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Revisão sistemática sobre os estudos de prevalência de infecção do colo do útero pelo papilomavírus humano (HPV) no Brasil / Systematic review of prevalence studies of infection of the cervix by human papillomavirus (HPV) in Brazil

Andréia Rodrigues Gonçalves Ayres 10 September 2009 (has links)
O câncer do colo do útero é responsável por 7% do total dos óbitos por câncer entre a população feminina brasileira e tem uma incidência estimada de 20/100 mil para todo o país. Evidências científicas comprovam que o papilomavírus humano (HPV) é causa necessária para a ocorrência deste tipo de câncer. Ações de prevenção e controle recomendadas têm se baseado no conhecimento sobre a epidemiologia da doença. Os estudos realizados no Brasil sobre a prevalência da infecção por HPV disponíveis na literatura têm características variadas que ainda não foram analisadas em conjunto e de modo sistematizado. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sistemática dos artigos sobre prevalência do HPV em mulheres brasileiras considerando as prevalências globais e entre aquelas com exame citológico cervical normal. Foram selecionados todos os artigos após busca nas bases de dados Medline e BVS, tomando-se como termos human papillomavirus, HPV, prevalence Brazil. Entre 1989 e 2008, foram selecionados 155 artigos, sendo 133 nas bases de dados e 22 referências secundárias. Após leitura de título e resumo, 82 artigos foram incluídos, e a seguir submetidos à leitura integral dos textos, sendo enfim selecionados 14 artigos, os quais representaram estudos de quatro grandes regiões brasileiras (Sudeste 43,0%, Sul 21,4%, Nordeste 21,4% e Norte 7,1%). Em sua maioria (64,5%), trata-se de artigos que relatam desenho transversal. Com referência ao método de identificação do HPV nas mulheres, em oito (57,1%) artigos, há relato do emprego de PCR para tipagem do HPV e, em sete (50,0%) artigos, houve emprego de HC para detecção do HPV. As amostras variaram de 49 a 2329 mulheres. A prevalência global de infecção do colo do útero pelo HPV variou entre 13,7 e 54,3%, e para as mulheres com citologia normal, a prevalência de infecção pelo HPV no colo do útero varia entre 10 e 24,5%. Os resultados obtidos permitiram criar um panorama das prevalências e da distribuição da infecção pelo HPV e principais tipos em mulheres com citologia cervical normal e assim contribuir para a compreensão da distribuição da infecção pelo HPV no país, auxiliando na orientação de outros estudos bem como de políticas voltadas para a saúde da mulher e prevenção do câncer do colo do útero. / Cervical cancer causes 7% of cancer deaths among Brazilian female population and has an estimated incidence rate of 20/100 thousand for the country. Scientific evidences proof that human papillomavirus (HPV) is necessary cause to this cancer. Control and prevention actions are recommended with the knowledge about the disease epidemiology. Brazilian studies about HPV prevalence in literature have different characteristics and wait to be analyzed in a set and in systematized manner. The aim of this study was perform a systematic review of the papers about HPV prevalence in Brazilian among Brazilian women, considering global prevalence and those with normal cytology results. All papers were selected after search in Medline and BVS databases, using terms human papillomavirus HPV prevalence Brazil NOT HIV NOT pregnant. Between 1989 and 2008, 155 papers were selected (133 in Medline, 22 secondary references). After reading of title and abstract, 82 papers were included, and then submitted to perusal of the texts; at the end, 14 papers were selected, representing studies from four great Brazilian regions (Southeast 43%, South 21,4%, Northeast 21,4% e North 7,1%). In 64,5% papers, the studies were cross-sectional. Concerning the HPV identifying method in women, in eight (57,1%) papers PCR was used to typing HPV and in seven (50%) papers HC was used to HPV detection. The samples range from 49 to 2329 women. HPV global prevalence in cervix range from 13,7 to 54,3%, and for women with normal cytology results, HPV prevalence in cervix varied from 10 e 24,5%. The results of this study may contribute to the understanding about distribution of HPV infection in country, helping to the guidance of other studies, as well as in the politics focused to womens health and control and prevention of cervical cancer.
