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Condições paleoredox na plataforma central do Peru inferidas através de foraminíferos bentônicos para os últimos 1000 anosAlmeida, Carine Machado de 22 March 2016 (has links)
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CARINE MACHADO DE ALMEIDA pos pre banca final 2(2).pdf: 5568479 bytes, checksum: 1a895c472c5982479e7968a63a1f834a (MD5) / Made available in DSpace on 2016-03-22T15:19:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1
CARINE MACHADO DE ALMEIDA pos pre banca final 2(2).pdf: 5568479 bytes, checksum: 1a895c472c5982479e7968a63a1f834a (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Universidade Federal Fluminense. Instituto de Química. Programa de Pós-Graduação em Geociências-Geoquímica. Niterói, RJ / A margem central peruana, no Pacífico leste é caracterizada por possuir sedimentos laminados, formados sob condições oceanográficas específicas, tais como intensa ressurgência, disoxia e alta taxa de sedimentação. Nesta região, a presença da Zona Mínima do Oxigênio (ZMO), inibe a bioturbação favorecendo a preservação de registros sedimentares de alta resolução e proporcionando enorme potencial para estudos paleoceanográficos e paleoclimáticos em escalas centenarias a interanuais, principalmente para períodos curtos de variabilidade climática. Estas variabilidades vêm sendo amplamente estudadas, principalmente por corresponder a importantes eventos climáticos recentes, tais como Anomalia Climática Medieval (ACM- 900 a 1350 A.D.) e Pequena Idade do Gelo (PIG- 1500 a 1800 A.D), o qual foi associados a mudanças nas atividades solar e vulcânica. Neste trabalho, a paleoecologia a geoquímica inorgânica e isotópica de foraminíferos bentônicos foram utilizados como proxies para avaliar fases de variabilidades na ventilação (oxigenação) e condições redox na interface sedimento/água da ZMO Peruana durante os últimos 1000 anos. Foram analisados sedimentos laminados de um box core e um gravity-core coletados na Plataforma Central Peruana (Pisco- ~ 14°S, 300m de profundidade). Os resultados paleoecológicos mostraram alterações na assembléia de foraminíferos sugerindo que para o período da ACM, a ZMO peruana apresentou maiores condições de postoxia (anoxia sem presença de sulfetos-H2S) e um deslocamento vertical para profundidades mais rasas, evidenciados principalmente pela presença das espécies Globobulimina auriculata e Cancris inflatus. Posteriormente, durante o período da PIG, os resultados mostraram uma maior oxigenação das águas de fundo, evidenciadas pela dissolução do carbonato e alta ocorrência de bioerosão. Finalmente, após a PIG, para o Período Moderno (PM ~1820 até o recente), o aumento da abundância de espécies indicadoras de anoxia e sulfetos, tais como Nonionella stela e Virgulinella fragilis, sugerem intensificação e expansão da ZMO para o recente. As análises geoquímicas nas testas de foraminíferos foram realizadas nas testas de Bolivina seminuda, somente para os períodos da PIG e PM. Os resultados das análises de laser ablation e isótopos de δ13C demonstraram ocorrência de calcificação secundária por carbonato inorgânico nas testas dos foraminíferos as quais evidenciaram mudanças biogeoquímicas nas águas intersticiais do fundo oceânico, principalmente após a PIG caracterizando também um aumento da anoxia de fundo. Os resultados de δ18O realizado para espécie B. seminuda não foram satisfatórios para o período de PIG devido a dissolução do carbonato e, para o período moderno, evidenciou uma diminuição da temperatura principalmente para os últimos 50 anos. As mudanças ocorridas na intensidade da ZMO peruana durante ACM e PIG foram relacionadas com as variabilidades zonais das temperaturas de superfície oceânicas (TSMs) do Pacífico Equatorial, além do gradiente de variabilidade norte sul da ZCIT (como?). Para o Período Moderno, além dos fatores de gradiente zonais das TSMs, sugere-se que as mudanças climáticas e fatores locais estejam influenciando e intensificando a ZMO na região estudada tornando-a extremamente anóxica e mais produtiva para o período pós pig / The central Peruvian margin, in the eastern Pacific, is characterized by intense upwelling and presence of an intense Oxygen Minimum Zone (OMZ), which favor a high sedimentation rates and deposition of laminated sediments without bioturbation respectively. These characteristics allow preservation of high-resolution sedimentary marine records with great potential to paleoclimatic and paleoceanographic reconstructions from the centennial to interannual time scale. These variabilities have been widely studied, mainly due to important recent paleoclimatic events such as Medieval Climate Anomaly (MCA, AD 900-1350) and the Little Ice Age (LIA-1500-1800 AD), which were associated with changes in solar and volcanic activities. In this work, the study of paleoecology and geochemistry of benthic foraminifera were used as proxy to access phases of greater or less oxygenation and redox conditions at the sediment/water interface in the Peruvian ZMO during the last 1000 years. Laminated sediments of a box core (B-14) and gravity-core (G10) retrieved in the Central Peruvian Shelf (Pisco-14°S, 300m depth) were sub-sampled and analyzed. The paleoecological reconstructions showed changes in the benthic foraminiferal assemblage suggesting, during the MCA, higher postoxic conditions (anoxia without the presence of sulfides, H2S) and a vertical offset to shallower depths evidenced mainly by the presence of Globobulimina auriculata and Cancris inflatsu species. A decrease in OMZ intensity was identified during the LIA which based on carbonate dissolution and high bioerosion occurrence. Finally, after the LIA, to the Modern Period (MP ~1820 to the recent), the increase of abundances of anoxia and sulfides proxy species such as Nonionella stella and Virgulinella fragilis, which were correlated with the intensification and expansion of OMZ toward the recent. The geochemical analyses at foraminiferal tests were done on Bolivina seminuda tests only for the LIA and MP. The results of the laser ablation and δ13C isotope analysis showed inorganic carbonate secondary calcification on the foraminiferal tests, which was correlated to biogeochemical changes in the interstitial waters of the ocean floor, especially after the LIA featuring also a rise in bottom anoxia. The results of δ18O performed on Bolivina seminuda for the LIA period were not satisfactory due to
carbonate dissolution; for the Modern Period, on the other hand, there was a decrease of the temperature especially for the last 50 years. The variability on the intensity of Peruvian OMZ during the MCA and LIA were correlated to zonal variability of sea surface temperatures (SSTs) in the equatorial Pacific, besides the north-south gradient variability of the ITCZ. To the Modern Period, besides the oceanic gradient factors of SST, it is suggested that climate change and local factors could be intensifying the OMZ in the study region making it extremely anoxic toward recent.
