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Atitudes de mulheres com relação ao teto de vidro: um estudo em empresas do setor de tecnologia de informação e comunicação

Cardoso, Andreia 24 August 2017 (has links)
Submitted by Silvania Ribas (silvania@mackenzie.br) on 2018-06-21T14:19:09Z No. of bitstreams: 2 ANDREIA CARDOSO.pdf: 1668002 bytes, checksum: 2dcbfa2f400f9fb7344c8f3dd72b137d (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Giovanna Brasil (1154060@mackenzie.br) on 2018-06-26T00:22:36Z (GMT) No. of bitstreams: 2 ANDREIA CARDOSO.pdf: 1668002 bytes, checksum: 2dcbfa2f400f9fb7344c8f3dd72b137d (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2018-06-26T00:22:36Z (GMT). No. of bitstreams: 2 ANDREIA CARDOSO.pdf: 1668002 bytes, checksum: 2dcbfa2f400f9fb7344c8f3dd72b137d (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2017-08-24 / The Information and Communication Technology (ICT) sector is an environment hegemonically male and reflects the low proportion of women in undergraduate courses in the areas as Engineering, Computer and Technology. In this scenario, the question is whether women find more barriers to career advancement in the ICT sector. The glass ceiling is defined as a transparent and strong barrier that could prevent woman to ascend position in organizations. The researches related woman career advancement in organizations mostly address their perceptions regarding the main barriers they face due to the glass ceiling, such as prejudice, discrimination, stereotype, female leadership, conflict between career, family, and motherhood. In a search in the literature, no studies were found related to the woman attitudes toward the glass ceiling in ICT section, which stimulated the development of the following research problem: What is the relationship between the constant coexistence in academic and professional of women in male-dominated environment and their attitudes towards glass ceiling? The leaving in environments with male predominance was analyzed considering the following context variables: working in ICT area, male predominant working group composition, and under graduation in Engineering, Computer, and Technology areas. A quantitative research was carried out with the application of the Career Pathways Survey (CPS) questionnaire to women in all functions and hierarchical levels, who work in two multinational companies from ICT sector in Brazil. The research results showed that on the contrary to what was raised by the theories, no relations were found between the coexistence in predominantly male environments and woman attitudes towards the glass ceiling. However, it has been identified that women tend to have more favorable attitudes in pursuing promotion. In other words, even living in predominantly male environments, they still look for stop for climbing up the ladder toward promotion and professional ascension. / O setor de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) é um setor composto, em sua maioria, por homens, fato que decorre da baixa proporção de mulheres em cursos de graduação nas áreas de Ciências Exatas. Diante desse cenário, questiona-se se as mulheres encontram mais barreiras para ascender na carreira profissional na área de TIC. O teto de vidro é definido como uma barreira transparente e forte que impede a ascensão das mulheres nas organizações. Os estudos relacionados à ascensão na carreira das mulheres nas organizações abordam, em sua maioria, as suas percepções com relação às principais barreiras que compõem o teto de vidro, como o preconceito, a discriminação, o estereótipo, a capacidade de liderança feminina, o conflito entre trabalho e família, e a questão da maternidade. Em um levantamento realizado na literatura, não foram encontrados estudos sobre as atitudes das mulheres em relação ao teto de vidro na área de Tecnologia de Informação e Comunicação, fato que estimulou a elaboração do seguinte problema de pesquisa: qual a relação entre a convivência acadêmica e profissional das mulheres em ambientes com predominância masculina, e as suas atitudes com relação ao teto de vidro? A convivência em ambientes com predominância masculina foi analisada diante das seguintes variáveis de contexto: atuação em área de TIC, composição do grupo de trabalho majoritariamente masculino, e área de formação acadêmica em Ciências Exatas e Engenharia. Foi realizada uma pesquisa de orientação quantitativa, com a aplicação do questionário Career Pathways Survey (CPS), com mulheres em todas as funções e níveis hierárquicos, que atuam em duas empresas multinacionais da área de Tecnologia de Informação e Comunicação no Brasil. Ao verificar os resultados da pesquisa, ao contrário do que foi levantado pelo referencial teórico, não foram encontradas relações entre a convivência em ambientes predominantemente masculinos e suas atitudes com relação ao teto de vidro. Contudo, foi identificado que as mulheres apresentam atitudes mais favoráveis à busca de ascensão na carreira, ou seja, mesmo convivendo em ambientes predominantemente masculinos elas não deixam de buscar promoções e ascensão profissional.