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Revisão sistemática sobre os estudos de prevalência de infecção do colo do útero pelo papilomavírus humano (HPV) no Brasil / Systematic review of prevalence studies of infection of the cervix by human papillomavirus (HPV) in Brazil

Andréia Rodrigues Gonçalves Ayres 10 September 2009 (has links)
O câncer do colo do útero é responsável por 7% do total dos óbitos por câncer entre a população feminina brasileira e tem uma incidência estimada de 20/100 mil para todo o país. Evidências científicas comprovam que o papilomavírus humano (HPV) é causa necessária para a ocorrência deste tipo de câncer. Ações de prevenção e controle recomendadas têm se baseado no conhecimento sobre a epidemiologia da doença. Os estudos realizados no Brasil sobre a prevalência da infecção por HPV disponíveis na literatura têm características variadas que ainda não foram analisadas em conjunto e de modo sistematizado. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sistemática dos artigos sobre prevalência do HPV em mulheres brasileiras considerando as prevalências globais e entre aquelas com exame citológico cervical normal. Foram selecionados todos os artigos após busca nas bases de dados Medline e BVS, tomando-se como termos human papillomavirus, HPV, prevalence Brazil. Entre 1989 e 2008, foram selecionados 155 artigos, sendo 133 nas bases de dados e 22 referências secundárias. Após leitura de título e resumo, 82 artigos foram incluídos, e a seguir submetidos à leitura integral dos textos, sendo enfim selecionados 14 artigos, os quais representaram estudos de quatro grandes regiões brasileiras (Sudeste 43,0%, Sul 21,4%, Nordeste 21,4% e Norte 7,1%). Em sua maioria (64,5%), trata-se de artigos que relatam desenho transversal. Com referência ao método de identificação do HPV nas mulheres, em oito (57,1%) artigos, há relato do emprego de PCR para tipagem do HPV e, em sete (50,0%) artigos, houve emprego de HC para detecção do HPV. As amostras variaram de 49 a 2329 mulheres. A prevalência global de infecção do colo do útero pelo HPV variou entre 13,7 e 54,3%, e para as mulheres com citologia normal, a prevalência de infecção pelo HPV no colo do útero varia entre 10 e 24,5%. Os resultados obtidos permitiram criar um panorama das prevalências e da distribuição da infecção pelo HPV e principais tipos em mulheres com citologia cervical normal e assim contribuir para a compreensão da distribuição da infecção pelo HPV no país, auxiliando na orientação de outros estudos bem como de políticas voltadas para a saúde da mulher e prevenção do câncer do colo do útero. / Cervical cancer causes 7% of cancer deaths among Brazilian female population and has an estimated incidence rate of 20/100 thousand for the country. Scientific evidences proof that human papillomavirus (HPV) is necessary cause to this cancer. Control and prevention actions are recommended with the knowledge about the disease epidemiology. Brazilian studies about HPV prevalence in literature have different characteristics and wait to be analyzed in a set and in systematized manner. The aim of this study was perform a systematic review of the papers about HPV prevalence in Brazilian among Brazilian women, considering global prevalence and those with normal cytology results. All papers were selected after search in Medline and BVS databases, using terms human papillomavirus HPV prevalence Brazil NOT HIV NOT pregnant. Between 1989 and 2008, 155 papers were selected (133 in Medline, 22 secondary references). After reading of title and abstract, 82 papers were included, and then submitted to perusal of the texts; at the end, 14 papers were selected, representing studies from four great Brazilian regions (Southeast 43%, South 21,4%, Northeast 21,4% e North 7,1%). In 64,5% papers, the studies were cross-sectional. Concerning the HPV identifying method in women, in eight (57,1%) papers PCR was used to typing HPV and in seven (50%) papers HC was used to HPV detection. The samples range from 49 to 2329 women. HPV global prevalence in cervix range from 13,7 to 54,3%, and for women with normal cytology results, HPV prevalence in cervix varied from 10 e 24,5%. The results of this study may contribute to the understanding about distribution of HPV infection in country, helping to the guidance of other studies, as well as in the politics focused to womens health and control and prevention of cervical cancer.
