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O riso trágico - ou sobre como pensar com um chapéu de bobo / The tragic laugh - or how to think with a silly hatCoppi, Luiz Antônio Callegari 13 July 2016 (has links)
O que motiva este texto é investigar quais as possibilidades, as características e os efeitos de um modo de pensar que tenha o humor como ponto de partida. O riso costuma não estar onde a crença na Verdade absoluta aparece, o que o dissocia, tradicionalmente, de categorizações do real cujo horizonte é tal Verdade. Não obstante, até que se creia tê-la alcançado, não raro, o humor surge como ferramenta - ora ridicularizando aquilo que foge à ordem vigente; ora satirizando a própria ordem, mas em nome de uma que teria, ela sim, fundamentos transcendentes; diante do que se pretende absoluto, porém, o riso cala e a atmosfera daí decorrente é séria. Fundamentados na Filosofia Trágica, conforme a propõe o filósofo Friedrich Nietzsche, contudo, procuramos descrever um outro cenário. Para o alemão, o real é convenção, imagem, e qualquer discurso que pretenda dar conta dessa realidade acaba sempre por ser muito mais indicativo de quem o produz do que, de fato, daquilo que existe. Compreender a existência como convenção, então, nos levaria a uma forma de pensar animada não mais por uma vontade de descoberta, de desnudamento de uma pretensa Verdade, mas por algo próximo ao que chamaremos de uma \"vontade de jogo\", isto é, uma disposição mais inclinada a reconhecer que aquilo a que nos dedicamos de corpo e alma não tem um fundo transcendente, mas é uma invenção e, como tal, em alguma medida, pode ser alterada, trocada. Interpretar dessa maneira aquilo que é pensado sugere que, independentemente do conteúdo do que se pensa, tem-se um fazer diferente, embasado não mais em afetos que temem descolar-se de uma Verdade única ou desobedecer a ela, mas sim em uma disposição humorística alinhada àquilo que o escritor Luigi Pirandello chama de \"sentimento do contrário\", isto é, uma paixão compadecida por ver no mundo apenas criação, qualquer que seja ela. O humor como ponto de largada para o pensar, por fim, parece-nos capaz de desmobilizar aquilo que se pensa de uma arrogância totalitária que se pretende senhora da Verdade. / The impetus for this work is to contemplate the possibilities, characteristics and effects of a way of thinking that has humor as its starting point. Laughter usually is not where the belief in absolute truth appears, which is dissociated, traditionally, from categorizations of reality whose horizon is that truth. Nevertheless, until one believes to have reached it, frequently, humor arises as an instrument sometimes mocking what escapes from order; sometimes satirizing its own order, but in the name of one that would have transcendent foundations; in the face of what is intended absolute, however, laughter silences, and the atmosphere resulted from it is serious. Founded on Tragic Philosophy, as Friedrich Nietzsche proposes, nonetheless, we try to describe another scenario. For this philosopher, what is real is a convention, an image, and whichever speech that intends to handle this reality ends up always being more indicative of the one that produces it than, in fact, from what exists. Comprehending existence as a convention, then, leads us to a way of thinking motivated not anymore by a will of discovery, or by a desire of unveiling an alleged truth, but rather by something close to what we will call a will of game, which is a willingness more tilted to recognize that to what we dedicate our hearts and minds does not have a transcendent foundation, but is actually an invention and, as such, in some level, can be altered or replaced. This interpretation suggests that, independent from the substance of what one thinks, we have a different making, built not anymore in affections that fear to detach themselves from a unique truth or that fear to disobey it, yet in a humorous tendency aligned to what the writer Luigi Pirandello calls sentiment of the opposite, which is a passion sympathized on account of seeing only creation in the world, whatever that may be. Humor as a starting point for thinking, then, seems to be capable of demobilizing what is thought as a totalitarian arrogance which intends itself as the owner of truth.
