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Prevalência de experiências psicóticas na gestação e fatores de risco associados em uma amostra comunitária / Prevalence of psychotic experiences during pregnancy and risk factors in a community sample

Mariana Vieira Cintra 09 September 2016 (has links)
O presente estudo investigou a prevalência e a validade de construto das experiências psicóticas (EPs) na gestação e os fatores de risco associados em uma amostra comunitária do município de São Paulo. Foram investigados fatores de risco sociodemográficos, ambientais, transtornos psiquiátricos no presente e ao longo da vida, violência doméstica, capacidade intelectual e histórico familiar de transtornos psiquiátricos. Foram também avaliados desfechos da gestação e do parto. Trata-se de um estudo prospectivo, com início no 3º trimestre de gestação. As entrevistas de avaliação foram realizadas por psicólogos treinados. Para a avaliação das EPs, foi utilizado o instrumento de entrevista diagnóstica padronizada breve - Mini International Neuropsyquiatric Interview (M.I.N.I), validado para a realidade brasileira. Para os fatores de risco sociodemográficos, foram aplicados: questionário socioeconômico (QSE), densidade demográfica (DM) e utilizado o critério de classificação econômica do Brasil CCEB, pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP) e World Health Organization - WHO para violência doméstica. Foi realizada a avaliação da capacidade intelectual através da Escala de Inteligência Wechsler para adultos, terceira versão (WAISS-III) e investigado o histórico familiar para transtornos mentais através do The Family History Screen (FHS). Os resultados apontaram uma prevalência de 19,22% das EPs na gestação e compartilhando os fatores de risco presentes na esquizofrenia, como: urbanicidade, gestantes jovens, o uso de drogas e álcool, desvantagem socioeconômica, baixo nível de escolaridade, exposição à situações de violência, a presença dos transtornos psiquiátricos como depressão e ansiedade, e histórico familiar para qualquer condição psiquiátrica. Este estudo, realizado em uma região urbana da cidade de São Paulo, com altos índices de vulnerabilidade social, indica que a prevalência de EPs em gestantes é alta, afetando cerca de 1 em 6 mulheres. A presença de EPs associa-se fortemente com psicopatologia geral e com amplos fatores de risco. Neste sentido, a presença de EPs pode se constituir em um importante indicador de risco a ser avaliado em ambientes clínicos durante a gestação. Estudos futuros que possam investigar a sua utilidade para indicação de intervenções são necessários, assim como estudos que investiguem o curso de EPs apos o período gestacional e a sua associação com desfechos de saúde nas mulheres e em seus filhos / This research investigated the prevalence and construct validity of psychotic experiences (PEs) during pregnancy and the risk factors in a community sample in the city of São Paulo. Sociodemographic and environmental risk factors, psychiatric disorders, domestic violence, intellectual capacity and family history of psychiatric disorders in the present and throughout life were the investigated elements. Pregnancy and delivery outcomes were also evaluated. This is a prospective research, starting in the 3rd trimester of pregnancy. The evaluation interviews were conducted by trained psychologists. For the evaluation of PEs, the brief standardized diagnostic interview tool was used - Mini International Neuropsyquiatric Interview (M.I.N.I), validated for the Brazilian reality. For the sociodemographic risk factors, both socioeconomic questionnaire (SEQ) and population density (PD) were applied and the criterion of economic classification in Brazil (CECB) was used by the Brazilian Association of Research Companies (BARC) and World Health Organization - WHO for domestic violence. The intellectual capacity evaluation was carried out, using the Wechsler Intelligence Scale for Adults, third version (Waiss-III), and the family history of mental disorders was investigated through The Family History Screen (FHS). The results indicated a prevalence of 19.22% of PEs during pregnancy and sharing the risk factors present in schizophrenia, such as urbanicity, young pregnant women, use of drugs and alcohol, socioeconomically disadvantaged, low educational level, exposure to situations of violence, the presence of psychiatric disorders such as depression and anxiety, and family history of any psychiatric condition. This research, conducted in an urban area of the city of São Paulo, with high social vulnerability, indicates that the prevalence of PEs in pregnant women is high, affecting about 1 in 6 of them. The presence of PEs is strongly associated with general psychopathology and broad risk factors. In this sense, the presence of PEs may constitute an important risk factor to be evaluated in clinical environments during pregnancy. Future researches intending to look into its usefulness for indication of interventions are needed, as well as studies to search into the course of PEs after pregnancy and its association with health outcomes for women and their children
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Engajamento familiar na manutenção do tratamento em saúde mental após o primeiro episódio psicótico / Familiar engagement in mental health treatment maintenance after the first episode psychosis

Casaburi, Luiza Elena 09 September 2016 (has links)
