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Cenários de priorização na conservação de sítios insubstituíveis da flora na Cadeia do Espinhaço em Minas Gerais, Brasil / Priorization scenarios in conservation of the irreplaceable sites of flora in the Espinhaço Mountain Range of Minas Gerais, BrasilSilva, Patricia Köster e 06 June 2017 (has links)
A crise de extinções antropogênicas é um problema planetário que erode a biodiversidade a taxas muito superiores àquelas registradas pelos eventos geológicos de extinção. Essa grande perda de espécies pode desencadear a sexta onda de extinções em massa, ocasionando um empobrecimento na evolução mundial e comprometer os processos de especiação. Nas últimas décadas surgiram muitas iniciativas de conservação que atuam em diferentes esferas para proteger a biodiversidade mundial. No entanto, locais insubstituíveis onde ocorrem espécies microendêmicas ameaçadas de extinção deve ser a prioridade em medidas de conservação, pois representam a \"ponta do iceberg\" na crise das extinções. Fatores de ameaça contribuem na vulnerabilidade das espécies microendêmicas, intensificando seu risco de extinção. A Cadeia do Espinhaço em Minas Gerais, inserida no bioma Cerrado, é reconhecidamente uma região de microendemismos da flora e está sujeita a muitos fatores de ameaça como a mineração, a agropecuária e o extrativismo. A identificação das áreas mais vulneráveis às ameaças, bem como, a identificação dos sítios prioritários, onde ocorrem espécies de único refúgio, pode evidenciar a necessidade de conservação de uma região única com biodiversidade exclusiva. Portanto, os objetivos gerais deste estudo são: identificar as espécies-alvo da flora e mapear seus sítios prioritários, avaliar o estado de conservação da Cadeia do Espinhaço em Minas Gerais, identificar as principais ameaças e sua vulnerabilidade e testar a eficiência dos sítios prioritários das espécies microendêmicas típicas como indicadores de espécies ameaçadas. Para isto, foram utilizadas bases cartográficas e imagens de satélite processadas em Sistema de Informação Geográfica, informações de herbários e coordenadas para caracterizar a distribuição das espécies e a aplicabilidade da metodologia da Aliança para Extinção Zero (AZE), identificando os sítios prioritários para conservação. Foram identificadas as principais ameaças que ocorrem nos sítios por meio da análise de uso e ocupação das terras, revisão sistemática da literatura e levantamento das ameaças que afetam diretamente as espécies para calcular os índices de vulnerabilidade dos sítios mapeados. Com isto, foram identificadas 22 espécies-alvo distribuídas em sete sítios prioritários no Espinhaço mineiro, cujas principais ameaças são mineração, agropecuária, queimadas, extrativismo, visitação predatória e expansão urbana. Os resultados monstraram ainda que as ameaças secundárias são muito importantes na região, tornando os sítios de Serra do Cipó, Diamantina e Águas Vertentes os mais vulneráveis a essas perturbações. Os sítios prioritários representam cerca de 83% das espécies ameaçadas no Espinhaço mineiro possibilitando, ações em conservação eficazes nestas áreas. O Brasil é o primeiro País a mapear sítios prioritários para espécies-alvo típicas da flora e testar o estado de conservação destas áreas, revelando quais locais são mais vulneráveis e que necessitam de ações de conservação urgentes / The crisis of anthropogenic extinctions is a planetary problem that erodes biodiversity at rates much higher than those recorded by geological extinction events. This great loss of species can trigger the sixth wave of mass extinctions, causing an impoverishment in world evolution and compromising the processes of speciation. In the last decades many conservation initiatives have emerged that act in different spheres to protect the world\'s biodiversity. However, irreplaceable sites where microendemic species are threatened with extinction should be the priority in conservation measures, as they represent the \"top of the iceberg\" in the crisis of extinctions. Threat factors contribute to the vulnerability of microendemic species, intensifying their risk of extinction. The Espinhaço Mountain Range in Minas Gerais, is part of the Cerrado biome, recognized as a microendemism