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Geologia do depósito de \'ZN\', \'PB\', \'AG\' e \'CD\' em João Neri - município de Guapiara - SP / Not available.Cassio Roberto da Silva 18 December 1995 (has links)
O depósito João Neri localiza-se no sul do estado de São Paulo, no Município de Guapiara. Encontra-se numa sequência de rochas metavulcano-sedimentares de direção nordeste denominada de Formação Água Clara do Grupo Setuva, a qual está inserida no domínio geotectônico da Faixa de Dobramento Apiaí. A deposição dos sedimentos e o episódio vulcânico associado ocorrera, provavelmente, entre 1,8 e 1,5 b.a.. As rochas foram afetadas por metamorfismo entre 1,3 a 1,o b.a., com superimposição de um evento metamórfico próximo a 700 m.a., no Proterozóico Superior. As rochas da Formação Água Clara sofreram três processos deformacionais, revelados pelas superfícies \'S IND. 1\" de direção NE, paralela ao acamamento \'S IND.0\' IND i\' \'S IND. 2\" de direção NE, porém com mergulho mais acentuado e \'S IND. 3\' de direção NW, que impôs ondulações nos rumos de mergulhos dos eixos de dobras NE, dando à região um padrão estrutural do tipo \"domos e bacias\". Aassembléia mineral constituída, predominantemente, por margarita, flogopita, granada, diopsídio, tremolita e plagioclásio é indicativa de metamorfismo da fácies xisto verde superior possivelmente atingindo a fácies a anfibolito inferior (Yardley, 1989). A formação Água Clara ocorre de forma alongada na direção NE, provavelmente condicionada por grandes lineamentos. É constituída, predominantemente, por metacalcários impuros com estratificação cruzada. Essas características expressam que o ambiente deposicional foi de plataforma, posteriormente afetado por um regime tectônico distensivo. As mineralizações de Zn, Pb, Ag e Cd do depósito João Néri estão associadas a metachert carbonático que, por sua vez, está encaixado concordantemente, com metacalcários silicosoa. Os principais controles identificados são de natureza: estratigráfica (Formação Água Clara); litológica (metachert) e mineralógica (barita). A assembleia mineral do depósito é constituída por: pirrotita, pirita1, blenda1, galena, calcopirita, arsenopirita, pirita2 e blenda2. A ganga é representada principalmente por quartzo, calcita e dolomita, e subordinadamente margarita e plagioclásio. Os estudos isotópicos de Pb do depósito João Néri apontaram idade de formação das mineralizações ao redor de 1600 m.a., a qual deve também expressar a idade de deposição dos metamorfitos da Formação Água Clara. Dentre os tipos conhecidos na literatura o depósito João Neri aproxima-se mais das jazidas estratiformes de origem vinculada a processos vulcano-exalativo sin-sedimentares. O ambiente tectôno-estratigráfico, a forma de ocorrência, a associação litológica, a paragênese mineral da mineralização assim como os dados isotópicos de Pb, levam-nos a correlacionar este depósito com aqueles do \"tipo Perau\", já qualificados como sendo francamente do tipo exalativo-sedimentar. / The João Néri deposit is located in the southern part of São Paulo state near Guapiara town. The ore body lies on a segment of a NE trending metavolcanic rock sequence which is part of the Água Clara Formation-Setuva Group, all included in the geotectonic domain of the Apiai Fold Belt, considered as of lower Proterozoic age. The rocks of the Água Clara Formation exhibit typical features of a plataformal depositional environment which has been affected by extensional deformation. Later they underwent three deformational events, as represented by penetrative structures which are the following: \'S IND. 1\' = \'S IND. 0\' : compositional banding foliation; \'S IND. 2\' : NE trending and oblique to \'S IND. 1\' = \'\'S IND. 0\' \'IND. i\'; \'S IND. 3\': NW trending and imposing ondulation on the NE fold axis. Alltogether these structures give a dome and basin structural interference pattern to this region, at a regional and local scale. There is convincing mineral paragenetic evidence of a medium grade metamorphism which affected the Água Clara Formation. The Zn, Pb, Ag and Cd mineralization observed in the João Néri deposit is directly linked to a carbonatic metachert bed which, in turn, is bounded by a concordant siliceous metalimestone. The most common controls of the mineralization are: stratigraphic (Água Clara Formation), lithological (metachert) and mineralogical (barite). The Pb isotopic analyses on galenas of the João Néri deposit yelded an age of 1600 m.a. which was interpreted as the age of the Zn, Pb, Ag, Cd mineralization. This age might express, as well, the sedimentation of the Água Clara Formation. All the geological and geochemical evidences lead to the conclusion that we are dealing with a deposit of stratiforme nature. The Zn, Pb, Ag, Cd mineralization might be linked to a hydrothermal volcano-exhalative synsedimentary activitiy, which is promptly supported by the morphology, rock and mineral assemblages as well as by Pb and Sr isotope data.
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Faixa estanífera do Rio Grande do Sul / Not available.Franco, Rui Ribeiro 01 February 1944 (has links)
Não disponível. / Not available.
