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Prevalência da síndrome de Burnout em enfermeiros da rede hospitalar de urgência e emergência no Estado da Paraíba - BR

Dantas, Tatiana Rodrigues da Silva 14 March 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-08T14:47:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1039730 bytes, checksum: f7ca3d2a5b06fe0fe42126e79f9e7005 (MD5) Previous issue date: 2011-03-14 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Burnout syndrome is a psycho-social phenomenon which results from the association among labored demands and exigencies and personal characteristics of the individual. This syndrome occurs mainly in professionals that work in direct contact with people. Also, it is a tridimensional syndrome that is characterized by emotional exhaustion, depersonalization and a reduced sensation of professional realization. The present research aims to investigate the occurrence of Burnout Syndrome among nurses of Urgency and Emergency Hospitals in Paraíba State. Moreover, it is a descriptive research with quantitative approach, developed in six specialized hospitals in urgency and emergency in Paraíba. The sample was constituted by 110 nurses who have worked in the urgency and emergency sector. The tools used were Maslach Burnout Inventory (MBI), Human Service Survey (HSS) version, and the Inventory of Work and Illness Risk (in Portuguese, ITRA). The data were tabled and analyzed using the SPSS software, 15.0 version. Furthermore, the research adopted significance level of 5%, and values to p < 0.05 were considered significant. The chi-square test was used to verify the association between variables. Also, all ethical aspects of researches with humans were considered in this research. The results showed predominance of female nurses, young, single and childless. Furthermore, 54.5% live in situation of multiple jobs, 49.1% works from 20 to 44 hours a week, and 30.9% of them declared that have some kind of extra-activity different from nursing assistance. In relation to the work time in nursing, actuation in hospital and in urgency and emergency services, the research observed predominance of professionals with less than five years of actuation. 61.8% are service renders or encoded ones. 31% of the nurses presented a high level of EE, 49.1% presented it in medium one. In addition, 28.2% presented DP in high level, 54.5% presented it in medium one, and 23.6% presented reduced personal accomplishment. 82.7% of the nurses presented BS, 59.1% of them in a moderated level and 23.6% in serious one. It was noted that there is an association statistically significant between the occurrence of BS and exposition to the following variables: non-repetitive tasks (p-value = 0.012), tasks has not been well defined (p-value = 0.004), precarious service conditions (p-value = 0.014), burnout (p-value = 0.000), emotional exhaustion (p-value = 0.033), stress (p-value = 0.001), overload (p-value = 0.001), frustration (p-value = 0.002), insecurity (p-value = 0.015), and lack of recognition of my performance (p-value = 0.041). Also, recognition is considered as a protection factor against BS development (RR = 0.82/CI = 0.71&#894; 0.94). The research concludes that nurses which work in urgency and emergency services presents an expressive level of illness because of the lasting contact with the work conditions of this kind of service. It is necessary to implement strategies that focus on the elimination, reduction or, minimally, the control of variables associated to Burnout Syndrome development among nurses of urgency and emergency services. Then, these strategies aim to the health reestablishment of these professionals, and the sanity preservation of nurses that are still healthy. Therefore, professionals, users and managers will obtain benefits. / A síndrome de burnout é um fenômeno psicossocial resultante da associação entre as demandas e exigências laborais e as características pessoais do indivíduo. Acomete, principalmente, profissionais que trabalham em contato direto com pessoas. Trata-se de uma síndrome tridimensional, caracterizada por exaustão emocional, despersonalização e sensação de reduzida realização profissional. Nesta pesquisa objetivou-se investigar a ocorrência da síndrome de burnout entre enfermeiros da rede hospitalar de urgência e emergência no Estado da Paraíba. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem quantitativa realizada em seis hospitais especializados no atendimento às urgências e emergências no Estado. A amostra foi constituída por 110 enfermeiros que atuavam no setor de urgência e emergência. Utilizou-se como instrumento o Maslach Burnout Invetory (MBI) na versão Human service survey (HSS) e o Inventário de Trabalho e Risco de Adoecimento (ITRA). Os dados foram tabulados e analisados com o auxílio do software SPSS na versão 15.0. Foi adotado nível de significância de 5%, sendo considerados significativos os valores de p < 0,05. Para verificar associação entre as variáveis foi aplicado o teste do qui-quadrado. Foram considerados todos os aspectos éticos das pesquisas envolvendo seres humanos. Os resultados mostraram predominância de enfermeiros do sexo feminino, jovens, sem companheiro e sem filhos. 54,5% vivem a situação do múltiplo emprego, 49,1% cumprem uma carga horária semanal de trabalho de 20 a 44 horas, 30,9% exercem algum tipo de atividade extra, diferente da enfermagem assistencial. Para o tempo de exercício da profissão, de atuação no hospital e em serviços de urgência e emergência, observou-se predomínio de profissionais com menos de cinco anos de atuação. 61,8% são prestadores de serviço ou codificados. 31% dos enfermeiros apresentaram EE em nível alto, 49,1% em nível médio, 28,2% apresentaram DP em nível alto, 54,5% a apresentaram em nível médio, 23,6% apresentaram reduzida realização profissional. 82,7% dos enfermeiros apresentaram SB, sendo 59,1% em nível moderado e 23,6% em nível grave. Houve associação estatisticamente significativa entre a ocorrência da SB e exposição às seguintes variáveis: as tarefas são repetitivas (p-valor = 0,012), as tarefas não estão claramente definidas (p-valor = 0,004), as condições de trabalho são precárias (p-valor = 0,014), esgotamento profissional (p-valor = 0,000), esgotamento emocional (p-valor = 0,033), estresse (p-valor = 0,001), sobrecarga (p-valor = 0,001), frustração (p-valor = 0,002), insegurança (p-valor = 0,015), e falta de reconhecimento do meu desempenho (p-valor = 0,041). Reconhecimento mostrou-se como um fator de proteção ao desenvolvimento da SB (RR = 0,82/IC = 0,71&#894; 0,94). Conclui-se que os enfermeiros que atuam em serviços de urgência e emergência apresentam expressivo nível de adoecimento em virtude do contato diuturno com as condições em que se realizam o trabalho nesse tipo de serviço. Há que se implementar estratégias que visem a eliminação, redução ou, minimamente, o controle das variáveis associadas ao desenvolvimento do burnout entre os enfermeiros dos serviços de urgência e emergência, tendo em vista o restabelecimento da saúde desses profissionais e a preservação da saúde mental daqueles que ainda se encontram saudáveis. Ganharão com isso os profissionais, os usuários e os gestores.
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Estudo epidemiolÃgico das vÃtimas de acidentes de trÃnsito admitidas em hospital de emergÃncia de Fortaleza / Epidemiological study of the victims of traffic accidents admitted to emergency hospital of Fortaleza

Maria das GraÃas Barbosa Peixoto 24 June 1998 (has links)
A violÃncia no Brasil vem crescendo progressivamente e nos Ãltimos anos assumiu um lugar de destaque no cenÃrio da SaÃde PÃblica. No CearÃ, a violÃncia do trÃnsito cresce em proporÃÃes assustadoras. Em 1996, os acidentes de trÃnsito ocuparam o primeiro lugar no grupo de causas externas com 32,0% dos Ãbitos tanto para o Estado como para a Capital. Este estudo objetivou analisar os aspectos epidemiolÃgicos dos acidentados no trÃnsito, admitidos no maior hospital de emergÃncia de Fortaleza - Instituto Josà Frota (IJF). à descrita a casuÃstica de pacientes atendidos em conseqÃÃncia de acidentes de trÃnsito, realizados em regime de internaÃÃo, no perÃodo de fevereiro a abril/97 (N = 377). Os resultados mostram que, do total dos pacientes estudados, cerca de 8,0% foram a Ãbito; 89,9% sobreviveram sem incapacidade fÃsica e 2,1% com incapacidade fÃsica. O traumatismo mais freqÃente foi a fratura de crÃnio, acometendo praticamente a metade dos acidentados (46,9%). Das vitimas que evoluÃram a Ãbito, 76% foram em funÃÃo de lesÃes cerebrais. Das que desenvolveram incapacidade fÃsica, 50% sofreram lesÃo medular. A prevalÃncia de incapacidade fÃsica entre os acidentados admitidos no IJF ficou em torno de 2,1%. Quando se analisou o tipo de acidente, verificou-se a importÃncia dos acidentes por abalroamento/colisÃo e atropelamento, tanto pela concentraÃÃo em faixas etÃrias jovens, como pela gravidade dos traumatismos e lesÃes impostas e potencial evoluÃÃo ao Ãbito. O maior nÃmero de vitimas foi observado na faixa etÃria de 15 a 49 anos, com 71,1% do total de acidentados. Observou-se o predomÃnio do sexo masculino, em 81%, numa proporÃÃo de 4:1. Dentre os