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Consumo alimentar: uma análise dos condicionantes comportamentais associados ao consumo de produtos ultraprocessadosSerafim, Monalisa da Costa 23 August 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-08-23 / This paper goal was to identify which are the behavioral conditionings that influence the buying intention of ultraprocessed food and beverage, under the social marketing optics. The literature review made possible, through analysis of food consumption researches, to comprehend the factors and their relationship with the dimensions of interest in this paper (ultraprocessed buy-intention, attitude toward the ultraprocessed, subjective norm, self-efficacy and perceived control), resulting in nine hypotheses to empirical verification. The methodological procedures involved the creation of a questionnaire with scales that have been validated in other studies, being just adapted to this one. With the available data, we made an initial exploratory analysis, followed up by descriptive analysis, factor analysis and the use of structural equation modeling in order to verify the hypotheses. We found that convenience and sensorial appeal are the main factors that significantly contribute to a positive attitude regarding ultraprocessed food, and that they influence the buying intention of these products. This last one gets a strong negative influence from the self-efficacy construct, pointing out the importance of the individual's intern control to avoid the consumption of harmful to health food. Another important finding of the paper is the significantly interference of the facilitators construct to self-efficacy, showing that the impossibility to cook and the fact of eating by itself hinders the individual's control over its feeding choices. / Este trabalho objetivou identificar quais são os condicionantes comportamentais que influenciam a intenção de compra de alimentos e bebidas ultraprocessados, sob a óptica do marketing social. A revisão de literatura possibilitou, através da análise de pesquisas sobre o consumo alimentar, compreender os fatores e sua relação com as dimensões de interesse desse estudo (Intenção de compra de ultraprocessados, atitude sobre os ultraprocessados, norma subjetiva, auto-eficácia e controle percebido), resultando em nove hipóteses para a verificação empírica. Os procedimentos metodológicos envolveram a construção de um questionário com escalas que já haviam sido validadas em outros estudos, sendo apenas adaptadas para essa pesquisa. Com os dados disponíveis, realizamos uma análise exploratória inicial, seguido de análises descritivas, fatoriais e, por fim, a utilização da modelagem de equações estruturais para verificar as hipóteses da pesquisa. Nos resultados encontramos que a conveniência e o apelo sensorial são os principais fatores que contribuem, significativamente, para uma atitude positiva em relação aos alimentos ultraprocessados e que, por sua vez, influência a intenção de compra desses produtos. Este último, recebe forte influência negativa do construto auto-eficácia, indicando a importância do controle interno do indivíduo para evitar o consumo de alimentos prejudiciais para a sua saúde. Outro achado importante da pesquisa é a interferência significativa do construto facilitadores para a auto-eficácia, demostrando que a impossibilidade de cozinhar e o fato de comer sozinho dificulta o controle do indivíduo sobre as suas escolhas alimentares.
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Consumo de alimentos ultraprocessados e sua relação com o perfil lipídico aos 18 anos de idade: Coorte de nascimentos de 1993, Pelotas, RS, Brasil. / Ultraprocessed food consumption and its relationship with the lipid profile at 18 years of age: Birth cohort 1993, Pelotas, RS, BrazilKarnopp, Ediana Volz Neitzke 01 April 2016 (has links)
Submitted by Aline Batista (alinehb.ufpel@gmail.com) on 2018-05-18T22:38:27Z
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Previous issue date: 2016-04-01 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Introdução: Evidencia-se um consumo alarmante de alimentos com elevada densidade energética e baixa qualidade nutricional - denominados ultraprocessados - em todas as faixas etárias da população brasileira. Entretanto, os adolescentes são considerados um grupo de risco nutricional, por serem vulneráveis a escolhas de alimentos não saudáveis. O presente estudo teve como objetivo avaliar o consumo de alimentos ultraprocessados e sua relação com o perfil lipídico sérico de adolescentes com 18 anos de idade. Métodos: Estudo transversal aninhado a uma coorte de nascimentos de base populacional. A amostra do estudo foi composta pelos participantes da coorte de nascimentos de 1993 da cidade de Pelotas, RS acompanhados aos 18 anos de idade. A informação de consumo alimentar foi obtida por questionário de frequência alimentar semi-quantitativo, autoplicado em versão eletrônica, com período recordatório de um ano. O grau de processamento dos alimentos foi avaliado conforme a classificação proposta pelo Guia Alimentar para População Brasileira de 2014. O consumo de ultraprocessados foi analisado como percentual de contribuição energética da ingestão diária, categorizado em quintis. Foram obtidas informações sobre o sexo, cor da pele, renda familiar, escolaridade materna ao nascimento, fumo atual, atividade física no lazer, peso e altura. Resultados: 3.846 indivíduos foram incluídos no estudo. Quanto à contribuição no total energético, os alimentos in natura ou minimamente processados contribuíram com 54%, seguido pelos alimentos ultraprocessados (41,4%), ingredientes culinários processados (3,3%) e alimentos processados (2%). As proteínas e as fibras dietéticas apresentaram uma tendência ao declínio conforme o aumento nos quintis de contribuição energética dos alimentos ultraprocessados. O contrário foi observado para a ingestão total de energia, carboidratos e gorduras totais. Em relação aos níveis médios de CT, LDL e HDL foram mais elevados em adolescentes do sexo feminino. Tanto o CT, HDL, LDL e TG associaram-se aos maiores quintis de contribuição energética dos alimentos ultraprocessados. Conclusão: Os resultados deste estudo revelam um impacto negativo do consumo de alimentos ultraprocessados, sobretudo nos níveis de CT e TG e na qualidade nutricional da dieta dos adolescentes aos 18 anos idade. Entende-se que a redução no consumo de alimentos ultraprocessados é um dos caminhos para a promoção da alimentação saudável e da saúde. / Introduction: This study highlights an alarming consumption of foods with high energy density and low nutritional quality - called ultraprocessados - in all age groups of the population. However, teenagers are considered a nutritional risk group because they are vulnerable to unhealthy food choices. This study aimed to evaluate the consumption of ultraprocessados food and its relationship with serum lipid profile in adolescents 18 years of age. Methods: Cross-sectional study nested in a cohort of births. The study sample was composed by participants of the 1993 Birth Cohort in Pelotas, RS followed up to 18 years old. The information of food consumption was obtained by questionnaire semi-quantitative food frequency autoplicado in electronic version, with recall period of one year. The degree of food processing was evaluated according to the classification proposed by the Food Guide for the Brazilian Population 2014. The consumption of ultraprocessados was analyzed as energy contribution percentage of the daily intake, categorized into quintiles. They obtained information about sex, skin color, family income, maternal education at birth, current smoking, physical activity during leisure time, weight and height. Results: 3846 subjects were included in the study. As the contribution to the total energetic, foods fresh or minimally processed contributed 54%, followed by ultraprocessados food (41.4%), processed cooking ingredients (3.3%) and processed foods (2%). Protein and dietary fiber showed a tendency to decline as the increase in energy contribution quintiles of ultraprocessados food. The opposite was observed for total energy intake, carbohydrates and total fat. In relation to average levels of TC, LDL and HDL were higher in female adolescents. Both TC, HDL, LDL and TG were associated to higher quintiles of energy contribution of ultraprocessados food. Conclusion: The results of this study show a negative impact of consumption ultraprocessados food, particularly the levels of TC and TG and nutritional quality of the diet of adolescents to 18 years old. It is understood that the reduction in the consumption of ultraprocessados food is one of the ways to promote healthy eating and health.
