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Efeitos colaterais tardios na bexiga após radioterapia por câncer de colo de útero: avaliação da associação com polimorfismos de TP53, ATM e MDM2 / Late urinary bladder side effects after radiotherapy for cervical cancer: evaluation of the association with TP53, ATM and MDM2 polymorphismsPinezi, Juliana Castro Dourado 13 October 2014 (has links)
Introdução: Na prática clínica se observa que há diferenças na incidência de efeitos colaterais entre pacientes submetidos ao mesmo esquema terapêutico de radioterapia. Tais diferenças podem ser entendidas como uma radiossensibilidade individual determinada geneticamente. Objetivos: Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos tardios na bexiga em pacientes com câncer do colo uterino tratadas com radioterapia, com ou sem cirurgia, e o valor prognóstico de três polimorfismos genéticos de base única com relação ao desenvolvimento de cistite actínica. Material e métodos: Foi realizada uma análise retrospectiva de 50 pacientes com carcinoma cervical tratadas entre 1999 e 2004, com um mínimo de 6,5 anos de seguimento. A dose de radioterapia na bexiga foi considerada como a soma da dose da radioterapia externa com a dose de braquiterapia no ponto de bexiga definido pelo ICRU 38 (Relato número 38 da Comissão Internacional de Unidades e Medidas em Radiação). Para as correlações entre dose e efeito, foi calculada a dose biológica efetiva (BED) para cada caso. Para a avaliação dos efeitos tardios em bexiga, além dos dados descritos em prontuário, foi feito um questionário específico dirigido aos sintomas urinários, foi realizada cistoscopia em todas as pacientes e a escala LENTSOMA (efeitos tardios no tecido normal/ subjetivo-objetivo tratamento e exames) foi aplicada, utilizando o pior grau do efeito encontrado nos diferentes métodos de avaliação. Variantes genéticas do códon 72 da p53 (Arginina / Prolina), MDM2 SNP309 T/G e ATMex39 5557 G>A foram identificadas usando o método de genotipagem de SNP ABI SNaPshot e os resultados foram correlacionados com a incidência e grau de cistite actínica. Resultados: Complicações clínicas tardias da bexiga foram registradas em 17 (34%) pacientes usando dados coletados dos prontuários e em 41 (82%) pacientes pelo questionário de existência e gravidade dos efeitos tardios da irradiação. Essas complicações foram diretamente correlacionadas com a BED. Vinte e oito pacientes (56%) desenvolveram cistite diagnosticada por cistoscopia (16% Grau 2-4). MDM2 SNP309 TT associado a TP53 (P72R) GG foram relacionados com o aumento da incidência de cistite. Conclusões: Cistite actínica, em grau 2 ou maior, foi elevada nessa população e apresentou uma maior incidência quando realizado um questionário específico para tal. Houve associação com maior dose de radioterapia (BED Gy3 > 100 Gy) e com MDM2 SNP309 TT associado a TP53 (P72R) GG. / Introduction: In clinical practice it is observed that there are differences in the incidence of side effects among patients undergoing the same regimen of radiotherapy. Such differences can be understood as a genetically determined individual radiosensitivity. Purposes: This study aimed to evaluate urinary bladder late effects in patients with uterine cervix cancer treated with radiotherapy with or without surgery and the prognostic value of three single nucleotide polymorphisms (SNPs) related to radiation cystitis. Material and methods: retrospective analysis of 50 patients with cervical carcinoma treated between 1999 and 2004 with a minimum of 6.5 years of follow-up was performed. The radiation dose in the bladder was considered as the dose delivered by external beam irradiation plus the brachytherapy dose in the ICRU Report 38 (International Commission of Radiation Units and Measurements report number 38) bladder point. For dose-effect correlations the biological effective dose (BED) was calculated for each case. For evaluation of bladder late effects, besides the data collected from the charts review, a specific query directed to urinary symptoms was applied to the patients and also a cystoscopy was performed in all of them. The LENTSOMA (late effects of normal tissues/subjective-objective management analytic) scale for bladder late effects was applied. Genetic variants of p53 codon72 (arginine/proline) polymorphism, MDM2 SNP309 T/G and ATMex39 5557G>A were identified by using ABI SNaPshot SNP genotyping method. And the results were correlated with the incidence and grade of radiation cystitis. Results: Clinical late bladder complications were recorded in 17 (34%) patients using data collected from the charts and in 41 (82%) patients by the questionnaire for the existence and severity of late irradiation effects. These complications were directly related with the BED. Twenty eight patients (56%) developed cystitis diagnosed by cystoscopy (16% Grade 2-4). MDM2 SNP309 TT associated with TP53 (P72R) GG was related with increased incidence of cystitis. Conclusions: Late radiation cystitis grade 2 or greater were high in this population and presented a higher incidence when a specific questionnaire was used. Higher radiation dose (BED Gy3 > 100 Gy) and MDM2 SNP309 TT associated with TP53 (P72R) GG were correlated with bladder late effects
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Avaliação clínico-laboratorial da obstrução uretral em felinos domésticosSchaefer, Gabriela da Cruz January 2017 (has links)