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Variabilidade da água central do Atlântico Sul no último século com base em isótopos estáveis e foraminíferos bentônicos sobre a plataforma continental de Cabo Frio (RJ)Faria, Gabrielle Rodrigues de 23 March 2016 (has links)
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Dissertação_GabrielleRdeFaria.pdf: 3984828 bytes, checksum: 77d74dfca204f83f78b8f8971584106c (MD5) / Made available in DSpace on 2016-03-23T15:36:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dissertação_GabrielleRdeFaria.pdf: 3984828 bytes, checksum: 77d74dfca204f83f78b8f8971584106c (MD5) / PETROBRAS/CENPES / CNPQ / FAPERJ / Universidade Federal Fluminense. Instituto de Química. Programa de Pós-Graduação em Geociências-Geoquímica. Niterói, RJ / A influência de diferentes regimes de produtividade primária afetam a distribuição e composição da fauna bentônica. O sistema de ressurgência de Cabo Frio caracteriza-se por ser uma região de alta produtividade sob a influência da Corrente do Brasil e, também, uma zona de ressurgência costeira na qual a Água Central do Atlântico Sul aflora na superfície. Com o intuito de melhor compreender as variações da produtividade e das massas d’água que permeiam o fundo da plataforma continental, três box-cores foram coletados em transeção batimétrica na plataforma continental de Cabo Frio. Os testemunhos foram analisados quanto à composição da fauna de foraminíferos bentônicos e a composição isotópica de suas carapaças. Foram analisadas 55 amostras e identificados 227 táxons de foraminíferos bentônicos, mas apenas 18 deles apresentaram frequências relativas que contribuíram para o entendimento da dinâmica oceanográfica da região e condições de produtividade.Houve dominância de Globocassidulina subglobosa, espécie considerada indicadora de áreas com pulsos de fitodetritos. Uma análise de similaridade separou as amostras em diferentes grupos quanto à sua localização, indicando a influência de diferentes fatores no gradiente cross-shelf. O perfil BCCF10-15 apresentou o maior fluxo de foraminíferos bentônicos e o perfil BCCF10-01 apresentou a maior diversidade e maior variação das assembleias de foraminíferos ao longo do tempo. BCCF10-09, localizado na plataforma média, apresentou pouca variação das assembleias e os índices mostram um ambiente estável. Os valores de δ13C de Uvigerina peregrina indicaram um ambiente com matéria orgânica mais degradada no centro da plataforma. A composição média de δ13C de Cibicides spp. é, em média, 0,25‰empobrecido em relação aos valores de δ13CDIC, tais valores e a elevada frequência de espécies fitodetríticas apontam a formação de uma camada fitodetrítica no fundo da plataforma continental de Cabo Frio. A paleotemperatura calculada a partir dos isótopos de oxigênio aponta a permanência da ACAS no fundo da plataforma ao longo dos últimos 180 anos. / The influence of different primary productivity patterns affects the distribution and composition of benthic fauna. The upwelling system of Cabo Frio is characterized as a region of high productivity under the influence of the Brazil Current, and also a zone of coastal upwelling in which the South Atlantic Central Water (SACW) arises the surface. In order to better understand the changes in productivity and water masses that permeate the bottom of the continental shelf, three box-cores were collected according to a bathymetric transect on the continental shelf of Cabo Frio. Cores were analyzed for assemblage composition of benthic foraminifera and isotopic composition of their shells. 55 samples were analyzed and 227 taxa of benthic foraminifera were identified, but only 18 of them showed relative frequencies that contributed to the understanding of both oceanographic dynamics and productivity conditions of the area. There was dominance of Globocassidulina subglobosa, which is considered an indicator of areas with pulses of phytodetritus. A similarity analysis separated samples into different groups according to their location, indicating the influence of different factors on the continental shelf. Profile BCCF10-15 showed the highest flux of benthic foraminifera and profile BCCF10-01 showed the major diversity and variation of foraminifera assemblies over time. Profile BCCF10-09, located at mid shelf, showed little variation of the assemblies and the indexes indicated a stable environment. The δ13C values of Uvigerina peregrina indicated more degraded organic matter in the center of the shelf. The mean composition of Cibicides spp. δ13C is, on average, 0.25 ‰ depleted related to the values ofδ13CDIC. Such values associated with high frequency of phytodetritus speciesindicated the formation of a phytodetritus layer at the bottom of the continental shelf of Cabo Frio. The paleotemperature calculated from oxygen isotopes pointed the permanence of SACW at the shelf bottom over the last few centuries.
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Paleoprodutividade do sistema de ressurgência de Cabo Frio (SE, Brasil) e implicações paleoceanográficas e paleoclimáticas milenaresDias, Bruna Borba 01 February 2017 (has links)
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Tese_BrunaDias.pdf: 9133014 bytes, checksum: 3e905525d44d037964ce3160861c58e4 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal Nível Superior / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Universidade Federal Fluminense. Instituto de Química. Programa de Pós-Graduação em Geociências- Geoquímica / O Sistema de Ressurgência de Cabo Frio (SRCF) é uma região de destaque na
costa brasileira devido a alta produtividade primária oriunda do processo de ressurgência costeira e intrusão da água de fundo na zona fótica nas plataformas
continentais média e externa. Estes processos estão diretamente relacionados à
intensidade dos ventos e a dinâmica da Corrente do Brasil (CB) na margem
brasileira, alterando a composição de material orgânico nos sedimentos. Deste
modo, a paleoecologia e isótopos estáveis de foraminíferos bentônicos,
sedimentologia e geoquímica dos sedimentos da plataforma externa (testemunho KCF10-01B) e média (testemunho KCF10-09A) de Cabo Frio foram analisados a fim de reconstruir a dinâmica paleoceanográfica das águas de fundo do SRCF durante o Holoceno. Tanto a plataforma externa quanto a média apresentaram a dominância da espécie indicadora de fitodetritos Globocassidulina subglobosa, espécie
responsável pela variabilidade representada pelo índice de produtividade Benthic
Foraminifera Accumulation Rate (BFAR). Na plataforma externa, uma tendência de
aumento dos índices de produtividade e fluxo de espécies de foraminíferos
indicadores de produtividade é observada ao longo do tempo, contrapondo a tendência de diminuição dos índices indicadores de oxigenação de fundo Benthic Foraminifera Oxygenation Index (BFOI) e razão imperfurados/perfurados (IM/PE).
