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Flexibilidade cognitiva em roedores adultos expostos à restrição de crescimento intrauterino : investigação do papel do cuidado materno e da resposta neuroquímica à recompensa

Alves, Márcio Bonesso January 2014 (has links)
A restrição do crescimento intrauterino (RCIU) está associada com preferências alimentares alteradas, assim como com um aumento do risco de obesidade na vida adulta. Enquanto os desfechos metabólicos adversos têm sido de certa forma bem caracterizados nesta condição, seus déficits neurocomportamentais e alterações em áreas específicas do sistema nervoso têm recebido significativamente menos atenção. Além disso, o papel do cuidado materno no estabelecimento destes desfechos também deve ser avaliado. O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos da RCIU sobre a flexibilidade cognitiva dos animais na vida adulta, explorando o possível envolvimento do cuidado materno e da resposta neuroquímica à recompensa – através da medida do conteúdo de tirosina hidroxilase (TH) no córtex orbitofrontal (OFC) e núcleo accumbens ( NAcc ) – sobre este desfecho. Materiais e Métodos: A partir do dia 10 de gestação e durante toda a lactação, ratas Sprague-Dawley receberam uma dieta ad libitum (Contr), ou uma dieta restrita a 50% do consumo médio das ratas do grupo Contr (FR). No dia do nascimento, foi realizada a adoção cruzada, gerando os grupos Contr/Contr e FR/Contr (gestação/lactação). Do dia 2 ao dia 7 pós-parto, o cuidado materno foi registrado em cinco sessões diárias de 72 minutos cada. A flexibilidade cognitiva foi medida nos ratos na idade adulta utilizando o Attentional Set- Shifting Task (ASST) que utiliza um pellet de alimento doce como recompensa. Os animais também foram submetidos a jejum de 4 horas e em seguida expostos ao alimento doce durante 1 hora para verificar o consumo agudo de alimento palatável. O conteúdo de TH no córtex orbitofrontal e núcleo accumbens foi medido em jejum ou em resposta à ingestão de alimentos palatáveis. Resultados: Ratas FR mostraram menos comportamentos de lamber os filhotes que fêmeas do grupo Contr (p<0,01) sem diferença nos escores das posturas de amamentação e no tempo permanecido em contato com os filhotes. Filhotes de ratas FR apresentaram peso reduzido ao nascer (p<0,01). Aos 90 dias de idade, machos do grupo FR/Contr apresentaram maior consumo de alimento doce no teste de exposição aguda (p=0,04), enquanto que as fêmeas não diferiram na quantidade consumida (p=0,37). Quando comparadas às controles, fêmeas RCIU necessitaram menos trials para alcançar o critério na etapa de Reversão 2 do ASST (p=0,04), e apresentaram um aumento de TH no OFC em resposta à ingestão de alimentos doces (p=0,04). Não foram observadas diferenças para o sexo masculino em relação à performance no ASST ou nos níveis de TH no OFC. No NAcc , houve um aumento de TH no estado de jejum tanto nos machos RCIU (p=0,03) quanto nas fêmeas RCIU (p=0,02). Discussão: O protocolo utilizado foi eficiente em induzir RCIU nos filhotes. Caracterizar os cuidado materno em diferentes protocolos é crucial para entender melhor as relações entre ambientes precoces adversos e seus coincidentes desfechos adversos na vida adulta. A melhora no desempenho do ASST e concomitante aumento de TH no OFC após consumo de doce sugere que as pistas relacionadas aos alimentos palatáveis sejam mais fortes para as fêmeas expostas à RCIU. Além disso, as alterações encontradas no Nacc em ambos os sexos sugere que a RCIU induz modificações na resposta central para as pistas de alimentos palatáveis e no consumo, afetando a liberação de dopamina em algumas estruturas do circuito encefálico de recompensa. / Intrauterine growth restriction (IUGR) is associated with altered food preferences as well as increased risk for obesity in adult life. However, while the adverse metabolic outcomes have been better characterized in this condition, the neurobehavioral disabilities and particular abnormalities in specific areas of the brain have received less attention. Moreover, the role of maternal care in the stablishment of these outcomes should be evaluated. The aim of this study was to investigate the effects of IUGR on the cognitive flexibility of adult animals, exploring the putative involvement of maternal care and the neurochemical response to reward – through the measurement of tyrosine hydroxylase (TH) content in the orbitofrontal (OF) cortex and nucleus accumbens (nacc) - on this behavioral outcome. Materials and methods: From day 10 of gestation and through lactation, Sprague-Dawley rats received either an ad libitum (AdLib), or a 50% food restricted (FR) diet. At birth, pups were cross-fostered, generating AdLib/AdLib and FR/AdLib groups (pregnancy/lactation). From day 2 to 7 postpartum maternal care was recorded in a five daily sessions. Cognitive flexibility was measured using the Attentional Set-Shifting Task (ASST) with a sweet pellet as a reward. Animals were also submitted to 4 hours of fasting and then exposed to a sweet food for 1 hour to verify the palatable food consumption. TH content in the OF cortex and Nacc was measured at baseline or in response to palatable food intake. Results: Dams of FR group showed less care toward her pups. More precisely, these FR dams showed less licking/grooming than AdLib dams (p<0.01), without difference in the nursing postures and time spent out of the nest. Pups of FR dams had reduced birth weight (p<0.01). At 90 days of age, FR/AdLib males showed increased intake of sweet food in the acute exposure (p=0.04), while females did not differ in the amount consumed (p=0.37). When compared to Controls, IUGR females needed fewer trials to reach criterion in the ASST(p=0.04) and had an increase in TH in response to sweet food intake in the OFC (p=0.04), but not at baseline. No differences were seen in males (p=0.51). In the nacc, there was an increase in TH at baseline in IUGR males (p=0.03) and females (p=0.02). Discussion: The protocol used was efficient in inducing IUGR in the pups. To characterize maternal care in different protocols is crucial to better understand the relationships between early adverse environment and their coincident adverse outcomes in adult life. The improvement in performance of FR females in ASST and concomitant increase in OFC TH in respone to sweet food consumption suggests that palatable food cues are stronger for intrauterine restricted females. Besides, alterations found in the Nacc in both sexes suggest that IUGR induces modifications in the central response to palatable food cues and its intake, affecting dopamine release in select structures of the brain reward system.
