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Efeitos renais e mecanismos de morte celular promovidos pelo veneno da serpente Bothropoides pauloensis / Renal effects and mechanisms of cell death promoted by snake venom Bothropoides pauloensisMarinho, Aline Diogo January 2013 (has links)
MARINHO, Aline Diogo. Efeitos renais e mecanismos de morte celular promovidos pelo veneno da serpente Bothropoides pauloensis. 2013. 100 f. Dissertação (Mestrado em Farmacologia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2013. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2014-06-20T16:18:04Z
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Previous issue date: 2013 / According to the Ministry of Health of Brazil, Bothrops are the main involved in snakebites in the country and acute kidney injury is a serious complication of poisoning by these snakes. In this work, we investigated the renal effects of total venom Bothropoidespauloensis (VBP) in isolated rat kidney system and in cultured renal tubular cell line MDCK (Madin - Darby Canine Kidney). For perfusion of isolated kidney Wistar rats were used weighing 250- 300g, whose kidneys were surgically excised and perfused with Krebs- Henseleit solution containing 6% w/v pre-dialysed bovine serum albumin. The effects of VBp (n = 3μg/mL and 10 mg/mL; n=6) was investigated. Reduction was observedin perfusion pressure (PP) at a concentration of 10μg/mL at 90 and 120 min. Renal vascular resistance (RVR) also decreased the concentration of 10μg/mL at 90 and 120 minutes and at a concentration of 3 mg/mL at 120 min. The urinary flow (FU) decreased at 90 and 120 minutes in both concentrations, no significant difference between the concentrations at the time of 120min. The glomerular filtration rate (GFR) was reduced to 60 minutes in both concentrations and remained decreased until the end of the experiment, no significant difference between the concentrations in the time of 60min. The percentage of tubular sodium transport (%TNA+) was reduced by both concentrations in times of 60, 90 and 120 min, with no significant difference between the concentrations at time 60 min. The tubular transport of chloride (%TCl-) was also reduced to 60, 90 and 120 min. In both concentrations; the tubular potassium transport (%TK+) decreased at 60, 90 and 120 minutes at a concentration of 10μg/mL in a concentration of 3μg/mL reduced to 60 min, returning to near control at 90 and 120min values. No significant difference between the concentrations in the times of 60 and 90 min. The analysis showed the presence of significant morphological changes such as the accumulation of proteins plate level in the culture of MDCK cells, the VBP was able to reduce cell viability (IC50 = 7.5 g/ mL). Flow cytometry with Annexin V and propidium iodide showed that cell death occurred by apoptosis predominantly. VBP treatment ( 7.5 mg/ml) led to a significant depolarization of the mitochondrial membrane potential. We verified the generation of Reactive Oxygen Species. Morphological analysis of the cells showed features indicative of apoptosis. These results demonstrate that the venom of B. pauloensis altered all renal parameters evaluated in the kidney perfusion was cytotoxic to isolated and MDCK cell culture. / De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, as serpentes do gênero Bothrops são as principais envolvidas nos acidentes ofídicos no país e a insuficiência renal aguda (IRA) é uma complicação grave dos envenenamentos por estas serpentes. Neste trabalho, foram investigados os efeitos renais do veneno total de Bothropoides pauloensis (VBp) em sistema de rim isolado de rato e em cultura de células tubulares renais da linhagem MDCK (Madin-Darby Canine Kidney). Para perfusão de rim isolado foram utilizados ratos Wistar pesando entre 250 e 300g, cujos rins foram excisados cirurgicamente e perfundidos com solução de Krebs-Henseleit contendo 6%p/v de albumina bovina previamente dialisada. Foram investigados os efeitos do VBp (3µg/mL e 10 µg/mL; n=6). Verificamos queda na pressão de perfusão (PP) na concentração de 10μg/mL aos 90 e 120 min. A resistência vascular renal (RVR) também diminuiu na concentração de 10μg/mL aos 90 e 120 minutos e na concentração de 3 μg/mL aos 120 min. O fluxo urinário (FU) diminuiu aos 90 e 120 minutos em ambas as concentrações, não apresentando diferença significativa entre as concentrações no tempo de 120min. O ritmo de filtração glomerular (RFG) apresentou uma redução aos 60 minutos em ambas as concentrações, mantendo-se diminuída até o final do experimento, não havendo diferença significativa entre as concentrações no tempo de 60min. O percentual de transporte tubular de sódio (%TNA+) foi reduzido em ambas as concentrações nos tempos de 60,90 e 120min, não apresentando diferença significativa entre as concentrações no tempo de 60 min; O transporte tubular de cloreto(%TCl-) também foi reduzido aos 60, 90 e 120min. Em ambas as concentrações; O transporte tubular de potássio (%TK+) diminuíram aos 60, 90 e 120 minutos na concentração de 10μg/mL, na concentração de 3μg/mL reduziu aos 60 min,retornando a valores próximos ao controle no tempo de 90 e 120min. Não havendo diferença significativa entre as concentrações nos tempos de 60 e 90 min. A análise mostrou a presença de alterações morfológicas significativas, como acúmulo de proteínas a nível tubular. Na cultura de células MDCK, o VBp foi capaz de diminuir a viabilidade celular (CI50= 7,5μg/mL). Citometria de fluxo com anexina V e iodeto de propídio mostrou que a morte celular ocorreu predominantemente por apoptose. Tratamento com VBp (7,5 μg / mL) levou a despolarização significativa do potencial de membrana mitocondrial. Verificamos a geração de Espécies Reativas de Oxigênio. A análise morfológica das células mostrou características indicativas de apoptose. Esses resultados demonstram que o veneno de B. pauloensis alterou todos os parâmetros renais avaliados na perfusão de rim isolado e foi citotóxico para cultura de células MDCK.
