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Avaliação da biometria fetal e dos fluxos útero-placentário e fetal em gestantes asmáticas no segundo trimestreLEITE, Debora Farias Batista 24 February 2015 (has links)
Submitted by Isaac Francisco de Souza Dias (isaac.souzadias@ufpe.br) on 2016-06-13T18:24:11Z
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Previous issue date: 2015-02-24 / Introdução: A ultrassonografia obstétrica avalia a biometria, estima o peso fetal e aplica a Dopplervelocimetria para pesquisar alterações vasculares. Gestantes asmáticas tem risco aumentado de restrição de crescimento intrauterino, baixo peso ao nascer e síndromes hipertensivas. O rastreamento destas condições pode melhorar o prognóstico gestacional. Objetivo: avaliar crescimento fetal e hemodinâmica materno-fetal em gestantes asmáticas através da ultrassonografia obstétrica com Doppler. Métodos: Estudo transversal envolvendo gestantes com asma, recrutadas no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, e sem asma, captadas em unidades de saúde da Região Metropolitana de Recife. Amostra obtida por conveniência entre novembro de 2013 e dezembro de 2014, com mulheres de 18 anos ou mais e com gestação única, de feto vivo, entre 20 e 24 semanas. Tamanho amostral calculado em 100 gestantes. Excluíram-se as pacientes com malformações congênitas ou que não compareceram para realizar a ultrassonografia. Variáveis demográficas, reprodutivas, socioeconômicas e relativas à asma foram obtidas pela entrevista. Avaliaram-se as medidas biométricas fetais e o índice de pulsatilidade das artérias uterinas, umbilicais, cerebrais médias e do ducto venoso. O teste t de Student comparou variáveis contínuas e os testes de Pearson e Exato de Fisher, as qualitativas. Considerou-se significante o p-valor bicaudado inferior a 0,05. As participantes assinaram o termo de consentimento e comitê de ética local aprovou o protocolo. Resultados: o Artigo 1, “Fetal biometric evaluation of asthmatic women at second trimester of pregnancy”, submetido ao The Journal of Maternal-Fetal & Neonatal Medicine, analisou 53 gestantes asmáticas e 58 não asmáticas. Os grupos foram semelhantes quanto às características demográficas, reprodutivas e socioeconômicas. As médias das medidas do diâmetro biparietal, circunferências cefálica e abdominal, comprimento do fêmur e peso fetal estimado por idade gestacional foram estatisticamente semelhantes, bem como as relações antropométricas. A prevalência de restrição de crescimento intrauterino foi de 5,7% em asmáticas e 10,3% em não asmáticas. O Artigo 2,"Doppler study of middle trimester fetomaternal circulation in asthmatic women", foi submetido ao Ultrasound in Obstetrics and Gynecology. As médias dos índices de pulsatilidade das artérias uterinas, umbilicais, cerebrais médias e ducto venoso foram semelhantes entre os grupos, bem como presença de incisura nas artérias uterinas (asmáticas, 7,5%, e não asmáticas, 6,9%, p 1,0), pulsatilidade acima do percentil 95 para artéria uterina (3,8% e 8,6%, p 0,44) ou ducto venoso (35,8% e 25,9%, p 0,25), ou artéria cerebral média abaixo do percentil 5 (5,7% e 10,3%, p 0,49). Não houve casos de artéria umbilical alterada. Os subgrupos foram estatisticamente semelhantes quanto ao tratamento e controle da asma, porém as asmáticas graves (p 0,04) e as não asmáticas (p 0,03), comparadas às asmáticas não graves, estiveram associadas a pulsatilidade normal do ducto venoso. Conclusão: Não houve alterações significativas nas circulações materno e feto-placentárias e biometria fetal em gestantes asmáticas no segundo trimestre. É possível que a ultrassonografia só identifique os malefícios da asma numa fase mais tardia da gravidez. Os resultados apontam a necessidade de ampliar os estudos em busca de marcadores mais precoces que possam predizer os desfechos desfavoráveis da asma ao nascimento. / Background: The obstetric ultrasound examines biometry, estimates fetal weight and applies Dopplervelocimetry to search vascular abnormalities. Pregnant asthmatic women are at higher risk to fetal growth restriction, low birth weight and hypertensive disorders. Antenatal screening of these conditions can improve gestational outcomes. Objective: evaluate fetal growth and maternal-fetal hemodynamics in pregnant asthmatic women using Doppler ultrasound. Methods: Cross-sectional study including asthmatic pregnant women, recruited at Hospital das Clínicas of Universidade Federal de Pernambuco, and healthy pregnant women, enrolled at health facilities in metropolitan area of Recife. Convenience sample obtained between November, 2013 and December, 2014 with women at or beyond 18 years old and a single pregnancy of an alive fetus among 20+0 and 24+6 weeks. Sample size estimated in 100 women. Pregnant women with congenital malformations or who didn´t attend to perform ultrasound were excluded. Demographical, reproductive, socioeconomic and asthma variables were obtained by interview. Fetal biometric measurements and pulsatility index of uterine, umbilical and middle cerebral arteries, and ductus venosus, were evaluated. Student´s t-test, Pearson´s chi-squared and Fisher´s Exact tests were applied when appropriate. A two-tailed p-value less than 0,05 was considered significant. The women signed the consent form and the local ethics committee approved the protocol. Results: the 1st Article, “Fetal biometric evaluation of asthmatic women at second trimester of pregnancy”, submitted to The Journal of Maternal-Fetal & Neonatal Medicine, analyzed 53 asthmatic and 58 non asthmatic pregnant women. They were similar in demographic, reproductive, and socioeconomic traits. Average values of biparietal diameter, head and abdominal circumferences, femur length, fetal estimated weight and anthropometric ratios were statistically identical. The prevalence of fetal growth restriction was 5,7% in asthmatic and 10,3% in non asthmatic women. The 2nd Article, "Doppler study of middle trimester fetomaternal circulation in asthmatic women", was submitted to Ultrasound in Obstetrics and Gynecology. The groups were similar in: mean pulsatility indexes of uterine, umbilical and middle cerebral arteries, and ductus venosus; uterine notches (asthmatic, 7,5%, and non asthmatic, 6,9%, p 1,0), pulsatility index above 95th percentile for uterine (3,8% and 8,6%, p 0,44) or ductus venosus (35,8% and 25,9%, p 0,25), or middle cerebral artery below the 5th percentile (5,7% and 10,3%, p 0,49). Umbilical artery pulsatility index was normal in both groups. The subgroups were equal in treatment and asthma control, but severe asthmatic (p 0,04) and non asthmatic (p 0,03), compared to non severe asthmatic women, were related to normal ductus venosus pulsatility. Conclusion: There weren´t significant changes in fetal biometry and maternal and feto-placental circulations in asthmatic women at second trimester of pregnancy. Its possible that ultrasound only identifies effects of asthma in later pregnancy. The results reinforce the need to find earlier predictors of unfavorable outcomes of asthma at birth.
