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As interações de uma tradição apocalíptica nas Literaturas Zoroastristas e Judaica : um estudo comparado da temática do ordálio universal na Yasna cápítulo 51, Grande Bundahishn capítulo 34 e Livro Etiópico de Enoch capítulo 67Peixoto, Raul Vitor Rodrigues 17 March 2017 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de História, Programa de Pós-Graduação em História, 2017. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2017-05-10T12:36:30Z
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Previous issue date: 2017-06-06 / Judaísmo e Zoroastrismo foram duas tradições religiosas com ampla influência no pensamento cristão-ocidental. Diversos conceitos que encontramos já completamente arraigados em nossa cultura têm origens traçáveis nas duas tradições. Em especial para esta pesquisa, sublinhamos a noção de que o tempo e o espaço como o conhecemos não durarão para sempre, mas terá um fim, não para recomeçar mais um ciclo extremamente igual ao anterior. Este “fim” marcaria o começo de uma era nunca antes vista, ela se desenrolaria num espaço também completamente novo, sob a influência direta do divino. Trata-se da cosmovisão apocalíptica. Esta tese busca corroborar a hipótese de que o Judaísmo do Segundo Templo, mais especificamente em sua literatura Pseudepigráfica, tenha sido influenciado por tradições apocaliptistas persa-zoroastristas. Estas muito provavelmente ainda não existiam em forma escrita, mas circulavam oralmente, por meio de uma fortíssima tradição deste tipo, capaz, por exemplo, de preservar oralmente os hinos do Avesta por quase oito séculos até que fossem finalmente postos por escrito no período sassânida. Os paralelos existentes entre os capítulos 34 da Grande Bundahishn Iraniano e o capítulo 67 do Livro Etiópico de Enoque não podem ser sinceramente explicados pelo acaso e exigem uma atenção séria que não dispense as evidentes semelhanças com explicações simplistas. Tais paralelos aparecem sequencialmente numa narrativa mítica que chamo de “Ordálio Universal”, uma paisagem apocalíptica envolvendo seres angelicais e divinos, montanhas metálicas e um rio de metal incandescente. Tanto na narrativa zoroastrista quanto na judaica, toda a humanidade e até seres sobrenaturais deverão passar por esse rio, e por ele serão sentenciados como ímpios ou justos. O argumento parte das recentes evidências de que grande parte da literatura médio-persa chamada de Zand, i.e., “comentários”, seja de fato composta por interpretações hinos zoroastristas muito antigos e, por esta razão, a influência parte dos iranianos para os judeus, apesar da datação dos escritos analisados apontar invariavelmente para a precedência em séculos do Livro de Enoque sobre a Grande Bundahishn. É aqui que entra a importância da Yasna - capítulo 51, comprovadamente um dos textos mais antigos do zoroastrismo, que carrega o gérmen da tradição do “Ordálio Universal”, bem como dos escritos de autores gregos clássicos sobre a religião dos persas que apresentam tradições semelhantes às contidas na Bundahishn séculos antes de ter sido escrita. / Two religious traditions that have wide influence on the Christian-ocidental worldview are Judaism and Zoroastrianism. Several concepts that we find already deeply rooted in our culture have traceable origins in these two traditions. Specialy for this research we underline the notion that time and space as we know it will not last forever, but it will have an end, not to restart again exactly the same. This “end” would mark the begining of a new era never seen before, that would happen in a space again totaly new, under direct influence of the divine. This is the apocalyptic worldview. This doctoral thesis aims to corroborate the hypotesis that Second Temple Judaism, more specificaly in Pseudepigrafic literature, would be influenced by Persian-Zoroastric apocalyptical traditions. These traditions, very probably, did not yet exist in written form, but circulated orally, by means of a very strong tradition of this type, capable, for example, to preserve the Avestan hymns for almost eight centurys until they finally got written down under the Sassanians. The paralels between Greater Iranian Bundahishn chapter 34 and Ethiopian Book of Enoch chapter 67 cannot be sincerely explained by chance and request more serious attention which does not dispense obviuous similarities with simplistic explanations. This paralels appears sequencially in a mitical narrative that I call “Universal Ordeal”, an apocalyptical landscape involving angelical and celestial beings, metallic mountains and a river of molten metal. In both Zoroastrian and Jewish narrative all humankind and supernatural beings must cross this river and by it they will be judged rightous or wicked. The argument is in consonance with the most recent evidence that the majority of auto proclaimed Zand Middle-Persian literature are indeed comentaries done based on ancient gathic sayings. For this reason the influence goes from Iranians to Jews, besides the Book of Enoch dating being undisputable much more old than Bundahishn’s. It is exaclty here that Yasna chapter 51 makes all the diference as one of the most ancient Zoroastrian text owning the seed of the “Universal Ordeal” tradition, as well as the writings of classical Greek authors on the religion of the Persians which present similar traditions to those contained in the Bundahishn centuries before it was written.
