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Zoneamento agroclimático e de risco climático para a cultura do cacau (Theobroma cacao L.) no estado do Pará / Agroclimatic and climatic risk zoning for cocoa (Theobroma cacao L.) in the state of ParáMaiara Alonso Despontin 02 October 2018 (has links)
Recentemente o Pará se tornou o líder em produção de cacau no país, sendo responsável por quase metade de toda produção brasileira. A cacauicultura no estado se destaca como uma das mais competitivas do mundo, por causa da alta produtividade média e baixo custo de produção. Esses fatores associados às características preservacionistas da produção de cacau em sistemas agroflorestais, fazem da cacauicultura paraense uma interessante alternativa para o desenvolvimento rural sustentável. O propósito deste projeto foi desenvolver um zoneamento de aptidão agroclimática e de risco climático para o cacau no estado do Pará. Para tanto, foi utilizada a série de dados climáticos do período de 1980-2013 proveniente do sistema DailyGridded (Xavier et al., 2015) para a confecção dos balanços hídricos normais (BHN). Os valores de evapotranspiração potencial (ETP) e real (ETR), deficiência hídrica (DEF) e excedente hídrico (EXC) foram espacializados para obtenção da variabilidade temporal e espacial dessas variáveis. A interpolação da temperatura anual média (Ta) foi realizada a partir do método de regressão linear múltipla. Para extrapolação espacial das demais variáveis, bem como dos respectivos erros foi empregado o método da krigagem. Os mapas gerados de Ta e DEF foram cruzados para obtenção dos mapas finais do zoneamento agroclimático para o estado do Pará, seguindo os critérios apresentados pelo Brasil (2011). Segundo o zoneamento agroclimático, apenas 5,2% do estado é apto ao cultivo do cacau, sendo as demais áreas classificadas como marginais por deficiência hídrica (37,5%) e inaptas por intensa deficiência hídrica (57,3%). Esse resultado contrasta com a realidade do estado, que é o maior produtor de amêndoas de cacau no país. Já o zoneamento de risco climático, mostrou ser mais flexível, com cerca de 50% das localidades analisadas apresentando risco moderado a muito baixo. Ao se comparar, os resultados desses dois zoneamentos com as informações do zoneamento agrícola de risco climático (ZARC), apresentado pelo sistema Agritempo da EMBRAPA, observa-se que existem algumas disparidades de informações, sendo que o ZARC não está disponível para a maioria das localidades, o que mostra que o zoneamento do cacau é um tema que ainda precisa ser melhor estudado, especialmente com relação às interferências microclimáticas provenientes da diversificação de espécies em uma mesma área de cultivo, o que é uma prática comum da cacauicultura na região amazônica. Para realizar um estudo mais aprofundado sobre a aptidão do cacau para o estado do Pará, seria recomendável se considerar as respostas do cacau às interferências do microclima e estabelecer critérios mais adequados de tolerância à deficiência hídrica para os genótipos recentemente desenvolvidos. / Pará has recently became the leader state in cocoa production, responsible for almost half of all Brazilian production. The state stands out as one of the most competitive in cocoa farming in the world, with high productivity and low costs. These factors associated with the preservation characteristics of cocoa production in agroforestry systems, make this an interesting agricultural alternative for sustainable rural development. The purpose of this project was to develop an agroclimatic and climatic risk zoning for cocoa in the state of Pará. For this purpose, it was utilized climatic data from the period 1980-2013 from the DailyGridded system (Xavier et al., 2015) for making the normal water balance. The outputs of the normal water balance, as potential (PET) and actual (AET) evapotranspiration, water deficit (WD), and water surplus (WS), were spatialized in order to recognize the temporal and spatial variability. For the interpolation of the temperature (Ta), it was used the multiple linear regression method. For spatial estimation of the other climatic variables and the errors, the ordinary kriging was used. The generated maps of Ta and WD were crossed in order to obtain the final maps of the agroclimatic zoning, according to the criterias presented by BRASIL (2011). The agroclimatic zoning showed that only 5.2% of the state is suitable for cultivation of cocoa. The remaining areas were classified as marginal due to water deficiency (37.5%) and unsuitable for cocoa production due to intense water deficiency (57.3%). This result contrasts with the reality of the state, which is the major producer of cocoa almond in the country. On the other hand, the climatic risk zoning is more flexible, therefore 50% of the municipalities analyzed in this work have low or moderate risk. The comparison of these results with the information from the climatic risk agricultural zoning (ZARC), presented by the Agritempo system of EMBRAPA, shows some disparities. Besides, ZARC is not available for the majority of localities, what demonstrates the necessity of further studies on cocoa zoning, specially related to the microclimatic interferences of other tree species being introduced to cocoa cultivation, which is common in the Amazon region. To carry out a more in-depth study on the suitability of cocoa production in the state of Pará, it recommended to consider the responses of cocoa to microclimate interferences and to establish more adequate criteria of water deficiency tolerance for newly developed genotypes.