acidentados, o maior percentual com os motociclistas (26%), seguido dos pedestres com 21,5%. Analisando as causas do acidente, observou-se que as mais freqÃentes foram a desatenÃÃo do motorista (49%) seguida pela desatenÃÃo do acidentado (46%), e pelo excesso de velocidade (42,8%). Verificou-se que o primeiro atendimento Ãs vitimas foi feito por transeuntes e que 66% dos pacientes internados receberam tratamento clÃnico/cirÃrgico. / In recent years external causes of death (traffic accidents, violence) have been growing progressively in Brazil, becoming a major public health problem. In CearÃ, traffic accidents have been increasing, reaching a frightening share of overall mortality. In 1996, traffic accidents had become the leading single cause of mortality in the group external causes with 32.0% of deaths, being the same in the State of Cearà as in the capital city. The objective of this study was to analyze epidemiological aspects in a population of traffic accident victims admitted to the biggest emergency hospital in Fortaleza, Institute Josà Frota (IJF). The case histories of patients admitted in consequence of traffic accidents are described, the study being conducted during hospitalization in the period from February to April 1997 (n=377). It was found that 8% of the patients studied died, while 89.9% survived without any physical handicap and 2.1% with physical impairment. The most frequent traumatism was the fracture of the cranium, which accounted 46.9% of the injured. Among the victims who died, the biggest part died as a result of brain injuries, 50% of those who suffered from remaining physical impairment had medullar injuries. The percentage of the permanently handicapped among victims was 2.1%. Analyzing the type of accident, collisions, run overs and knock downs play an important part, having a high case / fatality and accounting for severe traumatisms, especially in the group of young people. The major number of victims was found in the age group between 15 and 49 years - 71% of the total injured. Accident victims are predominately male, 81%, being the gender ratio 4:1. The majority of the victims were motorcyclists (26%), followed by pedestrians 21.5%. Analyzing the causes of the accidents, it was observed that carelessness of the driver was the most frequent (49%), followed by negligence of the victim (46%) and excess of velocity (42.8%). It was also verified that the first aid for the victims was done by passersby and that 66% of the hospitalized patients received clinical surgery treatment.
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Em busca de uma porta de saída: os destinos da solidariedade, da cooperação e do cuidado com a vida na porta de entrada de um hospital de emergência / Searching for a solution: the destinies of solidarity, cooperation and life care in the entrance of an emergency hospital

Sá, Marilene de Castilho 05 August 2005 (has links)
A presente investigação tem por objetivo analisar, a partir da Porta de Entrada de um hospital de emergência, os limites e possibilidades, definidos pelos processos intersubjetivos e inconscientes presentes nos serviços de saúde, para o exercício da solidariedade, para o desenvolvimento da cooperação e para a produção do cuidado com a vida. Elegeu-se como estudo de caso um hospital geral com emergência, da rede pública de serviços de saúde do Município do Rio de Janeiro, que possui um projeto de humanização de sua Porta de Entrada. Os hospitais de emergência constituem espaço privilegiado de manifestação dos intensos processos de exclusão, violência social, e brutal banalização do sofrimento alheio, especialmente de indiferença em relação aos desfavorecidos, que marcam a nossa sociedade. Portas abertas 24 horas por dia, sofrem os efeitos perversos da omissão do Estado com relação aos problemas sociais, do desinvestimento no sistema público de saúde e de sua crise de governabilidade. Reconhecendo a insuficiência dos referenciais teóricos do campo do Planejamento e Gestão em Saúde para a compreensão e intervenção neste quadro, o estudo se apóia centralmente na abordagem da Psicossociologia francesa sobre as organizações, na leitura psicanalítica sobre a problemática do laço social e das formas de subjetivação na atualidade, e na Psicodinâmica do Trabalho, para focalizar o imaginário organizacional e os processos cotidianos de trabalho no hospital, explorando suas conseqüências sobre os destinos da solidariedade, da cooperação e do cuidado. A despeito da precariedade de suas condições de funcionamento, demonstra-se a importância do imaginário de potência, proteção e