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Flexibilidade cognitiva em roedores adultos expostos à restrição de crescimento intrauterino : investigação do papel do cuidado materno e da resposta neuroquímica à recompensa

Alves, Márcio Bonesso January 2014 (has links)
A restrição do crescimento intrauterino (RCIU) está associada com preferências alimentares alteradas, assim como com um aumento do risco de obesidade na vida adulta. Enquanto os desfechos metabólicos adversos têm sido de certa forma bem caracterizados nesta condição, seus déficits neurocomportamentais e alterações em áreas específicas do sistema nervoso têm recebido significativamente menos atenção. Além disso, o papel do cuidado materno no estabelecimento destes desfechos também deve ser avaliado. O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos da RCIU sobre a flexibilidade cognitiva dos animais na vida adulta, explorando o possível envolvimento do cuidado materno e da resposta neuroquímica à recompensa – através da medida do conteúdo de tirosina hidroxilase (TH) no córtex orbitofrontal (OFC) e núcleo accumbens ( NAcc ) – sobre este desfecho. Materiais e Métodos: A partir do dia 10 de gestação e durante toda a lactação, ratas Sprague-Dawley receberam uma dieta ad libitum (Contr), ou uma dieta restrita a 50% do consumo médio das ratas do grupo Contr (FR). No dia do nascimento, foi realizada a adoção cruzada, gerando os grupos Contr/Contr e FR/Contr (gestação/lactação). Do dia 2 ao dia 7 pós-parto, o cuidado materno foi registrado em cinco sessões diárias de 72 minutos cada. A flexibilidade cognitiva foi medida nos ratos na idade adulta utilizando o Attentional Set- Shifting Task (ASST) que utiliza um pellet de alimento doce como recompensa. Os animais também foram submetidos a jejum de 4 horas e em seguida expostos ao alimento doce durante 1 hora para verificar o consumo agudo de alimento palatável. O conteúdo de TH no córtex orbitofrontal e núcleo accumbens foi medido em jejum ou em resposta à ingestão de alimentos palatáveis. Resultados: Ratas FR mostraram menos comportamentos de lamber os filhotes que fêmeas do grupo Contr (p<0,01) sem diferença nos escores das posturas de amamentação e no tempo permanecido em contato com os filhotes. Filhotes de ratas FR apresentaram peso reduzido ao nascer (p<0,01). Aos 90 dias de idade, machos do grupo FR/Contr apresentaram maior consumo de alimento doce no teste de exposição aguda (p=0,04), enquanto que as fêmeas não diferiram na quantidade consumida (p=0,37). Quando comparadas às controles, fêmeas RCIU necessitaram menos trials para alcançar o critério na etapa de Reversão 2 do ASST (p=0,04), e apresentaram um aumento de TH no OFC em resposta à ingestão de alimentos doces (p=0,04). Não foram observadas diferenças para o sexo masculino em relação à performance no ASST ou nos níveis de TH no OFC. No NAcc , houve um aumento de TH no estado de jejum tanto nos machos RCIU (p=0,03) quanto nas fêmeas RCIU (p=0,02). Discussão: O protocolo utilizado foi eficiente em induzir RCIU nos filhotes. Caracterizar os cuidado materno em diferentes protocolos é crucial para entender melhor as relações entre ambientes precoces adversos e seus coincidentes desfechos adversos na vida adulta. A melhora no desempenho do ASST e concomitante aumento de TH no OFC após consumo de doce sugere que as pistas relacionadas aos alimentos palatáveis sejam mais fortes para as fêmeas expostas à RCIU. Além disso, as alterações encontradas no Nacc em ambos os sexos sugere que a RCIU induz modificações na resposta central para as pistas de alimentos palatáveis e no consumo, afetando a liberação de dopamina em algumas estruturas do circuito encefálico de recompensa. / Intrauterine growth restriction (IUGR) is associated with altered food preferences as well as increased risk for obesity in adult life. However, while the adverse metabolic outcomes have been better characterized in this condition, the neurobehavioral disabilities and particular abnormalities in specific areas of the brain have received less attention. Moreover, the role of maternal care in the stablishment of these outcomes should be evaluated. The aim of this study was to investigate the effects of IUGR on the cognitive flexibility of adult animals, exploring the putative involvement of maternal care and the neurochemical response to reward – through the measurement of tyrosine hydroxylase (TH) content in the orbitofrontal (OF) cortex and nucleus accumbens (nacc) - on this behavioral outcome. Materials and methods: From day 10 of gestation and through lactation, Sprague-Dawley rats received either an ad libitum (AdLib), or a 50% food restricted (FR) diet. At birth, pups were cross-fostered, generating AdLib/AdLib and FR/AdLib groups (pregnancy/lactation). From day 2 to 7 postpartum maternal care was recorded in a five daily sessions. Cognitive flexibility was measured using the Attentional Set-Shifting Task (ASST) with a sweet pellet as a reward. Animals were also submitted to 4 hours of fasting and then exposed to a sweet food for 1 hour to verify the palatable food consumption. TH content in the OF cortex and Nacc was measured at baseline or in response to palatable food intake. Results: Dams of FR group showed less care toward her pups. More precisely, these FR dams showed less licking/grooming than AdLib dams (p<0.01), without difference in the nursing postures and time spent out of the nest. Pups of FR dams had reduced birth weight (p<0.01). At 90 days of age, FR/AdLib males showed increased intake of sweet food in the acute exposure (p=0.04), while females did not differ in the amount consumed (p=0.37). When compared to Controls, IUGR females needed fewer trials to reach criterion in the ASST(p=0.04) and had an increase in TH in response to sweet food intake in the OFC (p=0.04), but not at baseline. No differences were seen in males (p=0.51). In the nacc, there was an increase in TH at baseline in IUGR males (p=0.03) and females (p=0.02). Discussion: The protocol used was efficient in inducing IUGR in the pups. To characterize maternal care in different protocols is crucial to better understand the relationships between early adverse environment and their coincident adverse outcomes in adult life. The improvement in performance of FR females in ASST and concomitant increase in OFC TH in respone to sweet food consumption suggests that palatable food cues are stronger for intrauterine restricted females. Besides, alterations found in the Nacc in both sexes suggest that IUGR induces modifications in the central response to palatable food cues and its intake, affecting dopamine release in select structures of the brain reward system.