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Aquecimento global - impacto na produtividade da cultura da soja e ações estratégicas de manejo para sua minimização em diferentes regiões produtoras do Sul do Brasil / Global warming - impact on soybean yield and strategic management actions to minimize it in different producing regions of southern BrazilRio, Alexandre do 08 October 2014 (has links)
O complexo soja tem um papel importante no desenvolvimento da economia brasileira. Cultivada especialmente nas regiões Centro-Oeste e Sul do país, a soja se firmou como um dos produtos mais destacados da agricultura nacional e na balança comercial. Assim como as demais culturas agrícolas, a soja depende de boas condições climáticas para expressar o seu potencial produtivo. Desse modo, o clima é um dos principais fatores de risco para o sucesso da cultura, especialmente quando se consideram os cenários futuros de mudanças climáticas. Desta forma, pode-se lançar mão de estratégias de manejo da cultura de modo a minimizar os riscos associados ao aquecimento global, como, por exemplo, alterar as datas de semeadura da soja, buscando-se períodos que possam amenizar os impactos proporcionados pela elevação das temperaturas. Com base nisso, o objetivo deste trabalho foi simular o desenvolvimento e a produtividade da cultura da soja nas condições climáticas atuais e futuras e simular diferentes decêndios para a semeadura da cultura, buscando-se determinar as épocas preferenciais em treze regiões produtoras do sul do Brasil. Para tanto, utilizou-se o modelo de simulação de cultura CSM-CropGro-Soybean para simular o desempenho da cultura da soja nas condições climáticas atuais e futuras. Os cenários climáticos, A2 e B2 do IPCC, foram gerados com base nos acréscimos de temperaturas gerados pelos modelos climáticos ETA e PRECIS para dois períodos: D25, entre 2013 e 2043; e D55, entre 2041 e 2071, em treze diferentes localidades produtoras de soja da região Sul do Brasil. A partir dos valores de produtividades potencial e atingível de soja, foram definidos quatro níveis de risco climático, sendo eles: baixo risco; risco moderado; risco alto; e risco muito alto. Também foram simulados quatro decêndios de semedura de soja, dois antecipados e dois tardios em relação ao período atual recomendado. O modelo CSM-CropGro-Soybean foi capaz de simular os efeitos dos diferentes tipos de solo e cultivares de soja nas produtividades potencial e atingível, considerando-se as séries climáticas atuais e futuras. Foi possível observar que o aquecimento global deverá levar a reduções de produtividade da cultura da soja, com as menores perdas ocorrendo nas localidades de Castro, PR, e Santa Maria, RS, e as maiores nas localidades de Palotina, PR, e Uruguaiana, RS. Observou-se que as localidades de Campo Mourão e Cascavel, no estado do Paraná, são as de menores riscos climáticos para o cultivo da soja, enquanto que nas localidades Bagé e Pelotas, RS, ocorrem os maiores riscos climáticos. Ao atrasar ou antecipar a semeadura em relação à época atualmente recomendada, verifica-se diferenças nas produtividades, sendo essas variáveis conforme a localidade estudada. / The soybean complex has an important role in the development of the Brazilian economy. It is especially cultivated in areas like Midwest and South of the country where the crop is established as one of the most important product of national agriculture and the trade balance. Like other crops, soybean depends on good weather to express all its productive potential, thus the climatic condition becomes one of the main risk factors for this crop failure, especially when climate change is considered. Considering that, crop management strategies can be adopted to minimize the climatic risks in the changing climate by anticipating or delaying the soybean