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Tetos de vitrais: gênero e raça na contabilidade no Brasil / Stained glass ceiling: gender and race in the accounting field in Brazil.

Silva, Sandra Maria Cerqueira da 20 May 2016 (has links)
Nas duas últimas décadas, o Brasil experimentou profundas transformações sociais. De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres tinham 5,2 anos de estudo em 1992, e passaram a ter 7,7 anos, em 2009, registrando-se um aumento de 48,1% (Ipea, 2010). Dados do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados no website Folha_Uol, (2015) demonstram que aumentou a participação feminina no mercado formal de trabalho, embora as mulheres com ensino superior recebessem o equivalente a 60% do salário masculino. Dados do Ipea (Pinheiro, Fontoura, Querino, Bonetti, & Rosa, 2008) demonstram a renda familiar per capita média nas famílias chefiadas por homem branco é de R$ 997,00, ao passo que naquelas chefiadas por mulher negra é de apenas R$ 491,00, ou seja, menos da metade. Algo bem na contramão da propalada democracia racial brasileira. Apesar do aumento do número de mulheres no mercado de trabalho, de acordo com Peggy, Dwyer e Roberts (2004), a agenda de gênero da profissão contábil ajuda o imperialismo, e, com isso \"tem facilitado o projeto imperial norte-americano, uma vez que permite a manutenção de mulheres a um baixo custo\" (p.176), relacionando esse fato com a ideologia da domesticidade. Ademais, Bebbington, Thomson e Wall (1997) concluem que os estudantes de contabilidade mostram uma tendência para um modelo masculino construído ou andrógino, em vez da identidade feminina; o que encontra amparo na teoria da performatividade de Butler (2012), objeto deste estudo. Isso resulta da manutenção de estereótipos, como a ideia de que a atuação contábil é eminentemente voltada para os homens. Com base no exposto, as mulheres podem até estar ganhando o \'jogo de números\', para tanto, arcam com um custo que implica a eliminação ou não evidenciação das características do gênero feminino. Ou seja, cresceu a participação feminina no mercado de trabalho, mas ainda há muitas barreiras, em boa medida subjetivas, estabelecidas via processos de fechamento, conforme foi visto, e que se impõem no percurso de uma mulher que almeja alcançar êxito em espaços de prestígio, independentemente do seu nível de qualificação. O fenômeno conhecido como \"teto de vidro\" representa as várias barreiras simbólicas, impostas sutilmente - por isso ditas transparentes -, mas suficientemente fortes para impossibilitar a ascensão de mulheres aos mais altos postos da hierarquia organizacional. Se observado em termos de mercado, o fenômeno pode ser constatado em diferentes países. Esse cenário leva a acreditar que nesse processo de transformação social, em que são requeridos novos papéis, faz-se necessário revisitar perspectivas sobre identidade sexual, bem como rever a produção e manutenção dos discursos de gênero que dão sustentação a essas novas identidades. No Brasil, conforme dados já relatados, embora tenhamos avançado em termos de qualificação, a mulher ainda sofre restrições para acesso profissional e enfrenta condições desiguais de trabalho e remuneração. Parece existir um conjunto de barreiras reais e simbólicas que impedem as mulheres de ascender profissionalmente. Na área de contabilidade, as mulheres são expostas a discursos e práticas eminentemente machistas. Esses discursos estruturam práticas e reificam a leitura da mulher como incapaz de assumir funções de mais responsabilidade. Diante do exposto, e de um quadro de não acesso das mulheres a cargos de liderança, acredita-se que, em um processo de violência psíquica, o \"discurso contábil\" nega, particularmente à mulher negra - que ao longo de sua vida sofre três tipos específicos de discriminação: por ser mulher, por ser pobre, em sua maioria, e por ser negra - sua identidade como profissional habilitada para o exercício de suas funções, particularmente em espaços de poder e prestígio. Assim, o estudo teve por objetivo investigar se o fenômeno conhecido como \"teto de vidro\" (glass ceiling) está presente nas interações cotidianas, por meio de processos de sexualização e racialização enfrentados durante a trajetória acadêmica de mulheres negras, em contabilidade, no Brasil. