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Alterações neuromusculares de membro inferior e suas relações com a cinemática durante tarefas unipodais de decarga de peso na síndrome da dor patelofemoralRodrigues, Rodrigo January 2018 (has links)
A síndrome da dor patelofemoral (SDPF) é o diagnóstico mais comum em populações fisicamente ativas. A SDPF está relacionada com o mau alinhamento dos membros inferiores durante tarefas de descarga de peso, causando maior estresse e dor na articulação patelofemoral. Esse mau alinhamento está relacionado com um aumento da inclinação ipsilateral do tronco, adução do quadril, abdução do joelho e maior grau de rotação interna da tíbia durante atividades dinâmicas, como agachamento unipodal, corrida, salto e subir e descer escadas. Fatores anatômicos e biomecânicos estão relacionados a alterações ao redor da articulação femoropatelar, como menor força de extensão do joelho, atraso na ativação do vasto medial em relação ao vasto lateral e atrofia do músculo quadríceps. Recentemente, alterações do quadril (fatores proximais), tornozelo e pé (fatores distais) têm sido propostas como fatores contribuintes da SDPF. No entanto, as evidências sobre ativação e alteração da morfologia muscular dos membros inferiores, principalmente nos fatores proximais e distais, são escassas. Esta tese teve como objetivo verificar as alterações neuromusculares dos membros inferiores e determinar se algum parâmetro neuromuscular explicava a cinemática durante tarefas unipodais. Após a apresentação dos motivos para realização deste estudo (Capítulo I), no Capítulo II objetivamos verificar as alterações neuromusculares (ativação muscular e morfologia muscular) relacionadas aos fatores proximais e distais na SDPF por meio de uma revisão sistemática. As buscas foram realizadas nas bases de dados Medline (via PubMed), Scielo, Scopus, PEDro, Cochrane Central, Embase e ScienceDirect databases até abril de 2018 para estudos avaliando ativação muscular ou parâmetros de morfologia muscular das articulações do tronco, quadril e tornozelo/pé. Dois revisores independentes avaliaram cada trabalho para inclusão e qualidade. Dezenove estudos foram identificados (SDPF, n = 319; GC, n = 329). Três estudos investigaram os músculos ao redor das articulações do tronco e tornozelo/pé. Quinze estudos investigaram os músculos ao redor da articulação do quadril. As evidências foram inconclusivas sobre a ativação do transverso do abdome/oblíquo interno (TrA/OI) na SDPF durante atividades de alta velocidade. Os níveis de ativação, duração e atraso na ativação de Glúteo Médio (GMed), glúteo máximo (GMax), biceps femoral (BF) and semitendinoso (ST) foram inconclusivos nos estudos incluídos. Não foram observadas diferenças na ativação de gastrocnêmio lateral (GL), gastrocnêmio medial (GM), sóleo (SOL), tibial anterior (TA) e fibular longo (FIB). Apenas um estudo incluído avaliou parâmetros da morfologia muscular, sem alterações na espessura muscular e na intensidade do eco GMed e GMax. Com base na falta de evidências sobre alterações na ativação muscular em torno das articulações do quadril, tornozelo e pé durante tarefas dinâmicas, e no fato de que um único estudo avaliou os resultados da morfologia muscular (GMed e GMax) na SDPF, propusemos um artigo original (Capítulo III) que teve como objetivo comparar os parâmetros neuromusculares dos membros inferiores e a cinemática no plano frontal durante tarefas unipodais de descarga de peso em mulheres com SDPF e determinar se algum resultado neuromuscular explicava o índice dinâmico de valgo (IVD) durante as tarefas. As buscas foram realizadas nas bases de dados Medline (via PubMed), Scielo, Scopus, PEDro, Cochrane Central, Embase e ScienceDirect databases até abril de 2018 para estudos avaliando ativação muscular ou parâmetros de morfologia muscular das articulações do tronco, quadril e tornozelo/pé. Dois revisores independentes avaliaram cada trabalho para inclusão e qualidade. Dezenove estudos foram identificados (SDPF, n = 319; GC, n = 329). Três estudos investigaram os músculos ao redor das articulações do tronco e tornozelo/pé. Quinze estudos investigaram os músculos ao redor da articulação do quadril. As evidências foram inconclusivas sobre a ativação do transverso do abdome/oblíquo interno (TrA/OI) na SDPF durante atividades de alta velocidade. Os níveis de ativação, duração e atraso na ativação de Glúteo Médio (GMed), glúteo máximo (GMax), biceps femoral (BF) and semitendinoso (ST) foram inconclusivos nos estudos incluídos. Não foram observadas diferenças na ativação de gastrocnêmio lateral (GL), gastrocnêmio medial (GM), sóleo (SOL), tibial anterior (TA) e fibular longo (FIB). Apenas um estudo incluído avaliou parâmetros da morfologia muscular, sem alterações na espessura muscular e na intensidade do eco GMed e GMax. Com base na falta de evidências sobre alterações na ativação muscular em torno das articulações do quadril, tornozelo e pé durante tarefas dinâmicas, e no fato de que um único estudo avaliou os resultados da morfologia muscular (GMed e GMax) na SDPF, propusemos um artigo original (Capítulo III) que teve como objetivo comparar os parâmetros neuromusculares dos membros inferiores e a cinemática no plano frontal durante tarefas unipodais de descarga de peso em mulheres com SDPF e determinar se algum resultado neuromuscular explicava o índice dinâmico de valgo (IVD) durante as tarefas. Quinze mulheres com SDPF e quinze mulheres saudáveis pareadas por 5 idade (grupo controle - GC) foram comparadas com os seguintes testes: (1) questionário funcional; (2) espessura muscular ao redor do quadril (GMed e tensor da fáscia lata - TFL), joelho (VL e VM) e tornozelo/pé (TA e FIB); (3) IVD e ativação muscular durante agachamento e salto vertical unipodais; (4) torque isométrico máximo para abdução do quadril, extensão do joelho e eversão/ inversão do pé; e (5) ativação muscular durante testes isométricos e funcionais. Uma regressão linear múltipla (modelo Stepwise) foi usada para verificar se alguma variável neuromuscular explicava o IVD durante as tarefas unipodais. O tamanho de efeito (ES) foi usado para determiner a magnitude da diferença entre os grupos. Comparado ao GC, o grupo SDPF apresentou: (1) menor espessura do GMed (-10.02%; ES = -0.82) e maior espessura do TFL (+18.44%; ES = +0.92) e do FIB (+14.23%; ES = +0.87); (2) menor ativação do TA durante o agachamento unipodal (-59,38%; ES = -1.29); (3) menor ativação do GMed durante o salto vertical unipodal (-28.70%; ES = -1.35) e (4) maior ativação do GMed durante o teste isométrico de abdução de quadril (+34.40%; ES = +0.77). IVD durante o agachamento unipodal foi explicado pela ativação do VL durante a tarefa somente no GC, enquanto a espessura do TA no GC e o torque de eversores do pé no SDPF explicou o IVD durante o salto vertical unipodal. Com base em nossos resultados, as mulheres com SDPF apresentaram alterações