region of flora and is subject to many threat factors such as mining, farming and extractivism. Identification of areas most vulnerable to threats, as well as identification of priority sites where trigger species occur, may highlight the need for conservation of a unique region with exclusive biodiversity. Therefore, the general objectives of this study are: to identify the target species of the flora and to map their priority sites, to evaluate the conservation status of the Espinhaço Mountain Range in Minas Gerais, to identify the main threats, their vulnerability and to test the efficiency of the priority sites of the typical microendemic species as indicators of endangered species. For this, cartographic bases and satellite images processed in Geographic Information System, herbarium and coordinate information were used to characterize the distribution of species and the applicability of the Alliance for Zero Extinction (AZE) methodology, to identify the priority conservation sites. The main threats that occurred in the sites were identified through analysis of land use and occupation, systematic review of the literature and identification of the threats that directly affect the species to calculate the vulnerability indexes of the mapped sites. Were identifyed 22 trigger species distributed in seven priority sites in the Espinhaço of Minas Gerais, whose main threats are mining, farming, burning, extractivism, predatory visitation and urban expansion. The results also showed that secondary threats are very important in the region, making the Serra do Cipó, Diamantina and Aguas Vertentes sites the most vulnerable to these disturbances. The priority sites represent about 83% of the threatened species in the Espinhaço Mountain Range of Minas Gerais, enabling effective conservation actions in these areas. Brazil is the first country to map priority sites for typical target species of the flora and to test the conservation status of these areas, revealing which sites are most vulnerable and requiring urgent conservation actions
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Biogeografia e sistemática dos peixes aulopiformes / Biogeography and systematics of aulopiformes fishesHilda Maria Andrade da Silva 08 April 2011 (has links)
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Os Aulopiformes são peixes marinhos com amplitude temporal do Eocretáceo ao
Recente. Os táxons fósseis são encontrados em depósitos sedimentares das Américas do Sul e
do Norte, Europa, Ásia e África. Os representantes viventes podem ser encontrados desde
águas rasas costeiras, estuários, até profundidades abissais, excedendo 3.000 m. Os limites do
grupo, suas intra e inter-relações são objeto de muitos estudos. O objetivo central desta tese é
aplicar métodos de Biogeografia Histórica como Panbiogeografia e a Análise de Parcimônia
de Endemismos aos peixes Aulopiformes. Adicionalmente, foi realizada a análise filogenética
dos Aulopiformes. Como resultado foram obtidos: 21 traços generalizados de Synodontoidei,
28 de Chlorophthalmoidei, 3 de Giganturoidei e 7 de Enchodontoidei. O clado
Synodontoidei apresenta um padrão de distribuição primordialmente em águas tropicais e
subtropicais, associado à borda de placas tectônicas e ao tipo de substrato. O clado
Chlorophthalmoidei apresenta padrões de distribuição associados a cadeias de montanhas
submarinas e corais de profundidade. O clado Giganturoidei possui uma distribuição
vicariante com a família Giganturidae ocupando águas mais quentes e Bathysauridae as
regiões mais frias. O clado Enchodontoidei foi associado a recifes de coral e zonas de
ressurgência pretéritos. Adicionalmente, foi analisada uma matriz de dados com 84 táxons e
105 caracteres morfológicos não ordenados e sem pesagem a priori. Como resultado foram
obtidas sete árvores igualmente parcimoniosas com 1214 passos, índice de consistência de
0,1129 e índice de retenção de 0,4970. A ordem Aulopiformes não constituiu um grupo
monofilético, com as famílias Chlorophthalmidae, Notosudidae, Synodontidae, Paraulopidae,
Pseudotrichonotidae e Ipnopidae mais proximamente relacionados ao Myctophidea que aos
Alepisauroidei. Assim a partir da combinação dos resultados alcançados conclui-se que a
Biogeografia Histórica funcionou como uma ferramenta na identificação dos problemas