Proxies geoquímicos, sedimentológicos, assembleias de foraminíferos bentônicos e
índice BFAR mostraram alta velocidade das correntes de fundo e um maior aporte continental entre 11,4ka e 7,0ka AP como resposta ao baixo nível relativo do mar. Após 7,0ka AP é observado um aumento da produtividade primária indicada pelos
índices de paleoprodutividade e pelo maior aporte de material orgânico
fitoplanctônico indicado pelos proxies geoquímicos δ13C e razão C/N, indicando
eventos mais frequentes de intrusão da Água Central do Atlântico Sul (ACAS) na
zona fótica. Já na plataforma média, as assembleias de foraminíferos responderam
não só à produtividade, mas também à baixa oxigenação das águas de fundo e à
dominância da espécie G. subglobosa sob as demais espécies, alterando o sinal dos
índices BFAR, BFOI e reduzindo a diversidade de espécies. Uma tendência de maior aporte fitodetrítico é observado após 3,0ka AP pelo índice Infaunal Calcareous Benthic Foraminifera (ICBF) e pelos indicadores geoquímicos nas plataformas
externa e média. Ao contrário das suposições feitas em trabalhos anteriormente publicados, os resultados isotópicos desta tese mostraram a presença constante da ACAS no fundo da plataforma durante todo o Holoceno, sendo possível confirmar que o processo de aumento da produtividade primária está relacionado à intrusão da ACAS na zona fótica na região da plataforma média e externa de Cabo Frio. A variabilidade do índice de paleoprodutividade BFAR apresentou uma periodicidade milenar e o δ18O em Cibicides kullenbergi uma periodicidade centenária da série de dados dos últimos 6 mil anos, indicando que produtividade primária depositada no
fundo da plataforma externa é diretamente relacionado à dinâmica da Atlantic Meridional Overturning Circulation (AMOC), uma vez que a ACAS é empilhada na zona fótica pela intensificação da CB, que distribuiu o calor acumulado da Corrente Sul Equatorial (CSE) para regiões mais ao sul. Mudanças abruptas no índice BFAR
e δ18O são coincidentes com os eventos climáticos Bond de degelo das calotas
polares no Atlântico Norte. Destacam-se os eventos abruptos de produtividade em
8,3ka AP (evento Bond 5) e entre 6–5ka AP (evento Bond 4) indicado pelos proxies
BFAR, δ18O e δ13C em C. kullenbergi, eventos que confirmam a relação da
variabilidade da produtividade e da dinâmica paleoceanográfica das correntes da plataforma externa de Cabo Frio com os processos paleoclimáticos globais. / Cabo Frio Upwelling System is a distinguished region in the Brazilian coast due to
high primary productivity coming from coastal upwelling and bottom waters intrusion
to the photic zone in the middle and outer continental shelves. These processes are
directly related to the wind stress and Brazil Current (BC) dynamics, changing the
sedimentary organic matter composition. Thus the paleoecology, benthic foraminifera
stable isotopes, sedimentology and geochemistry of the outer (KCF10-01B core) and
middle continental shelf (KCF10-09A core) from Cabo Frio were analyzed in order to
reconstruct the bottom waters dynamics during the Holocene. Both outer and middle
shelves showed a dominance of a phytodetritus specie indicator Globocassidulina
subglobosa that is responsible for the BFAR index variability. High bottom waters
velocity and continental organic matter contribution are seen between 11.4kyr and
7.0kyr BP in response to the low sea level. After 7.0kyr AP an increase in the primary
productivity is noticed by the paleoproductivity indexes and geochemical proxies δ13C
and C/N ratio, indicating frequent events of South Atlantic Central Water (SACW)
intrusion to photic zone. Foraminiferal assemblages and paleoecological indexes in
the middle shelf were affected to the low oxygen contends and the G. subglobosa
dominance, affecting the Benthic Foraminifera Accumulation Rate (BFAR), Benthic
Foraminifera Oxygenation Index (BFOI) and reducing the diversity indexes. Infaunal
Calcareous Benthic Foraminifera index (ICBF) showed towards trend of productivity
increase after 3,0kyr BP in the outer and middle shelves. Unlike the previously
assumptions made in some papers, the stable isotopes results revealed a constant
presence of SACW on the bottom throughout the Holocene, also confirming the
primary productivity by SACW intrusion to the photic zone in the middle and outer
shelves of Cabo Frio upwelling system. The BFAR index indicate a millennial-scale
variability and δ18O of Cibicides kullenbergi a centennial frequency in the last 6kyr,
point out a relation between SACW and BC with the Atlantic Meridional Overturning
Circulation (AMOC), since the BC distributes the accumulated heat of South
Equatorial Current (SEC) to southern regions. Abrupt changes in BFAR, δ18O and
δ13C coincide with the North Atlantic ice rafting paleoclimate Bond events, specially
the 8.3kyr productivity increase (related to Bond 5 event) and the variability between
6.0 kyr and 5.0kyr BP (Bond 4 event). Together with the periodic variabilities, these
events may confirm the relationship between the productivity variability and currents
dynamics with the global paleoclimate processes.
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Evolução sedimentalógica e paleoecológica da plataforma carbonática do parcel dos Abrolhos, Bahia, BrasilAlmeida, Carine Machado de 13 March 2017 (has links)
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Dissertação de mestrado final.pdf: 3039192 bytes, checksum: f4452cf9ae4070e6565d254398760edd (MD5) / Made available in DSpace on 2017-03-13T16:24:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dissertação de mestrado final.pdf: 3039192 bytes, checksum: f4452cf9ae4070e6565d254398760edd (MD5) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Universidade Federal Fluminense. Instituto de Química. Programa de Pós-Graduação em Geociências- Geoquímica, Niterói, RJ / O Complexo Recifal dos Abrolhos, Bahia, Brasil é o ecossistema recifal mais importante do Atlântico Sul, devido a sua alta biodiversidade e importância na produção de sedimento biogênico e carbonático. Este trabalho objetivou o estudo da deposição sedimentar e paleoecológica deste sistema, ao longo do Quaternário superior com base na quantificação dos padrões de distribuição da fauna de foraminíferos bentônicos e de características físicas e geoquímicas. A análise de um testemunho sedimentar de dois metros de comprimento denominado AB05-1 coletado na plataforma carbonática a leste do Arquipélago dos Abrolhos, em coluna d’água de vinte e três metros de profundidade sugere que: mudanças nos padrões de sedimento e matéria orgânica, podem ter modificado a comunidade de foraminíferos bentônicos sendo resultado de mudanças climáticas e oceanográficas em diferentes escalas espaciais e temporais ao longo dos últimos cinco mil anos A.P. O testemunho foi sub-amostrado transversalmente totalizando noventa amostras e quatro foram escolhidas para datação pelo método do 14C (AMS). Foram realizadas análises granulométricas, mineralógicas, carbono orgânico total (COT), nitrogênio total, razão C/N, além dos isótopos de 13C e 15N. Para as análises paleoecológicas, os foraminíferos foram lavados em peneira 0,063mm, triados, identificados em nível genérico e separados em grupos tróficos. O sedimento da base do testemunho foi datado por radiocarbono em 5.230 anos cal. A.P. O tamanho dos grãos mostrou uma granodecrescência ascendente, sugerindo uma diminuição da hidrodinâmica para o recente, ou deposição aumento da sedimentar. Os resultados de matéria orgânica sugerem um aumento do teor de carbono orgânico total para o recente e mais ainda de nitrogênio total, conseqüentemente a razão C/N diminuiu, sugerindo um