A maioria dos estudos sobre o papel da família na continuidade do tratamento após o primeiro episódio psicótico investigam os casos de abandono de tratamento e apontam para aspectos \"negativos da família\". Poucos estudos investigam o papel da família nos casos de pacientes que se mantém no tratamento. Objetivo: Compreender a experiência de cuidar de um familiar no PEP e evidenciar as motivações para manter-se no cuidado. Método: Trata-se de pesquisa qualitativa que utilizou a teoria sistêmica familiar como referencial teórico e a narrativa como referencial metodológico. Foram entrevistados 13 familiares cuidadores de 12 pacientes. Para a realização das entrevistas em profundidade com enfoque narrativo foi utilizada a seguinte questão norteadora: Nós sabemos que poucos familiares se mantêm no tratamento em saúde mental junto ao seu jovem familiar adoecido após o primeiro episódio psicótico. Se manter no tratamento conjuntamente ao paciente e cuidar do mesmo é chamado por nós de engajamento. São ações como levar nas consultas, administrar a medicação, modo de se relacionar, cuidar da higiene e assim por diante. Sendo assim, gostaríamos que você nos contasse sobre o que te motiva a permanecer cuidando e tudo que você e sua família fazem pelo seu familiar adoecido. Para a exploração das narrativas foi utilizada a técnica de análise de conteúdo indutiva. Resultados: A análise das narrativas definiu o engajamento familiar em três grandes categorias interdependentes. Uma é relacionada ao contexto de sentimentos envolvidos no cuidar denominada \"Motivações para o engajamento\", as outras duas referem-se às ações relacionadas ao cuidar denominadas \"As ações de engajamento\" e \"Avaliação constante do cuidar\". Conclusão: A pesquisa contribui com o conhecimento ao apresentar famílias ativamente envolvidas no cuidado com o jovem em tratamento para o primeiro episódio psicótico. O referencial teórico - metodológico possibilitou destacar e valorizar as histórias, experiências e as relações familiares envolvidos no cuidado de um ente querido. Os cuidados foram descritos e contextualizados nos valores culturais das famílias. Verificamos que os familiares percebem o cuidado como uma responsabilidade do seu papel na família / Most studies of the family\'s role in the continuity of treatment after the first epidode psychosis investigate cases of abandonment treatment and point to \"negative aspects of family\". Few studies have investigated the role of the family in cases of patients who remain in treatment. Objective: Understand the experience of caring of a familiar in PEP and highlight the motivations to remain in care. Method: This is a qualitative research that used the systemic family theory as the theoretical framework and the narrative as a methodological framework. 13 family caregivers of 12 patients were interviewed. To carry out the interviews with narrative approach was used the following question: We know that few families remain in mental health treatment of their sick young familiar after the first episode psychosis. Maintain the treating and taking care of the patient is called engagement. These are actions like take into consultations, administer medications, so as to relate, take care of hygiene and so on. Therefore, we would like you to tell us what motivates you to stay caring after everything you and your family are sickened by his family. For the exploration of the narratives was used the inductive content analysis technique. Results: The analysis of the narrative set the familiar engagement in three major interdependent categories. One is related to the context of feelings involved in the care called \"Motivations for engagement,\" the other two refer to actions related to care called \"The engagement actions\" and \"The assessment of care.\" Conclusion: The study contributes to the knowledge to present actively involved families in caring of the young in treatment of first episode psychosis. The theoretical - methodological possible highlight and enhance the stories, experiences and family relations involved in the care of a loved one. Care were described and contextualized in the cultural values of families. We found that family members perceive care as a responsibility of their role in the family
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Diagnóstico multiaxial e avaliação psicopatológica das psicoses associadas à epilepsia / Multiaxis diagnosis and psychopathological evaluation of psychotic disorders associated with epilepsy

Bismark, Mary Ann von 03 September 2010 (has links)
A associação entre epilepsia e transtornos psicóticos é amplamente relatada na literatura. Características clínicas e do seu impacto, tais como suicídio, tentativas de suicídio, homicídio e alterações cognitivas são evidenciados em poucos estudos que associam epilepsia e psicose. Este estudo comparou o impacto clínico e funcionamento psicossocial dos pacientes com epilepsia e transtornos psicóticos, analisando ainda as diferenças entre pacientes com psicose interictal e pós-ictal. O estudo consiste de uma revisão de prontuário de todos os pacientes atendidos no PRONEPSI com epilepsia e transtornos mentais. Foram estudados 143 indivíduos, divididos em dois grupos: 82 pacientes com diagnóstico de epilepsia e transtornos psicóticos e 61 pacientes com epilepsia e outro transtorno mental. O grupo de pacientes psicóticos foi estudado comparando dados entre pacientes com psicose interictal (53) e pós-ictal (17). O grupo de pacientes com transtornos psicóticos apresentou menor escolaridade, mais história familiar de psicose, maior número de tentativas de homicídio, mais estados de mal epiléptico, mais internações psiquiátricas, história pregressa de insulto ao SNC e retardo mental. Além disso, a epilepsia foi considerada um fator causal importante para desenvolvimento da psicose. O grupo de pacientes com transtornos psicóticos também se diferenciou, revelando maior impacto na esfera cognitiva, vocacional e pessoal. Os pacientes com psicose interictal tiveram mais história familiar para psicose e a epilepsia foi considerada um fator causal importante para seu desenvolvimento. Pacientes com epilepsia e transtornos psicóticos apresentam um maior comprometimento clínico geral o que interfere diretamente no seu comprometimento funcional e na gravidade do impacto. Os pacientes com epilepsias mais graves e algum tipo de insulto ao SNC parecem ser mais vulneráveis ao desenvolvimento de transtornos psicóticos em comparação aos pacientes com formas menos graves de epilepsia / The association between epilepsy and psychotic disorders has been well documented in literature. Although