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Estudo das mineralizações filoneanas auríferas do depósito de Piririca, Vale do Ribeira, SPNogueira, Sônia Aparecida Abissi 03 December 1990 (has links)
As mineralizações filoneanas auríferas da região do Piririca, Vale do Ribeira, de características epigenéticas, parecem estar relacionadas a uma zona de cisalhamento dúctil-rúptil limitada pelos lineamentos Agudos Grandes e Ribeira, de expressão regional. Estratigraficamente a região faz parte de uma sequência de rochas metavulcano-sedimentares, com metabásicas associadas, de baixo grau metamórfico, pertencente à Formação Perau. Os veios mineralizados mais significativos estão associados às rochas metabásicas que se intercalam de forma concordante nos metassedimentos finos, e são constituídas essencialmente por anfibólios da série tremolita-actinolita, plagioclásio sódico, epidoto-zoisita e clorita, associação típica de baixo grau de metamorfismo. Estudos petrográficos e petroquímicos sugerem para essas rochas básicas, uma natureza intrusiva, possivelmente sub-vulcânica, com composição original de um gabro ou diabásico. Indicam ainda, que sofreram variações composicionais, associadas provavelmente a processos não isoquímicos de adição de K, Na e Ca, provocados por fenômeno de alteração hidrotermal. O ouro aparece quase sempre preenchendo fraturas e cavidades de pirita e arsenopirita de granulação grossa, que representam os minerais mais abundantes entre os sulfetos estudados. Em quantidades subordinadas observam-se: calcopirita, boulangerita, bournonita, jamesonita, grupo do fahlore, blenda, galena bornita, e ilmenita. Quartzo leitoso branco constitui o mineral de ganga dominante. A tentativa de estabelecimento de uma para gênese temporal entre os minerais acima considerados, coloca pirita e arsenopirita de granulação grossa e ilmenita como anteriores a uma fase de brechação/milonitização, após a qual seguiram os outros minerais relacionados, geralmente preechendo vênulas e fraturas nos dois sulfetos principais. O estudo de inclusões fluidas no quartzo leitoso mostrou a presença de inclusões primárias do tipo carbônicas, aquo-carbônicas e eminentemente aquosas que permitiram sugerir fluidos mineralizantes aquosos, ricos em \'CO IND.2\', (>25 moles % \'CO IND.2\'), de baixa salinidade (<11 eq % peso NaCl), com temperaturas de deposição de moderadas a altas (200-400°C). Análises da composição isotópica de Pb de galenas dos veios sulfetados estudados, indicam para as soluções mineralizantes uma origem crustal a partir de processos de remobilização das rochas encaixantes, associados a eventos metamórficos regionais de idade entre 1,4 e 1,1 b.a., a exemplo do que acontece com galenas de depósitos plumboargentíferos do Vale do Ribeira. A integração dos resultados obtidos nos estudos realizados e a comparação com trabalhos em depósitos de ouro de outras partes do mundo, sugerem um modelo metamórfico para a derivação dos fluidos mineralizantes, entendendo-se que possam ser originados a partir da devolatilização dos terrenos metamórficos de baixo grau, capazes de produzir fluidos carbônicos e aquo-carbônicos de baixa salinidade, com zonas de cisalhamento representando elementos fundamentais para a efetivação dos processos de lixiviação, transporte, canalização e interação fluido-rocha encaixante. / The gold-bearing vein from the Piririca region Ribeira Valley State of São Paulo, Brazil, show epigenetic features and seem to be mainly related to a ductile-brittle shear zone, which is subordinated to the Agudos Grandes and Ribeira tectonic lineaments, of regional expression From a stratigraphic point of view the area belongs to a sequence of metavolcanic sedimentary rocks with associated metabasic rocks, which are characterized by a low degree of metamorphism. These rocks are correlated to the Perau Formation. The most significant mineralized veins are associated to metabasic rocks, concomitantly intercalated to fine metasediments. They are mainly constituted by amphibole of the tremolite-actinolite series, sodium plagioclase, epidote -zoizite and chlorite, a typical association of low grade metamorphism. Petrographic and chemical analyses suggest for these basic rocks an intrusive, possibly sub-volcanic origin with an initial composition of a gabbro or a diabase. Furthermore the studies indicate variations in the mineralogical compòsition. They are probably associated to non isochemical addition processes of K Na and Ca as a result hydrotermal alteration. Gold is almost always present, filling fractures and cavities of coarse grained pyrite and arsenopyrite, which are the main components of the mineralization. In subordinated quantities the following minerals have been detected: chalcopyrite, boulagerite, bournonite, jamesonite, fahlore group, sphalerite, bornite and ilmenite. Milk quartz represents the dominant gangue. The paragenetic sequence here proposed might be considered as a preliminary attempt. In this way coarse grained pyrite, arsenopyrite and ilmenite are considered as an early main phase of sulphide deposition whose assemblage have been affected by a brecciation/mylonitization deformation episode. The post-deformation mineral assemblage, already referred, occurs as filling materials of veinlets and fractures which cut across pyrite and arsenopyrite crystals. Fluid inclusions data of the milky quartz have indicated primary \'CO IND.2\', and \'H IND.2\'O \'CO IND.2\' inclusions, which suggest aqueous mineralizing fluids, rich in \'CO IND.2\' (> 25 mole % \'CO IND.2\') of low salinity (< 11 wt% NaCl equiv.) and with deposition temperatures ranging between 200 and 400°C. The Pb isotopic analyses carried out on the sulphide vein galenas indicate a crustal origin for the mineralizing solutions and the Pb might be derived of metasedimentary and basement rocks. Similarly to the lead-silver deposits from the Ribeira Valley the ores might be emplaced during regional metamorphism, between 1.4 and 1.1 Ga. The integration of the results obtained during this research and the comparison with similar research which have been done on other gold deposits. suggests a metamorphic model for the origin of the mineralizing fluids. These fluids might be derived from devolatilization processes of low metamorphic terranes, and would be able to produce \'CO IND.2\', and \'H IND.2\'O-\'CO IND.2\' fluids with low salinity, and shear zones as fundamental elements through which processes of leaching, transport and fluid/wall-rock interaction would act.