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O contemporâneo através do cinema: o olhar distópico, o ilusório e o trágico / The contemporary through cinema: the dystopic, illusory and tragicMaiorino, Fabiana Tavolaro 13 April 2018 (has links)
O objetivo desta tese é investigar de que modo o Contemporâneo fala através da arte cinematográfica, ou seja, pergunta-se, na dobra do tempo do agora, sobre o que há para ser visto e afirmado na vida contemporânea através do cinema. Essa pesquisa utilizou-se dos pressuspostos teóricos-epistêmicos do aporte existencial e trágico, com obras de Nietzsche, Clément Rosset, Rogério de Almeida, Beccari e Oliveira. Para mapear os modos como o contemporâneo tem sido evocado pelo cinema, usou-se a metodologia qualitativa de inspiração deleuziana, da cartografia e mapeamentos em platôs estéticos-discursivos. Foram delineados três a partir de uma vasta revisão fílmica operada principalmente nos últimos dez anos (2008-2017): (1) platô distópico, analisado por meio do filme Holy Motors (2012); (2) platô ilusório, trazido pelo filme O Duplo (2013) e (3) platô trágico, iluminado pela obra A Grande Beleza (2013). A partir de uma descrição fílmica cuidadosa e pela ótica da hermenêutica trágica, inspirada na obra de Beccari, constatou-se que o cinema tem mostrado o Contemporâneo por diversas matizes e forças, o que reverbera no modo de se pensar o homem e seus modos plurivocais de vida no mundo atual, seja no horizonte educacional ou quaisquer outros. / This thesis aims to investigate how the Contemporary speaks through cinematographic art, that is, it is questioned in the present about what is to be seen and affirmed in contemporary life through the cinema. This research made use of the theoretical and epistemic presuppositions of tragic thinking, with works by Nietzsche, Clément Rosset, Rogério de Almeida, Beccari and Oliveira. In order to evaluate the ways in which the contemporary has been evoked by the cinema, the methodology used was qualitative of Deleuze inspiration, cartography and mappings in aesthetic and discursive plateaus. Three films were drawn from a broad film review mainly carried out over the last ten years (2008-2017): (1) dystopic plateau, analyzed through the Holy Motors film (2012); (2) illusory plateau, studied by the film The Double (2013) and (3) tragic plateau, through the analysis of the work The Great Beauty (2013). From a careful film description and from the perspective of tragic hermeneutics, inspired by Beccari\'s work, it has been observed that cinema has shown the Contemporary by various shades and forces, which has repercussions on the way one thinks about man and his manners plurivocals of life in the world today.
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Por uma reapropriação da ideia de homem / By a reappropriation mand ideaOliveira, Louis José Pacheco de 29 May 2015 (has links)
Esta tese se insere na temática da crise dos grandes discursos, reconhecendo que ao contrário do colapso ou do fim das metanarrativas, eles se abriram, possibilitando a reapropriação de uma outra ideia de homem. Uma ideia que traz como base a gramática trágica. Trágico, aqui, é o que vislumbra o real como idiota, simples, aprovador de todos os acontecimentos, suficiente para reconfigurar a imageria contemporânea e identificar, no âmbito de sua gramática, a presença do sujeito idiotès (vulgar e idiota), uma presença que foi negligenciada ao longo de toda modernidade. Para tratar dessa reapropriação do homem e do sujeito , este estudo se desenvolve a partir de três esferas de observação: a) o advento da racionalidade e a construção de um modelo de sujeito forte, que se tornará a base de uma tradição; b) a crise deste modelo e o seu encontro com o pensamento fraco (Vattimo); e c) o reordenamento da gramática moderna que, intensificando-se idiota, aponta para um outro imaginário. Na primeira, exponho a preferência da racionalidade moderna por um homem e um sujeito fortes e sua consequente reprovação das narrativas que desprezam a noção de natureza ou afirmam o homem vulgar, fruto do acaso e da idiotia humana; na segunda, analiso a época contemporânea apontando para uma reconfiguração conceitual que, a partir da crise das noções de ser e de natureza (impostas por Nietzsche), aponta para o surgimento do pensamento fraco/débil; no terceiro, com foco na filosofia trágica rossetiana, fixo os desdobramentos de suas noções de acaso, de convenção, de aprovação, de um real idiotès, para a constituição do sujeito contemporâneo. Por fim, aponto para a liberação da imageria