taxonômicos dos Aulopiformes e a sua análise filogenética permitiu identificar controvérsias
sistemáticas, indicando que são necessários maiores estudos sobre a anatomia dos
aulopiformes, a fim de esclarecer suas inter-relações. / The Aulopiformes are marine fishes ranging from Early Cretaceous to Recent. Fossil
taxa are found in sediments from South and North America, Europe, Asia and Africa. The
living forms can be found from shallow coastal estuaries, to the abyssal depths, exceeding
3,000 m. Interrelationships among this group are subject of many studies. The aim of these
studies is to apply historical biogeography methods as Panbiogeography and Parsimony
Analysis of Endemicity to Aulopiformes fishes. Additionally, were performed a phylogenetic
analysis of this taxon. As a result were obtained: 21 generalized tracks from Synodontoidei;
28, Chlorophthalmoidei; 3, Giganturoidei and 7 to Enchodontoidei. Synodontoidei shows a
pattern of distribution primarily in tropical and subtropical regions, associated with the edge
of tectonic plates and the substrate. Chlorophthalmoidei distributions are linked to chains of
seamounts and deep water corals. Giganturoidei is a vicariant, group with Giganturidae
occupying warmer waters and Bathysauridae colder regions. Enchodontoidei was associated
with coral reefs and upwelling areas on past. Additionally, we analyzed a data matrix with 84
taxa and 105 morphological characters unordered and without a priori weighting. Results
obtained with seven equally parsimonious trees with 1214 steps, consistency index of 0.1129
and retention index of 0.4970. The order Aulopiformes did not constitute a monophyletic
group, with the families Chlorophthalmidae, Notosudidae, Synodontidae, Paraulopidae,
Pseudotrichonotidae and Ipnopidae more closely related to Myctophidea than Alepisauroidei.
From the composite of results it is concluded that the Historical Biogeography functioned as a
tool to identifying taxonomic problems and its phylogenetic analysis recognized systematics
disagreements, showing that more studies are required on Aulopiformess anatomy in order to
clarify their interrelationships.
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Biogeografia e sistemática dos peixes aulopiformes / Biogeography and systematics of aulopiformes fishesHilda Maria Andrade da Silva 08 April 2011 (has links)
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Os Aulopiformes são peixes marinhos com amplitude temporal do Eocretáceo ao
Recente. Os táxons fósseis são encontrados em depósitos sedimentares das Américas do Sul e
do Norte, Europa, Ásia e África. Os representantes viventes podem ser encontrados desde
águas rasas costeiras, estuários, até profundidades abissais, excedendo 3.000 m. Os limites do
grupo, suas intra e inter-relações são objeto de muitos estudos. O objetivo central desta tese é
aplicar métodos de Biogeografia Histórica como Panbiogeografia e a Análise de Parcimônia
de Endemismos aos peixes Aulopiformes. Adicionalmente, foi realizada a análise filogenética
dos Aulopiformes. Como resultado foram obtidos: 21 traços generalizados de Synodontoidei,
28 de Chlorophthalmoidei, 3 de Giganturoidei e 7 de Enchodontoidei. O clado
Synodontoidei apresenta um padrão de distribuição primordialmente em águas tropicais e
subtropicais, associado à borda de placas tectônicas e ao tipo de substrato. O clado
Chlorophthalmoidei apresenta padrões de distribuição associados a cadeias de montanhas
submarinas e corais de profundidade. O clado Giganturoidei possui uma distribuição
vicariante com a família Giganturidae ocupando águas mais quentes e Bathysauridae as
regiões mais frias. O clado Enchodontoidei foi associado a recifes de coral e zonas de
ressurgência pretéritos. Adicionalmente, foi analisada uma matriz de dados com 84 táxons e
105 caracteres morfológicos não ordenados e sem pesagem a priori. Como resultado foram
obtidas sete árvores igualmente parcimoniosas com 1214 passos, índice de consistência de
0,1129 e índice de retenção de 0,4970. A ordem Aulopiformes não constituiu um grupo
monofilético, com as famílias Chlorophthalmidae, Notosudidae, Synodontidae, Paraulopidae,
Pseudotrichonotidae e Ipnopidae mais proximamente relacionados ao Myctophidea que aos