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Consumo de refrigerantes e salgadinhos de pacote por crianças de 12 a 59 meses e fatores associados / Soft drinks and chips intake by 12 to 59-month-old children and associated factorsSilva, Lana Angélica Braudes 06 March 2015 (has links)
Submitted by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2015-04-20T11:52:23Z
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Previous issue date: 2015-03-06 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The excessive consumption of ultra-processed products is associated with the obesity emergence and comorbities and this problem is increasingly in children population. The aim of this study was to investigate the prevalence and associated factors with the consumption of soft drinks and chips by children less than five years old. This is a population and household-based cross-sectional study with 653 children (aged 12 to 59 months) in 2011 and 2012. Cluster sampling in multistage and standardized questionnaire with socioeconomics, demographics, life style and anthropometrics questions were used. The dietary intake was assessed by a Food Frequency Questionnaire. Regular consumption of soft drinks and chips outcomes were dichotomized and classified as regular those who reported eating five times a week or more. The prevalence ratios were obtained using Poisson regression following a hierarchical model. At the month that preceded the interview, the prevalence of soft drinks intake was 79.3% and the chips consumption was 68.0%; and the frequencies of regular intake of these products were 27.1% and 9.5%, respectively. Children among 24 and 59 months, maternal education with 12 or more years of study, eating breakfast less than 3 times a week, time spent in front of television greater than or equals to two hours a day and chips regular consumption were associated with the soft drinks regular intake. The low socioeconomic status, maternal age greater than or equals to 35 years and soft drinks regular consumption were associated with chips regular intake. Soft drinks and chips regular intake was high among the children. Age, watching TV and chips regular intake were positively associated with the soft drinks regular consumption, and maternal education and eating breakfast were negatively associated. Soft drinks regular consumption was positively associated with chips regular intake, and socioeconomic status and maternal age were negatively associated. / O consumo excessivo de produtos ultraprocessados associa-se ao surgimento de obesidade e comorbidades, e essa problemática está cada vez mais frequente na população infantil. O objetivo do estudo foi investigar a prevalência do consumo de refrigerantes e salgadinhos de pacote por crianças menores de cinco anos e seus fatores associados. Trata-se de estudo transversal de base populacional e domiciliar com 653 crianças (12 a 59 meses), realizado em 2011 e 2012. Utilizou-se amostragem por conglomerados em múltiplos estágios e questionário padronizado com questões socioeconômicas e demográficas, de estilo de vida e perfil antropométrico. Avaliou-se o consumo alimentar por meio de Questionário de Frequência Alimentar. Os desfechos, consumo regular de refrigerantes e consumo regular de salgadinhos de pacote, foram dicotomizados e classificados como regular a ingestão referida em cinco dias por semana ou mais. As razões de prevalência foram obtidas por regressão de Poisson segundo modelo hierárquico. No mês antecedente à entrevista, a prevalência do consumo de refrigerantes foi de 79,3% e de salgadinhos de pacote, 68,9%; e as frequências do consumo regular destes produtos foram 27,1% e 9,5%, respectivamente. A faixa etária entre 24 e 59 meses, escolaridade materna igual ou superior a 12 anos de estudo, realizar o café da manhã menos de três vezes por semana, assistir TV por duas horas ou mais por dia e a ingestão regular de salgadinhos de pacote foram associadas ao consumo regular de refrigerantes. Associaram-se ao consumo regular de salgadinhos de pacote: pertencer à classe econômica baixa, idade materna maior ou igual a 35 anos e a ingestão regular de refrigerantes. O consumo de refrigerantes e salgadinhos de pacote foi elevado entre as crianças. A idade, tempo diante da TV e consumo regular de salgadinhos de pacote foram associados positivamente à ingestão regular de refrigerantes, e a escolaridade materna e a realização do café da manhã foram negativamente associados. O consumo regular de refrigerantes associou-se positivamente ao consumo regular de salgadinhos de pacote, e a classe econômica e a idade materna, associaram-se negativamente. Os achados podem fornecer subsídios para nortear estratégias de promoção e redução de riscos de doenças crônicas associadas ao consumo alimentar de crianças.
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Fatores prognósticos de doença cardiovascular em pacientes com aterosclerose manifesta no município de Pelotas/RS / Prognostic factors of cardiovascular disease in patients with established atherosclerosis disease in the city of Pelotas/RSLongo, Aline 21 July 2016 (has links)
Submitted by Aline Batista (alinehb.ufpel@gmail.com) on 2018-05-18T22:10:38Z
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Previous issue date: 2016-07-21 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / As doenças cardiovasculares, além de representarem a principal causa de morte no Brasil e no mundo, podem gerar doentes crônicos. A prevenção secundária de pacientes com tal comorbidade torna-se importante, e o estudo de fatores prognósticos auxilia em tal conduta. O objetivo deste trabalho foi avaliar fatores prognósticos de doença cardiovascular e investigar possíveis associações entre eles, em uma amostra de pacientes com aterosclerose manifesta do município de Pelotas/RS. Trata-se de estudo transversal, aninhado a um ensaio clínico randomizado, com dados dos pacientes do centro colaborador de Pelotas/RS. Foram coletadas variáveis clínicas, antropométricas, bioquímicas, sociodemográficas, alimentares e qualidade de vida relacionada à saúde. A análise estatística foi realizada através dos programas Graph Pad® e Stata®. A maioria da amostra era do sexo masculino, idosa, pertencente à classe econômica C, estudou até o ensino fundamental, era fumante ou ex-fumante e possuía excesso de peso, doença arterial coronariana, hipertensão, dislipidemia e histórico familiar de doença cardiovascular. Quanto ao consumo alimentar (n=74), classificado de acordo com o grau de processamento, o grupo de alimentos que mais contribuiu com o consumo calórico diário foi o in natura/minimamente processados (50,9%), seguido pelo consumo de alimentos ultraprocessados (35,1%), processados (11,1%) e ingredientes culinários processados (2,9%). Possuir excesso de peso e ser fumante/ex-fumante estiveram positivamente associados à pontuação da síndrome metabólica, com um acréscimo de 0,64 e 0,48 pontos, respectivamente (n=82). Com relação à qualidade de vida relacionada à saúde (n=70), o escore dos domínios de saúde física foi inferior ao escore de saúde mental (p<0,0001). Índice de massa corporal e circunferência da cintura estiveram negativamente associados à qualidade de vida relacionada à saúde, enquanto que o consumo de fibras dietéticas, potássio e magnésio apresentaram associação positiva. Na amostra analisada, o consumo de alimentos processados/ultraprocessados mostrou-se elevado, visto que foi quase igual ao consumo de alimentos in natura/minimamente processados. Fibra dietética, potássio e magnésio, estiveram positivamente associados à qualidade de vida relacionada à saúde. Por outro lado, altos valores de circunferência da cintura e índice de massa corporal estiveram negativamente associados à qualidade de vida relacionada à saúde. Ademais, o índice de massa corporal elevado (excesso de peso) e tabagismo foram responsáveis por aumentarem a pontuação da síndrome metabólica. Dessa forma, a prevenção secundária dos pacientes analisados deve contemplar intervenções para um estilo de vida mais saudável, principalmente voltadas à alimentação adequada e à manutenção do peso na faixa da normalidade. / Cardiovascular diseases, besides representing the leading cause of death in Brazil and worldwide, can lead to chronic conditions. Secondary prevention of patients with this comorbidity becomes important, and the study of prognostic factors helps in such conduct. The aim of this work was to evaluate prognostic factors of cardiovascular diseases and to investigate possible associations between them, in a sample of patients with established atherosclerosis disease, in Pelotas/RS. Cross-sectionals studies, nestled to a