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Caracteriza??o citoarquitet?nica e por imunoistoqu?mica para tirosina-hidroxilase da subst?ncia negra, ?rea tegmentar ventral e zona retrorubral do Sagui (Callithrix jacchus)

Cavalcanti, Jos? Rodolfo Lopes de Paiva 30 April 2015 (has links)
Submitted by Automa??o e Estat?stica (sst@bczm.ufrn.br) on 2016-04-08T23:56:19Z No. of bitstreams: 1 JoseRodolfoLopesDePaivaCavalcanti_TESE.pdf: 2156602 bytes, checksum: 000c3eafedc8a66a1a55425b0168fd4a (MD5) / Approved for entry into archive by Arlan Eloi Leite Silva (eloihistoriador@yahoo.com.br) on 2016-04-11T23:46:45Z (GMT) No. of bitstreams: 1 JoseRodolfoLopesDePaivaCavalcanti_TESE.pdf: 2156602 bytes, checksum: 000c3eafedc8a66a1a55425b0168fd4a (MD5) / Made available in DSpace on 2016-04-11T23:46:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 JoseRodolfoLopesDePaivaCavalcanti_TESE.pdf: 2156602 bytes, checksum: 000c3eafedc8a66a1a55425b0168fd4a (MD5) Previous issue date: 2015-04-30 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior - CAPES / Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient?fico e Tecnol?gico - CNPq / Sabe-se que o grupo das catecolaminas ? integrado pela dopamina, noradrenalina e adrenalina e que a s?ntese dessas subst?ncias se d? de modo sequencial, sendo a enzima tirosina-hidroxilase reguladora da fase inicial deste processo. Neste sentido, a 3- hidroxitiramina/dopamina ? precursora da s?ntese de noradrenalina e adrenalina e ainda possui a capacidade de atuar como neurotransmissor na por??o central do sistema nervoso. Os tr?s principais n?cleos dopamin?rgicos, chamados zona retrorubral (grupo A8), subst?ncia negra pars compacta (grupo A9) e ?rea tegmentar ventral (grupo A10), est?o dispostos na por??o die-mesencef?lica e est?o envolvidos em tr?s vias, a mesostriatal, mesol?mbica e mesocortical. Estas vias est?o relacionadas diretamente com diversas manifesta??es comportamentais como controle da motricidade, sinaliza??o de recompensa na aprendizagem comportamental, motiva??o e nas manifesta??es patol?gicas da Doen?a de Parkinson e esquizofrenia. Considerando-se a relev?ncia desses, o objetivo do trabalho foi caracterizar morfologicamente os n?cleos dopamin?rgicos (A8, A9 e A10) do sagui (Callithrix jacchus) mediante estudo citoarquitet?nico e imunoistoqu?mico contra tirosina-hidroxilase. O sag?i ? um primata neotropical, cujas caracter?sticas morfofuncionais repercutem na adequabilidade de uso deste animal em pesquisas de ordem biom?dica. Sec??es coronais dos enc?falos de seis animais foram submetidas ? colora??o pelo m?todo de Nissl e immunoistoqu?mica para tirosinsa-hidroxilase. Com base na morfologia dos neur?nios, foi poss?vel subdividir o grupo A10 em sete regi?es: n?cleo interfascicular, linear rostral e linear caudal, situados na linha m?dia; paranigral e o parainterfascicular, situados na zona intermedi?ria; a por??o rostral da ?rea tegmentar ventral e o n?cleo parabraquial pigmentado, situados na por??o dorsolateral do tegmento mesencef?lico. O grupo A9 foi subdividido em quatro regi?es: subst?ncia negra camadas dorsal e ventral; subst?ncia negra conjuntos lateral e medial. Por ?ltimo, n?o foram indentificadas subdivis?es no grupo A8. Conclu?-se que A8, A9 e A10 s?o filogeneticamente conservados entre as esp?cies, por?m percebe-se a necessidade de se ampliar os estudos acerca das organiza??es subnucleares, seja investigando a sua ocorr?ncia em outras esp?cies de primatas, seja investigando a sua relev?ncia funcional. / It is known that the catecholamine group is constituted by dopamine, noradrenaline and adrenaline, in which the synthesis is regulated by an enzyme named tyrosine hydroxylase. Thus, 3-hydroxytyramine/dopamine (DA) is a precursor of the noradrenaline and adrenaline synthesis and acts as a neurotransmitter in the central nervous system. The three main nuclei, named the retrorubral field (A8 group), the substantia nigra pars compacta (A9 group) and the ventral tegmental area (A10 group), are arranged in the die-mesencephalic portion and are involved in three complexes circuitries - the mesostriatal, mesolimbic and mesocortical pathways. These pathways are related to behavioral manifestations, motricity, learning, reward and pathologies such as Parkinson?s Disease and Schizophrenia. Thus, the aim of this study was to perform de morphological analysis of the A8, A9 and A10 nuclei of the common marmoset (Callithrix jacchus). The marmoset is a neotropical primate, whose morphological and functional characteristics supports the suitability of use of this animal in biomedical research. Coronal sections of the marmoset brain were submitted to cytoarchitectonic characterization and TH-immunohistochemistry. Based on the morphology of the neurons, it was possible to subdivide the A10 group in seven regions: interfascicular nucleus, raphe rostral linear nucleus and raphe caudal linear nucleus, in the middle line; paranigral and parainterfascicular nucleus, in the middle zone; rostral portion of the ventral tegmental area nucleus and parabrachial pigmented nucleus, located in the dorsolateral portion of the mesencephalic tegmentum. A9 group was divided into four regions: substantia nigra compacta dorsal and ventral tiers; substantia nigra compacta lateral and medial clusters. No subdivisions were founded into A8 group. These results revealed that A8, A9 and A10 are phylogenetically conserved between species, but it?s necessary to expand the studies about this compartmentalization, investigating its occurrence in other primate species or investigating its functional relevance.