A obstrução uretral é uma condição clínica comum em gatos, caracterizada por alterações metabólicas e do equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico que são potencialmente fatais. Dentre as causas de obstrução uretral, a cistite idiopática é a mais frequentemente observada em diversos estudos. Outras causas incluem urolitíase, tampões uretrais e infecção do trato urinário. Em muitos casos, os gatos encontram-se em estado crítico e a morte pode ocorrer em decorrência de alterações metabólicas, como estado urêmico avançado e hipercalemia. As principais alterações eletrolíticas e do equilíbrio ácido-básico relatadas são hipercalemia, acidose metabólica, hiponatremia e hipocalcemia ionizada. Embora a obstrução uretral seja muito frequente na rotina clínica, estudos para caracterizar a população de gatos acometida ainda são escassos no Brasil. Características relacionadas ao manejo, dieta e perfil dos tutores podem influenciar na manifestação da doença. Os objetivos do presente estudo foram avaliar os parâmetros clínicos e as alterações hematológicas, bioquímicas, urinárias, eletrolíticas e ácido-básicas presentes em gatos com obstrução uretral e a associação entre estas variáveis. Além disso, objetivou-se conhecer as principais causas de obstrução uretral nos gatos atendidos no Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Para isso, foram incluídos no estudo 28 gatos com diagnóstico de obstrução uretral no período de dezembro de 2015 a dezembro de 2016. Foram obtidos dados referentes ao histórico, exame físico, coletados sangue e urina, além da realização de exames de imagem (radiografia e ultrassonografia abdominal). Em todos os gatos foram realizados hemograma, bioquímica sérica, análise de pH, gases e eletrólitos sanguíneos, urinálise e urocultura. Após, todos os pacientes foram tratados de acordo com um protocolo pré-estabelecido. A causa mais comum de obstrução uretral neste estudo foi a cistite idiopática, que ocorreu em mais de 60% dos casos, seguida de tampões uretrais e infecção do trato urinário. Nenhum caso de urolitíase foi diagnosticado, o que pode ser explicado por fatores como idade, ambiente e estilo de vida dos animais. A maioria dos gatos obstruídos apresentou múltiplos sinais sistêmicos, assim como alterações metabólicas, eletrolíticas e do equilíbrio ácido-básico, principalmente azotemia, hiperlactatemia, acidose metabólica, hipercalemia e hipocalcemia ionizada. Hipotermia, depressão do estado mental, bradicardia e desidratação foram os parâmetros clínicos que tiveram maior quantidade de associação com as alterações metabólicas e podem ser considerados bons preditores clínicos destas desordens. Por outro lado, o lactato não foi considerado um bom preditor de alterações clínicas e laboratoriais neste estudo. / Urethral obstruction is a common and potentially life-threatening condition, characterized by severe metabolic, electrolyte and acid-base disturbances. Among the causes of urethral obstruction, idiopathic cystitis is the most frequent in several studies. Other causes include urolithiasis, urethral plugs and urinary tract infection. In many cases, cats are critically ill and death may occur due to metabolic alterations, such as advanced uremic status and hyperkalemia. The main electrolyte and acid-base balance disorders reported are hyperkalemia, metabolic acidosis, hyponatremia and ionized hypocalcemia. Although urethral obstruction is a very common condition, there are few studies characterizing the population affected by the disease in Brazil. Characteristics related to management, diet and owner’s profile can influence the manifestation of the disease. The aim of the present study was to evaluate the association of clinical, haematological, biochemical, urinary, hydroelectrolyte and acid-base parameters in male cats with urethral obstruction. In addition, the objective was to determine the causes of urethral obstruction in male cats admitted to the Veterinary Teaching Hospital of Federal University of Rio Grande do Sul. Twenty-eight cats diagnosed with urethral obstruction were included in the study between December 2015 and December 2016. Data regarding medical history and physical examination were obtained. Blood and urine were collected, and imaging tests were performed (abdominal radiography and ultrasonography). Complete blood count, serum chemistry, blood pH, gas and electrolyte, urinalysis and urine culture were performed. All patients were treated accordingly to a previous established protocol. The most common cause of urethral obstruction in this study was idiopathic cystitis, which occurred in more than 60% of cases, followed by urethral plugs and urinary tract infection. No diagnosis of urolithiasis was achieved which could be explained by factors like age, environment and life style of cats. Most of obstructed cats presented with multiple systemic clinical signs, as well as, metabolic, electrolyte and acid-base alterations. The main disorders found were azotemia, hyperlactatemia, metabolic acidosis, hyperkalemia and ionized hypocalcemia. Hypothermia, depressed mental status, bradycardia and dehydration were the clinical parameters with the greatest amount of associations with the metabolic alterations and can be considered as good predictors of metabolic disorders. On the other hand, lactate was not considered a good predictor of clinical and laboratory abnormalities in this study.
