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Fosfatos primários e secundários nos perfis de intemperismo sobre os Maciços Alcalino-Carbonatíticos de Juquiá (SP), Anitápolis (SC) e Tapira (MG) / not availableFerrari, Viviane Carillo 30 June 2000 (has links)
Esta pesquisa explorou a mineralogia, a geoquímica e a cristaloquímica de fosfatos primários e secundários nos perfis lateríticos desenvolvidos nos Complexos Alcalino-carbonatíticos de Juquiá (SP), Tapira (MG) e Anitápolis (SC). Os estudos dão continuidade aos trabalhos já efetuados nas áreas, procurando aplicar técnicas da micromorfologia (MO, MEV, ME, MR, CL) e de identificação mineralógica DRX e ATD. Os resultados obtidos podem contribuir aos estudos de caracterização tecnológica de fosfatos e ao diagnóstico de problemas de tratamento de minério fosfático; além disso, foram relacionados aos controles da sua gênese, como tipos litológicos presentes e sua distribuição relativa, associações de fosfatos primários, disponibilidades geoquímicas, clima e relevo. A mineralogia dos fosfatos nos perfis lateríticos desenvolvidos sobre os Complexos Alcalino-carbonatíticos é marcada pela presença da apatita residual, que apresenta algumas feições de alteração nos materiais mais evoluídos. Apatitas primárias sãs, de composição hidroxi-fuorapatita, sofrem durante o intemperismo perdas de cátions substituintes do cálcio (Sr e Na) e uma carbonatação sempre acompanhada pelo aumento em flúor tendendo a composições próximas à da carbonato flúor-hidroxiapatita. Evidências deste comportamento foram observadas em Tapira e Juquiá. Em Anitápolis observou-se uma menor variação nas composições das apatitas primárias ao longo do perfil, o que mostra uma evolução diferenciada em relação as outras áreas. O aumento da porosidade que decorre da dissolução dos minerais leva à formação dos fosfatos supérgenos apatíticos e principalmente os aluminosos da série da crandallita. Observou-se que asapatitas supérgenas são dominantemente carbonatadas e mais enriquecidas em flúor do que as apatitas primárias, mostrando que no ambiente supérgeno a variedade carbonatofluorapatita é a mais estável. Além da formação de fosfatos supérgenos, a alteração intempérica causa modificações físicas e químicas nas apatitas primárias, que podem ser o fator responsável por perturbações nos processos industriais de concentração do minério fosfático para o caso de Tapira, que é aúnica área em que ocorre o aproveitamento econômico da apatita. As fases crandallíticas ocorrem em materiais de alteração supérgena do perfil, onde as apatitas foram parcial ou totalmente dissolvidas e dominam os produtos de alteração de rochasalcalino-silicátitcas, situação observada em Juquiá e Tapira. Em Anitápolis estes fosfatos são muito raros. A composição dos fosfatos da série crandallita mostrou, em Tapira, uma variação nos teores de Ba, Ca, Sr e ETR no sítio A. Neste localforam encontradas variedades intermediárias entre a gorceixita e a goyazita (com ETR) em materiais ferruginosos, e entre a crandallita e a gorceixita em materiais apatíticos. Nos materiais onde ainda estão presentes as apatitas primárias, esta variação pode estar relacionada às diferenças geoquímicas do meio onde foram formadas. Juquiá apresentou uma menor variação na composição dos minerais da série da crandallita no sítio catiônico, dominado quase que exclusivamente pelo Ba (salvo otipo que ocorre em pseudomorfos micáceos que apresentam uma dominância do Ca em relação ao Ba e maiores irregularidades na ocupação dos sítios). A ocorrência de outros fosfatos nos perfis estudados é mais restrita e limitada em cada área:turquesa e wavellita em Juquiá e rhabdofânio em Tapira. Estes minerais aqui interpretados como produtos de neoformação supérgena preenchem fissuras nos materiais mais evoluídos do perfil. O rhabdofânio de Tapira ocorre em materiais ricos emanatásio. A wavellita e a turquesa de Juquiá ocorrem na alterita sobre a zona de transição entre o carbonatito e a rocha alcalino-silicática. A composição dos minerais supérgenos analisados, fosfatos da série da crandallita, wavellita, ) turquesa e rhabdofânio mostrou ser controlada pelas disponibilidades geoquímicas do meio onde foram formados. / This research investigates the mineralogy, geochemistry and crystalochemistry of primary and supergene phosphates in lateritic profiles developed over Alkaline-carbonatites Complexes of Juquiá (SP) Tapira (MG) and Anitápolis (SC). The study applies micromorphology techniques (MEV\' ME\' MR, CL) and mineralogical identification DRX and ATD. The obtained data can contribute with studies of technological characterization. Otherwise the data had been correlated with the genesis controls of the phosphates (litologic types and its relative distribution, associations of primary phosphates, geochemistry sources, climate and relief). The phosphate mineralogy in lateritic profiles developed over Alkalinecarbonatítes complexes is marked by the presence of residual apatite, that presents some alteration features. Fresh primary apatites of composition hidroxyfuorapatite, alter during weathering by losses of substitute calcium cations (sr and Na) and by a carbonate increase accompanied by the increase in