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Uma nova espécie de Tropidurus (Squamata : Tropiduridae) do litoral sul do Brasil e revisão do status taxonômico de Tropidurus catalanensis Gudynas & Skuk, 1983

Kunz, Tobias Saraiva January 2011 (has links)
Os lagartos Tropidurus do grupo torquatus são espécies heliófilas, extremamente abundantes nos vários tipos de formações abertas da América do Sul cisandina. O gênero tem história taxonômica complexa. A maioria das espécies foi descrita recentemente e revisões prévias incluíram pouco material do sul do continente. O grupo é composto atualmente por treze espécies: T. chromatops Harvey & Gutberlet, 1998, T. cocorobensis Rodrigues, 1987, T. erythrocephalus Rodrigues, 1987, T. etheridgei Cei, 1982, T. hispidus (Spix, 1825), T. hygomi Reinhardt & Lütken, 1861, T. insulanus Rodrigues, 1987, T. itambere Rodrigues, 1987, T. montanus Rodrigues, 1987, T. mucujensis Rodrigues, 1987, T. oreadicus Rodrigues, 1987, T. psammonastes Rodrigues, Kasahara & Yonenaga-Yasuda, 1983 e T. torquatus (Wied, 1820). Tropidurus catalanensis Gudynas & Skuk, 1983, foi descrito para o norte do Uruguai, porém atualmente é considerado sinônimo júnior de T. torquatus. Tropidurus torquatus tem a distribuição mais ampla do gênero, ocorrendo desde o Brasil central até o norte da Argentina. Diferenças significativas, tanto morfológicas como ecológicas, existem ao longo desta ampla área de distribuição, principalmente entre populações costeiras do sudeste e nordeste e as da região central do Brasil; as populações mais meridionais estavam, até recentemente, restritas ao Pampa e algumas áreas de campos e matas próximas ao Planalto Meridional, nos vales dos rios Uruguai, Paraguai e Paraná e alguns de seus tributários. Recentemente foi descoberta uma nova população de Tropidurus do grupo torquatus no litoral sul do estado de Santa Catarina, em disjunção das outras populações do sul do Brasil e significativamente diferente, na ecologia, das demais populações litorâneas (a mais próxima está a cerca de 800 km, no Rio de Janeiro). Após análises da variação geográfica dos caracteres morfológicos externos de Tropidurus torquatus, com ênfase nas populações do sul do Brasil, Tropidurus catalanensis foi revalidado e a população detectada no litoral sul de Santa Catarina foi descrita como nova espécie pertencente ao grupo torquatus. Nossa análise sugeriu ainda que pelo menos mais três espécies estão envolvidas sob o nome Tropidurus torquatus nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.
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Uma nova espécie de Tropidurus (Squamata : Tropiduridae) do litoral sul do Brasil e revisão do status taxonômico de Tropidurus catalanensis Gudynas & Skuk, 1983

Kunz, Tobias Saraiva January 2011 (has links)
Os lagartos Tropidurus do grupo torquatus são espécies heliófilas, extremamente abundantes nos vários tipos de formações abertas da América do Sul cisandina. O gênero tem história taxonômica complexa. A maioria das espécies foi descrita recentemente e revisões prévias incluíram pouco material do sul do continente. O grupo é composto atualmente por treze espécies: T. chromatops Harvey & Gutberlet, 1998, T. cocorobensis Rodrigues, 1987, T. erythrocephalus Rodrigues, 1987, T. etheridgei Cei, 1982, T. hispidus (Spix, 1825), T. hygomi Reinhardt & Lütken, 1861, T. insulanus Rodrigues, 1987, T. itambere Rodrigues, 1987, T. montanus Rodrigues, 1987, T. mucujensis Rodrigues, 1987, T. oreadicus Rodrigues, 1987, T. psammonastes Rodrigues, Kasahara & Yonenaga-Yasuda, 1983 e T. torquatus (Wied, 1820). Tropidurus catalanensis Gudynas & Skuk, 1983, foi descrito para o norte do Uruguai, porém atualmente é considerado sinônimo júnior de T. torquatus. Tropidurus torquatus tem a distribuição mais ampla do gênero, ocorrendo