aumento da produção fitoplanctônica e/ou aumento da produtividade da estrutura recifal dos chapeirões adjacentes. Os valores para o δ13C variaram entre -21 e -18‰ ao longo de todo o testemunho, sugerindo que não houve aporte terrígeno ao longo do tempo. Os foraminíferos com endossimbiontes (Peneroplis e Archaias) diminuíram ao longo do tempo e gêneros heterotróficos (Miliolinella e Cornuspira) e tolerantes ao estresse (Bolivina, Elphidium e Ammonia) aumentaram da base para o topo, o que pode estar relacionado às mudanças observadas na granulometria e no aporte de matéria orgânica. Tais mudanças podem estar relacionadas a alterações em escala regional, como mudanças nos padrões de vento e do clima e oscilações do nível relativo do mar ao longo dos anos, ou como resposta de um fator local levado pela evolução da estrutura recifal do arco externo ao longo do Quaternário recente desde os últimos cinco mil anos A.P. A utilização de parâmetros faunísticos juntamente com estudos físicos e geoquímicos no sedimento apresentou boa resolução no entendimento da evolução paleoecológica da plataforma carbonática do Arquipélago dos Abrolhos. / The Complex Reef of Abrolhos , located in the State of Bahia, Brazil, is the most important coral reef ecosystem of the South Atlantic due to its great biodiversity and importance for carbonate and biogenic sediment production. The purpose of this work was the study of palaeoecological and sedimentary evolution of this system along the late Quaternary by the use of standard benthic foraminiferal methods besides physical and geochemical analysis. This analysis was conducted on a two-meter-long core (AB05-1), which was collected at a twenty-three-meters water depth at a carbonate platform to the east of the Abrolhos Archipelago. It was suggested that some changes in the sedimentological and organic matter inputs might have caused changes on the benthic foraminiferal community, as a result of climate and oceanographic variations at different spatial and time scales within the last five thousand years. The core was transversally sectioned and sub-samples at each two-centimeter was retrieved totalizing ninety samples, from which four were sampled to be dated by the 14C method. Moreover, some granulometric, mineralogic, Total Organic Carbon (TOC), total nitrogen, C/N ratio, besides 13C and 15N isotopes analyses were conducted to the paleoecological analyses. The foraminifera were washed, through a 0,063mm mesh sieve , picked up, identified and separated in trophic groups. After the radiocarbon dating the sediment at the base of the core was found to be 5.230 years (cal. B.P.). The grain size decresed toward the top of the core, what suggested lower hydrodynamic conditions to the recent. The organic matter results suggested an increase of TOC and further increase of total Nitrogen, which consequently diminishes the C/N ratio and suggested an increase of phytoplankton and/or increase of coral reefs productivity from the nearby goblet shape structures of the “chapeirões”. The δ13C values ranged from -21‰ to -18‰ in all parts of the studied core, suggesting the non-existence of continental land influence on this system along the studied period. Simbiont-bearing foraminifera (Peneroplis and Archaias) diminished toward the top of the core, and heterotrophic genera (Miliolinella and Cornuspira) as well as stress tolerant genera (Bolivina, Elphidium and Ammonia) increased. This could be related to changes observed in grain size and organic matter, what can be linked to regional alterations, such as changes in wind, and climate patterns, and sea-level oscillation along the years. However, it could have been the result of a local factor caused by the evolution of the coral reef structure during the late Quaternary along the last five thousand years. In conclusion, the use of faunistic parameters with geochemical and physical studies on the sediment showed a good resolution on the paleoecological evolution of the carbonate platform on the Abrolhos Archipelago.
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Caracterização espaço-temporal do sistema estuarino-lagunar de Cananéia-Iguape (SP) a partir das associações de foraminíferos e tecamebas e suas relações com as variáveis ambientais / Spatio-temporal characterization of lagoon-estuarine system Cananéia-Iguape (SP) from the associations of foraminifera and thecamoebians and their relationships with environmental variablesJaworski, Katia Simone 19 November 2010 (has links)
A população de foraminíferos e tecamebas no SELCI evidenciou variação espacial, caracterizando alta dominância de hialinos e porcelanáceos no verão, e aglutinantes no inverno. Essa distribuição da microfauna estava associada a maior influência marinha dos setores externos e a forte influência do regime regional de chuvas nos setores internos. Constatou-se como bioindicadores a espécie Pararotalia cananeiaensis indicando o alcance da cunha salina nas porções internas do sistema, os miliolídeos indicando ambientes com renovação de águas marinhas e fluxos mais energéticos no sistema, o gênero Miliammina spp. e as tecamebas indicando ambientes de baixa salinidade. Através do Ic foi possível detectar o impacto do balanço entre as influências continentais e marinhas no sistema, com a intrusão salina sazonalmente distinta, devido às próprias condições regionais e geomorfológicas do sistema. Na tentativa de encontrar ambientes hipóxicos foi aplicado o IAE, porém este índice não gerou resultados satisfatórios neste sistema estuarino, visto que outros fatores representaram ser variáveis mais importantes do que a concentração de oxigênio dissolvido. O cálculo da BFAR foi testado revelando que a geomorfologia do SELCI foi um fator determinante na distribuição das espécies e que a BFAR foi uma medida qualitativa do fluxo de MO no sistema. Através das análises estatísticas multivariadas foi possível determinar as associações da microfauna, sendo estas condicionadas, nas duas campanhas, principalmente pelos fatores salinidade, substrato e profundidade. / The population of foraminifera and thecamoebians in the CILES (Cananéia-Iguape Lagoon Estuarine System) evidenced spatial variation, characterizing high dominance of hyalines and porcelanaceous during the summer and agglutinated in the winter. This microfauna distribution was associated to stronger marine influence in the outer sections and to strong regional pluviosity in the inner sections. The bioindicator species were Pararotalia cananeiaensis, evidencing the extent of the salt water wedge in the inner portion of the system, the miliolidae, indicating environments with renewal of marine water and more energetic fluxes in the system and the gender Miliammina spp. and thecamoebians indicating areas of low salinity. Trough the Ic it was possible to identify the impact of the balance between marine and fresh waters influence in the system, with saline intrusion seasonally distinct, due to the system\'s own regional and morphological conditions. An attempt to identify hypoxia areas was made using the AEI (Ammonia-Elphidium Index) test, however, this index did not reveal satisfactory results in this estuarine system, since other factors seem to be more representative than the dissolved oxygen concentration. The geomorphology of the CILES was proved to be a determinant factor in the distribution of the species through the BFAR (Benthic Foraminifera Accumulation Rate) calculation, which was also a qualitative measure of the flux of organic matter (TOC) in the system. Statistical analysis proved that the associations of microfauna, was driven, in both campaigns, by salinity, substract and depth.