randomized clinical trial, were performed, with data of the collaborating site of Pelotas/RS. Clinical, anthropometric, biochemistry, sociodemographic, alimentary and health-related quality of life variables were collected. Statistical analyzes were carried out in Graph Pad® e Stata®. The majority of the sample was men, elderly, from economic level C, studied until elementary school, was former or current smoker and had overweight, coronary artery disease, hypertension, dyslipidemia and familiar history of cardiovascular diseases. About alimentary consumption (n=74), classified according to the degree of processing, the group that most contributed to caloric consumptio was unprocessed/minimally processed foods (50.9%), followed by ultra-processed (35.1%), processed (11.1%) and processed culinary ingredients (2.9%). Overweight and being current/former smoker were positively associated to the pontuation of metabolic syndrome, with an increase of 0.64 and 0.48 points, respectivetly (n=82). Regarding health-related quality of life (n=70), the score of physical health domains was lower than the mental health (p<0.0001). Body mass index and waist circumference were negatively associated to health-related quality of life, whereas the consumption of dietary fiber, potassium and magnesium presented a positive association. In the analysed sample, alimentary consumption across the degree of processing foods was elevated, since the consumption of processed/ultra-processed foods was almost the same of unprocessed/minimally processed foods. Dietary fiber, potassium and magnesium were positively associated to health-related quality of life. On the other hand, high values of waist circumference and body mass index were negatively associated to health-related quality of life. Moreover, elevated body mass index (overweight) and tobacco use were identified as risk factors that increase the pontuation of metabolic syndrome. Thus, the secondary prevention of patients analysed must contemplate interventions to an healthier lifestyle, mainly focused to an adequate diet and to the maintenance of a proper weigh.
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O ambiente alimentar, os indivíduos e suas práticas: um estudo no município de São Paulo / The food environment, individuals and their practices: a survey in São PauloAlmeida, Luara Bellinghausen 06 November 2015 (has links)
Introdução Evidências sugerem impacto das características do ambiente nas taxas de obesidade, por mediadores em nível comunitário, como acesso a comércios, disponibilidade e custo de alimentos. Porém, há insuficiente compreensão sobre a interação do meio nas práticas alimentares. Objetivos Ampliar a compreensão a respeito das relações entre o ambiente e as práticas alimentares em diferentes contextos socioeconômicos e de acesso à alimentação em que vivem indivíduos no município de São Paulo. Métodos Estudo de abordagem qualitativa baseado em dados de auditoria de ambiente alimentar, inquérito e entrevistas individuais. A amostragem propositiva abrangeu diversos estratos do ambiente socioeconômico e alimentar no município de São Paulo e incluiu 48 indivíduos adultos de ambos os sexos. O roteiro de entrevistas semiestruturadas foi elaborado a partir de duas perguntas norteadoras: Como é a percepção dos indivíduos sobre os estabelecimentos de comercialização de alimentos no bairro em que vivem e a sua influência nas práticas alimentares? e Como é a rotina de aquisição, preparo e consumo dos alimentos no bairro em que vivem e como isso se relaciona ao consumo de frutas e hortaliças e de alimentos ultraprocessados?. Para a categorização dos discursos aplicou-se análise de conteúdo proposta por Bardin. A trajetória interpretativa foi conduzida sob o referencial teórico das representações sociais. A análise de clusters hierárquica foi utilizada para o agrupamento dos indivíduos, retendo-se dois grupos: cluster 1 e cluster 2, diferenciados pelo nível socioeconômico e pela disponibilidade de alimentos saudáveis nos locais avaliados. Resultados As representações sociais sobre os ambientes alimentares estudados corresponderam às características aferidas em auditoria, revelando desigualdades entre os locais estudados. No cluster 1, caracterizado pelo maior nível socioeconômico e pelo melhor acesso à alimentação saudável, prevaleceu a percepção favorável sobre a disponibilidade de feiras, sacolões e supermercados, destacando oportunidades para a aquisição de alimentos com qualidade, variedade e preços acessíveis, dentre os quais as frutas e hortaliças. Os indivíduos do cluster 2 viviam em locais de menor nível socioeconômico e de menor acesso à alimentação saudável e representaram a falta de acesso à estabelecimentos de comércio de alimentos e a indisponibilidade de frutas e hortaliças. Nos dois clusters verificou-se a representação social: refrigerantes, salgadinhos, biscoitos recheados e fast-food se encontra em todo lugar, sobre a disponibilidade de alimentos ultraprocessados. A preocupação com a saúde foi a principal motivação para o consumo de frutas e hortaliças entre os dois clusters, e o gosto, a falta de hábito e o custo foram identificados como barreiras. Sobre o consumo de alimentos ultraprocessados, no cluster 1 ocorreu maior percepção sobre as barreiras, como a preocupação com a saúde. Já no cluster 2, se destacaram as motivações para este consumo, como o gosto e a presença de crianças. Conclusão A forma como conhecem e compreendem as características do ambiente alimentar está refletida em algumas ações dos sujeitos sobre as suas práticas de aquisição e consumo de alimentos. / Background Evidences suggest an impact of environmental characteristics on obesity and non-communicable diseases rates, by mediators at the community level such as access to markets, cost and availability of food. However, there is insufficient comprehension about the interaction of the environment in food pratices. Objective Enhancing knowledge about the relations between the environment and eating habits in different socioeconomic and food access contexts, whereupon São Paulos individuals live. Methods This is a qualitative study based on food environment audit data, inquiry and individual interviews. The purposeful sampling comprised different strata of the socioeconomic and food environments in São Paulo and included 48 adults of both genders.The script for semi-structured interviews was drawn from two guiding questions: How is the perception of the individuals on the food establishments in the neighborhood they live in, and their influence on eating habits? and How is the acquisition routine, preparation and consumption of foods in their neighborhood, and how does it relate to the consumption of fruits and vegetables, and ultra-processed food?. For categorizing the speeches Bardins content analisys was applied. The interpretative trajectory was conducted under the theoretical framework of social representations. The hierarchical clusters analisys was used for grouping individuals, retaining two groups: cluster 1 and cluster 2, differentiated by the socioeconomic level and by the availability of healthy foods at the locations assessed. Results The social representations about the food environments investigated corresponded to the characteristics measured in audit, revealing disparities between the locations assessed. In cluster 1,characterized by higher socioeconomic level and better access to healthy food, prevailed favorable perception about the availability of fairs, grocery stores and supermarkets, standing out opportunities to food acquisition with quality, variety and affordable prices, among which are fruits and vegetables.Individuals from cluster 2 lived in places of lower socioeconomic level and less access to healthy food, and they accounted for the lack of access to food establishments and the unavailability of fruits and vegetables.In both clusters there was the social representation: soft drinks, snacks, cookies and fast food are everywhere, about the availability of ultra-processed food. The concern about healthcare was the main motivation for fruits and vegetables consumption among both clusters, and the taste, the lack of habit and costs were identified as barriers. Regarding to ultra-processed food consumption, in cluster 1 there was a greater awareness about the barriers, like the concern for healthcare. On the other hand, in cluster 2, the motivations for this consumption were highlighted, such as the taste and the presence of children. ConclusionThe way individuals know and understand the environmental characteristics is reflected in some of their actions about the purchasing practices and food consumption.