neuromusculares significativas nas articulações do quadril e tornozelo/pé. No entanto, apenas fatores distais explicaram o IVD no grupo SDPF. / Patellofemoral pain syndrome (PFPS) is the most common diagnoses in physically active populations. PFPS is related with lower limbs poor alignment during weight-bearing tasks, causing higher patellofemoral joint stress and pain. This poor alignment is related with an increase of ipsilateral trunk lean, hip adduction, knee abduction and greater tibial internal rotation during dynamic activities such as single-leg squat, running, jumping, and stepping tasks. Anatomical and biomechanical factors are related with unwanted changes around the patellofemoral joint, such as lower knee extension strength, delayed onset of vastus medialis activation relative to vastus lateralis and quadriceps muscle atrophy (knee joint muscles intrinsic changes). Recently, hip (proximal), ankle and foot (distal) changes have been proposed as PFPS contributing factors. However, the evidences about lower limb muscle activation and morphology changes, mainly in proximal and distal factors, are scarce. This thesis aimed to create clinical subgroups based in lower limb neuromuscular changes and determine if some neuromuscular outcome explained kinematics during single-leg tasks. After displaying the reasons to perform this study (Chapter I), in Chapter II we aimed to verify neuromuscular changes (muscle activation and muscle morphology) related to proximal and distal factors in PFPS through a systematic review. Medline (via PubMed), Scielo, Scopus, PEDro, Cochrane Central, Embase and ScienceDirect databases were searched until April 2018 only for retrospective studies evaluating muscle activation or muscle morphology parameters of trunk, hip and ankle/foot joints. Two independent reviewers assessed each paper for inclusion and quality. Twenty retrospective studies were identified (PFPS, n=319; CG, n=329). Three studies investigated muscles around trunk and ankle/foot joints. Fifteen studies investigated muscles around the hip joint. Evidences were inconclusive about transversus abdominis/internal oblique (TrA/IO) activation in PFPS during high-speed activities. Gluteus medius (GMed), gluteus maximus (GMax), bíceps femoris (BF) and semitendinous (ST) activation level, activation duration and activation onset were inconclusive in the included studies. No differences were observed in gastrocnemius lateralis (GL), gastrocnemius medialis (GM), soleus (SOL), tibialis anterior (TA) and fibularis (FIB) muscle activation. Only one included study evaluated muscle morphology parameters, without changes in the GMed and GMax muscle thickness and echo intensity. Based in the lack of evidences about muscle activation changes in PFPS patients’ muscles around hip, ankle and foot joints during dynamic tasks, and in the fact that a single study evaluated muscle morphology outcomes (GMed), we proposed an original article (Chapter III) that aimed to compare lower limb neuromuscular parameters and frontal plane kinematics during single-leg tasks in women with PFPS, and determine if some neuromuscular outcome explained dynamic valgus index (DVI) during tasks. Fifteen PFPS women and fifteen healthy age-matched women (control group - CG) were compared with the following tests: (1) functional questionnaire; (2) hip (GMed and tensor fasciae latae - TFL), knee (VL and VM) and ankle/foot (TA and FIB) muscle thickness; (3) DVI and muscle activation during single-leg squat and vertical jump; (4) maximal isometric torque for hip abduction, knee extension and foot eversion/inversion; and (5) muscle activation during isometric and functional tests. A multiple- 7 stepwise regression analysis was used to test if neuromuscular outcomes explained DVI during single-leg tasks. Effect sizes (ES) were used to determine the magnitude of between-groups differences. Compared to the CG, PFPS showed: (1) smaller GMed (-10.02%; ES = -0.82) and greater TFL (+18.44%; ES = +0.92) and FIB muscle thickness (+14.23%; ES = +0.87); (2) lower TA muscle activation during single-leg squat (-59,38%; ES = -1.29); (3) lower GMed muscle activation during single-leg jump (-28.70%; ES = -1.35) and (4) greater GMed muscle activation during hip abduction isometric test (+34.40%; ES = +0.77). DVI during single-leg squat was explained by VL activation during this task only in CG, whereas lower TA muscle thickness in the CG and higher foot eversion torque in PFPS explained DVI during single-leg vertical jump. Based in our results, females with PFPS showed significant neuromuscular changes at the hip and ankle/foot joints. However, only distal factors explained DVI in the PFPS group.
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Understanding the pathogenesis of spinal muscular atrophy by determining the role of survival motor neuron protein in early developmentSzunyogová, Eva January 2017 (has links)
Spinal Muscular Atrophy (SMA) is caused by mutation or deletion of the Survival Motor Neuron 1 (SMN1), which encodes cell-ubiquitous SMN protein. Although classified as a neuromuscular disease, a range of systemic pathologies is reported in SMA patients. Despite a clear understanding of the genetics, the role of SMN protein in SMA pathogenesis is somewhat unclear, especially in tissues outside the CNS. Here, we describe failed liver development in response to reduced SMN levels, in a Taiwanese mouse model of severe SMA. Molecular analysis revealed significant changes in proteins involved in cell cycling and blood homeostasis including coagulation prior to motor neuron pathology. With SMN being directly associated with some of these proteins, this indicates primary liver pathology in SMA. Study of livers obtained from two other mouse models of SMA; severe SMNΔ7 and intermediate 2B, which have slightly higher SMN levels than Taiwanese SMA mice, also revealed significant overlapping pathologies, suggestive of high intrinsic susceptibility of the liver to SMN decrease. Proteomic study of pre-symptomatic 2B/- liver revealed significant perturbations in mitochondrial bioenergetics, which could account for metabolic defects in SMA patients. Vascular changes can be observed in mouse models of SMA and even skeletal muscle of severe SMA patients. Although Taiwanese SMA liver showed no morphological changes to its vasculature, it does have impairments in several key vascular signaling molecules, including VEGF and Tie-2. Furthermore, we report for the first time significant vascular changes in a zebrafish model of SMA, that could be associated with defective neuronal-vascular signaling and is supported by preliminary findings in the Taiwanese SMA retina. This thesis uncovers perturbations in several clinically relevant signalling pathways directly linked to SMN decrease, independent of the motor neurone pathology. Taken together this work emphasises the importance of a systemic therapy in SMA.