trágica e sua expressão idiota, que aproximam o homem de sua condição mais humana: essa idiotia. Ou seja, o objetivo é reapropriar-se de uma gramática e de um homem que nunca apareceram como aspiração no âmbito dos discursos hegemônicos e que agora evidenciam-se no campo da contemporaneidade. / This theses stands on the theme of the crisis of great discourses, acknowledging that instead of a collapse or an ending of metanarratives, they unfasten, allowing the reappropriation of another idea of man. An idea that brings as groundwork the tragic philosophy. Tragic, here, is seeing the real as idiot, simplistic, an accepter of everything, enough to reconfigurate the contemporary imagery and identificate, on its own grammar, the presence of an idiots subject (vulgar and idiot), a presence that was neglected all through the modernity. To approach such reappropriation of man and of subject , this research develops departing of three spheres of observation: a) the advent of rationality and the construction of a strong subject model, that will became the base of a tradition; b) a crisis of such model and its clash with the weak thought (Vattimo); and c) the reordering of the modern grammar that, becoming more idiot, points to another imaginary. On the first, I Expose the preference of modern rationality for a strong man and a subject and its Consecutive reprobation of narratives that despises the notion of nature or asserts the vulgar man, product of chance and of human idiocy; the second, I analyse the contemporaneity pointing to a conceptual reconfiguration that, departing from the crisis of notions of being and nature (imposed by Nietzsche), points to the emergence of weak thought; on the third, focusing on the rossetian tragic philosophy, assert the developments of its notions of chance, of convention, of approval, of a idiots real, for the constitution of the contemporary subject. Lastly, I point to the liberation of tragic imagery and its idiotic expression that approximates the man to its most human condition: this idiocy. In other words, the aim is reappropriate a grammar and a man that never appear as ambition on scope of hegemonic discourses and now come to light in the field of contemporaneity.
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Articulações simbólicas: uma filosofia do design sob o prisma de uma hermenêutica trágica / Symbolic articulations: a philosophy of design through the prism of a tragic hermeneuticsBeccari, Marcos Namba 11 September 2015 (has links)
O objetivo desta tese é propor um aporte teórico-filosófico vale dizer, uma filosofia do design que possa, de um lado, dimensionar a dinâmica dos processos simbólicos mediados pelo design e, de outro, situar a experiência estética articulada por esses processos. Os instrumentos de orientação utilizados foram as obras de Nietzsche, Clément Rosset, Paul Ricoeur, Rogério de Almeida e Mario Perniola, entre outros autores, além de obras literárias e cinematográficas, convocadas a ilustrar a noção de hermenêutica trágica, inaugurada neste trabalho. Tais instrumentos foram operados metodologicamente por meio de revisão bibliográfica (modalidade básica de pesquisa), guiando-se pela hermenêutica simbólica (Ricoeur). A discussão delineada em três capítulos (Filosofia do design, Filosofia trágica e Hermenêutica trágica) visa apresentar, no quarto capítulo (Design como articulação simbólica), aspectos de uma articulação simbólica operada pelo design e da qual se vale o olhar contemporâneo para compreender o mundo e para nele atuar. / This thesis aims to propose a theoretical and philosophical supply that is, a philosophy of design which can, on the one hand, to scale the dynamics of symbolic processes mediated by design and, on the other, to place the aesthetic experience articulated by these processes. The orientation tools were the works of Nietzsche, Clément Rosset, Paul Ricoeur, Rogério de Almeida, Mario Perniola, among others, in addition to films and literary works, convened to illustrate the notion of \"tragic hermeneutic\", inaugurated in this thesis. These instruments were methodologically operated through literature review (basic mode of research) and guided by the symbolic hermeneutics (Ricoeur). The discussion delineated in three chapters (\"Philosophy of design,\" \"Tragic philosophy\" and \"Tragic hermeneutics\") aims to present, in the fourth chapter (\"Design as symbolic articulation\"), some aspects of a symbolic articulation operated by design and by which the contemporary view takes to understand the world and to act on it.