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Alimentos ultraprocessados e a qualidade nutricional das dietas dos EUA / Ultra-processed foods and the nutritional quality of US dietsSteele, Eurídice Martínez 31 May 2017 (has links)
Introdução: A introdução da agricultura e pecuária foram muito recentes para que o genoma humano se adaptasse e a tecnologia avançada pós revolução Industrial foi ainda mais. Segundo Cordain, a substituição de alimentos minimamente processados por alimentos pós-agrícolas e pós-industriais influenciaram os indicadores nutricionais: carga glicêmica, composição de ácidos graxos e macronutrientes, densidade de micronutrientes, equilíbrio ácido-base, relação sódio/potássio e teor de fibras, levando a um desequilíbrio que é causa de várias doenças atuais da civilização. A Protein Leverage Hypothesis (PLH) propõe que a queda na ingestão de proteínas possa levar a obesidade e doenças cardiometabólicas associadas. Objetivos: Estudar o efeito do consumo de alimentos ultraprocessados nos indicadores nutricionais na população dos EUA, incluindo a composição de macronutrientes, densidade de fibras e micronutrientes e fitoestrógenos urinários; avaliar se a contribuição calórica de alimentos ultraprocessados é determinante para a qualidade nutricional das dietas contemporâneas; e finalmente estudar se a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados, proteína e energia correspondem às previsões do modelo PLH. Métodos: Foram avaliados os participantes do National Health and Nutrition Examination Survey 2009-2010, com pelo menos um recordatório alimentar de 24 horas. Os itens foram classificados em: alimentos in natura ou minimamente processados, processados, ultraprocessados e ingredientes de uso culinário. O manuscrito 1 examina a relação entre a contribuição calórica de alimentos ultraprocessados e qualidade nutricional da dieta, avaliando individual e globalmente a contribuição de cada ingrediente crítico, usando a análise de componentes principais (ACP). O manuscrito 2 estuda a associação entre a contribuição calórica dos alimentos ultraprocessados e consumo de açúcares de adição. O manuscrito 3 avalia como o consumo de alimentos ultraprocessados influencia o conteúdo proteico relativo da dieta e as ingestões absolutas de energia e proteína, e se essas relações se encaixam nas previsões da PLH. O manuscrito 4 avalia a relação entre a contribuição calórica de alimentos ultraprocessados e níveis de fitoestrógenos urinários. Resultados: O teor médio de proteínas, fibras, vitaminas A, C, D e E, zinco, potássio, fósforo, magnésio e cálcio na dieta diminuiu ao longo dos quintis de contribuição calórica de alimentos ultraprocessados, enquanto o de carboidratos, açúcares de adição e gordura saturada aumentou. Uma associação inversa de dose-resposta foi encontrada entre o consumo de alimentos ultraprocessados e qualidade nutricional total, medida através de um escore de padrão balanceado de nutrientes derivado usando ACP. Consistente com a PLH, a contribuição calórica de alimentos ultraprocessados foi inversamente associada à densidade proteica e diretamente ao consumo energético total, enquanto a ingestão absoluta de proteínas permaneceu constante com aumento do consumo de alimentos ultraprocessados. Os níveis médios de enterolignanos urinários diminuíram ao longo dos quintis de consumo de alimentos ultraprocessados, enquanto os níveis de isoflavonas permaneceram inalterados. Conclusões: Este estudo mostra que a diminuição da contribuição calórica de alimentos ultraprocessados é um meio racional e eficaz de melhorar a qualidade nutricional das dietas dos EUA / Background: The introduction of agricultural and animal husbandry has not provided the human genome time enough to adapt, much less the advancing technology after Industrial Revolution. According to Cordain et al., displacement of minimally processed foods by post-agricultural and post-industrial food items adversely affected the following dietary indicators: glycemic load, fatty acid and macronutrient compositions, micronutrient density, acid-base balance, sodium-potassium ratio and fiber content. Many current diseases of civilization, in turn may be ascribable to those unbalanced dietary indicators. Indeed, Raubenheimer and Simpson have proposed the Protein Leverage Hypothesis (PLH) to explain how a drop in dietary protein content might lead to obesity and associated cardiometabolic disease. Objective: This thesis aims to study the effect of an increased consumption of ultra-processed foods on dietary indicators in the US population, including macronutrient composition, micronutrient and fiber densities, and urinary phytoestrogens. It also explores whether the dietary share of ultra-processed foods, expressed as a percentage of total energy intake, is a meaningful determinant of overall nutritional quality of contemporary diets. Lastly, it also looks into whether the association between ultra-processed food, protein and energy consumptions fit predictions of the PLH model. Methods: Participants from cross-sectional 2009-2010 National Health and Nutrition Examination Survey with at least one 24-hour dietary recall were evaluated. Food items were classified according to extent and purpose of industrial food processing as: unprocessed or minimally processed foods, processed culinary ingredients, processed foods and ultra-processed foods. Manuscript 1, examines the relationship between dietary contribution of ultra-processed foods and nutritional quality of US diet through the evaluation of dietary contents of critical nutrients individually and also overall, using Principal Component Analysis (PCA). Manuscript 2 studies the association between dietary contribution of ultra-processed foods and energy intake from added sugars. Manuscript 3 examines how consumption of ultra-processed food influences relative dietary protein content and, absolute energy and protein intakes; it furthermore, tests whether the relationships fit PLH predictions. Manuscript 4 assesses the relationship between dietary contribution of ultra-processed foods and urinary levels of phytoestrogens. Results: The average content of protein, fiber, vitamins A, C, D and E, zinc, potassium, phosphorus, magnesium and calcium in US diet decreased significantly across quintiles of energy contribution of ultra-processed foods, while carbohydrate, added sugars and saturated fat contents increased. An inverse dose-response association was found between ultra-processed food consumption and overall dietary quality measured through a Nutrient balanced pattern PCA derived factor score. Consistent with PLH, dietary contribution of ultra-processed foods was inversely associated with protein density and directly associated with total energy intake, while absolute protein intake remained relatively constant with increases in ultra-processed food consumption. Average urinary mammal lignan levels decreased across quintiles of ultra-processed food consumption, while isoflavone levels remained unchanged. Conclusions: This study suggests that decreasing the dietary share of ultra-processed foods is a rational and effective way to improve the nutritional quality of US diets
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Avaliação da alimentação de lactentes menores de um ano nascidos com baixo peso: estudo transversal em 64 municípios brasileiros / Evaluation of the feeding of infants under one year old born with low birth weight: a cross-sectional study in 64 Brazilian municipalitiesOrtelan, Naiá 26 September 2018 (has links)