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Uma análise institucional da relação de cuidado entre a equipe de saúde e a usuária de uma unidade de referência hospitalar em gestação de alto risco de PernambucoGleice da Silva, Tathyane 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / A fim de contribuir com a Saúde da Mulher, esta é uma pesquisa social em saúde, situada na interface entre a Psicologia da Saúde, a Análise Institucional e a Obstetrícia. Seu objetivo foi analisar a dinâmica da relação de cuidado entre a gestante de alto risco e sua equipe de saúde, focando as repercussões desta relação na qualidade do processo de hospitalização da usuária. Para isso, a base teórica englobou o Paradigma da Complexidade (MORIN,1990); o Modelo Sociomental (MAX PAGÈS, 1993); a Teoria das Instâncias (ENRIQUEZ, 1991/1997); o conceito de autonomia como projeto revolucionário (CASTORIADIS, 2007); o conceito de Habitus (BOURDIEU, 2009); o agenciamento do sujeito na saúde e o controle social (FOUCAULT, 2004/2008). Como o objeto de estudo foi a relação de cuidado, o estudo contou com a participação de oito usuárias e oito profissionais de saúde de um centro de referência hospitalar. As técnicas utilizadas para a construção dos dados foram entrevistas, observação de campo e análise de documentos, que tiveram como métodos teóricos a análise do sistema dialético (MAX PAGÈS, 1993) e a análise institucional sincrônica (BARBIER, 1985). Os resultados evidenciaram que, antes de engravidarem, essas gestantes já adjudicavam ao bebê um lugar de agressividade. Logo, viviam a gravidez com medo de morte devido ao quadro clínico, mas também com o sentimento de culpa, somado à situação de estresse pelo cotidiano hospitalar e pela psicodinâmica gestacional e puerperal. Todavia, nem sempre encontravam na equipe de saúde o suporte afetivo necessário para ressignificar o lugar dado ao bebê e diminuir o sofrimento. A relação de cuidado era fragmentada, com posturas centradas na usuária e outras que lhe impediam o processo de protagonização em saúde, compondo assim as especificações da prática social da Organização hospitalar, neste trabalho entendidas por habitus. Por efeito, as usuárias apresentaram três tendências psicossociológicas na trajetória de hospitalização, nas quais preponderou: 1) relação de amor com a Organização; 2) relação de ressentimentos; 3) rejeição e ódio dirigidos pela usuária ao hospital. Associado a isso, identificaram-se dificuldades interativas da equipe de saúde, com suas relações verticais e de dependência, em meio ao estresse no trabalho. E a função paterna da Organização de saúde mostrou-se central nesses problemas, em seu modo de controlar a autonomia das usuárias e dos profissionais de saúde. Ainda assim, esse grupo social era mediado por uma política de reconhecimento, que apareceu implícita às contradições Organizacionais, garantindo, mesmo que isoladas, a efetivação de práticas solidárias em saúde. No geral, espera-se que o estudo possa interessar para o aprimoramento das práticas em saúde voltadas à gestante de alto risco
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Análise dos mecanismos fisiopatológicos relacionados ao parto pré-termo corioamnionite histológica, estresse oxidativo e apoptose /Lima, Moisés Diôgo de. January 2016 (has links)
Orientador: Márcia Guimarães da Silva / Resumo: O parto prematuro espontâneo, definido como nascimento antes das 37 semanas completas de gestação, apesar dos consideráveis avanços científicos, ainda representa um importante problema médico, humano e social. É representado por dois grandes grupos de patologias obstétricas definidas como Trabalho de Parto Prematuro (TPP) e Rotura Prematura de Membranas Pré-Termo (RPM-PT). O primeiro objetivo deste estudo foi avaliar os níveis de 8-oxo-2'-desoxiguanosina (8-OHdG) em membranas corioamnióticas de gestações complicadas pela prematuridade. Neste estudo transversal, foram estudadas 34 membranas corioamnióticas de gestações complicadas por TPP e 39 de gestações complicadas por RPM-PT, cujos partos ocorreram no período compreendido para a prematuridade. Como grupo controle foram incluídas no estudo 44 membranas corioamnióticas de partos a termo. As membranas corioamnióticas foram coletadas e a extração total de DNA foi realizada pelo Kit genomic-Prep Mini Spin e os níveis de 8-OHdG níveis foram analisados pela técnica de ELISA empregando-se o kit Highly Sensitive 8-OHdG. Em relação aos dados obtidos, os níveis de 8-OHdG nas membranas corioamnióticas do grupo termo foram significativamente maiores que nos grupos prematuros (p<0,001). Os níveis de 8-OHdG foram também mais elevados no grupo de termo do que nos grupos PTL ou RPM-PT (p<0,001), respectivamente. Nossos dados reforçam a tese que os danos oxidativos estão presentes nas membranas corioamnióticas de gestações a termo como cons... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Spontaneous preterm birth, defined as birth before 37 weeks completed gestation, despite the considerable scientific advances, still represents an important medical problem, human and social. It is represented by two large groups of obstetric pathologies defined as preterm labor (PTL) and premature rupture of preterm ovular membranes (pPROM). The first objective of this study was to evaluate the levels of 8-oxo-2'-deoxiguanosine (8-OHdG) in amniochorion membranes from pregnancies complicated by prematurity. In this crosssectional study, were enrolled 31 with PTL and 35 with pPRM who presented preterm delivery. As control group was included 37 pregnant women that delivery at term. Amniochorion membranes were collected and total DNA extraction was performed by ILLUSTRA tissue & cells genomic-Prep Mini Spin Kit and 8-OHdG levels were measured by an ELISA Highy Sensitive 8-OHdG Check kit. Regarding to data, 8-OHdG levels in amniochorion membranes of term group (2,90 ng/mL [min: 1,54 - max:4,06]) were significantly higher than premature group (0,61 ng/mL [min: 0,37 - max:0,91]) (p<0.001). 8- OHdG levels were also higher in term group than in PTL (0,71 ng/mL [min: 0,40 - max:1,47]) or pPROM groups (0,53 ng/mL [min: 0,37 - max:0,71]) (p<0.001), respectively. Our data reinforces that oxidative damage are present at term pregnancies as physiologic process of amnionchorion aging. The second objective of this study was to analyze the association among histologic chorioamnionitis, apoptosis occurence and 8-OHdG levels in amniochorion membranes from pregnancies complicated by pPROM and PTL. It was a prospective study and a total of 60 pregnant women were enrolled, being 31 pregnant women who presented pPROM and 29 with PTL. After delivery, the amniochorion membranes were subjected to a histopathological examination, to 8-OHdG levels analysis by an ELISA... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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Gestantes hipertensas hospitalizadas: ansiedade, depressão e modos de enfrentamentoSouza, Jamile Santos 07 May 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-05-07 / Hypertensive disorders of pregnancy are one of the major complications of pregnancy and postpartum and are considered the first cause of maternal and perinatal mortality in the world, with repercussions on the female psyche. Objective: To assess pregnant women hospitalized for pregnancy hypertension syndrome levels of anxiety and depression, as well as ways of coping with problems. Method: Using the Hospital Anxiety and Depression Scale and Mode of Coping in 30 pregnant women hospitalized for medical diagnosis of hypertensive disorder of pregnancy at the Prof.. Carlos da Silva Lacaz Hospital. Results: 66.7% had anxiety symptoms and 36.7% had depressive symptoms. There is positive correlation between the presence of anxiety symptoms and depressive symptoms. Regarding the mode of confronting the problem, the focus on emotion and religiosity / wishful thinking are related to the presence of anxiety symptoms. The absence of anxious and depressive symptoms are directly related to the presence of the mode of coping with focus on the problem and seeking social support. Conclusion: pregnant women with gestational hypertension syndrome with symptoms depression and anxiety need to be encouraged to interact with family and friends as a resource for coping. Also, it is necessary to health professionals working with this population the encouragement of practices with focus on behaviors that allow the woman to approach the stressor and its reassessment in order to establish an action plan to address the problem of hypertension of pregnancy and maternal and fetal risks / As síndromes hipertensivas gestacionais representam uma das mais importantes complicações do ciclo gravídico-puerperal e são consideradas a principal causa de mortalidade materna e perinatal do mundo, com repercussões no psiquismo feminino. Objetivo: avaliar em gestantes hospitalizadas por síndrome hipertensiva gestacional os níveis de ansiedade e depressão, bem como os modos de enfrentamento de problemas. Método: utilização da Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão e da Escala de Modo de Enfrentamento de Problema em 30 gestantes hospitalizadas por diagnóstico médico de síndrome hipertensiva gestacional, na enfermaria obstétrica do Hospital Profº. Carlos da Silva Lacaz. Resultados: 66,7% apresentaram sintomas ansiosos e 36,7% apresentaram sintomas depressivos. Existe correlação positiva entre a presença do sintoma ansioso e o sintoma depressivo. Em relação ao modo de enfrentamento do problema, o foco na emoção e religiosidade/ pensamento fantasioso estão relacionados à presença do sintoma ansioso. A ausência dos sintomas ansiosos e depressivos estão diretamente relacionados à presença do modo de enfrentamento com foco no problema e na busca de apoio social. Conclusão: as gestantes com síndrome hipertensiva gestacional que apresentam sintomas ansiosos e depressivos precisam ser estimuladas a interagir com familiares e amigos como recurso de enfrentamento. Também, torna-se necessário aos profissionais de saúde que trabalham com esta população, o incentivo a práticas com foco em comportamentos que possibilitem à gestante a aproximação do estressor e sua reavaliação a fim de estabelecer um plano de ação para enfrentar o problema da hipertensão gravídica e dos riscos maternos e fetais
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O cuidado emocional em enfermagem às gestantes que convivem com doenças crônicas: um estudo sociopoéticoSilveira, Pâmela Gioza da January 2017 (has links)
Submitted by Fabiana Gonçalves Pinto (benf@ndc.uff.br) on 2018-03-13T13:19:05Z
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Previous issue date: 2017 / Mestrado Acadêmico em Ciências do Cuidado em Saúde / A abordagem aos aspectos emocionais que envolvem a mulher durante a assistência pré-natal tem-se mostrado essencial, principalmente, no que tange as gestantes de alto risco. Diante da situação de risco, emoções como medo, angústia, aflição e tristeza podem ser desencadeadas. Nesse contexto, a compreensão de cada momento vivenciado somado a um cuidado humanizado possibilita a prática do cuidado emocional a esta gestante para enfrentar os possíveis obstáculos da gestação. Teremos assim como objetivo geral: compreender as demandas de cuidado emocional das gestantes que convivem com doenças crônicas por ocasião do atendimento de pré-natal e o papel do enfermeiro nesse contexto. E como objetivos específicos: descrever o perfil sócio-demográfico e gestacional das mulheres que convivem com doenças crônicas e se encontram em acompanhamento no ambulatório de pré-natal do HUAP; discutir as demandas de cuidado emocional apresentadas por gestantes que convivem com doenças crônicas; tecer o cuidado emocional de enfermagem em grupo com as gestantes que convivem com doenças crônicas. Trata-se de um estudo descritivo, transversal e qualitativo, que utiliza como método a sociopoética. O campo de investigação foi o Ambulatório de Pré-Natal do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP) localizado em Niterói/RJ. Os participantes foram 12 gestantes que convivem com problema de saúde crônico (hipertensão arterial, diabetes mellitus, hipotireoidismo e HIV). A produção de dados se deu por meio do dispositivo grupo-pesquisador. Os dados do estudo foram analisados a partir dos estudos transversal e filosófico, próprios da sociopoética. Foram definidas as seguintes categorias: os atravessamentos de uma gestação de alto risco sob o ponto de vista emocional; estratégias de enfrentamento de problemas emocionais utilizadas por gestantes de alto risco; a avaliação do grupo “As mães que superam suas emoções negativas” sob o olhar das gestantes; a aplicação da teoria de Hidelgard Peplau na Sociopoética com