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Avaliação de caquexia reumatoide em pacientes com artrite reumatoide e sua relação com desfechos clínicos, funcionais e terapêuticosMoro, Ana Laura Didonet January 2016 (has links)
Base Teórica: A artrite reumatoide (AR) é uma doença crônica e inflamatória que além de sintomas articulares pode levar à perda de massa muscular com peso estável ou aumentado, condição denominada caquexia reumatoide (CR). A CR está associada com pior prognóstico, mas ainda é negligenciada na prática clínica. Objetivo: Avaliar a prevalência de CR em um hospital público terciário de Porto Alegre e determinar sua correlação com características da AR, com níveis de atividade física e com as medicações em uso. Métodos: Estudo transversal com 91 pacientes com AR que foram submetidos à densitometria corporal total (DEXA) para medida total e regional de índice de massa gorda (IMG; Kg/m2), índice de massa magra (IMM; Kg/m2), conteúdo mineral ósseo (CMO) e índice de massa livre de gordura (IMLG; Kg/m2) para avaliar a prevalência de CR pelas duas definições mais recentemene utilizadas na literatura: IMLG < percentil 10 com IMG > percentil 25 e IMLG < percentil 25 com IMG > percentil 50. Foram exploradas as medidas de associação dos parâmetros de composição corporal com características da AR – idade, duração da doença, atividade de doença (através do DAS 28), capacidade funcional (através do HAQ), atividade inflamatória (através da proteína C reativa – PCR – e velocidade de hemossedimentação – VHS), nível de atividade física (através do questionário IPAQ) e medicações em uso. Resultados: A idade média dos participantes foi 56,8 ± 7,3, a duração de doença foi 9 anos (3-18), o DAS 28 3,65 ± 1,32, o HAQ 1,12 (0,25 – 1,87) e o tempo de uso entre os que usaram biológico foi de 25 meses (17,8 – 52,5). A CR foi evidenciada em 17,6% dos pacientes com AR de acordo com a definição mais rigorosa e em 33% de acordo com a classificação mais abrangente. O IMLG teve correlação negativa com idade (r= -0,219; p=0,037) e duração da doença (rs= -0,214; p=0,042). O IMG teve correlação positiva com PCR (rs=0,229; p=0,029), VHS (rs=0,235; p=0,025), DAS 28 (rs=0,273; p=0,009) e HAQ (rs=0,297; p=0,004). Na comparação de pacientes com e sem CR, de acordo com a definição mais rigorosa, dos 26 pacientes usando biológico apenas 1 tinha CR (3,8%), enquanto dos que não usavam, 15 (23%) tinham CR (p=0,033). Conclusão: A prevalência de CR foi considerável e, portanto, merece estudos adicionais. A composição corporal neste estudo, especialmente o IMLG, teve associação inversa com idade e tempo de diagnóstico. Além disso, pacientes em uso de biológico tiveram diferença significativa na prevalência de CR, sugerindo papel protetor do uso de biológico na CR. / Background: Rheumatoid arthritis (RA) is a chronic and inflammatory disease that besides articular symptoms leads to loss of muscle mass in presence of stable or increased fat mass (FM), condition defined as rheumatoid cachexia (RC). RC is associated with a worse prognosis, but it is still overlooked in clinical practice. Objective: To evaluate the prevalence of rheumatoid cachexia (RC) in patients with rheumatoid arthritis (RA) and determine its correlation with the features of RA, the level of physical activity and with the current therapy. Methods: Ninety one RA patients in a cross-sectional study underwent total body dual-energy x-ray absorptiometry (DXA) for measurement of total and regional fat mass index (FMI; Kg/m2), lean mass index (LMI; Kg/m2), bone mineral content (BMC; Kg/m2) and fat free mass index (FFMI; Kg/m2) to assess the prevalence of RC. The associations of measures of body composition with RA features - age, diagnosis time, Health Assessment Questionnaire (HAQ), Disease Activity Score in 28 joints (DAS 28), C-reactive protein (CRP) and erythrocyte sedimentation rate (ESR) -, level of physical activity (measured by International Physical Activity Questionnaire – IPAQ) and current therapy were explored. Results: Mean age was 56,8 ± 7,3 , disease duration 9 years (3 – 18), DAS28 3,65 ± 1,32, HAQ 1,12 (0,25 – 1,87) and use duration of biological agents was 25 months (17,8 – 52,5). Seventeen per cent of the patients had FFMI below the 10th percentile and FMI above the 25th percentile of a reference population and 33% of the patients had FFMI below the 25th percentile and FMI above the 50th percentile, condition known as RC, according to the more recently used definitions. FFMI correlated negatively only with age (r=-0,219; p=0,037) and disease duration (rs=-0,214; p=0,042). FMI correlated positively with CRP (rs=0,229; p=0,029), ESR (rs=0,235; p=0,025), DAS 28 (rs=0,273; p=0,009) and HAQ (rs=0,297; p=0,004). Of the 26 patients using biological therapy, 25 were non cachetic (p=0,033) according to the stricter definition of RC. In another words, 3,8% (n=1) and 23% (n=15) of the patients receiving and not receiving biological agents had RC, respectively (p=0,033). Conclusion: The prevalence of RC was considerable and deserves additional research. Body composition, in this study, particularly FFMI is inversely associated with age and disease duration. Besides that, patients under biological therapy had lower prevalence of RC, suggesting a protective effect of biological agents.