desde o Brasil central até o norte da Argentina. Diferenças significativas, tanto morfológicas como ecológicas, existem ao longo desta ampla área de distribuição, principalmente entre populações costeiras do sudeste e nordeste e as da região central do Brasil; as populações mais meridionais estavam, até recentemente, restritas ao Pampa e algumas áreas de campos e matas próximas ao Planalto Meridional, nos vales dos rios Uruguai, Paraguai e Paraná e alguns de seus tributários. Recentemente foi descoberta uma nova população de Tropidurus do grupo torquatus no litoral sul do estado de Santa Catarina, em disjunção das outras populações do sul do Brasil e significativamente diferente, na ecologia, das demais populações litorâneas (a mais próxima está a cerca de 800 km, no Rio de Janeiro). Após análises da variação geográfica dos caracteres morfológicos externos de Tropidurus torquatus, com ênfase nas populações do sul do Brasil, Tropidurus catalanensis foi revalidado e a população detectada no litoral sul de Santa Catarina foi descrita como nova espécie pertencente ao grupo torquatus. Nossa análise sugeriu ainda que pelo menos mais três espécies estão envolvidas sob o nome Tropidurus torquatus nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.
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Uma nova espécie de Tropidurus (Squamata : Tropiduridae) do litoral sul do Brasil e revisão do status taxonômico de Tropidurus catalanensis Gudynas & Skuk, 1983

Kunz, Tobias Saraiva January 2011 (has links)
Os lagartos Tropidurus do grupo torquatus são espécies heliófilas, extremamente abundantes nos vários tipos de formações abertas da América do Sul cisandina. O gênero tem história taxonômica complexa. A maioria das espécies foi descrita recentemente e revisões prévias incluíram pouco material do sul do continente. O grupo é composto atualmente por treze espécies: T. chromatops Harvey & Gutberlet, 1998, T. cocorobensis Rodrigues, 1987, T. erythrocephalus Rodrigues, 1987, T. etheridgei Cei, 1982, T. hispidus (Spix, 1825), T. hygomi Reinhardt & Lütken, 1861, T. insulanus Rodrigues, 1987, T. itambere Rodrigues, 1987, T. montanus Rodrigues, 1987, T. mucujensis Rodrigues, 1987, T. oreadicus Rodrigues, 1987, T. psammonastes Rodrigues, Kasahara & Yonenaga-Yasuda, 1983 e T. torquatus (Wied, 1820). Tropidurus catalanensis Gudynas & Skuk, 1983, foi descrito para o norte do Uruguai, porém atualmente é considerado sinônimo júnior de T. torquatus. Tropidurus torquatus tem a distribuição mais ampla do gênero, ocorrendo desde o Brasil central até o norte da Argentina. Diferenças significativas, tanto morfológicas como ecológicas, existem ao longo desta ampla área de distribuição, principalmente entre populações costeiras do sudeste e nordeste e as da região central do Brasil; as populações mais meridionais estavam, até recentemente, restritas ao Pampa e algumas áreas de campos e matas próximas ao Planalto Meridional, nos vales dos rios Uruguai, Paraguai e Paraná e alguns de seus tributários. Recentemente foi descoberta uma nova população de Tropidurus do grupo torquatus no litoral sul do estado de Santa Catarina, em disjunção das outras populações do sul do Brasil e significativamente diferente, na ecologia, das demais populações litorâneas (a mais próxima está a cerca de 800 km, no Rio de Janeiro). Após análises da variação geográfica dos caracteres morfológicos externos de Tropidurus torquatus, com ênfase nas populações do sul do Brasil, Tropidurus catalanensis foi revalidado e a população detectada no litoral sul de Santa Catarina foi descrita como nova espécie pertencente ao grupo torquatus. Nossa análise sugeriu ainda que pelo menos mais três espécies estão envolvidas sob o nome Tropidurus torquatus nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.
