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Sentidos da educação das relações étnico-raciais nas práticas curriculares de professores (a)s de escolas localizadas no meio ruralFerreira, Michele Guerreiro 21 June 2013 (has links)
Submitted by Israel Vieira Neto (israel.vieiraneto@ufpe.br) on 2015-03-06T17:30:03Z
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Previous issue date: 2013-06-21 / CAPES / Esta pesquisa versa sobre a educação das relações étnico-raciais nas práticas curriculares a partir do olhar de professore(a)s de escolas localizadas no meio rural do Sistema Municipal de Ensino de Caruaru – PE, tomando como lentes teóricas os Estudos Pós-Coloniais Latino-Americanos (QUIJANO, 2005, 2007; GROSFOGUEL, 2007; DUSSEL, 2005; MIGNOLO, 2005, 2011; SARTORELLO, 2009; WALSH, 2005, 2007). Direcionamos nosso olhar para a escola localizada no meio rural, pois este se apresentou como um espaço duplamente silenciado, seja pela questão do etnocentrismo da matriz branca europeia, seja pelo urbanocentrismo presente na sociedade moderna. Nosso objetivo foi compreender os sentidos da educação das relações étnico-raciais nas práticas curriculares através do olhar de professore(a)s de escolas situadas no meio rural por meio do ensino dos conteúdos de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. De maneira mais específica, objetivamos identificar e caracterizar as referências do(a)s professore(a)s para trabalhar os conteúdos de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana; identificar e caracterizar os conteúdos de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana presentes nas práticas curriculares do(a)s professore(a)s e identificar e caracterizar o espaço, o tempo e a forma como os conteúdos de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana presentes nas práticas curriculares do(a)s professore(a)s são tratados. Para tanto, baseados na abordagem da pesquisa qualitativa tomamos como campo empírico duas escolas situadas no meio rural do sistema municipal de ensino de Caruaru – PE, onde desenvolvemos técnicas de produção e coleta de dados que foram analisados via Análise Temática, da Análise de Conteúdo (BARDIN, 2004). Os dados mostram que as práticas curriculares do(a)s professore(a)s são permanentemente tensionadas. A herança colonial ainda exerce grande força nos conflitos colonialidade/decolonialidade. Vemos que a política curricular, tanto em sua dimensão global como local, avança e retrocede em direção à construção de uma educação antirracista e intercultural. Porém como ela se apresenta simultaneamente nas perspectivas Crítica e Funcional, vemos que a ruptura com a hierarquização racial, a decolonização dos currículos monoculturais, é uma questão de desobediência epistêmica em níveis ampliados.
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Os paradigmas que alicerçam os livros didáticos de História e Geografia da coleção didática Projeto Buriti multidisciplinar: um olhar através das epistemologias do SulSILVA, Filipe Gervásio Pinto da 22 May 2015 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2016-07-01T11:00:36Z
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Previous issue date: 2015-05-22 / Esta pesquisa trata dos paradigmas educacionais que alicerçam os Livros Didáticos(LD) de História e Geografia da coleção didática projeto Buriti Multidisciplinar aprovada no PNLD-CAMPO/2013 e tem como lente teórica as Epistemologias do Sul, através de um diálogo entre O Pensamento Decolonial Latino-Americano (QUIJANO, 2005; MIGNOLO, 2005; WALSH, 2008) e a Sociologia das Ausências e a Sociologia das Emergências (SANTOS, 2010a). Voltamos nosso olhar para os LD de História e Geografia, uma vez que pressupomos que os territórios menos colonizados, tanto em âmbito social (SANTOS, 2010a), como em âmbito disciplinar (PERRENOUD, 1999) trazem consigo possibilidades decoloniais de resistência e valorização dos saberes dos povos campesinos. Neste sentido, o objetivo geral desta pesquisa consistiu em compreender que paradigmas educacionais alicerçam os LD História e Geografia da coleção didática projeto Buriti Multidisciplinar aprovada no PNLD-CAMPO/2013. Objetivamos, em específico: caracterizar a política do PNLD-CAMPO/2013 no que diz respeito às concepções, aos sujeitos, às referências e à seleção; identificar e caracterizar as concepções de sociedade, cultura, território, sujeito, conhecimento e educação presentes nos LD de História e Geografia da coleção didática projeto Buriti Multidisciplinar aprovada no PNLD-CAMPO/2013 e relacionar as concepções de sociedade, cultura, sujeito, conhecimento e educação dos LD de História e Geografia da coleção didática projeto Buriti Multidisciplinar aprovada no PNLD-CAMPO/2013 com os Paradigmas da Educação do Campo. Para tanto utilizamos como técnica de análise a Análise de Conteúdo (BARDIN, 1977), via Análise Temática (VALLA, 1990). Os dados analisados sinalizam para uma coexistência conflitiva assimétrica entre