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Venômica translacionalpotenciais contribuições para terapêutica antiveneno e bioprospecçãoNicolau, Carolina Alves January 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Além de potencialmente letais, envenenamentos ofídicos frequentemente acarretam elevados índices de morbidade e são reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde como uma condição negligenciada de saúde pública. Atualmente, um dos maiores problemas associados ao envenenamento por serpentes é a baixa eficácia dos soros antiofídicos em neutralizar os efeitos tóxicos locais (ex.: hemorragia e necrose). A seleção dos venenos que compõem o pool de imunização dos cavalos é uma etapa crucial na produção do soro antiofídico e um dos critérios utilizados é a classificação filogenética das serpentes. Neste contexto, com vistas à possível otimização do soro antiofídico produzido no Brasil, utilizamos a abordagem proteômica shotgun para caracterizar os venenos utilizados como antígenos na produção do soro antibotrópico produzido pelo Instituto Butantan. Outros dois venenos que não fazem parte do pool também foram analisados. Os resultados proteômicos deste trabalho indicaram que a classificação filogenética (baseada fundamentalmente em características morfológicas das serpentes e análises de DNA mitocondrial) não mostra boa correlação com a composição proteica dos venenos. Como os efeitos do envenenamento estão diretamente relacionados com os componentes proteicos, análises venômicas podem auxiliar na escolha do pool de imunização, aprimorando a eficácia do soro antiofídico. O emprego de inibidores toxinoespecíficos para administração local é uma possível alternativa na busca de terapias antiofídicas mais efetivas. Metalopeptidases (SVMP) são as principais responsáveis pela hemorragia local, sendo sintetizadas na forma de pró-enzimas. Acredita-se que o pró-domínio destas toxinas seja responsável pela modulação de sua atividade catalítica, através de um mecanismo conhecido por cysteine-switch
Utilizamos as abordagens de avaliação de formação de complexo em condições nativas e cross-linking aliado à espectrometria de massas de alta resolução, para mapearmos a região de interação entre o pró-dominio recombinante (PD-Jar) de jararagina (principal metalopeptidase do veneno de Bothrops jararaca) e diferentes metalopeptidases isoladas de venenos botrópicos. Os resultados mostraram que, em concentrações equimolares, PD-Jar foi capaz de interagir com as SVMP da classe PI (BaP1, atroxlisina-I e leucurolisina-a), porém, foi degradado por todas as SVMP estudadas. Desta forma, o uso de PD-Jar na terapia antiveneno pode não ser efetivo; entretanto, pode auxiliar na elucidação do mecanismo de ativação das SVMP. Por outro lado, ainda que os componentes dos venenos possam causar efeitos deletérios significativos, eles também podem apresentar valor terapêutico. Recentemente, observamos que o peptidoma do veneno de B. jararaca é significativamente mais complexo do que previamente descrito na literatura. Desta forma, utilizando genômica funcional aliada à abordagem connectivity map, triamos o peptidoma por possíveis novas atividades biológicas relevantes. Diversas atividades potenciais, tais como antimalárica, anti-inflamatória e imunossupressora foram detectadas e serão submetidas à etapa de validação complementar. Em resumo, o presente trabalho mostrou a necessidade de estudos venômicos apara aperfeiçoar a escolha do pool de imunização para a produção do soro antibotrópico, confirmou a interação entre PD-Jar e algumas SVMP-PI e foi mostrado, pela primeira vez, um peptidoma de serpentes significativamente diverso com potencial terapêutico. Esses resultados poderão contribuir para o aprimoramento da terapia antiofídica atual e para a prospecção por novos fármacos para o tratamento de diferentes patologias / Snakebite envenoming induces high levels of morbidity, besides its lethality potential and have been classified as a neglected health condition by the World Health Organization. Currently, the major issue associated to snakebite envenoming is the low efficacy of the antiophidic serum to neutralize the toxic local effects such as hemorrhage and necrosis. One of the most essential steps in antivenom production is the appropriate choice of venoms to compose the horses\2019 immunization pool, which takes into account the phylogenetic classification of snakes. Thus, aiming at improvements in the efficacy of antibothropic sera produced in Brazil, we used shotgun proteomics to characterize the venoms used as antigens for the antibothropic serum production by the Butantan Institute. We also analyzed two other venoms not used in the immunization pool. The proteomic results indicated that phylogenetic classification (based on morphological features and mitochondrial DNA analysis) does not display good correlation to snake venom composition. Considering that the envenoming effects are directly related to venom proteins, venomic analysis may contribute for a more rational design for immunization pool, improving the efficacy of the antiophidic serum. The local administration of toxin-specific inhibitors may represent a good alternative for development of more effective antiophidic therapies. Metallopeptidases (SVMPs), mainly responsible for the local hemorrhage, are synthesized as a pro-enzyme. It is believed that the prodomain of SVMPs is responsible for the modulation of their catalytic activity, through a mechanism known as cysteine-switch