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Serviços de rastreamento do câncer de colo uterino na atenção básica à saúde / Screening services to cervical cancer in primary health care

Costa, Ana Carolina Arantes Coutinho 06 June 2014 (has links)
Submitted by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2016-02-23T10:55:35Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Ana Carolina Arantes Coutinho Costa - 2014.pdf: 2063142 bytes, checksum: aa3d39c09413a3e840c8345b07e430e3 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2016-02-23T10:58:16Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Ana Carolina Arantes Coutinho Costa - 2014.pdf: 2063142 bytes, checksum: aa3d39c09413a3e840c8345b07e430e3 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-02-23T10:58:16Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Ana Carolina Arantes Coutinho Costa - 2014.pdf: 2063142 bytes, checksum: aa3d39c09413a3e840c8345b07e430e3 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) Previous issue date: 2014-06-06 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The cervical cancer is a neoplasia slowly progressive, starting from a pre-invasive lesion, capable of healing in the majority of cases. Still present, it performs as a public health problem in developing countries, such as Brazil, having high rates of prevalence and mortality. Being one of the highest potential cancers prevention and cure, when diagnosed early, besides being treatable as outpatients in most cases that is important to invest in the study of the tracking services of Cervical cancer. Objective: characterize the services of cervical cancer screening in primary care in the city of Goiania. Methodology: Descriptive cross-sectional study, conducted in the primary health care services through a national survey conducted by the Brazilian Ministry of Health. Results: The study sample consisted of 84 Basic Health Units and the data were collected between July and September 2012. To data collection, a structured, standardized and previously validated instrument was used. There was 82 (97.6 %) of the units work in two shifts, 100 % of them have nurses, over 40 % of them have not permanently inputs for performing Pap Colpocitologia, 117 teams (76.97 %) have more than 3000 people registered in its territory. Conclusion: The study revealed weaknesses in screening service cervical cancer and the need for greater investment in strengthening primary care and greater detection of Cervical Cancer in the municipality. / O Câncer de Colo Uterino é uma neoplasia de progressão lenta, com início a partir de uma lesão pré-invasiva, passível de cura na maioria dos casos. Na atualidade, ainda consiste em um problema de Saúde Pública em países em desenvolvimento, a exemplo do Brasil, possuindo altas taxas de prevalência e mortalidade. Por ser um dos cânceres de mais alto potencial de prevenção e cura, quando diagnosticado precocemente, além de ser tratável ambulatorialmente na maioria dos casos torna-se relevante investir no estudo dos serviços de rastreamento do câncer de colo uterino. Objetivo: caracterizar os serviços de rastreamento do câncer de colo uterino na Atenção Básica no município de Goiânia. Metodologia: Estudo descritivo de corte transversal, realizado nos serviços de saúde da Atenção Básica por meio de pesquisa nacional realizada pelo Ministério da Saúde. Resultados: a amostra do estudo foi constituída por 84 Unidades Básicas de Saúde e os dados foram coletados entre julho a setembro de 2012. Para coleta de dados foi utilizado um instrumento estruturado, padronizado e previamente validado. Verificou-se que 82 (97,6%) das unidades trabalham em dois turnos, 100% delas possuem enfermeiro, mais de 40% delas não possuem permanentemente os insumos para realização da Colpocitologia Oncótica, 117 equipes (76,97%) têm mais de 3000 pessoas cadastradas em seu território. Conclusão: o estudo permitiu identificar fragilidades no serviço de rastreamento do Câncer de Colo Uterino e a necessidade de maior investimento para o fortalecimento da Atenção Básica e maior detecção do Câncer de Colo Uterino no município.
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Perdas de oportunidades na prevenção do câncer de colo uterino durante o pré-natal em município do Rio Grande do Sul, Brasil / Loss of opportunities for the prevention of cancer of the cervix during prenatal care in city of the Rio Grande do Sul, Brazil.