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Aplicações dos sistemas Rb-Sr, Pb-Pb e Sm-Nd no depósito polimetálico do Salobo 3A, Província Mineral de Carajás, Pará / Not available.Mellito, Kátia Maria 18 June 1998 (has links)
O depósito polimetálico de Cu (Au-Mo-Ag) de Salobo 3A, localizado na parte norte da Província Mineral de Crajás, Pará, é constituído por uma seqüência metavulcano-sedimentar representada por Formação ferrífera, anfibolito, xisto e quartzito do Grupo Igarapé Salobo. Esta sequencia sobrepõe-se ao embasamento gnáissico do Complexo Xingu. A mineralização de cobre hospedada na formação ferrífera, consiste de disseminações de bornita-calsosina e bornita-calcopirita associada à magnetita. Os dados geocronológicos determinados através da aplicação dos métodos Rb-Sr, Sm-Nd e Pb-Pb contribuem para caracterizar a complexa evolução do ambiente geológico e da mineralização cuprífera do depósito de Salobo. O intervalo de tempo entre 3,11 e 2,92 Ga (\'T IND. DM\', Sm-Nd, rocha total) representa a idade do protólito ígneo dos gnaisses. Os valores de \'\'epsilon\' IND. Nd\' calculados para a idade da formação do gnaisse (2859 Ma), variam entre +1,02 e -1,08 e indicam que o evento entre a época de diferenciação manto-crosta e a formação do gnaisse foi muito curto. Além disso, o parâmetro \'\'épsilon IND. Nd\' sugere uma fonte mantélica com possível contaminação crustal posterior. A aplicação da técnica de lixiviação permite uma extração graudal de Pb a cada etapa de lixiviação e ela foi aplicada em calcosina e magnetita. As idades de 2762 \'+ OU -\' 180 Ma e 2776 \' OU -\' 240 Ma, determinada nestes minerais são interpretadas como próxima da época da formação da mineralização primária de cobre enriquecida em U e Th e deposição da formação ferrífera, respectivamente, em ambiente continental. A técnica de lixiviação também foi aplicada em turmalinas provenientes de gnaisse e quartzito e a idade próxima de 2400 Ma foi atribuída à sua formação. A variação aleatória das composições isotópicas de Pb da turmalina em conjunto com suas características petrográficas sugerem que a fonte de boro não está associada aos metassedimentos do Grupo Igarapé Salobo. A isócrona mineral Sm-Nd efetuada em xistos do Grupo Igarapé Salobo determinou idade de 2426 \'+ OU -\' 13 Ma.\'(\'ANTPOT. 143 Nd/ ANTPOT 144 Nd\') IND. 0\' igual a 0,50936 e MSWD de 1125, para a formação dos minerais biotita-grunetita-granada. Idades Transamazônicas determinadas em magnetita de formação ferrífera brechada( 2172 \'+ OU -\' 230 Ma, Pb-Pb) e em gnaisses cloritizados (2135 \'+ OU -\' 21 Ma, Rb-Sr, rocha total), são interpretadas como relacionadas aos processos metamórficos de façies xisto verde que os afetaram. Como os sulfetos de cobre, o ouro, a molibdenita, preenchem fraturas de rochas afetadas por cisalhamentos e metamorfismo de baixo grau, é possível que a remobilização destes minerais ocorreu, pelo menos em parte, durante o Transamazônico. A razão inicial \'ANTPOT 87 Sr/ ANTPOT. 86 Sr\' de 0,728 para a isócrona de referência do gnaisse mostra que este evento afetou rochas com vida crustal significativa. As razões \'ANTPOT 87 Sr/ ANTPOT 86 Sr\' determinadas em turmalina e carbonato são elevadas e variáveis e suas fontes são provenientes de rochas com vida crustal significativa. Desta forma, a análise dos dados isotópicos sugere que a mineralização primária de cobre do Salobo é singenética e teve uma evolução policíclica associada ao sistema transcorrente Carajás-Cinzento que afetou a porção norte da Província Mineral de Carajás. / The Salobo 3A polymetallic Cu(Au-Mo-Ag) deposit, located in the northern parto f the Carajás Mineral Province, Pará, consists of a metavolcano-sedimentary sequence represented by iron formation, amphibolite, chist and quartzite of the Igarapé Salobo Group. This rock sequence rests uncorformaby on the gneissic basement of the Xingu Complex. The copper mineralization hosted by iros formation consists of bornite-chalcocite and bornite-chalcopyrite disseminations associated with magnetite. The geochronological data determined through the application of the Rb-Sr, Sm-Nd and Pb-Pb methods, contribute to characterize the comples evolution of both the geological setting and the cupriferous mineralization of the Salobo deposit. The 3.11 -2.92 Ga interval (\'T IND. Sm-Nd, whole rock) represents the age of the igneous protholith of the gneiss. The \'\'épsilon\' IND. Nd\' values calculated for the time of the gneiss formation (2859 Ma) vary between +1.02 and -1.08, and indicate a short period between the mantle-crust differentiation epoch and the gneiss formation. Moreover, the \'\'épsilon\' IND. Nd\' parameter suggest a mantle source with late crustal contamination. The application of the leaching technique allows a gradual extraction of Pb at each leaching step and it was applied to chalcocite and magnetite. The 2762 \'+ ou -\' 180Ma and 2776 \'+ ou -\' 240Ma ages determined on those minerals are interpreted to be close to the epoch of the formation of the copper mineralization with U and Th enrichment and of the iron formation deposition, respectively, in a continental setting. The leaching technique was also applied to tourmaline from geniss and quartzite, and the age near to 2400Ma was attributed to is formation. The random variability of the Pb isotope compositions of the tourmaline together with its petrographic characteristics suggest the boron source is not associated with the metasedimentary rocks of the Igarapé Salobo Group. The Sm-Nd mineral isochron attributed to schists yield an age of 2426 \'+ ou -\' 13 Ma, (\'ANTPOT. 143 Nd/ ANTPOT 144 Nd\') IND. 0\' equal to 0.50936 and MSWD of 1.125, for the formation of the minerals biotite-grunerite-garnet. Transamazonic ages obtained in magnetite from brecciated iron formation (2172 \'+ ou -\' 230Ma, Pb-Pb) and chloritized gneisses (2135 \'+ ou -\' Ma, Rb-Sr, whole rock), are interpreted as related to greenschist facies metamorphic processes. As copper sulfides, gold molybdenite fill fractured rocks affected by shearing and low grade metamorphism, it is possible that such minerals were remobilized, at least in part, during the Transamazonian. The \'ANTPOT 87 Sr/ ANTPOT 86 Sr\' initial ratio of 0.728 for the Rb-Sr reference isochron shows that such a event affected rocks with significative crustal residence. The high and random \'ANTPOT 87 Sr/ ANTPOT 86 Sr\' ratios found for tourmaline and carbonate reflect the influence of rocks with significative crustal residence. In conclusion, the analyses of the isotopic data are in accordance with a syngenetic origin for the Salobo copper primary mineralization, and had a polycyclic evolution associated with the Carajás-Cinzento strike-slip system at the northern portion of the Carajás Mineral Province.