Alepisauroidei. Assim a partir da combinação dos resultados alcançados conclui-se que a
Biogeografia Histórica funcionou como uma ferramenta na identificação dos problemas
taxonômicos dos Aulopiformes e a sua análise filogenética permitiu identificar controvérsias
sistemáticas, indicando que são necessários maiores estudos sobre a anatomia dos
aulopiformes, a fim de esclarecer suas inter-relações. / The Aulopiformes are marine fishes ranging from Early Cretaceous to Recent. Fossil
taxa are found in sediments from South and North America, Europe, Asia and Africa. The
living forms can be found from shallow coastal estuaries, to the abyssal depths, exceeding
3,000 m. Interrelationships among this group are subject of many studies. The aim of these
studies is to apply historical biogeography methods as Panbiogeography and Parsimony
Analysis of Endemicity to Aulopiformes fishes. Additionally, were performed a phylogenetic
analysis of this taxon. As a result were obtained: 21 generalized tracks from Synodontoidei;
28, Chlorophthalmoidei; 3, Giganturoidei and 7 to Enchodontoidei. Synodontoidei shows a
pattern of distribution primarily in tropical and subtropical regions, associated with the edge
of tectonic plates and the substrate. Chlorophthalmoidei distributions are linked to chains of
seamounts and deep water corals. Giganturoidei is a vicariant, group with Giganturidae
occupying warmer waters and Bathysauridae colder regions. Enchodontoidei was associated
with coral reefs and upwelling areas on past. Additionally, we analyzed a data matrix with 84
taxa and 105 morphological characters unordered and without a priori weighting. Results
obtained with seven equally parsimonious trees with 1214 steps, consistency index of 0.1129
and retention index of 0.4970. The order Aulopiformes did not constitute a monophyletic
group, with the families Chlorophthalmidae, Notosudidae, Synodontidae, Paraulopidae,
Pseudotrichonotidae and Ipnopidae more closely related to Myctophidea than Alepisauroidei.
From the composite of results it is concluded that the Historical Biogeography functioned as a
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disagreements, showing that more studies are required on Aulopiformess anatomy in order to
clarify their interrelationships.
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Análise da distribuição de pequenos mamíferos (Didelphimorphia, Rodentia): uma abordagem biogeográfica do Cerrado / Annalysis of the small mammals distribution (Didelphimorphia, Rodentia): a biogeographic approach from CerradoTocchet, Caroline de Bianchi 29 November 2013 (has links)
Submitted by Milena Rubi (milenarubi@ufscar.br) on 2017-03-08T18:46:05Z
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Previous issue date: 2013-11-29 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / The Cerrado biome is located in Central Brazil Plateau occupying 2,036.448 km². Its weather is characterized by seasonality and the landscape by a vegetation mosaic. Those factors contribute for Cerrado to be known as the richest savanna in the world. It is considered one of the 20 World Hotspots, because of its high level of diversity and threat. The Cerrado is still poorly known, especially in relation to its history, origin and distribution through time, which are important factors to comprehend its recent diversity. This project aims to determine the historically stable areas within Cerrado by modelling 14 marsupial and small rodent species potential distribution for past and present scenarios, to relate the detected areas with endemism levels, to compare the identified patterns with known biogeography hypothesis of other Cerrado organism groups, and to suggest priority areas for inventory. To generate the potential distribution maps I used the digital bases available by WWF and IBGE and the SIG ARCMAP 10.1 software. The potential distribution modelling was implemented by maximum-entropy algorithm (MAXENT), using WORLDCLIM 1.4 and PALEOCLIMATE MODELING INTERCOMPARISON PROJECT (PMIP) climate variables data. The open vegetation biomes of South America were the base area for modelling, with 2.5’ layers resolution (ca. 5 km²). To statistically evaluate model performance, I used the area under the curve (AUC) of the receiver operating characteristic (ROC) plot. All models presented high AUC values. The hypothesis that during the Last Glacial Maximum (LGM) the open formations expanded and the forest ones retracted, while the open formations retracted and forests expanded during the Last Interglacial (LIG) were supported by 20 of the 28 proposed models. The historically stable areas include the Parecis , Chapada dos Guimarães, Chapada Diamantina and Central Brazil Plateaus, the western Minas Gerais and the Espinhaço range. Those areas agree to other historically stable areas and/or endemism areas already proposed for other taxa, such as birds, squamate reptiles, anuran, lepdoptera and plants. They also reflect lack of inventory data. So, the fauna of those areas should be better investigated and its material used in future phylogenetic and phylogeographic studies. Conservation should also be considered in the light of their climatic stability, resulting in the possible creation, increasing or maintaining of Conservation Units. / O bioma Cerrado localiza-se no planalto do Brasil Central e ocupa uma área de 2.036.448 km²; tem seu clima marcado pela sazonalidade e é constituído por um mosaico de diferentes fitofisionomias, um dos fatores que mais contribui para que seja a savana com maior riqueza de espécies do mundo. Por ser um bioma com alto nível de diversidade e estar dentre os mais ameaçados do planeta, é considerado um dos 20 hotspots mundiais. Apesar disto, pouco se conhece a respeito do Cerrado, em especial sobre sua história, incluindo sua origem e distribuição ao longo do tempo, fatores muito importantes para a compreensão da atual diversidade presente no bioma. Este projeto tem como objetivos determinar áreas historicamente estáveis no Cerrado a partir de modelos de distribuição potencial de 14 espécies de marsupiais e pequenos roedores para cenários passados e atuais, relacionar as áreas detectadas com aquelas que atualmente possuem maior concentração de espécies endêmicas, e comparar os padrões levantados em relação a hipóteses biogeográficas já propostas para outros organismos que habitam o Cerrado, além de sugerir áreas prioritárias para inventário. Para produzir os mapas de distribuição potencial foram utilizadas bases digitalizadas disponibilizadas pela WWF e pelo IBGE e o software SIG ARCMAP 10.1. Para a modelagem foi utilizado o algoritmo de máxima entropia (MAXENT). As variáveis climáticas foram obtidas a partir da base de dados do WORLDCLIM 1.4 e do PALEOCLIMATE MODELING INTERCOMPARISON PROJECT (PMIP) e a área considerada para gerar os modelos foi aquela que incluiu as formações abertas da América do Sul, conhecida como ‘Diagonal Seca’, com resolução das camadas ambientais de 2.5’ (ca. 5 km²). Para verificar o desempenho dos modelos produzidos foi utilizada a análise da área sob a curva (area under the curve, AUC) ROC (Receiver Operating Characteristic). Todos os modelos gerados apresentaram alto valor de AUC. A hipótese de que durante os períodos glaciais, como o Último Máximo Glacial (Last Glacial Maximum – LGM), as formações abertas teriam se expandido e as áreas florestadas se retraído, e durante os períodos interglaciais, como o Último Inter-glacial (Last Interglacial – LIG), o oposto teria acontecido, isto é, expansão das formações florestais e retração das áreas abertas, foi corroborada por 20 dos 28 modelos propostos. As áreas historicamente estáveis geradas pelos modelos das 14 espécies incluem o Planalto dos Parecis e a Chapada dos Guimarães (MT), o Planalto Central brasileiro (GO e DF), o oeste de Minas Gerais, na região leste do Triângulo Mineiro, a Serra do Espinhaço (MG) e a Chapada Diamantina (BA). Essas áreas aqui identificadas condizem com áreas historicamente estáveis e/ou áreas de concentração de endemismos anteriormente propostas para outros táxons como aves, répteis Squamata, anuros, lepidópteros e plantas. Os modelos também apontaram estas áreas como áreas de lacunas de amostragem, representando regiões a serem melhor investigadas em campo quanto à sua fauna e possível fonte de material para estudos futuros de filogenia e filogeografia. Além disso, são importantes para conservação, tendo em vista sua estabilidade climática, representando possíveis áreas alvo de criação, ampliação e manutenção de Unidades de Conservação.