Gonçalves, Carla Vitola 04 June 2008 (has links)
Um terço dos casos de carcinoma cervical ocorre no período reprodutivo. Sendo que, cerca de 3% dos diagnósticos são realizados durante a gravidez. Evidências atuais indicam que as gestantes apresentam maior chance de terem diagnosticadas lesões iniciais. Pois a gravidez é uma excelente oportunidade para o rastreio desta neoplasia, já que faz parte da rotina pré-natal o exame ginecológico. No entanto, na prática esta oportunidade parece não estar sendo aproveitada na sua totalidade. Com este estudo objetivou-se avaliar o conhecimento das puérperas sobre a prevenção do carcinoma cervical, descrever características associadas a não realização do citopatológico nos últimos três anos e comparar a cobertura da citologia no início e no final do pré-natal. Trata-se de uma avaliação transversal realizada na cidade de Rio Grande-RS, entre maio e junho de 2007. A amostra foi calculada pelo programa Epi-Info 6.04, totalizando 224 puérperas. Durante a internação hospitalar foi aplicado às puérperas um questionário estruturado e pré-codificado. Os dados foram digitados no Epi-Info 6.04, sendo a analise bruta realizada no software SPSS e a multivariada pela Regressão de Poisson no programa Stata. Das 230 puérperas entrevistadas 96,5% referiram conhecer o exame preventivo do câncer do colo uterino. Apesar disso, a prevalência de citopatológico nos últimos 36 meses era de 32,6% no inicio da gestação, chegando a 55,2% no puerpério. Mostrando a associação positiva do pré-natal na cobertura do citopatológico (p>0,001). Mesmo assim, 74 puérperas (32,2%) permaneceram sem nunca terem coletado o citopatológico e 29 (12,6%) continuaram com a citologia desatualizada. Na análise bruta, o grupo de puérperas com idade igual ou inferior a 19 anos, não brancas, de escolaridade igual ou inferior a oito anos, com renda familiar per capita inferior a um salário mínimo, início da vida sexual aos 15 anos ou menos, com inicio do pré-natal no 2º e 3º trimestres, que realizaram cinco consultas ou menos e que fizeram o acompanhamento no SUS, apresentaram diferenças estatísticas significantes para uma menor cobertura do exame citopatológico ao final do pré-natal. Após a análise ajustada, o grupo que consultou no Hospital Universitário da Fundação Universidade Federal do Rio Grande - FURG (IC95%: 0,18 0,82) e as puérperas com idade entre 25 a 29 anos (IC95%: 0,29 0,90), mostraram-se significativamente associadas à melhora da cobertura do citopatológico nos últimos três anos. Portanto, evidenciou-se neste estudo que apesar do pré-natal ter melhorado a cobertura do exame citopatológico. O serviço local de saúde mostra-se pouco efetivo pois cobriu menos mulheres do que o preconizado, e desigual porque o acesso ao exame variou conforme algumas características das usuárias. Além disso, os critérios epidemiológicos de risco para o carcinoma cervical não foram priorizados pela assistência médica. Os resultados revelam a necessidade de aumentar a cobertura do citopatológico e melhorar a qualidade da atenção pré-natal oferecida em Rio Grande. Motivando e capacitando os profissionais de saúde quanto à importância dos procedimentos da rotina pré-natal, pois apenas as gestantes que consultaram no Hospital Universitário da FURG tiveram a cobertura do citopatológico próxima do preconizado pela Organização Mundial da saúde. / One third of the cases of cervical carcinoma occur during the reproductive period and approximately 3% of the diagnoses are made during pregnancy. Current evidence indicates that pregnant women have a better chance of having early lesions diagnosed. Thus, pregnancy represents an excellent opportunity for the screening for this neoplasia, since gynecological examination is part of routine prenatal care. However, in practice this opportunity does not seem to be fully explored. The objective of the present study was to assess the knowledge of puerperae about the prevention of cervical carcinoma, to describe the characteristics associated with the lack of cytopathological examination during the last three years, and to compare the cytology coverage at the beginning and at the end of the prenatal care period. This was a cross-sectional evaluation performed in the city of Rio Grande-RS from May to June 2007. Sample size was calculated using the Epi-Info 6.04 software and corresponded to 224 puerperae. A structured and pre-coded questionnaire was applied to the puerperae during hospitalization. The data were entered in the Epi-Info 6.04 and crude analysis was performed using the SPSS software and multivariate analysis using Poisson regression and the Stata software. Of the 230 puerperae interviewed, 96.5% reported