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O currículo e a cultura escolar como espaço de poder: praticando estudos culturais numa escola pública / Curriculum and school culture as a place of power: practicing cultural studies in a public schoolRodrigues, Francisco José January 2007 (has links)
RODRIGUES, Francisco José . O currículo e a cultura escolar como espaço de poder: praticando estudos culturais numa escola pública. 2007. 235f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, Fortaleza-CE, 2007. / Submitted by Maria Josineide Góis (josineide@ufc.br) on 2012-07-11T14:21:48Z
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Previous issue date: 2007 / Our study approaches the curriculum in the perspective of the school culture. Its objective was the quarrelsome relations experienced in the curricular space by the subjects involved in the educational process. Its purpose was to investigate, under the light of the contemporary curricular theories, in the curricular territory of a public school, the routine practices of the dominated youthful groups, its relations with the dominant official culture and the power relations that are established in the encounter of pedagogical nature. Therefore, substantiated in the cultural analysis, we seek to analyze and clearify the incessant construction and reconstruction of the real curriculum and to know its practices and meanings. In that sense, we opted for a qualitative methodological approach, defyning it as a case study of ethnographic nature. We used participant observation as an instrument of data collection, a field journal, semi-structured interviews and focal groups. The subjects were constituted of students, professors and managers of a public school in the city of Fortaleza, Brasil, with emphasis in the students. The research reveals that the state-owned school is a creating and socializing agency that grants primacy to the curriculum of the dominant culture and to its desire of colonization of the popular culture, showing its toes with the bourgeois capitalist State. The context observed uncovers a movement of control and of discipline of the student body, entangled by the official culture of the school seeking to assure the status quo and the forms of domination of the modern society. For such, it elaborates a discipline apparatus that cultivates the production of docile minds and bodies among the students. The school, as a modern treaty, utilizes the uniform, a stardandization system of classes, schedules, average grade, among other strategies, as a modern technology of uniformization and standardization of behaviors, practices and world views. Others meanings and values associated to the uniform are revealed. The research poits out that, despite the effort of the school to homogenize the students, the cultural dynamic of the curricular space sets out a setting marked by diversity and difference, typical of the globalized contemporary society. It shows a story line of mapping and uneven occupation of the school physical spaces, where the groups, according to their closeness or separation of the dominant official culture in the curriculum, occupy the more central spaces or move away to the periphery. Some groups of the cultural setting of the school, even start to defend the interests and the needs of the dominant official culture, in function of the symbolic profits that are attributed to the their adherents. The research shows, on the other hand, that the curriculum and the culture of the school researched are not characterized only by the game of domination and submission; the school routine is marked by a series of disparate and quarrelsome events, that can be read as having a strong sense directed to the desire to clash with the dominant official perspective in the school and in the curriculum Thus, it has the intension marked by the impetus of resistance and of clashing of the official order. For this reason, resistance and non-submission, also, marks of the school culture, predominant characteristics in some groups of the cultural setting of the school and of the curriculum, collaborating, thus, for the development and maintenance of a contentious capital, that starts to integrate the intersubjective relations of the diverse groups