gestantes de alto risco; e, o cuidado do emocional em enfermagem desenvolvido através da mutualidade: o cuidar do outro cuidando de si. Contudo, fica evidente a necessidade de reorganização do serviço de pré-natal na atenção secundária, onde o cuidado emocional deve ser visto como elemento a ser avaliado e desenvolvido ao longo do período gestacional e a atuação do enfermeiro deve ser efetivada através da consulta de enfermagem e da assistência à mulher de forma integral, passando a ser reconhecido como parte integrante e fundamental da equipe multiprofissional de saúde responsável pelo cuidado a essas mulheres. / The approach to the emotional aspects that involve the woman during the prenatal care has been essential, mainly, in relation to high-risk pregnant women. At risk situation, emotions such as fear, anguish, affliction and sadness can be unleashed. In this context, the understanding of each experienced moment added to a humanized care makes possible the practice of the emotional care to this pregnant woman to face the possible obstacles of the gestation. Therefore, we will have as a general objective: Understand the emotional care demands of pregnant women living with chronic diseases due to prenatal care and the participation of nurses in this context. And as specific objectives: Describe the socio-demographic and gestational profile of women living with chronic diseases and are being followed up at the prenatal clinic of Antônio Pedro University Hospital; Discuss the emotional care demands presented by pregnant women living with chronic diseases; Develop, in group, the emotional nursing care with pregnant women living with chronic diseases. It is a descriptive, cross-sectional and qualitative study that uses the sociopoetics as a method. The investigation field was the prenatal clinic of Antônio Pedro University Hospital located in Niterói / RJ. Twelve (12) pregnant women living with a chronic health condition (hypertension, diabetes mellitus, hypothyroidism and HIV) took part in the study. The data were acquired through the group-researcher device, and were analyzed from the transversal and philosophical studies, typical of sociopoetics. The following categories were defined: the crossings of a high-risk pregnancy from the emotional point of view; strategies to deal with emotional problems used by high-risk pregnant women; the evaluation of the group "Mothers who overcome their negative emotions" under the gaze of pregnant women; the application of Hidelgard Peplau's theory in sociopoetics with high-risk pregnant women; and, the emotional care in nursing developed through the mutuality: the caring of the other taking care of itself. However, it is evident the need to reorganize the prenatal service in secondary health care, where the emotional care should be seen as an element to be evaluated and developed throughout the gestational period and the nurse's action must be carried out through the nursing consultation and the integral assistance to women, being recognized as a fundamental part of the multiprofessional health team responsible for the care of these women.
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Evolução da morbidade materna grave não near miss para situação de near miss relacionada às síndromes hipertensivas no Hospital das Clínicas da FMB- UnespAlvarez, Daniella Alejandra Pereira January 2019 (has links)
Orientador: José Carlos Peraçoli / Resumo: Introdução: Nos últimos 20 anos, o conceito de near miss (risco de morte iminente) é abordado na saúde materna como adjuvante dos inquéritos confidenciais de morte materna. No sistema de saúde, o Hospital Terciário/Quaternário é centro de referência para pacientes em situações graves que as colocam em risco de morte. A Maternidade do HC-FMB-Unesp é um dos centros terciário/quaternário de referência para patologias obstétricas do DRS-VI do Estado de São Paulo. A análise da frequência de situações de risco que chegam à maternidadegestantes portadoras de hipertensão arterial, bem com a assistência que receberam até serem referenciadas e ao chegarem à maternidade, poderá identificar deficiências e propor o seu aprimoramento, reduzindo-se assim o risco do binômio mãe-feto. Objetivo: Determinar a frequência de casos de morbidade materna grave não near missque evoluíram para situação de near miss, associados à hipertensão arterial e propor protocolo clínico de assistência pré-natal, bem como aprimorar o protocolo de assistência praticada no centro terciário com finalidade de reduzir o risco do binômio mãe-feto. Sujeitos e métodos: Foram identificados todos os casos de gestantes ou puérperas com diagnóstico de morbidade materna grave e de near miss,relacionados à hipertensão arterial, que receberam assistência obstétrica durante os anos de 2015 e 2016.De forma descritiva os resultados foram apresentados em porcentagem sob a forma de tabelas. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Étic... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Introduction: Between 10% and 15% of maternal deaths are related to hypertensive gestational diseases, and most of these deaths are avoided by effective and timely care. Over the past 20 years, the concept of near miss has been addressed in maternal health as an adjunct to confidential maternal death surveys. Objective: To determine the frequency of evolution of cases of severe maternal morbidity not near miss (SMM not MNM) for maternal near miss (MNM) associated with hypertension in the reference center of the Polo Cuesta and Jurumirim Vale subareas of the Regional Health Division - VI (DRS-VI) of the State of São Paulo. Methods: A cross-sectional retrospective study was carried out between 2015 and 2016 at a tertiary/quaternary reference center for the Polo Cuesta and Jurumirim Vale sub-areas of DRS-VI in the state of São Paulo. A total of 167 pregnant women or postpartum women with a diagnosis of hypertension with signs of severity were included. In addition to the frequency of near miss, demographic, clinical and origin data were obtained according to the subarea of the regional health study population. The project was approved by the Research Ethics Committee of the Faculty of Medicine of Botucatu - Unesp (Opinion No. 2,309,947). The categorical variables were analyzed by the statistical program SPSS. Results: The demographic characteristics of the population studied were predominantly between 20-35 years old (68%), Caucasian (75.4%), stable union (71.9%), and no paid oc... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Estudo dos aspectos psicológicos e sua influência no desenvolvimento da hipertensão gestacional / Study of psychological aspects and its implications for the occurence of hypertension during pregnancyOkino, Erika Tiemi Kato 19 September 2002 (has links)