F, with a trend to compositions near the carbonate flluorhydroxyapatite. Evidences of this behavior were observed in Tapira and Juquiá. ln Anitápolis a smaller variation was observed in the compositions of the primary apatites along the profile, which shows a differential evolution comparing to the other areas. The porosity increase due to mineral weathering leads to the formation of supergene phosphate apatites and mainly the aluminous phosphates of the crandallite series. lt was observed that supergene apatites are carbonated and more F enriched than the primary ones, showing that in the supergene condition the carbonatefluorapatite is more stable. Weathering causes also physical and chemical modifications in primary apatites, which may be responsible for problems in industrial procedures to the concentration of phosphatic ore in Tapira, the only area where apatite is mined, between the three areas here treated. The crandallitic phases are present in materíals of supergene origin where apatite was partially or totally dissolved. They dominates the weathering products of alkaline-silicatic rocks. This situation was observed in Juquiá and Tapira. ln Anitápolis these phosphates are rare. The phosphate composition of crandallite series shows, at Tapira, a variation in Ba, Ca, Sr and ETR in site A; there were found intermediary varieties between gorceixite and goyazite (with ETR) in fenuginous material, and among the crandallite and the gorceixite in apatitic material. ln materials where primary apatite is still present, this variation can be related to geochemical differences of the profile where they were formed. Juquiá presents smaller variation in the composition of minerals from crandallite series in the cationic site, which is dominated by Ba (except for the type in phlogopite pseudomorphs, where there is more Ca than Ba and larger irregularities in site occupation). The occurrence of other phosphates in the studied profiles is more restricted and limited in each area: turquoise and wavellita in Juquiá and rhabdophane in Tapira. These minerals have been interpreted as supergene neoformation; they fill fissures in the well developed materials of the profile. Rhabdophane was found in rich anatase materials. Wavellita and turquoise were found in the alterite formed on transition zone between carbonatite and alkaline-silicatic rocks. The composition of analyzed phosphate supergene minerals, crandallite, wavellite, turquoise, and rhabdophane, showed to be controlled by geochemical availability of the profile where they were formed.
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Aspectos da geoquímica ambiental da Mina da Rocha - PR / Not available.Ferreira, Nelson Luiz Schleder 09 June 1994 (has links)
O presente trabalho procurou analisar a disseminação dos metais pesados na drenagem, oriundos das atividades de uma empresa de mineração de chumbo localizada às margens do ribeirão do Rocha, afluente do rio Ribeira de Iguape, na divisa dos estados do Paraná e São Paulo. Foram realizadas análises para chumbo, cobre e zinco nos sedimentos de fundo (fração<2um) e águas superficiais. Os sedimentos foram submetidos a abertura ácida forte (concentrações Totais) e análise química sequencial, o que juntamente com o levantamento dos principais parâmetros físico-químicos das água, permitiram a precisa identificação dos focos de contaminação da drenagem e as principais associações dos metais pesados com o material particulado(transporte), cujas preferências encontradas foram entre os oxidróxidos de ferro e manganês e os carbonatos. Em todos os pontos amostrados foram ultrapassados os limites toleráveis para os metais pesados em questão nos sedimentos. Realizaram-se também análises para a dosagem de chumbo nos cabelos do escalpo de crianças moradoras das imediações da mineração. Os resultados mostraram que apesar das concentrações encontradas estarem dentro do limite tolerável, pode estar ocorrendo a incorporação do chumbo via ingestão (intestinal) nos indivíduos amostrados. / The purpose of this work is to study the dispersion of heavy metals from lead mining on the Rocha stream tributary of the Ribeira de Iguape river at the border of the States of São Paulo and Paraná. Lead, copper and zinc were determined in the bottom sediments (fraction <2um) and surficial waters. The sediments were analized by strong acid dissolution methods(total concentrations) and sequencial chemical analysis, that together with the study of the main physic-chemical parameters of waters, allows us to identify contamination points within the drainage by means of heavy metals associations with particulate matter(transported); preferential associations were with iron and manganese oxides/hydroxides and carbonates. Every analized sample contained concentrations of the mentioned sedimentary heavy metals corresponding to levels way beyond tolerable limits. Lead determinations were also obtained for the hair of children living in the vicinities of the mining activities. Results should that in spite of the fact that the values were within the tolerable limits there may be a substantiable addition of lead to the living tissues of the sampled individuals by intestinal absorbtion.