segurança, paradoxalmente construído sobre o hospital, e a função de tranqüilização psíquica que exerce entre os funcionários. A análise das concepções sobre o Projeto Porta de Entrada revela a tensão entre seus componentes racionalizador e humanitário. A observação do processo de trabalho na Porta de Entrada do hospital demonstra que a enormidade da demanda em muito extrapola o que se consideram problemas de saúde, stricto sensu, tratando-se de uma demanda por sentido e por amparo, num quadro de intensa fragilização da sociedade. Em contraposição, a "carência" é utilizada pelos profissionais como uma categoria encobridora da diversidade da demanda, num processo de múltiplas reduções, que vai da negação do sofrimento social à negação da condição de humanidade dos pacientes. Por sua vez, o trabalho na Porta de Entrada da Emergência representa muitas fontes de sofrimento psíquico para os trabalhadores, como o dilema entre atender as urgências, em caráter estrito, e aliviar outros sofrimentos da população; a pressão para trabalhar mal; o risco de não identificar os casos de risco de vida; o lidar com a violência; e o não reconhecimento do bom trabalho, entre outras. Muitas estratégias de defesa utilizadas contra o sofrimento corroem, aliadas a outros fatores, os espaços para a solidariedade, a cooperação e o cuidado com a vida. Outras, no entanto, indicam que algum grau de ilusão e idealização com relação ao trabalho ainda subsiste e, junto com a busca por reconhecimento, podem abrir algumas brechas para a transformação do cotidiano dos serviços de saúde. / This work is aimed at analyzing, considering the entrance in an emergency hospital, the limits and possibilities defined by the intersubjective and unconscious processes present in health care services for solidarity, cooperation development and life care production. A public general hospital, with emergency room and a project of humanization of its entrance, was selected in Rio de Janeiro municipality, as the case study. The emergency hospitals represent a privileged space for manifestation of intense exclusion processes, social violence, brutal vulgarization of others’ suffering, and, especially, indifference in relation to the disadvantaged people, typical in our society. With the doors opened 24-hour per day, those hospitals are affected by the perverse omission of the Government with regard to social problems, the disinvesting process in the public health system, and its governability crisis. Recognizing the lack of theoretical references in the Health Planning and Management field to understand and intervene on this reality, the study is centrally based on the French Psycho sociology approach about organizations, on the Psychoanalysis interpretation of social relations and current subjectification manners, and on the Work Psychodynamics, in order to focus the organizational imaginary and the routine processes in the hospital work, exploring their consequences on the destinies of solidarity, cooperation and care. In spite of the precarious of the hospital functioning conditions, the importance of its paradoxically built imaginary of powerfulness, protection and safety, is demonstrated. The analysis of conceptions about the Entrance Door Project reveals the tension between its rationalizing and humanitarian components. The observation of the work process in the hospital entrance shows that the enormous demand extrapolates substantively what is considered as in the scope of health problems, stricto sensu, including needs for more general care and expressing the fragility of society. In opposition, the "need" is used by health professionals as a category that conceals the diversity of demand, in a process of multiple reductions, ranging from the negation of social suffering to the negation of human condition of the patients. On the other hand, the work on an emergency entrance represents many sources of psychic suffering for the health workers, such as the dilemma of attending urgent cases, in a strict sense, and alleviating other sufferings of the population; the pressure for bad work; the risk of not identifying the cases of life risk; the need of dealing with violence; and the absence of recognition for a good work, among others. Many strategies of defense against suffering consume, allied to other factors, the spaces for solidarity, cooperation and life care. Other strategies, however, point out that some degree of illusion and idealization in relation to work still persists, and, put together with the search for recognition, may open some ways for the transformation of the health services routine.