Introdução: O baixo peso ao nascer (BPN) representa risco crucial para as crianças. Em contrapartida, a amamentação é considerada a estratégia de maior impacto na redução da mortalidade em crianças menores de cinco anos. O aleitamento materno exclusivo (AME) é recomendado até o sexto mês de vida, devendo ser complementado até dois anos de idade ou mais. Crianças com consumo alimentar inadequado desde a infância tendem ao desenvolvimento precoce de sobrepeso e obesidade, além de outras doenças crônicas associadas. Objetivo: Verificar o padrão de aleitamento materno (AM) e as práticas de alimentação complementar de lactentes menores de um ano nascidos com baixo peso e analisar a influência de determinantes individuais e contextuais. Métodos: Estudo transversal com dados de 64 municípios brasileiros (incluindo as capitais e Distrito Federal) que abrangeu 5115 lactentes menores de um ano com BPN da Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno (PPAM) em Municípios Brasileiros, 2008. O questionário continha questões sobre a prática de AM e sobre o consumo de todos os grupos alimentares nas últimas 24 horas. A tese gerou três manuscritos: 1) Descreve as práticas de aleitamento materno, o consumo de líquidos e alimentos semi-sólidos nas últimas 24 horas e os indicadores de consumo alimentar de lactentes entre seis e 11,9 meses segundo estratos de BPN. 2) Avalia os determinantes individuais e contextuais do AME. 3) Analisa a influência de determinantes individuais e contextual sobre a dieta diversificada e sobre o consumo de alimentos ultraprocessados em lactentes de seis a 11,9 meses com BPN. Nos manuscritos 2 e 3, os determinantes individuais corresponderam às características socioeconômicas (representadas pela proxy escolaridade materna), dos lactentes (idade; sexo), maternas (faixa etária; situação de trabalho; paridade) e aos serviços de saúde (local de acompanhamento ambulatorial). No manuscrito 2 foi incluído também o \'nascimento em Hospital Amigo da Criança (HAC)\'. Os determinantes contextuais corresponderam às características dos municípios, representadas pelas variáveis \'número de Bancos de Leite Humano (BLH) por mil nascidos vivos\' e \'Índice de Desenvolvimento Humano do município\' no manuscrito 2, e \'prevalência estimada de desnutrição infantil\' como proxy de pobreza, no manuscrito 3. Para análise, utilizou-se regressão de Poisson com estrutura multinível e adotou-se nível de significância de 5%. Resultados: Descritos de acordo com cada manuscrito produzido: 1) No estrato de muito BPN o AME até 60 dias e 90 dias foi mais elevado do que nos demais, mas com intervalos de confiança superpostos. A prevalência de AME em menores de seis meses apresentou patamar semelhante nos três estratos de peso ao nascer. A prevalência de AM na primeira hora de vida e o AM foram mais prevalentes entre os nascidos com 2000 a 2499g. Observou-se consumo elevado de alimentos ultraprocessados (AUP) em lactentes de 6|-9 e de 9|-12 meses, sendo esta prevalência maior quanto maior o PN. As prevalências dos indicadores de consumo alimentar estão aquém do recomendado. 2) O AME foi mais prevalente entre lactentes cujas mães tinham de 20 a 35 anos (RP=1,35; IC95%=1,09-1,69), não trabalhavam fora (RP=1,36; IC95%=1,08-1,71) ou estavam em licença maternidade(RP=1,30; IC95%=1,06-1,59); lactentes que nasceram em HAC (RP=1,22; IC95%=1,09-1,37) e que residiam em municípios com maior número de BLH por mil nascidos vivos (RP=1,42; IC95%=1,14-1,76). 3) Aproximadamente 59% dos lactentes consumiram alimentos ultraprocessados, enquanto 29% apresentaram dieta diversificada. Crianças cujas mães residiam em municípios com prevalência de desnutrição infantil inferior a 10% (RP=1,66; IC95%=1,23-2,24), tinham escolaridade superior (RP=1,37; IC95%=1,18-1,60) e trabalhavam fora de casa (RP=1,29; IC95%=1,12-1,49) foram mais propensas a oferecer uma alimentação diversificada. O consumo de alimentos ultraprocessados foi maior entre lactentes cujas mães residiam em municípios com prevalência de desnutrição infantil inferior a 10% (RP=1,17; IC95%=1,04-1,31), eram mais jovens (RP=1,30; IC95%=1,15-1,46) e multíparas (RP=1,16; IC95%=1,03-1,30). Conclusões: A tese evidenciou o efeito independente de estratégias que integram a Política Nacional de Aleitamento Materno. Nascer em HAC, residir em município com maior disponibilidade de BLH e o direito à licença maternidade remunerada exercem influência positiva sobre a prática de AME. Este resultado aponta para a necessidade de expansão da cobertura dessas estratégias com vistas ao cumprimento das metas de AM propostas pela OMS. Foi detectado impacto de fatores individuais e contextuais sobre a qualidade da dieta que demandam o desenvolvimento de estratégias eficazes para aumentar o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados e diminuir o consumo de ultraprocessados nesta população vulnerável. / Introduction: Low birth weight (LBW) represents a major risk to children. On the other hand, breastfeeding is recognized as the strategy with the greatest impact on reducing childhood mortality. Thus, exclusive breastfeeding (EBF) is recommended up to the sixth month of the child\'s life and should be complemented up to two years of age or more. Inadequate nutrition during early childhood is associated with early development of overweight, obesity, and other chronic diseases. Objectives: 1) To verify the breastfeeding pattern and complementary feeding practices of infants under one year of age who were born with low weight and, 2) to assess the influence of its individual and contextual determinants. Methods: This cross-sectional analysis included 5,115 infants less than one year of age born with LBW from the Second National Survey of Breastfeeding Prevalence (IIPPAM). The survey evaluated the situation of breastfeeding and complementary feeding in 64 Brazilian municipalities (including capitals and the Federal District). Dietary data was collected using a questionnaire with dichotomous questions about breastfeeding practices and consumption of foods from all food groups in the previous 24 hours. The thesis generated three manuscripts as follows: 1) The first one describes breastfeeding practices, consumption of any liquids (including non-human milk) and semi-solid foods in the last 24 hours, and indicators of young child feeding practices of infants between six and 11.9 months according to birth weight strata. 2) The second manuscript evaluates individual and contextual determinants of exclusive breastfeeding. 3) The third one assesses the influence of individual and contextual factors on dietary diversity and on consumption of ultraprocessed foods in LBW infants between six and 11.9 months of age. The individual-level-factors studied on manuscripts 2 and 3 were: socioeconomic (represented by the proxy maternal education), infants (age, sex), maternal (age range, work situation, parity), and health services (type of outpatient follow-up). The individual-level-factor \'being born in a Baby-Friendly Hospital (BFH)\' was also studied on manuscript 2. The community-level factors studied at the second level in the manuscript 2 included municipalities\' characteristics (number of Human Milk Banks (HMB) per thousand live births in each municipality in 2007, and Human Development Index of the municipality, used as proxy of poverty). The community-level factor studied at the second level in manuscript 3 was municipal prevalence of childhood malnutrition, used as a proxy for poverty. The individualized effect of the study factors on the outcome was evaluated using multilevel Poisson regression analysis. For all manuscripts, a significance level of 5% was adopted. Results: Summary of the findings of each manuscript produced: 1) In the stratum of very LBW, the rates EBF up to 60 and 90 days were higher among very LBW infants compared to others, however with overlapping confidence intervals. The overall prevalence of breastfeeding in infants under six months was similar among the groups. The rates of breastfeeding in the first hour of life and total breastfeeding were both higher among those born with weight between 2000 and 2499g. A high consumption of ultraprocessed foods was observed among infants aged 6|-9 and 9|-12 months, and it was noted that the higher the birth weight the higher was the prevalence of consumption. The prevalence of food groups consumption indicators are below the recommended. 