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O significado dos enclaves microgranulares félsicos na evolução de magmas graníticos: Petrologia dos enclaves do Plúton Salto, Batólito Itu, SPPereira, Giovanna de Souza 07 May 2013 (has links)
O Granito Salto, parte da Província Magmática Itu (~590 Ma), de caráter pós-orogênico, é um plúton composicionalmente variado, constituído por três unidades graníticas principais. O volume principal do plúton é formado por granitos vermelhos inequigranulares a porfiríticos com textura rapakivi e matriz média, que passam a uma variedade com o plagioclásio de cor branca onde a textura rapakivi é mais evidente. Uma segunda unidade, designada granito pórfiro, é caracterizada pela presença de matriz fina da qual se destacam abundantes fenocristais de felspatos (em parte com textura rapakivi), quartzo e hornblenda e ocupa a região centro -oeste do plúton, além de formar pequenos corpos isolados. A unidade granito inequigranular róseo, composicionalmente mais evoluída, ocorre no extremo oeste do plúton, e exibe estruturas indicativas de cristalização em nível crustal raso (miárolos), sendo interpretada como a cúpula do plúton. Enclaves microgranulares félsicos, com formas elipsoidais e composição um pouco menos evoluída que os granitos rapakivi hospedeiros, são uma feição estrutural típica, e alcançam dimensões até 2-3 metros. Enclaves microgranulares mais máficos, com índices de cor de até 20-25, embora muito frequentes tanto no granito rapakivi como no granito pórfiro, são sempre de pequenas dimensões e arredondados (< 3 cm). Com base nas feições estruturais de campo, na petrografia e na composição química de elementos maiores, traços e isótopos de Sr e Nd, foi elaborado um modelo evolutivo para a geração do Granito Salto e para a origem dos seus enclaves microgranulares. A unidade principal resultou da cristalização, em uma câmara magmática rasa (P máxima ~ 3 kbar), de um magma granítico gerado pela fusão parcial de fonte crustal metaígnea, possivelmente com alguma contribuição de magmas básicos derivados do manto, como indicado pela presença de enclaves microgranulares máficos. A unidade de cúpula foi formada pela ascensão de magmas menos densos gerados por fracionamento dentro da câmara magmática. Os enclaves microgranulares félsicos são interpretados como produtos de recarga da câmara por pulsos de magma em geral mais quente e mais primitivo, que foram aprisionados e congelados em porções onde o magma residente se comportava como um mush em fase avançada de cristalização. A origem do granito pórfiro pode estar também relacionada a processos de recarga, em vista de sua semelhança textural com porções dos enclaves microgranulares félsicos contaminados por cristais do granito hospedeiro. / The Salto Granite, part of Itu Magmatic Province (~ 590 Ma), of post-orogenic character, is a compositionally varied pluton, consisting of three main granitic units. Most of the pluton\'s volume is formed of inequigranular to porphyritic reddish granite with medium-grained matrix and rapakivi texture which seems to transit locally to a variety where plagioclase is white, and the rapakivi is thus more evident. A second unit, designated porphyry granite, is characterized by the presence of fine matrix and abundant phenocrysts of feldspar (some with rapakivi texture), quartz and hornblende and occupies the center-west of the pluton; it also forms some small isolated bodies. The pink inequigranular granite unit, compositionally more evolved, occurs on the western portion of the pluton, and displays structures indicative of crystallization at shallow crustal level (miaroles), being interpreted as the roof of the pluton. Felsic microgranular enclaves, with ellipsoidal shapes and compositions slightly less evolved than the host rapakivi granites, are a typical structural feature and may reach up to 2-3 meters. More mafic microgranular enclaves with color indices up to 20-25, although very common in both rapakivi granites and the granite porphyry, are always small and round shaped (<3 cm). Based on the field structural features, petrography and major and trace element chemical composition as well as the Sr and Nd isotopes, an evolutionary model was developed for the generation of granite and for the origin of their felsic microgranular enclaves. The main unit crystallized in a shallow magma chamber (P max ~ 3 kbar), from a granitic magma generated by partial melting of a metaigneous crustal source, possibly with some contribution from mantle-derived basic magmas as indicated by the presence of mafic microgranular enclaves. The cupula unit was formed by the ascent of less dense magmas generated by fractionation within the magma chamber. The felsic microgranular enclaves are interpreted as products of refilling of the chamber by new magma pulses that were generally hotter and more primitive than the resident magma. These were trapped and frozen in portions where the resident magma behaved like a mush in an advanced stage of crystallization. The origin of the porphyry granite may be related to these recharge processes, in view of their textural similarity with portions of felsic microgranular enclaves contaminated by crystals from the host granite.