sowing dates in relation to the recommended period. Based on that, the objective of this study was to simulate the development and yield of soybean crop in the current and future climate conditions and simulate different sowing dates in order to determine the preferred ones thirteen producing regions of southern Brazil. For that, the crop simulation model CSM-CROPGRO-Soybean was used to estimate soybean yield in the current and future climate scenarios, A2 and B2, with increasing temperatures generated by the climate models ETA and PRECIS for two distinct periods: D25, between 2013 and 2043; and D55, between 2041 and 2071, in thirteen different locations in southern Brazil. Based on the potential and attainable soybean yields, four levels of climatic risk were stablished, being: low risk; moderate risk; high risk; and very high risk. In order to evaluate the management strategies for mitigate the impacts of global warming on crop yield, four new sowing dates were simulated, being two before the recommended sowing period and two after that. The CSMCROPGRO- Soybean model was able to simulate the effects of different soil types and soybean cultivars, for potential and attainable yields, taking into account current and future climate data. It was possible to observe that a reduction in the soybean yield will occur in the future climate scenarios, with the lowest impacts in locations of Castro, PR, and Santa Maria, RS, and the greatest ones in Palotina, PR, and Uruguaiana, RS. Regarding the climatic risk for soybean crop, Campo Mourão and Cascavel, in the PR, were the locations with the lowest values, whereas in Bagé and Pelotas, RS, the highest values were observed. When under global warming, the delaying or advancing of the sowing dates in relation to the present ones, recommended by the government, can result in soybean yield changes, which vary across the locations studied in southern Brazil.
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Aquecimento global - impacto na produtividade da cultura da soja e ações estratégicas de manejo para sua minimização em diferentes regiões produtoras do Sul do Brasil / Global warming - impact on soybean yield and strategic management actions to minimize it in different producing regions of southern BrazilAlexandre do Rio 08 October 2014 (has links)
O complexo soja tem um papel importante no desenvolvimento da economia brasileira. Cultivada especialmente nas regiões Centro-Oeste e Sul do país, a soja se firmou como um dos produtos mais destacados da agricultura nacional e na balança comercial. Assim como as demais culturas agrícolas, a soja depende de boas condições climáticas para expressar o seu potencial produtivo. Desse modo, o clima é um dos principais fatores de risco para o sucesso da cultura, especialmente quando se consideram os cenários futuros de mudanças climáticas. Desta forma, pode-se lançar mão de estratégias de manejo da cultura de modo a minimizar os riscos associados ao aquecimento global, como, por exemplo, alterar as datas de semeadura da soja, buscando-se períodos que possam amenizar os impactos proporcionados pela elevação das temperaturas. Com base nisso, o objetivo deste trabalho foi simular o desenvolvimento e a produtividade da cultura da soja nas condições climáticas atuais e futuras e simular diferentes decêndios para a semeadura da cultura, buscando-se determinar as épocas preferenciais em treze regiões produtoras do sul do Brasil. Para tanto, utilizou-se o modelo de simulação de cultura CSM-CropGro-Soybean para simular o desempenho da cultura da soja nas condições climáticas atuais e futuras. Os cenários climáticos, A2 e B2 do IPCC, foram gerados com base nos acréscimos de temperaturas gerados pelos modelos climáticos ETA e PRECIS para dois períodos: D25, entre 2013 e 2043; e D55, entre 2041 e 2071, em treze