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La importancia del zoroastrismo en el ascenso y reformas de Darío IFuentes Lofat, Álvaro January 2017 (has links)
Informe de Seminario para optar al grado de Licenciado en Historia
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As origens hist?ricas do Zaratustra nietzcheano: o espelho de Zaratustra, a corre??o do mais fatal dos erros e a supera??o da morte de DeusFernandes, Edrisi de Ara?jo 29 September 2003 (has links)
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Previous issue date: 2003-09-29 / Through a careful examination of the relationship between Zoroastrianism and the Western tradition, and a detailed and critical reading of the writings of Nietzsche, this work aims at showing to what extent the character Zarathustra , his discourses and poetical-philosophical thoughts, and related passages from many distinct Nietzschean works, directly or undirectly reflect a philosophy that harvests contributions from the Zoroastrian tradition or its headways (in the Judeo-Greco-Christian tradition, and furthermore in the whole Western philosophical tradition). Supplied with this provisions, and with the interpretation cast upon them, Nietzschean philosophy questions the entire Western tradition of thought, and proposes its replacement by a new attitude towards life. This work also intends to show the way the Nietzschean Zarathustra was built up, in the writings of the German philosopher, together with the idea of making, out of the namesake character of the ancient Iranian prophet (Zarathushtra or Zoroaster, the founder of Zoroastrianism), the herald of that important text that intended to bring the German language to its highest perfection , clumping together, and leading to a prophetic-poetic climax consonant with the meaning of the Earth , Nietzsche s key ideas about the rectification of the most fatal of errors and about the death of God . An elaborate investigation has been pursued after the reasons and manners of the building up of Nietzsche s Zarathustra mirroring its Iranian namesake (sections 1.1 to 1.6), and a survey of the works of Nietzsche has suggested unquestionable relations with the Zoroastrian tradition, mostly through the Jewish, Greek or Christian repercussions of this tradition. These relations have been put in context, in many framings (sections 2.1 to 2.3.2), in the ambit of the most fatal of errors - the - creation of morals in the very occasion of its transposition to metaphysics (Ecce Homo, Why I am a destiny , 3). Through an evaluation of the possible circumstances and repercussions of the death of God , the relations between Nietzsche s writings and Zoroastrian tradition have been investigated (sections 3.1 to 3.7), allowing the understanding of this event as an essential component, and tragic outcome, of the rectification of the most fatal of errors / A partir de um atento exame das rela??es do Zoroastrismo com a tradi??o ocidental, bem como a partir de uma detalhada e cr?tica leitura da obra nietzscheana, este trabalho pretende mostrar o que o personagem Zaratustra , seus discursos e pensamentos po?tico-filos?ficos e passagens correlatas de diversas obras de Nietzsche, espelham enquanto representa??es de uma filosofia que colhe, direta ou indiretamente, contribui??es da tradi??o zoroastriana ou das suas deriva??es (na tradi??o judaico-greco-crist?, e ademais em toda a tradi??o filos?fica ocidental). Municiada com essas contribui??es, e com a interpreta??o que delas se faz, a filosofia nietzscheana questiona toda a tradi??o de pensamento do Ocidente, propondo a sua substitui??o por uma nova atitude diante da vida. Esse trabalho pretende mostrar tamb?m de que maneira a constitui??o do Zaratustra nietzscheano ganhou corpo, nos escritos do fil?sofo alem?o, junto com a id?ia de fazer, de um personagem hom?nimo do antigo profeta iraniano (Zaratustra ou Zoroastro, o fundador do Zoroastrismo), o arauto daquele importante texto que pretendeu levar a l?ngua alem? ? [sua] m?xima perfei??o , enfeixando e levando a um cl?max prof?tico-po?tico condizente com o sentido da Terra as id?ias-chave de Nietzsche sobre a corre??o do mais fatal dos erros e sobre a morte de Deus . Procedeu-se a uma minuciosa investiga??o de raz?es e modos de a constitui??o do Zaratustra nietzscheano ter se espelhado no seu hom?nimo iraniano (se??es 1.1 a 1.6), e um levantamento da obra nietzscheana sugeriu inquestion?veis rela??es com a tradi??o zoroastriana, no mais das vezes atrav?s das repercuss?es desta. Essas rela??es foram contextualizadas, em diversas inst?ncias (se??es 2.1 a 2.3.2), no ?mbito do mais fatal dos erros , a cria??o da moral na ocasi?o mesma de sua transposi??o para o plano metaf?sico (Ecce Homo, Por que sou um destino , 3). Mediante uma avalia??o das poss?veis circunst?ncias e repercuss?es da morte de Deus , as rela??es da obra nietzscheana com a tradi??o zoroastriana foram investigadas (se??es 3.1 a 3.7), permitindo a compreens?o desse acontecimento como componente essencial e tr?gico desenlace da corre??o do mais fatal dos erros