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Distribuição de musgos (Bryophyta) no Brasil: riqueza, endemismo e conservaçãoAmorim, Eduardo Toledo de 16 August 2017 (has links)
Submitted by Geandra Rodrigues (geandrar@gmail.com) on 2018-01-08T16:35:29Z
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Previous issue date: 2017-08-16 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Bryophyta (musgos) compõem a segunda divisão mais diversa de plantas terrestres, com aproximadamente 13.000 espécies. Vários trabalhos foram realizados com o intuito de compilar o conhecimento da flora de briófitas para o Brasil, apontando os estados com o maior número de espécies e evidenciando as carências de amostragem para o país. Entretanto, ainda não se sabe de forma mais precisa, quais as lacunas no conhecimento dos musgos no Brasil. Um dos temas principais na biogeografia é compreender o motivo de espécies apresentarem ampla distribuição ou endemismo. Endemismo, objeto deste estudo, está relacionado à ocorrência restrita de um táxon, por terem se originado neste local e não terem se dispersado, ou porque ficaram restritos à área, em relação a sua distribuição anterior. Atualmente, destacam-se duas hipóteses alopátricas mais próximas para modelos de diversificação: Hipótese de Refúgio no Pleistoceno e de Isolamento em Montanhas. No Brasil, as áreas são protegidas através das Unidades de Conservação (UCs), as quais, de modo geral, são abrigadas para que se minimizem as ações antrópicas, tornando-as habitats excelentes para a colonização de briófitas. O presente trabalho teve por objetivo geral realizar um estudo sobre a distribuição de musgos para o Brasil, identificando a riqueza e o endemismo no país e apresentando uma abordagem conservacionista para as espécies Foi realizado um levantamento dos dados para as ocorrências de musgos, através de diferentes bancos de dados on-line e bibliografia. Posteriormente, esses dados foram refinados quanto à identificação em nível específico, à validade taxonômica e às coordenadas geográficas. Em seguida, foram marcados os pontos dos registros no mapa e, elaborado o gradeamento por quadrículas de 1° x 1°. A partir daí, foram realizadas as análises de riqueza, riqueza estimada, número de registros e a Análise de Parcimônia de Endemismos (PAE). Foi utilizada a ferramenta de modelagem preditiva de distribuição de espécies para identificar as áreas de maior adequabilidade para espécies endêmicas do Brasil e para elaborar um mapa de áreas de concentração de endemismo dessas espécies no país. No total, foram levantados 26.691 registros, representando 868 espécies de musgos. Foram estabelecidas 394 quadrículas, tendo o número de espécies por quadrícula variado de 1 a 235. A Floresta Atlântica apresentou maior riqueza, tanto pelas condições que fornece ao estabelecimento dos musgos, quanto à maior intensidade amostral no Domínio. A PAE resultou em apenas uma área de endemismo localizada no centro do Estado da Bahia, no Domínio Fitogeográfico da Caatinga, na região do Parque Nacional da Chapada Diamantina. As quadrículas propostas como áreas potenciais de endemismo foram encontradas em seis áreas, dispersas no Cerrado e na Floresta Atlântica. As áreas de endemismo de musgos são, em sua maioria, áreas de montanhas, que corroboram as principais hipóteses de especiação dos organismos. Dentre as UCs, 218 apresentaram áreas com adequabilidade ambiental para a presença da espécie, das quais, 68 estão inseridas nas
categorias de Uso Sustentável e 150 na categoria de Proteção Integral, demonstrando a importância das UCs para a brioflora na Floresta Atlântica. / Bryophyta (mosses) are the second most diverse division of terrestrial plants, with about 13.000 species. In order to compile the knowledge of the bryophyte flora for Brazil, a range of studies were developed showing the States with the largest number of species and evidencing the lack of sampling for the country. However, the deficiency in the knowledge of mosses in Brazil is not yet known precisely. One of the main themes in biogeography is to understand why species are widely distributed or endemic. Endemism is related to the restricted occurrence of, because they originated in this place and did not disperse, or because they were confined to the area, in