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Variação do peso-normalizado pelo tamanho de foraminíferos planctônicos como proxy para avaliação de processos de dissolução durante os últimos 70 mil anos no Sudoeste do AtlânticoMega, Aline Martins 16 August 2017 (has links)
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Mega, A. M..pdf: 4299230 bytes, checksum: 4ff04b898e1e7eebe891e2a5a4dfcd98 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Universidade Federal Fluminense. Instituto de Química. Programa de Pós-Graduação em Geoquímica, Niterói, RJ / Os oceanos funcionam como um reservatório natural de carbono, no qual sua solubilidade na superfície dos oceanos varia de acordo com a temperatura. Antes do período industrial, as variações na concentração de CO2 atmosférico estavam fortemente associadas às transições glacial-interglacial (G-IG), onde os menores valores de CO2 na atmosfera foram registrados nos períodos glaciais, decorrente do aumento da solubilidade do CO2 nos oceanos. Nesses períodos, o aumento da solubilidade do CO2 na coluna d’água estimulou a produção de íons carbonato, beneficiando organismos que calcificam carbonato de cálcio (CaCO3) em suas conchas e esqueletos. O processo inverso, ou seja, menor solubilidade do CO2 e, consequentemente, menor disponibilidade de íons carbonatos nos oceanos marcou os períodos interglaciais. O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos das variações no peso-normalizado pelo tamanho (do inglês, size-normalized weight, SNW) de foraminíferos planctônicos durante os últimos 70.000 anos no Sudoeste do Atlântico visando compreender os efeitos da calcificação e/ou dissolução do carbonato e da microestrutura das testas de foraminíferos planctônicos que viviam na porção superior da coluna d'água (G. ruber-white e G. sacculifer-sem saco). Para tanto, foi utilizado um testemunho coletado na Bacia de Santos a 2225 m de profundidade, que compreende os últimos 185 mil anos, dos quais os primeiros 70 mil anos foram estudados. Os resultados mostraram que ambas as espécies apresentaram um aumento do SNW na transição entre os períodos G-IG, associado com indícios de dissolução nas testas do período glacial, quando observada a microestrutura. Esses resultados demonstram a ação corrosiva das águas de fundo durante os glaciais e diferem dos obtidos em outros estudos realizados no Atlântico Norte que registram características menos corrosivas durante o último glacial em profundidades de até 3500 metros. A redução no peso das testas durante o período glacial foi atribuída à ação da dissolução dos carbonatos. A dissolução pode ocorrer abaixo da camada denominada lisoclina, porém apesar da grande mudança na profundidade da lisoclina durante os glaciais no Atlântico Sul, o testemunho, ainda assim, estaria 800 m acima da influência da lisoclina. Acima da lisoclina, a dissolução dos carbonatos pode ocorrer por diversos outros fatores, tais como pelo aumento da geração de CO2 pela atividade bentônica durante eventos de aumento de produtividade. Essa atividade bentônica tornaria a camada da interface água-sedimento corrosiva às estruturas carbonáticas. Nesse sentido, foram registrados no testemunho estudado um aumento nos teores de sílica e ferro, nutrientes que poderiam estimular um aumento da produtividade primaria, o que se refletiria nos altos níveis de carbono orgânico também registrados no testemunho durante o período glacial, estimulando, assim, a atividade bentônica. Outra possibilidade que explicaria a dissolução observada é decorrente de mudança na geometria das massas d’água durante os glaciais, o qual promoveria o contato do sedimento com massas d’água Antárticas (Águas de Fundo Antárticas-AFA), que são mais corrosivas. Entretanto, estudos anteriores realizados com o mesmo testemunho e baseados em isótopos de neodímio não corroboram a ocorrência de mudanças na geometria das massas d’água na região, pelo menos para os últimos 25 mil anos. / Oceans work as a natural reservoir of carbon, where the solubility in the surface varies with temperature. Before the industrial period, variations in the atmospheric CO2 concentration were strongly associated with the glacial-interglacial (G-IG) transitions, where the lowest atmosphere CO2 values were recorded in the glacial periods, due to the increase in the CO2 solubility. In these periods, the increase of the CO2 solubility in the water column stimulated the production of carbonate ions, benefiting organisms that calcify calcium carbonate (CaCO3) in their shells. The inverse process, that is, the lower CO2 solubility and, consequently, lower carbonate ions availability in the oceans marked the interglacial periods. The objective of this study was to evaluate the effects of size-normalized weight during the last 70.000 years in the Southwest Atlantic to understand the effects of calcification and/or dissolution of carbonate and microstructure analysis of the Planktonic foraminifera that lived in the upper portion of the water column (G. ruber-white) and G. sacculifer). For that, a core collected in the Santos Basin at 2225 m depth was used, which includes the last 185 thousand years, of which the first 70 thousand years were studied. The results showed that both species showed an increase in SNW at the transition between the G-IG periods, associated with evidence of dissolution in the glacial period, when the microstructure was observed. These results demonstrate the corrosive action of the bottom waters during the glaciers and differ from those obtained in other studies conducted in the North Atlantic that record less corrosive characteristics during the last glacial in depths of up to 3500 meters. The reduction in the weight of the shells during the glacial period was attributed to the action of the carbonate dissolution. The dissolution may occur below the lysoclin layer, but despite the large change in lysoclin depth during the glaciers in the South Atlantic, the corer would still be 800 m above the influence of lysoclin. Above lysoclin, the carbonate dissolution can occur due to several other factors, such as the increase of CO2 generation by benthic activity during productivity increase events. This benthic activity would make the water-sediment interface layer corrosive to carbonate structures. In this sense, an increase in silica and iron contents was recorded in the studied corer, nutrients which could stimulate an increase in primary productivity, which would be reflected in the high levels of organic carbon also recorded in the corer during the glacial period, stimulating benthic activity. Another possibility that would explain the observed dissolution is due to a change in the geometry of the water masses during the glaciers, which would promote the contact of the sediment with Antarctic water masses (Antarctic Bottom Water-ABW), which are more corrosive. However, previous studies carried out with the same evidence and based on neodymium isotopes do not corroborate the occurrence of changes in the geometry of water masses in the region, at least 25 ka years