diferentes localidades produtoras de soja da região Sul do Brasil. A partir dos valores de produtividades potencial e atingível de soja, foram definidos quatro níveis de risco climático, sendo eles: baixo risco; risco moderado; risco alto; e risco muito alto. Também foram simulados quatro decêndios de semedura de soja, dois antecipados e dois tardios em relação ao período atual recomendado. O modelo CSM-CropGro-Soybean foi capaz de simular os efeitos dos diferentes tipos de solo e cultivares de soja nas produtividades potencial e atingível, considerando-se as séries climáticas atuais e futuras. Foi possível observar que o aquecimento global deverá levar a reduções de produtividade da cultura da soja, com as menores perdas ocorrendo nas localidades de Castro, PR, e Santa Maria, RS, e as maiores nas localidades de Palotina, PR, e Uruguaiana, RS. Observou-se que as localidades de Campo Mourão e Cascavel, no estado do Paraná, são as de menores riscos climáticos para o cultivo da soja, enquanto que nas localidades Bagé e Pelotas, RS, ocorrem os maiores riscos climáticos. Ao atrasar ou antecipar a semeadura em relação à época atualmente recomendada, verifica-se diferenças nas produtividades, sendo essas variáveis conforme a localidade estudada. / The soybean complex has an important role in the development of the Brazilian economy. It is especially cultivated in areas like Midwest and South of the country where the crop is established as one of the most important product of national agriculture and the trade balance. Like other crops, soybean depends on good weather to express all its productive potential, thus the climatic condition becomes one of the main risk factors for this crop failure, especially when climate change is considered. Considering that, crop management strategies can be adopted to minimize the climatic risks in the changing climate by anticipating or delaying the soybean sowing dates in relation to the recommended period. Based on that, the objective of this study was to simulate the development and yield of soybean crop in the current and future climate conditions and simulate different sowing dates in order to determine the preferred ones thirteen producing regions of southern Brazil. For that, the crop simulation model CSM-CROPGRO-Soybean was used to estimate soybean yield in the current and future climate scenarios, A2 and B2, with increasing temperatures generated by the climate models ETA and PRECIS for two distinct periods: D25, between 2013 and 2043; and D55, between 2041 and 2071, in thirteen different locations in southern Brazil. Based on the potential and attainable soybean yields, four levels of climatic risk were stablished, being: low risk; moderate risk; high risk; and very high risk. In order to evaluate the management strategies for mitigate the impacts of global warming on crop yield, four new sowing dates were simulated, being two before the recommended sowing period and two after that. The CSMCROPGRO- Soybean model was able to simulate the effects of different soil types and soybean cultivars, for potential and attainable yields, taking into account current and future climate data. It was possible to observe that a reduction in the soybean yield will occur in the future climate scenarios, with the lowest impacts in locations of Castro, PR, and Santa Maria, RS, and the greatest ones in Palotina, PR, and Uruguaiana, RS. Regarding the climatic risk for soybean crop, Campo Mourão and Cascavel, in the PR, were the locations with the lowest values, whereas in Bagé and Pelotas, RS, the highest values were observed. When under global warming, the delaying or advancing of the sowing dates in relation to the present ones, recommended by the government, can result in soybean yield changes, which vary across the locations studied in southern Brazil.