relation to its previous distribution. Two allopatric hypotheses are most relevant for diversification models: Pleistocene Refuge and Montane Isolate Hypothesis. In Brazil, the preserved areas are protected through Conservation Units (UCs), which have low degradation traits, making it an excellent habitat for the colonization of bryophytes. Thus, the main aims of this work were to study the distribution of mosses in Brazil, identifying the richness and endemism in the country and to present a conservationist approach to mosses species. Firstly, in order to compile information on the occurrence of mosses, we did a survey of the data through different online databases and bibliography. Subsequently, we refined these data regarding the identification at the specific level, the taxonomic validity and the geographic coordinate. Then, we marked the points of the records on the map, and we elaborated the grids by squares of 1° x 1°. Therefore, we performed analyzes of richness, estimated richness, number of records and the Parsimony Analysis of Endemicity (PAE). We used the species distribution predictive modelling to corroborate the existence of areas of endemism in Brazil and to elaborate a map of endemism clustering areas. Of the total, we collected 868 species of mosses from 26.691 records. From this information, we filled a number of 394 squares, having the number of species per grid ranging from 1 to 235. The Atlantic Forest presented greater richness, both by the conditions that it provides to the establishment of moss, and the greater sampling intensity in the Domain. The PAE resulted in only one area of endemism, located in the center of the State of Bahia, in the Phytogeographical Domain of the Caatinga, in the region of the Parque Nacional da Chapada Diamantina. The grids proposed as potential areas of endemism were found in six areas, scattered in the Cerrado and in the Atlantic Forest. The areas of endemism of mosses are mostly areas of mountains, which corroborate the main hypotheses of speciation of the organisms. In the UCs, 218 showed areas with environmental suitability for the presence of the species, whereupon 68 are inserted in the categories of Sustainable use and 150 in the category of integral protection, demonstrating the importance of the UCs for the bryoflora in the Atlantic Forest.
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Análise da distribuição de pequenos mamíferos (Didelphimorphia, Rodentia): uma abordagem biogeográfica do Cerrado / Analysis of the small mammals distribution (Didelphimorphia, Rodentia): a biogeographic approach from CerradoTocchet, Caroline de Bianchi 29 November 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:26:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013-11-29 / Universidade Federal de Sao Carlos / The Cerrado biome is located in Central Brazil Plateau occupying 2,036.448 km². Its weather is characterized by seasonality and the landscape by a vegetation mosaic. Those factors contribute for Cerrado to be known as the richest savanna in the world. It is considered one of the 20 World Hotspots, because of its high level of diversity and threat. The Cerrado is still poorly known, especially in relation to its history, origin and distribution through time, which are important factors to comprehend its recent diversity. This project aims to determine the historically stable areas within Cerrado by modelling 14 marsupial and small rodent species potential distribution for past and present scenarios, to relate the detected areas with endemism levels, to compare the identified patterns with known biogeography hypothesis of other Cerrado organism groups, and to suggest priority areas for inventory. To generate the potential distribution maps I used the digital bases available by WWF and IBGE and the SIG ARCMAP 10.1 software. The potential distribution modelling was implemented by maximum-entropy algorithm (MAXENT), using WORLDCLIM 1.4 and PALEOCLIMATE MODELING INTERCOMPARISON PROJECT (PMIP) climate variables data. The open vegetation biomes of South America were the base area for modelling, with 2.5 layers resolution (ca. 5 km²). To statistically evaluate model performance, I used the area under the curve (AUC) of the receiver operating characteristic (ROC) plot. All models