Colonialidade/Monoculturas e Decolonialidade/Ecologias, sendo a primeira sentença a hegemônica. Esta hegemonia faz predominar na coexistência paradigmática conflitiva o Paradigma Funcional da Educação do Campo. Trata-se de uma interdependência do contexto político do PNLD-CAMPO/2013, cujos sujeitos políticos hegemônicos são os grupos editoriais. Neste ínterim, compreendemos que a presença dos povos campesinos nos livros didáticos contribui para a própria construção da sua inexistência epistêmica, uma vez que a transgressão epistemológica destes povos nos textos curriculares é um Ainda-Não possível apenas com o fortalecimento da Interculturalidade Crítica. / This research deals with the educational paradigms that are the foundation of Didactic Books (DB) of History and Geography from the didactic collection of the project Buriti Multidisciplinar approved in the PNLD-CAMPO/2013 and has as theoretical lenses the South Epistemologies, through a dialog between the Latin-American Decolonial Thinking (QUIJANO, 2005; MIGNOLO, 2005; WALSH, 2008) and the Sociology of Absences and Sociology of Emergencies (SANTOS, 2010a). We turn our sight to the DB of History and Geography, once we assume that less colonized territories, both in the social scope (SANTOS, 2010a), as in a disciplinar scope (PERRENOUD, 1999) bring with them decolonial possibilities of resistence and appreciation of knowledge from rural people. Thus, the general objective of this research consists in comprehending the educational paradigms that are the foundation of History and Geography DB from the didactic collection of the project Buriti Multidisciplinar approved in the PNLD-CAMPO/2013. We aim is to specifically: charactetize the policies of the PNLD-CAMPO/2013 around the conceptions, the subjects, the references and the selection; identify and characterize the conceptions of society, culture, territory, subject, knowledge and education presented in the History and Geography DB from the didactic collection of the project Buriti Multidisciplinar approved in the PNLD-CAMPO/2013 and relate the conceptions of society, culture, subject, knowledge and education of the History and Geography DB with the Rural Educational Paradigms. Thereby we used as analysis technique the Content Analysis (BARDIN, 1977), through Thematic Analysis (VALLA, 1990). The data analyzed signal to a assimetric conflictive coexistence between Coloniality/Monocultures and Decoloniality/Ecologies, being the first sentence the hegemonic. This hegemony predominates in the conflictive paradigmatic coexistence the Functional Paradigm of the Rural Education. It is an interdependence of the political context of the PNLD-CAMPO/2013, whose hegemonic political subjects are the editorial groups. In the meantime, we comprehended that the presence of rural people in the didactic books contributes to the very construction of its epistemic inexistence, since the epistemologic transgression of these people in the curriculum texts is a Not-Yet only possible with the strengthening of the Critical Interculturality.
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Tambores do sertão: diferença colonial e interculturalidade - entreliçamento entre Umbanda/Quimbanda e Candomblé Angola no Norte de Minas GeraisBorges, Ângela Cristina 11 March 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-03-11 / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais / This paper analyzes the phenomenon of entanglement between Umbanda and Candomblé Angola in the northern region of Minas Gerais from the formation of these traditions to the present. In this sense, it reflects on the dialectic construction of a universe typically afro-sertanejo formed by the meeting in this region of the two traditions here looked at as the outspread not only of the African diaspora, but especially the inauguration of modernity and its dark side, coloniality. The afro-sertanejo universe consists of the acquaintanceship of these religious traditions and coexistence in the same religious space making it increasingly difficult to conceive one religion without the other. We intend to present in this paper that such intimacy and coexistence is linked to the origin of these traditions in a region where Umbanda and Candomblé practitioners interacted establishing dialogues since the late 1950s. We also intend to show that this approach has historical grounding being related to America s constitution and inauguration of modernity. Processes that triggered the hybrid and syncretic dynamics that put cultures and bodies in border predisposed not only to accommodation or cultural negotiation, but above all intercultural dialogue. With regard to the methodology our theoretical choice was the decolonial facet due to the assumption that the coexistence of Umbanda and Candomblé Angola in the same place could be more than the existence of a religious continuum, could represent an intercultural process. Given that, we based this work in particular on the