that they knew about the preventive exam for cancer of the uterine cervix. Nevertheless, the prevalence of cytopathological examination in the last 36 months was 32.6% at the beginning of pregnancy, reaching 55.2% during the puerperium, showing a positive association of prenatal care with cytopathological examination (p>0.001). Even so, 74 puerperae (32.2%) had never been submitted to cytopathological examination and 29 (12.6%) had out of date cytology. Crude analysis revealed that the group of puerperae aged 19 years or younger, non-white, with schooling of eight years or less, with a per capita income of less than one minimum wage, with the beginning of sex life at 15 years of age or less, with the beginning of prenatal care in the 2nd and 3rd trimester, who had received five visits or less and who had been followed up at the Unified Health System (SUS) differed in a statistically significant manner regarding a lower cytopathological examination coverage at the end of prenatal care. After adjusted analysis, the group seen at the University Hospital of Fundação Universidade Federal do Rio Grande FURG (95% CI: 0.18 0.82) and the puerperae aged 25 to 29 years (95% CI: 0.29 0.90) showed a significant association with better cytopathology coverage over the last three years. Thus, the present study demonstrated that, even though prenatal care improved the coverage of cytopathological examination, the local health service proved to be poorly effective since it covered fewer women than recommended, and unequal since access to the exam varied according to some characteristics of the users. In addition, the epidemiological criteria of risk for cervical carcinoma were not a priority for the providers of medical care. These results reveal the need to expand the coverage of cytopathological examination and to improve the quality of the prenatal medical care offered in Rio Grande. There is a need to motivate and qualify the health professionals regarding the importance of routine prenatal procedures since only the pregnant women seen at the University hospital of FURG received cytopathological coverage similar to that recommended by the WHO.
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Perdas de oportunidades na prevenção do câncer de colo uterino durante o pré-natal em município do Rio Grande do Sul, Brasil / Loss of opportunities for the prevention of cancer of the cervix during prenatal care in city of the Rio Grande do Sul, Brazil.

Carla Vitola Gonçalves 04 June 2008 (has links)
Um terço dos casos de carcinoma cervical ocorre no período reprodutivo. Sendo que, cerca de 3% dos diagnósticos são realizados durante a gravidez. Evidências atuais indicam que as gestantes apresentam maior chance de terem diagnosticadas lesões iniciais. Pois a gravidez é uma excelente oportunidade para o rastreio desta neoplasia, já que faz parte da rotina pré-natal o exame ginecológico. No entanto, na prática esta oportunidade parece não estar sendo aproveitada na sua totalidade. Com este estudo objetivou-se avaliar o conhecimento das puérperas sobre a prevenção do carcinoma cervical, descrever características associadas a não realização do citopatológico nos últimos três anos e comparar a cobertura da citologia no início e no final do pré-natal. Trata-se de uma avaliação transversal realizada na cidade de Rio Grande-RS, entre maio e junho de 2007. A amostra foi calculada pelo programa Epi-Info 6.04, totalizando 224 puérperas. Durante a internação hospitalar foi aplicado às puérperas um questionário estruturado e pré-codificado. Os dados foram digitados no Epi-Info 6.04, sendo a analise bruta realizada no software SPSS e a multivariada pela Regressão de Poisson no programa Stata. Das 230 puérperas entrevistadas 96,5% referiram conhecer o exame preventivo do câncer do colo uterino. Apesar disso, a prevalência de citopatológico nos últimos 36 meses era de 32,6% no inicio da gestação, chegando a 55,2% no puerpério. Mostrando a associação positiva do pré-natal na cobertura do citopatológico (p>0,001). Mesmo assim, 74 puérperas (32,2%) permaneceram sem nunca terem coletado o citopatológico e 29 (12,6%) continuaram com a citologia desatualizada. Na análise bruta, o grupo de puérperas com idade igual ou inferior a 19 anos, não brancas, de escolaridade igual ou inferior a oito anos, com renda familiar per capita inferior a um salário mínimo, início da vida sexual aos 15 anos ou menos, com inicio do pré-natal no 2º e 3º trimestres, que realizaram cinco consultas ou menos e que fizeram o acompanhamento no SUS, apresentaram diferenças estatísticas significantes para uma menor cobertura do exame citopatológico ao final do pré-natal. Após a análise