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Análise de polimorfismos de nucleotídeo único na cistite intersticial / Single nucleotide polymorphism analysis in interstitial cystitisCassão, Valter Dell Acqua 08 December 2017 (has links)
IINTRODUÇÃO: A Cistite Intersticial (CI) ou Síndrome da Bexiga Dolorosa (SBD) é uma síndrome crônica caracterizada pela presença de dor ou desconforto vesical ou pélvico e sintomas miccionais como urgência e aumento da frequência miccional diurna e noturna, na ausência de outra afecção identificável que justifique esses sintomas. Não existe até o momento nenhum teste diagnóstico ou marcador que defina a CI. Desta forma seu diagnóstico é predominantemente clínico, baseado nos sinais e sintomas e dependente da exclusão de outras doenças urológicas. A dificuldade no diagnóstico e no tratamento dessas pacientes reflete o pouco que se sabe sobre sua fisiopatologia e sobre as alterações genéticas presentes na doença. A identificação de marcadores pode proporcionar um melhor entendimento e manejo desses aspectos da síndrome. Na tentativa de identificar marcadores genéticos que possam estar associados a CI, avaliamos a presença de alguns polimorfismos genéticos, os polimorfismos de nucleotídeo único (SNP), no DNA de pacientes com os critérios diagnósticos de CI e comparamos sua prevalência entre as pacientes e também com um grupo controle representativo da população geral. A correlação desses polimorfismos considerando a CI e a intensidade de dor nessas pacientes ainda não foi estudada na literatura. OBJETIVOS: Analisar a presença de polimorfismos (SNP) em amostras de sangue de pacientes com CI e correlacionar a presença dos polimorfismos com o quadro de dor crônica. MÉTODOS: Foram selecionadas 34 pacientes do sexo feminino com diagnóstico de CI de acordo com os critérios do NIDDK e 23 pacientes do grupo controle (mulheres saudáveis apenas com incontinência urinária de esforço). As pacientes com o diagnóstico de CI foram estratificadas em dois grupos de acordo com o grau dos sintomas de dor crônica. Foram selecionados 20 polimorfismos para análise: rs1800871, rs1800872, rs1800896, rs1800471, rs1800629, rs361525, rs1800497, rs6311, rs6277, rs6276, rs6313, rs2835859, rs11127292, rs2243248, rs6887695, rs3212227, rs1799971, rs12579350, rs3813034, rs6746030. A genotipagem foi realizada através da técnica de PCR em tempo real (q-PCR) e correlacionada com o diagnóstico de CI e com a intensidade dos sintomas álgicos. RESULTADOS: O alelo polimórfico (T) do SNP rs11127292 foi mais frequente nas pacientes com CI em relação ao grupo controle (p:0,01). O alelo polimórfico (T) do SNP rs6311 foi significativamente mais frequente nas pacientes com dor mais intensa (p:0,03). A frequência do alelo selvagem (A) do SNP rs1799971 foi maior em pacientes com dor leve a moderada (p:0,04). CONCLUSÕES: Foram identificadas algumas diferenças na frequência dos polimorfismos nas pacientes estudadas, o que sugere a existência de um papel relevante dos SNP associados tanto à CI quando na intensidade dos sintomas de dor crônica nestas pacientes / INTRODUCTION: Interstitial cystitis (IC) or painful bladder syndrome (PBS) is a chronic syndrome characterized by the presence of bladder/pelvic pain or discomfort and voiding symptoms such as urgency and increased urinary waking and night-time frequency in the absence of another identifiable cause to justify these symptoms. So far, there is no diagnostic test or marker to establish the presence of IC. Thus, the diagnosis is predominantly clinical, based on signs and symptoms and dependent on the exclusion of other urological diseases. The difficulty in the diagnosis and treatment of these patients reflects the little that is known about IC physiopathology and about the genetic background of the disease. The identification of new markers may provide a better understanding and management of the syndrome. As an attempt to identify genetic markers that may be associated with IC, we evaluated the presence of some genetic polymorphisms, single nucleotide polymorphisms (SNPs), in the DNA of patients with the diagnostic criteria of IC, and we compared their prevalence among IC patients and with a control group representative of the general population. The correlation of these polymorphisms considering IC and pain intensity in these patients has not been studied in the literature. OBJECTIVES: To assess the presence of polymorphisms (SNPs) in blood samples from IC patients and to correlate the presence of polymorphisms with chronic pain. METHODS: Thirty-four female patients with a diagnosis of IC according to the NIDDK criteria and 23 control subjects (healthy women with stress urinary incontinence) were selected. Patients with the diagnosis of IC were stratified into two groups according to the degree of symptoms of chronic pain. We selected 20 polymorphisms for analysis: rs1800871, rs1800876, rs1800471, rs1800629, rs361525, rs1800497, rs6311, rs6277, rs6276, rs6313, rs2835859, rs11127292, rs2243248, rs6887695, rs3212227, rs1799971, rs12579350, rs3813034, rs6746030. Genotyping was performed using the real-time PCR technique (q-PCR) and correlated with the diagnosis of IC and intensity of pain symptoms. RESULTS: The polymorphic allele (T) of the SNP rs11127292 occurred with more frequency in patients with IC compared to the control group (p= 0.01). The polymorphic allele (T) of SNP rs6311 occurred with more frequency in patients with severe pain (p= 0.03). The frequency of wild-type (A) SNP rs1799971 was higher in patients with mild to moderate pain (p= 0.04). CONCLUSION: The results indicated differences in polymorphism frequency in the patients studied, suggesting the existence of a relevant role of SNPs associated with both IC and intensity of chronic pain symptoms in these patients
