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Efeito da terapia farmacológica anti-hipertensiva sobre densidade capilar e função endotelial microcirculatória / Effect of pharmacological antihypertensive therapy on capillary density and microvascular endothelial functionSergio Emanuel Kaiser 17 April 2012 (has links)
Hipertensos têm rarefação capilar e disfunção endotelial microcirculatória, tornando-se mais vulneráveis a lesões em órgãos-alvo. O estudo buscou avaliar o efeito de seis meses de tratamento farmacológico sobre densidade capilar e reatividade microvascular a estímulos fisiológicos e farmacológicos em hipertensos de baixo risco cardiovascular. Secundariamente testou-se a existência de diversidade nas respostas a diferentes estratégias anti-hipertensivas. Foram recrutados 44 pacientes, com 46,71,3 anos e 20 normotensos com 48,01,6 anos. Avaliaram-se dados antropométricos e laboratoriais e dosaram-se no soro o fator de crescimento vascular endotelial (VEGF), receptor Flt-1 para VEGF e óxido nítrico (NO). A contagem capilar foi por microscopia intravital, captando-se imagens da microcirculação no dorso da falange do dedo médio e contando os capilares com programa específico. Repetia-se o procedimento após hiperemia reativa pós-oclusiva (HRPO) para avaliar o recrutamento capilar. A reatividade vascular foi testada por fluxometria Laser Doppler, iontoforese de acetilcolina (Ach), HRPO e hiperemia térmica local (HTL). Os pacientes foram distribuídos aleatoriamente para dois grupos de tratamento: succinato de metoprolol titulado a 100 mg diários ou olmesartana medoxomila titulada a 40 mg diários, empregando-se, se necessário, a hidroclorotiazida. Os controles seguiram o mesmo protocolo inicial e após seis meses todos os testes foram repetidos nos hipertensos. As variáveis clínicas e laboratoriais basais eram semelhantes em comparação aos controles e entre os dois grupos de tratamento. Após seis meses, havia pequenas diferenças entre os grupos na relação cintura-quadril e HDL. A densidade capilar antes do tratamento era significativamente menor que no grupo controle (71,31,5 vs 80,61,8 cap/mm2 p<0,001 e HRPO 71,71,5 vs 79,52,6 cap/mm2 p<0,05) e, com o tratamento, aumentou para 75,41,1 cap/mm2 (p<0,01) no estado basal e para 76,81,1 cap/mm2 à HRPO (p<0,05). À reatividade vascular, a condutância vascular cutânea (CVC) em unidades de perfusão (UP)/mmHg era similar à HTL nos controles e hipertensos e aumentou com o tratamento nos dois subgrupos (metoprolol:1,730,2 a 1,900,2 p<0,001 e olmesartana:1,490,1 a 1,870,1 p<0,001). A CVC máxima à HRPO era menor nos hipertensos: 0,30(0,22-0,39) que nos controles: 0,39(0,31-0,49) com p<0,001. Após tratamento, aumentou para 0,41(0,29-0,51) com p<0,001. O aumento foi significativo apenas no grupo olmesartana (0,290,02 a 0,420,04 p<0,001). A diferença entre o tempo para atingir o fluxo máximo à HRPO aumentou no grupo metoprolol após tratamento 3,0 (-0,3 a 8,8) segundos versus olmesartana 0,4 (-2,1 a 2,4) segundos p<0,001. À iontoforese, a área sob a curva de fluxo (AUC) era similar nos grupos e aumentou com o tratamento, de 6087(3857-9137) para 7296(5577-10921) UP/s p=0,04. O VEGF e receptor não diferiam dos controles nem sofreram variações. A concentração de NO era maior nos hipertensos que nos controles: 64,9 (46,8-117,6) vs 50,7 (42-57,5) M/dl p=0,02 e não variou com tratamento. Em conclusão, hipertensos de baixo risco têm menor densidade e menor recrutamento capilar e ambos aumentam com tratamento. Apresentam também disfunção endotelial microcirculatória que melhora com a terapia. / Capillary rarefaction and microcirculatory endothelial dysfunction are hallmarks of hypertension, rendering patients vulnerable to target organ lesions. The study aimed at assessing the effect of a six-month treatment period upon capillary density and microvascular reactivity to physiological and pharmacological stimuli. In addition, two different treatment strategies were tested for possible differences between effects upon those variables. A total of 44 patients were recruited, mean age 46.71.3 years and 20 normotensive individuals served as controls, mean age 48.01.6 years. Anthropometrical and laboratory data were collected, as well as plasma levels of vascular endothelial growth factor (VEGF), its receptor Flt-1 and nitric oxide (NO). Capillary density was obtained by intra-vital microscopy of the dorsum of the middle phalanx before and after post-occlusive reactive hyperemia (PORH). Capillary loops were counted by a semi-automated software. Microvascular reactivity was tested by laser Doppler flowmetry (LDF), and the challenges consisted of acetylcholine iontophoresis, local thermal hyperemia (LTH) and PORH. Patients were randomly allocated to either one of two treatment arms: metoprolol succinate uptitrated to 100 mg daily or olmesartan medoxomil uptitrated to 40 mg daily, with addition of hydrochlorothiazide if necessary. Controls underwent the same initial protocol and all tests were repeated in patients after six months. Baseline clinical and laboratory parameters were similar between patients and controls and between the two treatment groups. After six months there were slight, although significant, differences between the two groups in waist/hip ratio and HDL-cholesterol. In the whole cohort, pretreatment capillary density was significantly reduced compared to controls (71.31.5 vs 80.61.8 cap/mm2 p<0.001 and PORH 71.71.5 vs 79.52.6 cap/mm2 p<0.05). After treatment it increased to 75.41.1 cap/mm2 (p<0.01) at rest and 76.81,1 cap/mm2 during PORH. During LTH, cutaneous vascular conductance (CVC) in perfusion units (PU)/ mmHg was similar in patients and controls and increased significantly in both subgroups (metoprolol: from 1.730.2 to 1.900.2 p<0,001 and olmesartan: from 1.490.1 to 1.870.1 p<0.001). Maximal CVC during PORH was reduced in hypertensive patients: 0.30 (0.22-0.39) compared to controls: 0.39(0.31-0.49) with p<0.001. After therapy it increased to 0.41(0.29-0.51) with p<0.001. The change was significant only for the olmesartan subgroup (from 0.290.02 to 0.420.04 p<0.001). After treatment, the difference in time spent to reach peak flow during PORH inreased significantly in patients taking metoprolol but not in those taking olmesartan: -3.0 (-8.8 to 0.2) and 0.4 (-2.1 to 2.4) seconds after vs before, respectively p<0,001. Area under the Ach iontophoresis flow curve (AUC) was similar in controls and hypertensive patients, and increased after treatment, from 6087 (3857-9137) to 7296 (5577-10921) PU/s p=0.04. VEGF and Flt-1 receptor were similar among all groups and did not change with treatment. NO levels were higher in hypertensive individuals than in controls: 64.9 (46.8-117.6) vs 50.7 (42.0-57.5) M/dl p=0.02 and did not change with treatment. In conclusion, low-risk hypertensive patients show reduced capillary density/recruitment, and endothelial microvascular dysfunction. Both improve with treatment