A gestação pode ser considerada, dentro das etapas de desenvolvimento, para o homem, mas principalmente para a mulher, como um dos momentos de crise dentro desse processo contínuo e dinâmico. É um momento transitório existencial que envolve necessidade de reestruturações e reajustamentos em várias dimensões, verificando-se necessidade de mudança de identidade e redefinição de papéis. Nesse período, existem alguns estados emocionais que são peculiares, com uma variedade de mudanças e nuances cuja etiologia ainda é bastante discutida, pois envolvem complexas inter-relações entre fatores hormonais e psicológicos. Encontra-se na literatura estreita vinculação entre intercorrências clínico-obstétricas e estados emocionais específicos, o que nos levou, neste trabalho, à investigar o porquê de algumas mulheres desenvolverem o quadro hipertensivo durante a gravidez e outras não. Haveria alguma coisa em seu perfil psicológico que as diferenciasse das grávidas normais? A gravidez acompanhada de hipertensão é uma das principais causas de morte materna em todo o mundo e por constituir-se numa gravidez de alto risco, todas as características peculiares a uma gravidez normal mostram-se exacerbadas. Dentro desse contexto, ainda existe o agravante do risco real de morte para a gestante e/ou o bebê e muitas vezes, a mulher responsabiliza-se por tal situação. Considerando-se todos estes aspectos, investigou-se neste trabalho o contexto social das gestantes, ou seja, sua estrutura familiar, condição sócio-econômica, relação com pai da criança, se houve ou não planejamento da gravidez e o perfil psicológico das gestantes hipertensas, comparando-as com as mulheres com gestação normal. Participaram deste estudo 20 gestantes primíparas, com idade gestacional a partir de 10 semanas, divididas em 2 grupos: 10 gestantes normais (grupo A) e 10 hipertensas (grupo B), sendo 5 hipertensas crônicas (B1) e 5 portadoras da Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (DHEG)- B2. Utilizou-se um roteiro de entrevista semi-estruturado, o Desenho da Figura Humana (DFH), o DFH com tema e o Psicodiagnóstico de Rorschach. Todas as gestantes foram atendidas nos Ambulatórios de Gestação de Alto Risco (AGAR) e de Ginecologia e Obstetrícia do HC-FMRP/USP. A análise dos dados foi quantitativa e qualitativa e posteriormente, foi feita uma validação cruzada dos índices significativos das técnicas projetivas. Quanto ao tratamento dos dados: as entrevistas foram transcritas e elaboradas categorias de respostas; os protocolos dos desenhos analisados por 2 juízes e os protocolos do Rorschach codificados dentro da nomenclatura francesa, seguindo normas regionais. A análise das entrevistas demonstra que há características comuns aos dois grupos, relacionados ao fato da gravidez não ter sido planejada porém desejada e à não utilização, por parte da maioria, de métodos contraceptivos. Entretanto, observou-se diferenças entre os grupos em relação à: estabilidade na relação com o companheiro - no grupo A predominaram relações estáveis enquanto que no grupo B predominaram as relações instáveis; reação do companheiro e familiares em relação à gravidez - predominaram reações positivas no grupo A e negativas no grupo B; sentimentos da grávida em relação ao seu filho as mães do grupo A referem sentimentos positivos, enquanto que no grupo B, os sentimentos são mais negativos; e aos medos as gestantes do grupo A relatam medos referentes ao parto, enquanto que as do grupo B, referem-se à possibilidade de perda fetal. Em relação às técnicas projetivas, foi possível observar os seguintes resultados: há nos três grupos uma característica de coartação, ou seja, a existência de recursos adaptativos internos que, no momento, apresentam-se recolhidos, frente à forte tentativa de manter o controle racional sobre as vivências afetivas. Esse recolhimento pode ser decorrente da inabilidade em lidar com os seus afetos de forma mais equilibrada e satisfatória. Frente ao temor de perder o controle sobre esses impulsos, que se mostram neste momento em intensidade elevada, recorrem ao fechamento como forma de autoproteção. Todas as gestantes (grupo A e B) apresentaram uma forma mais introversiva na vivência de seus afetos, o que denota tendência em utilizar os recursos de forma mais voltada à reflexão. No grupo das gestantes normais, este esforço mostra-se eficiente na utilização de seus recursos, entretanto, apresentaram sentimentos de insegurança, egocentrismo, angústia e comportamentos regressivos, sentimentos esses esperados e considerados normais durante o período da gravidez. O grupo B1 (HAC), apresentou apego minucioso da realidade, ou seja, o ambiente é visto e vivenciado através de um estreitamento perceptivo, dificultando a comunicação com a realidade, num esforço de abarcá-la através da minuciosidade, gerando sentimentos de insatisfação pessoal e elevando os níveis de ansiedade. O grupo B2 (DHEG), apresenta uma tendência à ampliação do campo de atuação, tentando controlar a situação de forma ampla, deixando-as sobrecarregadas. Frente à imensidão de seus afetos, mostra-se insuficiente no controle dos mesmos, gerando sentimentos de insatisfação interna e conseqüente elevação dos níveis de ansiedade. Portanto, podemos afirmar que os perfis de personalidade apresentados no grupo de hipertensas, aliados aos aspectos sociais, sugerem diferenças importantes que podem estar atuando no desenvolvimento do quadro hipertensivo na gravidez. Seria adequado que, no atendimento prestado a essas gestantes, houvesse uma diferenciação na forma de abordagem de cada grupo atendido, respeitando-se as respectivas qualidades e as dificuldades, com o objetivo de favorecer a adesão ao tratamento e manter os quadros estabilizados, aproximando-os o mais que possível da gestação normal. / The pregnancy is one of the most critical stages of the human development not only for women but also men. Thats a transient moment of the existency that requires a personal adjustments in various aspects