2) EBF was more prevalent among infants born with LBW whose mothers were 20-35 years old, those who did not work outside the home or were on paid maternity leave; those born in a BFH; and those who lived in municipalities with the highest number of HMB per thousand live births. 3) Approximately 59% of infants consumed ultraprocessed foods, while 29% achieved dietary diversity. Mothers with the highest education level, those who worked outside the home, and who lived in municipalities with a prevalence of child malnutrition below 10% were more likely to offer a diverse diet. Consumption of ultra-processed foods was higher among infants whose mothers were younger, multiparous, and who lived in municipalities with a prevalence of child malnutrition below 10%. Conclusions: The thesis augments the evidence that integrated actions of the National Breastfeeding Program already implemented in Brazil - BFH Initiative, Brazilian Network of HMB, and adoption of labor laws for paid maternity leave - are associated with EBF even in the vulnerable population of infants born with LBW. Our results also suggest the need to expand and intensify the coverage of these strategies in order to meet the goals of breastfeeding proposed by the World Health Organization. Our findings also indicate the effects of individual and community-level factors on the dietary quality of this population, suggesting a need for developing effective strategies to increase consumption of unprocessed or minimally processed foods, while decreasing the ultra-processed counterpart for this vulnerable population.
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Consumo de alimentos ultraprocessados fora de domicílio no Brasil / Ultra-processed food eaten out in BrazilAndrade, Giovanna Calixto 28 June 2017 (has links)
Introdução: Comer fora de casa tem sido relacionado com o aumento no consumo de alimentos caracterizados pelo alto grau de processamento, tal como refrigerantes, doces e fast food. Embora indiquem uma associação entre alimentação fora do domicilio e o consumo de alimentos ultraprocessados, estudos realizados até o momento não consideraram o grau e extensão de processamento industrial dos alimentos na avaliação da dieta fora de casa. Objetivo: Avaliar o consumo de alimentos fora de casa e verificar sua associação com características socioeconômicas e indicadores nutricionais. Métodos: Trata-se de um estudo transversal utilizando o Módulo de Consumo Pessoal da Pesquisa de Orçamentos Familiares realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística entre maio de 2008 e maio de 2009. Os alimentos foram agrupados de acordo com a extensão e propósito do processamento industrial. O hábito de comer fora de casa foi avaliado por meio de dois indicadores: o percentual de calorias consumidas fora e a frequência de dias em que cada indivíduo relatou realizar refeições fora de domicílio, ambos descritos segundo características sociodemográficas. Foi estimado o percentual de participação dos grupos e subgrupos alimentares no total de calorias e segundo local de consumo. Adicionalmente, o percentual de participação de alimentos ultraprocessados dentro e fora de casa foi descrito segundo características sociodemográficas. Modelo multinível foi aplicado para avaliar a associação entre comer fora de casa e a participação de alimentos ultraprocessados na dieta. Análise fatorial foi conduzida para identificar padrões de alimentação fora de casa e modelos de regressão linear foram utilizados para explorar associação entre os padrões encontrados e indicadores nutricionais. Resultados: Observa-se uma maior contribuição de alimentos ultraprocessados fora de casa, destacando a participação de itens alimentares como refrigerantes e refeições prontas. Quando comparado com o consumo exclusivamente dentro do domicílio, realizar refeições fora de casa aumenta em 51% o consumo de alimentos ultraprocessados. A análise de componentes principais, no entanto, monstra que existem padrões de alimentação fora de casa que podem ter ou não um impacto negativo na dieta. Foram encontrados três padrões de alimentação na população que explicam conjuntamente 13,6% da variância. O primeiro padrão, denominado refeição tradicional, inclui em sua composição arroz, feijão, legumes e verduras, raízes e tubérculos, macarrão e outras massas, carne bovina, aves e ovos. O segundo padrão, nomeado lanche, é composto por manteiga, leite, café e chás, pão francês, queijos processados e margarina. O terceiro padrão, denominado alimentos de conveniência por ser composto exclusivamente por alimentos ultraprocessados, inclui doces, refeições prontas (tais como fast food, salgados, pizza, entre outras) e refrigerantes. De maneira geral, observou-se uma associação direta entre o padrão de refeições tradicionais e nutrientes saudáveis na dieta, enquanto o padrão lanches e alimentos de conveniência foram associados diretamente com nutrientes não saudáveis. Conclusão: Os resultados apresentados indicam que no Brasil, comer fora de casa está associado ao aumento na participação de alimentos ultraprocessados na dieta. Existem, porém, padrões de alimentação fora de casa. Quando baseada em lanches e alimentos de conveniência, comer fora de casa acarreta em um impacto negativo na dieta. É, no entanto, possível manter uma alimentação saudável fora de casa quando se adere a padrões tradicionais da culinária brasileira / Introduction: Eating out has been related to the increase on the consumption of food characterized by high degree of processing, such as soft drinks, sweets and fast food. Although they indicate an association between eating out and ultra-processed food consumption, studies do not consider the extent and purpose of food processing to evaluate eating out diet. Objective: Evaluate eating out food and verify its association with socioeconomic characteristics and nutritional indicators. Method: Cross-sectional study using the Individual Food Intake Survey, carried out with 34,003 individuals aged 10 or more, between May 2008 and May 2009. All food items were classified according to the extent and purpose of food processing. The habit of eating out was evaluated through two indicators: the percentage of calories eating out and the frequency of days in which each individual reported eating out, both indicators are described according to the sociodemographic characteristics. The percentage of food calories per group and subgroups was estimated according to the place of consumption. In addition, the ultra-processed food percentage eaten at home and out was described according to sociodemographic characteristics. Multilevel model was applied to evaluate an association between eating