural rate of interest for the brazilian economy was estimated between end of 2001 and second quarter of 2010 based on two models, being the first the method suggested by Laubach and Williams and the second, the one suggested by Mesónnier and Renne, which is a altered version of the first one, that according to authors allows a more transparent and robust estimation. In both models, the natural rate of interest is estimated jointly with potential output, using the Kalman filter, in a state-space format. The two models estimates have not presented a significant difference, which generates more confidence in the produced results. Considering the period of more interest of this paper (after 2005), the estimates show that the natural rate of interest has been falling in the brazilian economy since 2006. The measurement of the natural rate of interest, additionally, allowed an assessment of the monetary policy implemented by the Brazilian Central Bank in the last years through the interest rate gap concept. In general, the analysis has showed a more conservative Central Bank between 2001 end and 2005 and neutral since then. This conclusion differs from others analysis, specially for the first period. / Neste artigo, foi estimada a taxa natural de juros para a economia brasileira entre o final de 2001 e segundo trimestre de 2010 com base em dois modelos, sendo o primeiro deles o proposto por Laubach e Williams e o segundo proposto por Mesónnier e Renne, que trata de uma versão alterada do primeiro, que segundo os autores perimite uma estimação mais transparente e robusta. Em ambos os modelos, a taxa natural de juros é estimada em conjunto com o produto potencial, através de filtro de Kalman, no formato de um modelo Espaço de Estado. As estimativas provenientes dos dois modelos não apresentam diferenças relevantes, o que gera maior confiabilidade nos resultados obtidos. Para o período de maior interesse deste estudo (pós-2005), dada a existência de outras análises para período anterior, as estimativas mostram que a taxa natural de juros está em queda na economia brasileira desde 2006. A mensuração da taxa natural de juros, adicionalmente, possibilitou que fosse feita uma avaliação sobre a condução da política monetária implementada pelo Banco Central brasileiro nos últimos anos através do conceito de hiato de juros. Em linhas gerais, a análise mostrou um Banco Central mais conservador entre o final de 2001 e 2005, e mais próximo da neutralidade desde então. Esta conclusão difere da apontada por outros estudos, especialmente para o primeiro período.
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[pt] ENSAIOS DE POLÍTICA MONETÁRIA COM ATIVOS ARRISCADOS / [en] ESSAYS IN MONETARY POLICY WITH RISKY ASSETSEDUARDO GONCALVES COSTA AMARAL 29 December 2021 (has links)
[pt] Esta dissertação é composta por três capítulos que abordam questões relacionadas à política monetária. O Capítulo 1 avalia o problema de conduzir política monetária com ativos arriscados em um simples modelo neo-Wickselliano. Eu mostro que a potência da política monetária com relação a preços e inflação se reduz uma vez que ela só pode ser condicionalmente ativa na presença de risco subjacente ao ativo de política monetária. Além disso, prêmio de risco não compensado induz viés inflacionário, e há correlação positiva
entre probabilidade de calote e inflação, do mesmo sinal que se costuma encontrar em dados empíricos. Esses resultados constituem um argumento novo em favor de uma política monetária mais vigilante em caso de crise fiscal ou política, o que ajuda a explicar o conservadorismo da política monetária em
economias arriscadas. O capítulo 2 endogeniza risco no ativo de política monetária como risco fiscal e estuda sua transmissão. Eu desenvolvo um modelo novo-Keynesiano de dois agentes (TANK) com limites fiscais endógenos no qual o banco central opera através de títulos com risco de calote, e calibro
para uma grande economia emergente, Brasil. Eu encontro que, ao ignorar o risco subjacente ao ativo de política monetária, o banco central reforça a coincidência desagradável de taxas mais altas de juros real, nominal e inflação na distribuição de equilíbrio do modelo, o que surge como o resultado de expectativas
endógenas de recessões severas em caso de calote. Outrossim, acomodar risco de ativo de política induz correlação positiva entre risco de calote e inflação. Do ponto de vista de política, esses resultados lançam dúvidas quanto à correta avaliação da rigidez da política monetária em economias com risco de
calote soberano, enquanto também lançam nova luz sobre a antiga discussão de por que a taxa básica de juros foi excepcionalmente alta no Brasil após o Plano Real. Finalmente, o Capítulo 3 responde à controvérsia recente sobre a presença, de fato, de um canal de transmissão de taxa de juros real nos modelos novo-Keynesianos, uma vez que adição de capital endógeno é consistente com a taxa real se movendo em qualquer direção após um choque monetário positivo. Eu mostro que esse problema de identificação pode ser contornado pela inclusão de outro ingrediente tão comum em modelos de tamanho médio quanto o próprio capital: suavização de taxa de juros. / [en] This dissertation presents three chapters addressing issues pertaining to monetary policy. Chapter 1 evaluates the problem of conducting monetary policy with risky assets in a simple neo-Wicksellian monetary model. I show that monetary policy s power w.r.t prices and inflation reduces as it can
only be conditionally active in the presence of policy-asset risk. Moreover, uncompensated risk premium induces an inflationary bias, as well as default probability and inflation are positively correlated, the same sign of empirical correlations usually found. These results constitute a novel argument in favor
of a more hawkish stance in case of a fiscal or political crisis, which helps to explain monetary policy conservatism in risky economies. Chapter 2 endogenizes policy-asset risk as a fiscal risk and studies its transmission. I lay out a two-agent New-Keynesian (TANK) model with endogenous fiscal limits in
which the central bank operates through defaultable bonds, and then calibrate it to a large emerging economy, Brazil. I find that by ignoring policy-asset risk the central bank reinforces the unpleasant coincidence of higher inflation, real, and nominal interest rates in the equilibrium distribution of the model,
what emerges as the result of endogenous expectations of a severe recession in case of default. Additionally, accommodating policy-asset risk induces positive correlation between default risk and inflation. From a policy perspective, these results raise serious concerns about the evaluation of monetary policy stance in default-risky economies, while shed new light on the long-standing discussion
about why policy rates have been exceptionally high in Brazil after the Real Plan. Finally, Chapter 3 responds to a recent controversy on the actual presence of a real interest rate transmission channel in New-Keynesian models, as the addition of endogenous capital is consistent with real rates moving in any
direction after a monetary shock. I show that this identification problem can be circumvented by the inclusion of another ingredient as prevalent as capital itself in middle-scale models: interest-rate smoothing.
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