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O contemporâneo através do cinema: o olhar distópico, o ilusório e o trágico / The contemporary through cinema: the dystopic, illusory and tragicFabiana Tavolaro Maiorino 13 April 2018 (has links)
O objetivo desta tese é investigar de que modo o Contemporâneo fala através da arte cinematográfica, ou seja, pergunta-se, na dobra do tempo do agora, sobre o que há para ser visto e afirmado na vida contemporânea através do cinema. Essa pesquisa utilizou-se dos pressuspostos teóricos-epistêmicos do aporte existencial e trágico, com obras de Nietzsche, Clément Rosset, Rogério de Almeida, Beccari e Oliveira. Para mapear os modos como o contemporâneo tem sido evocado pelo cinema, usou-se a metodologia qualitativa de inspiração deleuziana, da cartografia e mapeamentos em platôs estéticos-discursivos. Foram delineados três a partir de uma vasta revisão fílmica operada principalmente nos últimos dez anos (2008-2017): (1) platô distópico, analisado por meio do filme Holy Motors (2012); (2) platô ilusório, trazido pelo filme O Duplo (2013) e (3) platô trágico, iluminado pela obra A Grande Beleza (2013). A partir de uma descrição fílmica cuidadosa e pela ótica da hermenêutica trágica, inspirada na obra de Beccari, constatou-se que o cinema tem mostrado o Contemporâneo por diversas matizes e forças, o que reverbera no modo de se pensar o homem e seus modos plurivocais de vida no mundo atual, seja no horizonte educacional ou quaisquer outros. / This thesis aims to investigate how the Contemporary speaks through cinematographic art, that is, it is questioned in the present about what is to be seen and affirmed in contemporary life through the cinema. This research made use of the theoretical and epistemic presuppositions of tragic thinking, with works by Nietzsche, Clément Rosset, Rogério de Almeida, Beccari and Oliveira. In order to evaluate the ways in which the contemporary has been evoked by the cinema, the methodology used was qualitative of Deleuze inspiration, cartography and mappings in aesthetic and discursive plateaus. Three films were drawn from a broad film review mainly carried out over the last ten years (2008-2017): (1) dystopic plateau, analyzed through the Holy Motors film (2012); (2) illusory plateau, studied by the film The Double (2013) and (3) tragic plateau, through the analysis of the work The Great Beauty (2013). From a careful film description and from the perspective of tragic hermeneutics, inspired by Beccari\'s work, it has been observed that cinema has shown the Contemporary by various shades and forces, which has repercussions on the way one thinks about man and his manners plurivocals of life in the world today.