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Avaliação clínico-laboratorial da obstrução uretral em felinos domésticosSchaefer, Gabriela da Cruz January 2017 (has links)
A obstrução uretral é uma condição clínica comum em gatos, caracterizada por alterações metabólicas e do equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico que são potencialmente fatais. Dentre as causas de obstrução uretral, a cistite idiopática é a mais frequentemente observada em diversos estudos. Outras causas incluem urolitíase, tampões uretrais e infecção do trato urinário. Em muitos casos, os gatos encontram-se em estado crítico e a morte pode ocorrer em decorrência de alterações metabólicas, como estado urêmico avançado e hipercalemia. As principais alterações eletrolíticas e do equilíbrio ácido-básico relatadas são hipercalemia, acidose metabólica, hiponatremia e hipocalcemia ionizada. Embora a obstrução uretral seja muito frequente na rotina clínica, estudos para caracterizar a população de gatos acometida ainda são escassos no Brasil. Características relacionadas ao manejo, dieta e perfil dos tutores podem influenciar na manifestação da doença. Os objetivos do presente estudo foram avaliar os parâmetros clínicos e as alterações hematológicas, bioquímicas, urinárias, eletrolíticas e ácido-básicas presentes em gatos com obstrução uretral e a associação entre estas variáveis. Além disso, objetivou-se conhecer as principais causas de obstrução uretral nos gatos atendidos no Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Para isso, foram incluídos no estudo 28 gatos com diagnóstico de obstrução uretral no período de dezembro de 2015 a dezembro de 2016. Foram obtidos dados referentes ao histórico, exame físico, coletados sangue e urina, além da realização de exames de imagem (radiografia e ultrassonografia abdominal). Em todos os gatos foram realizados hemograma, bioquímica sérica, análise de pH, gases e eletrólitos sanguíneos, urinálise e urocultura. Após, todos os pacientes foram tratados de acordo com um protocolo pré-estabelecido. A causa mais comum de obstrução uretral neste estudo foi a cistite idiopática, que ocorreu em mais de 60% dos casos, seguida de tampões uretrais e infecção do trato urinário. Nenhum caso de urolitíase foi diagnosticado, o que pode ser explicado por fatores como idade, ambiente e estilo de vida dos animais. A maioria dos gatos obstruídos apresentou múltiplos sinais sistêmicos, assim como alterações metabólicas, eletrolíticas e do equilíbrio ácido-básico, principalmente azotemia, hiperlactatemia, acidose metabólica, hipercalemia e hipocalcemia ionizada. Hipotermia, depressão do estado mental, bradicardia e desidratação foram os parâmetros clínicos que tiveram maior quantidade de associação com as alterações metabólicas e podem ser considerados bons preditores clínicos destas desordens. Por outro lado, o lactato não foi considerado um bom preditor de alterações clínicas e laboratoriais neste estudo. / Urethral obstruction is a common and potentially life-threatening condition, characterized by severe metabolic, electrolyte and acid-base disturbances. Among the causes of urethral obstruction, idiopathic cystitis is the most frequent in several studies. Other causes include urolithiasis, urethral plugs and urinary tract infection. In many cases, cats are critically ill and death may occur due to metabolic alterations, such as advanced uremic status and hyperkalemia. The main electrolyte and acid-base balance disorders reported are hyperkalemia, metabolic acidosis, hyponatremia and ionized hypocalcemia. Although urethral obstruction is a very common condition, there are few studies characterizing the population affected by the disease in Brazil. Characteristics related to management, diet and owner’s profile can influence the manifestation of the disease. The aim of the present study was to evaluate the association of clinical, haematological, biochemical, urinary, hydroelectrolyte and acid-base parameters in male cats with urethral obstruction. In addition, the objective was to determine the causes of urethral obstruction in male cats admitted to the Veterinary Teaching Hospital of Federal University of Rio Grande do Sul. Twenty-eight cats diagnosed with urethral obstruction were included in the study between December 2015 and December 2016. Data regarding medical history and physical examination were obtained. Blood and urine were collected, and imaging tests were performed (abdominal radiography and ultrasonography). Complete blood count, serum chemistry, blood pH, gas and electrolyte, urinalysis and urine culture were performed. All patients were treated accordingly to a previous established protocol. The most common cause of urethral obstruction in this study was idiopathic cystitis, which occurred in more than 60% of cases, followed by urethral plugs and urinary tract infection. No diagnosis of urolithiasis was achieved which could be explained by factors like age, environment and life style of cats. Most of obstructed cats presented with multiple systemic clinical signs, as well as, metabolic, electrolyte and acid-base alterations. The main disorders found were azotemia, hyperlactatemia, metabolic acidosis, hyperkalemia and ionized hypocalcemia. Hypothermia, depressed mental status, bradycardia and dehydration were the clinical parameters with the greatest amount of associations with the metabolic alterations and can be considered as good predictors of metabolic disorders. On the other hand, lactate was not considered a good predictor of clinical and laboratory abnormalities in this study.