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, a partir de um posicionamento pós-estruturalista, para a qual foram utilizadas técnicas autoetnográficas e de história oral, com dados coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, realizadas em profundidade, com professoras egressas de programas de pós-graduação, analisados sob a perspectiva interpretativista. Os resultados encontrados demonstram que o fenômeno conhecido como \"teto de vidro\" também está presente na contabilidade, o que resulta em barreiras específicas do campo. Para chegar a esse resultado, foi preciso superar algumas limitações, sendo a principal a falta de incentivo para o desenvolvimento do estudo, dado o caráter inovador da proposta, em uma área de conhecimento e em um lócusem que os estudos interdisciplinares ainda são a exceção. Obras sobre gênero e raça, até aqui, não foram objeto de estudos na contabilidade no Brasil. No entanto, espera-se que esta pesquisa possa funcionar como uma abertura para novos estudos nessa temática. Com isso, a contabilidade estará agindo diretamente para a promoção da igualdade, rompendo com fechamentos estabelecidos, e, portanto, para a transformação social. / Through the last two decades, our society has experienced profound social changes. According to data from the Brazilian Statistics Bureau (IBGE)\'s Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD, the National Household Sampling Survey), women had an average 5,2 years of study in 1992 which grew to 7,7 years in 2009, rising 47% (IBGE apud Ipea, 2010). Data from the Ministry of Labor (MTE, 2013) shows that female participation in the formal job market rose, yet women with higher education degrees still receive only 60% of men\'s salaries as remuneration. Ipea (2011) data on income show that the per capita family income of a family headed by a white man is 997 Brazilian Reais (R$), while for a family headed by an black women is only R$ 491 - that is, less than half that of a white man\'s family, running counter to the oft-heralded Brazilian \'racial democracy\'. In spite of the increase in the number of women in the job market, according to Peggy, Dwyer and Roberts (2004) the gender agenda of the accounting profession facilitates the north-american imperialist project by enabling firms to employ competent female workers at minimal cost; this would be related to the domesticity ideology, that is, the idea that domestic life is the ideal life for women. Further studies such as that of Bebbington, Thomson and Wall (1997) conclude that accounting students tend to express their gender through masculine or androgynous identities rather than feminine, in accordance to Butler\'s (2012) theory of performativity which states that gender roles are performed as a result of social influences. This \'masculinization\' of accounting students results from the upkeep of stereotypes, such as the idea that accounting is eminently male. Based on this, Bebbington et al (1997) conclude that \"women may be winning the \'numbers game\' but at a cost--that cost being the elimination of feminine gender characteristics\". In other words, female participation in the job market has risen, but there are still many barriers - a significant part of which are subjective - established through closure processesand these barriers impose themselves on the path of women who desire to succeed in positions of prestige, regardless of those women\'s qualification level. The phenomenon known as \'glass ceiling\' represents the various symbolic barriers, imposed subtly - thus transparent, like glass - but strongly enough that they prevent women from rising to the higher positions of the organization hierarchy. Observed in market terms, the phenomenon can be found to happen in many different countries around the world. This scenario has led us to believe that in this process of social transformation, in which new roles are required, revising perspectives on gender identity is necessary, as well as reviewing the production and maintenance of the gender discourses that support these new identities. In Brazil, as per previously related data, in spite of the advances in terms of qualification, women still suffer with unequal work conditions and restrictions to professional access. There seems to exist a group of real and symbolic barriers that keep women from climbing the career ladder. In accounting, women are exposed to eminently machist discourses and practices; the former structure the latter and reify the image of women as being unable to assume positions of higher responsibility. In the face of this and of a scenario in which women are denied access to leadership positions, it is believed that black women are particularly denied by the \'accounting discourse\'; discriminated throughout their lives not only for being women, but also for being black and often poor, they are, through a process of psychological violence, denied their identity as professionals enabled to exercise their functions, especially in positions of power and prestige. Thus, the goal of this study is to investigate whether the phenomenon known as glass ceiling is present in day-to-day interactions, in the form of sexualization and racialization processes faced by black women along their academic trajectories in Brazilian accounting. The research