this association is well-known, few studies regarding psychosis and epilepsy investigated the clinical characteristics of these patients and its impact on psychosocial function, suicide and suicide attempts, homicide attempts and cognitive deficits. The aim of this chart review was to compare the clinical impact and the psychosocial function between patients with epilepsy and psychotic disorders and patients with epilepsy and other psychiatric disorders. We also compared the clinical characteristics and psychosocial function between patients with postictal psychosis and interictal psychosis. We reviewed 143 charts, divided in two groups: 82 charts of patients with epilepsy and psychotic disorders and 61 charts of patients with epilepsy and other psychiatric disorders. In the group of patients with epilepsy and psychosis, 53 had a diagnosis of interictal psychosis and 17 of postictal psychosis. Patients with psychotic disorders had fewer years of education, more family history of psychotic disorders and higher number of homicide attempts, status epilepticus, psychiatric admissions and history of central nervous system insults. They also presented more impact on cognitive, vocational and interpersonal scales. Epilepsy was considered a major cause to the development of psychosis. Regarding the differences between patients with interictal and postictal psychosis, the only difference found was that the patients with interictal psychosis presented more family history of psychosis. Also, in both groups epilepsy was considered a major cause to the development of psychosis. Patients with psychotic disorders had a more severe clinical impairment in comparison with patients with other psychiatric disorders, which may have interfered in psychosocial functioning and severity of impact. Patients with central nervous system\'s insults and severe epilepsy may be likely more prone to psychosis\'s development than other patients with less severe forms of epilepsy
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Uso de antipsicóticos e prevenção de re-hospitalizações em pacientes com esquizofrenia / Antipsychotics use and rehospitalization prevention in patients with schizophrenia

Castro, Ana Paula Werneck de 11 September 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: Re-hospitalização é uma medida de desfecho reconhecida e utilizada em estudos para acessar prevenção de recaída que é considerada um dos principais indicadores de efetividade de um antipsicótico. Foi testada a hipótese que a clozapina seria superior aos demais antipsicóticos na prevenção de re-hospitalizações em pacientes com esquizofrenia que receberam alta do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo entre 1 de dezembro de 1997 e 31 de dezembro de 2004. MÉTODOS: Este foi um estudo observacional de coorte, retrospectivo, desenhado para avaliar o tempo de re-hospitalização de pacientes que receberam alta em uso de antipsicóticos convencionais ou antipsicóticos de segunda geração, exceto clozapina ou clozapina, por um período de três anos. A análise de sobrevivência foi estimada pela fórmula produtolimite de Kaplan-Meier. Foi utilizado o modelo de regressão de Cox para identificar fatores associados à re-hospitalização. RESULTADOS: Dos 464 pacientes com esquizofrenia que receberam alta no período do estudo, foram selecionados 242 pacientes. A re-hospitalização foi observada em 12 (17%) pacientes em uso de antipsicóticos convencionais, 27 (24%) pacientes em uso de antipsicóticos de segunda geração, exceto clozapina, e nove (15%) pacientes em uso de clozapina. As análises de sobrevivência demonstraram uma diferença estatisticamente significante entre os três grupos e entre os grupos de antipsicóticos de segunda geração e clozapina. As variáveis clínico-demográficas não foram associadas à re-hospitalização. CONCLUSÕES: O grupo de pacientes que recebeu clozapina apresentou menor taxa de re-hospitalização do que os demais grupos. As diferenças entre tempo de rehospitalização foram estatisticamente significantes entre os três grupos e entre os grupos de pacientes que receberam clozapina e antipsicóticos de segunda geração. Os resultados são limitados pela heterogeneidade da gravidade do transtorno entre os grupos. / INTRODUCTION: An important outcome parameter of drug effectiveness in schizophrenia is relapse prevention which can be reliably measured by time to rehospitalization. We tested the hypothesis that clozapine was superior to other antipsychotics in preventing rehospitalization in patients with schizophrenia discharged from the Institute of Psychiatry. METHODS: This is a retrospective observational cohort study designed to evaluate rehospitalization rates of patients with schizophrenia discharged from the Institute of Psychiatry of the Hospital das Clínicas of the University of Sao Paulo between Dec 1, 1997 and Dec 31, 2004 on a regimen of either conventional antipsychotics or nonclozapine second generation antipsychotics or clozapine during a three years follow-up. Risk factors associated with rehospitalization were examined by Cox regression model and survival curves were estimated by the product-limit formula (Kaplan-Meier). RESULTS: Of the 464 patients with schizophrenia discharged from hospital 242 met criteria to enter the study. They were followed at IPq outpatient clinic for three years. Of these 12 (17%) patients discharged in use of conventional antipsychotic, 27 (24%) in use of non-clozapine second generation antipsychotic, and nine (15%) in use of clozapine were rehospitalized. Survival analysis demonstrated a significant difference in timeto-rehospitalization between groups and between clozapine and second generation antipsychotics groups. CONCLUSIONS: Patients with clozapine were less rehospitalized than the others groups. The differences in time to rehospitalization were statistically significant between the three groups and between clozapine and nonclozapine second generation antipsychotics groups. Results were limited due to the heterogeneity of severity of illness between groups.