of life. This, showing the necessity of a change of identity as well as reevaluation of roles. During pregnancy, there are peculiar emocional status and a variety of changes which at the etiology is still very debated due to the fact those changes envolve complexes such as hormonal and psychological factors. Previous works, have shown a very tight relation between clinical and obstetric occurrences and specific emocional status. This lead us, in this work, to investigate why some women had presented hypertension during their pregnancy while others did not. A question can be raised, is there anything in their psychological profile making them different from the normal pregnancy? The hypertension during pregnancy is one of the major causes of maternal mortality worldwide, besides the fact of being considered a highers risk pregnancy showing an exacerbation of all features of a normal pregnancy. In this context, there is still another agravating factor, the real risk of death of both mother and baby (son). This, sometimes evokes a guilty feeling by the mother. Taking all the aspects decribed so far into account, we have tried in this work to investigate the social context of the mother (pregnant women), such as family structure, social-economic status , relationship with the babies fathers, if the pregnancy was planned or not, as well as the psychological profile of normal and hypertensive pregnant women. Took part in this study 20 primiparous women with at least 10 weeks of pregnancy or olders divided into two groups. Group A, 10 normal women and 10 hypertense (group B). In the group B, 5 women were cronic hypertense (B1) while the remainder were Gestational Hypertension, group B2. A semi-structured interview, Draw a Person Test, and Rorschach Test were applied. All women were followed, in the clinic of higher risk preganncy (AGAR) in the department of ginecology and obstetrics of the HC-FMRP/USP (General Hospital). The data analysis was quanlitative and quantitative including a cross-validation of the signification index of projective techniques. Also, regarding, the data of all interviews were transcribed and categorized, drawing protocols are analyzed by two judges and the Rorschachs protocols were encoded following the French nomenclature and local rules. These analyses showed that are common aspects in the two groups, like the fact of unexpected but accepted pregnancy as well as the neglected use of contraceptive methods in the majority of the pregnancies. However, we observed diferences between the groups when the rob stability of the relationship is concerned. In the group A, the majority of the relationship could be considered stable, while the opposite was observed in the group B. Also, in the group A positive reaction to the pregnancy was dominant for both father and family. Once again, the opposite was observed in B. Regarding mothers feeling, in group A, again, positive feeling are dominant while negative ones are shown by the majority of B. Group A shows fear mostly robted to the birth, while in B, a fear of fetus death is clear. Regarding projective techniques, it was possible to observe the following: all groups have shown the existence of self-adaptative resources, hidden at the moment due to the necessity of keeping a rational control over the affective experiences. This ca be an effect of inability of managing affectiveness in a balanced way. Other fact that contributes for that is the fear of loosing control of these feeling now much stronger, leading to an introspection as self-protection. This introspection was observed in all women regarding their affective feelings, denotating a resource towards reflection. The women in group A this effort had shown efficient when using the resources, however, they showed insecurity egocentrism, anguish, and regressive behaviours. All these feeling are expected and considered normal during pregnancy. In the group B1 shows a meticulous attachment to reality thus, the enviroment is seen and experienced through a perception narrowing. This feeling disturbes the conexion to reality and generate insatisfaction which in terms increase the ansiety. The B2 group shows tendency of widening their acting field what makes them overwhelmed. Also, this group shows an insufficient control of their affectivity what causes insatisfaction and increased anxiety. Thus, we can state that the personality profiles presented in hypertension women as well as the social aspects suggest important differences that play a role in the occurency hypertension during pregnancy. It would be adequate to develop a differencial approach during the following of the pregnancy for these two groups trying qualities and dificulties in order to facilitate adheson to the treatment and maintenance of stabel condition towards a more normal pregnancy.
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AUTO-ESTIMA E FATORES ASSOCIADOS EM GESTANTES DA CIDADE DE PELOTAS, R.S.Dias, Michelle de Souza 27 September 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-09-27 / This study aims to detect both Self-Esteem and associated factors to high and low risk
pregnant women seen by SUS (Unique Health System), in the city of Pelotas. It is crosssection
type counting with 560 who were interviewed from may to november of 2006. These
interviews were taken in specific places meant to high-risk pregnant women. Among them
62,9% were diagnosed as high-risk ones.
Their Self-Esteem was evaluated by Rosenberg Scale, 9,2 mean and 4,6 standard
deviation.
The variables which matched positively and meaningfully to the self-esteem were age,
school level as well as economical level. However, the perception about the risk to the baby´s
health and the pregnancy numbers shown to be negatively associated to Self-Esteem.
Moreover, these high-risk pregnant women have more developed self-esteem if compared to
those low-risk ones / O estudo tem como objetivo mensurar a Auto-Estima e fatores associados em
gestantes de alto e baixo-risco atendidas pelo Sistema Único de Saúde na cidade de Pelotas,
RS. É do tipo transversal, tendo-se entrevistado 560 gestantes nos meses de maio à novembro
de 2006, em locais referência ao atendimento à gestantes de alto-risco na cidade. Dentre elas
62,9% tinham o diagnóstico de alto-risco.
A Auto-Estima foi avaliada pela Escala de Rosenberg, com média de 9,2 e desvio
padrão de 4,6.