Thus, we used complex formation assays in native conditions and with cross-linking allied to high resolution mass spectrometry, to map the interaction region between a recombinant prodomain (PD-Jar) from jararhagin (major class PIII SVMP from Bothrops jararaca venom), and different SVMPs isolated from bothropic venoms. The results indicated that PD-Jar is able to interact, in equimolar concentrations, with class P-I SVMPs (BaP1, atroxlysin-I and leucurolysin-a) but it was degraded by all SVMPs studied. Thus, PD-Jar may not be effective in antivenom therapy; however, it may contribute for the elucidation of the mechanism of activation of SVMPs. On the other hand, besides the dreadful effects of snake venom components, they display a therapeutic potential. Recently, we observed that the B. jararaca venom peptidome is far more complex than previously reported in the literature. Thus, using functional genomics associated to connectivity map approach, we screened for novel relevant activities in this peptidome. We identified different potential activities such as antimalarial, anti-inflammatory and immunosuppressive, which will be further validated through biological assays. In summary, in the present work we showed the importance to use venomic studies to improve the rational design for immunization pool for antibothropic serum production, we confirmed the interaction between PD-Jar and some SVMP-PI and we showed, for the first time, a significant diverse snake venom peptidome with therapeutic potential. Thus, these results may further contribute for improvements in the antiophidic therapy and for prospecting novel drugs to be applied to the treatment of different pathologies
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Estudo comparativo da resposta inflamatoria, em ratos, induzida por venenos de serpentes do genero Bothrops em estagios distintos de desenvolvimentoMoreno, Susana Elisa 19 July 2018 (has links)
Orientador : Carlos Alberto Flores / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-07-19T12:48:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1994 / Resumo: No presente trabalho se estuda a resposta inflamatória induzida por venenos de 3 serpentes de gênero Bothrops (B. jararaca, B. neuwiedi e B. moojeni) em estágios distintos de desenvolvimento, utilizando-se os modelos de peritonite e edema de pata. Os venenos de Bothrops moojeni (VBM), Bothrops jararaca (VBJ), Bothrops neuwiedi (VBN) induzem migração de neutrófilos, de maneira dose-dependente, para a cavidade peritoneal de ratos, com diferentes graus de intensidade, devido, provavelmente, a variações interespecíficas existentes entre eles. O veneno de VBM se mostrou mais potente em causar peritonite. A inibição deste fenômeno pelo pré-tratamento dos ratos com dexametasona e NDGA sugeriu que derivados do ácido araquidônico, principalmente derivados lipo oxigenados, possam estar participando da resposta quimiotática para neutrófilos. Verificou-se, também, que o tratamento pelo calor (900 C por 10 min) causou significante redução da atividade, sugerindo a presença de um(s) componente(s) termolábel(eis) nos venenos brutos. O uso de venenos de serpentes jovens mostrou acentuada diferença no efeito quimiotático para neutrófilos, em relação aos venenos de serpentes adultas. A migração de neutrófilos para a cavidade peritoneal de rados induzida por venenos de serpentes jovens foi, em média, 5 vezes menor. Os VBJ, VBM e VBN de serpentes jovens e adultas induziram uma resposta edematogênica dose-dependente, com efeito máximo obtido após injeção de 10 ug de veneno/pata. Nesta dose, os venenos de serpentes adultas mostraram-se equipotentes, entretanto, nas doses menores, diferenças de intensidade puderam ser observadas. O VBM se mostrou mais ativo que o VBJ e VBN. Com os venenos de serpentes jovens, o VBN mostrou se mais efetivo em induzir uma resposta edematogênica, enquanto o VBM e VBJ se mostraram equipotentes. O estudo do curso temporal do edema de pata, com a dose de 10 ug de veneno/pata, mostrou que o efeito edematogênico máximo, induzido por veneno de serpentes adultas, ocorreu na primeira hora para os VBJ e VBN e nos 30 minutos iniciais para o VBM. Por outro lado, para os venenos de serpentes jovens, o pico do efeito ocorreu 15 minutos após a infecção dos venenos. O edema local, em todos casos, persistiu até a quarta hora após a injeção do estímulo. Os pré-tratamentos dos ratos com dexametasona, NDGA e metisergida inibiram o edema de pata induzido por VBJ, VBM e VBN jovens e adultos. A mec1izina foi efetiva para os VBM jovens e adulto, VBJ jovem ~ VBN adulta. A indometacina inibiu apenas o edema induzido por VBJ jovem. Como a quantidade de proteína total presente nos venenos de serpentes jovens e adultas se mostraram equivalentes, diferenças de atividade devem refletir alterações qualitativas nos venenos / Abstract: This thesis examines the inflammatory response induced in the rat peritoneal cavity and in the rat hind paw by the venom obtained from young and adult specimens of Bothrops jararaca; B. neuwiedi and B. moojeni. The venoms of adult B. moojeni (BMV), B. jararaca (BN) and B neuwiedi (BNV) induced dose-dependent neutrophil migration into the rat peritoneal cavity. The intensity of this response varied among the venoms and probably reflects interspecific variations in their ability to induced this phenomenon. BMV was the most 'potent in causing peritonitis. Pre-treating the rats with dexamethasone and NDGA inhibited the peritonitis. This result suggests that arachidonic acid derivatives, particularly products if the lipoxygenase pathway, may be involved in this chemotactic response of neutrophils. Heating the venoms to 90° C for 10 min. significantly reduced their chemoattractant activity and indicates that the fraction(s) responsible is/are thermolabile. Compared to those from adult snakes, the venoms from young snakes were markedly less potent (about 5-fold less) at inducing neutrophil chemotaxis into the rat peritoneal cavity. Venom from young and adult snakes of the above three species induced a dosedependent edematogenic reaction in the rat hind paw with the maximum response being obtained at a venom dose of 10 ug/paw. At this dose, there was no difference in the responses induced by the venoms from adult snakes of each species although at lower doses minor variations were noted once again, BMV was the most potent in causing this edema. In contrast, the venom from young snakes was 50% less potent than that adult snakes. The venoms of young snakes, the response induced by BNV was greater than that caused by BMV and BJV which in turn were equipotent. A time course study of the edematogenic response induced by 10 ug of venom/paw showed that the maximum effect with the venom from adult snakes occurred within the firs hour for BJV and BNV, and within the first 30 mino for BMV. For the venoms from young snakes, the maximum effect was obtained 15 mino after injection. Based on the foregoing observations, the following conc1usions can be made: 1) BMV from young snakes has a markedly lower edematogenic potency (about 50%) compared with that measured in the venom of adult snakes, 2) BNV and BJV have similar potencies, regardless of whether the venom is from young or adult snakes, and 3) in all cases, the maximum reaction obtained earlier with the venom from younger snakes. Since the venoms of both young and adult snakes had similar total protein contents, the differences in their potencies most likely reflect qualitative variations in their composition / Mestrado / Mestre em Farmacologia