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Efeitos colaterais tardios na bexiga após radioterapia por câncer de colo de útero: avaliação da associação com polimorfismos de TP53, ATM e MDM2 / Late urinary bladder side effects after radiotherapy for cervical cancer: evaluation of the association with TP53, ATM and MDM2 polymorphismsJuliana Castro Dourado Pinezi 13 October 2014 (has links)
Introdução: Na prática clínica se observa que há diferenças na incidência de efeitos colaterais entre pacientes submetidos ao mesmo esquema terapêutico de radioterapia. Tais diferenças podem ser entendidas como uma radiossensibilidade individual determinada geneticamente. Objetivos: Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos tardios na bexiga em pacientes com câncer do colo uterino tratadas com radioterapia, com ou sem cirurgia, e o valor prognóstico de três polimorfismos genéticos de base única com relação ao desenvolvimento de cistite actínica. Material e métodos: Foi realizada uma análise retrospectiva de 50 pacientes com carcinoma cervical tratadas entre 1999 e 2004, com um mínimo de 6,5 anos de seguimento. A dose de radioterapia na bexiga foi considerada como a soma da dose da radioterapia externa com a dose de braquiterapia no ponto de bexiga definido pelo ICRU 38 (Relato número 38 da Comissão Internacional de Unidades e Medidas em Radiação). Para as correlações entre dose e efeito, foi calculada a dose biológica efetiva (BED) para cada caso. Para a avaliação dos efeitos tardios em bexiga, além dos dados descritos em prontuário, foi feito um questionário específico dirigido aos sintomas urinários, foi realizada cistoscopia em todas as pacientes e a escala LENTSOMA (efeitos tardios no tecido normal/ subjetivo-objetivo tratamento e exames) foi aplicada, utilizando o pior grau do efeito encontrado nos diferentes métodos de avaliação. Variantes genéticas do códon 72 da p53 (Arginina / Prolina), MDM2 SNP309 T/G e ATMex39 5557 G>A foram identificadas usando o método de genotipagem de SNP ABI SNaPshot e os resultados foram correlacionados com a incidência e grau de cistite actínica. Resultados: Complicações clínicas tardias da bexiga foram registradas em 17 (34%) pacientes usando dados coletados dos prontuários e em 41 (82%) pacientes pelo questionário de existência e gravidade dos efeitos tardios da irradiação. Essas complicações foram diretamente correlacionadas com a BED. Vinte e oito pacientes (56%) desenvolveram cistite diagnosticada por cistoscopia (16% Grau 2-4). MDM2 SNP309 TT associado a TP53 (P72R) GG foram relacionados com o aumento da incidência de cistite. Conclusões: Cistite actínica, em grau 2 ou maior, foi elevada nessa população e apresentou uma maior incidência quando realizado um questionário específico para tal. Houve associação com maior dose de radioterapia (BED Gy3 > 100 Gy) e com MDM2 SNP309 TT associado a TP53 (P72R) GG. / Introduction: In clinical practice it is observed that there are differences in the incidence of side effects among patients undergoing the same regimen of radiotherapy. Such differences can be understood as a genetically determined individual radiosensitivity. Purposes: This study aimed to evaluate urinary bladder late effects in patients with uterine cervix cancer treated with radiotherapy with or without surgery and the prognostic value of three single nucleotide polymorphisms (SNPs) related to radiation cystitis. Material and methods: retrospective analysis of 50 patients with cervical carcinoma treated between 1999 and 2004 with a minimum of 6.5 years of follow-up was performed. The radiation dose in the bladder was considered as the dose delivered by external beam irradiation plus the brachytherapy dose in the ICRU Report 38 (International Commission of Radiation Units and Measurements report number 38) bladder point. For dose-effect correlations the biological effective dose (BED) was calculated for each case. For evaluation of bladder late effects, besides the data collected from the charts review, a specific query directed to urinary symptoms was applied to the patients and also a cystoscopy was performed in all of them. The LENTSOMA (late effects of normal tissues/subjective-objective management analytic) scale for bladder late effects was applied. Genetic variants of p53 codon72 (arginine/proline) polymorphism, MDM2 SNP309 T/G and ATMex39 5557G>A were identified by using ABI SNaPshot SNP genotyping method. And the results were correlated with the incidence and grade of radiation cystitis. Results: Clinical late bladder complications were recorded in 17 (34%) patients using data collected from the charts and in 41 (82%) patients by the questionnaire for the existence and severity of late irradiation effects. These complications were directly related with the BED. Twenty eight patients (56%) developed cystitis diagnosed by cystoscopy (16% Grade 2-4). MDM2 SNP309 TT associated with TP53 (P72R) GG was related with increased incidence of cystitis. Conclusions: Late radiation cystitis grade 2 or greater were high in this population and presented a higher incidence when a specific questionnaire was used. Higher radiation dose (BED Gy3 > 100 Gy) and MDM2 SNP309 TT associated with TP53 (P72R) GG were correlated with bladder late effects
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Avaliação clínico-laboratorial da obstrução uretral em felinos domésticosSchaefer, Gabriela da Cruz January 2017 (has links)