following thinkers: Aníbal Quijano, Walter Mignolo and Catherine Walsh. In order to check the validity of our hypothesis, the methodological procedure used in this study was qualitative, composed of: oral sources through testimony from people who knew and were inserted in these religions in the 60s, of Umbanda practitioners that adopted the Candomblé Angola. We use the recorder and informal conversations; documental research in public and private collections; field observation work over the past five years and monitoring of public and private rituals. Thus, from the crossing-data obtained in the field without losing sight of the de-colonial perspective, we come to the following conclusions: the religious practices of the african-Brazilians in the interior of Minas Gerais translates the intercultural dialogue between Umbanda and Candomblé Angola, dialogue that makes these traditions symbols of decoloniality; the decoloniality covers not only the borderland thinking, but also actions erected within the colonial difference, space where you can prove that magic and Exu action are the drivers of dialogue, the drivers of decoloniality itself; the decoloniality in religious traditions such as african-Brazilian can occur through intercultural dialogue between these traditions; the interculturalism explains the phenomenon of adoption of Candomblé Angola by Umbanda practitioners in northern Minas Gerais; interculturalism among afro-sertanejos boosts the political struggles for rights and social recognition / O presente trabalho analisa o fenômeno de entreliçamento entre Umbanda/Quimbanda e Candomblé Angola na região norte do Estado de Minas Gerais a partir da formação dessas tradições até a atualidade. Neste sentido, tece reflexões sobre a construção dialética de um universo tipicamente afro-sertanejo formado pelo encontro das duas tradições aqui consideradas enquanto desdobramentos não apenas da diáspora africana, mas, sobretudo, da inauguração da Modernidade e seu lado oscuro1, a colonialidade.
O universo afro-sertanejo se constitui na convivência entre essas tradições religiosas e coexistência em um mesmo espaço religioso de forma tal que cada vez mais torna-se difícil conceber uma religião sem a outra. Pretendemos mostrar neste trabalho que, tal convivência e coexistência está vinculada à origem dessas tradições nessa região, onde umbandistas e candomblecistas interagiram desde finais da década de 1950 estabelecendo diálogos.
Pretendemos também demonstrar que essa aproximação tem raízes históricas estando relacionada à constituição da América e inauguração da Modernidade. Processos que desencadearam a dinâmica híbrida e sincrética que colocou culturas e corpos em fronteira, predispostos não somente à acomodação ou negociação cultural, mas sobretudo, ao diálogo intercultural.
No que se refere à metodologia, nossa escolha teórica foi o pensamento descolonial em função de presumirmos que a convivência entre Umbanda/Quimbanda e Candomblé Angola, em um mesmo terreiro, poderia ser mais que a existência de um continuum religioso, poderia ser um processo intercultural. Desta forma, nos balizamos especialmente nos seguintes pensadores: Aníbal Quijano, Walter Mignolo e Catherine Walsh.
De modo a verificar a validade da nossa hipótese, o procedimento metodológico utilizado neste estudo foi o qualitativo, composto por: fontes orais através de depoimentos de pessoas que conheceram e se inseriram nestas religiões nas décadas de 60 e de umbandistas que adotaram o Candomblé Angola. Usamos o gravador e conversas informais; levantamento documental em acervos públicos e
1 Lado escuro no sentindo de encoberto.
privados; trabalho de observação de campo nos últimos cinco anos, com acompanhamento de rituais públicos e privados.
A partir do cruzamento dos dados obtidos no campo, sem perder de vista a perspectiva descolonial, chegamos às seguintes conclusões: a prática religiosa dos afro-brasileiros no sertão das Gerais traduz o diálogo intercultural entre Umbanda/Quimbanda e Candomblé Angola, diálogo que torna essas tradições sertanejas ferramentas simbólicas da descolonialidade, sendo que esta não se encerra exclusivamente no pensar fronteiriço, mas também na ação erigida no espaço da diferença colonial, espaço onde é possível comprovar que a magia e a ação de Exu são os propulsores do diálogo, ou seja, da descolonialidade; essa em tradições religiosas como as afro-brasileiras pode ocorrer através do diálogo intercultural entre essas tradições; a interculturalidade explica o fenômeno de adoção do Candomblé Angola pelos umbandistas norte-mineiros; a interculturalidade entre os afro-brasileiros no sertão norte-mineiro impulsiona lutas políticas em busca de direitos e reconhecimento social configurando esses atores enquanto afro-sertanejos; o entreliçamento entre Umbanda e Candomblé Angola nessa região torna-os sertanejos configurando dessa forma, um universo religioso afro-sertanejo
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