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História deposicional e idade do intervalo portador de carvão da Formação Rio Bonito, Permiano da Bacia do Paraná, no depósito de carvão Candiota, RS / not availableMatos, Sérgio Luís Fabris de 04 August 1999 (has links)
O depóstio de Carvão Candiota, localizado na porção meridional do Estado do Rio Grande do Sul, cobre uma área de aproximadamente 210 Km2, na qual estão contidas as maiores reservas de carvão conhecidas no Brasil. Este depósito é composto por um intervalo portador de carvão, o qual pertence à Formação Rio Bonito, unidade permiana da Bacia do Paraná. O estudo da distribuição das fácies reconhecidas na Formação Rio Bonito por métodos geomatemáticos permitiu traçar a evolução da deposição ao longo de todo o depósito, com a identificação das áreas preferenciais de deposição de cada fácies e sistema deposicional. O intervalo portador de carvão encontra sua maior expressão na porção nordeste da área, onde melhor se desenvolveu e persistiram as áreas protegidas do sistema de ilha barreira. Nas porções sul e sudeste os depósitos arenosos e heterolíticos predominam, indicando condições de mar aberto e maior desenvolvimento do sistema de plataforma. O intervalo portador de carvão ocupa a porção média da unidade litoestratigráfica na região e marca a fase inicial de retomada do processo transgressivo, predominante durante boa parte do Permiano, após pequena regressão acompanhada de progradação de depósitos fluviais. Esta retomada deu-se com a instalação de ambientes litorâneos, do tipo ilhas barreiras e lagunas, nos quais foi possível o acúmulo e a preservação da matéria orgânica que originou o carvão. A continuidade do processo transgressivo permitiu o avanço dos sistemas de plataforma, encerrando a deposição de carvão. Os tonsteins presentes nas camadas de carvão do intervalo foram reconhecidos como camadas de tufo alterado pela a sua composição mineralógica e comportamento estratigráfico. Camadas claras com espessura constante por dezenas de quilômetros e a presença de minerais piroclásticos como zircão, pseudomorfo de quartzo beta e apatita, foram as evidências obtidas da origem dos tonsteins ligada ao acúmulo de cinza e pó vulcânicos. O zircão presente nas camadas de tonstein foi datado e forneceu idade radiométrica U-Pb de 267,1+-3,4 Ma, que corresponde ao Artinskiano, Permiano Inferior. Esta é a primeira idade absoluta obtida diretamente do intervalo sedimentar da Bacia do Paraná e será de grande valor para a calibragem de zonas palinomorfas. A época de deposição dos tonsteins coincide com pico de atividade vulcânica na porção sudoeste do Gondwana, atualmente região centro-noroeste da Argentina. Os tonsteins da Candiota são também correlacionáveis às outras camadas de tufos encontradas em bacias sul-americanas e também nas africanas, onde ocorre o Supergrupo Karoo. / The Candiota Coal Field, located in the southernmost parto f Rio Grande do Sul State, covers na approximate área of 210KM2, in which the largest coal reserves known in Brazil are enclosed. This deposit is composed of a coal-bearing interval belonging to the Rio Bonito formation, a Permian unit of the Paraná Basin. The study of the facies recognized in the Rio Bonito formation using geomathematical methods allowed tracing the deposition evolution for the whole deposit, locating the preferential areas of deposition for each facies and the depositional system. The coal-bearing interval has its greatest significance in the northeastern part of the area, where it had its best development as well preservation, thanks to a barrier island system. In the southern and southeastern parts, the sandy and heterolithic deposits predominate, indicating conditions of open sea and a better development of the shallow shelf system. The coal-bearing interval in the middle part of lithostratigraphic unit marks the return of the transgressive process, prevailing during throughout the Permian, after an insignificant regression followed by fluvial deposits progradation. This retaking takes place after the formation of a barrier island-lagoon system, where accumulation and preservation of organic matter was possible, thus originating coal. The continuous transgressive process allowed an advance of the shore system terminating the formation of peat.The tonsteins present in the coal beds were recognized as altered tuffs intercalations, evidenced by mineralogical composition and stratigraphic behavior. Light colour beds with constant thickness spreading for tens of kilometers and presence of pyroclastic minerals as zircon, beta quartz pseudomorphs and apatite were the main evidences of the origin of tonsteins as a result of accumulation of volcanic ash and dust. The Zircon from the tonsteins was dated by means of the U-PB method, yielding a radiometric age of 267.1+ou- 3.4 Ma, corresponding to the Artinskian, Early Permian. This is the first absolute age obtained for a sedimentary interval of the Paraná Basin and is of great value in the calibration of palynomorphic zones. The time of tonsteins deposition coincides with the peak of volcanic activity in the southwestern part of gondwana, now central-northwestern part of Argentina. The tonsteins from Candiota are also correlated with other tuff beds found in South American and South African basins where the Karoo Supergroup occurs.