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Estudo interlaboratorial para o estabelecimento do veneno botrópico e do soro antibotrópico de referência nacional / Interlaboratory study for the establishment of bothrops venom and antivenom national referenceLucas, Elizabeth Porto Reis January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde / A segurança e a eficácia da imunoterapia antienvenenamento ofídico estão intimamente relacionadas à pureza e a uma cuidadosa determinação da potência do soro (atividade biológica). A metodologia atualmente utilizada apresenta importantes limitações, as quais este trabalho objetiva contribuir. A mesma é adotada como oficial pela Farmacopéia Brasileira, tendo sido preconizada em 1996 pela Portaria nº 174/MS. Observações preliminares deste estudo identificaram, principalmente, um alto índice de invalidação de ensaios e uma baixa repetibilidade e reprodutibilidade, representado por diferenças significativas no ensaio de potência nos resultados obtidos pelo INCQS e pelos laboratórios produtores, enfatizando a necessidade de aperfeiçoar a metodologia analítica para a determinação da potência do soro antibotrópico. De acordo com as recomendações do “Workshop on the Standardization and Control of Antivenoms”, coordenado pela “Quality Assurance and Safety of Biologicals Unit” da OMS em 2001, o estabelecimento de venenos e antivenenos de referência é essencial para a padronização destes ensaios e para permitir a comparação lote a lote, assim como a comparação entre laboratórios. Neste trabalho, apresentamos os resultados de um estudo interlaboratorial para o estabelecimento de veneno e antiveneno botrópico de referência, visando o aperfeiçoamento do controle da qualidade dos soros antibotrópicos, com ênfase na metodologia analítica para a determinação da potência, com a participação de todos os laboratórios brasileiros produtores de soro antibotrópico. Este estudo foi realizado em duas etapas. A primeira compreendeu a reavaliação da potência do lote nº 05 do Veneno Botrópico de Referência BRA/BOT/05, a avaliação da potência do candidato a Soro Antibotrópico de Referência Nacional BRA/ANTIBOT/01, e a avaliação da aplicabilidade de um controle da dose desafio de veneno referente a cinco vezes o valor de dose letal média (5 DL50). A segunda etapa compreenderá a comparação da metodologia de determinação da potência do Soro Antibotrópico pela determinação da Dose Efetiva Média – DE50 (Potência Absoluta) com a metodologia da Potência Relativa frente ao Soro Antibotrópico de Referência, através da determinação da potência de amostras codificadas. Esta monografia, entretanto irá tratar apenas do estabelecimento do veneno e antiveneno de referência. Os resultados obtidos permitiram a avaliação das precisões intraensaios, interensaios e interlaboratorial, a freqüência de ensaios inválidos assim como as diferentes interpretações dos laboratórios, INCQS e produtores nacionais à monografia do Soro Antibotrópico da Farmacopéia Brasileira. / Safety and efficacy of antivenom immunotherapy are closely related with purity and an accurate potency determination (biological activity) of the antivenom. The murine lethality assay, still in use, present several limitations and is not a fully validated methodology. Preliminary data shows a high incidence of invalid assays and a low repeatability and reproducibility of potency assays, evidenced by significant differences between INCQS and manufacturers, indicating the need for improvement of the analytical methodology. According to the recommendations of the “Workshop on the Standardization and Control of Antivenoms”, sponsored by the Quality Assurance and Safety of Biologicals Unit of WHO at 2001, the establishment of local venom reference preparations and standard antivenom preparations are essential to standardize these assays and to allow batch to batch comparisons as well as comparisons between different laboratories. In this work, we present the results of an interlaboratorial study - with the participation of all Brazilian manufacturers - for the establishment of the lot 05 of the Brazilian Bothropic Reference Venom and lot 01 of the Brazilian Reference Antivenom, looking forward the improvement of quality control of Bothrops antivenom. This study was done in two steps. The first one consisted in the potency evaluation of the lot 05 of the Brazilian Bothropic Reference Venom, the potency evaluation of the lot 01 of the Brazilian Bothropic Reference Antivenom and the evaluation of the use of a control of the challenge dose of five times the median lethal dose (5 LD50). The second step consisted on the comparison between the absolute and the relative (parallel line assay) potency evaluation of commercial Bothrops antivenom, using the Brazilian Bothropic Reference Antivenom, in a blind assay. This monograph will focus only in the establishment of Brazilian Reference Bothropic Venom and Antivenom. These results allowed us to evaluate the intra-assay; inter-assay and inter-laboratorial precision, the incidence of invalid assays, and showed that each laboratory interpret differently the Bothrops Antivenom monograph of Brazilian Pharmacopoeia.