presented high AUC values. The hypothesis that during the Last Glacial Maximum (LGM) the open formations expanded and the forest ones retracted, while the open formations retracted and forests expanded during the Last Interglacial (LIG) were supported by 20 of the 28 proposed models. The historically stable areas include the Parecis , Chapada dos Guimarães, Chapada Diamantina and Central Brazil Plateaus, the western Minas Gerais and the Espinhaço range. Those areas agree to other historically stable areas and/or endemism areas already proposed for other taxa, such as birds, squamate reptiles, anuran, lepdoptera and plants. They also reflect lack of inventory data. So, the fauna of those areas should be better investigated and its material used in future phylogenetic and phylogeographic studies. Conservation should also be considered in the light of their climatic stability, resulting in the possible creation, increasing or maintaining of Conservation Units. / O bioma Cerrado localiza-se no planalto do Brasil Central e ocupa uma área de 2.036.448 km²; tem seu clima marcado pela sazonalidade e é constituído por um mosaico de diferentes fitofisionomias, um dos fatores que mais contribui para que seja a savana com maior riqueza de espécies do mundo. Por ser um bioma com alto nível de diversidade e estar dentre os mais ameaçados do planeta, é considerado um dos 20 hotspots mundiais. Apesar disto, pouco se conhece a respeito do Cerrado, em especial sobre sua história, incluindo sua origem e distribuição ao longo do tempo, fatores muito importantes para a compreensão da atual diversidade presente no bioma. Este projeto tem como objetivos determinar áreas historicamente estáveis no Cerrado a partir de modelos de distribuição potencial de 14 espécies de marsupiais e pequenos roedores para cenários passados e atuais, relacionar as áreas detectadas com aquelas que atualmente possuem maior concentração de espécies endêmicas, e comparar os padrões levantados em relação a hipóteses biogeográficas já propostas para outros organismos que habitam o Cerrado, além de sugerir áreas prioritárias para inventário. Para produzir os mapas de distribuição potencial foram utilizadas bases digitalizadas disponibilizadas pela WWF e pelo IBGE e o software SIG ARCMAP 10.1. Para a modelagem foi utilizado o algoritmo de máxima entropia (MAXENT). As variáveis climáticas foram obtidas a partir da base de dados do WORLDCLIM 1.4 e do PALEOCLIMATE MODELING INTERCOMPARISON PROJECT (PMIP) e a área considerada para gerar os modelos foi aquela que incluiu as formações abertas da América do Sul, conhecida como Diagonal Seca , com resolução das camadas ambientais de 2.5 (ca. 5 km²). Para verificar o desempenho dos modelos produzidos foi utilizada a análise da área sob a curva (area under the curve, AUC) ROC (Receiver Operating Characteristic). Todos os modelos gerados apresentaram alto valor de AUC. A hipótese de que durante os períodos glaciais, como o Último Máximo Glacial (Last Glacial Maximum LGM), as formações abertas teriam se expandido e as áreas florestadas se retraído, e durante os períodos inter-glaciais, como o Último Inter-glacial (Last Interglacial LIG), o oposto teria acontecido, isto é, expansão das formações florestais e retração das áreas abertas, foi corroborada por 20 dos 28 modelos propostos. As áreas historicamente estáveis geradas pelos modelos das 14 espécies incluem o Planalto dos Parecis e a Chapada dos Guimarães (MT), o Planalto Central brasileiro (GO e DF), o oeste de Minas Gerais, na região leste do Triângulo Mineiro, a Serra do Espinhaço (MG) e a Chapada Diamantina (BA). Essas áreas aqui identificadas condizem com áreas historicamente estáveis e/ou áreas de concentração de endemismos anteriormente propostas para outros táxons como aves, répteis Squamata, anuros, lepidópteros e plantas. Os modelos também apontaram estas áreas como áreas de lacunas de amostragem, representando regiões a serem melhor investigadas em campo quanto à sua fauna e possível fonte de material para estudos futuros de filogenia e filogeografia. Além disso, são importantes para conservação, tendo em vista sua estabilidade climática, representando possíveis áreas alvo de criação, ampliação e manutenção de Unidades de Conservação.
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