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Contribuição ao estudo metalogenético do depósito de ouro de Salamangone, Distrito Aurífero de Lourenço, AmapáNogueira, Sônia Aparecida Abissi 24 June 2002 (has links)
O Distrito Aurífero de Lourenço, localizado na região centro-norte do Estado do Amapá, insere-se na Província Geocronológica Maroni-Itacaíunas, de idade Paleoproterozóica, onde ocorrem rochas supracrustais que foram afetadas por metamorfismo de alto grau e parcialmente migmatizadas, bem como complexos cálcio-alcalinos. O depósito de Salamangone hospeda-se em granitóides de composição tonalítica a granodiorítica, de caráter cálcio-alcalino, metaluminosos a levemente peraluminosos. Exibem concentrações relativamente elevadas de LILE e TR leves e baixas taxas de Nb, Ta, Ti e Zr, indicando que teriam sido gerados em ambiente de arco vulcânico. Análises U-Pb (zircão) em tonalito forneceram idade de cristalização de 2,16Ga, enquanto dados de Sm/Nd indicam idades modelo (\'T IND. DM\') da ordem de 2,34Ga (granodiorito) e 2,24Ga (tonalito), com valores positivos de \'\'épsilon\' IND. Nd\'(\'T IND. DM\'), +2,88 (granodiorito) e +3,02 (tonalito), permitindo interpretar que os protólitos desses granitóides foram diferenciados diretamente do manto, com pequena residência crustal, e estariam relacionados a arco juvenil Paleoproterozóico. A isócrona de referência Rb/Sr (rocha total) dos granitóides apontou uma razão inicial em torno de 0,702, indicando uma fonte mantélica (juvenil) para o magma gerador dessas rochas, corroborando os dados de geoquímica. A mineralização aurífera consiste em um sistema de veios de quartzo epigenéticos, enriquecidos em Au e As, controlado por uma zona de cisalhamento dúctil-rúptil. O sistema filoniano compreende três corpos principais, designados de Capa, Principal e Lapa, considerados como sendo veios de cisalhamento ou veios em falhas, tipificados por uma estrutura laminada ou em ribbon, a indicar episódios repetidos de fraturamentos e deposição mineral. A paragênese dos veios comporta 2 fases principais de mineralização: a Fase I, de maior deposição de quartzo, associada a processos de interação rocha-fluido, que provocou a sulfetação intensa na rocha tonalítica encaixante, e, predominantemente, em ribbons dentro dos veios, originando arsenopirita, lollingita, pirrotita e calcopirita, ressalvando-se que o ouro ocorre, principalmente, nos limites da arsenopirita e lollingita. Esta fase de mineralização se formou num intervalo de temperaturas, entre 400° e 565°C, estas calculadas por meio do geotermômetro arsenopirita. Datação Pb/Pb em cristais de arsenopirita desta Fase I forneceram uma isócrona Pb-Pb de referência de 2002 \'+ OU -\' 61 Ma e a composição isotópica sugere um reservatório crustal mais profundo para o Pb, entre as curvas, de evolução da crosta superior e de ambiente orogênico; a Fase II de mineralização constitui o episódio principal de deposição do ouro. Este ocorre sob a forma livre e associado à arsenopirita, pirita e galena e resultou de processos de remobilização, a partir de soluções aquosas de alta salinidade, atuantes ao longo da zona de cisalhamento. Os processos de alteração hidrotermal envolveram, principalmente, silicificação, sulfetação, saussuritização e cloritização da rocha tonalítica encaixante, desenvolvendo uma zona distal com pouca influência da mineralização, e uma zona proximal onde o balanço químico indica ganhos acentuados em As e Au, com pequena participação de MgO e CaO e perdas de \'Al IND. 2\'\'O IND. 3\', \'K IND. 2\'O e \'Na IND. 2\'O. Inclusões fluidas primárias, contendo soluções responsáveis pela Fase I de mineralização, não foram preservadas, tendo sido destruídas por vários episódios superpostos de deformação, responsáveis pela grande quantidade de planos de inclusões fluidas secundárias, observados nas amostras de quartzo. Uma solução aquosa complexa, contendo Ca \'+ OU -\' As(?), extremamente salina, aprisionada em inclusões fluidas, contidas em um conjunto de trilhas com direção entre N5° - 35°W, pode ter sido responsável pela remobilização e precipitação do ouro primário, durante a Fase II de mineralização. A recorrência de episódios de deformação com aporte e circulação de novos fluidos dentro da zona de cisalhamento, que hospeda o depósito de Salamangone, é demonstrada pela presença flagrante de soluções, essencialmente aquosas e com salinidades variadas, que indicam um amplo processo de mistura, envolvendo um fluido extremamente salino que evolui para termos com composições de salinas cada vez mais baixas. A origem dessas soluções pode, provavelmente, ser atribuída a uma mistura de salmouras profundas de natureza metamórfica, com fluidos hidatogênicos. Os dados isotópicos, disponíveis para a área de Lourenço e regiões vizinhas, na Guiana Francesa e Guiana, sugerem um modelo de evolução crustal geodinâmico, baseado no desenvolvimento de um arco magmático cálcio-alcalino, entre 2250 e 2000Ma. Este fato pode ser interpretado admitindo-se a subducção de uma litosfera oceânica, pré-colisão, entre massas continentais representadas, à época, pela Província Central Amazônica (Bloco Carajás-Iricoumé) e pelo Craton do Oeste Africano. Os períodos mais importantes de formação de depósitos de ouro orogênicos do Paleoproterozóico correlacionam-se, muito bem, com os episódios de crescimento da crosta continental juvenil, notando-se que os eventos de concentração de ouro se posicionam entre 2,1 e 1,8 Ga, incluindo a geração de importantes depósitos nos cratons do Oeste Africano e Amazônico e no Orógeno Trans-Hudsoniano (Goldfarb et al. 2001). Deste modo, Salamangone constituiria um depósito aurífero orogênico mesozonal, originado durante processos de deformações compressional a transpressional, em orógenos de acresção, associados à margem convergente Paleoproterozóica. / The Lourenço Au-District is located in the central portion of the State of Amapá, within the Maroni-Itacaiúnas Province, 2.2 - 1.95 Ga (Teixeira et al. 1989), of the Amazonian Craton. The Lourenço region is included within a Paleoproterozoic suite of high-grade partially migmatized metamorphic supracrustal rocks and calc-alkaline complexes. The Salamangone gold deposit lies within a calc-alkaline, metaluminous to slightly peraluminous tonalite to granodiorite pluton. It is characterized by high contents of incompatible trace elements and LREE, showing a geochemical signature of volcanic-arc granites. Zircons extracted from the tonalite were analyzed by the U-Pb method, and analytical points are plotted on a concordia diagram. The discordia calculated for 14 data points has an upper intersection at 2.16 \'+ OU -\' 0.13Ga, the inferred crystallization age of the tonalite, and a lower intercept 0.48 \'+ OU -\' 0.13Ga, respectively. The \'\'épsilon\' IND. Nd\' values were corrected using 2.16Ga age determined for the tonalite. The \'\'épsilon\' IND. Nd (2.16Ga)\' values vary from +2.88 to +3.02, which suggest that the magmatic source region was mainly a depleted mantle with little or no contamination from Archean crust. The low initial \'Sr ANTPOT. 