As variáveis associadas positiva e significativamente com Auto-Estima foram idade,
nível de escolaridade e nível econômico. Já as variáveis percepção de risco à saúde do bebê e
número de gestações, mostraram-se associadas negativamente a Auto-Estima. Além disso, as
gestantes com condição gestacional de alto-risco têm uma Auto-Estima mais elevada quando
comparadas com as de baixo-risco
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Utilização de medicamentos por gestantes de alto risco no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - HCFMRP-USP / Use of medicines among high-risk pregnant women at the Clinical Hospital of the Faculty of Medicine of Ribeirão Preto of the University of São Paulo - HCFMRP-USPNagai, Michelly Martins 24 March 2017 (has links)
A gestação de alto risco apresenta maior probabilidade de evolução desfavorável e está relacionada a fatores socioeconômicos, demográficos e de ordem médica. A crescente necessidade de medicamentos por gestantes de alto risco e o potencial teratogênico destes tornam os estudos epidemiológicos indispensáveis para fornecer dados para subisidiar medidas que garantam o uso racional desses medicamentos, prevenindo efeitos indesejáveis. Este estudo pretende descrever o perfil farmacoepidemiológico das gestantes de alto risco no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP) e correlacionar a utilização dos medicamentos com suas características socioeconômicas, demográficas e clínicas. Uma amostra de 386 gestantes foi entrevistada entre maio de 2014 e outubro de 2015. Dados socioeconômicos e demográficos; de acesso a serviços de saúde; sobre a gravidez; hábitos relacionados à saúde e informações sobre medicamentos e correlatos foram coletados. A idade média foi 28,7 anos (DP 6,2) e a mediana da renda per capita foi R$ 600,00 (IQ 550,00). A maioria das mulheres era branca (47,7%), possuía mais de nove anos de estudo (69,7%), não exercia atividade remunerada (54,7%), era casada ou morava com companheiro (76,9%), não possuía plano de saúde privado (87,6%), não planejou a gestação (61,9%), não era primigesta (68,8%), tinha filhos (55,7%), não teve aborto prévio (70,7%), confirmou a gestação (88,6%) e iniciou o pré-natal (86,8%) no primeiro trimestre, não fazia acompanhamento com outro médico além do ginecologista (75,1%) ou com outro professional de saúde (75,6%), recebeu orientações sobre o risco do uso de medicamentos durante a gestação (58%) e não era aderente à farmacoterapia (63%). Os diagnósticos mais prevalentes entre as entrevistadas foram hipertensão arterial (20,5%), diabetes mellitus (19,7%), obesidade (14,8%) e infecção no trato urinário (9,6%). A minoria consumia álcool (6%), fumava (8,8%), tomava café (39,6%), consumia adoçantes (14,2%), utilizava tinturas/produtos químicos capilares (9,6%), plantas medicinais (26%), praticava exercícios físicos (9,3%) e automedicação (12,7%). O consumo de medicamentos foi relatado por 99,7% das entrevistadas, com uma média de 5,1 (DP 2,1) por mulher. Os medicamentos mais utilizados pelas gestantes foram antianêmicos (88,9%), analgésicos (63,2%), antibacterianos de uso sistêmico (26,7%), medicamentos para distúrbios gastrintestinais (20,2%), anti-histamínicos de uso sistêmico (19,7%), anti-hipertensivos (19,4%), medicamentos para desordens relacionadas à acidez (18,1%), antinfecciosos e antissépticos ginecológicos (17,4%) e vitaminas (16,8%). De acordo com as categorias de risco para uso na gestação da Food and Drug Administration (FDA), 2,5% dos medicamentos utilizados são da categoria A, 25% da B, 35% da C, 11,3% da D e 1,2% da X. Segundo a classificação de risco de Briggs; Freeman e Yaffe (2015), a maioria dos medicamentos são classificados nas categorias \"compatível\" (25,6%) e \"dados humanos sugerem baixo risco\" (10,6%). Na categoria \"contraindicado\", encontram-se 10% dos medicamentos. Não foram encontradas evidências de associação entre o número de medicamentos utilizados pelas gestantes e as demais características estudadas. Os dados obtidos neste estudo podem contribuir para o desenvolvimento de estratégias para melhorar o atendimento e o uso racional de medicamentos pelas gestantes de alto risco, aumentando a qualidade de vida desta população / High risk pregnancy is more likely to be unfavorable and is related to socioeconomic, demographic and medical factors. The increasing need for medicines by high-risk pregnant women and its teratogenic potential make epidemiological studies indispensable to provide data to subsidize measures that guarantee the rational use of these drugs, preventing undesirable effects. This study aims to describe the pharmacoepidemiological profile of high-risk pregnant women at the Clinical Hospital of the Faculty of Medicine of Ribeirão Preto of the University of São Paulo (HCFMRP-USP) and to correlate the use of medicines with their socioeconomic, demographic and clinical characteristics. A sample of 386 high-risk pregnant women was interviewed between May 2014 and October 2015. Socioeconomic and demographic data; access to health services data; pregnancy data; health-related habits data and medicines and correlated data were collected. The mean age was 28.7 years (SD 6.2) and the median per capita income was R$ 600.00 (IQ 550.00). The majority of the women were white (47.7%), had more than nine years of study (69.7%), were not emplyed (54.7%), were married or lived with a partner (76.9%), did not have a private health plan (87.6%), did not plan the pregnancy (61.9%), were not primigravida (68.8%), had children (55.7%), had no previous abortion (70.7%), confirmed gestation (88.6%) and started prenatal care (86.8%) in the first trimester, did not follow up with another physician other than the gynecologist (75.1%) or another health professional (75.6%), received guidance on the risk of using medication during pregnancy (58%) and was not adherent to pharmacotherapy (63%). The most prevalent diagnoses among the interviewees were hypertension (20.5%), diabetes mellitus (19.7%), obesity (14.8%) and urinary tract infection (9.6%). The minority consumed alcohol (6%), smoked (8.8%), drank coffee (39.6%), consumed sweeteners (14.2%), used tinctures/chemical hair products (9.6%), medicinal plants (26%), practiced physical exercises (9.3%) and self-medication (12.7%). Consumption of medicines was reported by 99.7% of the interviewees, with an average of 5.1 (SD 2.1) per woman. The medicines most used by pregnant women were antianemics (88.9%), analgesics (63.2%), systemic antibacterials (26.7%), medications for gastrointestinal disorders (20.2%), antihistamines (19.7%), antihypertensives (19.4%), medications for acidity-related disorders (18.1%), gynecological anti-infectives and antiseptics (17.4%) and vitamins (16.8%). According to the Food and Drug Administration (FDA) pregnancy risk categories, 2.5% of the drugs used are of category A, 25% of B, 35% of C, 11,3% of D and 1.2% of X. According to Briggs, Freeman and Yaffe\'s risk classification (2015), most medicines are classified in the categories \"compatible\" (25.6%) and \"human data suggest low risk\" (10.6%). In the \"contraindicated\" category, there are 10% of the medicines used. No evidence of association was found between the number of medications used by pregnant women and the other characteristics studied. The data obtained in this study may contribute to the development of strategies to improve care and rational use of medications by high-risk pregnant women, increasing the quality of life of this population