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Alterações neuromusculares de membro inferior e suas relações com a cinemática durante tarefas unipodais de decarga de peso na síndrome da dor patelofemoralRodrigues, Rodrigo January 2018 (has links)
A síndrome da dor patelofemoral (SDPF) é o diagnóstico mais comum em populações fisicamente ativas. A SDPF está relacionada com o mau alinhamento dos membros inferiores durante tarefas de descarga de peso, causando maior estresse e dor na articulação patelofemoral. Esse mau alinhamento está relacionado com um aumento da inclinação ipsilateral do tronco, adução do quadril, abdução do joelho e maior grau de rotação interna da tíbia durante atividades dinâmicas, como agachamento unipodal, corrida, salto e subir e descer escadas. Fatores anatômicos e biomecânicos estão relacionados a alterações ao redor da articulação femoropatelar, como menor força de extensão do joelho, atraso na ativação do vasto medial em relação ao vasto lateral e atrofia do músculo quadríceps. Recentemente, alterações do quadril (fatores proximais), tornozelo e pé (fatores distais) têm sido propostas como fatores contribuintes da SDPF. No entanto, as evidências sobre ativação e alteração da morfologia muscular dos membros inferiores, principalmente nos fatores proximais e distais, são escassas. Esta tese teve como objetivo verificar as alterações neuromusculares dos membros inferiores e determinar se algum parâmetro neuromuscular explicava a cinemática durante tarefas unipodais. Após a apresentação dos motivos para realização deste estudo (Capítulo I), no Capítulo II objetivamos verificar as alterações neuromusculares (ativação muscular e morfologia muscular) relacionadas aos fatores proximais e distais na SDPF por meio de uma revisão sistemática. As buscas foram realizadas nas bases de dados Medline (via PubMed), Scielo, Scopus, PEDro, Cochrane Central, Embase e ScienceDirect databases até abril de 2018 para estudos avaliando ativação muscular ou parâmetros de morfologia muscular das articulações do tronco, quadril e tornozelo/pé. Dois revisores independentes avaliaram cada trabalho para inclusão e qualidade. Dezenove estudos foram identificados (SDPF, n = 319; GC, n = 329). Três estudos investigaram os músculos ao redor das articulações do tronco e tornozelo/pé. Quinze estudos investigaram os músculos ao redor da articulação do quadril. As evidências foram inconclusivas sobre a ativação do transverso do abdome/oblíquo interno (TrA/OI) na SDPF durante atividades de alta velocidade. Os níveis de ativação, duração e atraso na ativação de Glúteo Médio (GMed), glúteo máximo (GMax), biceps femoral (BF) and semitendinoso (ST) foram inconclusivos nos estudos incluídos. Não foram observadas diferenças na ativação de gastrocnêmio lateral (GL), gastrocnêmio medial (GM), sóleo (SOL), tibial anterior (TA) e fibular longo (FIB). Apenas um estudo incluído avaliou parâmetros da morfologia muscular, sem alterações na espessura muscular e na intensidade do eco GMed e GMax. Com base na falta de evidências sobre alterações na ativação muscular em torno das articulações do quadril, tornozelo e pé durante tarefas dinâmicas, e no fato de que um único estudo avaliou os resultados da morfologia muscular (GMed e GMax) na SDPF, propusemos um artigo original (Capítulo III) que teve como objetivo comparar os parâmetros neuromusculares dos membros inferiores e a cinemática no plano frontal durante tarefas unipodais de descarga de peso em mulheres com SDPF e determinar se algum resultado neuromuscular explicava o índice dinâmico de valgo (IVD) durante as tarefas. As buscas foram realizadas nas bases de dados Medline (via PubMed), Scielo, Scopus, PEDro, Cochrane Central, Embase e ScienceDirect databases até abril de 2018 para estudos avaliando ativação muscular ou parâmetros de morfologia muscular das articulações do tronco, quadril e tornozelo/pé. Dois revisores independentes avaliaram cada trabalho para inclusão e qualidade. Dezenove estudos foram identificados (SDPF, n = 319; GC, n = 329). Três estudos investigaram os músculos ao redor das articulações do tronco e tornozelo/pé. Quinze estudos investigaram os músculos ao redor da articulação do quadril. As evidências foram inconclusivas sobre a ativação do transverso do abdome/oblíquo interno (TrA/OI) na SDPF durante atividades de alta velocidade. Os níveis de ativação, duração e atraso na ativação de Glúteo Médio (GMed), glúteo máximo (GMax), biceps femoral (BF) and semitendinoso (ST) foram inconclusivos nos estudos incluídos. Não foram observadas diferenças na ativação de gastrocnêmio lateral (GL), gastrocnêmio medial (GM), sóleo (SOL), tibial anterior (TA) e fibular longo (FIB). Apenas um estudo incluído avaliou parâmetros da morfologia muscular, sem alterações na espessura muscular e na intensidade do eco GMed e GMax. Com base na falta de evidências sobre alterações na ativação muscular em torno das articulações do quadril, tornozelo e pé durante tarefas dinâmicas, e no fato de que um único estudo avaliou os resultados da morfologia muscular (GMed e GMax) na SDPF, propusemos um artigo original (Capítulo III) que teve como objetivo comparar os parâmetros neuromusculares dos membros inferiores e a cinemática no plano frontal durante tarefas unipodais de descarga de peso em mulheres com SDPF e determinar se algum resultado neuromuscular explicava o índice dinâmico de valgo (IVD) durante as tarefas. Quinze mulheres com SDPF e quinze mulheres saudáveis pareadas por 5 idade (grupo controle - GC) foram comparadas com os seguintes testes: (1) questionário funcional; (2) espessura muscular ao redor do quadril (GMed e tensor da fáscia lata - TFL), joelho (VL e VM) e tornozelo/pé (TA e FIB); (3) IVD e ativação muscular durante agachamento e salto vertical unipodais; (4) torque isométrico máximo para abdução do quadril, extensão do joelho e eversão/ inversão do pé; e (5) ativação muscular durante testes isométricos e funcionais. Uma regressão linear múltipla (modelo Stepwise) foi usada para verificar se alguma variável neuromuscular explicava o IVD durante as tarefas unipodais. O tamanho de efeito (ES) foi usado para determiner a magnitude da diferença entre os grupos. Comparado ao GC, o grupo SDPF apresentou: (1) menor espessura do GMed (-10.02%; ES = -0.82) e maior espessura do TFL (+18.44%; ES = +0.92) e do FIB (+14.23%; ES = +0.87); (2) menor ativação do TA durante o agachamento unipodal (-59,38%; ES = -1.29); (3) menor ativação do GMed durante o salto vertical unipodal (-28.70%; ES = -1.35) e (4) maior ativação do GMed durante o teste isométrico de abdução de quadril (+34.40%; ES = +0.77). IVD durante o agachamento unipodal foi explicado pela ativação do VL durante a tarefa somente no GC, enquanto a espessura do TA no GC e o torque de eversores do pé no SDPF explicou o IVD durante o salto vertical unipodal. Com base em nossos resultados, as mulheres com SDPF apresentaram alterações neuromusculares significativas nas articulações do quadril e tornozelo/pé. No entanto, apenas fatores distais explicaram o IVD no grupo SDPF. / Patellofemoral pain syndrome (PFPS) is the most common diagnoses in physically active populations. PFPS is related with lower limbs poor alignment during weight-bearing tasks, causing higher patellofemoral joint stress and pain. This poor alignment is related with an increase of ipsilateral trunk lean, hip adduction, knee abduction and greater tibial internal rotation during dynamic activities such as single-leg squat, running, jumping, and stepping tasks. Anatomical and biomechanical factors are related with unwanted changes around the patellofemoral joint, such as lower knee extension strength, delayed onset of vastus medialis activation relative to vastus lateralis and quadriceps muscle atrophy (knee joint muscles intrinsic changes). Recently, hip (proximal), ankle and foot (distal) changes have been proposed as PFPS contributing factors. However, the evidences about lower limb muscle activation and morphology changes, mainly in proximal and distal factors, are scarce. This thesis aimed to create clinical subgroups based in lower limb neuromuscular changes and determine if some neuromuscular outcome explained kinematics during single-leg tasks. After displaying the reasons to perform this study (Chapter I), in Chapter II we aimed to verify neuromuscular changes (muscle activation and muscle morphology) related to proximal and distal factors in PFPS through a systematic review. Medline (via PubMed), Scielo, Scopus, PEDro, Cochrane Central, Embase and ScienceDirect databases were searched