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Deuses do barro: universo do fazer em Pucará – PerúAraújo, Danielle Michelle Moura de 24 May 2016 (has links)
Tese apresentada à Banca do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidde Federal do Rio Grande do Sul, como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutor. Orientador: Sergio Baptista da Silva. 2010 / Submitted by Nilson Junior (nilson.junior@unila.edu.br) on 2016-05-24T17:30:35Z
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Previous issue date: 2010 / Este trabalho tem como objetivo central analisar como a prática da cerâmica articulase ao universo social e cosmológico do Distrito de Pucará no Peru. Terá como base uma etnografia que privilegia a perspectiva do grupo, sem deixar de considerar os diferentes contextos de circulação dos objetos e suas agências. A produção de cerâmica, juntamente com a textilaria é uma atividade central no Peru. O Altiplano andino, local em que está situado Pucará, abriga as particularidades e ambiguidades de um país que anseia o progresso e a superação da dita pobreza, entretanto, não deixa de voltar os "olhos" ao passado se orgulhando de ser o berço de uma das civilizações mais antigas da América do Sul: os Incas. Os objetos de cerâmica, nesse contexto, mesclam a percepção de vários grupos, agenciando, de modo particular, concepções cosmológicas e sociais. Ao longo da vida, esses objetos canalizam diferentes perspectivas, levam de um lugar a outro, estórias e concepções cosmológicas, sendo também fontes de afetos. O trabalho propõe analisar as diferentes agências evocadas pelos objetos, da perspectiva do grupo produtor à feiras e ou exposições, locus diversos com as quais ele (objeto) interlocuciona.
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Deuses de barro : universo do fazer em Pucará - PeruAraújo, Danielle Michelle Moura de January 2010 (has links)
Este trabalho tem como objetivo central analisar como a prática da cerâmica articulase ao universo social e cosmológico do Distrito de Pucará no Peru. Terá como base uma etnografia que privilegia a perspectiva do grupo, sem deixar de considerar os diferentes contextos de circulação dos objetos e suas agências. A produção de cerâmica, juntamente com a textilaria é uma atividade central no Peru. O Altiplano andino, local em que está situado Pucará, abriga as particularidades e ambiguidades de um país que anseia o progresso e a superação da dita pobreza, entretanto, não deixa de voltar os "olhos" ao passado se orgulhando de ser o berço de uma das civilizações mais antigas da América do Sul: os Incas. Os objetos de cerâmica, nesse contexto, mesclam a percepção de vários grupos, agenciando, de modo particular, concepções cosmológicas e sociais. Ao longo da vida, esses objetos canalizam diferentes perspectivas, levam de um lugar a outro, estórias e concepções cosmológicas, sendo também fontes de afetos. O trabalho propõe analisar as diferentes agências evocadas pelos objetos, da perspectiva do grupo produtor à feiras e ou exposições, locus diversos com as quais ele (objeto) interlocuciona. / The main goal of this work is to analyze how the practice of pottery articulates itself within the social and cosmological universe of the District of Pucará in Peru. The work will have as its main base the ethnographic research, focusing on the perspective of the producing group of pottery and considering the different contexts of circulation of objects and its agencies. The production of pottery, together with textilary, are a central activity in Peru. The Andean Altiplano, where Pucará is situated, encompasses the particularities and ambiguities of a country that yearns for the progress and tries to overcome poverty, however, it does not forget to have a look at its past, proud of being the cradle of one of the oldest civilizations of South America: the Incas. The objects made of pottery, in this context, blend the perception of some groups, dealing in a very particular way with the cosmological and social conceptions. Throughout life, these objects reveal different perspectives, spreading from one place to another stories and cosmological conceptions, showing themselves as sources of affection as well. The work considers to analyze the different agencies evoked by the objects, since from the perspective of the producing group to the several fairs and/or expositions, diverse locus which the object interlocutes with.