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Hidroquímica, Hidrologia e Geoquímica isotópica (O e H) da fácies de percolação vadosa autogênica, Caverna Santana, Município de Iporanga, Estado de São Paulo / Not available.Viana Júnior, Oduvaldo 04 June 2002 (has links)
Este trabalho foi realizado tendo por objetivo contribuir na quantificação dos processos físico-químicos da interação rocha carbonática e água, e caracterizar a geoquímica dos isótopos estáveis de O e H, tendo-se como objeto da pesquisa as águas percoladas través de dois perfis de percolação vadosa pelo período de um ano, perfis estes inseridos num sistema cárstico em ambiente subtropical úmido. A área de estudo corresponde ao interior e superfície da Caverna Santana, inserida no contexto do Alto Vale do Rio Ribeira de Iguape, região sul do Estado de São Paulo, Município de Iporanga, local correspondente a faixa de transição morfoclimática da Serra de Paranapiacaba e Planalto Atlântico (latitude 24°33´, longitude 48°41´), apresentando precipitações irregulares que variam de 1700 a 2000 mm anuais, e temperatura média de 18°C. . A metodologia do trabalho consistiu no monitoramento sistemático das concentrações dos íons dissolvidos nas águas presentes ao longo destes perfis durante um ano hidrológico, monitorando também as oscilações das vazões de um conjunto de estalactites em função das precipitações atmosféricas. Isótopos estáveis de O e H também foram monitorados nestas águas. Como resultado, obteve-se uma caracterização das variações anuais das temperaturas atmosféricas externa e do interior da caverna, o que revelou em uma constância admirável da temperatura e umidade relativa internas à caverna, não sofrendo oscilações em função das flutuações externas. Ficou também caracterizada a influência dos processos de recarga sobre as oscilações das vazões das estalactites, onde a resposta às precipitações ocorrem em dois estágios. O primeiro, de caráter imediato e diretamente proporcional, foi identificado a partir de mudanças físico-químicas e da razão isotópica das águas percoladas, onde a ocorrência de processos de diluição imprimem assinaturas isotópicas menos fracionadas às águas infiltradas, e índices de ) saturação menos saturados. O segundo estágio que apresenta uma defasagem em relação ao primeiro, é observado pelo incremento nos volumes gotejados em função das precipitações atmosféricas. Estabeleceu-se ainda através do monitoramento das precipitações, a Linha de Água Meteórica local, que pouco difere da Global Meteoric Water Line. Destaca-se ainda como resultado deste trabalho a estimativa de uma taxa de denudação química para o epicartse local, que confere com valores anteriormente calculados para este mesmo carste, e a evidência da correta impressão da assinaturas isotópica do ´delta POT 18´O das águas percoladas nos espeleotemas atualmente depositados nesta caverna, assinalando as possibilidades de sua utilização como registros paleoambientais / The main purpose of this research is the hydrochemistry and O and H stable isotope geochemistry of the autogenic vadose seepage water of the Santana limestone cave system, which is an underground tributary of the Betari river, in the context of the Upper Ribeira River Valley, Iporanga municipality, Southern São Paulo State. The chemical and isotopic data of the rain water vadose seepage, together with stalactite drip discharge rates were applied in order to establish the dynamics of the water-rock interaction of the autogenic vadose fissure and conduit flow. The studied system, with coordinates of 24° 33\' South and 48° 41\' West, lies in a humid subtropical environment (annual precipitation ranging from 1500 to 2000 mm and mean annual temperature of 18°C) covered by rain forest in a transition between the highland of the Paranapiacaba range (up to 1100m in altitude) and the lowlands of the Ribeira Valley, with altitudes up to 600m. The research outline was based on a one hydrological year monitoring of several stalactite drip discharges, surface and cave temperature and relative humidity, precipitation gauging and systematic sampling of rainwater, soil water, cave drip and pool waters. The samples were analyzed for the main ions and O and H stable isotopes. The conductivity, pH, Eh, and Dissolved Oxygen were measured during the sampling. The cave sampling sites showed extremely constant air temperature and relative humidity along the year, contrasting with large daily and annual variations on the surface. The recharge process of the vadose seepage system has been studied based on the variations of the discharge of the different drips, showing that some physico-chemical parameters, as the saturation index in calcite, as well as, the \'delta\'18 O of the drip waters have an immediate response to the precipitation events. On the contrary the drip discharge increments due to precipitation have a typical delay. The relationship between the mean annual \'delta\'18 O of the rain water and that of the vadose seepage has been established showing a fractionation of up 2 % of the drip water respect to the rain. The modern calcite and the drip water \'delta\'18 O values are fitting Craig´s equation of the cave temperature dependence showing that the sampled calcite is being deposited in isotopic equilibrium between with the corresponding drip water. Based on the mean total hardness equivalent to CaCO3 of stalactite drip waters, the measured annual precipitation, and the catchment area of a closed depression, an estimate of 4.5 cm/1000 years has been calculated for the epikarst chemical denudation rate over the Santana cave system, which is similar to other estimates for this karst system obtained by previous authors.