87\'/\'Sr ANTPOT. 86\' ratios obtained for both contemporaneous granodiorite and tonalite vary from 0.702 to 0.703, in agreement with the Sm-Nd isotope data. The deposit, clearly related to the epigenetic style of mineralisation, mainly encompass tree ore bodies, named: Filão Principal, Filão Capa and Filão Lapa. A ductile-brittle shear zone striking N50°-60°W and dipping 55° to 70°NE controls all of these veins. The primary mineralisation consists of ribbon banded quartz veins enriched in Au and As, exhibiting relatively low enrichment of Ag, Pb, Cu, Bi. On the basis of the internal structure and texture, the veins can be classified as laminated. The alteration processes so far recognized are represented by silicification, sulphidation, saussuritization and chloritization of the host tonalite, producing a proximal alteration zone marked by enrichment in As and Au and a poorly mineralized distal zone. The textural and chronological relationships between the most common sulfide minerals, associated with the gold mineralisation, indicate a distinct paragenetic sequence, Stage I: arsenopyrite, pyrrotite, löllingite and chalcopyrite. Gold, located at grain boundaries between arsenopyrite and löllingite, is related to sulphidation hydrothermal processes. Temperatures yielded by the arsenopyrite thermometer are about 400 to 565°C. For directly date the ore minerals, age determinations were made on samples of arsenopyrite by stepwise leaching technique using Pb-Pb systematic. The analytical points define an isochron, which yield an age of 2002 \'+ OU -\' 61 Ma, consistent with the mineralisation stage I. The radiogenic Pb- Pb isotopic composition suggests a deep orogenic crustal source for the Pb. Stage II: arsenopyrite, pyrite and minor galena. It was the predominant period of gold deposition, which is related to remobilization processes. The primary stage I minerarization fluid inclusions are not at all preserved and recognized in the studied quartz samples, because they were destroyed by superposed episodes of deformation. However, abundant secondary aqueous healed fluid inclusions planes were observed. More complex N5°-35°W trending Ca \'+ OU -\' As (?) high salinity aqueous fluids, active during later stages of deformation within shear zone, are probably responsible for remobilization of gold from deeper levels, during stage II mineralization. The wide range of salinities recorded in the aqueous fluid inclusions might be referred to the mixture of high-salinity aqueous fluids with low-salinity fluids. These fluids were probably derived from a mixture of deep metamorphic brines with shallow meteoric waters of deep circulation. The isotopic data available for the Lourenço Au-District and neighboring regions in French Guiana and Guiana, strongly suggest a geodynamic crustal evolution model, based on the development of a calc-alkaline magmatic arc in the time interval (2.25-2.0 Ga). This can be explained by subduction of oceanic lithosphere in the beginning of the collision between two continental masses composed at that time by the Central Amazonian Province-Carajás-Iricoumé Block and the West African craton. The important periods of Archean and Paleoproterozoic orogenic gold-deposit formation correlate well with episodes of growth of juvenile continental crust, where the gold-forming events concentrated between 2.1 and 1.8 Ga, including deposition of the important ores, mainly, in the West Africa craton, Amazonian craton and Trans-Hudson orogen. In this way, the Salamangone gold deposit represents an orogenic mesozonal gold deposit, which was formed during compressional to transpressional deformation processes at Paleoproterozoic convergent plate margins in accretionary orogens.
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Geologia da região diamantífera de Poxoréu e áreas adjacentes, Mato Grosso / Not available.Weska, Ricardo Kalikowski 29 October 1996 (has links)
Nesta Tese foram desenvolvidos estudos geológicos gerais na região diamantífera situada entre os municípios de Dom Aquino Geral e Carneiro, cobrindo uma área de aproximadamente 12.000 k\'m POT.2\'. O trabalho inclui também estudos químicos e isotópicos de rochas básicas de natureza basáltica, bem como estudos de química mineral de granadas, ilmenitas e espinélios presentes em algumas rochas básicas/ultrabásicas, conglomerados e sedimentos de corrente. Durante o mapeamento regional foi elaborada uma nova coluna estratigráfica, cuja seqüência da base para o topo, é constituída por um conjunto vulcânico-clasto-químico de idade cretácea, equivalente ao Grupo Bauru, englobando as Formações Paredão Grande, Quilombinho, Cachoeira do Bom Jardim e Cambambe. Seguem-se a Formação Cachoeirinha de idade e terciária-quaternária representando os eventos da Superfície Sul American na região, um pacote terciário- quaternário indiviso constituindo terraços laterais de drenagens, e por fim a Fácies Coité no topo da coluna englobando as aluviões recentes. Essas duas últimas unidades encerram as mineralizações diamantíferas mais expressivas da região, concentradas em torno de Poxoréu. A Formação Paredão Grande é constituída por rochas equivalentes a basaltos do tipo OIB, datados em 83,9 \'+ OU -\' 0,4 Ma. pelo método \'Ar POT.40\'/\'Ar POT.39\', englobados na província ígnea de Poxoréu e resultantes da atividade da Pluma de Trindade sob o Estado de Mato Grosso. As Formações Quilombinho, Cachoeira do Bom Jardim e Cambembe, de idade cretácea superior, são constituídas por seqüências cíclicas de conglomerados, arenitos e argilitos conglomeráticos. A Formação vulcano-derivada contendo mais de 90% de clastos da Formação Paredão Grande; a Cachoeira do Bom Jardim possui por volta de 50,0% desse tipo de clastos, e destaca-se pela presença de calcretes. A Cambambe, quase desprovida de clastos vulcânicos, caracteriza-se pelapresença de silcretes. Seguem-se a Formação Cachoeirinha com cascalhos, areias, argilas e ferricretes; um pacote terciário/quaternário indiviso, e a Fácies Coité com deposições de cascalhos, areias e argilas. Esse conjunto vulcano-clasto-químico, formado por leques aluviais, desenvolveu-se em uma bacia do tipo rifte denominado neste trabalho de Rifte Rio das Mortes. a evolução geomorfológica do Cretáceo Superior ao Quaternário, sugere que essa Bacia Bauru depositou-se sobre uma paleo superfície de meio graben, cujo depocentro estaria localizado sob o vale atual do Rio das Mortes. Esta bacia está sendo capturada pelos eventos erosivos e deposicionais da Bacia Intracratônica do Pantanal. Os depósitos diamantíferos da área são representados por placeres localizados junto às drenagens, sobretudo em torno da cidade de Poxoréu. O diamante possui distribuição heterogênea e seus depósitos mais ricos estão condicionados por armadilhas de pequeno a grande porte. Esse mineral ocorre desde os