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Estrutura da comunidade de helmintos associados ao lagarto Tropidurus torquatus (Squamata: Tropiduridae) em uma área de afloramento rochoso no distrito de Toledos, Juiz de Fora, MG

Pereira, Felipe Bisaggio 24 February 2010 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-12-16T12:33:44Z No. of bitstreams: 1 felipebisaggiopereira.pdf: 1115383 bytes, checksum: c4128dd85e239865ce346d0569b37b98 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-12-19T12:34:46Z (GMT) No. of bitstreams: 1 felipebisaggiopereira.pdf: 1115383 bytes, checksum: c4128dd85e239865ce346d0569b37b98 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-12-19T12:34:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 felipebisaggiopereira.pdf: 1115383 bytes, checksum: c4128dd85e239865ce346d0569b37b98 (MD5) Previous issue date: 2010-02-24 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A comunidade parasitária do lagarto Tropidurus torquatus em uma área de campo rupestre localizada no estado de Minas Gerais, sudeste do Brasil, foi estudada. Dos 110 hospedeiros analisados, 92 (83,6%) estavam infectados. Foram encontradas cinco espécies de helmintos, três de nematóide: Physaloptera lutzi, Parapharyngodon sp. e Oswaldofilaria sp., uma espécie de cestóide e um cistacanto não identificados. Apenas as espécies de nematóides apresentaram dados suficientes para analises ecológicas, sendo P. lutzi a espécie mais prevalente (67,3%) e com maior intensidade parasitária (4,86±4,85). Somente para Oswaldofilaria sp. foram encontradas diferenças significativas na prevalência e intensidade parasitária entre hospedeiros fêmeas e machos, esses últimos apresentando os maiores valores. A intensidade parasitária total e de P. lutzi também diferiram entre os sexos de hospedeiros com machos apresentando os maiores valores. O tamanho corporal do hospedeiro correlacionou-se de forma positiva com a intensidade de infecção de todas as espécies de nematóides. A sazonalidade local não influenciou de forma significativa a estrutura da comunidade componente de parasitos estudada. Aspectos do hospedeiro como dieta, dimorfismo sexual e comportamento (territorialiasmo e forrageamento) representaram importantes fatores na determinação da estrutura dessa comunidade de helmintos. De maneira geral, a comunidade parasitária apresentou baixa riqueza de espécies e um caráter não interativo, características comuns em comunidades parasitárias de répteis como hospedeiros. / The helminth community of the lizard Tropidurus torquatus from a rocky outcrop located in Minas Gerais state, southeast Brazil, was studied. Ninety two of the one hundred ten individuals examined (83,6%) harbored helminths. A total of five helminth species were found, tree nematodes: Physaloptera lutzi, Parapharyngodon sp. and Oswaldofilaria sp., one cestode species and one acanthocaphalan cystacanth not identified. Only nematode species had sufficient data to perform ecological analysis with Physaloptera lutzi showing the highest prevalence (67,3%) and mean intensity (4,86±4,85). Prevalence and intensity of infection between males and females hosts differed only for Oswaldofilaria sp., with males showing the highest values. Total and P. lutzi intensity of infection were different among males and females hosts, with males showing the highest values. The host body size was positively related to intensity of infection for all nematode species. Local seasonality had no influence in the helminth community structure. Host diet, sexual dimorphism and behavior (territorialism, forage strategy) represented important factors in the structuring of this parasite community. In general lines, the helminth community was species poor and non interactive, representing a typical community structure found in herps hosts.