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Geoquímica elemental e isotópica (Sr e Nd) como traçadores de poluentes antrópicos, caso de estudo: fosfogesso de Cubatão (SP) / Isotopic (Sr and Nd) and elementary geochemistry as anthropic poluent tracers, study case: the phosphogypsum of Cubatão (SP)Calado, Bruno de Oliveira 25 April 2008 (has links)
O objetivo deste estudo foi aplicar técnicas de geoquímica de elementos maiores, menores e isótopos de Sr e Nd para identificar contaminação por fosfogesso em sedimentos fluviais da bacia hidrográfica Mogi/Piaçaguera. Para isto, foram analisados perfis de sedimento das margens dos rios Cubatão, Pereque, Mogi (montante, meio e jusante), Piaçaguera e Jurubatuba, inseridos no alto estuário santista, assim como solos, rochas e águas superficiais. Os métodos utilizados foram fluorescencia e difratometria de raios-x, microscopia ótica e analises isotópicas de Sr e Nd. Os resultados demonstraram fator de enriquecimento de Sr, Nd, Nb, La, F e Ce nos sedimentos superficiais do Rio Mogi jusante, comparado aos demais sedimentos fluviais analisados. As composições isotópicas dos sedimentos fluviais regionais foram dentro do padrão das rochas e solos da bacia hidrográfica. A exceção se deve aos sedimentos fluviais superficiais do Rio Mogi jusante que apresentaram assinaturas química e isotópica semelhantes do fosfogesso. O cálculo de proporção de mistura de composições isotópicas de Sr e Nd proveniente do fosfogesso indicou significativa discrêpancia para os dois métodos, de até 6% para Sr e 35% para Nd. Pelo contrário, diagramas 143Nd/144Nd e 87Sr/86Sr apresentaram proporções menores de 10%, coerentes com estudo da literatura que estimou de 13% a 18% a solubilização do fosfogesso em água. A normalização das composições isotópicas com a água do mar (e87Sr) dos resultados para extração parcial (ácido acético) indicou valores de e87Sr semelhantes para solos, sedimentos e águas superficiais da bacia hidrográfica, inclusive, levanta-se hipotese da influência da maré nos sedimentos do Rio Jurubatuba, com padrão isotópico semelhante da água do mar. Distintamente, confirmaram-se assinaturas isotópicas do fosfogesso nos sedimentos do Rio Mogi jusante. Em suma, isotopos de Sr e Nd demonstraram ser importantes ferramentas na identificação de plumas de contaminação antrópica, como também na identificação das prováveis fontes destas anomalias. / This objective of this study was applying geochemical techniques of major and minor elements, aswell as Sr. And Nd isotopes to identify contamination by phosphogypsum in fluvial sediments in the hydrografic basin of Mogi/Piaçaguera. Profiles of sediments from Cubatão, Pereque, Mogi (upstream,middle and downstream), Piaçaguera and Jurubatuba rivers margins, inserted in the high Santista stuary, as well as soils, rocks and superfial waters were analysed. The methods used were fluorescence and difratometria of X-rays, optical microscopy and isotopic analyses of Sr and ND. The results showed a factor of enrichment of Sr. Nd. NB, La, F and Ce in surface sediments of the Rio Mogi jusante, compared to other fluvial sediments analysed. The isotopic compositions of regional fluvial sediments were in accordance with rocks pattern and the hydrografic basin soils. The exception is due to surface fluvial sediments of the Rio Mogi jusante, which showed chemical and isotopic signatures similar to phosphogypsum. The calculation of proportion of isotopic composition mixtures of Sr. And Nd resulted from phosphogypsum indicated a significative discrepance for these two methods of up to 6% to Sr and 35% to Nd. On the contrary, 143Nd/144Nd and 87Sr/86Sr dyagrams presented minor proportions of 10% in coherence with the literature study, which estimated 13% to 18% the solubilization of phosphogypsum in water. The isotopic compositions normalization with sea water (e87Sr) of results for partial extraction (accectic acid) showed the value of e87Sr similar for soils, sediments and surface waters of the hydrografic basin. The hypotesis of the tidal influence in sediments of Rio Jurubatuba was arised, with a isotopic pattern similar to sea water. In a distinct way, the isotopic signatures of phosphogypsum in sediments of Rio Mogi jusante were confirmed. In summary,isotopes of Sr and Nd showed that are significant tools in the identification of plumas of antropic contamination, as well as in the identification of probable sources of these anomalies.