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O riso trágico - ou sobre como pensar com um chapéu de bobo / The tragic laugh - or how to think with a silly hatLuiz Antônio Callegari Coppi 13 July 2016 (has links)
O que motiva este texto é investigar quais as possibilidades, as características e os efeitos de um modo de pensar que tenha o humor como ponto de partida. O riso costuma não estar onde a crença na Verdade absoluta aparece, o que o dissocia, tradicionalmente, de categorizações do real cujo horizonte é tal Verdade. Não obstante, até que se creia tê-la alcançado, não raro, o humor surge como ferramenta - ora ridicularizando aquilo que foge à ordem vigente; ora satirizando a própria ordem, mas em nome de uma que teria, ela sim, fundamentos transcendentes; diante do que se pretende absoluto, porém, o riso cala e a atmosfera daí decorrente é séria. Fundamentados na Filosofia Trágica, conforme a propõe o filósofo Friedrich Nietzsche, contudo, procuramos descrever um outro cenário. Para o alemão, o real é convenção, imagem, e qualquer discurso que pretenda dar conta dessa realidade acaba sempre por ser muito mais indicativo de quem o produz do que, de fato, daquilo que existe. Compreender a existência como convenção, então, nos levaria a uma forma de pensar animada não mais por uma vontade de descoberta, de desnudamento de uma pretensa Verdade, mas por algo próximo ao que chamaremos de uma \"vontade de jogo\", isto é, uma disposição mais inclinada a reconhecer que aquilo a que nos dedicamos de corpo e alma não tem um fundo transcendente, mas é uma invenção e, como tal, em alguma medida, pode ser alterada, trocada. Interpretar dessa maneira aquilo que é pensado sugere que, independentemente do conteúdo do que se pensa, tem-se um fazer diferente, embasado não mais em afetos que temem descolar-se de uma Verdade única ou desobedecer a ela, mas sim em uma disposição humorística alinhada àquilo que o escritor Luigi Pirandello chama de \"sentimento do contrário\", isto é, uma paixão compadecida por ver no mundo apenas criação, qualquer que seja ela. O humor como ponto de largada para o pensar, por fim, parece-nos capaz de desmobilizar aquilo que se pensa de uma arrogância totalitária que se pretende senhora da Verdade. / The impetus for this work is to contemplate the possibilities, characteristics and effects of a way of thinking that has humor as its starting point. Laughter usually is not where the belief in absolute truth appears, which is dissociated, traditionally, from categorizations of reality whose horizon is that truth. Nevertheless, until one believes to have reached it, frequently, humor arises as an instrument sometimes mocking what escapes from order; sometimes satirizing its own order, but in the name of one that would have transcendent foundations; in the face of what is intended absolute, however, laughter silences, and the atmosphere resulted from it is serious. Founded on Tragic Philosophy, as Friedrich Nietzsche proposes, nonetheless, we try to describe another scenario. For this philosopher, what is real is a convention, an image, and whichever speech that intends to handle this reality ends up always being more indicative of the one that produces it than, in fact, from what exists. Comprehending existence as a convention, then, leads us to a way of thinking motivated not anymore by a will of discovery, or by a desire of unveiling an alleged truth, but rather by something close to what we will call a will of game, which is a willingness more tilted to recognize that to what we dedicate our hearts and minds does not have a transcendent foundation, but is actually an invention and, as such, in some level, can be altered or replaced. This interpretation suggests that, independent from the substance of what one thinks, we have a different making, built not anymore in affections that fear to detach themselves from a unique truth or that fear to disobey it, yet in a humorous tendency aligned to what the writer Luigi Pirandello calls sentiment of the opposite, which is a passion sympathized on account of seeing only creation in the world, whatever that may be. Humor as a starting point for thinking, then, seems to be capable of demobilizing what is thought as a totalitarian arrogance which intends itself as the owner of truth.
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Articulações simbólicas: uma filosofia do design sob o prisma de uma hermenêutica trágica / Symbolic articulations: a philosophy of design through the prism of a tragic hermeneuticsMarcos Namba Beccari 11 September 2015 (has links)
O objetivo desta tese é propor um aporte teórico-filosófico vale dizer, uma filosofia do design que possa, de um lado, dimensionar a dinâmica dos processos simbólicos mediados pelo design e, de outro, situar a experiência estética articulada por esses processos. Os instrumentos de orientação utilizados foram as obras de Nietzsche, Clément Rosset, Paul Ricoeur, Rogério de Almeida e Mario Perniola, entre outros autores, além de obras literárias e cinematográficas, convocadas a ilustrar a noção de hermenêutica trágica, inaugurada neste trabalho. Tais instrumentos foram operados metodologicamente por meio de revisão bibliográfica (modalidade básica de pesquisa), guiando-se pela hermenêutica simbólica (Ricoeur). A discussão delineada em três capítulos (Filosofia do design, Filosofia trágica e Hermenêutica trágica) visa apresentar, no quarto capítulo (Design como articulação simbólica), aspectos de uma articulação simbólica operada pelo design e da qual se vale o olhar contemporâneo para compreender o mundo e para nele atuar. / This thesis aims to propose a theoretical and philosophical supply that is, a philosophy of design which can, on the one hand, to scale the dynamics of symbolic processes mediated by design and, on the other, to place the aesthetic experience articulated by these processes. The orientation tools were the works of Nietzsche, Clément Rosset, Paul Ricoeur, Rogério de Almeida, Mario Perniola, among others, in addition to films and literary works, convened to illustrate the notion of \"tragic hermeneutic\", inaugurated in this thesis. These instruments were methodologically operated through literature review (basic mode of research) and guided by the symbolic hermeneutics (Ricoeur). The discussion delineated in three chapters (\"Philosophy of design,\" \"Tragic philosophy\" and \"Tragic hermeneutics\") aims to present, in the fourth chapter (\"Design as symbolic articulation\"), some aspects of a symbolic articulation operated by design and by which the contemporary view takes to understand the world and to act on it.