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Flexibilidade cognitiva em roedores adultos expostos à restrição de crescimento intrauterino : investigação do papel do cuidado materno e da resposta neuroquímica à recompensa

Alves, Márcio Bonesso January 2014 (has links)
A restrição do crescimento intrauterino (RCIU) está associada com preferências alimentares alteradas, assim como com um aumento do risco de obesidade na vida adulta. Enquanto os desfechos metabólicos adversos têm sido de certa forma bem caracterizados nesta condição, seus déficits neurocomportamentais e alterações em áreas específicas do sistema nervoso têm recebido significativamente menos atenção. Além disso, o papel do cuidado materno no estabelecimento destes desfechos também deve ser avaliado. O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos da RCIU sobre a flexibilidade cognitiva dos animais na vida adulta, explorando o possível envolvimento do cuidado materno e da resposta neuroquímica à recompensa – através da medida do conteúdo de tirosina hidroxilase (TH) no córtex orbitofrontal (OFC) e núcleo accumbens ( NAcc ) – sobre este desfecho. Materiais e Métodos: A partir do dia 10 de gestação e durante toda a lactação, ratas Sprague-Dawley receberam uma dieta ad libitum (Contr), ou uma dieta restrita a 50% do consumo médio das ratas do grupo Contr (FR). No dia do nascimento, foi realizada a adoção cruzada, gerando os grupos Contr/Contr e FR/Contr (gestação/lactação). Do dia 2 ao dia 7 pós-parto, o cuidado materno foi registrado em cinco sessões diárias de 72 minutos cada. A flexibilidade cognitiva foi medida nos ratos na idade adulta utilizando o Attentional Set- Shifting Task (ASST) que utiliza um pellet de alimento doce como recompensa. Os animais também foram submetidos a jejum de 4 horas e em seguida expostos ao alimento doce durante 1 hora para verificar o consumo agudo de alimento palatável. O conteúdo de TH no córtex orbitofrontal e núcleo accumbens foi medido em jejum ou em resposta à ingestão de alimentos palatáveis. Resultados: Ratas FR mostraram menos comportamentos de lamber os filhotes que fêmeas do grupo Contr (p<0,01) sem diferença nos escores das posturas de amamentação e no tempo permanecido em contato com os filhotes. Filhotes de ratas FR apresentaram peso reduzido ao nascer (p<0,01). Aos 90 dias de idade, machos do grupo FR/Contr apresentaram maior consumo de alimento doce no teste de exposição aguda (p=0,04), enquanto que as fêmeas não diferiram na quantidade consumida (p=0,37). Quando comparadas às controles, fêmeas RCIU necessitaram menos trials para alcançar o critério na etapa de Reversão 2 do ASST (p=0,04), e apresentaram um aumento de TH no OFC em resposta à ingestão de alimentos doces (p=0,04). Não foram observadas diferenças para o sexo masculino em relação à performance no ASST ou nos níveis de TH no OFC. No NAcc , houve um aumento de TH no estado de jejum tanto nos machos RCIU (p=0,03) quanto nas fêmeas RCIU (p=0,02). Discussão: O protocolo utilizado foi eficiente em induzir RCIU nos filhotes. Caracterizar os cuidado materno em diferentes protocolos é crucial para entender melhor as relações entre ambientes precoces adversos e seus coincidentes desfechos adversos na vida adulta. A melhora no desempenho do ASST e concomitante aumento de TH no OFC após consumo de doce sugere que as pistas relacionadas aos alimentos palatáveis sejam mais fortes para as fêmeas expostas à RCIU. Além disso, as alterações encontradas no Nacc em ambos os sexos sugere que a RCIU induz modificações na resposta central para as pistas de alimentos palatáveis e no consumo, afetando a liberação de dopamina em algumas estruturas do circuito encefálico de recompensa. / Intrauterine growth restriction (IUGR) is associated with altered food preferences as well as increased risk for obesity in adult life. However, while the adverse metabolic outcomes have been better characterized in this condition, the neurobehavioral disabilities and particular abnormalities in specific areas of the brain have received less attention. Moreover, the role of maternal care in the stablishment of these outcomes should be evaluated. The aim of this study was to investigate the effects of IUGR on the cognitive flexibility of adult animals, exploring the putative involvement of maternal care and the neurochemical response to reward – through the measurement of tyrosine hydroxylase (TH) content in the orbitofrontal (OF) cortex and nucleus accumbens (nacc) - on this behavioral outcome. Materials and methods: From day 10 of gestation and through lactation, Sprague-Dawley rats received either an ad libitum (AdLib), or a 50% food restricted (FR) diet. At birth, pups were cross-fostered, generating AdLib/AdLib and FR/AdLib groups (pregnancy/lactation). From day 2 to 7 postpartum maternal care was recorded in a five daily sessions. Cognitive flexibility was measured using the Attentional Set-Shifting Task (ASST) with a sweet pellet as a reward. Animals were also submitted to 4 hours of fasting and then exposed to a sweet food for 1 hour to verify the palatable food consumption. TH content in the OF cortex and Nacc was measured at baseline or in response to palatable food intake. Results: Dams of FR group showed less care toward her pups. More precisely, these FR dams showed less licking/grooming