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O efeito agudo do chocolate amargo sob a função endotelial é dependente da idade em hipertensos com baixo risco cardiovascular / The acute effect of dark chocolate on endothelial function is dependent on age in hypertensive patients with low cardiovascular riskJenifer Palma dEl-Rei Pinto 18 December 2011 (has links)
Dados recentes indicam uma relação inversa entre doença cardiovascular e consumo de flavonóides. O objetivo do estudo foi identificar parâmetros clínicos e vasculares de pacientes hipertensos tratados que apresentaram efeitos benéficos na função vascular após o consumo de chocolate amargo com 70% de cacau por sete dias. Vinte e um pacientes hipertensos em tratamento medicamentoso, ambos os sexos, com idades entre 40-65 anos, foram incluídos em um ensaio clínico intervencional com aferição de pressão arterial, dilatação mediada por fluxo braquial (DMF), tonometria arterial periférica (EndoPAT) e parâmetros hemodinâmicos centrais pelo SphygmoCor. Após sete dias de consumo de chocolate amargo (70% cacau) 75g/dia, as avaliações clínica e vascular foram repetidas. Os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com a resposta da DMF em respondedores (que apresentaram melhora na DMF, n= 12) e não-respondedores (que não apresentaram melhora, n = 9). O grupo respondedor apresentou menor média de idade (54 7 vs 61 6 anos, p = 0,037) e menor risco cardiovascular pelo escore de Framingham (2,5 1,8 vs 8,1 5,1%, p = 0,017). Além disso, os pacientes respondedores apresentaram valores mais baixos de pressão de pulso tanto periférica (55 9 vs 63 5 mmHg, p = 0,041), quanto central (44 10 vs 54 6, p = 0,021) quando comparado ao grupo não respondedor. A resposta da DMF apresentou correlação moderada e negativa com o escore de Framingham (r = -0,60, p = 0,014), com a DMF basal (r = 0,54, p = 0,011), com o índice de hiperemia reativa basal (IHR) obtido pelo EndoPAT (r = -0,56, p = 0,008) e com a pressão de pulso central (r = -0,43, p = 0,05). No entanto, após análise de regressão linear, apenas o escore de Framingham e o IHR basal foram associados com a resposta da DMF. Em conclusão, nesta amostra de pacientes hipertensos tratados, os indivíduos que apresentaram melhora da função endotelial com o consumo de chocolate amargo com 70% de cacau também mostraram redução da pressão arterial tanto sistólica como diastólica, eram mais jovens e tinham menor pressão de pulso e menor risco cardiovascular, apesar de uma disfunção endotelial basal / Recent findings indicate an inverse relationship between cardiovascular disease and consumption of flavonoids. We aimed to identify clinical and vascular parameters of treated hypertensive patients who present beneficial effects of dark chocolate on vascular function. Twenty-one hypertensive patients in drug therapy, both genders, aged 40-65 years, were included in a prospective study with measurement of blood pressure, brachial flow-mediated dilatation (FMD), peripheral arterial tonometry (EndoPAT) and central hemodynamic parameters by SphygmoCor. After seven days of eating dark chocolate (70% cocoa) 75g/day, the clinical and vascular evaluation were repeated. Patients were divided into two groups according to the response in FMD: responders (increase in FMD, n=12) and non-responders (no improvement in FMD, n=9). The responder group had a lower mean age (547 vs 616 years, p=0.037) and cardiovascular risk by Framingham score (2.51.8 vs 8.15.1 %, p=0.017). Moreover, responders patients presented lower values of both peripheral (559 vs 635 mmHg, p=0.041), and central pulse pressure (4410 vs 546, p=0.021) than those in non-responder group. The FMD response showed moderate and negative correlation with Framingham score (r= -0.60, p=0.014), with baseline FMD (r= 0.54, p=0.011), baseline reactive hyperemia index (RHI) by EndoPAT (r= -0.56, p=0.008) and central pulse pressure (r= -0.43, p=0.05). However, after linear regression analysis, only the Framingham score and baseline RHI were associated with FMD response. In conclusion, this sample of treated hypertensive patients, individuals who showed improvement in endothelial function with the consumption of dark chocolate with 70% cocoa also showed reduction in both systolic and diastolic blood pressure, were younger and had lower pulse pressure and lower cardiovascular risk, although a basal endothelial dysfunction
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Efeito do treinamento físico de natação sobre a resposta vasomotora arterial em ratos espontaneamente hipertensos: papel das espécies reativas de oxigênio e de nitrogênio / Effect of swimming training on the arterial vasomotor function in spontaneously hypertensive rats (SHR): role of reactive oxygen and nitrogen speciesCamila Paixão Jordão 13 December 2010 (has links)
Estudos demonstram o envolvimento do superóxido vascular (O-2) na hipertensão arterial, associado à menor vasodilatação, decorrente da redução na biodisponibilidade de óxido nitrico (NO). O treinamento físico (TF) aeróbio tem sido mostrado eficiente em diminuir a pressão arterial em hipertensos, associado a melhora da função endotelial. Entretanto, os mecanismos pelos quais o TF modula a vasomotricidade não são completamente conhecidos. O Objetivo foi avaliar o efeito TF aeróbio (natação, 10 semanas) na resposta vasomotora em aorta de ratos espontaneamente hipertensos (SHR), destacando-se o a produção de O-2 e do NO nesta resposta. Os ratos SHR apresentaram menor resposta vasodilatadora à ACh, bem como vasoconstrição em concentrações elevadas de ACh. Além disso, os ratos SHR apresentarm maior índice de produção de O-2 , menor biodisponibilidade de NO e maior expressão protéica das enzimas eNOS e NOX 4. O TF de natação foi capaz de melhorar a resposta vasodilatadora dependente do endotelio, associado a diminuição do conteúdo de O-2 e aumento da biodisponibilidade de NO em aortas dos ratos. Os resultados demonstram que o TF aeróbico de natação promove redução do estresse oxidativo vascular, aumenta a biodisponibilidade de NO e aumenta a vasodilatação endotélio dependente. Estas alterações vasculares parecem contribuir para a redução da pressão artera nos ratos SHR treinados / Experimental and clinical evidence indicates that vascular superoxide (O-2) play an important pathophysiological role in the development of hypertension, associated with decreased nitric oxide (NO) bioavailability and impaired endothelial-dependent vasorelaxation. Aerobic exercise trainning (AET) decrases blood pressure and improves enthotelial-dependent vasorelaxation in hypertensive. However, the molecular mechanism of trainning-induced improvement of vasomotricity is not completry understood. The purpose of this study was examine the effect of AET (swimming, 10 wk) on the aorta function in SHR rats, emphasizing the O-2 and NO production indices. Resultas: SHR rats showed decreased maximal vasorelatation and paradoxical vasocontriction at high doses of ACh. This resposnes was related to increased O-2 and decreased NO bioavailability, associated with increased expression of eNOS and NOX-4. On the other hand, swimming AET improved the endothelial-dependent vasorelaxation, which were associated with decreased O-2 and improved NO bioavailability. Conclusion: the results show that swimming AET reduces vascular oxidative stress, improves No biodisponibility and increases endotelium-dependent vasorelaxation in SHR rats. These changes may be involved in blood pressure reducton in trained SHR rats