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Transcritoma da glândula venenífera da serpente Bothrops neuwiedi: montagem, anotação e identificação de proteínas de interesse farmacológicoAlvarenga, Valéria Gonçalves January 2014 (has links)
Submitted by Nuzia Santos (nuzia@cpqrr.fiocruz.br) on 2015-04-16T13:07:25Z
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Previous issue date: 2014 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil / Os componentes de venenos de serpentes são importantes ferramentas para a pesquisa científica, desenvolvimento de drogas, e para o diagnóstico de várias doenças. Descrevemos a montagem de novo e análise do transcritoma da glândula de veneno de uma serpente amplamente distribuída no Brasil a Bothrops neuwiedi. Com base em 9.500.000 sequências identificamos várias sequências inteiras codificantes de toxinas. A mais abundante expressão foi de transcritos de metaloproteinases de veneno de serpentes (SVMPs), que apresentou o maior percentual de sequências mapeadas em um transcriptoma de referência (34,40 %), seguido por lectinas tipo C (25,20 %), fosfolipases A2 (14,20%) e serino-proteinases (7,51 %). Devido à importância fisiopatológica no envenenamento e seu potencial uso como um modelo para o desenvolvimento biotecnológico de fármacos, as SVMPs tornaram-se o principal alvo deste estudo, para o qual realizamos análises filogenéticas com o objetivo de contribuir para uma melhor compreensão da biodiversidade e dos mecanismos moleculares subjacentes a evolução destas proteínas, e também contribuir para a descoberta de novos compostos com potencial ação terapêutica / The snake venom’s components are sources of drug and physiological research tools for diagnosis of several diseases. We describe the de novo assembly and analysis of the venom-gland transcriptome of a widly distributed snake in Brazil (Bothrops neuwiedi). Based on 9.500.000 reads of quality-filtered, we identified several full-length toxin-coding sequences. The most highly expressed group of toxin was the SVMPs (snake venom metalloproteinase), which accounted for the highest percentage of reads to the reference transcriptome (34.40%), followed by C-type lectins (25.20%), phospholipases A2 (14.20%) and serine proteinases (7.51%). Due to pathophysiological importance in the poisoning and its potential use as a model for biotechnology development, the snake venom metalloproteinases (SVMP) became the main target in this study. Therefore we performed phylogenetic analyzes of the SVMPs in order to contribute to a better understanding of the biodiversity of these proteins underlying molecular and evolutionary mechanisms, and contribute to the discovery of new compounds with have potential in therapeutics.
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Estudo das atividades das cabenegrinas A-I e A-II frente aos efeitos hematológicos e histológicos induzidos pelo veneno total e frações da serpente Bothrops neuwiedi em camundongos Swiss / Study of the activities of cabenegrinas A-I and A-II compared to the histological and hematological effects induced by the venom and fractions of the snake Bothrops neuwiedi in Swiss miceArruda, Alcínia Braga de Lima January 2011 (has links)
ARRUDA, Alcinia Braga de Lima. Estudo das atividades das cabenegrinas A-I e A-II frente aos efeitos hematológicos e histológicos induzidos pelo veneno total e frações da serpente Bothrops neuwiedi em camundongos Swiss. 2011. 167 f. Tese (Doutorado em Farmacologia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2011. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-05-24T12:03:50Z
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Previous issue date: 2011 / The venom of the Bothrops neuwiedi provokes an action mainly of the hemorrhagic, proteolytic and coagulant type. When inoculated, the venom cause primarily a local action, and secondarily a systemic action. The systemic effects of poisoning include changes in various systems such as hematological, cardiovascular, liver, urinary, respiratory, immune, digestive and nervous. The mechanisms that cause the changes are complex and the various toxic components of the venom may act directly or indirectly on the cells. This study aimed first to investigate possible histological and hematological caused by the whole venom and by the phospholipase A2 and lectin C fractions from Bothrops neuwiedi snake, at 2, 4, 8, 16 and 24 hours intervals in mice, and then evaluate the cabenegrins A-I and A-II in the neutralization of the biological activities of the snake whole venom, analyzing its anti-ophidian potential for possible complementation of serum therapy. We studied the actions of the whole venom and of the phospholipase A2 and lectin C fractions on the hematological system, evaluating the hemogram, the myelogram and the splenogram, at different times. The hemogram was performed by the Sysmex-Roche blood cell counter model KX-21N; the myelogram was performed through the differential and morphological count of bone marrow cells using slides obtained after cytospin (using Cytological Centrifuge model Incibrás); and the splenogram, by quantifying and morphology of the cells in "imprint" of the spleen. After the hematological study, the kidneys, spleen, liver and heart were subjected to histological analysis. All studied parameters were analyzed by the ANOVA test and by the nonparametric Kruskal-Wallis exact test, with p<0.05. The results showed that main quantitative changes in the hematological cells, using the whole venom and the phospholipase A2 and lectin C fractions were: slight increase in erythrocytes and hematocrit, leukocytosis and thrombocytopenia, with repercussion in the peripheral blood; increase of erythroid and myeloid cells in myelogram and increase in myeloid cells in the splenogram. These changes were more evident two and four hours after the poisoning. The histological changes in the kidneys, spleen, liver and heart were characterized mainly by congestion, interstitial edema, hemorrhage, hydropicdegeneration and inflammatory process. When animals were treated with cabenegrins it was detected that these could not revert the quantitative changes of the spleen cells caused by the whole venom. However, all dilutions of cabenegrins AI and A-II were able to inhibit the thrombocytopenia and the increase of myeloid cells in the myelogram, and reverse all the histological changes found in all the studied organs. The treatment with cabenegrins also showed that the cabenegrins A-I (in the 2.5:1 dilution) and the cabenegrins A-II (in the 2.5:1 and 5:1 dilutions) neutralized the changes in the differential count, i.e., these cabenegrins decreased the number of segmented neutrophils, reflecting in the total number of neutrophils. These results suggest that the cabenegrins AI and A-II may be used in the future as an adjunctive treatment of treatment of snake accidents caused by Bothrops neuwiedi. / A serpente Bothrops neuwiedi possui veneno que tem ação principalmente do tipo pró-coagulante, hemorrágica e proteolítica. O veneno da Bothrops neuwiedi quando inoculado, possui ação primariamente local e secundariamente sistêmica. Os efeitos sistêmicos do envenenamento compreendem alterações em diferentes sistemas como: hematológico, cardiovascular, hepático, urinário, respiratório, imunológico, digestório e nervoso. Os mecanismos que