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Aproximación a la cosmopolítica de los colectivos indígenas de la Sierra Nevada de Santa Marta : ley de sé, estado y patrimonioPrieto, Ana Milena Horta January 2015 (has links)
O presente trabalho explora eventos de articulação entre coletivos indígenas da Serra Nevada de Santa Marta, localizada ao norte da Colômbia, e o estado, entendo-os como mundos com planos ontológicos e sistemas epistemológicos diferentes que coexistem e se reorganizam em cada um dos eventos, respondendo a hegemonias específicas em contextos particulares. A lei de Sé, ou lei da origem, estabelece uma política de alteridade que permite a existência de multiplicidades e diferenças que não se reduzem a princípios determinados, pois se trata de domínios móveis de conhecimento e pensamento que constroem pessoas, corpos e o território a partir de conexões parciais, potencialmente perigosas se não forem mediadas por lideranças espirituais (os mamos) para que aconteçam em harmonia e acordo entre os seres (Yuluka). As entidades múltiplas são subordinadas e ignoradas nos espaços de tomada de decisões sob o território, a partir de sistemas de conhecimento e políticas que entendem a natureza como cenário externo e objetivo, e a cultura como marcador da diferença que essencializa, isola e nega conflitos históricos e políticos, em um marco em que tanto natureza e cultura são potencialmente mercantilizáveis. Neste contexto, as práticas de patrimônio são uma estratégia do estado para regular a mercantilização da diferença, enquanto que os indígenas as apropriam como estratégia para defender a vitalidade do seu território, entendido como tecido de relações entre seres diversos. No entanto, a subordinação não implica a captura, pois as multiplicidades continuam coexistindo no movimento contínuo entre resistência e novos ou renovados mecanismos de captura. / Este trabajo explora eventos de articulación entre los colectivos indígenas de la Sierra Nevada de Santa Marta, ubicada al norte de Colombia, y el estado, entendiendo que se trata de mundos con planos ontológicos y sistemas epistemológicos diferentes, que coexisten y se reorganizan en cada uno de esos eventos respondiendo a hegemonías específicas, en contextos históricos particulares. La ley de Sé, o ley de origen establece una política de la alteridad, que permite la existencia de multiplicidades y diferencias, que no se reducen a principios predeterminados sino que se trata de dominios móviles de conocimiento y pensamiento que construyen personas, cuerpos y territorio a partir de conexiones parciales, que potencialmente pueden ser peligrosas si no son mediadas por los mamos para que se den en armonía y acuerdo entre los seres (yuluka). Estas existencias múltiples, son subordinadas e ignoradas en los espacios de toma de decisiones sobre el territorio, a partir de sistemas de conocimiento y políticas que entienden la naturaleza como un escenario externo y objetivo, y la cultura como marcador de diferencia que esencializa, aísla y niega conflictos históricos y políticos, en un marco en el que tanto naturaleza y cultura son potencialmente mercadeables. En este contexto, las prácticas de patrimonio son una estrategia del estado para regular la mercantilización de la diferencia, mientras que los indígenas la apropian como estrategia para defender la vitalidad de su territorio, entendido como tejido de relaciones entre seres diversos. Sin embargo la subordinación no implica la captura, pues las multiplicidades siguen coexistiendo, en el movimiento continuo entre resistencia y nuevos o renovados mecanismos de captura.