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Efeito do treinamento físico de natação sobre a resposta vasomotora arterial em ratos espontaneamente hipertensos: papel das espécies reativas de oxigênio e de nitrogênio / Effect of swimming training on the arterial vasomotor function in spontaneously hypertensive rats (SHR): role of reactive oxygen and nitrogen speciesJordão, Camila Paixão 13 December 2010 (has links)
Estudos demonstram o envolvimento do superóxido vascular (O-2) na hipertensão arterial, associado à menor vasodilatação, decorrente da redução na biodisponibilidade de óxido nitrico (NO). O treinamento físico (TF) aeróbio tem sido mostrado eficiente em diminuir a pressão arterial em hipertensos, associado a melhora da função endotelial. Entretanto, os mecanismos pelos quais o TF modula a vasomotricidade não são completamente conhecidos. O Objetivo foi avaliar o efeito TF aeróbio (natação, 10 semanas) na resposta vasomotora em aorta de ratos espontaneamente hipertensos (SHR), destacando-se o a produção de O-2 e do NO nesta resposta. Os ratos SHR apresentaram menor resposta vasodilatadora à ACh, bem como vasoconstrição em concentrações elevadas de ACh. Além disso, os ratos SHR apresentarm maior índice de produção de O-2 , menor biodisponibilidade de NO e maior expressão protéica das enzimas eNOS e NOX 4. O TF de natação foi capaz de melhorar a resposta vasodilatadora dependente do endotelio, associado a diminuição do conteúdo de O-2 e aumento da biodisponibilidade de NO em aortas dos ratos. Os resultados demonstram que o TF aeróbico de natação promove redução do estresse oxidativo vascular, aumenta a biodisponibilidade de NO e aumenta a vasodilatação endotélio dependente. Estas alterações vasculares parecem contribuir para a redução da pressão artera nos ratos SHR treinados / Experimental and clinical evidence indicates that vascular superoxide (O-2) play an important pathophysiological role in the development of hypertension, associated with decreased nitric oxide (NO) bioavailability and impaired endothelial-dependent vasorelaxation. Aerobic exercise trainning (AET) decrases blood pressure and improves enthotelial-dependent vasorelaxation in hypertensive. However, the molecular mechanism of trainning-induced improvement of vasomotricity is not completry understood. The purpose of this study was examine the effect of AET (swimming, 10 wk) on the aorta function in SHR rats, emphasizing the O-2 and NO production indices. Resultas: SHR rats showed decreased maximal vasorelatation and paradoxical vasocontriction at high doses of ACh. This resposnes was related to increased O-2 and decreased NO bioavailability, associated with increased expression of eNOS and NOX-4. On the other hand, swimming AET improved the endothelial-dependent vasorelaxation, which were associated with decreased O-2 and improved NO bioavailability. Conclusion: the results show that swimming AET reduces vascular oxidative stress, improves No biodisponibility and increases endotelium-dependent vasorelaxation in SHR rats. These changes may be involved in blood pressure reducton in trained SHR rats
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Der Einfluss von diätetisch verabreichten Sojaisoflavonen auf den Homocysteinmetabolismus und die Endothelfunktion bei gesunden, postmenopausalen Frauen / The impact of soy isoflavones on homocysteine metabolism and endothelial function in healthy postmenopausal womenReimann, Manja January 2005 (has links)
Homocystein (tHcy) gilt als unabhängiger kardiovaskulärer Risikofaktor und korreliert eng mit einer endothelialen Dysfunktion, welche nichtinvasiv mittels der flussinduzierten Vasodilatation (FMD) messbar ist. Experimentelle Hyperhomocysteinämie ist mit einer reduzierten Bioverfügbarkeit von endothelialen Stickstoffmonoxid (NO) bei gleichzeitig erhöhten Spiegeln des kompetetiven Inhibitors der NO-Biosynthese asymmetrisches Dimethylarginin (ADMA) assoziiert. In-vivo senkt eine Östrogenbehandlung neben tHcy auch die ADMA-Spiegel und verbessert signifikant die Endothelfunktion. Hinsichtlich ihrer Wirkung als selektive Östrogenrezeptormodulatoren wird angenommen, dass Phytoöstrogene, speziell Sojaisoflavone, ähnliche Effekte hervorrufen.<br><br>
Innerhalb einer europäischen, multizentrischen, doppelblinden Interventionsstudie an 89 gesunden, postmenopausalen Frauen wurde der Einfluss von Sojaisoflavonen auf den Homocysteinmetabolismus, den Blutdruck und die in-vivo Endothelfunktion untersucht. Die cross-over Studie umfasste zwei achtwöchige Interventionsperioden, die von einer gleichlangen Wash-out-Phase unterbrochen waren. Die Zuteilung zum Isoflavon- (50 mg/d) oder Plazeboregime für die erste Interventionsphase erfolgte randomisiert. Endpunkterhebungen fanden jeweils in den Wochen 0 und 8 der Interventionsperioden statt.<br><br>
Die renale Ausscheidung von Genistein, Daidzein und Equol war während der Isoflavonintervention signifikant erhöht (P>0,001). Die Phyoöstrogene hatten weder einen Effekt auf die tHcy-Konzentration (P=0,286), noch auf ADMA, Erythrozytenfolat und Vitamin B-12 (P>0,05) im Plasma. Während die Summe aus Nitrat und Nitrit (NOx), welche die NO-Bioverfügbarkeit reflektiert, im Verlaufe der Plazebobehandlung abfiel, wurde ein leichter Anstieg bei der Isoflavonsupplementation beobachtet (Delta Wo8-Wo0: -2,60 [-8,75; 2,25] vs. 1,00 [-6,65; 7,85] µmol/L P<0,001), was zu einem signifikanten Behandlungseffekt führte. Weiterhin wurde eine positive Korrelation zwischen ADMA und Vitamin B-12 gefunden (R=0,252; P=0,018). Die flussinduzierte Vasodilatation (P=0,716), ein Maß für die Endothelfunktion, blieb durch die Isoflavonbehandlung unbeeinflusst, obwohl sich diese über die Zeit insgesamt verbesserte (P>0,001). Bis auf einen marginalen Anstieg des systolischen Wertes (P=0,032) im Vergleich zur Plazebobehandlung blieb der Blutdruck während der Isoflavonintervention unverändert.<br><br>
Im Gegensatz zu Östrogen übten Sojaisoflavone weder einen Einfluss auf die in-vivo Endothelfunktion noch auf die traditionellen und neuen kardiovaskulären Risikofaktoren den Blutdruck, tHcy und ADMA aus. Demzufolge ist der gesundheitliche Nutzen isolierter Isoflavone hinsichtlich einer Prävention hormonmangelbedingter Erkrankungen in gesunden postmenopausalen Frauen fraglich. / Homocysteine (tHcy) is a strong and independent risk factor for cardiovascular disease. Hyperhomocysteinemia contributes to endothelial dysfunction as assessed by flow-mediated vasodilation (FMD). The mechanisms by which homocysteine generates endothelial dysfunction remain incompletely understood although a growing body of data suggests that the bioavailability of nitric oxide (NO) is reduced. The principal competitive inhibitor of endothelial NO-synthase asymmetric dimethylarginine (ADMA) may play a central role in homocysteine related dysfunction as it is derived from homocysteine metabolism. Cardiovascular risk factor modification has suggested beneficial effects of estrogen on endothelial function by lowering homocysteine and ADMA levels. We hypothesize that phytoestrogens particular isoflavones act in a similar manner.<br><br>