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ZONEAMENTO DE RISCO CLIMÁTICO DO CULTIVO DA NOGUEIRA PECÃ (Carya illinoinensis) PARA O RIO GRANDE DO SUL / CLIMATIC RISK ZONING OF PECAN CROPPING (Carya illinoinensis) IN RIO GRANDE DO SUL STATERovani, Franciele Francisca Marmentini 07 October 2016 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This research has objective to elaborate the Climate Risk Zoning of pecan (Carya illinoinensis) in Rio Grande do Sul State. The theoretical review was obtained by reading studies about Climatology, Zonings, contributions of Geotecnologies and the pecan cultivation. The methodology consisted of the collect of climate data in 23 weather stations of INMET distributed in the state territory, pecan production data and tree phenological phases t. The geographic database was elaborated in ArcGIS software 10.2.2. For climate risk zoning were defined the temperature above 35°C, excess rainfall, lack of chilling, drought and excessive relative humidity in different phenological phases. Each climate risk was classified in very low, low, medium, high and very high, and after your integration the zoning was obtained. Spatial interpolation kriging and multiple linear regression analysis were used for seasonal, annual climatic variable and climatic risk spatialization. The significant increase in planted area with pecan during the last years indicated that the pecan cultivation is expanding in Rio Grande do Sul State. The dynamics of climate variables in the state territory indicate that pecan climatic requirements is attended. . This is due to all risk index showed occurrence mainly in very low and low classes. The drought risk index in the fruits formation piorid showed the lowest occurrence (3.1%). However, excess rainfall risk index could affected in four tree phenological phases of the cultivation: foliar expansion, flowering, fruits formation and harvest. The temperatures higher than 35°C is more evident in the phase that the fruit is growingthan at flowering. For chilling lack was observed the five risk classes, with predominance of high and very high risk especially in the Valley of Uruguay River. Coastal plain had medium or high risks for moisture excess. The integrated Climate Risk Zoning presented two risk classes in different climatic regions. The very low climatic risk class is 41.8% of the gaucho territory and includes the areas in which predominated very low risk index or absence of risk for the difference variables. The low climatic risck class was divided into two classes: low - A and low - B. Climatic low risk A represents 51.6% of the territory and includes areas at drought risk (south of the state territory) and low to medium risk of lack of chilling. Climatic low risk - B represents 6.6% the study area, was distinguished from the previous risk in that the present predominance of lack of chilling. This indicated that pecan cultivation has great potential in Rio Grande do Sul state, but for to obtain a good production is necessary observad the climatic restrictions in each area that pecan is growthing. / O objetivo desta pesquisa consistiu em realizar o Zoneamento de Risco Climático da nogueira pecã (Carya illinoinensis) para o Rio Grande do Sul. Para tanto, a fundamentação teórica pautou-se em leituras a respeito da Climatologia, dos Zoneamentos, das contribuições das Geotecnologias e do cultivo da nogueira pecã. A metodologia constou da coleta de dados climáticos das 23 estações meteorológicas do INMET no Estado, dados de produção e fases fenológicas do cultivo. Elaborou-se o banco de dados geográfico com auxílio do software ArcGis 10.2.2. Definiu-se cinco classes de risco: muito baixo, baixo, médio, alto e muito alto para os fenômenos climáticos adversos de temperatura superior a 35ºC, excesso de precipitação, falta de horas de frio, estiagens e excesso de umidade relativa do ar nas diferentes fases fenológicas. Da integração dos cinco índices de risco obteve-se o zoneamento final. Utilizou-se da interpolação espacial de krigagem e da análise de regressão linear múltipla para a espacialização das variáveis climáticas sazonais e anuais e dos riscos climáticos. Os resultados destacam que o cultivo de nogueira está em expansão no Estado, com incremento significativo de área plantada. A dinâmica das variáveis climáticas aponta satisfação dos requerimentos climáticos do cultivo da nogueira pecã no Estado. Todos os índices de risco apresentaram ocorrência no território gaúcho principalmente das classes muito baixo e baixo. O índice de risco de estiagem na formação dos frutos foi o que apresentou menor ocorrência (3,1%) e o índice de risco de excesso de precipitação destacou-se por influenciar em quatro fases fenológicas do cultivo: expansão foliar, floração, formação dos frutos e colheita. O índice de temperaturas superiores a 35ºC é mais evidente no desenvolvimento dos frutos, do que na floração. Com relação ao índice de falta de horas de frio destaca-se a presença das cinco classes de risco, com atuação do risco alto e muito alto principalmente no Vale do Uruguai. O índice de risco de excesso de umidade na floração destacou-se com os riscos médio e alto na Planície Litorânea. O Zoneamento de Risco Climático apresentou duas classes de risco em regiões climáticas distintas. A classe de risco muito baixo representa 41,8% do território gaúcho e compreende as áreas em que predominan os índices de risco muito baixo ou a ausência de riscos. A classe de risco baixo foi subdividida em duas classes: baixo - A e baixo - B. O risco baixo A, representa 51,6% do território e contempla as áreas com risco de estiagem ao sul e risco muito baixo a médio de falta de horas de frio. E o risco baixo B que representa 6,6% da área de estudo, distinguiu-se do anterior pelo fato de apresentar o predomínio da falta das horas de frio. Estas constatações evidenciam que o cultivo da nogueira pecã apresenta grande potencial para seu desenvolvimento no Rio Grande do Sul, desde que observadas às áreas de restrições quanto aos riscos climáticos.