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Variações da temperatura do atlântico equatorial oeste ao longo dos últimos 40.000 anosSantos, Thiago Pereira dos 27 September 2017 (has links)
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Dissertac...pdf: 4004750 bytes, checksum: c28f16763d698bcdf286109327f4a3a0 (MD5) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Universidade Federal Fluminense. Instituto de Química. Programa de Pós-Graduação em Geoquímica, Niterói, RJ / A porção equatorial Oeste do Atlântico Sul é uma região-chave para o estudo das variabilidades climáticas, já que esta área é a principal saída de calor e sal para as altas latitudes do hemisfério norte através da Corrente Norte do Brasil. Esta transferência inter-hemisférica é um dos fatores cruciais para o funcionamento da circulação termohalina no oceano Atlântico, conhecida como Atlantic Meridional Overturning Circulation (AMOC). Baseado nisto, o objetivo deste trabalho é apresentar uma reconstrução da temperatura da superfície do mar (TSM) ao longo dos últimos 40.000 anos, em um intervalo que engloba o Ultimo Máximo Glacial (UMG) e o Holoceno. Para isto, foram empregados três testemunho sedimentares recuperados na margem Nordeste do Brasil. Dois destes testemunhos (MC 17/2 e MC 11/1) tiveram sua cronologia combinada, para juntos formarem um registro único do Holoceno. O terceiro testemunho (MC 10/3) enfoca o UMG e a fase de degelo até o início do Holoceno. Como proxies para a reconstrução paleoceanográfica da TSM foram empregados o isótopo estável de oxigênio (δ18Oc) do foraminífero planctônico Globigerinoides ruber (branco 250 – 300 μm), a Técnica do Análogo Moderno (TAM) e a análise faunística da assembleia de foraminíferos planctônicos na fração 150 μm. Os resultados para o UMG mostram a existência de dois cenários distintos que se separam em 21 k anos AP. Antes desta data condições mais frias na ordem de 2 ºC existiram na região, como ficou evidenciado pelos valores mais positivos do δ18Oc, pelas menores TSM reconstruídas pela TAM e pela maior abundância de foraminíferos planctônicos relacionados a produtividade e profundidade, como Globigerina glutinata, Neogloboquadrina dutertrei, Globorotalia truncatulinoides (dextral e sinistral) e Globorotalia inflata. Após 21 k anos AP uma forte transição ocorre no δ18Oc e na abundância absoluta de foraminíferos planctônicos, indicando a entrada de condições mais quentes na região, principalmente durante o evento Heinrich 1 (H1) e o Younger Dryas (YD). Este intervalo, que inclui a fase de degelo e parte do Holoceno é marcado pela redução das espécies relacionada a produtividade e profundidade e pelo aumento das espécies de águas quentes e superficiais. O retorno da espécie Globorotalia menardii em 21 k anos AP pode indicar a reativação do transporte de águas quentes do Oceano Índico para o Atlântico Sul realizado pela Corrente das Agulhas durante a fase de degelo. Os dados apresentados aqui demonstram que o Atlântico equatorial Oeste responde a entrada de água doce no Atlântico Norte e ao transporte de águas quentes via Corrente das Agulhas, e que o balanço destes dois fatores foi crucial para o retorno da AMOC no fim do UMG. Os resultados para o Holoceno mostraram que a região vem sofrendo um aumento progressivo da TSM da ordem de 1 ºC principalmente após o Holoceno médio, onde alterações nos padrões orbitais podem ter modificado a distribuição da energia solar no planeta. Análises espectrais sobre os dados mostram uma série de periodicidade quase cíclicas centradas em 4.1 – 3.8 kyr, 1.5 – 1.0 kyr, ~ 700 yr, 570 – 560 yr, ~ 390 yr, ~350 yr e ~ 330 yr e podem refletir a ação de forçantes climáticas externa (variabilidade solar) e internas (sistema oceano-atmosfera) transmitidas pela circulação termohalina globalmente. / The western equatorial Atlantic is a key region for the study of climate variability, as this area is the main source of heat and salt toward high latitudes of northern Atlantic through the North Brazil Current. This interhemispheric transfer is one of the crucial factors for the thermohaline circulation in the Atlantic Ocean, known as Atlantic Meridional Overturning Circulation (AMOC). Based on this, the aim of this work is to show a reconstruction of sea surface temperature (SST) over the last 40,000 years, into a range that comprises the Last Glacial Maximum (LGM) and Holocene. For this, we used three sedimentary records recovered in Northeast Brazilian margin. Two of these records (MC 17/2 e MC 11/1) were combined to generate a single record of Holocene. The last record comprises the LGM until the early Holocene. As proxies for the reconstruction of SST were employed the oxygen stable isotope (δ18Oc) of planktonic foraminifera Globigerinoides ruber (white 250 – 300 μm), the Modern Analogue Technique (MAT) and the assemblage of planktonic foraminifera in the size-fraction of 150 μm. The results for the LGM showed the existence of two different scenarios that were separated at 21 kyr BP. The heavier oxygen values recorded prior to 21 kyr BP demonstrated that the Last Glacial Maximum was up to 2ºC colder than Holocene. After 21 kyr BP, a strong shift to lighter values indicated the onset of warmer conditions during deglacial, especially during Heinrich event 1 and the Younger Dryas. The planktonic foraminifera assemblage as species related to productive or deep waters confirmed the conditions indicated by the oxygen composition; i.e., Globigerinita glutinata, Neogloboquadrina dutertrei, Globorotalia truncatulinoides (left and right coiling) and Globorotalia inflata were more abundant prior to 21 kyr BP. With the increase in the sea surface temperature after 21 kyr BP, the abundance of these species was reduced, particularly for G. glutinata and G. inflata, and the abundance of species found in warmer waters increased, especially for Globigerinella siphonifera. The species Globorotalia menardii, which was absent in the Last Glacial Maximum, reappeared after 21 kyr BP, which may have been a response to the Agulhas Leakage that released warmer waters into the South Atlantic at the beginning of deglacial. The data presented here indicate that the western equatorial Atlantic responded to the meltwater pulse at high latitudes of the northern Atlantic and to warm waters from the Indian Ocean. The balance between these two factors was crucial to the development of the Atlantic Meridional Overturning Circulation at the end of the LGM. The results of Holocene showed that the region has suffered a gradual increase in SST of around 1 ºC, mainly after the mid-Holocene, where changes orbital patterns may have changed the distribution of solar energy on the planet. Spectral analyzes on the data demonstrated a series of periodicities centered at 4.1 – 3.8 kyr, 1.5 – 1.0 kyr, ~ 700 yr, 570 – 560 yr, ~ 390 yr, ~350 yr e ~ 330 yr and can be related of climate forcing transmitted globally by the thermohaline circulation.