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[pt] A APOCALÍPTICA NO ZOROASTRISMO, JUDAÍSMO E CRISTIANISMO: UMA ANÁLISE DAS RELAÇÕES ENTRE O AVESTA, DN 12,1-3 E MT 27,51B-53 QUANTO À IDEIA DA RESSURREIÇÃO / [en] THE APOCALYPTIC IN ZOROASTRIANISM, JUDAISM AND CHRISTIANITY: THE RELATIONS BETWEEN THE AVESTA, DN 12:1-3 AND MT 27:51B-53 REGARDING TO THE RESURRECTION IDEA09 December 2021 (has links)
[pt] É já notório o conhecimento de que o legado da cultura persa no período
pós-exílico do judaísmo não pode ser desprezado, especialmente no final deste
período, quando o gênero literário apocalíptico estava florescendo. A presente tese
analisa a ressurreição individual no que tange às possíveis relações entre a religião
persa e o judaísmo intertestamentário, bem como o cristianismo primitivo. Para
tanto, o trabalho começa verificando as origens e desdobramentos do fenômeno
apocalíptico. Em seguida, focaliza as conexões literárias que poderiam revelar as
ligações entre persas e judeus: a tradição do Avesta antigo (especialmente o Yasna
30,7 e o Yasht 19.11.89) é cotejada com o texto de Daniel 12,1-3. Posteriormente,
a possível conexão entre Daniel 12,1-3 e Mateus 27,51b-53 é analisada. O
objetivo da tese é verificar em que medida o texto de Daniel refletiria um
desenvolvimento dentro do judaísmo a partir do contato com a apocalíptica
iraniana, bem como em que medida a origem da tradição presente na perícope
mateana refletiria a ressurreição individual a partir da tradição de Daniel. A
despeito das características próprias de cada texto, os pontos de contato são
bastante plausíveis a partir do marco social, gênero literário e objetivo dos textos,
especialmente entre Daniel e Mateus. A perícope mateana revelaria uma tradição
daniélica, na qual a ressurreição foi vista como uma recompensa aos judeus que
morreram em virtude da justiça divina. Como o redator em Daniel, o evangelista
revela uma comunidade em conflito, agora com o judaísmo formativo; ela deixa
transparecer uma crença em um reino messiânico que atende à expectativa de uma
era escatológica que se inicia justamente na morte e ressurreição de Jesus Cristo. / [en] It is well known that the legacy of the Persian culture in the Jewish postexilic
period cannot be despised, mainly in the end of this period, just when the
apocalyptic literary genre was flourishing. This thesis analyzes the individual
resurrection regarding to the possible relationships between the Persian religion
and the intertestamental Judaism, as well as the Early Christianity. So, the work
begins by reviewing the origins and development of apocalyptic phenomenon.
Then, it focalizes on the literary links that could reveal the connections between
Persian and Jews: the tradition of the Old Avesta (notably the Yasna 30:7 and the
Yasht 19:11.89) is collated with the text of Daniel 12:1-3. Afterward, the possible
connection between Daniel 12:1-3 and Matthew 27:51b-53 takes place. The aim of
this work is to ascertain the extent to which the text of Daniel would reflect a
development within the Judaism based on the apocalyptic Iranian features. After
this, verify the extent to which the origin of the tradition revealed by the Matthean
pericope would reflect the individual resurrection from the tradition of Daniel. In
spite of the own features of each text, the contact points are quite likely from the
social setting, literary gender and the aim of the texts, mainly between Daniel and
Matthew. The Matthew s pericope would reveal a tradition drawn from danielic
tradition, where the resurrection was seen as a reward to the Jews who died
because of the divine righteousness. Like the editor of the text in Daniel, the
evangelist reveals a community in conflict, now with the formative Judaism. His
community presents a belief in a messianic kingdom that meets the expectation of
an eschatological era that begins with the death and resurrection of Jesus Christ.
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