than AdLib dams (p<0.01), without difference in the nursing postures and time spent out of the nest. Pups of FR dams had reduced birth weight (p<0.01). At 90 days of age, FR/AdLib males showed increased intake of sweet food in the acute exposure (p=0.04), while females did not differ in the amount consumed (p=0.37). When compared to Controls, IUGR females needed fewer trials to reach criterion in the ASST(p=0.04) and had an increase in TH in response to sweet food intake in the OFC (p=0.04), but not at baseline. No differences were seen in males (p=0.51). In the nacc, there was an increase in TH at baseline in IUGR males (p=0.03) and females (p=0.02). Discussion: The protocol used was efficient in inducing IUGR in the pups. To characterize maternal care in different protocols is crucial to better understand the relationships between early adverse environment and their coincident adverse outcomes in adult life. The improvement in performance of FR females in ASST and concomitant increase in OFC TH in respone to sweet food consumption suggests that palatable food cues are stronger for intrauterine restricted females. Besides, alterations found in the Nacc in both sexes suggest that IUGR induces modifications in the central response to palatable food cues and its intake, affecting dopamine release in select structures of the brain reward system.
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A redução da síntese e da secreção de catecolaminas observada em diabéticos é conseqüência da hiperglicemia?

Melo, Anderson Dutra de 22 February 2008 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-10-13T17:36:44Z No. of bitstreams: 1 andersondutrademelo.pdf: 664118 bytes, checksum: 3695f89c95d5ed609cc3f5bd69a7f406 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-10-22T12:58:01Z (GMT) No. of bitstreams: 1 andersondutrademelo.pdf: 664118 bytes, checksum: 3695f89c95d5ed609cc3f5bd69a7f406 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-10-22T12:58:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1 andersondutrademelo.pdf: 664118 bytes, checksum: 3695f89c95d5ed609cc3f5bd69a7f406 (MD5) Previous issue date: 2008-02-22 / O diabetes reduz a secreção de catecolaminas em resposta a variações glicêmicas, acentuando o quadro de descontrole metabólico dos indivíduos doentes. Diversos estudos têm demonstrado que a hiperglicemia é a principal causa dos problemas decorrentes da instalação do diabetes. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi analisar o efeito do diabetes sobre o processo de síntese e secreção de catecolaminas e se o tratamento com insulina reverte as modificações causadas pela doença. Métodos e Resultados: Foram usados ratos Wistar, machos, com 60 dias. O diabetes foi induzido pela injeção intravenosa de estreptozotocina na proporção de 50 mg/Kg de animal. O grupo controle recebeu injeção de solução tampão. Para determinar o protocolo de tratamento com insulina, estudamos o padrão de ingestão alimentar e de variações glicêmicas durante um dia, medindo estes dois parâmetros de hora em hora, durante 24h consecutivas. Foi estabelecido o tratamento com insulina NPH humana na dose de 5U diárias, 1 U às 13 h e 4 U às 19h. Após 15 dias da indução, os animais foram sacrificados e as glândulas adrenais foram retiradas. Com a intenção de caracterizar o efeito do diabetes sobre alguns parâmetros bioquímicos correntemente utilizados como marcadores da doença, foram medidos os níveis de frutosamina, triglicerídeos e colesterol e suas frações. Foi quantificado o conteúdo total de catecolaminas e a secreção basal e a estimulada por altas concentrações de potássio, carbamilcolina e cafeína. As catecolaminas foram dosadas por método fluorimétrico. A expressão de tirosina hidroxilase (TH), enzima reguladora da via de síntese de catecolaminas, foi avaliada por Western Blot. A glicemia foi de 82,82 ± 1,24 mg/dl, 405,74 ± 23,35 mg/dl e 103,72 ± 6,79 mg/dl nos animais controle, diabéticos e diabéticos tratados com insulina (DTI). A variação na massa corporal durante o período experimental foi negativa nos ratos diabéticos, ou seja, eles emagreceram 6,1 ± 3,84 g, enquanto que os animais controles e os diabéticos tratados, aumentaram seus pesos, em média, 36,34 ± 1,8 g e 43,32 ± 3,79 g, respectivamente. O diabetes modificou os níveis de colesterol total, LDL e VLDL, modificações que foram corrigidas pelo tratamento com insulina. Não houve diferença, entre controles e diabéticos, nos níveis de triglicérides, frutosamina e LDH. O tratamento com insulina reduziu significativamente os níveis de frutosamina. O conteúdo total de catecolaminas foi 21,14% menor nos diabéticos sem tratamento, quando comparado aos controles (p<0,05). O tratamento com insulina recuperou os estoques de catecolaminas dos ratos diabéticos. A expressão de TH foi similar em todos os grupos experimentais. A secreção basal e a estimulada por altas concentrações de K+ e por carbamilcolina foi reduzida pelo diabetes em 24,3%, 42,28% e 28,9%, respectivamente. Este efeito não foi corrigido pelo tratamento com insulina. A secreção estimulada pela mobilização de Ca2+ de pools intracelulares sensíveis à cafeína não é afetada pelo diabetes. Os nossos resultados nos permitem concluir que o diabetes afeta a secreção basal de catecolaminas e a estimulada via membrana plasmática e que isto não