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Sintomas psicóticos em uma amostra comunitária de idosos sem demência da cidade de São Paulo: incidência e fatores de risco / Psychotic symptoms in older people without dementia from a Brazilian community-based sample: Incidence, risk factors and cognitive impairment development

Soares, Walter Barbalho 30 June 2017 (has links)
Pouco se sabe sobre a presença de sintomas psicóticos em idosos sem diagnóstico de demência, levando a dificuldades no esclarecimento da etiologia, na ausência de informações quanto a possíveis diagnósticos e no manejo clínico. Os estudos sobre a incidência de sintomas psicóticos nessa população são ainda mais escassos e limitados. Os dados disponíveis na literatura são todos provenientes de estudos em populações de países desenvolvidos. A prevalência de sintomas psicóticos em idosos sem diagnóstico de demência varia de 0,9 a 10,5%, já a incidência na literatura varia entre 4,8 e 8,0%. É possível especular sobre alguns fatores de risco para o desenvolvimento de sintomas psicóticos em indivíduos sem demência: idade avançada, gênero feminino, comprometimento sensorial, pior desempenho cognitivo, isolamento social, pior funcionalidade. Dados recentes sugerem os sintomas psicóticos como uma expressão prodrômica da demência, devido a sintomas como alucinações, delírios e ideação paranoide estarem associados ao aumento da incidência de demência no acompanhamento, à maior presença deles à medida que a faixa etária sobe e à menor média no escore do Miniexame do Estado Mental (MEEM) em indivíduos com tais sintomas. Objetivamos determinar a incidência de sintomas psicóticos, correlacioná-los com características clínicas e estabelecer uma taxa de conversão em idosos sem comprometimento cognitivo. Este estudo foi realizado em uma amostra de idosos de comunidade de São Paulo, sendo a amostra inicial composta por 1.125 indivíduos acima de 60 anos. Destes, 547 foram reavaliados em 2011 e submetidos ao mesmo protocolo inicial. Não tinham sintomas psicóticos na primeira fase 199 e 64 já possuíam em 2006. A incidência de ao menos um sintoma psicótico em 7 anos foi 8,0% (alucinações visuais/táteis: 4,5%; ideias persecutórias: 3,0%; alucinações auditivas: 2,5%). A incidência esteve relacionada à epilepsia (OR: 7,75 e 15,83), baixa pontuação no MEEM (OR: 0,72) e depressão referida (OR: 6,48). 57,8% dos indivíduos com sintomas psicóticos, mas sem demência na fase I, desenvolveram comprometimento cognitivo em 7 anos (alucinações visuais/táteis foram preditivas - OR: 5,66), o que estava relacionado a baixo MEEM e comprometimento funcional. A incidência de sintomas psicóticos e a taxa de conversão em comprometimento cognitivo estão no limite superior dos dados da literatura. Alucinações visuais/táteis foram os sintomas mais incidentes e os únicos preditivos para a evolução para comprometimento cognitivo em 5 anos. Encontramos importantes relações entre sintomas psicóticos e MEEM, crises convulsivas, depressão referida, diabetes e sífilis / Background: Studies of the incidence of psychotic symptoms in elderly people at risk of dementia are scarce. This is a seven year follow up study aiming to determine the incidence of psychotic symptoms and their correlation with other clinical aspects as well as conversion rates to cognitive impairment. Objectives: To determine the incidence of psychotic symptoms, correlate these symptoms with clinical characteristics and establish the conversion rate to cognitively impaired individuals. Design: Cross-sectional study of a community-based sample of elderly subjects. Setting: City of Sao Paulo, State of Sao Paulo, Brazil. Participants: The original sample was composed of 1,125 individuals aged 60 years and older from a community. Among this sample, 547 subjects were re-evaluated in 2011 and submitted to the same protocol. Of these, 199 did not have psychotic symptoms at phase I and 64 already had psychotic symptoms in 2006. Results: The incidence of at least one psychotic symptom in 7 years was 8.0% (Visual/tactile hallucinations: 4.5%; Persecutory delusions: 3.0%; Auditory hallucinations: 2.5%). Psychotic symptom incidence was associated with epilepsy (OR: 7.75 and 15.83), lower MMSE (OR: 0.72) and reported depression (OR: 6.48). A total of 57.8% of individuals with psychotic symptoms but without dementia at phase I developed cognitive impairment after 7 years (visual/tactile hallucinations were the only psychotic symptom predictive of this impairment - OR: 5.66), which was related to lower MMSE and increased functional impairment. Conclusions: The incidence of psychotic symptoms and the conversion rate to cognitive impairment was in the upper range of previous literature reports. Visual/tactile hallucinations were the most incident symptoms and the only predictive psychotic symptoms for cognitive impairment in 5 years. Important relationships were found between psychotic symptoms incidence and MMSE, epilepsy, reported depression, diabetes and syphilis
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Diagnóstico multiaxial e avaliação psicopatológica das psicoses associadas à epilepsia / Multiaxis diagnosis and psychopathological evaluation of psychotic disorders associated with epilepsy

Mary Ann von Bismark 03 September 2010 (has links)