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Tolerância a baixas temperaturas e zoneamento agroclimático de espécies forrageiras para o Estado do Paraná /Manetti Filho, João January 2017 (has links)
Orientador: Fernando Braz Tangerino Hernandez / Resumo: A ocorrência de geadas nas pastagens causa perdas de alimento para os animais, reduzindo a produção de leite e carne. Existe uma diversidade de espécies forrageiras com grande potencial produtivo e ampla adaptação térmica, que podem ser cultivadas em áreas de risco desse fenômeno. No entanto é necessário caracterizar a tolerância dessas espécies a baixas temperaturas e as regiões com condições climáticas adequadas. Os métodos de avaliação de danos por baixas temperaturas são predominantemente qualitativos, baseados em critérios visuais que têm o viés da subjetividade. Esta tese teve como objetivos determinar as temperaturas mínimas de início de danos para sete espécies forrageiras e efetuar o zoneamento de risco de geadas para o estado do Paraná. Foram incluídas no estudo as forrageiras: Alfafa (Medicago sativa), Sorgo (Sorghum bicolor), Aveia Preta (Avena strigosa), Brachiaria brizantha cv. Marandu, Milheto (Pennisetum glaucum), capim Mombaça (Panicum maximum) e Tifton 85 (Cynodon spp). As plantas foram conduzidas em vasos em casa de vegetação até 60 dias e submetidas a baixas temperaturas no interior de uma câmara de crescimento com condições de luminosidade e temperatura controladas, atingindo valores mínimos de 0,2 -0,9, -1,8, -2,7, -4,1, -4,6 e -6,2oC, durante uma hora. Foram realizadas avaliações quantitativas pós testes de fluorescência da clorofila, condutividade elétrica de solução embebida com discos de folhas e atividade das enzimas ascorbato peroxidase (APX), cata... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Doutor
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Processamento digital de imagens para inferência de risco de doença fúngica da bananiculturaBendini, Hugo do Nascimento 11 June 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:06:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1
4859.pdf: 3995047 bytes, checksum: d6fe8fefac57632109ba02702cb2a16a (MD5)
Previous issue date: 2012-06-11 / Financiadora de Estudos e Projetos / The digital image processing has been used to solve a significant number of problems in the agricultural sector, especially with the evolution of remote sensing systems. This work presents a computational model based on digital image processing and remote sensing to infer about the risk in the agricultural environment. To validate the method, a experimental study was conducted about the risk of fungal disease in banana plantations. Temporal series of meteorological and monitoring data of the disease, organized in classes for the definition of probability distribution models, based on polynomial functions were used to validate results as well as satellite images integrated by fusion techniques, geometric corrections and re-sampling with interpolators based on kriging techniques. Fusion methods by IHS (Intensity, Hue, and Saturation) and PCA (Principal Component Analysis) and the Gaussian models, exponential and cylindrical for the ordinary kriging were tested. The IHS fusion technique demonstrated to be more interesting in relation the PCA technique, with correlation coefficients between bands 2, 3 and 4 originals and hybrids, of 0.2318, 0.0304 and 0.1800, respectively. The method of ordinary kriging for re-sampling of the images showed better results when adjusted by the Gaussian model. The proposed method is feasible to the development of risk maps of disease occurrence, since confer spatial and temporal variability in relation to the model existing on the literature for the region. / O processamento de imagens digitais tem auxiliado na solução de um expressivo número de problemas do setor agrícola, sobretudo com a evolução dos sistemas de sensoriamento remoto. Este trabalho tem por objetivo apresentar um modelo computacional baseado em processamento digital de imagens e sensoriamento remoto para inferência de risco em ambiente agrícola. Para validação