follows a qualitative approach from a poststructuralist stance, using autoethnographic and oral history techniques; data was collected through semistructured interviews, realized in depth with PhD/Master professors and analyzed from the interpretivist perspective. The results found show that the glass ceiling phenomenon is also present in accounting, resulting in barriers specific to the field. To reach this result some limitations needed to be overcome, the main one being the lack of incentive to the development of the study given the innovative character of the proposal - especially in a field and in a locus in which interdisciplinary studies are still the exception. Studies on both gender and race have not, until now, been objects of study in Brazilian accounting. However, I hope this research may pave a way for future works in this theme. With this, accounting will be acting directly towards the promotion of equality, breaking through established closures and enabling social change.
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Equidade de gênero na ciência? Um estudo sobre as pesquisadoras bolsistas de produtividade da Universidade Federal de São Carlos

Carvalho, Carolina Cisoto Barbosa de 16 February 2016 (has links)
Submitted by Ronildo Prado (ronisp@ufscar.br) on 2016-09-14T19:22:57Z No. of bitstreams: 1 DissCCBC.pdf: 3507345 bytes, checksum: 7162f4f8f995edd47ce87542289cbf2d (MD5) / Approved for entry into archive by Ronildo Prado (ronisp@ufscar.br) on 2016-09-14T19:23:12Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DissCCBC.pdf: 3507345 bytes, checksum: 7162f4f8f995edd47ce87542289cbf2d (MD5) / Approved for entry into archive by Ronildo Prado (ronisp@ufscar.br) on 2016-09-14T19:23:22Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DissCCBC.pdf: 3507345 bytes, checksum: 7162f4f8f995edd47ce87542289cbf2d (MD5) / Made available in DSpace on 2016-09-14T19:23:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DissCCBC.pdf: 3507345 bytes, checksum: 7162f4f8f995edd47ce87542289cbf2d (MD5) Previous issue date: 2016-02-16 / Não recebi financiamento / The woman´s access to higher education and academic career is na achievement. More and more women occupy the graduation chairs, getting to many areas of knowledge, occupying more than half of the places offered. But the number of women found in the highest scientific career positions remains low. What happened along this career path that prevents women able to ascend vertically? The glass ceiling assumption seems to define the force that keeps women in lower hierarchical positions. The glass ceiling is formed not by one, but by many barriers and obstacles that add up acting often in the loss of women throughout their careers. This work seeks to understand a little of the professional lives of researches who managed to get to a privileged elite of science, the "National Counsel of Technological and Scientific Development" – CNPq grant recipients in research, with the intention to diagnose the nature and impact of gender differences throughout the scientific career. From this point is possible to draw up suggestions for actions that seek to provide an institutional environment with equal opportunities for both genders. / O acesso feminino à educação superior e às carreiras acadêmicas é uma conquista. Cada vez mais mulheres ocupam as cadeiras da graduação, chegando, em muitas áreas do conhecimento, a ocupar mais da metade das vagas oferecidas. Mas o número de mulheres encontrado nos mais altos postos da carreira científica permanece reduzido. O que acontece ao longo desta trajetória profissional que impede que as mulheres consigam ascender verticalmente? O pressuposto do teto de vidro busca definir a força que mantém as mulheres em posições hierárquicas mais baixas. O teto de vidro é formado não por um, mas diversos entraves e obstáculos que se somam atuando muitas vezes na perda de mulheres ao longo de suas trajetórias. Menor representatividade em postos mais altos da carreira, dificuldade em se fazer reconhecer como pesquisadora o que se reflete na sua produção científica são algumas das manifestações do fenômeno do “teto de vidro”, metáfora que se refere à segregação vertical e aos obstáculos para a ascensão hierárquica das mulheres no mundo do trabalho, em função das intersecções entre a vida doméstica e a profissional. Este trabalho busca conhecer um pouco da vida profissional de pesquisadoras que conseguiram entrar para uma elite privilegiada da ciência, as bolsistas de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, com a intenção de diagnosticar a natureza e o reflexo das diferenças de gênero ao longo da carreira científica. A partir disso é possível elaborar sugestões de ações que busquem fornecer um ambiente institucional com igualdade de oportunidades para ambos os gêneros.