out and the participation of ultra-processed food on diet. Factor analysis was used to identify the eaten out food consumption patterns and linear regression models were used to explore the association between patterns and the nutrient content of the diet. Results: It is possible to observe a higher contribution of ultra-processed food out home, emphasizing the participation of food items such as soft drinks and ready-to-eat meals. When compared to consumption exclusively at home, eating meals out increases the consumption of ultra-processed foods by 51%. Principal component analysis, however, demonstrates that there are eating out patterns, whether or not may have a negative impact on the diet. We identified three food patterns. The first pattern, called traditional meal, was positive for rice, beans, vegetables and greens, roots and tubers, pasta, beef, poultry and eggs. The second pattern, called snack, was positive for butter, milk, coffee and tea, processed bread, processed cheese and margarine. The third pattern, called convenience food because it consists exclusively of ultra-processed food, was positive for sweet, ready to eat meals and soft drinks. In general, there was a positive association between traditional meal pattern and healthy dietary markers, while snacks and the convenience pattern were positively associated to unhealthy dietary markers. Conclusion: In Brazil, eating out is directly associated to ultra-processed food consumption. There is, however, eating out patterns. When based on snacks and convenience food, eating out has a negative impact in diet. It is, however, possible to maintain a healthy diet out when adhering to traditional Brazilian patterns
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Consumo de alimentos ultraprocessados fora de domicílio no Brasil / Ultra-processed food eaten out in BrazilGiovanna Calixto Andrade 28 June 2017 (has links)
Introdução: Comer fora de casa tem sido relacionado com o aumento no consumo de alimentos caracterizados pelo alto grau de processamento, tal como refrigerantes, doces e fast food. Embora indiquem uma associação entre alimentação fora do domicilio e o consumo de alimentos ultraprocessados, estudos realizados até o momento não consideraram o grau e extensão de processamento industrial dos alimentos na avaliação da dieta fora de casa. Objetivo: Avaliar o consumo de alimentos fora de casa e verificar sua associação com características socioeconômicas e indicadores nutricionais. Métodos: Trata-se de um estudo transversal utilizando o Módulo de Consumo Pessoal da Pesquisa de Orçamentos Familiares realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística entre maio de 2008 e maio de 2009. Os alimentos foram agrupados de acordo com a extensão e propósito do processamento industrial. O hábito de comer fora de casa foi avaliado por meio de dois indicadores: o percentual de calorias consumidas fora e a frequência de dias em que cada indivíduo relatou realizar refeições fora de domicílio, ambos descritos segundo características sociodemográficas. Foi estimado o percentual de participação dos grupos e subgrupos alimentares no total de calorias e segundo local de consumo. Adicionalmente, o percentual de participação de alimentos ultraprocessados dentro e fora de casa foi descrito segundo características sociodemográficas. Modelo multinível foi aplicado para avaliar a associação entre comer fora de casa e a participação de alimentos ultraprocessados na dieta. Análise fatorial foi conduzida para identificar padrões de alimentação fora de casa e modelos de regressão linear foram utilizados para explorar associação entre os padrões encontrados e indicadores nutricionais. Resultados: Observa-se uma maior contribuição de alimentos ultraprocessados fora de casa, destacando a participação de itens alimentares como refrigerantes e refeições prontas. Quando comparado com o consumo exclusivamente dentro do domicílio, realizar refeições fora de casa aumenta em 51% o consumo de alimentos ultraprocessados. A análise de componentes principais, no entanto, monstra que existem padrões de alimentação fora de casa que podem ter ou não um impacto negativo na dieta. Foram encontrados três padrões de alimentação na população que explicam conjuntamente 13,6% da variância. O primeiro padrão, denominado refeição tradicional, inclui em sua composição arroz, feijão, legumes e verduras, raízes e tubérculos, macarrão e outras massas, carne bovina, aves e ovos. O segundo padrão, nomeado lanche, é composto por manteiga, leite, café e chás, pão francês, queijos processados e margarina. O terceiro padrão, denominado alimentos de conveniência por ser composto exclusivamente por alimentos ultraprocessados, inclui doces, refeições prontas (tais como fast food, salgados, pizza, entre outras) e refrigerantes. De maneira geral, observou-se uma associação direta entre o padrão de refeições tradicionais e nutrientes saudáveis na dieta, enquanto o padrão lanches e alimentos de conveniência foram associados diretamente com nutrientes não saudáveis. Conclusão: Os resultados apresentados indicam que no Brasil, comer fora de casa está associado ao aumento na participação de alimentos ultraprocessados na dieta. Existem, porém, padrões de alimentação fora de casa. Quando baseada em lanches e alimentos de conveniência, comer fora de casa acarreta em um impacto negativo na dieta. É, no entanto, possível manter uma alimentação saudável fora de casa quando se adere a padrões tradicionais da culinária brasileira / Introduction: Eating out has been related to the increase on the consumption of food characterized by high degree of processing, such as soft drinks, sweets and fast food. Although they indicate an association between eating out and ultra-processed food consumption, studies do not consider the extent and purpose of food processing to evaluate eating out diet. Objective: Evaluate eating out food and verify its association with socioeconomic characteristics and nutritional indicators. Method: Cross-sectional study using the Individual Food Intake Survey, carried out with 34,003 individuals aged 10 or more, between May 2008 and May 2009. All food items were classified according to the extent and purpose of food processing. The habit of eating out was evaluated through two indicators: the percentage of calories eating out and the frequency of days in which each individual reported eating out, both indicators are described according to the sociodemographic characteristics. The percentage of food calories per group and subgroups was estimated according to the place of consumption. In addition, the ultra-processed food percentage eaten at home and out was described according to sociodemographic characteristics. Multilevel model was applied to evaluate an association between eating out and the participation of ultra-processed food on diet. Factor analysis was used to identify the eaten out food consumption patterns and linear regression models were used to explore the association between patterns and the nutrient content of the diet. Results: It is possible to observe a higher contribution of ultra-processed food out home, emphasizing the participation of food items such as soft drinks and ready-to-eat meals. When compared to consumption exclusively at home, eating meals out increases the consumption of ultra-processed foods by 51%. Principal component analysis, however, demonstrates that there are eating out patterns, whether or not may have a negative impact on the diet. We identified three food patterns. The first pattern, called traditional meal, was positive for rice, beans, vegetables and greens, roots and tubers, pasta, beef, poultry and eggs. The second pattern, called snack, was positive for butter, milk, coffee and tea, processed bread, processed cheese and margarine. The third pattern, called convenience food because it consists exclusively of ultra-processed food, was positive for sweet, ready to eat meals and soft drinks. In general, there was a positive association between traditional meal pattern and healthy dietary markers, while snacks and the convenience pattern were positively associated to unhealthy dietary markers. Conclusion: In Brazil, eating out is directly associated to ultra-processed food consumption. There is, however, eating out patterns. When based on snacks and convenience food, eating out has a negative impact in diet. It is, however, possible to maintain a healthy diet out when adhering to traditional Brazilian patterns
