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Valor da determinação de IgE específica para tropomiosina no diagnóstico da alergia a camarão / Value of the determination of specific IgE for tropomyosin in the diagnosis of shrimp allergyDias, Paula Rezende Meireles 06 November 2018 (has links)
INTRODUÇÃO: A alergia a camarão é causa comum e potencialmente grave de alergia alimentar IgE mediada, incluindo anafilaxia. Ao contrário de outras alergias alimentares, a alergia a camarão afeta predominantemente adultos e geralmente é vitalícia. Até o momento, não existe terapia específica para a alergia a camarão. Os pacientes necessitam excluir o crustáceo de sua dieta e portar adrenalina auto-injetável, para uso em reações por exposição acidental. A complexidade do perfil alergênico do camarão tem sido cada vez mais reconhecida nos últimos dez anos. A proteína muscular tropomiosina foi o primeiro alérgeno do camarão identificado e é considerada o seu principal alérgeno. Alguns estudos indicam que a tropomiosina apresenta alta especificidade na alergia a camarão, sendo apontada como uma possível e importante ferramenta diagnóstica. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valor preditivo negativo da tropomiosina em pacientes brasileiros em restrição alimentar por suspeita de alergia a camarão. MÉTODOS: Selecionou-se 32 indivíduos com suspeita de alergia a camarão, os quais foram submetidos a testes cutâneos de leitura imediata para camarão (extrato) e \"in natura\" (cru e cozido), ácaros e barata. Também foram realizadas dosagens séricas de IgE específica para camarão, tropomiosina de camarão, ácaros e barata americana. Avaliou-se reatividade clínica a camarão através de testes de provocação oral. O camarão utilizado nos testes cutâneos e nos testes de provocação oral foi o Xiphopenaeus kroyeri (sete barbas). Foi realizado Western Blot 1 D dos pacientes alérgicos. Foram realizados cálculos de valor de corte para teste cutâneo de leitura imediata e IgE sérica específica através da utilização da curva ROC. RESULTADOS: Alergia a camarão foi confirmada em 17 pacientes. A IgE sérica específica para tropomiosina de camarão neste estudo apresentou sensibilidade de 58,8%, especificidade de 60%, valor preditivo positivo de 62,5% e valor preditivo negativo 56%. Em comparação com a IgE especifica para camarão e os testes cutâneos para camarão com extrato e \"in natura\", a IgE específica para tropomiosina apresentou a menor sensibilidade e menor valor preditivo positivo. Em sete pacientes alérgicos, a tropomiosina não foi detectada, apontando a importância de outros alérgenos do camarão, avaliados no Western blot. Os testes cutâneos apresentaram diferença estatística significativa entre alérgicos e não alérgicos e foi possível definir um ponto de corte, útil na distinção entre ambos. Os resultados dos valores de corte do teste cutâneo (média) para extrato comercial foram 5,75 mm, para camarão cru 6,75 mm e para camarão cozido 5,00 mm. Todos os pacientes são atópicos. CONCLUSÃO: A IgE específica para tropomiosina neste estudo não apresentou superioridade diagnóstica quando comparada aos testes cutâneos com camarão \"in natura\" e extrato, e a IgE específica para o camarão. Outros alérgenos, além da tropomiosina, devem ser considerados na avaliação diagnóstica para a alergia a camarão / INTRODUCTION: Shrimp allergy is a common and potentially serious cause of food allergy-mediated IgE, including anaphylaxis. Unlike other food allergies, shrimp allergy affects predominantly adults and is usually lifelong. To date, there is no specific therapy for shrimp allergy. Patients need to exclude the crustacean from their diet and carry selfinjectable adrenaline to be used if the reaction begins after accidental exposure. The complexity of the allergenic profile of shrimp has been increasingly recognized in the last ten years. The tropomyosin muscle protein was the first identified shrimp allergen and is considered its main allergen. Some studies indicate that tropomyosin presents high specificity in shrimp allergy, being pointed out as a possible and important diagnostic tool. OBJECTIVE: The objective of this study was to evaluate sensitivity, specificity, positive predictive value and negative predictive value of tropomyosin in Brazilian patients under food restriction due to the suspicion of allergy to shrimp. METHODS: Thirty-two individuals with suspected allergy to shrimp were selected, who underwent immediate skin tests for shrimp (extract) and \"in natura\" (raw and cooked), mites and cockroaches. Serum dosages of IgE specific for shrimp, shrimp tropomyosin, mites and American cockroach were also performed. Clinical reactivity to shrimp was assessed by oral challenge tests. Shrimp used in skin tests and oral challenge tests was Xiphopenaeus kroyeri (seabob). Western Blot 1 D of the allergic patients was performed. Cut-off calculations were performed for immediate-reading skin test and specific serum IgE using the ROC curve. RESULTS: Shrimp allergy was confirmed in 17 patients. Serum IgE specific for shrimp tropomyosin in this study showed sensitivity of 58.8%, specificity of 60%, positive predictive value of 62.5% and negative predictive value of 56%. Compared to shrimp-specific IgE and cutaneous shrimp skin tests with extract and \"in natura\", tropomyosin was not detected, indicating the importance of other shrimp allergens evaluated in the Western blot. The skin tests presented a statistically significant difference between allergic and non-allergic and it was possible to define a cutoff point, useful in distinguishing between both. The results of the cutoff values of the skin test (average) for commercial extract were 5.75 mm, for raw shrimp 6.75 mm and for cooked shrimp 5.00 mm. All patients are atopic. CONCLUSION: The tropomyosin-specific IgE in this study did not present diagnostic superiority when compared to cutaneous tests with in natura shrimp and extract, and shrimp specific IgE. Other allergens, in addition to tropomyosin, should be considered in the diagnostic evaluation for shrimp allergy