The effects of soy isoflavones on homocysteine metabolism and endothelial function were investigated within a multi-centre, double blind, cross-over intervention trial in 89 European postmenopausal women. Subjects consumed either fruit cereal bars with or without soy isoflavones (50 mg/d) for 8 weeks each with a 8 weeks washout period in between. Endpoint measurements were during both treatment phases at baseline and weeks 8, respectively. <br><br>
Urinary phytoestrogens increased significantly after isoflavone intervention (P<0.001). Isoflavone supplementation did affect neither plasma total homocysteine (P=0.286) nor ADMA, vitamin B-12 or folate (P<0.05). Isoflavones had a favorable effect on NO-metabolism assessed by analysis of NO-metabolites (NOx) nitrite and nitrate. While NOx concentration significantly decreased during placebo there was a slight increase after isoflavone supplementation leading to a significant treatment difference (delta wk8-wk0: -2.60 [-8.75; 2.25] vs. 1.00 [-6.65; 7.85] µmol/L P<0.001). There was no association between total homocysteine and ADMA whereas a positive correlation was found for ADMA and vitamin B-12 (R=0.252; P=0.018). The endothelial function model did not demonstrate any difference between either treatment regime (P=0.716), although endothelial function assessed by flow-mediated vasodilation improved in general (P<0.001). A potential adverse effect was noted, with an elevation in systolic blood pressure (P=0.032) whereas diastolic blood pressure and mean arterial pressure remained unaffected.<br><br>
Soy isoflavones did not have beneficial effects on endothelial function as well as on traditional and novel cardiovascular risk factors like plasma homocysteine, blood pressure and ADMA as observed for estrogen treatment. The health benefit of isolated isoflavones in healthy postmenopausal women is questionable.
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Relação da apneia obstrutiva do sono com a função endotelial, estresse oxidativo, biomarcadores inflamatórios, perfil metabólico e atividade simpática em indivíduos obesos / Relationship of obstructive sleep apnea with endothelial function, oxidative stress, inflammatory biomarkers, metabolic profile and sympathetic activity in obese individualsLuciene da Silva Araújo 10 June 2014 (has links)
Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Introdução: a apneia obstrutiva do sono (AOS) é considerada um fator de risco para as doenças cardiovasculares. Os mecanismos responsáveis pelo desenvolvimento da aterosclerose potencializados pela AOS não são completamente conhecidos. Entretanto, existem evidências de que a AOS está associada com aumento no estresse oxidativo, elevação nos mediadores inflamatórios, resistência à insulina, ativação do sistema nervoso simpático, elevação da pressão arterial (PA) e a disfunção endotelial. Objetivo: avaliar a relação da AOS com a função endotelial, o estresse oxidativo, os biomarcadores inflamatórios, o perfil metabólico, a adiposidade corporal, a atividade simpática e a PA em indivíduos obesos. Métodos: estudo transversal envolvendo 53 pacientes obesos, com índice de massa corporal (IMC) ≥ 30 e < 40 Kg/m2, sem distinção de raça e gênero, apresentando idade entre 20 e 55 anos. O estudo do sono foi realizado com o equipamento Watch-PAT 200, sendo feito o diagnóstico de AOS quando índice apneia-hipopneia (IAH) ≥ 5 eventos/h. Todos os participantes foram submetidos à avaliação do (a): adiposidade corporal (peso, % gordura corporal e circunferências da cintura, quadril e pescoço); PA; atividade do sistema nervoso simpático (concentrações plasmáticas de catecolaminas); biomarcadores inflamatórios (proteína C reativa ultrassensível (PCR-us) e adiponectina); estresse oxidativo (malondialdeído); metabolismo glicídico (glicose, insulina e HOMA-IR) e lipídico (colesterol total e frações e triglicerídeos); e função endotelial (índice de hiperemia reativa (RHI) avaliado com o equipamento Endo-PAT 2000 e moléculas de adesão celular). A análise estatística foi realizada com o software STATA versão 10. Resultados: dos 53 pacientes avaliados 20 foram alocados no grupo sem AOS (grupo controle; GC) (IAH: 2,550,35 eventos/h) e 33 no grupo com AOS (GAOS) (IAH: 20,163,57 eventos/h). A faixa etária (39,61,48 vs. 32,52,09 anos) e o percentual de participantes do gênero masculino (61% vs. 25%) foram significativamente maiores no GAOS do que no GC (p=0,01). O GAOS em comparação o GC apresentou valores significativamente mais elevados de circunferência do pescoço (CP) (40,980,63 vs. 38,650,75 cm; p=0,02), glicemia (92,541,97 vs. 80,21,92 mg/dL; p=0,0001), PA sistólica (126,051,61 vs.118,16 1,86 mmHg; p=0,003) e noradrenalina (0,160,02 vs. 0,120,03 ng/mL; p=0,02). Após ajustes para fatores de confundimento, a glicose e a PCR-us foram significativamente mais elevadas no GAOS. Os 2 grupos apresentaram valores semelhantes de IMC, insulina, HOMA-IR, perfil lipídico, adiponectina, PA diastólica, adrenalina, dopamina, moléculas de adesão celular e malondialdeído. A função endotelial avaliada pelo RHI também foi semelhante nos 2 grupos (GAOS:1,850,2 vs. GC:1,980,1; p=0,31). Nas análises de correlação, considerando todos os participantes do estudo, o IAH apresentou associação positiva e significativa com CP e PCR-us após ajustes para fatores de confundimento. A saturação mínima de O2 se associou de forma negativa e significativa com a CP, os níveis séricos de insulina e o HOMA-IR, mesmo após ajustes para fatores de confundimento. Conclusões: o presente estudo sugere que em obesos a AOS está associada com valores mais elevados de glicemia e inflamação; o aumento do IAH apresenta associação significativa com a obesidade central e com a inflamação; e a queda na saturação de oxigênio se associa com resistência à insulina. / Introduction: obstructive sleep apnea (OSA) is considered a risk factor for cardiovascular disease. The mechanisms responsible for the development of atherosclerosis triggered by OSA are not completely known. However, there is evidence that OSA is associated with increased oxidative stress, higher levels of inflammatory mediators, insulin resistance, increased sympathetic nervous system activity, elevated blood pressure (BP) and endothelial dysfunction. Objective: to evaluate the relation of OSA with endothelial function, oxidative stress, inflammatory biomarkers, metabolic profile, body