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No coração da cidade : cosmopolítica, dinheiro e afeto na luta Kanhgág pelo espaço em Porto Alegre - RSHermann, Herbert Walter January 2016 (has links)
O presente trabalho procura visibilizar um projeto cotidianamente vivenciado por coletividades indígenas no Sul do Brasil meridional, de uma inconformidade ao confinamento, ao mando, aos lugares marcados, aos empenhos que pretendem essencializar e sobretudo aqueles entendidos como exercícios de dominação que visam subalternizá-los e inferiorizá-los. A partir do acompanhamento de duas ẽg mré ke (famílias/coletividades) Kanhgág, que se reconhecem como lideranças fundamentais no processo de abertura e conquista do espaço em Porto Alegre-RS, foi possível uma etnografia que não abriu mão de refletir sobre os dilemas e as tensões advindas de relações novas e duradouras. Nesse registro, se demonstra um processo de indigenização da modernidade, numa configuração singular, que a partir do trabalho de famílias Kanhgág, indigenizam (a modernidade) na modernidade, como se o englobamento fosse imanente numa perspectiva que se pensa e se constitui radicalmente aberta, mas que nem por isso deixa de problematizar e ter consciência de seu protagonismo. Assim, destaca-se a relevância dos espaços de feiras urbanas, especialmente do Brique da Redenção, no enredo cosmopolítico Kanhgág na atualidade e os dispositivos pelos quais se realizam aquilo que chamamos de amansamento do selvagem (da civilização), em que os interlocutores pontuam insistentemente sobre os perigos e as potências que surgem desse domínio. / The present work intends to enable the visibility of a daily experienced project by natives collectivities in the south of southern Brazil, of a nonconformity to the confinement, to order, to established places, to efforts aiming essentialize, and, moreover, to those perceived as domination exercises aimed to subaltern and humiliate them. From the accompaniment of two ẽg mré ke (Family/collectivity) Kanhgág, who consider themselves as key leaders in the process of opening and conquestof places in Porto Alegre-RS, an ethnography was possible, which did not abdicate thinking about dilemmas and tensions arising from new and lasting relationships. In this record, a process of the indigenization of modernity is presented, in an unique setting, from the work of Kanhgág families’ indigenization (modernity) within modernity, considering that the aggregation was immanent in a perspective that is thought and is radically open, but do not leave, nevertheless, the discussion and is aware of its role. Thus, the relevance of space urban fairs was highlighted, especially the Brique da Redenção, in today’s cosmopolitical Kanhgág plot and the devices which carry out what is called the amansamento do selvagem (domestication of wild – of civilization), in which the interlocutors repeatedly punctuate about the dangers and the powers coming from that domain.
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Deuses de barro : universo do fazer em Pucará - PeruAraújo, Danielle Michelle Moura de January 2010 (has links)
Este trabalho tem como objetivo central analisar como a prática da cerâmica articulase ao universo social e cosmológico do Distrito de Pucará no Peru. Terá como base uma etnografia que privilegia a perspectiva do grupo, sem deixar de considerar os diferentes contextos de circulação dos objetos e suas agências. A produção de cerâmica, juntamente com a textilaria é uma atividade central no Peru. O Altiplano andino, local em que está situado Pucará, abriga as particularidades e ambiguidades de um país que anseia o progresso e a superação da dita pobreza, entretanto, não deixa de voltar os "olhos" ao passado se orgulhando de ser o berço de uma das civilizações mais antigas da América do Sul: os Incas. Os objetos de cerâmica, nesse contexto, mesclam a percepção de vários grupos, agenciando, de modo particular, concepções cosmológicas e sociais. Ao longo da vida, esses objetos canalizam diferentes perspectivas, levam de um lugar a outro, estórias e concepções cosmológicas, sendo também fontes de afetos. O trabalho propõe analisar as diferentes agências evocadas pelos objetos, da perspectiva do grupo produtor à feiras e ou exposições, locus diversos com as quais ele (objeto) interlocuciona. / The main goal of this work is to analyze how the practice of pottery articulates itself within the social and cosmological universe of the District of Pucará in Peru. The work will have as its main base the ethnographic research, focusing on the perspective of the producing group of pottery and considering the different contexts of circulation of objects and its agencies. The production of pottery, together with textilary, are a central activity in Peru. The Andean Altiplano, where Pucará is situated, encompasses the particularities and ambiguities of a country that yearns for the progress and tries to overcome poverty, however, it does not forget to have a look at its past, proud of being the cradle of one of the oldest civilizations of South America: the Incas. The objects made of pottery, in this context, blend the perception of some groups, dealing in a very particular way with the cosmological and social conceptions. Throughout life, these objects reveal different perspectives, spreading from one place to another stories and cosmological conceptions, showing themselves as sources of affection as well. The work considers to analyze the different agencies evoked by the objects, since from the perspective of the producing group to the several fairs and/or expositions, diverse locus which the object interlocutes with.