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Revisão sistemática da morfologia intestinal de répteis e identificação de células enteroendócrinas de Tropidurus torquatus e Salvator merianae (Squamata: Lacertilia) / Systematic review of intestinal morphology of reptiles and identification of enteroendocrine cells of Tropidurus torquatus and Salvator merianae (Squamata: Lacertilia)

Lopes, Fernanda Barbosa 25 September 2017 (has links)
Submitted by Marco Antônio de Ramos Chagas (mchagas@ufv.br) on 2018-03-28T12:21:56Z No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 2330615 bytes, checksum: 47d1a6256ce9c674bcf7955d853f8717 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-03-28T12:21:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 2330615 bytes, checksum: 47d1a6256ce9c674bcf7955d853f8717 (MD5) Previous issue date: 2017-09-25 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Conhecer a morfologia do trato digestório faz-se necessário para compreensão da fisiologia digestiva e, no caso particular dos répteis, tal conhecimento possibilita entender a evolução desse sistema. A priori uma revisão sistemática foi realizada com 39 estudos selecionados nas bases de dados MEDLINE/PubMed e Scopus de acordo com o PRISMA, analisando os principais estudos morfológicos do trato digestório de répteis, avaliando os resultados obtidos e as metodologias usadas. Os estudos mostraram que a maioria dos trabalhos analisou todo o trato digestório dos animais, entretanto, os trabalhos se restringiram a algumas técnicas e parâmetros morfológicos, sendo que a maioria pesquisou as células enteroendócrinas, por meio de métodos imunohistoquímicos e, embora menos frequentes, alguns trabalhos realizaram microscopia eletrônica evidenciando a ultraestrutura destas células. A maioria dos trabalhos tem se restringido a descrever qualitativamente os parâmetros morfológicos, sem realizar morfometria e, dos que fizeram alguma medição, os fizeram de forma relativa. Há uma grande variação entre a qualidade e quantidade de dados gerados nos trabalhos, tendo em vista principalmente que muitos deles são antigos e tinham limitações metodológicas da época. Em uma segunda parte do trabalho analisamos o sistema endócrino gastrointestinal das espécies reptilianas, Tropidurus torquatus e Salvator merianae, identificando e quantificando células argirófilas e argentafins, por meio das técnicas histoquímicas de Grimelius e Masson-Fontana. As células argirófilas foram observadas ao longo do trato gastrointestinal com maior frequência do que as células argentafins em ambas as espécies. A distribuição das células argirófilas no epitélio do trato gastrointestinal e nas glândulas reflete a importância na regulação das secreções. Já as células argentafins para ambas as espécies, encontram-se distribuídas com frequência variável em quase todo trato gastrointestinal pontuando o controle e motilidade gastrointestinais, predominando na região pilórica de T. torquatus. Este mapeamento nos permitiu relacionar a frequência e distribuição das células enteroendócrinas com aspectos funcionais da digestão. / Knowing the morphology of the digestive tract is necessary for an understanding of digestive physiology and, in the particular case of reptiles, this knowledge makes it possible to understand the evolution of this system. A priori a systematic review was performed with 39 studies selected in the MEDLINE / PubMed and Scopus databases according to PRISMA, analyzing the main morphological studies of the reptile tract of reptiles, evaluating the results obtained and the methodologies used. The studies showed that most of the studies analyzed the entire digestive tract of the animals, however, the work was restricted to some morphological techniques and parameters, most of them were submitted to immunohistochemical methods and, although less frequent, some studies performed electron microscopy evidencing the ultrastructure of these cells. Most of the studies have restricted themselves to qualitatively describing the morphological parameters, without performing morphometry and, of those who did some measurement, did them in a relative way. There is a great variation between the quality and quantity of data generated in the works, mainly considering that many of them are old and had methodological limitations of the time. In a second part of the study we analyzed the gastrointestinal endocrine system of the reptilian species, Tropidurus torquatus and Salvator merianae, identifying and quantifying argyrophilic and argentafins cells, using the histochemical techniques of Grimelius and Masson-Fontana. Argyrophilic cells were observed along the gastrointestinal tract more frequently than argentafins cells in both species. The distribution of the argirophil cells in the epithelium of the gastrointestinal tract and in the glands reflects the importance in the regulation of secretions. The argentafin cells for both species are distributed with variable frequency in almost every gastrointestinal tract, indicating gastrointestinal control and motility, predominating in the pyloric region of T. torquatus. This mapping allowed us to relate the frequency and distribution of enteroendocrine cells with functional aspects of digestion.

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