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Por uma reapropriação da ideia de homem / By a reappropriation mand ideaLouis José Pacheco de Oliveira 29 May 2015 (has links)
Esta tese se insere na temática da crise dos grandes discursos, reconhecendo que ao contrário do colapso ou do fim das metanarrativas, eles se abriram, possibilitando a reapropriação de uma outra ideia de homem. Uma ideia que traz como base a gramática trágica. Trágico, aqui, é o que vislumbra o real como idiota, simples, aprovador de todos os acontecimentos, suficiente para reconfigurar a imageria contemporânea e identificar, no âmbito de sua gramática, a presença do sujeito idiotès (vulgar e idiota), uma presença que foi negligenciada ao longo de toda modernidade. Para tratar dessa reapropriação do homem e do sujeito , este estudo se desenvolve a partir de três esferas de observação: a) o advento da racionalidade e a construção de um modelo de sujeito forte, que se tornará a base de uma tradição; b) a crise deste modelo e o seu encontro com o pensamento fraco (Vattimo); e c) o reordenamento da gramática moderna que, intensificando-se idiota, aponta para um outro imaginário. Na primeira, exponho a preferência da racionalidade moderna por um homem e um sujeito fortes e sua consequente reprovação das narrativas que desprezam a noção de natureza ou afirmam o homem vulgar, fruto do acaso e da idiotia humana; na segunda, analiso a época contemporânea apontando para uma reconfiguração conceitual que, a partir da crise das noções de ser e de natureza (impostas por Nietzsche), aponta para o surgimento do pensamento fraco/débil; no terceiro, com foco na filosofia trágica rossetiana, fixo os desdobramentos de suas noções de acaso, de convenção, de aprovação, de um real idiotès, para a constituição do sujeito contemporâneo. Por fim, aponto para a liberação da imageria trágica e sua expressão idiota, que aproximam o homem de sua condição mais humana: essa idiotia. Ou seja, o objetivo é reapropriar-se de uma gramática e de um homem que nunca apareceram como aspiração no âmbito dos discursos hegemônicos e que agora evidenciam-se no campo da contemporaneidade. / This theses stands on the theme of the crisis of great discourses, acknowledging that instead of a collapse or an ending of metanarratives, they unfasten, allowing the reappropriation of another idea of man. An idea that brings as groundwork the tragic philosophy. Tragic, here, is seeing the real as idiot, simplistic, an accepter of everything, enough to reconfigurate the contemporary imagery and identificate, on its own grammar, the presence of an idiots subject (vulgar and idiot), a presence that was neglected all through the modernity. To approach such reappropriation of man and of subject , this research develops departing of three spheres of observation: a) the advent of rationality and the construction of a strong subject model, that will became the base of a tradition; b) a crisis of such model and its clash with the weak thought (Vattimo); and c) the reordering of the modern grammar that, becoming more idiot, points to another imaginary. On the first, I Expose the preference of modern rationality for a strong man and a subject and its Consecutive reprobation of narratives that despises the notion of nature or asserts the vulgar man, product of chance and of human idiocy; the second, I analyse the contemporaneity pointing to a conceptual reconfiguration that, departing from the crisis of notions of being and nature (imposed by Nietzsche), points to the emergence of weak thought; on the third, focusing on the rossetian tragic philosophy, assert the developments of its notions of chance, of convention, of approval, of a idiots real, for the constitution of the contemporary subject. Lastly, I point to the liberation of tragic imagery and its idiotic expression that approximates the man to its most human condition: this idiocy. In other words, the aim is reappropriate a grammar and a man that never appear as ambition on scope of hegemonic discourses and now come to light in the field of contemporaneity.