ocasionam tais alterações são complexos e os vários componentes tóxicos dos venenos podem agir direta ou indiretamente nas células. Este trabalho teve como objetivo investigar as possíveis alterações hematológicas e histológicas induzidas pelo veneno total e pelas frações fosfolipase A2 e lectina C da serpente Bothrops neuwiedi, nos tempos 2, 4, 8, 16 e 24 horas em camundongos Swiss e avaliar as cabenegrinas A-I e A-II na neutralização das atividades biológicas do veneno total da serpente Bothrops neuwiedi analisando seu potencial antiofídico para possível complementação da soroterapia. Foram estudadas as ações do veneno total, fosfolipase A2 e lectina C sobre o sistema hematológico, avaliando o hemograma, mielograma e esplenograma em diferentes tempos. O hemograma foi realizado pelo contador de células sanguíneas Sysmex-Roche, modelo KX-21N, o mielograma através da contagem diferencial e morfológica das células da medula óssea através de lâminas obtidas após citocentrifugação (centrífuga citológica modelo Incibrás) e o esplenograma através da quantificação e morfologia das células em “imprint” do baço. Após o estudo hematológico, rins, baço, fígado e coração foram submetidos à análise histológica. Todos os parâmetros estudados foram analisados pelo teste de ANOVA e pelo teste não-paramétrico exato de Kruskal-Wallis, com p< 0,05. Os resultados mostraram que as principais alterações quantitativas nas células hematológicas com o uso do veneno total e as frações lectina C e fosfolipase A2 da serpente Bothops neuwiedi foram: discreto aumento do número de hemácias e no hematócrito, leucocitose e plaquetopenia no sangue periférico; aumento das células eritróides e mielóides no mielograma e aumento das células mielóides no esplenograma. Estas alterações foram mais evidentes nos tempo de duas e quatro horas após o envenenamento. As alterações histológicas no baço, rins, coração e fígado, caracterizaram-se principalmente, por congestão, edema intersticial, hemorragia, degeneração hidrópica e processo inflamatório. Quando os animais foram tratados com as cabenegrinas, foi verificado que estas não conseguiram reverter às alterações quantitativas das células no baço provocadas pelo veneno total. Porém, as cabenegrinas A-I e A-II em todas as diluições utilizadas foram capazes de inibir a plaquetopenia, reduzir o aumento da concentração de células mielóides no mielograma e reverter todas as alterações histológicas encontradas em todos os órgãos estudados. Também foi visto que a cabenegrina A-I na diluição 2,5:1 e as cabenegrinas A-II nas diluições 2,5:1 e 5:1 neutralizaram as alterações na contagem diferencial, ou seja, as referidas cabenegrinas diminuíram o número de neutrófilos segmentados, refletindo também no número de neutrófilos totais. Estes resultados sugerem que as cabenegrinas A-I e A-II poderão no futuro ser utilizadas como coadjuvantes no tratamento do acidente provocado pela serpente Bothrops neuwiedi.
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Purificação e caracterização de inibidores de proteases de veneno de Bitis gabonica rhinoceros com potencial farmacológico / Purification and characterization of proteases inhibitors of Bitis gabonica rhinoceros venom with pharmacological potencialFucase, Tamara Mieco 17 May 2016 (has links)
Os venenos de serpentes são complexas misturas de proteínas e peptídeos que apresentam uma variedade de atividades biológicas. Estudos apontam para uma rica diversidade de moléculas bioativas de baixa massa molecular nos venenos, como a crotamina, miotoxina A, peptídeos potenciadores de bradicinina (BPPs) inibidores do tipo Kunitz de serinopeptidases e tripeptídeos inibidores de metalopeptidases. O interesse nestas moléculas está relacionado ao potencial uso como agentes terapêuticos contra diversas patologias, como distúrbios da coagulação e modulação da atividade de metalopeptidases, moléculas estas envolvidas com tumorigenêse e outros processos patológicos como inflamação crônica e distúrbios neurológicos. O veneno da serpente Bitis gabonica rhinoceros provoca alterações fisiopatológicas como severa desordem na coagulação sanguínea e danos teciduais seguidos de necrose. No presente estudo foram isoladas e caracterizadas metalopeptidases e serinopeptidases, além de componentes de baixa massa molecular como inibidor do tipo Kunitz e BPPs. Estes peptídeos foram testados quanto a sua capacidade inibitória frente as peptidases endógenas e sequenciados por espectrometria de massa. Os nossos dados mostram que as peptidases isoladas degradam caseína e não tem atividade sobre colágeno. A serinopeptidase tem atividade β-fibrinogenolítica e o inibidor tipo Kunitz isolado apresenta maior capacidade de inibir a quimotripsina, com valor de Ki= 0,07 μM, mostrando-se um promissor substituto ao fármaco aprotinina. Este peptídeo apresentou também atividade citotóxica em células B16F10 e tênue atividade antimicrobiana. Dentre os BPPs identificados, o peptídeo que possui sequência não canônica apresentou a capacidade de potencializar a ação da bradicinina tanto em ensaio edematogênico quanto de inibição da atividade enzimática da enzima conversora de angiotensina. Esses resultados indicam o potencial de peptídeos de venenos animais para o desenvolvimento de novos agentes terapêuticos para o tratamento de enfermidades como hipertensão e distúrbios de coagulação. / Snake venoms are complex mixtures of proteins and peptides with a wide array of activities. Some studies point towards a vast diversity of low molecular mass bioactive molecules in venoms such as crotamine, myotoxin A, bradykinin potentiating peptides (BPPs), Kunitz type serine peptidase inhibitors and tripeptides inhibiting metallopeptidases. The interest on these molecules is related to their potential use as therapeutic drugs against several pathologies such as coagulation disturbs and modulation of the activity of metallopeptidases, involved in tumorigenesis and other disease like chronical inflammation and neurological disorders. The venom of Bitis gabonica rhinoceros promotes severe blood clotting disorders and tissular damages followed by necrosis. In the present study we isolated and characterized metallo and serine-peptidases, as well as as low molecular mass components such as Kunitz inhibitors and BPPs. Those peptides were assayed for their ability to inhibit the venom ednogenous peptidases and were sequenced by mass spectrometry. Our data indicate that the isolated peptidases hydrolyze casein, but not gelatin, indicating that they have no activity on collagen. The isolated serine protase has β-fibrinogenolytic activity and is not inhibited by the endogenous Kunitz peptide isolated from the venom. The Kunitzlike peptide inhibits preferentially chymotrypsin with a Ki of 0.07 μM and appears as a promising substitute for the commercial drug aprotinin. Among the three bradykinin potentiating peptides, two displayed non-canonical sequences, a fact that might represent an interesting field for new studies for the development of new anti-hypertensives. Although displaying mutations in highly conserved regions, the non-canonical BPP potentialized bradykinin in both edematogenic and angiotensin converting enzyme inhibition assays. These results indicate the potential of animal venom peptides for the development of new drugs against Diseases such as hypertension and coagulopathies.