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Evolução do Complexo Granitico Três Córregos a noroeste de Apiai - SPGimenez Filho, Antonio 17 May 1993 (has links)
Uma porção do Complexo Granítico Três Córregos no sul-sudoeste do Estado de São Paulo, com mapa geológico na escala 1:50.000 já disponível, foi objeto de investigações de cunho geocronológico e litoquímico. Estes mapas foram modificados e reinterpretados de forma integrada, sendo apresentados na escala 1:100.000. O objetivo principal dos estudos foi a caracterização da evolução do Complexo e contribuir para o debate quanto a sua colocação tectônica. Já as unidades metassedimentares existentes na área (do Complexo Metamórfico Apiaí-Mirim, Formação Água Clara, Grupo Itaiacoca e Formação Córrego dos Marques) não foram objeto dos estudos. Foram realizadas 53 determinações Rb-Sr, 15 K-Ar e duas análises experimentais pelo método U-Pb (zircões). Os estudos litoquímicos envolveram a interpretação dos dados de 40 análises de elementos maiores e traços, além de 10 análises de elementos terras raras. As principais modificações quanto à cartografia das unidades referem-se ao Complexo Metamórfico Apiaí-Mirim. Dois conjuntos litológicos anteriormente nele admitidos (ortognaisses e migmatitos) foram redefinidos. Os ortognaisses foram admitidos como Granitóides Orientados e incluídos, devido às semelhanças petrográficas, geoquímicas e padrão geocronológico, no Complexo Três Córregos. Os migmatitos foram subdivididos, sendo parte incluída nos Granitóides Orientados, parte admitida como Granitóides de Anatexia/Migmatitos e parte destacada como augen gnaisses. As duas primeiras foram incluídas no Complexo Três Córregos e, a última, interpretada como megaenclave englobado por este Complexo. Três principais unidades geológicas com características petrográficas, geoquímicas e geocronológicas distintas foram caracterizadas: a. Augen Gnaisses; b. Complexo Granítico Três Córregos; e c. Suíte Granítica Pós-Tectônica. Os augen gnaisses, juntamente com gnaisses finos que são seus enclaves (ambos de composição quartzo diorítica a quartzo monzodiorítica), apresentam comportamento geoquímico anômalo em relação às rochas do Complexo Três Córregos. Idades Rb-Sr obtidas nos gnaisses finos (ca. 1,8 Ga), foram as mais antigas obtidas neste trabalho. Um resultado U-Pb preliminar em augen gnaisse sugere idade também antiga. No Complexo Granítico Três Córregos foram incluídos quatro conjuntos litológicos: 1. Granitóides de Anatexia/Migmatitos; 2. Granitóides Orientados; 3. Suíte Porfiróide; e 4. Granito Lajeado. O primeiro conjunto não foi objeto de estudos experimentais. O segundo apresenta características petrográficas, geoquímicas e padrão geocronológico muito semelhantes ao terceiro. Este (Suíte Porfiróide) é o de maior expressão em área, sendo composto pelos granitos Barra do Chapeú, Saival, Córrego do Butiá, Capote e Paiol de Telha. O Granito Lajeado (4) representa um pequeno corpo de granito microporfirítico existente em meio à área do Granito Barra do Chapéu. Os granitóides do Complexo Três Córregos, objeto principal dos estudos, foram caracterizados como uma seqüência cálcio-alcalina, básica-intermediária-ácida, de granitóides do tipo I Caledoniano ou de soerguimento tardi a pós-colisional. Tais características são compatíveis com um ambiente de arco magmático tipo Andino (correlacionáveis a granitóides do Chile central). Os dados geocronológicos Rb-Sr obtidos indicam para a atividade deste arco o período entre 800 e 650 Ma atrás, o que é corroborado por uma indicação preliminar de idade U-Pb em zircão. As altas razões iniciais \'Sr POT. 87\'/\'Sr POT. 86\' obtidas são ilustrativas de processos de contaminação crustal na gênese deste Complexo. O padrão das idades aparentes K-Ar a nível regional permitiu indicar o intervalo temporal entre 625 e 600 Ma como do resfriamento relacionado ao soerguimento e estabilização do Ciclo Brasiliano. A Suíte Pós-Tectônica é constituída, na área, pelos granitos Correas e Sguário. O Granito Campina do Veado, fora da área, correlacionado a estes, foi também estudado. São granitos fortemente diferenciados e caracterizados, geoquimicamente, como do tipo intraplaca, formados por fusão crustal. Os dados Rb-Sr obtidos indicaram idade cambro-ordoviciana (480-520 Ma), surpreendentemente mais jovens que as idades K-Ar (564-596 Ma), as quais são aqui admitidas como mais realísticas para a idade de colocação destes corpos, em função dos altos erros das razões iniciais \'Sr POT. 87\'/\'Sr POT. 86\' obtidas e da existência de metassomatismo nestes granitos. / A portion of the Três Córregos Granitic Complex, south-southwest of the State of São Paulo, has been investigated in its geochronological and geochemical aspects. Previous geologic maps (1:50.000) that supported the field work were revised, adapted and integrated in a 1:100,000 scale map. The main subject of the studies done was the characterization of the evolution of such a Complex leading to discussion of its tectonic setting. On the other hand metassedimentary sequences belonging to the Apiaí-Mirim Complex, Água Clara and Córrego dos Marques Formations and Itaiacoca Group have been not investigated. Fifty three Rb-Sr (isochrons) and 15 K-Ar age determinations and two experimental analyses by the U-Pb (zircons) method have been performed. The geochemical studies involved data interpretation of 40 analyses for major and trace elements and further 10 analyses for Rare Earth Elements. These data have been discussed together with published chemical data on granitoids of the study area. The main rock units (migmatites and orthogneisses) exposed in the investigated area which have been considered previously as belonging to the Apiaí-Mirim Complex are here excluded from this Complex, based on their geological inferences, controlled by petrographic, geochemical and geochronological data: The migmatites are subdivided and included in the \"Oriented Granitoids\" and \"Augen