é determinado pela redução dos estoques de catecolaminas, nem é revertido pelo tratamento com insulina exógena. / The diabetes reduces the catecholamine secretion with hypoglycemic episodes, to turning worse the metabolic disorder of diabetic people. Several studies have shown that hyperglycemia has pivotal role in diabetic complication development. This work studied the effect of diabetes on catecholamine synthesis and secretion and the effects of insulin treatment. Methods and results: 60 days old, male Wistar rats were used. The diabetes was induced by a single intravenous injection of streptozotocin (50mg/Kg body weight). The control group received buffer injection. To establish the protocol of insulin treatment the food consumption and the blood glucose levels were measured during 24h from hour to hour. The insulintreated diabetic rats received human NPH insulin at 1pm (1U) and 7pm (4U). After 15 days of the streptozotocin injection, the rats were sacrificed and the adrenal glands withdrew. To evaluate the effect of diabetes and the insulin treatment, fructosamine, triglycerides, total cholesterol, HDL, LDL and VLDL were measured. The total catecholamine content of adrenal gland and the basal and stimulated catecholamine secretion was quantified. The experiments of stimulated catecholamine secretion were performed with high potassium, carbachol and caffeine. The catecholamines measurement was done by fluorimetric method. The expression of tyrosine hydroxylase (TH), the rate-limiting enzyme of catecholamine synthesis, was analyzed by western blotting. The glicemia was 82.82 ± 1.24 mg/dl, 405.74 ± 23.35 mg/dl and 103.72 ± 6.79 mg/dl in control, diabetic and insulin-treated diabetic groups, respectively. The body mass of diabetic rats was reduced in 6.1 ± 3.84g and increased on control and insulin-treated diabetic rats, in 36.34 ± 1.8g and 43.32 ± 3.79g, respectively. The diabetes changed total cholesterol, LDL and VLDL plasma levels, alteration reversed by insulin treatment. The triglycerides, fructosamine and LDH levels were not affected by diabetes. The insulin-treated rats showed significant reduction of fructosamine levels. The diabetic rats presented a significant reduction, 21.14% on the catecholamine content when compared to the control group, p<0.05. The insulin treatment recovered the catecholamine stores. The TH expression was similar in all three experimental groups. The diabetes reduced the basal and stimulated catecholamine secretion by 24.3%, 42.28% (high K+) e 28.9% (carbachol).The catecholamine secretion stimulated by mobilization of intracellular Ca2+ pools was not affected by diabetes or insulin treatment. Our results show that diabetes reduces the catecholamine secretion, and this is not consequence of reduction on cell catecholamine stores and it is not reversed by insulin therapy.
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Tirosina hidroxilase como marcador da atividade simpática em artérias musculares esqueléticas e renais de ratos normotensos: efeitos do treinamento fisico. / Tirosyne hydroxilase as a marker of sympathetic drive within skeletal muscle and renal arterioles of normotensive rats: effects of physical training.

Katia Burgi 01 October 2007 (has links)
Apesar de não alterar a pressão de normotensos, o treinamento físico (T) promove importantes ajustes periféricos e adapatações centrais do controle cardiovascular mediados pelo vago e simpático. Neste trabalho investigamos os efeitos do T (55% da capacidade máxima) sobre a inervação simpática vascular para os territórios muscular esquelético (locomotor e não locomotor) e renal e adrenais, através de imunohistoquimica e Western Blot para Tirosina-Hidroxilase (TH). T aumentou a capacidade física (+0,07±0,06 Km/h) e reduziu a FC (de 327±7 para 308±10 bpm), sem alterar a PA (126mmHg) e a estrutura de arteriolas dos diferentes territórios. T também determinou redução na imunoreatividade para TH nos músculos locomotores (-48%, p<0,05), sem alterações nos não locomotores e rins. A noradrenalina na artéria femoral (HPLC) encontrava-se reduzida após T. Nenhuma alteração foi detectada nas catecolaminas adrenais.Os dados indicam, que o T não altera as catecolaminas plasmáticas, mas reduz a atividade simpática vascular em normotensos, sendo este efeito tecido-específico. / Exercise training (T) does not reduce pressure in normotensive, but causes peripheral and central adjustments on cardiovascular system, mediated by autonomic nervous system. In this study we investigated whether T (55% maximal exercise capacity) is able to change vascular sympathetic drive to skeletal muscle (locomotor, non-locomotor), kidney and adrenals, using immunohistochemistry and western blot for tyrosine hydroxylase (TH). T improved performance (+0,07±0,06 Km/h) and reduced resting HR (from 327±7 to 308±10 bpm) without changing MAP (126mmHg) and arterioles wall/ lumen ratio in any tissue. T caused 48% decrease on TH-immunoreactivity of exercised muscles arterioles, without changes on non-exercised tissues. Norepinephrine concentration on femoral arteries was reduced after T. There was no change on adrenal. TH content. Decreased sympathetic drive to skeletal muscles arterioles (without changes on plasma cathecolamines) is a beneficial, tissue-specific effect in normotensive individuals.