do método, foi realizado estudo experimental sobre o risco de ocorrência da doença fúngica em bananais. Foram utilizadas séries temporais de dados meteorológicos e de monitoramento da doença, organizados em classes para a definição de modelos de distribuição de probabilidades, baseados em funções polinomiais, bem como imagens de satélites, organizadas com técnicas de fusão, correções geométricas e re-amostragem, com interpoladores baseados em técnicas de krigagem. Foram testados os métodos de fusão por IHS (Intensity, Hue, Saturation) e PCA (Principal Component Analysis), bem como os modelos gaussiano, exponencial e cilíndrico para a krigagem ordinária. A técnica de fusão por IHS demonstrou-se mais interessante em relação à técnica por PCA, apresentando coeficientes de correlação entre as bandas 2, 3 e 4 originais e híbridas, de 0,2318, 0,0304 e 0,1800, respectivamente. O método de krigagem ordinária para reamostragem das imagens apresentou melhores resultados quando ajustado pelo modelo gaussiano. A metodologia proposta se apresentou viável e adequada para a elaboração de mapas de risco de ocorrência da doença, uma vez que conferece variabilidade espacial e temporal ao modelo já existente na literatura para aquela região.
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Probabilidade de ocorrência de deficiência hídrica na cultura do girassol na região central do Rio Grande do Sul / Occurrence probability of water deficit in sunflower crop in the central region of Rio Grande do SulMaldaner, Ivan Carlos 09 March 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In Brazil over recent years the interest increased on the sunflower cultivation. Sunflower yield can be
decreased by water deficit. To solve this problem, is necessary to calculate the probable water deficit
in critical sunflower sub-phases and in the whole development cycle at different sowing dates. The
objective of this study was to determine the probable duration values of sub-phases and the
developmental cycle and get sowing dates with lower risk of water deficit and the occurrence
probability in different levels of water deficit during the developmental sub-phases of sunflower crop
sown at different sowing dates, considering the water storage capacity in different soils in the Central
Region of Rio Grande do Sul. Also determine the probability of occurrence of water stress for
different years classified as the El Niño Southern Oscilation (ENSO). Crop development was
simulated using the thermal time method, for 14 sowing dates, from August until mid-February, for
every year during the period from 1968 to 2011, covered by database of Meteorological Station of
Santa Maria, RS. For calculating the water deficit, the 13 soils were grouped into six groups with
similar water storage capacity (CAD) and infiltration capacity. The water deficit was calculated from
daily water balance. Data analysis consisted of analysis of variance, means comparison tests and
analysis of probability distribution for the variables: duration of crop developmental sub-phases and
the whole developmental cycle of the sunflower, water deficit in the sub-phases and whole
developmental cycle. The length of the sub-phases and the development cycle of the sunflower crop
are variable depending on sowing date. The length of the developmental sub-phases that occur from
sowing until flower bud visible of sunflower are higher in the earliest sowing date (01/08). After
anthesis, the longer length of developmental sub-phases occurs in the latest sowing (16/02). The
lognormal, normal and gamma distributions represent better the development of sunflower to estimate
the length of the phases and the whole cycle. At sowing date of 16/12, for 90% probability level,
sunflower has the shortest length of the developmental cycle ending the cycle in a maximum of 96
days. The longer length of the sunflower cycle occurs at sowing date of 01/08, which reaches 132
days, at 90% level of occurrence probability. The sowing dates from early October until early
November are the ones with the highest water deficit, considering the whole development cycle of the