conglomerados cretáceos (fonte intermediária) até cascalhos recentes. Suas fontes primárias ainda não foram localizadas na região. Contudo, no decorrer desse trabalho detectamos a presença de um microdiamante em uma intrusão básica/ultrabásica alterada denominada Intrusão Tamburi. Os minerais pesados granadas, ilmenitas e espinélios amostrados na Intrusão Tamburi, em piroclásticas da Formação Paredão Grande e em conglomerados da Formação Quilombinho, são constituídos por duas populações distintas, com características químicas diferentes de kimberlitos. As evidências de campo sugerem que a Intrusão Tamburi poderia ser a fonte alimentadora dos depósitos quaternários junto à drenagem adjacente do Rio Paraíso. Entretanto, ela não poderia ser contribuído para os ricos depósitos situados nas circunvizinhanças de Poxoréu. Dessa forma a origem primária desses diamantes continua sendo uma questão em aberto. / During this thesis we carried out a large amount of geological surveys is na area of 12,000km² located between the Municipalities of Dom Aquino and General Carneiro, central east Mato Grosso State, Brazil. Field work revealed a new stratigraphic column whose sequence from the bottom to the top is characterized by volcanic-clastic-chemical rocks of Late Cretaceous age equivalent to the Bauru Group, encompassing the Quilombinho, Cachoeira do Bom Jardim and Cambambe Formations. Next in the column lies the Tertiary-Quaternary Cachoeirinha Formation representing the the South American peneplanization in the area; an indivisible Tertiary-Quaternary sequence of terraces found along the fluvial system, and finally, the Coité Fácies representing recent placers. The latter two units contain the rich diamond-bearing deposits with have been mined around Poxoréu in the last decades. The Paredão Grande Formation is made up of basic rocks equivalent to OIB basalts, dated at 83.9 Ma. By \'Ar POT. 40\'/\'Ar POT. 39\' method. These rocks represent the magmatic events of the Poxoréu Igneous Province produced by the Trindade Plume under the State of Mato Grosso during the Late Cretaceous. The Late Cretaceous Quilombinho, Cachoeira do Bom Jardim and Cabambe Formations, are made up of cyclical sequences of conglomerates, arenites and conglomeratic clays. Furthermore, the Quilombinho Formation contains more than 90.0% volcanic clasts derived from the Paredão Grande Formation. As for the Cachoeira do Bom Jardim Formation, calcretes are conspicuous but volcanic clasts still amount to around 50.0% The Cambambe Formation is enriched in silcretes produced by evaporation under arid conditions and depleted in volcanic clasts. The Cachoeirinha Formation is made up of gravels, sands, clays and ferricretes; the indivisib Tertiary-Quaternary unit and the Coité Fácies are composed of gravels, sands and clays. This volcanic-clastic-chemical sequence developed as an isolated basin, herein named the Rio das Mortes Rift. Geomorphological evolution from the Late Cretaceous till the Quaternary suggests that this basin was developed upon a paleosurface of a half-graben. Its depocenter was located under the current Rio das Mortes Valley. Presently, the basin is being eroded by processes related to the Intracratonic Pantanal Basin. Diamond-bearing deposits are widespread throughout the area, being particularly rich around the locality of Poxoréu. Diamond distribution is heterogeneous but the presence of traps accounts for the concentrations worked in some diggings. Chemical analyses of pyrope garnets, magnesium ilmenites and chromium spinels recovered from pyroclastic rocks of the Paredão Grande Formation, Tamburi Intrusion, Quilombinho Formation and stream sediments revealed the presence of two distinct populations unrelated to kimberlites. The presence of a microdiamond recovered in the Tamburi intrusion could represent the source of some deposits but of the entire diggings around Poxoréu. Therefore, the origin of Poroxéu diamonds still remains unknown.
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Depósitos cenozóicos da região entre Marília e Presidente Prudente (SP) / Not available.Sallun, Alethea Ernandes Martins 24 June 2003 (has links)
Depósitos cenozóicos ocorrem extensivamente entre Marília e Presidente Prudente (SP), sobrepostos em discordância (com concentrações basais de ferricretes e/ou linhas-de-pedra) ou transicionalmente às rochas cretácicas do Grupo Bauru. Eles se distribuem irregularmente na área de estudo e foram agrupados em depósitos colúvio-eluviais e aluviais segundo critérios sedimentológicos, genéticos e morfológicos. Os depósitos colúvio-eluviais são caracterizados pela predominância de areia e areia argilosa com alta maturidade mineralógica. Os depósitos mais espessos são caracterizados pela predominância de areia fina. Datações por termoluminescência indicam idade pleistocênica para os depósitos colúvio-eluviais (10.000±1.200 a 1.188.000±130.000 anos) e aluviais (12.700± 1.500 a 349.800±28.000 anos). Esses depósitos acham-se instalados sobre quatro superfícies peneplanizadas afeiçoadas no Quaternário: I (1.200.000 a 400.000 anos), II (400.000 a 120.000 anos), III (120.000 a 10.000 anos) e IV (10.000 a hoje). Durante o Quaternário ocorreram pulsos de erosão e sedimentação de depósitos coluviais, colúvio-eluviais e aluviais, intercalados com fases de desenvolvimento de solos sobre as rochas cretácicas. Estes eventos poderiam estar relacionados a mudanças paleoclimáticas e/ou atividades neotectônicas, que causaram mudanças nos níveis de base com conseqüentes transformações do relevo. / Cenozoic deposits occur extensively between Marília and Presidente Prudente (São Paulo State, Brazil), unconformably (with basal concentration of ferricretes and/or stonelines) or transitionally superimposed to Bauru Group cretaceous rocks. They are irregularly distributed throughout the study area, and have been grouped into colluvio elluvial and alluvial deposits, according to sedimentological, genetical and morphological criteria. The colluvio-elluvial deposits are characterized by dominance of sands and clayey sands, with high mineralogical maturity. The thickest deposits are characterized by dominance of fine sands. Thermoluminescence (TL) datings indicated Pleistocene age for colluvio-elluvial (10,000\'+ ou -\'1,200 to 1,118,000\'+ ou -\'130,000 years) and alluvial (12,700\'+ ou -\'1,500 to 349,800\'+ ou -\'28,000 years) deposits. These deposits have been installed on four peneplained surfaces shaped during the Quaternary: I (1,200,000 to 400,000 years), II (400,000 to 120,000 years), III (120,000 to 10,000 years) and IV (10,000 until today). During the Quaternary erosion and sedimentation pulses of colluvial, colluvio elluvial and alluvial deposits occurred, which were intercalated with soil development phases on cretaceous rocks. These events could be related to paleoclimatic changes and/or neotectonic activities, which caused baselevel changes with consequent relief transformations.