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Deuses de barro : universo do fazer em Pucará - PeruAraújo, Danielle Michelle Moura de January 2010 (has links)
Este trabalho tem como objetivo central analisar como a prática da cerâmica articulase ao universo social e cosmológico do Distrito de Pucará no Peru. Terá como base uma etnografia que privilegia a perspectiva do grupo, sem deixar de considerar os diferentes contextos de circulação dos objetos e suas agências. A produção de cerâmica, juntamente com a textilaria é uma atividade central no Peru. O Altiplano andino, local em que está situado Pucará, abriga as particularidades e ambiguidades de um país que anseia o progresso e a superação da dita pobreza, entretanto, não deixa de voltar os "olhos" ao passado se orgulhando de ser o berço de uma das civilizações mais antigas da América do Sul: os Incas. Os objetos de cerâmica, nesse contexto, mesclam a percepção de vários grupos, agenciando, de modo particular, concepções cosmológicas e sociais. Ao longo da vida, esses objetos canalizam diferentes perspectivas, levam de um lugar a outro, estórias e concepções cosmológicas, sendo também fontes de afetos. O trabalho propõe analisar as diferentes agências evocadas pelos objetos, da perspectiva do grupo produtor à feiras e ou exposições, locus diversos com as quais ele (objeto) interlocuciona. / The main goal of this work is to analyze how the practice of pottery articulates itself within the social and cosmological universe of the District of Pucará in Peru. The work will have as its main base the ethnographic research, focusing on the perspective of the producing group of pottery and considering the different contexts of circulation of objects and its agencies. The production of pottery, together with textilary, are a central activity in Peru. The Andean Altiplano, where Pucará is situated, encompasses the particularities and ambiguities of a country that yearns for the progress and tries to overcome poverty, however, it does not forget to have a look at its past, proud of being the cradle of one of the oldest civilizations of South America: the Incas. The objects made of pottery, in this context, blend the perception of some groups, dealing in a very particular way with the cosmological and social conceptions. Throughout life, these objects reveal different perspectives, spreading from one place to another stories and cosmological conceptions, showing themselves as sources of affection as well. The work considers to analyze the different agencies evoked by the objects, since from the perspective of the producing group to the several fairs and/or expositions, diverse locus which the object interlocutes with.
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No coração da cidade : cosmopolítica, dinheiro e afeto na luta Kanhgág pelo espaço em Porto Alegre - RSHermann, Herbert Walter January 2016 (has links)
O presente trabalho procura visibilizar um projeto cotidianamente vivenciado por coletividades indígenas no Sul do Brasil meridional, de uma inconformidade ao confinamento, ao mando, aos lugares marcados, aos empenhos que pretendem essencializar e sobretudo aqueles entendidos como exercícios de dominação que visam subalternizá-los e inferiorizá-los. A partir do acompanhamento de duas ẽg mré ke (famílias/coletividades) Kanhgág, que se reconhecem como lideranças fundamentais no processo de abertura e conquista do espaço em Porto Alegre-RS, foi possível uma etnografia que não abriu mão de refletir sobre os dilemas e as tensões advindas de relações novas e duradouras. Nesse registro, se demonstra um processo de indigenização da modernidade, numa configuração singular, que a partir do trabalho de famílias Kanhgág, indigenizam (a modernidade) na modernidade, como se o englobamento fosse imanente numa perspectiva que se pensa e se constitui radicalmente aberta, mas que nem por isso deixa de problematizar e ter consciência de seu protagonismo. Assim, destaca-se a relevância dos espaços de feiras urbanas, especialmente do Brique da Redenção, no enredo cosmopolítico Kanhgág na atualidade e os dispositivos pelos quais se realizam aquilo que chamamos de amansamento do selvagem (da civilização), em que os interlocutores pontuam insistentemente sobre os perigos e as potências que surgem desse domínio. / The present work intends to enable the visibility of a daily experienced project by natives collectivities in the south of southern Brazil, of a nonconformity to the confinement, to order, to established places, to efforts aiming essentialize, and, moreover, to those perceived as domination exercises aimed to subaltern and humiliate them. From the accompaniment of two ẽg mré ke (Family/collectivity) Kanhgág, who consider themselves as key leaders in the process of opening and conquestof places in Porto Alegre-RS, an ethnography was possible, which did not abdicate thinking about dilemmas and tensions arising from new and lasting relationships. In this record, a process of the indigenization of modernity is presented, in an unique setting, from the work of Kanhgág families’ indigenization (modernity) within modernity, considering that the aggregation was immanent in a perspective that is thought and is radically open, but do not leave, nevertheless, the discussion and is aware of its role. Thus, the relevance of space urban fairs was highlighted, especially the Brique da Redenção, in today’s cosmopolitical Kanhgág plot and the devices which carry out what is called the amansamento do selvagem (domestication of wild – of civilization), in which the interlocutors repeatedly punctuate about the dangers and the powers coming from that domain.