A associação entre epilepsia e transtornos psicóticos é amplamente relatada na literatura. Características clínicas e do seu impacto, tais como suicídio, tentativas de suicídio, homicídio e alterações cognitivas são evidenciados em poucos estudos que associam epilepsia e psicose. Este estudo comparou o impacto clínico e funcionamento psicossocial dos pacientes com epilepsia e transtornos psicóticos, analisando ainda as diferenças entre pacientes com psicose interictal e pós-ictal. O estudo consiste de uma revisão de prontuário de todos os pacientes atendidos no PRONEPSI com epilepsia e transtornos mentais. Foram estudados 143 indivíduos, divididos em dois grupos: 82 pacientes com diagnóstico de epilepsia e transtornos psicóticos e 61 pacientes com epilepsia e outro transtorno mental. O grupo de pacientes psicóticos foi estudado comparando dados entre pacientes com psicose interictal (53) e pós-ictal (17). O grupo de pacientes com transtornos psicóticos apresentou menor escolaridade, mais história familiar de psicose, maior número de tentativas de homicídio, mais estados de mal epiléptico, mais internações psiquiátricas, história pregressa de insulto ao SNC e retardo mental. Além disso, a epilepsia foi considerada um fator causal importante para desenvolvimento da psicose. O grupo de pacientes com transtornos psicóticos também se diferenciou, revelando maior impacto na esfera cognitiva, vocacional e pessoal. Os pacientes com psicose interictal tiveram mais história familiar para psicose e a epilepsia foi considerada um fator causal importante para seu desenvolvimento. Pacientes com epilepsia e transtornos psicóticos apresentam um maior comprometimento clínico geral o que interfere diretamente no seu comprometimento funcional e na gravidade do impacto. Os pacientes com epilepsias mais graves e algum tipo de insulto ao SNC parecem ser mais vulneráveis ao desenvolvimento de transtornos psicóticos em comparação aos pacientes com formas menos graves de epilepsia / The association between epilepsy and psychotic disorders has been well documented in literature. Although this association is well-known, few studies regarding psychosis and epilepsy investigated the clinical characteristics of these patients and its impact on psychosocial function, suicide and suicide attempts, homicide attempts and cognitive deficits. The aim of this chart review was to compare the clinical impact and the psychosocial function between patients with epilepsy and psychotic disorders and patients with epilepsy and other psychiatric disorders. We also compared the clinical characteristics and psychosocial function between patients with postictal psychosis and interictal psychosis. We reviewed 143 charts, divided in two groups: 82 charts of patients with epilepsy and psychotic disorders and 61 charts of patients with epilepsy and other psychiatric disorders. In the group of patients with epilepsy and psychosis, 53 had a diagnosis of interictal psychosis and 17 of postictal psychosis. Patients with psychotic disorders had fewer years of education, more family history of psychotic disorders and higher number of homicide attempts, status epilepticus, psychiatric admissions and history of central nervous system insults. They also presented more impact on cognitive, vocational and interpersonal scales. Epilepsy was considered a major cause to the development of psychosis. Regarding the differences between patients with interictal and postictal psychosis, the only difference found was that the patients with interictal psychosis presented more family history of psychosis. Also, in both groups epilepsy was considered a major cause to the development of psychosis. Patients with psychotic disorders had a more severe clinical impairment in comparison with patients with other psychiatric disorders, which may have interfered in psychosocial functioning and severity of impact. Patients with central nervous system\'s insults and severe epilepsy may be likely more prone to psychosis\'s development than other patients with less severe forms of epilepsy
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Fatores associados a transtornos psiquiátricos no pós-parto

Kerber, Suzi Roseli January 2008 (has links)
OBJETIVO: Esta dissertação tem por objetivo apresentar o estudo da associação entre transtornos psiquiátricos pós-parto e fatores demográficos, psicossociais e relacionados à gestação e parto em uma amostra de base populacional de um bairro de Porto Alegre. MÉTODO: O estudo envolveu todas as mães de crianças nascidas em hospital público no bairro Vila Jardim, em Porto Alegre, de novembro de 1998 a dezembro de 1999. As famílias foram estudadas quando os bebês completaram quatro meses de idade. A saúde mental das mães e pais foi avaliada pelo Self Report Questionnaire (SRQ) e por entrevistas semi-estruturadas individuais e do casal. A Escala Avaliação Global do Funcionamento Relacional (GARF) do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV) foi usada para aferir a qualidade do relacionamento do casal, do relacionamento materno com sua família de origem, com a família paterna e com a rede social. Para os outros fatores foram feitas perguntas diretas à mãe e ao pai da criança. RESULTADOS: Segundo a escala SRQ 34,45% das 148 mulheres entrevistadas apresentaram suspeita de transtorno psiquiátrico, sendo que a avaliação clínica feita por dois profissionais de saude mental que avaliavam independentemente utilizando os critérios diagnósticos do DSM-IV indicou um percentual de 54%. Sessenta e dois por cento das mulheres coabitavam com companheiro, sendo que estes também foram entrevistados. Dos 118 pais, 25,4% apresentaram suspeita de transtorno psiquiátrico, segundo a escala SRQ. Nesta população, o fato de coabitar ou não com companheiro não esteve associado com transtorno mental. Nesta pesquisa, na análise de regressão logística estudando a totalidade do grupo de mulheres os fatores que se mostraram relacionados com o desfecho (SRQ igual ou superior a sete ) foram a baixa renda familiar (p=0,017) e a presença de transtorno psiquiátrico materno no passado (p=0,043). Na regressão logística feita exclusivamente com as mulheres que viviam com companheiro, apenas a má qualidade da relação do casal (notas de 1 a 3 pela escala GARF) esteve associada à presença de transtornos psiquiátricos quatro meses após o parto (OR=7,34, p=0,001). CONCLUSÃO: Este estudo reforça a necessidade de verificar a presença de transtornos psiquiátricos da mãe nas consultas de puericultura, introduz dados sobre o pai e, especialmente, sobre a importância de avaliar rotineiramente a relação conjugal. / OBJECTIVE: To study the association between suspicion of psychiatric disorder and demographic, psychosocial factors, as well as those related to pregnancy and delivery, in a population-based sample of women from a circumscribed neighborhood in Porto Alegre. METHOD: This study included the mothers of all the children born in public hospitals in Vila Jardim, a district of Porto Alegre, Brazil, from November 1998 through December 1999. Families were assessed when infants were 4 months of age. Parents’ mental health was assessed using