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Conexões e caracterização neuroquímica de vias neurais envolvidas com o controle dos movimentos mandibulares / Connections and neurochemical characterization of neural pathways involved in the control of jaw movements

Mascaro, Marcelo Betti 13 August 2007 (has links)
O núcleo motor do trigêmeo (Mo5) está cercado por um anel de neurônios pré-motores localizados na região h. Estudos demonstram que neurônios que inervam o Mo5 estão distribuídos no tronco encefálico e no prosencéfalo. Após implante de traçador retrógrado no Mo5, verificamos células retrogradamente marcadas no núcleo mesencefálico do trigêmeo (Me5), na região h e em núcleos prosencefálicos como o central da amígdala (CeA), a área hipotalâmica lateral (LH) e o parasubtalâmico (PSTh). Para confirmação, realizamos injeção de traçador anterógrado e investigamos, também, a neuroquímica das projeções. Neurônios do CeA que se projetam para o Mo5 recebem inervação de fibras imunorreativas ao fator liberador de corticotrofina (CFR-ir) e/ou à tirosina hidroxilase (TH-ir); alguns neurônios da LH que se projetam para o Mo5 são imunorreativos à orexina (ORX) e alguns neurônios do PSTh que se projetam para o Mo5 são innervados por fibras TH-ir. O Me5 recebe grande inervação do CeA e moderada da LH e do PSTh, possuindo grande aferência de fibras imunorreativas ao CRF, ORX e TH / The trigeminal motor nucleus (Mo5) is surrounded by a ring of premotor neurons defined as the h region. Studies have shown that neurons innervating the Mo5 are located in brainstem and in forebrain nuclei. Through the injection of the retrograde tracer cholera toxin b subunit/CTb in the Mo5, we found retrograde labeled neurons in the brainstem including the h region and the mesencephalic trigeminal nucleus (Me5), and in forebrain nuclei such as the central nucleus of amygdala (CeA), the lateral hypothalamic area (LH) and the parasubthalamic nucleus (PSTh). As control, we injected the anterograde tracer biotin dextran amine and found that these areas project direct or indirectly via the h region or the Me5 to the Mo5. Some CeA neurons that project to the Mo5 receive corticotrophin releasing factor (CRF) and tyrosine hydroxylase (TH) innervation, some LH neurons that project to Mo5 express orexin, and PSTh neurons that project to the Mo5 receive TH innervation. The Me5 is also innervated by CeA, LH and PSTh neurons and by CRF, orexin and TH immunoreactive fibers
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Os n?cleos dopamin?rgicos do mesenc?falo do moc? (kerodon rupestris): caracteriza??o citoarquitet?nica e por imunoistoqu?mica para tirosina-hidroxilase

Cavalcanti, Jos? Rodolfo Lopes de Paiva 27 October 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2014-12-17T15:37:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 JoseRLPC_DISSERT.pdf: 5508734 bytes, checksum: 81d9b9240f44158090493b3b76b26129 (MD5) Previous issue date: 2011-10-27 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior / The 3-hydroxytyramine/dopamine (DA) is a monoamine of catecholamineric group and consists in the progenitor substantia of synthesis of noradrenaline and adrenaline, having the enzyme tyrosine hydroxylase as a regulator of this process. Nuclei of midbrain expressing DA are the retrorubral field (RRF, A8 group), the substantia nigra pars compacta (SNc, A9 group) and the ventral tegmental area (VTA, A10 group). These nuclei are involved in three complex circuitry called mesostriatal, mesocortical and mesolimbic, which are related directly with various behavioral manifestations such as motor control, reward signaling in behavioural learning, motivation and pathological manifestations of Parkinson s disease and schizophrenia. The aim of this study was describe the morphology of midbrain dopaminergic neurons (A8, A9 and A10) of the rock cavy (Kerodon rupestris), a rodent belonging to the family Caviidae typical of the Brazilian Northeast, which is being adopted as a model for neuroanatomical studies in laboratory of neuroanatomy of the Federal University of Rio Grande do Norte. Coronal sections of brains of the rock cavies were submitted to staining by Nissl s method and immunohistochemistry against tyrosine hydroxylase. The nuclear organization of the midbrain dopaminergic nuclei of the rock cavy is very similar to that found in other animals of the order Rodentia, except by the presence of the tail of substantia nigra, which was found only in the studied species. We concluded that the midbrain dopaminergic nuclei are phylogenetically stable among species, but we think to be it necessary to expand the studies about the particularity found the rock cavy, investigating its occurrence in other species of rodents or investigating its functional relevance / A 3-hidroxitiramina/dopamina (DA) ? uma monoamina do grupo das catecolaminas e consiste na subst?ncia precursora da s?ntese de noradrenalina e adrenalina, tendo a enzima tirosinahidroxilase (TH) como reguladora deste processo. Os n?cleos do mesenc?falo que expressam DA s?o a zona retrorubral (RRF, grupo A8), a subst?ncia negra pars compacta (SNc, grupo A9) e a ?rea tegmental ventral (VTA, grupo A10). Tais n?cleos est?o envolvidos em tr?s complexas circuitarias, chamadas mesostriatal, mesol?mbica e mesocortical, as quais est?o relacionadas diretamente com diversas manifesta??es comportamentais como controle da motricidade, sinaliza??o de recompensa na aprendizagem comportamental, motiva??o e nas manifesta??es patol?gicas da Doen?a de Parkinson e esquizofrenia. O objetivo deste estudo foi descrever a morfologia dos n?cleos dopamin?rgicos do mesenc?falo (A8, A9 e A10) do moc? (Kerodon rupestris), um roedor pertencente ? fam?lia Caviidae