until April 2018 only for retrospective studies evaluating muscle activation or muscle morphology parameters of trunk, hip and ankle/foot joints. Two independent reviewers assessed each paper for inclusion and quality. Twenty retrospective studies were identified (PFPS, n=319; CG, n=329). Three studies investigated muscles around trunk and ankle/foot joints. Fifteen studies investigated muscles around the hip joint. Evidences were inconclusive about transversus abdominis/internal oblique (TrA/IO) activation in PFPS during high-speed activities. Gluteus medius (GMed), gluteus maximus (GMax), bíceps femoris (BF) and semitendinous (ST) activation level, activation duration and activation onset were inconclusive in the included studies. No differences were observed in gastrocnemius lateralis (GL), gastrocnemius medialis (GM), soleus (SOL), tibialis anterior (TA) and fibularis (FIB) muscle activation. Only one included study evaluated muscle morphology parameters, without changes in the GMed and GMax muscle thickness and echo intensity. Based in the lack of evidences about muscle activation changes in PFPS patients’ muscles around hip, ankle and foot joints during dynamic tasks, and in the fact that a single study evaluated muscle morphology outcomes (GMed), we proposed an original article (Chapter III) that aimed to compare lower limb neuromuscular parameters and frontal plane kinematics during single-leg tasks in women with PFPS, and determine if some neuromuscular outcome explained dynamic valgus index (DVI) during tasks. Fifteen PFPS women and fifteen healthy age-matched women (control group - CG) were compared with the following tests: (1) functional questionnaire; (2) hip (GMed and tensor fasciae latae - TFL), knee (VL and VM) and ankle/foot (TA and FIB) muscle thickness; (3) DVI and muscle activation during single-leg squat and vertical jump; (4) maximal isometric torque for hip abduction, knee extension and foot eversion/inversion; and (5) muscle activation during isometric and functional tests. A multiple- 7 stepwise regression analysis was used to test if neuromuscular outcomes explained DVI during single-leg tasks. Effect sizes (ES) were used to determine the magnitude of between-groups differences. Compared to the CG, PFPS showed: (1) smaller GMed (-10.02%; ES = -0.82) and greater TFL (+18.44%; ES = +0.92) and FIB muscle thickness (+14.23%; ES = +0.87); (2) lower TA muscle activation during single-leg squat (-59,38%; ES = -1.29); (3) lower GMed muscle activation during single-leg jump (-28.70%; ES = -1.35) and (4) greater GMed muscle activation during hip abduction isometric test (+34.40%; ES = +0.77). DVI during single-leg squat was explained by VL activation during this task only in CG, whereas lower TA muscle thickness in the CG and higher foot eversion torque in PFPS explained DVI during single-leg vertical jump. Based in our results, females with PFPS showed significant neuromuscular changes at the hip and ankle/foot joints. However, only distal factors explained DVI in the PFPS group.
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Reabilitação em cães com atrofia muscular induzidaSouza, Soraia Figueiredo de [UNESP] 02 February 2010 (has links) (PDF)
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souza_sf_dr_jabo.pdf: 2488552 bytes, checksum: d73363ffa31e0435be147582710b8e53 (MD5) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Avaliou-se a resposta de diferentes protocolos fisioterapêuticos em cães após a indução de atrofia muscular por meio da imobilização do joelho por 30 dias. Os grupos foram denominados grupo C ou controle, grupo M (massagem e movimentação passiva), grupo E (massagem, movimentação passiva e eletroterapia), grupo H (massagem, movimentação passiva e hidroterapia em esteira aquática) e grupo EH (massagem, movimentação passiva, eletroterapia e hidroterapia em esteira aquática). Foram mensurados, os graus de claudicação, amplitude articular, circunferência da coxa, variação sérica das enzimas creatina-quinase e lactato-desidrogenase, bem como a morfometria muscular das fibras de contração rápida e contração lenta do músculo vasto lateral marcadas pela técnica de imunoistoquímica. Os cães do grupo H apresentaram retorno mais precoce à função do membro pélvico direito, mostrando que a hidroterapia pode ser beneficamente empregada para a recuperação em cães claudicantes. A fisioterapia reduziu a contratura articular. Verificou-se maior recuperação da área transversal das fibras musculares de contração lenta e rápida nos cães submetidos à eletroterapia aos 60 dias de pós-operatório. De acordo com os resultados encontrados, foi possível concluir que as modalidades terapêuticas de massagem, movimentação passiva da articulação, estimulação elétrica neuromuscular e hidroterapia por caminhada em esteira aquática aceleram a recuperação clínica em cães com atrofia muscular induzida / The response to different physiotherapeutic protocols was evaluated in dogs with muscle atrophy induced by a 30-day-long immobilization of the stifle joint. The animals were divided in groups namely: C (control), M (massage and passive range of motion), E (massage, passive range of motion and neuromuscular electrical stimulation), H (massage, passive range of motion and hydrotherapy in underwater treadmill), and EH group (massage, passive range of motion, neuromuscular electrical stimulation and hydrotherapy in underwater treadmill). The degree of lameness, range motion, thigh circumference, range of serum creatine kinase (CK) and lactate dehydrogenase (LDH) were then evaluated, as well as the morphometry of fast- and slow-twitch muscle fibers of the vastus lateralis by immunohistochemistry. Group H dogs regained function of the right hind limb faster than the other groups. This result shows that hydrotherapy helped in the recovery process of lame dogs. Physiotherapy reduced the joint contracture. There was a higher recovery rate of cross-sectional area of slow-twitch and fast-twitch muscle fibers and thigh circumference in dogs submitted to neuromuscular electrical stimulation at 60 days post-surgery. According to these results, it was possible to conclude that therapeutics modalities such as massage, passive range of motion of the joint, neuromuscular electrical stimulation and hydrotherapy by walking on underwater treadmill accelerate clinical recovery in dogs with induced muscle atrophy
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Role of p53 in muscle wasting / Rôle de la famille p53 dans l'atrophie musculaireAraujo de Abreu, Paula 29 September 2016 (has links)
L'atrophie musculaire de la cachexie provient du déséquilibre entre la synthèse et la dégradation des protéines. La littérature suggère que les membres de la famille p53 (p53, p63, p73) jouent un rôle dans le contrôle des processus de prolifération, différenciation et mort des précurseurs et des fibres musculaires. Ici nous avons caractérisé le profil d'expression de ces membres dans l'atrophie musculaire de la SLA (Sclérose Latérale Amyotrophique) et dans un modèle de cachexie induite par la doxorubicine. Nous avons montré une augmentation de l'expression des membres de la famille p53 et des atrogènes de manière corrélée sur ces deux modèles ainsi qu’une activation transcriptionnelle de Trim63 par p53, p63 et p73. Aussi, nous avons voulu savoir si les composés de tocophérol possédant une activité antioxydante pouvait réduire l'atrophie musculaire et avons montré que ce composé neutralise l'induction de la voie Notch, importante pour le développement musculaire et la régénération. / Muscle atrophy in cachexia results from the imbalance between protein synthesis and degradation due to activation of the ubiquitin-proteasome pathway. Literature suggests that p53 family members play a role in controlling proliferation, differentiation and death of precursors and muscle fibers. Here we characterize the expression profile of the p53 family members in muscle atrophy in ALS (Amyotrophic Lateral Sclerosis) and in doxorubicin induced cachexia model. We revealed an increased expression of the p53 family members and atrogenes in a correlated manner on both models and a transcriptional activation of Trim63 by p53, p63 and p73. Importantly, we also show that ROS and ceramide accumulation are important for Trim63 induction by doxorubicin. In addition, we tested whether compounds of tocopherol harboring antioxidant activity might reduce muscle atrophy. We showed that this compound counteracts the induction of the Notch pathway, important to muscle development and regeneration.