A obstrução uretral é uma condição clínica comum em gatos, caracterizada por alterações metabólicas e do equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico que são potencialmente fatais. Dentre as causas de obstrução uretral, a cistite idiopática é a mais frequentemente observada em diversos estudos. Outras causas incluem urolitíase, tampões uretrais e infecção do trato urinário. Em muitos casos, os gatos encontram-se em estado crítico e a morte pode ocorrer em decorrência de alterações metabólicas, como estado urêmico avançado e hipercalemia. As principais alterações eletrolíticas e do equilíbrio ácido-básico relatadas são hipercalemia, acidose metabólica, hiponatremia e hipocalcemia ionizada. Embora a obstrução uretral seja muito frequente na rotina clínica, estudos para caracterizar a população de gatos acometida ainda são escassos no Brasil. Características relacionadas ao manejo, dieta e perfil dos tutores podem influenciar na manifestação da doença. Os objetivos do presente estudo foram avaliar os parâmetros clínicos e as alterações hematológicas, bioquímicas, urinárias, eletrolíticas e ácido-básicas presentes em gatos com obstrução uretral e a associação entre estas variáveis. Além disso, objetivou-se conhecer as principais causas de obstrução uretral nos gatos atendidos no Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Para isso, foram incluídos no estudo 28 gatos com diagnóstico de obstrução uretral no período de dezembro de 2015 a dezembro de 2016. Foram obtidos dados referentes ao histórico, exame físico, coletados sangue e urina, além da realização de exames de imagem (radiografia e ultrassonografia abdominal). Em todos os gatos foram realizados hemograma, bioquímica sérica, análise de pH, gases e eletrólitos sanguíneos, urinálise e urocultura. Após, todos os pacientes foram tratados de acordo com um protocolo pré-estabelecido. A causa mais comum de obstrução uretral neste estudo foi a cistite idiopática, que ocorreu em mais de 60% dos casos, seguida de tampões uretrais e infecção do trato urinário. Nenhum caso de urolitíase foi diagnosticado, o que pode ser explicado por fatores como idade, ambiente e estilo de vida dos animais. A maioria dos gatos obstruídos apresentou múltiplos sinais sistêmicos, assim como alterações metabólicas, eletrolíticas e do equilíbrio ácido-básico, principalmente azotemia, hiperlactatemia, acidose metabólica, hipercalemia e hipocalcemia ionizada. Hipotermia, depressão do estado mental, bradicardia e desidratação foram os parâmetros clínicos que tiveram maior quantidade de associação com as alterações metabólicas e podem ser considerados bons preditores clínicos destas desordens. Por outro lado, o lactato não foi considerado um bom preditor de alterações clínicas e laboratoriais neste estudo. / Urethral obstruction is a common and potentially life-threatening condition, characterized by severe metabolic, electrolyte and acid-base disturbances. Among the causes of urethral obstruction, idiopathic cystitis is the most frequent in several studies. Other causes include urolithiasis, urethral plugs and urinary tract infection. In many cases, cats are critically ill and death may occur due to metabolic alterations, such as advanced uremic status and hyperkalemia. The main electrolyte and acid-base balance disorders reported are hyperkalemia, metabolic acidosis, hyponatremia and ionized hypocalcemia. Although urethral obstruction is a very common condition, there are few studies characterizing the population affected by the disease in Brazil. Characteristics related to management, diet and owner’s profile can influence the manifestation of the disease. The aim of the present study was to evaluate the association of clinical, haematological, biochemical, urinary, hydroelectrolyte and acid-base parameters in male cats with urethral obstruction. In addition, the objective was to determine the causes of urethral obstruction in male cats admitted to the Veterinary Teaching Hospital of Federal University of Rio Grande do Sul. Twenty-eight cats diagnosed with urethral obstruction were included in the study between December 2015 and December 2016. Data regarding medical history and physical examination were obtained. Blood and urine were collected, and imaging tests were performed (abdominal radiography and ultrasonography). Complete blood count, serum chemistry, blood pH, gas and electrolyte, urinalysis and urine culture were performed. All patients were treated accordingly to a previous established protocol. The most common cause of urethral obstruction in this study was idiopathic cystitis, which occurred in more than 60% of cases, followed by urethral plugs and urinary tract infection. No diagnosis of urolithiasis was achieved which could be explained by factors like age, environment and life style of cats. Most of obstructed cats presented with multiple systemic clinical signs, as well as, metabolic, electrolyte and acid-base alterations. The main disorders found were azotemia, hyperlactatemia, metabolic acidosis, hyperkalemia and ionized hypocalcemia. Hypothermia, depressed mental status, bradycardia and dehydration were the clinical parameters with the greatest amount of associations with the metabolic alterations and can be considered as good predictors of metabolic disorders. On the other hand, lactate was not considered a good predictor of clinical and laboratory abnormalities in this study.
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Análise de polimorfismos de nucleotídeo único na cistite intersticial / Single nucleotide polymorphism analysis in interstitial cystitisValter Dell Acqua Cassão 08 December 2017 (has links)
IINTRODUÇÃO: A Cistite Intersticial (CI) ou Síndrome da Bexiga Dolorosa (SBD) é uma síndrome crônica caracterizada pela presença de dor ou desconforto vesical ou pélvico e sintomas miccionais como urgência e aumento da frequência miccional diurna e noturna, na ausência de outra afecção identificável que justifique esses sintomas. Não existe até o momento nenhum teste diagnóstico ou marcador que defina a CI. Desta forma seu diagnóstico é predominantemente clínico, baseado nos sinais e sintomas e dependente da exclusão de outras doenças urológicas. A dificuldade no diagnóstico e no tratamento dessas pacientes reflete o pouco que se sabe sobre sua fisiopatologia e sobre as alterações genéticas presentes na doença. A identificação de marcadores pode proporcionar um melhor entendimento e manejo desses aspectos da síndrome. Na tentativa de identificar marcadores genéticos que possam estar associados a CI, avaliamos a presença de alguns polimorfismos genéticos, os polimorfismos de nucleotídeo único (SNP), no DNA de pacientes com os critérios diagnósticos de CI e comparamos