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Aproximación a la cosmopolítica de los colectivos indígenas de la Sierra Nevada de Santa Marta : ley de sé, estado y patrimonioPrieto, Ana Milena Horta January 2015 (has links)
O presente trabalho explora eventos de articulação entre coletivos indígenas da Serra Nevada de Santa Marta, localizada ao norte da Colômbia, e o estado, entendo-os como mundos com planos ontológicos e sistemas epistemológicos diferentes que coexistem e se reorganizam em cada um dos eventos, respondendo a hegemonias específicas em contextos particulares. A lei de Sé, ou lei da origem, estabelece uma política de alteridade que permite a existência de multiplicidades e diferenças que não se reduzem a princípios determinados, pois se trata de domínios móveis de conhecimento e pensamento que constroem pessoas, corpos e o território a partir de conexões parciais, potencialmente perigosas se não forem mediadas por lideranças espirituais (os mamos) para que aconteçam em harmonia e acordo entre os seres (Yuluka). As entidades múltiplas são subordinadas e ignoradas nos espaços de tomada de decisões sob o território, a partir de sistemas de conhecimento e políticas que entendem a natureza como cenário externo e objetivo, e a cultura como marcador da diferença que essencializa, isola e nega conflitos históricos e políticos, em um marco em que tanto natureza e cultura são potencialmente mercantilizáveis. Neste contexto, as práticas de patrimônio são uma estratégia do estado para regular a mercantilização da diferença, enquanto que os indígenas as apropriam como estratégia para defender a vitalidade do seu território, entendido como tecido de relações entre seres diversos. No entanto, a subordinação não implica a captura, pois as multiplicidades continuam coexistindo no movimento contínuo entre resistência e novos ou renovados mecanismos de captura. / Este trabajo explora eventos de articulación entre los colectivos indígenas de la Sierra Nevada de Santa Marta, ubicada al norte de Colombia, y el estado, entendiendo que se trata de mundos con planos ontológicos y sistemas epistemológicos diferentes, que coexisten y se reorganizan en cada uno de esos eventos respondiendo a hegemonías específicas, en contextos históricos particulares. La ley de Sé, o ley de origen establece una política de la alteridad, que permite la existencia de multiplicidades y diferencias, que no se reducen a principios predeterminados sino que se trata de dominios móviles de conocimiento y pensamiento que construyen personas, cuerpos y territorio a partir de conexiones parciales, que potencialmente pueden ser peligrosas si no son mediadas por los mamos para que se den en armonía y acuerdo entre los seres (yuluka). Estas existencias múltiples, son subordinadas e ignoradas en los espacios de toma de decisiones sobre el territorio, a partir de sistemas de conocimiento y políticas que entienden la naturaleza como un escenario externo y objetivo, y la cultura como marcador de diferencia que esencializa, aísla y niega conflictos históricos y políticos, en un marco en el que tanto naturaleza y cultura son potencialmente mercadeables. En este contexto, las prácticas de patrimonio son una estrategia del estado para regular la mercantilización de la diferencia, mientras que los indígenas la apropian como estrategia para defender la vitalidad de su territorio, entendido como tejido de relaciones entre seres diversos. Sin embargo la subordinación no implica la captura, pues las multiplicidades siguen coexistiendo, en el movimiento continuo entre resistencia y nuevos o renovados mecanismos de captura.