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Papel do exercício resistido na atrofia muscular induzida por dexametasonaKrug, André Luis de Oliveira 28 March 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-03-28 / Universidade Federal de Minas Gerais / The use of glucocorticoids as treatment for allergic and inflammatory conditions has become commom nowadays, although, chronically it can causes many side effects such as peripheral insulin resistance, hyperglycemia and hyperinsulinemia, hypertension, dyslipidemia, body weight loss and muscle atrophy. On the other hand, resistance training (RT) has been recommended as non-pharmacological treatment for some pathological conditions, however little is known about its effects on muscle atrophy induced by chronic treatment with dexamethasone (DEX). The aim of this study was to verify the preventive effect of RT (80% of maximal carrying capacity) on DEX-induced muscle atrophy as well as the responsible mechanisms for this response. Forty-three wistar rats (200-250g) were allocated into four groups: sedentary control (SC), sedentary treated with DEX (SD), trained control (TC) and trained treated with DEX (TD). After a familiarization period on the ladder, a maximal voluntary carrying capacity test (MVCC) was performed to determinate the training intensity and the rats underwent or RT (80% MCCT, 4 days/week, 70 days) or remained sedentary. The MVCC was performed in the beginning, after 4 weeks, before and after the DEX treatment. Through the last ten days, the animals received DEX (0.5 mg/kg/day, i.p.) or saline solution. After 24 hours of the last training session, the animals were euthanized and the flexor hallucis longus (FHL), tibialis anterior (TA) and soleus (SOL) muscles were collected and weighted for further analysis of mTOR, p70S6K, FOXO3a, Atrogin-1 and MuRF-1 protein levels. The results were presented as mean ± SEM, α<0.05. DEX treatment evoked adrenal gland atrophy (-47%), body weight loss (-21%) and food intake reduction (-28%). The RT increased MVCC of trained animals (+215%). Also, DEX treatment reduced FHL and TA muscles mass (-19.6% e -17.7%, respectively), which was associated with the MuRF-1 protein level increase (+37% e +45,5%, respectively). We did not observe any alterations in mTOR, p70S6K, FOXO3a and Atrogin-1 protein levels after DEX treatment. RT was be able to attenuate FHL muscle atrophy due to blockade of MuRF-1 increase (-3.5%). In addition, it did increase mTOR (+63% for TC e TD) e p70S6K (+46% and +49% for TC e TD, respectively) protein levels in FHL muscle. FOXO3a and Atrogin-1 protein levels were not altered by RT. SOL muscle was not affected by neither treatment nor training. Therefore, these results allow us to suggest that DEX-induced muscle atrophy observed in the FHL and TA muscles can be associated with increases in MuRF-1 protein level. RT-induced attenuation of FHL muscle atrophy involved increases in mTOR and p70S6K protein levels associated with maintenance of MuRF-1 protein levels. / O uso de glicocorticoides como tratamento de quadros inflamatórios e alérgicos tem sido uma constante na atualidade, embora, cronicamente provoque vários efeitos colaterais como resistência periférica à insulina, hiperglicemia e hiperinsulinemia, hipertensão, dislipidemia, perda de peso corporal e atrofia muscular. Por outro lado o treinamento resistido (TR) tem sido recomendado como tratamento não farmacológico em alguns estados patológicos, embora pouco se conheça sobre seus efeitos sobre a atrofia muscular induzida pelo tratamento crônico com dexametasona (DEX). O objetivo principal deste trabalho foi verificar o efeito preventivo do TR a 80% do carregamento máximo sobre a atrofia muscular induzida pela DEX, bem como os mecanismos responsáveis por esta resposta. Foram utilizados 43 ratos Wistar (200-250g) distribuídos em 4 grupos: sedentário controle (SC), sedentário tratado com DEX (SD), treinado controle (TC) e treinado tratado com DEX (TD). Após um período de adaptação na escada, foi realizado um teste de carregamento máximo (TCM) para determinação da intensidade do treino. Em seguida, os ratos foram submetidos ao treinamento resistido (80% da capacidade máxima, 4 dias/semana, 70 dias) ou mantidos sedentários. Os TCM foram realizados no início do protocolo experimental, após 4 semanas, antes e após o tratamento com DEX. Nos últimos 10 dias, os animais receberam DEX (0,5 mg/kg por dia, i.p.) ou solução salina. Após 24 horas da última sessão de exercício, os animais foram eutanasiados e os músculos flexor longo do hálux (FHL), tibial anterior (TA) e sóleo (SOL) foram coletados, pesados e seus valores normalizados pelo tamanho da tíbia. Analisamos a produção das proteínas mTOR, p70S6K, FOXO3a, Atrogina-1 e MuRF-1. Os resultados são apresentados como média ± EPM, α<0,05. A DEX provocou redução do peso da glândula adrenal (-47%), peso corporal (-21%) e ingestão alimentar (- 28%). O TR aumentou a capacidade física dos animais treinados (+215%). O tratamento com DEX reduziu a massa muscular do FHL e TA (-19,6% e -17,7%, respectivamente), que foi associada ao aumento da proteína MuRF-1 (+37% e +45,5%, respectivamente), não foram observadas alterações nas proteínas mTOR, p70S6K, FOXO3a e Atrogina-1 após o tratamento com DEX. O TR foi capaz de atenuar a atrofia no músculo FHL, pois conseguiu bloquear o aumento da proteína MuRF-1 (-3,5%), além de aumentar os níveis de mTOR (+63% para TC e TD) e p70S6K (+46% e +49% para TC e TD, respectivamente), embora não tenha alterado os valores de FOXO3a e Atrogina-1. O músculo SOL não foi alterado nem pelo tratamento nem pelo treinamento. Portanto, os resultados obtidos até o presente momento permite-nos sugerir que a atrofia observada nos músculos TA e FHL causadas por 10 dias de tratamento com DEX pode estar associada ao aumento da proteína MuRF-1. Por sua vez, o TR foi capaz de prevenir a atrofia no músculo FHL em decorrência do aumento de mTOR e p70S6K somados a manutenção dos valores de MuRF-1.