Gneisses\". The formers are included within the Três Córregos Complex and the latter interpreted as a large enclave/xenolith within this Complex. The orthogneisses were considered as \"Oriented Granitoids\". As general three main geological units have been emphasized in the studies: a) Augen Gneisses; b) Três Córregos Granitic Complex; c) Pos-tectonic Granitic Suite. The Augen gneisses together with the thin, dark gneisses enclaves (both of quartz dioritic to quartz monzonitic composition) showed anomalous geochemical pattern comparatively to the units of the Três Córregos Complex. The thin gneisses yielded Rb-Sr isochron ages of ca. 1,8 Ga which are broadly comparable with one preliminary U-Pb zircon age also performed in the augen gneisses. To the Três Córregos Granitic Complex belong four lithological groups of rocks: 1) Anatetic/Migmatitic Granitoids (not studied); 2) Oriented Granitoids; 3) Porphiritic Suite (best exposed in the area), which is constituted by the Barra do Chapéu, Saival, Córrego do Butiá, Capote and Paiol de Telha Granites; and 4) Lajeado Granite, a small body within the Barra do Chapéu Granite. Chemically, the plutonic rocks of the Três Córregos Complex are consistent with a calc-alkaline sequence of basic-intermediate-acid character, corresponding to I-type Caledonian granitoids or tardi- to post-collisional uplift granitoids types. Those chemical features are compatible with that of an Andine arc magmatic tectonic setting. Radiometric data (Rb-Sr and U-Pb) indicate that such a plutonism took place between 800-650 Ma ago. Isotopic evidences given by the high \'Sr POT. 87\'/\'Sr POT. 86\' initial ratios obtained suggest that crustal contamination played an important role in the genesis of the rocks in coherence with the chemical data. The age pattern given by the distribution of K-Ar data in the investigated area may indicate that the regional cooling of the above proposed magmatic arc took place at the end of the Brasiliano Cycle, between 625-600 Ma ago. Finally, the Post-Tectonic Suite yielded K-Ar ages between 596 and 565 Ma. This Suite is represented by the Correas and Sguário granites, in the investigated area although other one body, the Campina do Veado Granite, may be a correllative outside the area, as supported by its chemical trend. As a whole the Suite is chemically characterized by strongly differenciated rocks of intraplate type. The high \'Sr POT. 87\'/\'Sr POT. 86\' initial ratios together with chemical data support a crustal origin for these rocks.
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Ouro e elementos indicadores no regolito do Garimpo Fazenda Pison: processos de dispersão e implicações para prospecção.Larizzatti, João Henrique 13 November 2002 (has links)
Este estudo trata do comportamento do ouro e elementos indicadores em um perfil laterítico localizado na província Tapajós, Amazônia brasileira. O objetivo foi verificar a evolução da assinatura geoquímica da mineralização no sentido de aprimorar os trabalhos de prospecção geoquímica nesse tipo de ambiente. Abordagens diferentes foram utilizadas nesse estudo, tais como: as características da mineralização primária e do manto intempérico, a morfologia e composição das partículas de ouro, e a distribuição espacial do ouro e dos elementos indicadores. A mineralização primária é composta por um feixe de veios de quartzo contendo sulfetos, entre os quais predomina a pirita, com bolsões de stockwork localizados. O ouro (electrum) está, na sua maior parte, livre mas também incluso na pirita. A assinatura geoquímica do minério é dada por Au, Ag, Bi, V, As, Sb, W, Cu, Pb, Zn. As características encontradas permitem classificar a mineralização primária como Sistema Aurífero Relacionado a Intrusões. Foram observados dois tipos de perfil intempérico: o perfil completo, composto por saprolito, zona de transição, couraça, latossolo vermelho e latossolo amarelo; e perfil incompleto, composto por saprolito, zona de transição, latossolo vermelho e latossolo amarelo. O perfil incompleto se desenvolveu a partir do perfil completo, com a desagregação da couraça e sua transformação em latossolo, devido à mudança do clima de estações contrastadas para um clima bem mais úmido. A composição mineralógica de cada horizonte é: saprolito composto por quartzo, mica branca e caolinita; zona de transição quartzo, caolinita, goethita, hematita e mica branca; couraça hematita, goethita, caolinita e quartzo; latossolo vermelho quartzo, caolinita, goethita e hematita; e latossolo amarelo quartzo, caolinita, goethita (e hematita). O saprolito é rico em SiO2, Mn, Mg, Na. Ca, K, Ba, Cu, Rb e Zn; a couraça é rica em Fe2O3, Cr, Ga, S, V, As, Sb, Bi e Ag; e os latossolos são ricos em Al2O3, Ti, P, Sr, Zr, Ce, La, Nb e Y. No saprolito começam a aparecer os primeiros sinais do processo de lixiviação do ouro primário, que se intensifica progressivamente para o topo do perfil até atingir um máximo na couraça, tornando-se menos intenso nos latossolos. A dissolução do ouro primário resulta do processo de corrosão por soluções intempéricas superficiais, que atuam na zona insaturada do perfil. Parte do ouro dissolvido reprecipita com elevada pureza na couraça, unindo partículas de ouro individuais num processo de pepitização"; também reprecipita nos horizontes inferiores do regolito, nas bordas e descontinuidades das partículas primárias, gerando partículas composicionalmente zonadas. Nos latossolos, as partículas diminuem de tamanho em relação à couraça e apresentam zonação mais discreta. O ouro apresenta comportamento diferente de todos os demais elementos durante o processo intempérico. É o único elemento que guarda o posicionamento geográfico da mineralização primária, o que o torna o melhor indicador de seus depósitos. Os elementos indicadores podem apresentar bons resultados na delimitação de áreas em escala de semi-detalhe. O latossolo amarelo apresenta a melhor relação custo/benefício na prospecção geoquímica.