adiposity, sympathetic activity and BP in obese individuals. Methods: cross-sectional study involving 53 obese patients with body mass index (BMI) > 30 and < 40 kg/m2, without distinction of race and gender, aged between 20 and 55 years. The sleep study was performed with the equipment Watch-PAT200 and the diagnosis of OSA was made when apnea-hipopnea index (AHI) ≥ 5 events/h. All participants underwent evaluation of: body adiposity (weight, % body fat and circumferences of waist, hip and neck); BP; sympathetic nervous system activity (plasma levels of catecholamines); inflammatory biomarkers (high sensible c-reactive protein (hs-CRP) and adiponectin); oxidative stress (malondialdehyde); metabolism of glucose (glucose, insulin and HOMA-IR) and lipids (total cholesterol and fractions and triglycerides); and endothelial function (reactive hyperemia index (RHI) evaluated by Endo-PAT 2000 and cellular adhesion molecules). Statistical analysis was performed with software STATA version 10. Results: of the 53 evaluated patients, 20 were included in the group without OSA (Control group; CG) (AHI: 2.550.35 events/h) and 33 in the group with OSA (OSAG) (IAH: 20.163.57 events/h). The mean age (39.61.48 vs. 32.52.09 years) and the percentage of male participants (61% vs. 25%) were significantly higher in OSAG than in CG (p=0.01). The OSAG compared the CG showed significantly higher values of neck circumference (NC) (40.980.63 vs. 38.650.75 cm, p=0.02), glucose (92.541.97 vs. 80.21.92 mg/dL, p=0.0001), systolic BP (126.051.61 vs. 118.161.86 mmHg, p=0.003) and noradrenaline (0.160.02 vs. 0.120.03 ng/mL, p=0.02). After adjustment for confounders, glucose and hs-CRP were significantly higher in OSAG. Both groups presented similar values of BMI, insulin, HOMA-IR, lipid profile, adiponectin, diastolic BP, adrenaline, dopamine, adhesion cellular molecules and malondialdehyde. Endothelial function evaluated by RHI was also similar in both groups (OSAG: 1.850.2 vs. CG: 1.980.1, p=0.31). In correlation analysis, considering the whole group of patients, AHI presented a positive and significant association with NC and hs-CRP after adjustments for confounders. The minimum oxygen saturation was associated negatively and significantly with NC, insulin and HOMA-IR even after adjustments for confounders. Conclusions: the present study suggests that in obese individuals, OSA is associated with higher values of glucose and inflammation; higher AHI presents significant association with central adiposity and with inflammation; and lower oxygen saturation is associated with insulin resistance.
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Fonction endothéliale et rigidité artérielle, deux intégrateurs du risque cardiovasculaire : Etude à jeun et pendant la période post prandiale chez le sujet sain et le diabétique de type 2 / Endothelial function and arterial stiffness, two integrators of cardiovascular risk : Study during fasting and during postprandial period in healthy subjects and in patients with type 2 diabetesFysekidis, Marinos 06 December 2016 (has links)
Introduction : L’objectif de cette thèse était d'étudier les intégrateurs de risque cardiovasculaire chez des sujets qui représentent le continuum glycémique de la normo-glycémie jusqu'à la découverte du diabète, avant et après un petit déjeuner standardisé. Les paramètres que nous étudions étaient les suivants : l’endothélium, la rigidité artérielle et le système nerveux végétatif ou autonome (SNA). Méthodes : Dans un premier temps, nous avons mené une étude métabolique en utilisant des holters glycémiques. Ensuite nous avons étudié des sujets normo-glycémiques (NUTRIVASC: NCT01579409) intolérants au glucose (ACCES: NCT01521312) et diabétiques de type 2 avant et après un traitement par insuline (INSUVASC: 01022658). Nous avons étudié aussi le rôle des facteurs dit non classiques avec deux études sur l’association de la rigidité artérielle à la fibrose hépatique et la neuropathie diabétique. Conclusions : Nos résultats ont montré que la variabilité glycémique est plus forte en présence d’une dysglycémie et augmente avec l'HbA1c. Nous avons retrouvé une bonne corrélation entre la cinétique de la charge orale en glucose et celle d’un petit déjeuner standardisé. Chez les personnes âgées saines, l'augmentation du débit cardiaque après l'ingestion d'un repas dépend de l'augmentation de la FC sans que cet effet passe par l'inhibition vagale. Quatre semaines de traitement par insuline améliorait la fonction endothéliale microvasculaire à jeun. Parmi les patients diabétiques normotendus, ceux avec une neuropathie périphérique étaient deux fois plus susceptibles d'avoir une valeur de VOP > 90ème percentile des valeurs de référence que ceux sans neuropathie.La fibrose hépatique était corrélée à la rigidité artérielle indépendamment de l’âge et de la PA chez des sujets normotendus. Notre travail montre l’intérêt des explorations de la phase post-prandiale et l’étude des plusieurs cibles cardiovasculaires pour comprendre les différences de la PA et de la FC. / Introduction : The primary objective of this thesis was to study, at fasting and during the postprandial period, cardiovascular risk integrators in subjects representing the continuum from normoglycemia to insulin treated type 2 diabetes. We studied the following parameters : endothelial function, arterial stiffness and autonomic nervous system. Methods We have (i) conducted a metabolic study in obese subjects with continuous glucose monitoring systems ; (ii) studied subjects with normal glycemia (NUTRIVASC: NCT01579409), impaired glucose tolerance (ACCESS : NCT01521312) and (iii) type 2 diabetes before and after insulin treatment (INSUVASC: 01022658) ; and finally (iv) we studied the association of arterial stiffness with hepatic fibrosis and with diabetic neuropathy. Results(i) Glucose variability was higher in the presence of dysglycemia and increased with HbA1c. The kinetics of oral glucose tolerance test compared to a standardized breakfast were well correlated. (ii) In elderly patients without cardiovascular risk factors, the post-prandial increase in cardiac output depended on the increase in heart rate which was not driven by cardiac vagal inhibition ; The French National Nutrition Program recommendations had favorable effects on heart rate and myocardial viability. (iii) A 4-week treatment with insulin in addition to metformin improved microvascular endothelial function at fasting. (iv) In normotensive patients with diabetes, those with peripheral neuropathy have a two-fold higher risk for increased arterial stiffness than those without neuropathy. Finally, liver fibrosis correlates with arterial stiffness independently of age and blood pressure in normotensive subjects. Conclusions : Our work underlines the importance of exploring cardiovascular integrators during post prandial period in healthy subjects and in diabetic patients, according to their diet and their hypoglycemic and anti-hypertensive treatments.