that compose the curricular territory. The comprehension of the phenomena studied stirs up the need for new political, cultural, and educational projects that are more committed with autonomy and freedom, offering inclusive experiences and marked by the horizon of diversity, happiness and full achievement of the people. / Nosso estudo aborda o currículo na perspectiva da cultura escolar, tendo como objeto de investigação a problemática das relações contenciosas vivenciadas no espaço curricular pelos sujeitos envolvidos no processo educativo. O propósito do trabalho é investigar, à luz das teorias curriculares contemporâneas, no território curricular de uma escola pública, as práticas cotidianas dos grupos juvenis dominados, suas relações com a cultura oficial dominante e as relações de poder que se estabelecem neste encontro de natureza pedagógica. Assim sendo, fundamentados na análise cultural, buscamos analisar e esclarecer os processos de construção e reconstrução incessante do currículo real, conhecendo suas práticas e significados. Nesse sentido, optamos por uma abordagem metodológica qualitativa, definindo-a como um estudo de caso, de natureza etnográfica. Utilizamos como instrumentos de recolha de dados a observação participante, o diário de campo, entrevistas semi-estruturadas e grupo focal. Os sujeitos se constituíram de alunos, professores e dirigentes de uma escola pública de Fortaleza-Ceará, com ênfase nos primeiros. A pesquisa revela que a escola estatal se mantém como uma agência formadora e socializadora que concede primazia em seu currículo à cultura dominante e ao seu desejo de colonização da cultura popular, evidenciando seus vínculos com o Estado burguês capitalista. O contexto observado desvela um movimento de controle e de disciplinamento dos discentes, enredado pela cultura oficial da escola em busca de assegurar o status quo vigente e as formas de dominação próprias da sociedade moderna. Para tanto, elabora-se um aparato disciplinar que colima a produção de mentes e corpos dóceis entre os estudantes. A escola, enquanto tratado moderno, utiliza a farda, junto do sistema de padronização de aulas, horários, nota média, entre outras estratégias, como uma tecnologia moderna de uniformização e estandardização de comportamentos, práticas e visões de mundo. Revelam-se, ainda, outros significados e valores associados à farda. A investigação esclarece que, não obstante o esforço da escola de homogeneizar os estudantes, a dinâmica cultural do espaço curricular e escolar explicita um cenário marcado pela diversidade e pela diferença, típico da sociedade globalizada contemporânea. Desvela-se uma trama de mapeamento e ocupação desigual dos espaços físicos escolares, onde os grupos, de acordo com sua aproximação ou distanciamento da cultura oficial dominante no currículo, vão ocupando os espaços mais centrais ou afastando-se para os periféricos. Alguns grupos do cenário cultural da escola, passam mesmo a defender os interesses e as necessidades da cultura oficial dominante, em função dos ganhos simbólicos que são atribuídos aos seus aderentes. Nossa investigação revela, de outro lado, que o currículo e a cultura da escola pesquisada não estão caracterizados apenas pelo jogo da dominação e da submissão; o cotidiano escolar mostra-se marcado por uma série de acontecimentos contenciosos e díspares, que podem ser lidos como tendo um sentido fortemente voltado para o desejo de enfrentamento da perspectiva oficial dominante na escola e no currículo e que, portanto, têm uma intencionalidade marcada pelo ímpeto de resistência e de enfrentamento da ordem oficial. Dessa forma, a resistência e a insubmissão tornam-se, também, marcas da cultura escolar, características predominantes em alguns grupos do cenário cultural da escola e do currículo, colaborando, assim, para o desenvolvimento e manutenção de um capital contestatório, que passa a integrar as relações intersubjetivas dos diversos grupos que compõem o terreno curricular. A compreensão dos fenômenos estudados suscita a necessidade de empreendermos novos projetos políticos culturais e educacionais mais comprometidos com a autonomia e a liberdade, ensejando vivências inclusivas e marcadas pelo horizonte da diversidade, felicidade e realização plena das pessoas.