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Estratégias de regulação de genes subjacentes a atrofia do músculo esquelético na cachexia associada ao câncerFernandez Garcia, Geysson Javier. January 2018 (has links)
Orientador: Robson Francisco Carvalho / Resumo: A caquexia associada ao câncer é uma síndrome caracterizada pela grave perda de tecido musculo esquelético; que se estima que afeta mais de 50% de todos os pacientes com câncer e resulta em menor qualidade de vida devido a fadiga, fraqueza, redução da função imune, resistência à insulina e baixa tolerância e resposta à quimioterapia. Notavelmente, 20% das mortes relacionadas ao câncer são diretamente causadas pela caquexia. A principal limitação de que atualmente não há terapia direcionada, é o uso de abordagens tradicionais que não tratam a complexidade em sistemas biológicos, caracterizada por interações não-lineares de redes de regulação genética (GRN, do inglês Gene Regulatory Networks). Por esse motivo, ainda é necessária uma identificação dos componentes da GRN e uma compreensão quantitativa de sua integração temporal no controle das respostas celulares. Adquirir tal conhecimento é fundamental para capturar detalhes mecanicistas essenciais para direcionar estratégias terapêuticas para uma doença complexa, como a caquexia do câncer. Neste trabalho, examinamos a expressão genética do músculo esquelético em dois abordagens metodológicos diferentes: usando dados de expressão de genes estáticos e dinâmicos. Estruturamos nosso trabalho da seguinte maneira: o Capítulo 1 apresenta uma caracterização quantitativa das vias de sinalização e uma reconstrução de GRN no tecido musculo esquelético em ratos portadores de carcinoma de pulmão de Lewis (LLC, do inglês Lewis lung carcinoma... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Cancer cachexia is a syndrome characterized by the severe skeletal muscle wasting tissue; that affects more than 50% of all cancer patients and results in lower quality of life due to compromised fatigue, weakness, decreased immune function, insulin resistance and poor tolerance and response to radio and chemotherapy. Remarkably, approximately 20% of cancer-related deaths are estimated to be directly caused by cachexia. There is currently no effective targeted therapy and the main limitation lays on the traditional approaches that not deal with the inherent complexity, characterized by non-linear interactions, of gene regulatory networks (GRN). Thus, a clear identification of the components of gene regulation, and a quantitative understanding of their temporal integration to control cellular responses is fundamental for capture essential mechanistic details that will ultimately enable the development of direct therapeutic strategies for the treatment of cancer cachexia. Here, we examine genome-wide gene expression of muscle wasting under two different frameworks, using static and dynamic gene expression data. We structure this approach as follow: Chapter 1 presents a quantitative characterization of the signaling pathways and a GRN reconstruction of muscle wasting in Lewis Lung Carcinoma (LLC) tumor-bearing mice by integrating static mRNAs and microRNAs expression profiles. The results show that LLC mice reduced body weight in 20% and presented muscle and fat tissue wasting a... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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Avaliação de caquexia reumatoide em pacientes com artrite reumatoide e sua relação com desfechos clínicos, funcionais e terapêuticosMoro, Ana Laura Didonet January 2016 (has links)
Base Teórica: A artrite reumatoide (AR) é uma doença crônica e inflamatória que além de sintomas articulares pode levar à perda de massa muscular com peso estável ou aumentado, condição denominada caquexia reumatoide (CR). A CR está associada com pior prognóstico, mas ainda é negligenciada na prática clínica. Objetivo: Avaliar a prevalência de CR em um hospital público terciário de Porto Alegre e determinar sua correlação com características da AR, com níveis de atividade física e com as medicações em uso. Métodos: Estudo transversal com 91 pacientes com AR que foram submetidos à densitometria corporal total (DEXA) para medida total e regional de índice de massa gorda (IMG; Kg/m2), índice de massa magra (IMM; Kg/m2), conteúdo mineral ósseo (CMO) e índice de massa livre de gordura (IMLG; Kg/m2) para avaliar a prevalência de CR pelas duas definições mais recentemene utilizadas na literatura: IMLG < percentil 10 com IMG > percentil 25 e IMLG < percentil 25 com IMG > percentil 50. Foram exploradas as medidas de associação dos parâmetros de composição corporal com características da AR – idade, duração da doença, atividade de doença (através do DAS 28), capacidade funcional (através do HAQ), atividade inflamatória (através da proteína C reativa – PCR – e velocidade de hemossedimentação – VHS), nível de atividade física (através do questionário IPAQ) e medicações em uso. Resultados: A idade média dos participantes foi 56,8 ± 7,3, a duração de doença foi 9 anos (3-18), o DAS 28 3,65 ± 1,32, o HAQ 1,12 (0,25 – 1,87) e o tempo de uso entre os que usaram biológico foi de 25 meses (17,8 – 52,5). A CR foi evidenciada em 17,6% dos pacientes com AR de acordo com a definição mais rigorosa e em 33% de acordo com a classificação mais abrangente. O IMLG teve correlação negativa com idade (r= -0,219; p=0,037) e duração da doença (rs= -0,214; p=0,042). O IMG teve correlação positiva com PCR (rs=0,229; p=0,029), VHS (rs=0,235; p=0,025), DAS 28 (rs=0,273; p=0,009) e HAQ (rs=0,297; p=0,004). Na comparação de pacientes com e sem CR, de acordo com a definição mais rigorosa, dos 26 pacientes usando biológico apenas 1 tinha CR (3,8%), enquanto dos que não usavam, 15 (23%) tinham CR (p=0,033). Conclusão: A prevalência de CR foi considerável e, portanto, merece estudos adicionais. A composição corporal neste estudo, especialmente o IMLG, teve associação inversa com idade e tempo de diagnóstico. Além disso, pacientes em uso de biológico tiveram diferença significativa na prevalência de CR, sugerindo papel protetor do uso de biológico na CR. / Background: Rheumatoid arthritis (RA) is a chronic and inflammatory disease that besides articular symptoms leads to loss of muscle mass in presence of stable or increased fat mass (FM), condition defined as rheumatoid cachexia (RC). RC is associated with a worse prognosis, but it is still overlooked in clinical practice. Objective: To evaluate the prevalence of rheumatoid cachexia (RC) in patients with rheumatoid arthritis (RA) and determine its correlation with the features of RA, the