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Aproximación a la cosmopolítica de los colectivos indígenas de la Sierra Nevada de Santa Marta : ley de sé, estado y patrimonioPrieto, Ana Milena Horta January 2015 (has links)
O presente trabalho explora eventos de articulação entre coletivos indígenas da Serra Nevada de Santa Marta, localizada ao norte da Colômbia, e o estado, entendo-os como mundos com planos ontológicos e sistemas epistemológicos diferentes que coexistem e se reorganizam em cada um dos eventos, respondendo a hegemonias específicas em contextos particulares. A lei de Sé, ou lei da origem, estabelece uma política de alteridade que permite a existência de multiplicidades e diferenças que não se reduzem a princípios determinados, pois se trata de domínios móveis de conhecimento e pensamento que constroem pessoas, corpos e o território a partir de conexões parciais, potencialmente perigosas se não forem mediadas por lideranças espirituais (os mamos) para que aconteçam em harmonia e acordo entre os seres (Yuluka). As entidades múltiplas são subordinadas e ignoradas nos espaços de tomada de decisões sob o território, a partir de sistemas de conhecimento e políticas que entendem a natureza como cenário externo e objetivo, e a cultura como marcador da diferença que essencializa, isola e nega conflitos históricos e políticos, em um marco em que tanto natureza e cultura são potencialmente mercantilizáveis. Neste contexto, as práticas de patrimônio são uma estratégia do estado para regular a mercantilização da diferença, enquanto que os indígenas as apropriam como estratégia para defender a vitalidade do seu território, entendido como tecido de relações entre seres diversos. No entanto, a subordinação não implica a captura, pois as multiplicidades continuam coexistindo no movimento contínuo entre resistência e novos ou renovados mecanismos de captura. / Este trabajo explora eventos de articulación entre los colectivos indígenas de la Sierra Nevada de Santa Marta, ubicada al norte de Colombia, y el estado, entendiendo que se trata de mundos con planos ontológicos y sistemas epistemológicos diferentes, que coexisten y se reorganizan en cada uno de esos eventos respondiendo a hegemonías específicas, en contextos históricos particulares. La ley de Sé, o ley de origen establece una política de la alteridad, que permite la existencia de multiplicidades y diferencias, que no se reducen a principios predeterminados sino que se trata de dominios móviles de conocimiento y pensamiento que construyen personas, cuerpos y territorio a partir de conexiones parciales, que potencialmente pueden ser peligrosas si no son mediadas por los mamos para que se den en armonía y acuerdo entre los seres (yuluka). Estas existencias múltiples, son subordinadas e ignoradas en los espacios de toma de decisiones sobre el territorio, a partir de sistemas de conocimiento y políticas que entienden la naturaleza como un escenario externo y objetivo, y la cultura como marcador de diferencia que esencializa, aísla y niega conflictos históricos y políticos, en un marco en el que tanto naturaleza y cultura son potencialmente mercadeables. En este contexto, las prácticas de patrimonio son una estrategia del estado para regular la mercantilización de la diferencia, mientras que los indígenas la apropian como estrategia para defender la vitalidad de su territorio, entendido como tejido de relaciones entre seres diversos. Sin embargo la subordinación no implica la captura, pues las multiplicidades siguen coexistiendo, en el movimiento continuo entre resistencia y nuevos o renovados mecanismos de captura.