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Tetos de vitrais: gênero e raça na contabilidade no Brasil / Stained glass ceiling: gender and race in the accounting field in Brazil.

Sandra Maria Cerqueira da Silva 20 May 2016 (has links)
Nas duas últimas décadas, o Brasil experimentou profundas transformações sociais. De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres tinham 5,2 anos de estudo em 1992, e passaram a ter 7,7 anos, em 2009, registrando-se um aumento de 48,1% (Ipea, 2010). Dados do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados no website Folha_Uol, (2015) demonstram que aumentou a participação feminina no mercado formal de trabalho, embora as mulheres com ensino superior recebessem o equivalente a 60% do salário masculino. Dados do Ipea (Pinheiro, Fontoura, Querino, Bonetti, & Rosa, 2008) demonstram a renda familiar per capita média nas famílias chefiadas por homem branco é de R$ 997,00, ao passo que naquelas chefiadas por mulher negra é de apenas R$ 491,00, ou seja, menos da metade. Algo bem na contramão da propalada democracia racial brasileira. Apesar do aumento do número de mulheres no mercado de trabalho, de acordo com Peggy, Dwyer e Roberts (2004), a agenda de gênero da profissão contábil ajuda o imperialismo, e, com isso \"tem facilitado o projeto imperial norte-americano, uma vez que permite a manutenção de mulheres a um baixo custo\" (p.176), relacionando esse fato com a ideologia da domesticidade. Ademais, Bebbington, Thomson e Wall (1997) concluem que os estudantes de contabilidade mostram uma tendência para um modelo masculino construído ou andrógino, em vez da identidade feminina; o que encontra amparo na teoria da performatividade de Butler (2012), objeto deste estudo. Isso resulta da manutenção de estereótipos, como a ideia de que a atuação contábil é eminentemente voltada para os homens. Com base no exposto, as mulheres podem até estar ganhando o \'jogo de números\', para tanto, arcam com um custo que implica a eliminação ou não evidenciação das características do gênero feminino. Ou seja, cresceu a participação feminina no mercado de trabalho, mas ainda há muitas barreiras, em boa medida subjetivas, estabelecidas via processos de fechamento, conforme foi visto, e que se impõem no percurso de uma mulher que almeja alcançar êxito em espaços de prestígio, independentemente do seu nível de qualificação. O fenômeno conhecido como \"teto de vidro\" representa as várias barreiras simbólicas, impostas sutilmente - por isso ditas transparentes -, mas suficientemente fortes para impossibilitar a ascensão de mulheres aos mais altos postos da hierarquia organizacional. Se observado em termos de mercado, o fenômeno pode ser constatado em diferentes países. Esse cenário leva a acreditar que nesse processo de transformação social, em que são requeridos novos papéis, faz-se necessário revisitar perspectivas sobre identidade sexual, bem como rever a produção e manutenção dos discursos de gênero que dão sustentação a essas novas identidades. No Brasil, conforme dados já relatados, embora tenhamos avançado em termos de qualificação, a mulher ainda sofre restrições para acesso profissional e enfrenta condições desiguais de trabalho e remuneração. Parece existir um conjunto de barreiras reais e simbólicas que impedem as mulheres de ascender profissionalmente. Na área de contabilidade, as mulheres são expostas a discursos e práticas eminentemente machistas. Esses discursos estruturam práticas e reificam a leitura da mulher como incapaz de assumir funções de mais responsabilidade. Diante do exposto, e de um quadro de não acesso das mulheres a cargos de liderança, acredita-se que, em um processo de violência psíquica, o \"discurso contábil\" nega, particularmente à mulher negra - que ao longo de sua vida sofre três tipos específicos de discriminação: por ser mulher, por ser pobre, em sua maioria, e por ser negra - sua identidade como profissional habilitada para o exercício de suas funções, particularmente em espaços de poder e prestígio. Assim, o estudo teve por objetivo investigar se o fenômeno conhecido como \"teto de vidro\" (glass ceiling) está presente nas interações cotidianas, por meio de processos de sexualização e racialização enfrentados durante a trajetória acadêmica de mulheres negras, em contabilidade, no Brasil. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, a partir de um posicionamento pós-estruturalista, para a qual foram utilizadas técnicas autoetnográficas e de história oral, com dados coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, realizadas em profundidade, com professoras egressas de programas de pós-graduação, analisados sob a perspectiva interpretativista. Os resultados encontrados demonstram que o fenômeno conhecido como \"teto de vidro\" também está presente na contabilidade, o que resulta em barreiras específicas do campo. Para chegar a esse resultado, foi preciso superar algumas limitações, sendo a principal a falta de incentivo para o desenvolvimento do estudo, dado o caráter inovador da proposta, em uma área de conhecimento e em um lócusem que os estudos interdisciplinares ainda são a exceção. Obras sobre gênero e raça, até aqui, não foram objeto de estudos na contabilidade no Brasil. No entanto, espera-se que esta pesquisa possa funcionar como uma abertura para novos estudos nessa temática. Com isso, a contabilidade estará agindo diretamente para a promoção da igualdade, rompendo com fechamentos estabelecidos, e, portanto, para a transformação social. / Through the last two decades, our society has experienced profound social changes. According to data from the Brazilian Statistics Bureau (IBGE)\'s Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD, the National Household Sampling Survey), women had an average 5,2 years of study in 1992 which grew to 7,7 years in 2009, rising 47% (IBGE apud Ipea, 2010). Data from the Ministry of Labor (MTE, 2013) shows that female participation in the formal job market rose, yet women with higher education degrees still receive only 60% of men\'s salaries as remuneration. Ipea (2011) data on income show that the per capita family income of a family headed by a white man is 997 Brazilian Reais (R$), while for a family headed by an black women is only R$ 491 - that is, less than half that of a white man\'s family, running counter to the oft-heralded Brazilian \'racial democracy\'. In spite of the increase in the number of women in the job market, according to Peggy, Dwyer and Roberts (2004) the gender agenda of the accounting profession facilitates the north-american imperialist project by enabling firms to employ competent female workers at minimal cost; this would be related to the domesticity ideology, that is, the idea that domestic life is the ideal life for women. Further studies such as that of Bebbington, Thomson and Wall (1997) conclude that accounting students tend to express their gender through masculine or androgynous identities rather than feminine, in accordance to Butler\'s (2012) theory of performativity which states that gender roles are performed as a result of social influences. This \'masculinization\' of accounting students results from the upkeep of stereotypes, such as the idea that accounting is eminently male. Based on this, Bebbington et al (1997) conclude that \"women may be winning the \'numbers game\' but at a cost--that cost being the elimination of feminine gender characteristics\". In other words, female participation in the job market has risen, but there are still many barriers - a significant part of which are subjective - established through closure processesand these barriers impose themselves on the path of women who desire to succeed in positions of prestige, regardless of those women\'s qualification level. The phenomenon known as \'glass ceiling\' represents the various symbolic barriers, imposed subtly - thus transparent, like glass - but strongly enough that they prevent women from rising to the higher positions of the organization hierarchy. Observed in market terms, the phenomenon can be found to happen in many different countries around the world. This scenario has led us to believe that in this process of social transformation, in which new roles are required, revising perspectives on gender identity is necessary, as well as reviewing the production and maintenance of the gender discourses that support these new identities. In Brazil, as per previously related data, in spite of the advances in terms of qualification, women still suffer with unequal work conditions and restrictions to professional access. There seems to exist a group of real and symbolic barriers that keep women from climbing the career ladder. In accounting, women are exposed to eminently machist discourses and practices; the former structure the latter and reify the image of women as being unable to