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Avaliação da relevância do teste cutâneo de contato alérgico de leitura tardia no diagnóstico da sensibilização a Dermatophagoides pteronyssinus, Dermatophagoides farinae e Blomia tropicalisLima, Ingrid Pimentel Cunha Magalhães de Souza 24 August 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-08-24 / O objetivo do presente estudo é avaliar a positividade do teste cutâneo de contato alérgico de leitura tardia para Dermatophagoides pteronyssinus, Dermatophagoides farinae e Blomia tropicalis em pacientes com doenças respiratórias como rinite alérgica e/ou asma com ou sem dermatite atópica. A maioria dos trabalhos existentes nessa área de pesquisa se refere ao emprego desse método diagnóstico na dermatite atópica, mas, neste estudo, a amostra é composta, principalmente, de pacientes com doenças respiratórias. Blomia tropicalis é um ácaro muito incidente no Brasil e só há dois trabalhos que envolvem o emprego deste ácaro da poeira domiciliar típico de países de clima tropical. Os pacientes foram selecionados pela história clínica e foram divididos em dois grupos: I- pacientes com doenças respiratórias, como asma e/ou rinite alérgica, com dermatite atópica e II- pacientes somente com doenças respiratórias. Foi realizado teste cutâneo de leitura imediata e teste de cutâneo de contato alérgico de leitura tardia para os três ácaros no mesmo dia. O teste de contato alérgico foi retirado em 48 horas. A análise estatísitica foi realizada em porcentagens e a tabela 1 apresenta as variáveis por sexo e por grupo estudado. Setenta e quatro pacientes, com idades de 2 a 60 anos, foram incluídos neste estudo; 16 no grupo I e 58 no grupo II. Considerando o teste cutâneo de leitura imediata, o ácaro mais prevalente foi o Dermatophagoides pteronyssinus, seguido pelo Dermatophagoides farinae e Blomia tropicalis. Em relação ao teste cutâneo de contato alérgico de leitura tardia, o ácaro que induziu maior positividade foi o Dermatophagoides farinae (78,4%), seguido pelo Dermatophagoides pteronyssinus (77%) e Blomia tropicalis (52,7%). Comparando o teste cutâneo de leitura imediata com o teste cutâneo de contato alérgico de leitura tardia, 53 pacientes (71,6%) foram positivos para ambos os testes, e 30 (56,6%) foram positivos ao mesmo ácaro. Foram identificados seis pacientes (8%) que tinham história clinica positiva para alergia e só apresentavam positividade no teste cutâneo de contato alérgico de leitura tardia. Estes resultados sugerem que o teste cutâneo de contato alérgico de leitura tardia é relevante e deve ser considerado como um teste diagnóstico adicional, em pacientes com história clínica positiva para doenças respiratórias, com teste cutâneo de leitura imediata negativa. / The aim of this study is to evaluate the positivity rates of atopy patch tests for Dermatophagoides pteronyssinus, Dermatophagoides farinae and Blomia tropicalis in patients with respiratory diseases such as asthma and allergic rhinitis with or without atopic dermatitis. Most studies have been performed with atopic dermatitis patients, but in our study, most of the patients had respiratory conditions. Blomia tropicalis is a mite that is prevalent in tropical areas, such as Brazil, and only two publications include these three mites, which are present in Brazil. The patients’ clinical histories were collected, and the patients were subjected to skin prick and patch tests with the three different house dust mites on the same day. The patch tests were examined 48 hours later, and then, the patients were divided into two groups: I- patients with respiratory diseases, such as asthma and/or rhinitis, and atopic dermatitis and II-patients with only respiratory diseases. The statistical analysis results are presented as percentages, and Table 1 presents the variables by gender and groups studied. A total of 74 patients ranging in age from 2 to 60 years old were included in this study; 16 patients were included in group I and 58 were included in group II. In the skin prick tests, the most prevalent mite that evoked a reaction was Dermatophagoides pterronyssinus, followed by Dermatophagoides farinae and
Blomia tropicalis. Regarding the atopy patch tests, the mite that most frequently induced a positive reaction was Dermatophagoides farinae (78.4%), followed by Dermatophagoides pteronyssinus (77%) and Blomia tropicalis (52.7%). A comparison between the skin prick and atopy patch tests revealed that 53 patients (71.6%) were positive on both tests, and 30 (56.6%) patients were positivite for the same mite. We found six patients (8%) who had a positive clinical history of allergy and only exhibited positivity on the atopy patch test. These results suggest that the mite atopy patch test is relevant and should be considered as an additional test for patients with clinical histories of allergic respiratory disease who have negative prick test results.
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