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Efeitos da restrição energética sobre a apneia do sono, atividade simpática, estresse oxidativo, biomarcadores inflamatórios, função endotelial, adiposidade corporal, perfil metabólico e pressão arterial em pacientes obesos com apneia obstrutiva do sono / Effects of energy restriction on sleep apnea, sympathetic activity, oxidative stress, inflammatory biomarkers, endothelial function, body adiposity, metabolic profile and blood pressure in obese patients with obstructive sleep apneaJulia Freitas Rodrigues Fernandes 27 March 2014 (has links)
A intervenção nutricional para perda ponderal é uma das opções terapêuticas para a apneia obstrutiva do sono (AOS) em pacientes com excesso de adiposidade corporal. No entanto, os efeitos da restrição energética moderada, recomendada pelas diretrizes atuais para o tratamento da obesidade, sobre a AOS ainda não são conhecidos. Avaliar em indivíduos obesos com diagnóstico de AOS os efeitos da restrição energética moderada sobre a adiposidade corporal; gravidade da AOS; pressão arterial; atividade simpática; estresse oxidativo; biomarcadores inflamatórios; perfil metabólico e função endotelial. Ensaio clínico randomizado, com duração de 16 semanas, envolvendo 21 indivíduos obesos grau I ou II, apresentando idade entre 20-55 anos e índice de apneia/hipopneia (IAH) > 5 eventos/h. Os participantes foram randomizados em 2 grupos: 11 no grupo restrição energética (GRE) e 10 no grupo controle (GC). O GRE foi orientado a realizar restrição energética (-800 Kcal/dia) e o GC não modificou sua ingestão alimentar. No início e ao final do estudo, os participantes foram submetidos à avaliação do (a): AOS com o equipamento Watch-PAT 200 incluindo a determinação dos seguintes parâmetros de gravidade da AOS: IAH, saturação mínima de O2, número de dessaturações de O2>4%; adiposidade corporal (peso, % gordura corporal e circunferências da cintura, quadril e pescoço); pressão arterial (PA); atividade do sistema nervoso simpático (concentrações plasmáticas de catecolaminas); biomarcadores inflamatórios (proteína C reativa e adiponectina); estresse oxidativo (malondialdeído); metabolismo glicídico (glicose, insulina e HOMA-IR) e lipídico (colesterol total e frações e triglicerídeos); e função endotelial (índice de hiperemia reativa avaliado com o equipamento Endo-PAT 2000 e moléculas de adesão). A análise estatística foi realizada com o software STATA v. 10. O nível de significância estatística adotado foi p<0,05. Resultados: O GRE, em comparação com o GC, apresentou redução significativamente maior no peso corporal (-5,571,81 vs. 0,431,21kg, p<0,001) e nos demais parâmetros de adiposidade corporal; no IAH (-7,222,79 vs. 0,131,88 eventos/h, p=0,04); no número de dessaturações de O2>4% (-33,7015,57 vs. 1,807,85, p=0,04); nas concentrações plasmáticas de adrenalina (-12,703,00 vs. -1,303,90pg/mL, p=0,04); além de aumento significativamente maior na saturação mínima de O2 (4,601,55 vs. -0,601,42%,p=0,03). O GRE, em comparação com o GC, apresentou maior redução, porém sem alcançar significância estatística, na PA sistólica (-4,231,95 vs. 2,341,39mmHg, p=0,05), na concentração de insulina (-5,111,93 vs. -0,651,28U/mL, p=0,07) e no HOMA-IR (-1,150,49 vs. -0,080,33, p=0,09). Durante o período do estudo, as modificações na adiposidade corporal total e central apresentaram correlação significativa com as variações nos parâmetros de gravidade da AOS; na PA sistólica e diastólica; nas concentrações de insulina e no HOMA-IR, mesmo após ajuste para fatores de confundimento. As modificações na adiposidade corporal central apresentaram associação significativa com as variações nas concentrações de noradrenalina e adiponectina. As modificações nos parâmetros de gravidade da AOS apresentaram associação significativa com as variações nas concentrações séricas da proteína C reativa. Este estudo sugere que em pacientes obesos com AOS a restrição energética moderada é capaz de reduzir a adiposidade corporal total e central, os parâmetros de avaliação da gravidade da AOS e a atividade do sistema nervoso simpático. / Nutritional intervention for weight loss is one of the treatment options for obstructive sleep apnea (OSA) in patients with excess body adiposity. However, the effects of moderate energy restriction, recommended by current guidelines for the treatment of obesity, on OSA are not yet known. To evaluate the effects of moderate energy restriction on the body adiposity; severity of OSA; blood pressure; sympathetic activity; oxidative stress; inflammatory biomarkers; metabolic profile and endothelial function in obese patients with OSA. Methods: A 16-week randomized clinical trial, involving 21 subjects with obesity (grade I or II), aged 20-55 years and presenting an apnea/hipopnea index (AHI) > 5 events/h. Participants were randomized into 2 groups: 11 in the energy restriction group (ERG) and 10 in the control group (CG). The ERG was instructed to follow an energy-restricted diet (-800 kcal/day) and the CG was advised not to change their food intake. At the beginning and at the end of the study, participants underwent evaluation of: OSA with the equipment Watch- PAT200 including the determination of the following parameters of OSA severity: AHI, minimum O2 saturation, number of O2 desaturations >4%; body adiposity (weight, %body fat and circumferences of waist, hip and neck); blood pressure (BP); sympathetic nervous system activity (plasma levels of catecholamines); inflammatory biomarkers (c-reactive protein and adiponectin); oxidative stress (malondialdehyde); metabolism of glucose (glucose, insulin and HOMA-IR) and lipids (total cholesterol and fractions and triglycerides); and endothelial function (index of reactive hyperemia evaluated by Endo - PAT 2000 and cellular adhesion molecules). The statistical analysis was performed with the software STATA v. 10. The level of statistical significance was p < 0.05. Results: The ERG, compared to the CG, presented significantly greater reduction in body weight (-5.571.81 vs. 0.431.21kg, p<0.001) and in the others parameters of body adiposity; in AHI (-7.222.79 vs. 0.131.88 events/h, p=0.04); in the number of O2 desaturation >4% (-33.7015.57 vs. 1.80 7.85, p=0.04), in plasma concentrations of adrenaline (-12.703.00 vs. -1.303.90pg/mL, p=0.04); and significantly greater increase in minimum O2 saturation (4.601.55 vs. -0.601.42%, p=0.03). The ERG, in comparison with the CG, showed a greater decrease, however without statistical significance, in systolic BP (-4.231.95 vs. 2.341.39mmHg, p=0.05), in insulin levels (-5.111.93 vs. -0.651.28U/mL, p=0.07) and HOMA-IR (-1.150.49 vs. -0.080.33, p=0.09). During the study period, the modifications in total and central adiposity presented a significant correlation with changes in parameters of OSA severity; in systolic and diastolic BP; and in insulin levels and in HOMA-IR, even after adjustments for confounding factors. The changes in central adiposity were significantly associated with modifications in levels of norepinephrine and adiponectin. The changes in parameters of OSA severity presented significant association with the modifications in serum levels of C-reactive protein. This study suggests that in obese patients with OSA moderate energy restriction is able to reduce total and central adiposity, parameters of OSA severity and sympathetic nervous system activity.