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Em busca de uma porta de saída: os destinos da solidariedade, da cooperação e do cuidado com a vida na porta de entrada de um hospital de emergência / Searching for a solution: the destinies of solidarity, cooperation and life care in the entrance of an emergency hospital

Marilene de Castilho Sá 05 August 2005 (has links)
A presente investigação tem por objetivo analisar, a partir da Porta de Entrada de um hospital de emergência, os limites e possibilidades, definidos pelos processos intersubjetivos e inconscientes presentes nos serviços de saúde, para o exercício da solidariedade, para o desenvolvimento da cooperação e para a produção do cuidado com a vida. Elegeu-se como estudo de caso um hospital geral com emergência, da rede pública de serviços de saúde do Município do Rio de Janeiro, que possui um projeto de humanização de sua Porta de Entrada. Os hospitais de emergência constituem espaço privilegiado de manifestação dos intensos processos de exclusão, violência social, e brutal banalização do sofrimento alheio, especialmente de indiferença em relação aos desfavorecidos, que marcam a nossa sociedade. Portas abertas 24 horas por dia, sofrem os efeitos perversos da omissão do Estado com relação aos problemas sociais, do desinvestimento no sistema público de saúde e de sua crise de governabilidade. Reconhecendo a insuficiência dos referenciais teóricos do campo do Planejamento e Gestão em Saúde para a compreensão e intervenção neste quadro, o estudo se apóia centralmente na abordagem da Psicossociologia francesa sobre as organizações, na leitura psicanalítica sobre a problemática do laço social e das formas de subjetivação na atualidade, e na Psicodinâmica do Trabalho, para focalizar o imaginário organizacional e os processos cotidianos de trabalho no hospital, explorando suas conseqüências sobre os destinos da solidariedade, da cooperação e do cuidado. A despeito da precariedade de suas condições de funcionamento, demonstra-se a importância do imaginário de potência, proteção e segurança, paradoxalmente construído sobre o hospital, e a função de tranqüilização psíquica que exerce entre os funcionários. A análise das concepções sobre o Projeto Porta de Entrada revela a tensão entre seus componentes racionalizador e humanitário. A observação do processo de trabalho na Porta de Entrada do hospital demonstra que a enormidade da demanda em muito extrapola o que se consideram problemas de saúde, stricto sensu, tratando-se de uma demanda por sentido e por amparo, num quadro de intensa fragilização da sociedade. Em contraposição, a "carência" é utilizada pelos profissionais como uma categoria encobridora da diversidade da demanda, num processo de múltiplas reduções, que vai da negação do sofrimento social à negação da condição de humanidade dos pacientes. Por sua vez, o trabalho na Porta de Entrada da Emergência representa muitas fontes de sofrimento psíquico para os trabalhadores, como o dilema entre atender as urgências, em caráter estrito, e aliviar outros sofrimentos da população; a pressão para trabalhar mal; o risco de não identificar os casos de risco de vida; o lidar com a violência; e o não reconhecimento do bom trabalho, entre outras. Muitas estratégias de defesa utilizadas contra o sofrimento corroem, aliadas a outros fatores, os espaços para a solidariedade, a cooperação e o cuidado com a vida. Outras, no entanto, indicam que algum grau de ilusão e idealização com relação ao trabalho ainda subsiste e, junto com a busca por reconhecimento, podem abrir algumas brechas para a transformação do cotidiano dos serviços de saúde. / This work is aimed at analyzing, considering the entrance in an emergency hospital, the limits and possibilities defined by the intersubjective and unconscious processes present in health care services for solidarity, cooperation development and life care production. A public general hospital, with emergency room and a project of humanization of its entrance, was selected in Rio de Janeiro municipality, as the case study. The emergency hospitals represent a privileged space for manifestation of intense exclusion processes, social violence, brutal vulgarization of others’ suffering, and, especially, indifference in relation to the disadvantaged people, typical in our society. With the doors opened 24-hour per day, those hospitals are affected by the perverse omission of the Government with regard to social problems, the disinvesting process in the public health system, and its governability crisis. Recognizing the lack of theoretical references in the Health Planning and Management field to understand and intervene on this reality, the study is centrally based on the French Psycho sociology approach about organizations, on the Psychoanalysis interpretation of social relations and current subjectification manners, and on the Work Psychodynamics, in order to focus the organizational imaginary and the routine processes in the hospital work, exploring their consequences on the destinies of solidarity, cooperation and care. In spite of the precarious of the hospital functioning conditions, the importance of its paradoxically built imaginary of powerfulness, protection and safety, is demonstrated. The analysis of conceptions about the Entrance Door Project reveals the tension between its rationalizing and humanitarian components. The observation of the work process in the hospital entrance shows that the enormous demand extrapolates substantively what is considered as in the scope of health problems, stricto sensu, including needs for more general care and expressing the fragility of society. In opposition, the "need" is used by health professionals as a category that conceals the diversity of demand, in a process of multiple reductions, ranging from the negation of social suffering to the negation of human condition of the patients. On the other hand, the work on an emergency entrance represents many sources of psychic suffering for the health workers, such as the dilemma of attending urgent cases, in a strict sense, and alleviating other sufferings of the population; the pressure for bad work; the risk of not identifying the cases of life risk; the need of dealing with violence; and the absence of recognition for a good work, among others. Many strategies of defense against suffering consume, allied to other factors, the spaces for solidarity, cooperation and life care. Other strategies, however, point out that some degree of illusion and idealization in relation to work still persists, and, put together with the search for recognition, may open some ways for the transformation of the health services routine.
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Give Us an Emergency Hospital, The Sooner, The Better: A Progressive Era Experiment in American Health Care

Schaub, Katherine Elizabeth 26 January 2021 (has links)
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