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Autotradução: Autoridade, privilégio e modelo

Tanqueiro, Helena 03 May 2002 (has links)
Este nosso trabalho tem como principal objectivo propor um novo acesso para o estudo da tradução no âmbito da Teoria da Tradução Literária. Nesse sentido, decidimos abordar uma temática pouco estudada mas que se nos afigurou relevante neste campo, a das traduções realizadas pelo próprio autor, ou seja, a autotradução, neste caso entre línguas próximas.Ao longo da nossa pesquisa procurámos: definir o conceito de autotradução, determinar até que ponto textos literários autotraduzidos se constituem como válidos para o estudo tradutológico, analisar as repercussões que têm no âmbito da Teoria da Tradução Literária e que dados facilitam sobre o processo de tradução, e por último, através da selecção e análise comparativa de obras cujo universo ficcional se encontra situado numa cultura diferente da da língua e cultura original, observar até que ponto os respectivos autores, na sua condição de bilingues e biculturais, actuam como tradutores no âmbito do próprio original.Do ponto de vista metodológico, com vista a podermos situar a nossa investigação no campo dos estudos científicos em tradução, tomámos como ponto de partida o esquema teórico de Holmes que nos fornece uma panorâmica, ainda hoje, plenamente actualizada. Centrámo-nos essencialmente no âmbito dos "Descriptive Translation Studies" que nos permitia orientar o nosso estudo para o produto (autotradução) mas também verificar até que ponto poderíamos obter dados sobre o processo. Optámos por seguir uma metodologia empírica, baseada no estudo de casos particulares, "case-studies".Assim, procurámos, primeiramente, definir o conceito de autotradução e determinar o papel que desempenha dentro da Teoria da Tradução Literária e, posteriormente, verificar se o autotradutor actuava essencialmente como tradutor, até que ponto a sua autoridade enquanto autor e a sua dupla qualidade lhe conferiam um estatuto de "tradutor privilegiado".No sentido de realizar uma primeira confirmação da validade da nossa proposta, procedemos ao estudo comparativo entre original e autotradução da obra El camí de Vincennes e posteriormente comparámo-lo com a análise entre original e autotradução de um outro tipo de obra narrativa, Restauració, por nós seleccionadas por possuirem as características adequadas aos objectivos da nossa análise.Com vista a comprovar se em determinados casos de obras originais, que do ponto de vista tradutológico podem ser consideradas "sui generis", os autores já realizam tarefas de tradutor durante o próprio processo de escrita da obra, começámos por delimitar a temática, restringindo-nos aos referentes culturais pelo que fomos levados a definir de modo operacional o que entendemos como marca cultural numa obra literária. Sempre tendo em vista verificar a pertinência da nossa hipótese, recorremos à análise de uma obra que se constituía como um exemplo prático, Sostiene Pereira, apoiando-nos paralelamente noutras, entre as quais se contam as respectivas traduções analisadas não com intenção crítica mas, fundamentalmente, com vista a comparar resultados que pudessem assegurar a validade da primeira.Decidimos incluir em anexo as análises que constituíram o ponto de partida para o nosso estudo global no sentido de poderem ser consultados outros exemplos que não utilizamos no nosso trabalho e de poderem facilitar uma melhor compreensão das obras na sua globalidade.Em suma, com a nossa pesquisa e com os resultados obtidos pensamos ter conseguido demonstrar que se trata de um novo e amplo caminho que pode constituir um possível acesso a conhecimentos no âmbito da tradução literária, mais além das limitações deste trabalho. / The main aim of this thesis is to propose a new route of access to the study of translation within the field of Literary Translation Theory. We have therefore decided to examine a subject which, although little studied, we believe to be relevant in this context: translations carried out by the author of his or her own work; in other words, self-translation, in this particular instance between cognate languages.Our purpose throughout this research has been: to define the concept of self-translation; to determine to what extent self-translated literary texts provide valid models for the study of translation; to analyse the repercussions that self-translated texts have for the field of Literary Translation Theory and what data they can yield on the translation process; finally, by means of a selection and comparative analysis of works whose fictional universe is located in a culture other than that of the original language and culture, to observe how far their respective authors, as bilingual and bicultural subjects, act as translators with respect to the original cultural context.In terms of methodology, and with a view to situating our research within the field of scientific approaches to translation studies, we have taken as our starting point the theoretical framework of Holmes as one which, even today, provides a fully up-to-date and comprehensive view of the subject. We have concentrated chiefly on the field of Descriptive Translation Studies, which enabled us to focus our study on the product (self-translation), but also to verify to what extent it would be possible to obtain data on the process. We have opted for an empirical methodology, based on individual case-studies.Therefore, we have attempted, first of all, to define the concept of self-translation and to determine the role it plays within Literary Translation Theory, and then to verify whether self-translating authors acted essentially as translators, to what extent their dual identity as author and, therefore, an authority conferred on them "privileged translator" status.In order to carry out a preliminary validation of our proposition, we conducted a comparative study of the original and the self-translated texts of El camí de Vincennes, subsequently comparing the result with the analysis of the original and self-translated texts of another type of narrative work, Restauració; these works were selected on the basis of their appropriateness to the objectives of our analysis.With a view to ascertaining whether, in certain cases of original works which, from the point of view of translation theory, may be considered as "sui generis" or isolated specimens, the authors actually behave as translators during the process of writing the original work, we began by narrowing the field of study and confining ourselves to that of cultural referents; this led us to establish a working definition of what we understood as a cultural marker in a literary work. Always with a view to verifying the relevance of our hypothesis, we used the analysis of a literary work, Sostiene Pereira, as a practical example, while at the same time referring to others, including their respective analysed translations, not with the purpose of criticising them, but basically with a view to comparing results which could confirm the validity of the original hypothesis.We decided to include in the form of an appendix the analyses which constituted the starting point for our overall study, since they can be regarded as further examples which, although not used in our work, may contribute to a better understanding of literary works in general. In conclusion, we believe that both our research and the results obtained show that this is a new and broad avenue which has the potential to provide a new access to knowledge in the field of literary translation far beyond the scope of the present study.
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La autotraducción literaria: traducibilidad, fidelidad, visibilidad. Análisis de las autotraducciones de Agustín Gómez-Arcos y Jorge Semprún