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Efeitos dos exercícios resistidos no controle glicêmico de mulheres portadoras de diabetes gestacional / The effects of resistance exercises in glycemic control of women with gestational diabetesBarros, Marcelo Costa de 01 April 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: O Diabetes Gestacional (DG) é qualquer grau de intolerância a carboidratos com início ou diagnóstico na gravidez, com prevalência de 1% a 14% de todas as gestações. Para que complicações provenientes da doença sejam minimizadas, faz-se necessário o adequado controle glicêmico da paciente portadora dessa doença. Modelos experimentais sugerem que reside na musculatura estriada esquelética o principal sítio de resistência à insulina ocorrida durante a gestação. A prática de exercícios resistidos (ER) durante a gestação, embora ainda pouco difundida, é considerada segura, tanto para o feto como para a gestante. A literatura científica, porém, é extremamente escassa em relação à utilização dessa forma de atividade física como coadjuvante no tratamento do DG. OBJETIVOS: O presente estudo teve como objetivo avaliar pacientes com diagnóstico de DG, incluídas em programa de ER realizados com corda elástica, comparando a freqüência de mulheres que usaram insulina no grupo que realizou o programa ao grupo que não se exercitou, e verificar o impacto do programa sobre a adequação do controle glicêmico capilar das gestantes. MÉTODOS: Foi realizado um ensaio clínico randomizado com 62 portadoras de DG que acompanharam o programa de pré-natal da Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da FMUSP no período entre outubro de 2006 e novembro de 2008. Elas foram alocadas em dois grupos de estudo após o diagnóstico de DG: o grupo de exercícios (GE; n = 31), que praticou ER e o grupo controle (GC; n = 31). Os grupos eram semelhantes em todas as características aferidas no momento da inclusão no estudo. RESULTADOS: Verificou-se redução estatisticamente significativa (p = 0,009) no número de pacientes que necessitou de insulina no GE (n = 07) em comparação ao observado no GC (n= 17). Houve diferença significativa do controle glicêmico entre os grupos. Enquanto o GC atingiu a meta para monitoração glicêmica capilar durante, em média, 43% do período de acompanhamento, o GE o fez por 62% do período de estudo (p = 0,014). Foi verificada também maior freqüência de médias glicêmicas ideais no GE (67,7%) em comparação ao GC (25,8%) (p = 0,001). Não houve diferença significativa (p =0,836) no período (semanas ± DP) entre a inclusão no estudo e o início da terapia com insulina entre o GC (2,00 ± 1,62) e o GE (1,86 ± 1,21), bem como na quantidade de insulina (UI/kg ± DP) utilizada pelas gestantes na comparação entre os grupos (GC: 0,49 ± 0,12; GE: 0,45 ± 0,11; p = 0,398). CONCLUSÕES: A prática de ER por portadoras de DG foi eficiente em diminuir a utilização de insulina, além de melhorar o controle glicêmico dessa população. / INTRODUCTION: Gestational Diabetes (GD) is any degree of intolerance to carbohydrates that begins or is diagnosed in pregnancy, with a prevalence of 1% to 14% of all gestations. So that complications arising from the disease may be minimized, adequate blood sugar control of patients with this disease is necessary. Experimental models suggest that the main area of resistance to insulin occurring during gestation resides in the skeletal muscle. The practice of resistance exercises (RE) during pregnancy, although not widely disseminated, is considered safe for the fetus as well as for the pregnant woman. Scientific literature is extremely scarce with regard to the utilization of this form of physical activity in conjunction with treatment for GD. OBJECTIVES: The object of this study was to evaluate patients with a diagnosis of GD who were included in a program of RE carried out with rubber tubes, comparing the frequency of women who used insulin in the group who participated in the program with the group that did not do the exercises, and to verify the impact of the program on the adequacy of capillary glycemic control of the pregnant women. METHODS: A randomized clinical trial was performed with 62 GD patients who were following the prenatal program at the Obstetric Clinic of the Hospital of Clinics of FMUSP (Faculty of Medicine from University of Sao Paulo) from October, 2006 to November, 2008. They were divided into two study groups after the diagnosis of GD: the exercise group (EG), who practiced RE, and the control group (CG). The groups were similar in all characteristics assessed at the time of enrollment in the study. RESULTS: A statistically significant reduction (p = 0,009) was verified in the number of patients who needed insulin in the EG (n = 07) in comparison with what was observed in the CG (n = 17). There was a significant difference in glycemic control between the groups. While the CG reached the goal for capillary glycemic monitoring during, on the average, 43% of the follow-up period, the EG reached it for 62% of the study period (p = 0,014). A higher frequency of ideal glicemic mean levels was also verified in the EG (67.7%) in comparison with the CG (25.8%) (p = 0,001). There was no significant difference (p =0,836) in the period (weeks ± SD) between study enrollment and the start of insulin therapy between the CG (2,00 ± 1,62) and the EG (1,86 ± 1,21), nor was there in the amount of insulin (UI/kg ± SD) used by the pregnant women in the comparison between the groups. (CG: 0,49 ± 0,12; EG: 0,45 ± 0,11; p = 0,398). CONCLUSIONS: The practice of RE by pregnant women with GD was efficient to reduce the use of insulin, as well as to improve the glycemic control of this population.
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