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Purificação e caracterização de inibidores de proteases de veneno de Bitis gabonica rhinoceros com potencial farmacológico / Purification and characterization of proteases inhibitors of Bitis gabonica rhinoceros venom with pharmacological potencialTamara Mieco Fucase 17 May 2016 (has links)
Os venenos de serpentes são complexas misturas de proteínas e peptídeos que apresentam uma variedade de atividades biológicas. Estudos apontam para uma rica diversidade de moléculas bioativas de baixa massa molecular nos venenos, como a crotamina, miotoxina A, peptídeos potenciadores de bradicinina (BPPs) inibidores do tipo Kunitz de serinopeptidases e tripeptídeos inibidores de metalopeptidases. O interesse nestas moléculas está relacionado ao potencial uso como agentes terapêuticos contra diversas patologias, como distúrbios da coagulação e modulação da atividade de metalopeptidases, moléculas estas envolvidas com tumorigenêse e outros processos patológicos como inflamação crônica e distúrbios neurológicos. O veneno da serpente Bitis gabonica rhinoceros provoca alterações fisiopatológicas como severa desordem na coagulação sanguínea e danos teciduais seguidos de necrose. No presente estudo foram isoladas e caracterizadas metalopeptidases e serinopeptidases, além de componentes de baixa massa molecular como inibidor do tipo Kunitz e BPPs. Estes peptídeos foram testados quanto a sua capacidade inibitória frente as peptidases endógenas e sequenciados por espectrometria de massa. Os nossos dados mostram que as peptidases isoladas degradam caseína e não tem atividade sobre colágeno. A serinopeptidase tem atividade β-fibrinogenolítica e o inibidor tipo Kunitz isolado apresenta maior capacidade de inibir a quimotripsina, com valor de Ki= 0,07 μM, mostrando-se um promissor substituto ao fármaco aprotinina. Este peptídeo apresentou também atividade citotóxica em células B16F10 e tênue atividade antimicrobiana. Dentre os BPPs identificados, o peptídeo que possui sequência não canônica apresentou a capacidade de potencializar a ação da bradicinina tanto em ensaio edematogênico quanto de inibição da atividade enzimática da enzima conversora de angiotensina. Esses resultados indicam o potencial de peptídeos de venenos animais para o desenvolvimento de novos agentes terapêuticos para o tratamento de enfermidades como hipertensão e distúrbios de coagulação. / Snake venoms are complex mixtures of proteins and peptides with a wide array of activities. Some studies point towards a vast diversity of low molecular mass bioactive molecules in venoms such as crotamine, myotoxin A, bradykinin potentiating peptides (BPPs), Kunitz type serine peptidase inhibitors and tripeptides inhibiting metallopeptidases. The interest on these molecules is related to their potential use as therapeutic drugs against several pathologies such as coagulation disturbs and modulation of the activity of metallopeptidases, involved in tumorigenesis and other disease like chronical inflammation and neurological disorders. The venom of Bitis gabonica rhinoceros promotes severe blood clotting disorders and tissular damages followed by necrosis. In the present study we isolated and characterized metallo and serine-peptidases, as well as as low molecular mass components such as Kunitz inhibitors and BPPs. Those peptides were assayed for their ability to inhibit the venom ednogenous peptidases and were sequenced by mass spectrometry. Our data indicate that the isolated peptidases hydrolyze casein, but not gelatin, indicating that they have no activity on collagen. The isolated serine protase has β-fibrinogenolytic activity and is not inhibited by the endogenous Kunitz peptide isolated from the venom. The Kunitzlike peptide inhibits preferentially chymotrypsin with a Ki of 0.07 μM and appears as a promising substitute for the commercial drug aprotinin. Among the three bradykinin potentiating peptides, two displayed non-canonical sequences, a fact that might represent an interesting field for new studies for the development of new anti-hypertensives. Although displaying mutations in highly conserved regions, the non-canonical BPP potentialized bradykinin in both edematogenic and angiotensin converting enzyme inhibition assays. These results indicate the potential of animal venom peptides for the development of new drugs against Diseases such as hypertension and coagulopathies.