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Geologia e gênese do depósito de Manganês de Bandarra, município de Jacaraci-BahiaMachado, Romulo 17 June 1977 (has links)
O trabalho em apreço faz parte de um estudo geológico desenvolvido na localidade de Bandarra, num depósito de manganês que possui nome homônimo, estando sua localização confinada ao Município de Jacaraci, próximo de Urandi e Licínio de Almeida, sudoeste da Bahia. A área objeto de nossos trabalhos se encontra na extremidade sul de uma faixa de rochas metamórficas contendo dezenas de depósitos manganesíferos distribuídos numa faixa de 70 km de extensão, possuindo as cidades de Brejinho das Ametistas e Urandi nas extremidades norte e sul, respectivamente, passando por Licínio de Almeida e Tauape. O depósito de Bandarra é alcançado por estrada de rodagem que liga Jacaraci à Licínio de Almeida, distando cerca de 18 km desta última. As rochas metassedimentares de idade pré-cambriana, em escala regional, formam segundo RIBEIRO FILHO (1968) uma seqüência inferior constituída de gnaisses-graníticos, xistos e anfibolitos, sobre a qual repousa uma seqüência superior contendo filitos, xistos, anfibolitos, metaconglomerados e quartzitos. O depósito de Bandarra está contido na seqüência superior. Na fisiografia da área são encontradas formas de relevo do tipo \"hogback\" ou \"cuesta\" que refletem unidades litológicas mais resistentes a erosão, representadas por quartzitos e formação ferrífera. As altitudes estão compreendidas entre o máximo de 1.000 m e mínimo de 850 m. As unidades litológicas estão representadas por três seqüências: a) micaxistos que passam a gnaisse na porção inferior (seqüência basal); b) formação ferrífera (seqüência intermediária); c) micaxistos, anfibolitos e quartzito micáceo (seqüência superior). A assembléia mineralógica presente no conjunto de rochas de Bandarra reflete condições metamórficas compatíveis com a fácies almandina-anfibolito. A análise integrada dos elementos estruturais nos conduz a admitir geração de dobras em provavelmente duas oportunidades, as quais no sentido de TURNER & WEISS (1963) corresponderiam as dobras longitudinais e oblíquas. Do elenco de minerais que formam o protominério constam jacobsita, hausmannita, bixbyita, hematita, carbonato contendo manganês, alleganita, espessartita, tefroíta e outros silicatos manganesíferos. Pelo estudo das relações texturais foi possível distinguir duas fases de formação de hematita e hausmannita, enquanto os demais revelaram apenas uma. O minério de manganês de Bandarra pode ser classificado em dois grupos principais: a) minério lenticular (primário ou secundário); b) minério rolado (secundário). Sua distribuição ocorre em lentes-camadas na formação ferrífera e, em superfície, na forma de \"granzon\". A atribuição de uma hipótese singenética ou epigenética para o cobre nativo presente no protominério de Bandarra não é possível diante do estágio atual de conhecimentos. / Not available.
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Contribuição ao estudo da jazida diamantífera de Romaria, MG / Not availableIsotta, Carlos Augusto Luciano 10 June 1969 (has links)
1. Este trabalho consta de duas partes: a primeira trata do histórico, importância, tipos de jazimentos e gênese dos diamantes. Na segunda é feito um estudo geológico, litológico, mineralógico e econômico da jazida de diamantes de Romaria (antiga Água Suja), localizada na Fazenda Marrecos, município de Romaria, Estado de Minas Gerais. 2. Conhecida desde 1888, a jazida é mencionada em trabalhos de G. Campos, Hussak, Draper e outros autores. Minerada durante algumas décadas por grandes companhias, passou em seguida por uma fase de abandono, voltando atualmente a ser alvo de atenções de nova companhia. A jazida é classificada como "secundária elevada". Os diamantes são encontrados em sedimentos fluviais de idade provavelmente neo-cretácica ou talvez enozoica. Tais sedimentos assentam-se discordantemente sobre o arenito Botucatu e em alguns lugares, diretamente sobre o embasamento cristalino. A seqüência diamantífera é constituída de três camadas, cujos nomes locais são: conglomerado Tauá, que é um conglomerado polimíctico basal, mal selecionado; Secundina, arenito grosseiro com intercalações conglomeráticas e argilosas; Gorgulho, nome dado ao solo rico em canga que recobre toda a área. O Tauá, a camada mais rica em diamantes, foi estudado com maiores pormenores. Distinguem-se dois tipos desse conglomerado: o Tauá tipo e o Tauá atípico. 3. O diamante da jazida de Romaria apresenta hábito cristalino predominantemente rombododecaédrico. Alguns exemplares, quando submetidos à luz ultra-violeta, mostraram fluorescência azul-violácea. Alguns mostraram anisotropia anômala. Os cristais octaédricos normalmente apresentam trígonos de corrosão nas faces de octaedro, enquanto os cúbicos, extremamente corroídos e sempre translúcidos, mostram nas faces de cubo pirâmides reentrantes de base quadrada. Alguns apresentam inclusões de grafita; em um cristal examinado, constatou-se a presença de inclusões de olivina e cromita. Os diamantes da jazida não apresentam arestas arredondadas e sinais de impacto. 4. A reserva mínima provada da jazida é de 2.000.000 m3 de Tauá. A capa a ser removida (Secundina e Gorgulho) tem espessura média de 11 m. O teor médio obtido foi de 16 pontos/m3. 5. O diamante do Tauá parece ter sofrido pouco ou nenhum transporte, sugerindo fonte primária nas proximidades. A presença de inclusões de olivina e cromita indica uma associação primária de diamante com rochas ultrabásicas. 6. Recomendações sobre a lavra do diamante são feitas no final deste trabalho. / Not available
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