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O ambiente alimentar, os indivíduos e suas práticas: um estudo no município de São Paulo / The food environment, individuals and their practices: a survey in São PauloLuara Bellinghausen Almeida 06 November 2015 (has links)
Introdução Evidências sugerem impacto das características do ambiente nas taxas de obesidade, por mediadores em nível comunitário, como acesso a comércios, disponibilidade e custo de alimentos. Porém, há insuficiente compreensão sobre a interação do meio nas práticas alimentares. Objetivos Ampliar a compreensão a respeito das relações entre o ambiente e as práticas alimentares em diferentes contextos socioeconômicos e de acesso à alimentação em que vivem indivíduos no município de São Paulo. Métodos Estudo de abordagem qualitativa baseado em dados de auditoria de ambiente alimentar, inquérito e entrevistas individuais. A amostragem propositiva abrangeu diversos estratos do ambiente socioeconômico e alimentar no município de São Paulo e incluiu 48 indivíduos adultos de ambos os sexos. O roteiro de entrevistas semiestruturadas foi elaborado a partir de duas perguntas norteadoras: Como é a percepção dos indivíduos sobre os estabelecimentos de comercialização de alimentos no bairro em que vivem e a sua influência nas práticas alimentares? e Como é a rotina de aquisição, preparo e consumo dos alimentos no bairro em que vivem e como isso se relaciona ao consumo de frutas e hortaliças e de alimentos ultraprocessados?. Para a categorização dos discursos aplicou-se análise de conteúdo proposta por Bardin. A trajetória interpretativa foi conduzida sob o referencial teórico das representações sociais. A análise de clusters hierárquica foi utilizada para o agrupamento dos indivíduos, retendo-se dois grupos: cluster 1 e cluster 2, diferenciados pelo nível socioeconômico e pela disponibilidade de alimentos saudáveis nos locais avaliados. Resultados As representações sociais sobre os ambientes alimentares estudados corresponderam às características aferidas em auditoria, revelando desigualdades entre os locais estudados. No cluster 1, caracterizado pelo maior nível socioeconômico e pelo melhor acesso à alimentação saudável, prevaleceu a percepção favorável sobre a disponibilidade de feiras, sacolões e supermercados, destacando oportunidades para a aquisição de alimentos com qualidade, variedade e preços acessíveis, dentre os quais as frutas e hortaliças. Os indivíduos do cluster 2 viviam em locais de menor nível socioeconômico e de menor acesso à alimentação saudável e representaram a falta de acesso à estabelecimentos de comércio de alimentos e a indisponibilidade de frutas e hortaliças. Nos dois clusters verificou-se a representação social: refrigerantes, salgadinhos, biscoitos recheados e fast-food se encontra em todo lugar, sobre a disponibilidade de alimentos ultraprocessados. A preocupação com a saúde foi a principal motivação para o consumo de frutas e hortaliças entre os dois clusters, e o gosto, a falta de hábito e o custo foram identificados como barreiras. Sobre o consumo de alimentos ultraprocessados, no cluster 1 ocorreu maior percepção sobre as barreiras, como a preocupação com a saúde. Já no cluster 2, se destacaram as motivações para este consumo, como o gosto e a presença de crianças. Conclusão A forma como conhecem e compreendem as características do ambiente alimentar está refletida em algumas ações dos sujeitos sobre as suas práticas de aquisição e consumo de alimentos. / Background Evidences suggest an impact of environmental characteristics on obesity and non-communicable diseases rates, by mediators at the community level such as access to markets, cost and availability of food. However, there is insufficient comprehension about the interaction of the environment in food pratices. Objective Enhancing knowledge about the relations between the environment and eating habits in different socioeconomic and food access contexts, whereupon São Paulos individuals live. Methods This is a qualitative study based on food environment audit data, inquiry and individual interviews. The purposeful sampling comprised different strata of the socioeconomic and food environments in São Paulo and included 48 adults of both genders.The script for semi-structured interviews was drawn from two guiding questions: How is the perception of the individuals on the food establishments in the neighborhood they live in, and their influence on eating habits? and How is the acquisition routine, preparation and consumption of foods in their neighborhood, and how does it relate to the consumption of fruits and vegetables, and ultra-processed food?. For categorizing the speeches Bardins content analisys was applied. The interpretative trajectory was conducted under the theoretical framework of social representations. The hierarchical clusters analisys was used for grouping individuals, retaining two groups: cluster 1 and cluster 2, differentiated by the socioeconomic level and by the availability of healthy foods at the locations assessed. Results The social representations about the food environments investigated corresponded to the characteristics measured in audit, revealing disparities between the locations assessed. In cluster 1,characterized by higher socioeconomic level and better access to healthy food, prevailed favorable perception about the availability of fairs, grocery stores and supermarkets, standing out opportunities to food acquisition with quality, variety and affordable prices, among which are fruits and vegetables.Individuals from cluster 2 lived in places of lower socioeconomic level and less access to healthy food, and they accounted for the lack of access to food establishments and the unavailability of fruits and vegetables.In both clusters there was the social representation: soft drinks, snacks, cookies and fast food are everywhere, about the availability of ultra-processed food. The concern about healthcare was the main motivation for fruits and vegetables consumption among both clusters, and the taste, the lack of habit and costs were identified as barriers. Regarding to ultra-processed food consumption, in cluster 1 there was a greater awareness about the barriers, like the concern for healthcare. On the other hand, in cluster 2, the motivations for this consumption were highlighted, such as the taste and the presence of children. ConclusionThe way individuals know and understand the environmental characteristics is reflected in some of their actions about the purchasing practices and food consumption.
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