ajustada, o grupo que consultou no Hospital Universitário da Fundação Universidade Federal do Rio Grande - FURG (IC95%: 0,18 0,82) e as puérperas com idade entre 25 a 29 anos (IC95%: 0,29 0,90), mostraram-se significativamente associadas à melhora da cobertura do citopatológico nos últimos três anos. Portanto, evidenciou-se neste estudo que apesar do pré-natal ter melhorado a cobertura do exame citopatológico. O serviço local de saúde mostra-se pouco efetivo pois cobriu menos mulheres do que o preconizado, e desigual porque o acesso ao exame variou conforme algumas características das usuárias. Além disso, os critérios epidemiológicos de risco para o carcinoma cervical não foram priorizados pela assistência médica. Os resultados revelam a necessidade de aumentar a cobertura do citopatológico e melhorar a qualidade da atenção pré-natal oferecida em Rio Grande. Motivando e capacitando os profissionais de saúde quanto à importância dos procedimentos da rotina pré-natal, pois apenas as gestantes que consultaram no Hospital Universitário da FURG tiveram a cobertura do citopatológico próxima do preconizado pela Organização Mundial da saúde. / One third of the cases of cervical carcinoma occur during the reproductive period and approximately 3% of the diagnoses are made during pregnancy. Current evidence indicates that pregnant women have a better chance of having early lesions diagnosed. Thus, pregnancy represents an excellent opportunity for the screening for this neoplasia, since gynecological examination is part of routine prenatal care. However, in practice this opportunity does not seem to be fully explored. The objective of the present study was to assess the knowledge of puerperae about the prevention of cervical carcinoma, to describe the characteristics associated with the lack of cytopathological examination during the last three years, and to compare the cytology coverage at the beginning and at the end of the prenatal care period. This was a cross-sectional evaluation performed in the city of Rio Grande-RS from May to June 2007. Sample size was calculated using the Epi-Info 6.04 software and corresponded to 224 puerperae. A structured and pre-coded questionnaire was applied to the puerperae during hospitalization. The data were entered in the Epi-Info 6.04 and crude analysis was performed using the SPSS software and multivariate analysis using Poisson regression and the Stata software. Of the 230 puerperae interviewed, 96.5% reported that they knew about the preventive exam for cancer of the uterine cervix. Nevertheless, the prevalence of cytopathological examination in the last 36 months was 32.6% at the beginning of pregnancy, reaching 55.2% during the puerperium, showing a positive association of prenatal care with cytopathological examination (p>0.001). Even so, 74 puerperae (32.2%) had never been submitted to cytopathological examination and 29 (12.6%) had out of date cytology. Crude analysis revealed that the group of puerperae aged 19 years or younger, non-white, with schooling of eight years or less, with a per capita income of less than one minimum wage, with the beginning of sex life at 15 years of age or less, with the beginning of prenatal care in the 2nd and 3rd trimester, who had received five visits or less and who had been followed up at the Unified Health System (SUS) differed in a statistically significant manner regarding a lower cytopathological examination coverage at the end of prenatal care. After adjusted analysis, the group seen at the University Hospital of Fundação Universidade Federal do Rio Grande FURG (95% CI: 0.18 0.82) and the puerperae aged 25 to 29 years (95% CI: 0.29 0.90) showed a significant association with better cytopathology coverage over the last three years. Thus, the present study demonstrated that, even though prenatal care improved the coverage of cytopathological examination, the local health service proved to be poorly effective since it covered fewer women than recommended, and unequal since access to the exam varied according to some characteristics of the users. In addition, the epidemiological criteria of risk for cervical carcinoma were not a priority for the providers of medical care. These results reveal the need to expand the coverage of cytopathological examination and to improve the quality of the prenatal medical care offered in Rio Grande. There is a need to motivate and qualify the health professionals regarding the importance of routine prenatal procedures since only the pregnant women seen at the University hospital of FURG received cytopathological coverage similar to that recommended by the WHO.

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