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Relação da apneia obstrutiva do sono com a função endotelial, estresse oxidativo, biomarcadores inflamatórios, perfil metabólico e atividade simpática em indivíduos obesos / Relationship of obstructive sleep apnea with endothelial function, oxidative stress, inflammatory biomarkers, metabolic profile and sympathetic activity in obese individualsLuciene da Silva Araújo 10 June 2014 (has links)
Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Introdução: a apneia obstrutiva do sono (AOS) é considerada um fator de risco para as doenças cardiovasculares. Os mecanismos responsáveis pelo desenvolvimento da aterosclerose potencializados pela AOS não são completamente conhecidos. Entretanto, existem evidências de que a AOS está associada com aumento no estresse oxidativo, elevação nos mediadores inflamatórios, resistência à insulina, ativação do sistema nervoso simpático, elevação da pressão arterial (PA) e a disfunção endotelial. Objetivo: avaliar a relação da AOS com a função endotelial, o estresse oxidativo, os biomarcadores inflamatórios, o perfil metabólico, a adiposidade corporal, a atividade simpática e a PA em indivíduos obesos. Métodos: estudo transversal envolvendo 53 pacientes obesos, com índice de massa corporal (IMC) ≥ 30 e < 40 Kg/m2, sem distinção de raça e gênero, apresentando idade entre 20 e 55 anos. O estudo do sono foi realizado com o equipamento Watch-PAT 200, sendo feito o diagnóstico de AOS quando índice apneia-hipopneia (IAH) ≥ 5 eventos/h. Todos os participantes foram submetidos à avaliação do (a): adiposidade corporal (peso, % gordura corporal e circunferências da cintura, quadril e pescoço); PA; atividade do sistema nervoso simpático (concentrações plasmáticas de catecolaminas); biomarcadores inflamatórios (proteína C reativa ultrassensível (PCR-us) e adiponectina); estresse oxidativo (malondialdeído); metabolismo glicídico (glicose, insulina e HOMA-IR) e lipídico (colesterol total e frações e triglicerídeos); e função endotelial (índice de hiperemia reativa (RHI) avaliado com o equipamento Endo-PAT 2000 e moléculas de adesão celular). A análise estatística foi realizada com o software STATA versão 10. Resultados: dos 53 pacientes avaliados 20 foram alocados no grupo sem AOS (grupo controle; GC) (IAH: 2,550,35 eventos/h) e 33 no grupo com AOS (GAOS) (IAH: 20,163,57 eventos/h). A faixa etária (39,61,48 vs. 32,52,09 anos) e o percentual de participantes do gênero masculino (61% vs. 25%) foram significativamente maiores no GAOS do que no GC (p=0,01). O GAOS em comparação o GC apresentou valores significativamente mais elevados de circunferência do pescoço (CP) (40,980,63 vs. 38,650,75 cm; p=0,02), glicemia (92,541,97 vs. 80,21,92 mg/dL; p=0,0001), PA sistólica (126,051,61 vs.118,16 1,86 mmHg; p=0,003) e noradrenalina (0,160,02 vs. 0,120,03 ng/mL; p=0,02). Após ajustes para fatores de confundimento, a glicose e a PCR-us foram significativamente mais elevadas no GAOS. Os 2 grupos apresentaram valores semelhantes de IMC, insulina, HOMA-IR, perfil lipídico, adiponectina, PA diastólica, adrenalina, dopamina, moléculas de adesão celular e malondialdeído. A função endotelial avaliada pelo RHI também foi semelhante nos 2 grupos (GAOS:1,850,2 vs. GC:1,980,1; p=0,31). Nas análises de correlação, considerando todos os participantes do estudo, o IAH apresentou associação positiva e significativa com CP e PCR-us após ajustes para fatores de confundimento. A saturação mínima de O2 se associou de forma negativa e significativa com a CP, os níveis séricos de insulina e o HOMA-IR, mesmo após ajustes para fatores de confundimento. Conclusões: o presente estudo sugere que em obesos a AOS está associada com valores mais elevados de glicemia e inflamação; o aumento do IAH apresenta associação significativa com a obesidade central e com a inflamação; e a queda na saturação de oxigênio se associa com resistência à insulina. / Introduction: obstructive sleep apnea (OSA) is considered a risk factor for cardiovascular disease. The mechanisms responsible for the development of atherosclerosis triggered by OSA are not completely known. However, there is evidence that OSA is associated with increased oxidative stress, higher levels of inflammatory mediators, insulin resistance, increased sympathetic nervous system activity, elevated blood pressure (BP) and endothelial dysfunction. Objective: to evaluate the relation of OSA with endothelial function, oxidative stress, inflammatory biomarkers, metabolic profile, body adiposity, sympathetic activity and BP in obese individuals. Methods: cross-sectional study involving 53 obese patients with body mass index (BMI) > 30 and < 40 kg/m2, without distinction of race and gender, aged between 20 and 55 years. The sleep study was performed with the equipment Watch-PAT200 and the diagnosis of OSA was made when apnea-hipopnea index (AHI) ≥ 5 events/h. All participants underwent evaluation of: body adiposity (weight, % body fat and circumferences of waist, hip and neck); BP; sympathetic nervous system activity (plasma levels of catecholamines); inflammatory biomarkers (high sensible c-reactive protein (hs-CRP) and adiponectin); oxidative stress (malondialdehyde); metabolism of glucose (glucose, insulin and HOMA-IR) and lipids (total cholesterol and fractions and triglycerides); and endothelial function (reactive hyperemia index (RHI) evaluated by Endo-PAT 2000 and cellular adhesion molecules). Statistical analysis was performed with software STATA version 10. Results: of the 53 evaluated patients, 20 were included in the group without OSA (Control group; CG) (AHI: 2.550.35 events/h) and 33 in the group with OSA (OSAG) (IAH: 20.163.57 events/h). The mean age (39.61.48 vs. 32.52.09 years) and the percentage of male participants (61% vs. 25%) were significantly higher in OSAG than in CG (p=0.01). The OSAG compared the CG showed significantly higher values of neck circumference (NC) (40.980.63 vs. 38.650.75 cm, p=0.02), glucose (92.541.97 vs. 80.21.92 mg/dL, p=0.0001), systolic BP (126.051.61 vs. 118.161.86 mmHg, p=0.003) and noradrenaline (0.160.02 vs. 0.120.03 ng/mL, p=0.02). After adjustment for confounders, glucose and hs-CRP were significantly higher in OSAG. Both groups presented similar values of BMI, insulin, HOMA-IR, lipid profile, adiponectin, diastolic BP, adrenaline, dopamine, adhesion cellular molecules and malondialdehyde. Endothelial function evaluated by RHI was also similar in both groups (OSAG: 1.850.2 vs. CG: 1.980.1, p=0.31). In correlation analysis, considering the whole group of patients, AHI presented a positive and significant association with NC and hs-CRP after adjustments for confounders. The minimum oxygen saturation was associated negatively and significantly with NC, insulin and HOMA-IR even after adjustments for confounders. Conclusions: the present study suggests that in obese individuals, OSA is associated with higher values of glucose and inflammation; higher AHI presents significant association with central adiposity and with inflammation; and lower oxygen saturation is associated with insulin resistance.