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A Criança Na Escola: Os Sentidos da Escolarização Para Alunos Tidos Como Problemáticos / The Child at School: The Meanings of Schooling for Students Perceived as ProblematicAlbuquerque, Maria Elenir Coelho January 2010 (has links)
ALBUQUERQUE, Maria Elenir Coelho. A criança na escola: os sentidos da escolarização para alunos tidos como problemáticos. 2010. 167 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, Fortaleza-CE, 2010. / Submitted by Liliane oliveira (morena.liliane@hotmail.com) on 2012-08-07T14:15:29Z
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Previous issue date: 2010 / This is a qualitative ethnographic research. In order to understand the meanings of schooling for problematic students who are classified this way in this research for creating disciplinary problems at school or because they have a small interest in participating in school activities, I had as the main objective of this research to perceive the impressions those children have of a school as well as of some school practices and the knowledge transmitted by them. More specifically, I wanted to investigate: 1) What are the school roles for a child when it comes to practices and knowledge, 2) What do they like and dislike among those practices that they live and the knowledge that is passed to them, 3) How, in different contexts, children interpret and appropriate the practices, the spaces and the knowledge of the school 4) What to expect from a school and the schooling process. For that, I used the following methodological tools: observation, interviews and requested activities with the children [photographs (where the children enrolled school spaces to give them directions related to school practice) and an imaginary story (which from a story created by me, the students were able to expose the role of the school in a playful way)]. The empirical field chosen to guide this research was the Municipal School Ensinando e Apredendo, located in Novo Mondubim, a neighborhood of Fortaleza. The privileged individuals were six students in a class considered, by administrators and teachers, as the "most problematic" in terms of disciplinary behavior during the academic years of 2007 and 2008. The results show that the meanings of schooling for these children are not directly related to what the school proposes which is the transmission of knowledge. For these students, the most meaningful idea of being in a school is to be among friends and have fun with them upon the opportunity. Contact with school knowledge becomes important to them only if it comes in a playful way, otherwise is described by students as a practice that should take a short period of time which importance they do not know. With this study we may conclude that the new values that children and young people build in social spaces in which they are immersed, leads them to deny the school knowledge and make them want a school with no schooling. It is also conclusive that students do not consider themselves as problematic, they question the normality of the structure which makes they feel uncomfortable and they do it as from the contexts and their established relationships inside the field. In this field, these new relationships can bring new identities for these children and these are no longer seen as problematic but turned into an instance of normality granted by the school / Esta é uma investigação qualitativa de caráter etnográfico. Com intuito de compreender os sentidos da escolarização para alunos tidos como problemáticos, que são assim classificados nessa investigação por criarem problemas disciplinares na escola ou por apresentarem pouco interesse em participar das atividades escolares, tive com a presente pesquisa o objetivo principal de perceber os sentidos que essas crianças atribuem à escola, às práticas escolares e aos saberes por ela transmitidos. Mais especificamente, pretendi investigar:1) Qual a função da escola para a criança no que diz respeito às práticas e saberes, 2) O que gostam e não gostam dessas práticas que vivenciam e saberes que lhes são repassados, 3) Como, em diferentes contextos, as crianças interpretam e se apropriam das práticas, espaços e saberes da escola e 4) O que esperam de uma escola e do processo de escolarização. Para tanto, utilizei os seguintes instrumentos metodológicos: observação, entrevistas e atividades solicitadas com as crianças [fotografias (onde as crianças registraram os espaços da escola para lhes atribuir sentidos ligados à prática escolar) e história imaginária (onde a partir de uma história criada por mim, os alunos puderam, de forma lúdica, expor a função da escola)]. O campo empírico escolhido para nortear esta investigação foi a Escola Municipal Ensinando e Aprendendo, localizada no bairro Novo Mondubim, em Fortaleza. Os sujeitos privilegiados foram seis alunos de uma turma denominada, por gestores e professores, como a “mais problemática” em termos de comportamento disciplinar durante os anos letivos de 2007 e 2008. Os resultados revelam que os sentidos da escolarização para essas crianças não está diretamente relacionado àquilo a que a escola se propõe que é a transmissão do saber. Para esses alunos, o mais significativo em estar na escola diz respeito ao encontro com os amigos e às brincadeiras que se tornam possíveis a partir desse encontro. O contato com o conhecimento escolar torna-se importante para eles quando vem acompanhado de brincadeiras, do contrário, é descrito pelos alunos como uma prática que deve ter pouca duração e cuja importância desconhecem. Com esse estudo pode-se concluir que os novos valores que crianças e jovens constroem nos espaços sociais nos quais estão imersos, os leva a negar o conhecimento escolar e a desejar uma escola sem escolarização. É conclusivo também que os alunos não se consideram problemáticos, eles questionam a normalidade da estrutura que os inquieta e fazem isso a partir dos contextos e das relações que estabelecem dentro do campo. Neste, novas relações podem trazer novas identidades para essas crianças e estas deixarem de ser vistas como problemáticas e passarem a uma instância de normalidade concedida pela escola
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