level of physical activity and with the current therapy. Methods: Ninety one RA patients in a cross-sectional study underwent total body dual-energy x-ray absorptiometry (DXA) for measurement of total and regional fat mass index (FMI; Kg/m2), lean mass index (LMI; Kg/m2), bone mineral content (BMC; Kg/m2) and fat free mass index (FFMI; Kg/m2) to assess the prevalence of RC. The associations of measures of body composition with RA features - age, diagnosis time, Health Assessment Questionnaire (HAQ), Disease Activity Score in 28 joints (DAS 28), C-reactive protein (CRP) and erythrocyte sedimentation rate (ESR) -, level of physical activity (measured by International Physical Activity Questionnaire – IPAQ) and current therapy were explored. Results: Mean age was 56,8 ± 7,3 , disease duration 9 years (3 – 18), DAS28 3,65 ± 1,32, HAQ 1,12 (0,25 – 1,87) and use duration of biological agents was 25 months (17,8 – 52,5). Seventeen per cent of the patients had FFMI below the 10th percentile and FMI above the 25th percentile of a reference population and 33% of the patients had FFMI below the 25th percentile and FMI above the 50th percentile, condition known as RC, according to the more recently used definitions. FFMI correlated negatively only with age (r=-0,219; p=0,037) and disease duration (rs=-0,214; p=0,042). FMI correlated positively with CRP (rs=0,229; p=0,029), ESR (rs=0,235; p=0,025), DAS 28 (rs=0,273; p=0,009) and HAQ (rs=0,297; p=0,004). Of the 26 patients using biological therapy, 25 were non cachetic (p=0,033) according to the stricter definition of RC. In another words, 3,8% (n=1) and 23% (n=15) of the patients receiving and not receiving biological agents had RC, respectively (p=0,033). Conclusion: The prevalence of RC was considerable and deserves additional research. Body composition, in this study, particularly FFMI is inversely associated with age and disease duration. Besides that, patients under biological therapy had lower prevalence of RC, suggesting a protective effect of biological agents.
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Diarreia por rotavírus em leitões lactentes no sul do brasil: caracterização patológica e imuno-histoquímica e detecção Molecular / Rotavirus diarrhea in suckling piglets from the south of Brazil: pathologic and immunohistochemical Characterization and molecular detection.Almeida, Paula Rodrigues de January 2014 (has links)
Rotavírus (RV) é um importante patógeno viral que causa diarreia em leitões e indivíduos jovens de várias outras espécies animais. RV dos grupos A, B, C e E foram descritos como causa de diarreia em suínos. Este estudo reúne achados histopatológicos, imunohistoquímicos e de reação em cadeia da polimerase com transcriptase reversa (RT-PCR) presentes em quatro surtos de diarreia causados por RV de um e de múltiplos grupos na região sul do Brasil. Vacinação para RV não era aplicada em nenhuma das granjas estudadas. Necropsia, exames histológicos e imuni-histoquímicos foram realizados em 34 suínos de maternidade que apresentavam diarreia severa, além disso, realizou-se cultivo bacteriano e RT-PCR para RV dos grupos A, B e C, vírus da gastroenterite transmissível (TGEV), vírus da diarreia epidêmica dos suínos (PEDV), sapovírus (SaV), norovírus (NoV) e kobuvírus (Aichi vírus C) em 30 dessas amostras. Desidratação e conteúdo pastoso a líquido no cólon foram observados em todos os suínos. Exame histológico revelou atrofia de vilosidades em 29 casos, vacuolização de enterócitos em 27 casos e debris celulares na lâmina própria em 20 casos. Houve marcação imunohistoquímica positiva em 21 casos. RT-PCR foi positiva para RV em 20 casos e RV do grupo C foi o mais frequentemente detectado, presente em 17 amostras. Cultivo e isolamento de Escherichia coli ocorreu em todos os casos e quatro destes foram de E. coli α-hemolítica. Em 15 amostras houve isolamento de Clostridium sp. Sapovirus foi detectado em oito amostras, duas amostras foram positivas para norovírus e detectou-se kobuvírus em 11 animais. Os achados histológicos foram consistentes com infecção por RV e a imuno-histoquímica revelou dois padrões de marcação para o agente no intestino delgado. Os resultados de RT-PCR mostraram que o RV do grupo C foi o principal agente detectado neste estudo. O isolamento de E. coli e a detecção de SaV os destacou como agentes associados à infecção por RV. A detecção de kobuvírus o enfatiza como um novo candidato em associação com RV. / Rotavirus is an important viral pathogen causing diarrhea in piglets and other animal species worldwide. Groups A, B, C and E have been described causing diarrhea in swine. This study reunites histopathological, immunohistochemical and reverse transcriptase polymerase chain reaction (RT-PCR) findings present in four outbreaks of diarrhea caused by single and multiple groups of rotavirus in the south of Brazil. None of the herds studied applied vaccination against rotavirus. Necropsy, histological examination and immunohistochemistry were performed in 34 nursing piglets that presented severe diarrhea, bacterial culture and reverse transcriptase polymerase chain reaction (RT-PCR) for rotavirus from groups A, B and C, transmissible gastroenteritis virus (TGEV), porcine epidemic diarrhea virus (PEDV), sapovirus (SaV), norovirus (NoV) and kobuvirus (Aichi virus C) were carried out in 30 of the animals necropsied. Additionally, RT-PCR was performed in fecal pools from two outbreaks. Dehydration and fluid to pasty contents were observed in the colon of all 34 swine examined. Histological examination revealed villus atrophy in 29 cases, vacuolation of enterocytes in 27 cases and necrotic debris in the lamina propria of 20 cases. IHC was positive in 21 samples. RT-PCR was positive for rotavirus in 20 samples and group C rotavirus was the most frequently detected, present in 17 samples. Escherichia coli was isolated from all cases, and in four cases, it was α-hemolytic. Clostridium sp. was isolated from 15 samples. Sapovirus was detected in eight samples, samples from two animals were positive for norovirus and kobuvirus was detected from 11 samples. Histological findings were consistent with rotavirus infection and immunohistochemistry revealed two patterns of staining for rotavirus in the small intestine. RT-PCR results have shown group C rotavirus as the main agent detected in this study. The isolation of Escherichia coli and the detection of sapovirus highlighted them as possible agents associated to rotavirus infection. Kobuvirus detection has emphasized it as a new candidate in the association with rotavirus.
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