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Estudo interlaboratorial para o estabelecimento do veneno botrópico e do soro antibotrópico de referência nacional / Interlaboratory study for the establishment of bothrops venom and antivenom national referenceLucas, Elizabeth Porto Reis January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde / A segurança e a eficácia da imunoterapia antienvenenamento ofídico estão intimamente relacionadas à pureza e a uma cuidadosa determinação da potência do soro (atividade biológica). A metodologia atualmente utilizada apresenta importantes limitações, as quais este trabalho objetiva contribuir. A mesma é adotada como oficial pela Farmacopéia Brasileira, tendo sido preconizada em 1996 pela Portaria nº 174/MS. Observações preliminares deste estudo identificaram, principalmente, um alto índice de invalidação de ensaios e uma baixa repetibilidade e reprodutibilidade, representado por diferenças significativas no ensaio de potência nos resultados obtidos pelo INCQS e pelos laboratórios produtores, enfatizando a necessidade de aperfeiçoar a metodologia analítica para a determinação da potência do soro antibotrópico. De acordo com as recomendações do Workshop on the Standardization and Control of Antivenoms , coordenado pela Quality Assurance and Safety of Biologicals Unit da OMS em 2001, o estabelecimento de venenos e antivenenos de referência é essencial para a padronização destes ensaios e para permitir a comparação lote a lote, assim como a comparação entre laboratórios. Neste trabalho, apresentamos os resultados de um estudo interlaboratorial para o estabelecimento de veneno e antiveneno botrópico de referência, visando o aperfeiçoamento do controle da qualidade dos soros antibotrópicos, com ênfase na metodologia analítica para a determinação da potência, com a participação de todos os laboratórios brasileiros produtores de soro antibotrópico. Este estudo foi realizado em duas etapas. A primeira compreendeu a reavaliação da potência do lote nº 05 do Veneno Botrópico de Referência BRA/BOT/05, a avaliação da potência do candidato a Soro Antibotrópico de Referência Nacional BRA/ANTIBOT/01, e a avaliação da aplicabilidade de um controle da dose desafio de veneno referente a cinco vezes o valor de dose letal média (5 DL50). / A segurança e a eficácia da imunoterapia antienvenenamento ofídico estão intimamente relacionadas à pureza e a uma cuidadosa determinação da potência do soro (atividade biológica). A metodologia atualmente utilizada apresenta importantes limitações, as quais este trabalho objetiva contribuir. A mesma é adotada como oficial pela Farmacopéia Brasileira, tendo sido preconizada em 1996 pela Portaria nº 174/MS. Observações preliminares deste estudo identificaram, principalmente, um alto índice de invalidação de ensaios e uma baixa repetibilidade e reprodutibilidade, representado por diferenças significativas no ensaio de potência nos resultados obtidos pelo INCQS e pelos laboratórios produtores, enfatizando a necessidade de aperfeiçoar a metodologia analítica para a determinação da potência do soro antibotrópico. De acordo com as recomendações do “Workshop on the Standardization and Control of Antivenoms”, coordenado pela “Quality Assurance and Safety of Biologicals Unit” da OMS em 2001, o estabelecimento de venenos e antivenenos de referência é essencial para a padronização destes ensaios e para permitir a comparação lote a lote, assim como a comparação entre laboratórios. Neste trabalho, apresentamos os resultados de um estudo interlaboratorial para o estabelecimento de veneno e antiveneno botrópico de referência, visando o aperfeiçoamento do controle da qualidade dos soros antibotrópicos, com ênfase na metodologia analítica para a determinação da potência, com a participação de todos os laboratórios brasileiros produtores de soro antibotrópico. Este estudo foi realizado em duas etapas. A primeira compreendeu a reavaliação da potência do lote nº 05 do Veneno Botrópico de Referência BRA/BOT/05, a avaliação da potência do candidato a Soro Antibotrópico de Referência Nacional BRA/ANTIBOT/01, e a avaliação da aplicabilidade de um controle da dose desafio de veneno referente a cinco vezes o valor de dose letal média (5 DL50). A segunda etapa compreenderá a comparação da metodologia de determinação da potência do Soro Antibotrópico pela determinação da Dose Efetiva Média – DE50 (Potência Absoluta) com a metodologia da Potência Relativa frente ao Soro Antibotrópico de Referência, através da determinação da potência de amostras codificadas. Esta monografia, entretanto irá tratar apenas do estabelecimento do veneno e antiveneno de referência. Os resultados obtidos permitiram a avaliação das precisões intraensaios, interensaios e interlaboratorial, a freqüência de ensaios inválidos assim como as diferentes interpretações dos laboratórios, INCQS e produtores nacionais à monografia do Soro Antibotrópico da Farmacopéia Brasileira.
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Avaliação da resposta imune relacionada a ação dos venenos das serpentes Bothrops erythromelas e Crotalus durissus cascavella / Evaluation of the Immune Response Associated to Poison Action of Snakes Bothrops erythromelas and Crotalus durissus cascavellaLuna, Karla Patrícia de Oliveira January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães. Recife, PE, Brasil / Acidentes causados por serpentes, especialmente nos países tropicais e subtropicais, ainda constituem grave problema de saúde pública. Este estudo objetivou avaliar aspectos da resposta imune em vítimas de envenenamento por Bothrops erythromelas (jararaca) antes e após tratamento soroterápico. Além disso, em cultura de esplenócitos de camundongos BALB/c foram determinadas citotoxicidade, produção de óxido nítrico, de citocinas (IL-10, IFN-gama, IL-2, IL-6) e a viabilidade celular na presença do veneno de B. erythromelas. Os aspectos clínicos e epidemiológicos de pacientes picados por B. erythromelas e a resposta imune humoral dos mesmos foram avaliados antes, 12 e 24 horas após soroterapia. IFN-gama, IL-10 e óxido nítrico foram quantificados em sobrenadantes de culturas desses pacientes, além de marcadores de superfície celular. Níveis séricos de quimiocinas e citocinas também foram avaliados. Em cultura de esplenócitos, assim como em sobrenadantes de cultura de pacientes acometidos por envenenamento botrópico, o veneno de B. erythromelas induziu uma resposta imunomoduladora através de citocinas (IFN-gama e IL-6) e produção de óxido nítrico, apresentando um perfil pró-inflamatório. No soro de pacientes foi identificada uma proteína de 38 kDa, sugerindo um marcador no envenenamento por essa espécie. A clínica e a epidemiologia dos acidentes por B. erythromelas mostram aspectos similares aos acidentes ofídicos ocorridos no Brasil. A variação nos marcadores de superfície celular observados pode estar relacionada a aspectos que vão da quantidade inoculada de veneno ao tratamento do paciente. Os niveis séricos de citocinas Th1/Th2, além de quimiocinas mostraram um perfil semelhante para todos os tipos de envenenamento humano. Portanto, o presente estudo permitiu compreender os aspectos relacionados à evolução clínica de pacientes acometidos por envenenamento por B. erythromelas na região Nordeste
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