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Avaliação da ingestão habitual de cálcio e sua associação com a concentração intracelular de cálcio, adiposidade corporal, perfil metabólico, biomarcadores inflamatórios, pressão arterial e função endotelialThaís da Silva Ferreira 19 June 2012 (has links)
A associação inversa da ingestão de cálcio dietético com adiposidade corporal e pressão arterial está documentada em estudos epidemiológicos. Achados experimentais sugerem que este fenômeno pode ser mediado por alterações na concentração intracelular de cálcio ([Ca]i). Existem poucos estudos relacionando o cálcio dietético com a [Ca]i. O objetivo do presente estudo foi avaliar a relação da ingestão habitual de cálcio dietético com a [Ca]i, adiposidade corporal, perfil metabólico, biomarcadores inflamatórios, pressão arterial e função endotelial em mulheres. Para tanto, foi desenvolvido estudo transversal, com 76 mulheres na pré-menopausa submetidas à avaliação: dietética (questionário de frequência alimentar validado); da [Ca]i em eritrócitos (espectrometria de absorbância atômica); da gordura corporal (GC) total [índice de massa corporal (IMC) e % GC por bioimpedância elétrica] e central [perímetro da cintura (PC), e razão cintura quadril (RCQ)]; do perfil metabólico (glicose, colesterol e frações, insulina e HOMA-IR); dos biomarcadores inflamatórios [adiponectina e proteína C-reativa (PCR)]; dos biomarcadores da função endotelial [molécula de adesão intracelular-1 (ICAM-1), molécula de adesão celular vascular-1 (VCAM-1) e E-Selectina]; da função endotelial avaliada pelo equipamento Endo-PAT2000; e da pressão arterial. Calcitriol, paratormônio, cálcio sérico e cálcio urinário completaram o metabolismo do cálcio. As participantes foram estratificadas em 2 grupos de acordo com a ingestão habitual de cálcio: Grupo com baixa ingestão de cálcio ou BIC (n=32; ingestão de cálcio <600mg/d) e Grupo com elevada ingestão de cálcio ou AIC (n=44; ingestão de cálcio ≥600mg/d). A média da idade foi semelhante entre os grupos (Grupo BIC: 31,41,4 vs Grupo AIC: 31,41,4anos; p=0,99). Após ajustes para fatores de confundimento (idade, ingestão de energia, bebida alcoólica, proteína, carboidratos e lipídios), o Grupo AIC, em comparação com o BIC, apresentou valores significativamente mais baixos de IMC (25,65,3 vs 26,9 6,0 kg/m; p=0,02), PC (84,413,6 vs 87,815,3cm; p=0,04), % GC (31,15,9 vs 33,35,6 %; p=0,003), pressão arterial diastólica (68,210,8 vs 72,411,2 mm Hg; p=0,04) e pressão arterial média (80,1310,94 vs 83,8611,70 mmHg; p=0,04); e significativamente mais altos de HDL-colesterol (58,612,2 vs 52,912,2 mg/dL; p=0,004) e adiponectina (34572,1 19472,8 vs 31910,319385,1 ng/mL; p=0,05). A [Ca]i e as outras variáveis avaliadas não diferiram entre os grupos, mesmo após ajustes. Neste estudo realizado com mulheres, o maior consumo de cálcio se associou com valores mais baixos de adiposidade corporal total e central, pressão arterial diastólica e média; além de valores mais elevados de HDL-colesterol e adiponectina / The inverse association between dietary calcium intake and body adiposity and blood pressure is established in epidemiological studies. Experimental data suggest that it may be mediated by alterations in intracellular calcium concentration ([Ca]i). There are few studies evaluating the relationship beween dietary calcium and [Ca]i. The objective of the present study was to evaluat the association of dietary calcium with [Ca]I, body adiposity, metabolic profile, inflammatory biomarkers, blood pressure, and endothelial function in women. It was conducted an observational and cross-sectional clinical trial, including 76 women with pre-menopausal status who were submitted to the following evaluations: dietary intake (by a food frequency questionnaire); [Ca]I in erythrocytes (by atomic absorption spectrometry); body adiposity (by body mass index [BMI] and electrical bioimpedance; abdominal adiposity (by waist circumference and waist-to-hip-ratio; metabolic profile (by assessing plasma glucose, total cholesterol and fractions, insulin and HOMA-IR); inflammatory biomarkers (adiponectin and C-reactive protein); endothelial function (by analyzing adhesion molecules and by peripheral artery tonometry [PAT]); and blood pressure. Calcitriol, parathyroid hormone, and serum and urinary calcium completed calcium metabolism. Participants were stratified into two groups according to their mean usual dietary calcium intake: low calcium group (LCG; n=32; dietary calcium intake <600mg/d) and high calcium group (HCG; n=44; dietary calcium intake ≥600mg/d). Após ajustes para fatores de confundimento (idade, ingestão de energia, bebida alcoólica, proteína, carboidratos e lipídios), o Grupo AIC, em comparação com o BIC, apresentou valores significativamente mais baixos de IMC (25,65,3 vs 26,9 6,0 kg/m; p=0,02), PC (84,413,6 vs 87,815,3cm; p=0,04), % GC (31,15,9 vs 33,35,6 %; p=0,003), pressão arterial diastólica (68,210,8 vs 72,411,2 mm Hg; p=0,04) e pressão arterial média (80,1310,94 vs 83,8611,70 mmHg; p=0,04); e significativamente mais altos de HDL-colesterol (58,612,2 vs 52,912,2 mg/dL; p=0,004) e adiponectina (34572,1 19472,8 vs 31910,319385,1 ng/mL; p=0,05). A [Ca]i e as outras variáveis avaliadas não diferiram entre os grupos, mesmo após ajustes. Neste estudo realizado com mulheres, o maior consumo de cálcio se associou com valores mais baixos de adiposidade corporal total e central, pressão arterial diastólica e média; além de valores mais elevados de HDL-colesterol e adiponectina. After controlling for potential confounders (age, dietary energy, protein, carbohydrates and lipids and alcohol intake), HCG, in comparison to LCG, showed significantly lower vlaues of BMI (25.65.3 vs 26.9 6.0 kg/m; p=0.02), waist circumference (84.413.6 vs 87.815.3cm; p=0.04), % body fat (31.15.9 vs 33.35.6 %; p=0.003), diastolic blood pressure (68.210.8 vs 72.411.2 mm Hg; p=0.04) e mean blood pressure (80.1310.94 vs 83.8611.70 mmHg; p=0.04); and significantly higher values of HDL-cholesterol (58.612.2 vs 52.912.2 mg/dl; p=0.004) and adiponectin (34.5719.47 vs 31.9119.39 μg/ml; p=0.05). There was no difference between groups in relation to [Ca]i and other parameters evaluated, even after adjusting for confounding factors. In this study, higher dietary calcium intake was associated with lower values of total and abdominal adiposity, diastolic and mean blood pressure; and with higher values of HDL-cholesterol e adiponectin
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