López López-Gay, Patricia 11 July 2009 (has links)
Esta tesis engrana las piezas de un trabajo en curso que comenzó hace años. Pretendemos no sólo posicionarnos dentro del campo que nos ocupa, la reflexión sobre autotraducción ñy por ende, también sobre traducción-, sino además sugerir al lector posibles modos de aprehender ese objeto. Uno de nuestros propósitos es ofrecer una lectura crítica de textos teóricos sobre traducción y autotraducción, puestos en diálogo en la primera parte, "La (auto)traducción literaria". Algunos de los puntos ahí tratados resurgirán intermitentemente a través del análisis comparativo entre originales y autotraducciones. La segunda parte, "Estudios de caso", presenta también dos capítulos, cada uno de los cuales analiza una autotraducción literaria contemporánea. La producción de Agustín Gómez-Arcos y la de Jorge Semprún han ocupado siempre lugares muy distantes entre sí, tanto en el campo literario español como en el francés. Ambos autores son, no obstante, sujetos históricos que -adscritos a un mismo contexto, en un momento determinado- tradujeron al español una obra previamente publicada en francés. Uno y otro texto exponen una toma de posición ideológica con respecto del campo cultural español. El estudio de Un pájaro quemado vivo (Gómez-Arcos, 1986) es fruto de varios años de investigación en las Universidades de Granada y París 7 Denis Diderot. Para su realización, contamos en esta última institución con el apoyo financiero del Ministerio de Educación francés. El análisis presentado parte, sin limitarse a ésta, de una síntesis revisada y parcial de (Auto)traducción y (re)creación. El estudio sobre Federico Sánchez se despide de ustedes (Semprún, 1993) fue concebido como otro proyecto, financiado esta vez por la Generalitat de Catalunya y la Universidad Autónoma de Barcelona, en un primer estadio, y por la Universidad de Nueva York, en un segundo estadio. Subrayamos pues la independencia inicial de los capítulos aquí reunidos, sin olvidar que estas páginas son, además, resultado de un trabajo de relectura desde el presente de nuestra investigación. Ubicamos este trabajo en la cartografía de métodos vigentes en investigación literaria de acuerdo con el cuadro sinóptico propuesto por Helena Tanqueiro, reproducido en el apartado "Metodología" de la segunda parte. Baste aquí con apuntar que esta tesis oscila, dentro de los estudios sincrónicos, entre el método no empírico (teorización) y el método hipotético deductivo en los estudios empírico observacionales (se construye en parte sobre la observación y el análisis de estudios de caso). La primera parte es teórica, mientras que la segunda se sitúa entre la teoría y la observación de dos ejemplos de autotraducción literaria contemporánea. Tomadas una a una, guardan gran autonomía. La primera parte, "La (auto)traducción literaria", es la más reciente cronológicamente, y contiene una reflexión sobre la traducción y la autotraducción; sin restringirse a ello, aporta un marco teórico y un posicionamiento en la teoría sobre el que se apoya la relectura de las obras analizadas en la segunda parte, "Estudios de caso". El trabajo que aquí comienza se propone mostrar el desarrollo de una reflexión aún en curso. Aunamos así estudios realizados en distintos momentos de nuestra experiencia investigadora; siendo producto de un engranaje cuyos resortes no escondemos, ambas partes deberían completarse.

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