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Composição e tafonomia dos foraminíferos bentônicos durante período seco e chuvoso na baía de Tamandaré, PE, BrasilSilva, Bruno Allevato Martins da 03 October 2017 (has links)
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Dissertação Bruno Allevato M. da SIlva.pdf: 2506067 bytes, checksum: a7fd88a86552d0a0f031f1eb05a0b288 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Universidade Federal Fluminense. Instituto de Química. Programa de Pós-Graduação em Geoquímica, Niterói, RJ / A baía de Tamandaré, PE, Brasil, é um ambiente recifal que apresenta uma condição ambiental de baixa cobertura de corais. Entre as possíveis causas para esta situação, estão a alta pressão que o turismo exerce na cidade de Tamandaré e a entrada de águas continentais, com grande volume de sedimento e contaminada com resíduos agrícolas e domésticos. Estes fatores apresentam uma variação sazonal, de forma que o primeiro se intensifica no período seco (setembro a fevereiro) enquanto o segundo atua mais forte sobre a baía no perído chuvoso (março a agosto). Entretanto, mesmo com estas pressões antrópicas na baía de Tamandaré, suas águas são classificadas como oligotróficas. Objetivando de avaliar o sedimento recifal da baía de Tamandaré, foram estudados composição e tafonomia dos foraminíferos bentônicos presentes no sedimento de nove amostras do período seco e chuvoso. Os resultados apontaram para uma assembléia de foraminíferos sem características de ambientes recifais, com um Índice FORAM abaixo de 4 em todas as estação, com somente uma exceção no período seco, que classificaram a baía como tendo qualidade de água desfavorável para assentamento de corais. Sazonalmente, há uma diferença entre as assembleias dos períodos seco e chuvoso refletida no número total de gêneros encontrados nos dois períodos, sendo maior no período seco que no chuvoso. Entretanto, em análises estatísticas como SHE e CLUSTER, não foram detectadas variações sazonais, sobre tudo nas estações mais profundas. Entre as razões para a baixa variação das assembleias de foraminíferos nos dois períods, a pouca variação da salinidade e temperatura, influênciadas pelo baixo volume de chuva nos meses da coleta, podem ter sido o principal motivo. Foraminíferos com processos tafonomicos como quebrado ou alteração de cor, representaram 40% a 20% do total de testas analisadas, indicando a ocorrência de ressuspenção do sedimento. Três testas com alteração tafonomica da cor e um quarta sem mudança na cor foram analisadas em MEV/EDS e mostrara a ausência ou pouca distribuição de elementos como Fe e S diferente do que seria esperado e a presença de elementos comuns de argilo minerais. De forma geral, os resultados associaram a baía de Tamandaré como ambiente não usal para assentamento de corais, com assembleias de foraminíferos similares entre os períodos analisados, e tendo como principais fatores físico-químicos que influenciam na composição da assembleia a temperatura, salinidade e ressuspenção / Tamandaré bay, PE, Brazil, it’s a reef environment which shows a low coral coverage. Among the possible causes for this situation are the, high pressures which tourism exert in Tamandaré city and the flow of continental waters, with high volume of sediment and contaminated with agricultural and domestic waste. These factors shows seasonal variation, where the first intensify during the dry season (September to February) whereas the second it’s strongest in the bay during the wet season (March to August). However, even with these anthropic pressures in the Tamandaré bay, those waters are classified as oligotrophic. Aiming evaluated the reef sediment of Tamandaré bay, were studied composition and taphonomy of benthic foraminifera present in the sediment of nine samples of dry and wet season. The results point out a foraminiferal assemblage without characteristics of reef environment, where FORAM Index was below 4 in all stations, with just one exception in the dry season, classifying the bay as have water quality unfavorable for coral attach. Seasonality, there’s just one difference between the assemblage of dry and wet seasons reflected in the total number of generous found in the two seasons, where was bigger during the dry season when compared whit dry season. Otherwise, statistical analyses like SHE and CLUSTER, didn’t detected variations between seasons, manly in the deepest stations. Among the reason for the similar foraminifera assemblage between the two seasons, the few variation of salinity and temperature, influenced by the low rain during the month of collection, seems to be the main reason. Taphonomic processes in foraminifera like broke or color change, represented 40% to 20% of the total test analyzed, suggesting sediment ressuspection. Three tests with color change and one fourth without, were analyzed in MED/EDS and shows the absence or few distribution of elements like Fe and S different of what would be expected and the presence of ordinary elements in clay minerals. All in all, the results associated Tamandaré bay as a environment unusual for coral attach, with a similarity foraminifera assemblages between the season analyzed, and had been as main physic-chemistry factors influence in assemblage composition, the temperature, salinity and ressuspection
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Caracterização espaço-temporal do sistema estuarino-lagunar de Cananéia-Iguape (SP) a partir das associações de foraminíferos e tecamebas e suas relações com as variáveis ambientais / Spatio-temporal characterization of lagoon-estuarine system Cananéia-Iguape (SP) from the associations of foraminifera and thecamoebians and their relationships with environmental variablesKatia Simone Jaworski 19 November 2010 (has links)
A população de foraminíferos e tecamebas no SELCI evidenciou variação espacial, caracterizando alta dominância de hialinos e porcelanáceos no verão, e aglutinantes no inverno. Essa distribuição da microfauna estava associada a maior influência marinha dos setores externos e a forte influência do regime regional de chuvas nos setores internos. Constatou-se como bioindicadores a espécie Pararotalia cananeiaensis indicando o alcance da cunha salina nas porções internas do sistema, os miliolídeos indicando ambientes com renovação de águas marinhas e fluxos mais energéticos no sistema, o gênero Miliammina spp. e as tecamebas indicando ambientes de baixa salinidade. Através do Ic foi possível detectar o impacto do balanço entre as influências continentais e marinhas no sistema, com a intrusão salina sazonalmente distinta, devido às próprias condições regionais e geomorfológicas do sistema. Na tentativa de encontrar ambientes hipóxicos foi aplicado o IAE, porém este índice não gerou resultados satisfatórios neste sistema estuarino, visto que outros fatores representaram ser variáveis mais importantes do que a concentração de oxigênio dissolvido. O cálculo da BFAR foi testado revelando que a geomorfologia do SELCI foi um fator determinante na distribuição das espécies e que a BFAR foi uma medida qualitativa do fluxo de MO no sistema. Através das análises estatísticas multivariadas foi possível determinar as associações da microfauna, sendo estas condicionadas, nas duas campanhas, principalmente pelos fatores salinidade, substrato e profundidade. / The population of foraminifera and thecamoebians in the CILES (Cananéia-Iguape Lagoon Estuarine System) evidenced spatial variation, characterizing high dominance of hyalines and porcelanaceous during the summer and agglutinated in the winter. This microfauna distribution was associated to stronger marine influence in the outer sections and to strong regional pluviosity in the inner sections. The bioindicator species were Pararotalia cananeiaensis, evidencing the extent of the salt water wedge in the inner portion of the system, the miliolidae, indicating environments with renewal of marine water and more energetic fluxes in the system and the gender Miliammina spp. and thecamoebians indicating areas of low salinity. Trough the Ic it was possible to identify the impact of the balance between marine and fresh waters influence in the system, with saline intrusion seasonally distinct, due to the system\'s own regional and morphological conditions. An attempt to identify hypoxia areas was made using the AEI (Ammonia-Elphidium Index) test, however, this index did not reveal satisfactory results in this estuarine system, since other factors seem to be more representative than the dissolved oxygen concentration. The geomorphology of the CILES was proved to be a determinant factor in the distribution of the species through the BFAR (Benthic Foraminifera Accumulation Rate) calculation, which was also a qualitative measure of the flux of organic matter (TOC) in the system. Statistical analysis proved that the associations of microfauna, was driven, in both campaigns, by salinity, substract and depth.