sunflower regardless of soil, a different choice on sowing date reduces the risk and the level of water
deficit in sunflower cycle. In the soils in which the water storage capacity is lower, water deficit is
greater in sub-phases as in the full cycle of the sunflower compared to other soils and is little variable
among the sowing dates. Sunflower Sowings in the first half of August and since December are the
ones with the lowest risk occurrence of water deficit during the more critical sub-phase of sunflower
crop, at least there are favorable conditions for sowing and initial establishment of plants. / No Brasil nos últimos anos elevou-se o interesse pelo cultivo do girassol. Quando submetida à
deficiência hídrica a cultura do girassol apresenta redução na produtividade. Para contornar esse
problema, é necessário calcular a provável deficiência hídrica nos subperíodos críticos e no ciclo de
desenvolvimento do girassol para cada uma das diferentes datas de semeadura. O objetivo desse
trabalho foi determinar os valores prováveis de duração dos subperíodos e do ciclo de
desenvolvimento e obter as datas de semeadura com menor risco de deficiência hídrica e a
probabilidade de ocorrência de diferentes níveis de déficit hídrico durante os subperíodos de
desenvolvimento do girassol semeado em datas de semeadura distintas, considerando a capacidade de
armazenamento de água nos diferentes solos da região central do RS. Também determinar a
probabilidade de ocorrência de deficiência hídrica para os diferentes anos classificados conforme o
fenômeno El Niño Oscilação Sul (ENOS). O desenvolvimento da cultura foi simulado por meio do
método da soma térmica, para 14 datas de semeadura, do início do mês de agosto até meados de
fevereiro, para cada ano do banco de dados da Estação Meteorológica Principal de Santa Maria, RS,
utilizando o período de 1968 a 2011. Para calcular a deficiência hídrica, os 13 solos da região foram
agrupados em seis grupos que apresentam características semelhantes de capacidade de
armazenamento de água disponível (CAD) e capacidade de infiltração. As deficiências hídricas foram
determinadas a partir do balanço hídrico diário. A análise dos dados consistiu na análise da variância,
teste de comparação de médias e análise de distribuição de probabilidade para as variáveis: duração
dos subperíodos e do ciclo de desenvolvimento do girassol, deficiência hídrica nos subperíodos e no
ciclo do girassol. A duração dos subperíodos e do ciclo de desenvolvimento do girassol é variável
conforme a data de semeadura. A duração dos subperíodos que ocorrem da semeadura até o botão
floral visível do girassol são maiores na primeira data de semeadura (01/08). Após a antese a maior
duração dos subperíodos ocorre na semeadura mais tardia (16/02). As distribuições lognormal, normal
e gama representam melhor o desenvolvimento do girassol para estimar a duração dos subperíodos e
do ciclo. Na data de semeadura de 16/12, ao nível de 90% de probabilidade de ocorrência, o girassol
tem a menor duração do ciclo, completando o ciclo em no máximo de 96 dias. A maior duração do
ciclo do girassol ocorre na data de semeadura de 01/08, na qual alcança 132 dias, em nível de 90% de
probabilidade de ocorrência. As datas de semeadura de início de outubro até o início de novembro são
as que apresentam a maior deficiência hídrica, considerando todo o ciclo de desenvolvimento do
girassol independente do solo; a escolha de outra data de semeadura reduz o risco e o nível de
deficiência hídrica durante o ciclo do girassol. Nos solos em que a capacidade de armazenamento de
água disponível é menor, a deficiência hídrica é maior tanto nos subperíodos quanto no ciclo do
girassol em relação aos demais solos e é pouco variável ao longo das datas de semeadura. Semeaduras
de girassol na primeira quinzena de agosto e a partir do mês de dezembro são as que apresentam os
menores riscos de ocorrer deficiência hídrica no transcorrer do subperíodo mais crítico do girassol,
desde que se tenham condições favoráveis para a semeadura e o estabelecimento inicial das plantas.
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