assume positions of higher responsibility. In the face of this and of a scenario in which women are denied access to leadership positions, it is believed that black women are particularly denied by the \'accounting discourse\'; discriminated throughout their lives not only for being women, but also for being black and often poor, they are, through a process of psychological violence, denied their identity as professionals enabled to exercise their functions, especially in positions of power and prestige. Thus, the goal of this study is to investigate whether the phenomenon known as glass ceiling is present in day-to-day interactions, in the form of sexualization and racialization processes faced by black women along their academic trajectories in Brazilian accounting. The research follows a qualitative approach from a poststructuralist stance, using autoethnographic and oral history techniques; data was collected through semistructured interviews, realized in depth with PhD/Master professors and analyzed from the interpretivist perspective. The results found show that the glass ceiling phenomenon is also present in accounting, resulting in barriers specific to the field. To reach this result some limitations needed to be overcome, the main one being the lack of incentive to the development of the study given the innovative character of the proposal - especially in a field and in a locus in which interdisciplinary studies are still the exception. Studies on both gender and race have not, until now, been objects of study in Brazilian accounting. However, I hope this research may pave a way for future works in this theme. With this, accounting will be acting directly towards the promotion of equality, breaking through established closures and enabling social change.
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A mulher invisível: sentidos atribuídos à mulher e ao trabalho na gerência intermediária

Morgado, Ana Paula Dente Vitelli 26 June 2012 (has links)
Submitted by Ana Paula Morgado (apvitelli@gmail.com) on 2012-07-11T02:04:10Z No. of bitstreams: 1 Tese final_revisada.pdf: 2291001 bytes, checksum: 68ea98712f52828058069c44fa11c1d3 (MD5) / Approved for entry into archive by Suzinei Teles Garcia Garcia (suzinei.garcia@fgv.br) on 2012-07-11T12:19:54Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese final_revisada.pdf: 2291001 bytes, checksum: 68ea98712f52828058069c44fa11c1d3 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-07-11T12:32:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese final_revisada.pdf: 2291001 bytes, checksum: 68ea98712f52828058069c44fa11c1d3 (MD5) Previous issue date: 2012-06-26 / Esta pesquisa teve por objetivo explorar os sentidos que a mulher gerente intermediária atribui a si própria e ao trabalho nesta posição hierárquica. Nos Estudos Organizacionais, existe uma ampla literatura que investiga a mulher, tratando das desigualdades, discriminações e desafios enfrentados por ela no contexto da empresa; existe também a bibliografia que trata da gerência intermediária e das particularidades desta posição na organização. No entanto, são poucos os estudos que tratam da mulher na gerência intermediária. Utilizamos a perspectiva teórica do construcionismo social, que nos permite dar voz ativa a essa mulher, para que ela descreva, explique e atribua sentido ao mundo em que ela vive e também a ela própria. O construcionismo pressupõe que a realidade é um processo de construção social que está contextualizado historicamente e culturalmente e, desta forma, o tempo histórico é fundamental para a compreensão do fenômeno estudado. Nesta pesquisa, consideramos três contextos relevantes: as questões que se apresentam à sociedade contemporânea, referentes à saturação social e à fragilidade da identidade; a história da mulher no contexto social e de trabalho, desde o início da industrialização e principalmente após meados do século XX; e os aportes do movimento feminista, que provocaram profundas transformações na vida da mulher e nos arranjos sociais, após a década de 1970. Os dados foram coletados por meio de entrevistas em profundidade com 42 profissionais que atuavam como gerentes intermediárias em organizações nacionais e multinacionais localizadas na cidade de São Paulo. A pesquisa revelou que as mulheres nesta posição hierárquica estão diante de um contexto de desaparecimento simbólico: desaparecem da esfera da casa, ao negarem este