t?pico da regi?o Nordeste do Brasil, que est? sendo adotado como modelo para estudos neuroanat?micos no Laborat?rio de Neuroanatomia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Sec??es coronais do enc?falo do moc? foram submetidas ? colora??o pelo m?todo de Nissl e imunoistoqu?mica contra tirosina-hidroxilase. A organiza??o nuclear do sistema dopamin?rgico do mesenc?falo do moc? ? muito semelhante ao que foi encontrado em outros animais da ordem Rodentia, exceto na presen?a da cauda da subst?ncia negra, que foi encontrada apenas na esp?cie em quest?o. Conclu?mos que os n?cleos dopamin?rgicos do mesenc?falo s?o filogeneticamente est?veis entre as esp?cies, por?m percebemos a necessidade de se ampliar os estudos acerca da particularidade encontrada no moc?, seja investigando a sua ocorr?ncia em outras esp?cies de roedores, seja investigando a sua relev?ncia funcional
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Conexões e caracterização neuroquímica de vias neurais envolvidas com o controle dos movimentos mandibulares / Connections and neurochemical characterization of neural pathways involved in the control of jaw movements

Marcelo Betti Mascaro 13 August 2007 (has links)
O núcleo motor do trigêmeo (Mo5) está cercado por um anel de neurônios pré-motores localizados na região h. Estudos demonstram que neurônios que inervam o Mo5 estão distribuídos no tronco encefálico e no prosencéfalo. Após implante de traçador retrógrado no Mo5, verificamos células retrogradamente marcadas no núcleo mesencefálico do trigêmeo (Me5), na região h e em núcleos prosencefálicos como o central da amígdala (CeA), a área hipotalâmica lateral (LH) e o parasubtalâmico (PSTh). Para confirmação, realizamos injeção de traçador anterógrado e investigamos, também, a neuroquímica das projeções. Neurônios do CeA que se projetam para o Mo5 recebem inervação de fibras imunorreativas ao fator liberador de corticotrofina (CFR-ir) e/ou à tirosina hidroxilase (TH-ir); alguns neurônios da LH que se projetam para o Mo5 são imunorreativos à orexina (ORX) e alguns neurônios do PSTh que se projetam para o Mo5 são innervados por fibras TH-ir. O Me5 recebe grande inervação do CeA e moderada da LH e do PSTh, possuindo grande aferência de fibras imunorreativas ao CRF, ORX e TH / The trigeminal motor nucleus (Mo5) is surrounded by a ring of premotor neurons defined as the h region. Studies have shown that neurons innervating the Mo5 are located in brainstem and in forebrain nuclei. Through the injection of the retrograde tracer cholera toxin b subunit/CTb in the Mo5, we found retrograde labeled neurons in the brainstem including the h region and the mesencephalic trigeminal nucleus (Me5), and in forebrain nuclei such as the central nucleus of amygdala (CeA), the lateral hypothalamic area (LH) and the parasubthalamic nucleus (PSTh). As control, we injected the anterograde tracer biotin dextran amine and found that these areas project direct or indirectly via the h region or the Me5 to the Mo5. Some CeA neurons that project to the Mo5 receive corticotrophin releasing factor (CRF) and tyrosine hydroxylase (TH) innervation, some LH neurons that project to Mo5 express orexin, and PSTh neurons that project to the Mo5 receive TH innervation. The Me5 is also innervated by CeA, LH and PSTh neurons and by CRF, orexin and TH immunoreactive fibers
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Origem da inervação dopaminérgica da divisão central da amígdala expandida e da concha do núcleo Acumbens no rato. / Origin of dopaminergic fibers to the central extended amygdala and nucleus accumbens shell in the rat.

Hasue, Renata Hydee 23 January 2001 (has links)
A amígdala expandida central (EAc) inclui os núcleos central da amígdala (CeA), intersticial lateral da estria terminal (BSTl), intersticial do ramo posterior da comissura anterior (IPAC) e amígdala expandida sublenticular (SLEA). A EAc e a concha do acumbens possuem densa inervação dopaminérgica, implicada em processos motivacionais, e cuja origem foi estudada com a técnica de dupla marcação celular, combinando-se imunofluorescência para o traçador retrógrado Fluoro-Gold e para a tirosina hidroxilase. Nossos resultados indicam que a inervação dopaminérgica do CeA e BSTl é semelhante, se originando em igual proporção da área tegmental ventral (A10) e do núcleo dorsal da rafe/substância cinzenta periaquedutal (A10dc). A inervação dopaminérgica da SLEA, IPAC e concha do acumbens se origina principalmente do grupo A10. Com um anticorpo específico para dopamina vimos que parte da projeção do A10dc para o CeA é de fato dopaminérgica. Os grupos dopaminérgicos diencefálicos não inervam a EAc e a concha do acumbens. / The central extended amygdala (EAc) includes the central amygdaloid nucleus (CeA), lateral bed nucleus of the stria terminalis (BSTl), interstitial nucleus of the posterior limb of the anterior commissure (IPAC) and sublenticular extended amygdala (SLEA). The dopaminergic innervation of the EAc and nucleus accumbens shell is functionally related to motivational processes. Its origin was studied by combining immunofluorescence to tyrosine hydroxylase and Fluoro-Gold, used as retrograde tracer. Our results show that dopaminergic fibers to the CeA and BSTl derive in equal proportion from neurons in ventral tegmental area (A10) and in dorsal raphe nucleus/periaqueductal gray (A10dc). Dopaminergic inputs to SLEA, IPAC and accumbens shell arise mainly from A10 neurons. Using a dopamine antibody, we confirmed that A10dc projections to CeA are in part dopaminergic. Futhermore, the present data indicate that the diencephalic dopaminergic groups do not project to EAc and accumbens shell.

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