sua prevalência entre as pacientes e também com um grupo controle representativo da população geral. A correlação desses polimorfismos considerando a CI e a intensidade de dor nessas pacientes ainda não foi estudada na literatura. OBJETIVOS: Analisar a presença de polimorfismos (SNP) em amostras de sangue de pacientes com CI e correlacionar a presença dos polimorfismos com o quadro de dor crônica. MÉTODOS: Foram selecionadas 34 pacientes do sexo feminino com diagnóstico de CI de acordo com os critérios do NIDDK e 23 pacientes do grupo controle (mulheres saudáveis apenas com incontinência urinária de esforço). As pacientes com o diagnóstico de CI foram estratificadas em dois grupos de acordo com o grau dos sintomas de dor crônica. Foram selecionados 20 polimorfismos para análise: rs1800871, rs1800872, rs1800896, rs1800471, rs1800629, rs361525, rs1800497, rs6311, rs6277, rs6276, rs6313, rs2835859, rs11127292, rs2243248, rs6887695, rs3212227, rs1799971, rs12579350, rs3813034, rs6746030. A genotipagem foi realizada através da técnica de PCR em tempo real (q-PCR) e correlacionada com o diagnóstico de CI e com a intensidade dos sintomas álgicos. RESULTADOS: O alelo polimórfico (T) do SNP rs11127292 foi mais frequente nas pacientes com CI em relação ao grupo controle (p:0,01). O alelo polimórfico (T) do SNP rs6311 foi significativamente mais frequente nas pacientes com dor mais intensa (p:0,03). A frequência do alelo selvagem (A) do SNP rs1799971 foi maior em pacientes com dor leve a moderada (p:0,04). CONCLUSÕES: Foram identificadas algumas diferenças na frequência dos polimorfismos nas pacientes estudadas, o que sugere a existência de um papel relevante dos SNP associados tanto à CI quando na intensidade dos sintomas de dor crônica nestas pacientes / INTRODUCTION: Interstitial cystitis (IC) or painful bladder syndrome (PBS) is a chronic syndrome characterized by the presence of bladder/pelvic pain or discomfort and voiding symptoms such as urgency and increased urinary waking and night-time frequency in the absence of another identifiable cause to justify these symptoms. So far, there is no diagnostic test or marker to establish the presence of IC. Thus, the diagnosis is predominantly clinical, based on signs and symptoms and dependent on the exclusion of other urological diseases. The difficulty in the diagnosis and treatment of these patients reflects the little that is known about IC physiopathology and about the genetic background of the disease. The identification of new markers may provide a better understanding and management of the syndrome. As an attempt to identify genetic markers that may be associated with IC, we evaluated the presence of some genetic polymorphisms, single nucleotide polymorphisms (SNPs), in the DNA of patients with the diagnostic criteria of IC, and we compared their prevalence among IC patients and with a control group representative of the general population. The correlation of these polymorphisms considering IC and pain intensity in these patients has not been studied in the literature. OBJECTIVES: To assess the presence of polymorphisms (SNPs) in blood samples from IC patients and to correlate the presence of polymorphisms with chronic pain. METHODS: Thirty-four female patients with a diagnosis of IC according to the NIDDK criteria and 23 control subjects (healthy women with stress urinary incontinence) were selected. Patients with the diagnosis of IC were stratified into two groups according to the degree of symptoms of chronic pain. We selected 20 polymorphisms for analysis: rs1800871, rs1800876, rs1800471, rs1800629, rs361525, rs1800497, rs6311, rs6277, rs6276, rs6313, rs2835859, rs11127292, rs2243248, rs6887695, rs3212227, rs1799971, rs12579350, rs3813034, rs6746030. Genotyping was performed using the real-time PCR technique (q-PCR) and correlated with the diagnosis of IC and intensity of pain symptoms. RESULTS: The polymorphic allele (T) of the SNP rs11127292 occurred with more frequency in patients with IC compared to the control group (p= 0.01). The polymorphic allele (T) of SNP rs6311 occurred with more frequency in patients with severe pain (p= 0.03). The frequency of wild-type (A) SNP rs1799971 was higher in patients with mild to moderate pain (p= 0.04). CONCLUSION: The results indicated differences in polymorphism frequency in the patients studied, suggesting the existence of a relevant role of SNPs associated with both IC and intensity of chronic pain symptoms in these patients
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Diagnóstico de vírus por microscopia eletrônica em urina de pacientes com hematúrias/cistite hemorrágica após transplante de medula óssea: associação com aspectos clínicos / Electron microscopic viral diagnosis in urine of patients with hematuria/hemorrhagic cystitis after bone marrow transplantation: association with clinical aspectsCastelli, Jussara Bianchi 12 December 2000 (has links)
Pacientes submetidos ao transplante de medula óssea, apresentando hematúria/cistite hemorrágica, tiveram amostras de urina analisadas pela microscopia eletrônica. Esta foi a técnica escolhida de pesquisa viral pela sua confiabilidade. Noventa em 402 pacientes submetidos ao transplante de medula óssea neste serviço apresentaram hematúria/cistite hemorrágica (incidência de 22%). O estudo por microscopia eletrônica foi realizado em 72 destes pacientes com hematúria/cistite hemorrágica (grupo de estudo), identificando 55,6% (40/72) de positividade viral. Foram também estudadas amostras de urina de 12 pacientes submetidos ao transplante de medula óssea sem hematúria/cistite hemorrágica (grupo controle); houve associação significante entre a presença de vírus e hematúria/cistite hemorrágica (p<0,01 - Teste exato de Fisher). No grupo com hematúria/cistite hemorrágica, 65% (26/40) dos vírus detectados pertenciam à família Poliomaviridae, 30% (12/40) à Adenoviridae, e 5% (2/40) foram positivos para ambas as famílias. Houve associação entre a positividade para vírus e a presença da doença enxerto-contra-hospedeiro (p=0,05-x2) e o de início tardio (>dia+21) da