the Self-Report Questionnaire (SRQ) and individual and couple semi-structured interviews. The DSM-IV Global Assessment of Relational Functioning Scale was used to measure quality of couple relationship, of maternal relationship with the mother's family of origin, with paternal family and with social network. As to other factors, direct questions were asked to the child’s parents. RESULTS: According to the SRQ scale, 34.45% of all 148 interviewed women had suspicion of psychiatric disorder. The clinical assessment by two mental health professionals independently using DSM-IV criteria revealed a percentage of 54%. Sixty-two percent of women lived with partners, who were also interviewed. Of the 118 fathers, 25.4% had suspicion of psychiatric disorder, according to the SRQ scale. In this population, the fact of living or not with a partner was not associated with mental disorder. Analysis by logistic regression of the total group of women showed that factors associated with the main outcome (SRQ equal or higher than 7) were low family income (p = 0.017) and presence of previous maternal psychiatric disorder (p = 0.043). Logistic regression including only women living with a partner showed that poor marital relationship was associated with presence of psychiatric disorder, 4 months after delivery (OR = 7.34 p = 0.001). CONCLUSION: This study reinforces the need of investigating presence of maternal psychiatric disorder during childcare, introduces data on the father and especially on the importance of a routine assessment of the marital relationship.
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Fatores associados a transtornos psiquiátricos no pós-parto

Kerber, Suzi Roseli January 2008 (has links)
OBJETIVO: Esta dissertação tem por objetivo apresentar o estudo da associação entre transtornos psiquiátricos pós-parto e fatores demográficos, psicossociais e relacionados à gestação e parto em uma amostra de base populacional de um bairro de Porto Alegre. MÉTODO: O estudo envolveu todas as mães de crianças nascidas em hospital público no bairro Vila Jardim, em Porto Alegre, de novembro de 1998 a dezembro de 1999. As famílias foram estudadas quando os bebês completaram quatro meses de idade. A saúde mental das mães e pais foi avaliada pelo Self Report Questionnaire (SRQ) e por entrevistas semi-estruturadas individuais e do casal. A Escala Avaliação Global do Funcionamento Relacional (GARF) do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV) foi usada para aferir a qualidade do relacionamento do casal, do relacionamento materno com sua família de origem, com a família paterna e com a rede social. Para os outros fatores foram feitas perguntas diretas à mãe e ao pai da criança. RESULTADOS: Segundo a escala SRQ 34,45% das 148 mulheres entrevistadas apresentaram suspeita de transtorno psiquiátrico, sendo que a avaliação clínica feita por dois profissionais de saude mental que avaliavam independentemente utilizando os critérios diagnósticos do DSM-IV indicou um percentual de 54%. Sessenta e dois por cento das mulheres coabitavam com companheiro, sendo que estes também foram entrevistados. Dos 118 pais, 25,4% apresentaram suspeita de transtorno psiquiátrico, segundo a escala SRQ. Nesta população, o fato de coabitar ou não com companheiro não esteve associado com transtorno mental. Nesta pesquisa, na análise de regressão logística estudando a totalidade do grupo de mulheres os fatores que se mostraram relacionados com o desfecho (SRQ igual ou superior a sete ) foram a baixa renda familiar (p=0,017) e a presença de transtorno psiquiátrico materno no passado (p=0,043). Na regressão logística feita exclusivamente com as mulheres que viviam com companheiro, apenas a má qualidade da relação do casal (notas de 1 a 3 pela escala GARF) esteve associada à presença de transtornos psiquiátricos quatro meses após o parto (OR=7,34, p=0,001). CONCLUSÃO: Este estudo reforça a necessidade de verificar a presença de transtornos psiquiátricos da mãe nas consultas de puericultura, introduz dados sobre o pai e, especialmente, sobre a importância de avaliar rotineiramente a relação conjugal. / OBJECTIVE: To study the association between suspicion of psychiatric disorder and demographic, psychosocial factors, as well as those related to pregnancy and delivery, in a population-based sample of women from a circumscribed neighborhood in Porto Alegre. METHOD: This study included the mothers of all the children born in public hospitals in Vila Jardim, a district of Porto Alegre, Brazil, from November 1998 through December 1999. Families were assessed when infants were 4 months of age. Parents’ mental health was assessed using the Self-Report Questionnaire (SRQ) and individual and couple semi-structured interviews. The DSM-IV Global Assessment of Relational Functioning Scale was used to measure quality of couple relationship, of maternal relationship with the mother's family of origin, with paternal family and with social network. As to other factors, direct questions were asked to the child’s parents. RESULTS: According to the SRQ scale, 34.45% of all 148 interviewed women had suspicion of psychiatric disorder. The clinical assessment by two mental health professionals independently using DSM-IV criteria revealed a percentage of 54%. Sixty-two percent of women lived with partners, who were also interviewed. Of the 118 fathers, 25.4% had suspicion of psychiatric disorder, according to the SRQ scale. In this population, the fact of living or not with a partner was not associated with mental disorder. Analysis by logistic regression of the total group of women showed that factors associated with the main outcome (SRQ equal or higher than 7) were low family income (p = 0.017) and presence of previous maternal psychiatric disorder (p = 0.043). Logistic regression including only women living with a partner showed that poor marital relationship was associated with presence of psychiatric disorder, 4 months after delivery (OR = 7.34 p = 0.001). CONCLUSION: This study reinforces the need of investigating presence of maternal psychiatric disorder during childcare, introduces data on the father and especially on the importance of a routine assessment of the marital relationship.