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Saúde do ecossistema recifal do Atol das Rocas, Atlântico Sul Equatorial, com base em foraminíferos bentônicos e coraisGaspar, Ana Lídia Bertoldi 03 May 2016 (has links)
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GASPAR_2014_TeseUFF.pdf: 5686020 bytes, checksum: 1a09a81a8e3faf6aa6834f79b7c46c47 (MD5) / Universidade Federal Fluminense. Instituto de Química. Programa de Pós-Graduação em Geociências-Geoquímica. Niterói, RJ / Este estudo teve como objetivo principal avaliar a saúde do ecossistema recifal do Atol das
Rocas utilizando como indicadores as associações de foraminíferos bentônicos, Índice
FORAM e saúde e cobertura de corais. Além disso, descrever a razão Mg/Ca em testas
recentes de Nonion commune para identificar mais uma possível espécie para estudos
paleoclimáticos. Um total de 276 transeções de ponto e faixa (20x1m) foram realizadas em 6
expedições (out/07, mar e dez/10, mai/11, mai e nov/12) e revelaram coberturas de corais
variando entre ~3 e 50%, de acordo com o padrão de circulação de água nas piscinas.
Relações entre branqueamento/doenças em corais e anomalias de temperatura foram
registradas para 2010. O que pode ter causado uma redução significativa na cobertura de
corais em 4 piscinas abertas, após março e dezembro de 2010. A prevalência de doenças, que
lesionam e causam mortalidade parcial ou total dos corais, foi alta nessas piscinas. As doenças
atingiram maiores porcentagens e persistem por mais tempo que o branqueamento. Em 2012,
sem registro de temperatura muito elevadas, a cobertura para de apresentar sinais de declínio,
embora ainda existam colônias doentes. Fatores como altos níveis de radiação solar, alta
transparência da água, pouca profundidade, intenso fluxo de água, baixa diversidade de
corais, dominância do gênero Siderastrea e o contato direto dos corais com muitas algas
podem ter contribuído para os altos percentuais de doenças. Além disso, um total de 105
amostras de sedimento superficial foi coletado em dezembro de 2010 e maio de 2011 nas
mesmas piscinas. Foram identificados 108 gêneros de foraminíferos bentônicos, porém a
maioria com abundância inferior a 1%. Os gêneros Archaias, Quinqueloculina, Sorites,
Amphistegina e Borelis dominaram nos dois períodos de amostragem, e juntos representam
mais de 60% da abundância relativa em todas as piscinas. Uma relação positiva e significativa
foi encontrada entre a granulometria e a densidade de foraminíferos. As menores densidades
foram encontradas nas piscinas abertas com intenso fluxo de água. A alta transparência da
água, pouca profundidade, intenso fluxo de água, abundância de algas e ambiente carbonático
favorecem o domínio de Archaias angulatus nas associações de foraminíferos. A proporção
dos foraminíferos que possuem endossimbiontes é superior a 40% em todas as piscinas,
resultando em valores médios de Índice FORAM (IF) entre 5,76 e 9,15, com uma média geral
para o Atol igual a 7,0. Portanto, o IF indica que a qualidade da água é favorável ao
crescimento e/ou recuperação recifal, mas não apresentou correlação com cobertura de coral
ou algas, assim como em outras regiões recifais do Brasil. Recomenda-se que o
monitoramento da cobertura e saúde recifal e dos foraminíferos sejam complementares e não
independentes. Para as análises de geoquímica elementar nas testas de foraminíferos recentes,
com o método de ablação a laser (LA-ICP-MS) foram utilizados 50 exemplares de Nonion
commune que estavam vivos no momento da coleta, com tamanhos entre 200-354 μm. As
médias das razões de Mg/Ca registradas nesse trabalho - 6,12 a 7,85 mmol/mol - estão de
acordo com a faixa de variação encontradas para foraminíferos bentônicos sem
endossimbiontes e para águas rasas e quentes. A relação entre os valores de Mg/Ca e o
tamanho da carapaça, sugerem que futuras análises considerem apenas testas maiores que 250
μm e, preferencialmente, com variações de apenas 50 μm no tamanho das mesmas. É possível
sugerir que essa espécie possa ser usada em futuros estudos baseados em Mg/Ca com
finalidade de reconstrução de paleotemperaturas, pois parecem ter relação com a temperatura
de calcificação, embora um estudo mais detalhado em um ambiente com variações sazonais
de TSM mais acentuadas, seja necessário para confirmar essa relação. A continuidade do
monitoramento é essencial para compreender como esse ambiente tão importante irá se
recuperar e/ou responder aos futuros eventos de anomalias térmicas / This study aimed to assess Rocas Atoll coral reef health by monitoring corals cover and
health, as well the benthic foraminifera assemblages and the FORAM Index (FI) in 15 tide
pools. Furthermore, the Mg/Ca ratios for recent (stained) foraminifera Nonion commune from
Rocas Atoll were also described. A total of 276 point intercept transects and belt transects
(20x1m) were surveyed during 6 expeditions (Oct/07, Mar and Dec/10, May/11, May and
Nov/12) and revealed coral cover ranging between ~3 and 50% inside tide pools. Bleached
and diseased corals were positive related to SST anomalies recorded for 2010, and might be
the main reason of a significant coral cover decline in 4 open tide pools. Coral diseases
reached higher percentages and persist longer than bleaching. In 2012 no high temperature
was recorded and coral cover showing no signs of decline. High radiation levels, clear water,
shallow depth, high water flow, low coral diversity, high abundance of one species
(Siderastrea stellata) and direct algal contact might be influenced the high percentages of
coral diseases. A total of 105 surface sediment samples were collected between December
2010 and May 2011 at the same tide pools. A total of 108 genera of benthic foraminifera were
identified, however most of them showed abundance lower than 1%. The genera Archaias,
Quinqueloculina, Sorites, Amphistegina and Borelis were dominant in the two sampling
periods, and together represent more than 60% relative abundance in all tide pools. A
significant and positive relation was found between the grain size and benthic foraminifera
density. Lowest densities were founded in open tide pools with high water flow. Clear water,
shallow depth, high water flow, high algae abundance and carbonate environment resulted in
Archaias angulatus associations. Symbiont-bearing foraminifera proportion is above 40% in
all tide pools, resulting FORAM Index (FI) values between 5.76 and 9.15, with mean value
7.0 for Rocas Atoll. Therefore, the FI indicates that the water quality is favorable to growth
and/or reef recovery, but showed no correlation with coral cover and algae. It is recommended
that monitoring coral cover and health and foraminifera to be complementary and not
independent. Trace element composition analyses of recent foraminifera, using the laser
ablation (LA-ICP-MS), were conducted in 50 tests of Nonion commune (alive at sampling
time), tests sizes ranged from 200-354 μm. The mean Mg/Ca ratios recorded were - 6.12 to
7.85 mmol/mol - consistent with the range of variation found for smaller benthic foraminifera
and to shallow and warm waters. The relation between Mg/Ca rations and test size, suggest
that future analysis considers only tests greater than 250 μm, and varying only 50 μm. It is
possible to suggest that this species may be used in future paleotemperatures research Mg/Cabased,
since they appear to be related to the seawater calcification temperature, although a
more detailed study in an environment with a higher seasonal SST variations is necessary to
confirm this relation. Continuing monitoring is essential to understand how Rocas Atoll will
recover and/or respond to future events of thermal stress anomalies
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