espaço que um dia lhes colocou em situação de desigualdade e lhes conferiu identidade e desaparecem da organização na gerência intermediária ao estarem imersas em um contexto do masculino, paradoxalmente, reforçando-o. Soma-se a isso um cotidiano de saturação, tanto no trabalho como na vida pessoal, ditado pelo ritmo intenso do trabalho. Neste cenário, essas profissionais parecem atuar em todos os lugares, mas, simultaneamente, parecem não estar em lugar algum. Mais que dizer que a mulher divide-se entre as tarefas da profissional que trabalha, da mãe, da esposa, da responsável pela casa, nossa pesquisa revelou que a mulher não está em nenhum desses lugares: na organização, ela desaparece como mulher; na casa, há o seu desaparecimento pela negação deste espaço que lhe conferiu identidade no passado; como esposa, ela não está com o seu marido; como mãe, ela fica pouco com os filhos e ainda não tem tempo para ela própria. Assim, diante desta multiplicidade de selves, a fragilidade da identidade parece ser o aspecto marcante da vida desta mulher na posição da gerência intermediária. Como forma de lidar com estas questões, essa mulher estabelece limites à sua trajetória profissional, buscando movimentações laterais e, mesmo, carreiras alternativas ao invés de crescer na hierarquia, evitando, assim, ainda mais comprometimento de seu escasso tempo. Nossa pesquisa, desta forma, traz outra perspectiva para se compreender o fenômeno do teto de vidro nas organizações. / This research aimed at exploring the meanings that women middle managers placed on themselves and on their work in this particular hierarchical position. In the Organizational Studies field, there is a vast literature that investigates sex segregation in organizations, looking for explanations why it continues to exist. There is also another set of bibliography that documents middle management particularities and how work is experienced by those in this position. However, there are few studies which focus on women as middle managers. The research was based on the social constructionist approach that is concerned with explaining the processes by which people come to describe and explain the world in which they live, including themselves. According to these ideas, reality is a process of social construction that is historically and culturally located; therefore, this research has considered relevant three historical contexts: contemporary society and its matters of social saturation as well as multiple and fragile identities; a brief history of women in society and work since the beginning of industrialization and mainly after the second half of the twenty century; and finally, the feminist movement issues which accounted for deep transformations in social arrangements after the 1970´s. The data was collected by interviewing 42 women middle managers who worked at national and multinational organizations based in São Paulo. The results revealed that women middle managers face a symbolic disappearance. They disappear from the private sphere of home when they wish to stay away from this place that means inequality although gave them a sense of identity in the past. They also disappear from the organization as a public sphere since it is a place where masculinities predominate and, paradoxically, are reinforced by women themselves. Adding to that, their daily lives are characterized by saturation, both at work and in personal life, dictated by the fast pace of work. In this context, this woman is everywhere, but at the same time seems to be nowhere. Although she is a manager, a mother, a wife, and she is responsible for the house, this research showed that she is not fully present in any of these places: in addition to her disappearance from home and from the public sphere of the organization, as a wife, she is not with her husband, as a mother, she is not with her kids and as a being has no time for herself. Thus, in view of this multiplicity of selves, the fragility of identity seems to be the outstanding feature of this woman´s life. As a way of dealing with these issues, this woman middle manager sets boundaries to her professional career, avoiding promotions to higher hierarchies and even setting plans for alternative careers as ways of managing her time constrains. These findings offer another view to understand the glass ceiling phenomenon in organizations.

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