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Fatores associados a transtornos psiquiátricos no pós-parto

Kerber, Suzi Roseli January 2008 (has links)
OBJETIVO: Esta dissertação tem por objetivo apresentar o estudo da associação entre transtornos psiquiátricos pós-parto e fatores demográficos, psicossociais e relacionados à gestação e parto em uma amostra de base populacional de um bairro de Porto Alegre. MÉTODO: O estudo envolveu todas as mães de crianças nascidas em hospital público no bairro Vila Jardim, em Porto Alegre, de novembro de 1998 a dezembro de 1999. As famílias foram estudadas quando os bebês completaram quatro meses de idade. A saúde mental das mães e pais foi avaliada pelo Self Report Questionnaire (SRQ) e por entrevistas semi-estruturadas individuais e do casal. A Escala Avaliação Global do Funcionamento Relacional (GARF) do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV) foi usada para aferir a qualidade do relacionamento do casal, do relacionamento materno com sua família de origem, com a família paterna e com a rede social. Para os outros fatores foram feitas perguntas diretas à mãe e ao pai da criança. RESULTADOS: Segundo a escala SRQ 34,45% das 148 mulheres entrevistadas apresentaram suspeita de transtorno psiquiátrico, sendo que a avaliação clínica feita por dois profissionais de saude mental que avaliavam independentemente utilizando os critérios diagnósticos do DSM-IV indicou um percentual de 54%. Sessenta e dois por cento das mulheres coabitavam com companheiro, sendo que estes também foram entrevistados. Dos 118 pais, 25,4% apresentaram suspeita de transtorno psiquiátrico, segundo a escala SRQ. Nesta população, o fato de coabitar ou não com companheiro não esteve associado com transtorno mental. Nesta pesquisa, na análise de regressão logística estudando a totalidade do grupo de mulheres os fatores que se mostraram relacionados com o desfecho (SRQ igual ou superior a sete ) foram a baixa renda familiar (p=0,017) e a presença de transtorno psiquiátrico materno no passado (p=0,043). Na regressão logística feita exclusivamente com as mulheres que viviam com companheiro, apenas a má qualidade da relação do casal (notas de 1 a 3 pela escala GARF) esteve associada à presença de transtornos psiquiátricos quatro meses após o parto (OR=7,34, p=0,001). CONCLUSÃO: Este estudo reforça a necessidade de verificar a presença de transtornos psiquiátricos da mãe nas consultas de puericultura, introduz dados sobre o pai e, especialmente, sobre a importância de avaliar rotineiramente a relação conjugal. / OBJECTIVE: To study the association between suspicion of psychiatric disorder and demographic, psychosocial factors, as well as those related to pregnancy and delivery, in a population-based sample of women from a circumscribed neighborhood in Porto Alegre. METHOD: This study included the mothers of all the children born in public hospitals in Vila Jardim, a district of Porto Alegre, Brazil, from November 1998 through December 1999. Families were assessed when infants were 4 months of age. Parents’ mental health was assessed using the Self-Report Questionnaire (SRQ) and individual and couple semi-structured interviews. The DSM-IV Global Assessment of Relational Functioning Scale was used to measure quality of couple relationship, of maternal relationship with the mother's family of origin, with paternal family and with social network. As to other factors, direct questions were asked to the child’s parents. RESULTS: According to the SRQ scale, 34.45% of all 148 interviewed women had suspicion of psychiatric disorder. The clinical assessment by two mental health professionals independently using DSM-IV criteria revealed a percentage of 54%. Sixty-two percent of women lived with partners, who were also interviewed. Of the 118 fathers, 25.4% had suspicion of psychiatric disorder, according to the SRQ scale. In this population, the fact of living or not with a partner was not associated with mental disorder. Analysis by logistic regression of the total group of women showed that factors associated with the main outcome (SRQ equal or higher than 7) were low family income (p = 0.017) and presence of previous maternal psychiatric disorder (p = 0.043). Logistic regression including only women living with a partner showed that poor marital relationship was associated with presence of psychiatric disorder, 4 months after delivery (OR = 7.34 p = 0.001). CONCLUSION: This study reinforces the need of investigating presence of maternal psychiatric disorder during childcare, introduces data on the father and especially on the importance of a routine assessment of the marital relationship.