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Inspirações sobre o fazer(-se) polític@ entre os Guarani-Mbya / Inspirations on making (oneself) politic(al)s among the Guarani-MbyaAline de Oliveira Aranha 20 December 2017 (has links)
A intenção aqui é pensar como as transformações nas formas e estratégias mbya de liderança e ação cosmopolítica são mobilizados e produzidos, criativamente, no confronto cada vez mais intenso com a política e modo de ser, pensar e de se comportar jurua (não-indígena), elucidando o (in)tenso trabalho de tradução implicado nessas e em outras amplas redes de relações que compõem o mundo guarani. Há aí toda uma gestão e mobilização dessas relações de aliança e parentesco, em que diferentes domínios e perspectivas demandam diferentes retóricas e ações, e identidades étnicas tornam-se armas políticas, principalmente após a Constituição de 1988, envolvendo então toda uma diplomacia cosmopolítica mbya que parte de uma ética de moderação, xamânica, com vistas à fabricação de pessoas e coletivos saudáveis e alegres nesta terra perecível (tekoaxy), e se acentua ainda mais nesse contexto de constrangimento territorial e superpovoação, que impõe diversos limites ao exercício de sua territorialidade. Estas transformações estão inseridas em contextos como os de luta pela demarcação de terras e salvaguarda de direitos indígenas constitucionais, tal como em projetos de fortalecimento cultural sob a rubrica da cultura, nos quais o domínio da burocracia passa a corresponder a um maior domínio da arena de batalha e, com isso, afirmação e demarcação da diferença e resistência mbya contra o Estado. Retórica esta que passa então a afetar diretamente a produção de enunciados e perspectivas guarani para o futuro de suas lideranças e de sua comunidade. Estamos também diante de um contexto cada vez maior de valorização e protagonismo público de jovens mulheres mbya (kunhãgue), assim como da abertura e conquista de espaços de fala e atuação política no âmbito da comunidade, antes majoritariamente ocupados por figuras masculinas ou mais velhas e experientes. A partir disso, buscamos então refletir sobre a complementaridade e fortalecimento mútuo de ambos sujeitos, kunhãgue e avakue (homens mbya), e como suas diferentes capacidades-poderes (-poaka) se relacionam aos processos mbya de construção e composição de pessoas, lideranças e chefias, coletivos, discursos e práticas. A ideia então é alargamos de fato nossas concepções de política e pensar as movimentações desempenhadas pelos diversos sujeitos correspondendo mais a disposições cosmopolíticas diferenciantes e, portanto, relacionais, do que a funções ou (o)posições propriamente ditas ou mesmo fixas, a capacidades singulares de agir, fazer agir, afetar e ser afetado, que contam com diferentes modalidades e estilos de liderança e áreas de atuação, influência e prestígio. Tais figuras políticas podem ainda ser pensadas como tradutoras de mundos ou diplomatas cosmopolíticas, transitando por diferentes códigos e agenciando diferentes mundos. / The intention here is to think about how transformations in mbya manners and strategies of leadership and cosmopolitical action are, creatively, mobilized and produced in the increasingly intense confrontation with the politics and the manner of being, thinking and, the so called, behaving jurua (non-indigenous), elucidating the (in)tense work of translation implied in these and other bonds of relations that make up the Guarani world. There is a whole management and mobilization of these relations of alliance and kinship, in which different domains and perspectives demand different rhetoric and different actions, and ethnic identities become political weapons, especially after the Brazilian Constitution of 1988, involving a whole mbya cosmopolitical diplomacy that starts from an ethics of moderation, shamanic, with a view to the production of healthy and joyful people and groups in this perishable land (tekoaxy), and is even more accentuated in this context of territorial constraint and overpopulation, which imposes various limits on the exercise of its territoriality. These transformations are embedded in contexts such as the struggle for land demarcation and the safeguarding of indigenous constitutional rights, as in cultural strengthening projects under the rubric of culture (with commas), in which the mastery of bureaucracy implies a better domain of the battlefield and, with that, the affirmation and demarcation of the difference and resistance Mbya against the State. This rhetoric, thus, directly affects the production of Guarani statements and perspectives for the future of its leaders and its community. We are also faced with a growing context of valorization and public protagonism of young mbya women (kunhãgue), as well as the opening and conquest of spaces of speech and political activity within the community, previously mostly occupied by male figures or older and more experienced people. From this, we seek to reflect on the complementarity and mutual strengthening of both subjects, kunhãgue and avakue (mbya men), and how their different capacities-powers (-poaka) relate to the mbya processes of construction and composition of people, leadership, collectives, discourses and practices. The idea then is to widen our conceptions of politics and to think the movements performed by the various subjects as corresponding more to differententiating cosmopolitical dispositions, therefore, relational, than to functions or proper (o)positions or even fixed ones, more a singular capacities-powers of act, make acting, affect and be affected, that count with different modalities and styles of leadership and areas of influence and prestige. Such political figures can still be thought as translators of worlds or cosmopolitical diplomats, transiting through different codes and agencing different worlds.
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