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Para além de Deus e da natureza: Elementos de filosofia trágica nos diálogos sobre a religião de David HumeSilva, Gilberto Cabral da 26 August 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-08-26 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This Work intends an epistemological approach of David Hume s Dialogues Concerning Natural Religion by French philosopher Clément Rosset s category of tragic philosophy . We propose a new interpretative possibility of Hume s thought in the Dialogues, different form the naturalism and beyond the simple skepticism . The concept of tragic philosophy allows one to think the Dialogues Concerning Natural Religion as a work of tragic philosophy, in which the concept of nature is completely dissolved by the skeptic arguments. / Esta dissertação pretende uma abordagem epistemológica dos Diálogos sobre a Religião Natural de David Hume por meio da categoria de filosofia trágica , trabalhada pelo filósofo francês Clément Rosset. Propomos uma nova possibilidade interpretativa do pensamento de David Hume, diferente do naturalismo e além do simples ceticismo. O conceito de filosofia trágica permite pensar os Diálogos sobre a Religião Natural como uma obra de filosofia trágica, na qual é efetuada, através dos argumentos céticos, a completa dissolução do conceito de natureza .
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L'Objet musical. Éléments pour une philosophie de l'écoute / The musical object. Some elements for a tragic philosophyEspinosa, Santiago Eugenio 19 November 2010 (has links)
La musique est essentiellement inexpressive : elle est incapable d’exprimer quoi que ce soit (même les émotions humaines). Cette sorte de langage — l’articulation de sons dans le temps — est auto-signifiant et ne renvoie qu’à lui-même : la musique s’exprime elle-même. C’est en cela qu’elle s’apparente avec le réel, qui manque lui aussi de signification et est par là tautologique. L’écoute musicale est donc une écoute non-interprétative ; écouter la musique c’est faire attention à la musique et non à ce qu’elle est supposée véhiculer. C’est, en ce sens, une forme d’attention au réel. Aimer la musique, à son tour, c’est apprendre à faire une écoute de cette espèce. Ce que l’on apprend à aimer, c’est l’objet musical tel qu’il est, sans songer à changer la moindre virgule. Et c’est dans cette approbation inconditionnelle de l’objet que réside la joie musicale, que nous pouvons étendre à notre tour à l’approbation inconditionnelle de tous les objet qui conforment le réel, comme nous invite à faire la philosophie tragique. Nous pourrions dire que la musique est l’art tragique par excellence. / Music is essentially inexpressive: music is unable of expressing anything (not even human emotions). This kind of language — sound’s articulation on time — is self-signifying. It doesn’t refer to anything but to itself: music expresses itself. In this, music is like reality, which is insignificant as well, and therefore tautological. Musical hearing is then a non-interpreting hearing; to hear music is to pay attention to music and not to that which is supposed to be transported by it. It is, in this perspective, a sort of attention to reality. To love music, therefore, is a form of learning to hear this way. The object that we love is the musical object as it is; we don’t even dream to change one single comma. It is in this unconditional approbation of the object where musical joy takes place; and we think it’s possible to spread this approbation to all objects that conform reality. That is what tragic philosophy invites us to do. Music, we could say, is the tragic art par excellence.
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