H/CH (P=0,04-x2), bem como entre a doença enxerto-contra-hospedeiro e a severidade da H/CH (p=0,04-x2). O presente estudo mostra que a microscopia eletrônica é uma ferramenta útil para detecção de vírus na urina de pacientes submetidos ao transplante de medula óssea apresentando hematúria/cistite hemorrágica e que o vírus provavelmente tem um papel no desenvolvimento do sangramento urinário, o qual é agravado pelo doença enxerto-contra-hospedeiro. A microscopia eletrônica deveria ser realizada rotineiramente para guiar as outras técnicas de detecção viral, como a imunocitoquímica e biologia molecular. / Patients submitted to bone marrow transplantation presenting hematuria/hemorrhagic cystitis had the urine analyzed by electron microscopy. It was the elected technique for viral search because its reliability. Ninety from 402 patients submitted to bone marrow transplantation at this service showed hematuria/hemorrhagic cystitis (incidence of 22%). Electron microscopy study was performed in 72 of these patients with hematuria/hemorrhagic cystitis (study group), identifying 55.5% (40/72) of viral positivity. It was also study the urine of 12 patients submitted to bone marrow transplantation without hematuria/hemorrhagic cystitis (control group); there was a significant association between the presence of virus and hematuria/hemorrhagic cystitis (p<0.01). In the hematuria/hemorrhagic cystitis group, 65% (26/40) of the virus belonged to Poliomaviridae family, 30% (12/40) to Adenoviridae, and 5% (2/40) to both families. There was association between the status of graft-versus-host disease and positivity for virus (p=0.05), as well as between graft-versus-host disease and the severity of hematuria/hemorrhagic cystitis (p=0.04). The present study shows that electron microscopy is a useful tool for detection of virus in urine of patients submitted to bone marrow transplantation presenting hematuria/hemorrhagic cystitis and that the virus probably play a role in the development of the urinary bleeding, which is aggravated by graft-versus-host disease. Electron microscopy should be performed routinely to guide the other techniques for viral detection, like immunocitochemistry and molecular biology.
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Diagnóstico de vírus por microscopia eletrônica em urina de pacientes com hematúrias/cistite hemorrágica após transplante de medula óssea: associação com aspectos clínicos / Electron microscopic viral diagnosis in urine of patients with hematuria/hemorrhagic cystitis after bone marrow transplantation: association with clinical aspectsJussara Bianchi Castelli 12 December 2000 (has links)
Pacientes submetidos ao transplante de medula óssea, apresentando hematúria/cistite hemorrágica, tiveram amostras de urina analisadas pela microscopia eletrônica. Esta foi a técnica escolhida de pesquisa viral pela sua confiabilidade. Noventa em 402 pacientes submetidos ao transplante de medula óssea neste serviço apresentaram hematúria/cistite hemorrágica (incidência de 22%). O estudo por microscopia eletrônica foi realizado em 72 destes pacientes com hematúria/cistite hemorrágica (grupo de estudo), identificando 55,6% (40/72) de positividade viral. Foram também estudadas amostras de urina de 12 pacientes submetidos ao transplante de medula óssea sem hematúria/cistite hemorrágica (grupo controle); houve associação significante entre a presença de vírus e hematúria/cistite hemorrágica (p<0,01 - Teste exato de Fisher). No grupo com hematúria/cistite hemorrágica, 65% (26/40) dos vírus detectados pertenciam à família Poliomaviridae, 30% (12/40) à Adenoviridae, e 5% (2/40) foram positivos para ambas as famílias. Houve associação entre a positividade para vírus e a presença da doença enxerto-contra-hospedeiro (p=0,05-x2) e o de início tardio (>dia+21) da H/CH (P=0,04-x2), bem como entre a doença enxerto-contra-hospedeiro e a severidade da H/CH (p=0,04-x2). O presente estudo mostra que a microscopia eletrônica é uma ferramenta útil para detecção de vírus na urina de pacientes submetidos ao transplante de medula óssea apresentando hematúria/cistite hemorrágica e que o vírus provavelmente tem um papel no desenvolvimento do sangramento urinário, o qual é agravado pelo doença enxerto-contra-hospedeiro. A microscopia eletrônica deveria ser realizada rotineiramente para guiar as outras técnicas de detecção viral, como a imunocitoquímica e biologia molecular. / Patients submitted to bone marrow transplantation presenting hematuria/hemorrhagic cystitis had the urine analyzed by electron microscopy. It was the elected technique for viral search because its reliability. Ninety from 402 patients submitted to bone marrow transplantation at this service showed hematuria/hemorrhagic cystitis (incidence of 22%). Electron microscopy study was performed in 72 of these patients with hematuria/hemorrhagic cystitis (study group), identifying 55.5% (40/72) of viral positivity. It was also study the urine of 12 patients submitted to bone marrow transplantation without hematuria/hemorrhagic cystitis (control group); there was a significant association between the presence of virus and hematuria/hemorrhagic cystitis (p<0.01). In the hematuria/hemorrhagic cystitis group, 65% (26/40) of the virus belonged to Poliomaviridae family, 30% (12/40) to Adenoviridae, and 5% (2/40) to both families. There was association between the status of graft-versus-host disease and positivity for virus (p=0.05), as well as between graft-versus-host disease and the severity of hematuria/hemorrhagic cystitis (p=0.04). The present study shows that electron microscopy is a useful tool for detection of virus in urine of patients submitted to bone marrow transplantation presenting hematuria/hemorrhagic cystitis and that the virus probably play a role in the development of the urinary bleeding, which is aggravated by graft-versus-host disease. Electron microscopy should be performed routinely to guide the other techniques for viral detection, like immunocitochemistry and molecular biology.
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