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Sintomas psicóticos em uma amostra comunitária de idosos sem demência da cidade de São Paulo: incidência e fatores de risco / Psychotic symptoms in older people without dementia from a Brazilian community-based sample: Incidence, risk factors and cognitive impairment development

Walter Barbalho Soares 30 June 2017 (has links)
Pouco se sabe sobre a presença de sintomas psicóticos em idosos sem diagnóstico de demência, levando a dificuldades no esclarecimento da etiologia, na ausência de informações quanto a possíveis diagnósticos e no manejo clínico. Os estudos sobre a incidência de sintomas psicóticos nessa população são ainda mais escassos e limitados. Os dados disponíveis na literatura são todos provenientes de estudos em populações de países desenvolvidos. A prevalência de sintomas psicóticos em idosos sem diagnóstico de demência varia de 0,9 a 10,5%, já a incidência na literatura varia entre 4,8 e 8,0%. É possível especular sobre alguns fatores de risco para o desenvolvimento de sintomas psicóticos em indivíduos sem demência: idade avançada, gênero feminino, comprometimento sensorial, pior desempenho cognitivo, isolamento social, pior funcionalidade. Dados recentes sugerem os sintomas psicóticos como uma expressão prodrômica da demência, devido a sintomas como alucinações, delírios e ideação paranoide estarem associados ao aumento da incidência de demência no acompanhamento, à maior presença deles à medida que a faixa etária sobe e à menor média no escore do Miniexame do Estado Mental (MEEM) em indivíduos com tais sintomas. Objetivamos determinar a incidência de sintomas psicóticos, correlacioná-los com características clínicas e estabelecer uma taxa de conversão em idosos sem comprometimento cognitivo. Este estudo foi realizado em uma amostra de idosos de comunidade de São Paulo, sendo a amostra inicial composta por 1.125 indivíduos acima de 60 anos. Destes, 547 foram reavaliados em 2011 e submetidos ao mesmo protocolo inicial. Não tinham sintomas psicóticos na primeira fase 199 e 64 já possuíam em 2006. A incidência de ao menos um sintoma psicótico em 7 anos foi 8,0% (alucinações visuais/táteis: 4,5%; ideias persecutórias: 3,0%; alucinações auditivas: 2,5%). A incidência esteve relacionada à epilepsia (OR: 7,75 e 15,83), baixa pontuação no MEEM (OR: 0,72) e depressão referida (OR: 6,48). 57,8% dos indivíduos com sintomas psicóticos, mas sem demência na fase I, desenvolveram comprometimento cognitivo em 7 anos (alucinações visuais/táteis foram preditivas - OR: 5,66), o que estava relacionado a baixo MEEM e comprometimento funcional. A incidência de sintomas psicóticos e a taxa de conversão em comprometimento cognitivo estão no limite superior dos dados da literatura. Alucinações visuais/táteis foram os sintomas mais incidentes e os únicos preditivos para a evolução para comprometimento cognitivo em 5 anos. Encontramos importantes relações entre sintomas psicóticos e MEEM, crises convulsivas, depressão referida, diabetes e sífilis / Background: Studies of the incidence of psychotic symptoms in elderly people at risk of dementia are scarce. This is a seven year follow up study aiming to determine the incidence of psychotic symptoms and their correlation with other clinical aspects as well as conversion rates to cognitive impairment. Objectives: To determine the incidence of psychotic symptoms, correlate these symptoms with clinical characteristics and establish the conversion rate to cognitively impaired individuals. Design: Cross-sectional study of a community-based sample of elderly subjects. Setting: City of Sao Paulo, State of Sao Paulo, Brazil. Participants: The original sample was composed of 1,125 individuals aged 60 years and older from a community. Among this sample, 547 subjects were re-evaluated in 2011 and submitted to the same protocol. Of these, 199 did not have psychotic symptoms at phase I and 64 already had psychotic symptoms in 2006. Results: The incidence of at least one psychotic symptom in 7 years was 8.0% (Visual/tactile hallucinations: 4.5%; Persecutory delusions: 3.0%; Auditory hallucinations: 2.5%). Psychotic symptom incidence was associated with epilepsy (OR: 7.75 and 15.83), lower MMSE (OR: 0.72) and reported depression (OR: 6.48). A total of 57.8% of individuals with psychotic symptoms but without dementia at phase I developed cognitive impairment after 7 years (visual/tactile hallucinations were the only psychotic symptom predictive of this impairment - OR: 5.66), which was related to lower MMSE and increased functional impairment. Conclusions: The incidence of psychotic symptoms and the conversion rate to cognitive impairment was in the upper range of previous literature reports. Visual/tactile hallucinations were the most incident symptoms and the only predictive psychotic symptoms for cognitive impairment in 5 years. Important relationships were found between psychotic symptoms incidence and MMSE, epilepsy, reported depression, diabetes and syphilis

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