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Urânio nos hidrotermalitos potássicos (\"rocha potássica\") da mina Osamu Utsumi, Complexo Alcalino de Poços de Caldas, MG / Not available.Capovilla, Maria Manuela Galvão Monteiro 26 April 2001 (has links)
A mineralização de U da mina Osamu Utsumi, no sudeste do Complexo Alcalino de Poços de Caldas, MG, de idade mesozóica, foi estudada com métodos geológicos de campo e laboratoriais mineralógico-petrográficos e geoquímicos. É uma mineralização poligenética, formada em fonolitos e nefelina sienitos leuco a hololeucocráticos e brechas magmáticas destes, por processos superimpostos hidrotermais específicos e supergênicos. Os processos hidrotermais mineralizantes ocorreram de forma localizada e causaram a potassificação, argilização e piritização das rochas nefelínicas, transformando-as em hidrotemalitos reduzidos, junto com sua mineralização pobre em U, Th, Zr, ETR, F, Mo, Zn, Pb, Ba, removendo principalmente Na, Ca, Mg e Sr. A mineralização complexa de tipo impregnação disseminada e \"stockwork\" superimposto é bastante variável, indica fluidos heterogêneos e foi relacionada a explosões magmato-freáticas e à formação de brechas de conduto subvulcânicas. A assinatura geoquímica, incluindo os ETR, relaciona estes processos como pós-magmáticos consangüíneos finais ao magmatismo nefelínico. A mineralização de tipo impregnação disseminada é, em geral, pobre (anomalia geoquímica); mineralização mais rica ocorre nas matrizes e como cimentos das brechas e em fraturas da mineralização \"stockwork\". Aí, foram encontradas fases individuais e suas misturas, incluindo sulfetos, óxidos, silicatos e molibdatos, entre outros, com U variando entre 0,65 e 39%-peso; entretanto, um mineral específico de U não pôde ser definido, ocorrendo, provavelmente, uraninita criptocristalina. Há cerca de 76 Ma cessaram, segundo outros autores, os processos magmáticos na área da mina, iniciando-se o ciclo supergênico, em andamento até hoje, e responsável pela formação do perfil de intemperismo. Os agentes desse ciclo, principalmente águas oxidantes descendentes, sob condições ambientais, promoveram a dissolução oxidante de pirita e demais sulfetos, liberação de ácido sulfúrico e ataques variáveis e específicos a todas as fases minerais dos hidrotermalitos reduzidos/piritizados pré-existentes, transformando-os em hidrotermalitos oxidados com OHF (isentos de pirita e demais sulfetos). Originaram-se assim frentes redox típicas, separando os hidrotermalitos reduzidos dos oxidados, por interfaces nítidas muito bem definidas. As zonas de frentes redox compreendem faixas de 10-20 cm de largura dos hidrotermalitos reduzidos e oxidados adjacentes às interfaces e são os principais sítios da mineralização supergênica rica de U. Cinco tipos de frentes redox foram definidos por critérios geológicos, mineralógicos e geoquímicos, todos com atividade de tipo frentes rolantes. Os metais disponibilizados em solução nos processos de frentes redox de ataque ácido (desencadeado pela dissolução da pirita) são redistribuídos nas zonas da frente redox, de acordo com suas afinidades geoquímicas. U e Cd (como greenockita), principalmente, são enriquecidos na mineralização supergênica rica, em micro e macronódulos concrecionários de pitchblenda/uraninita criptocristalina; a grande maioria dos demais metais pesados e parte do U e Cd, além de outros metais mais raros e de origens problemáticas como Pd e W, são enriquecidos e co-precipitados com OHF na zona oxidada da frente; outros metais pesados mais móveis como, por exemplo, Zn, são em parte removidos em solução nas águas do freático e superficiais. Os ETRL fortemente fracionados preservam padrões típicos de rochas e hidrotermalitos alcalinos; os ETR intermediários e ETRP mostram comportamento próprio característico das zonas de frentes redox, incluindo enriquecimentos consideráveis e efeitos tetrádicos, típicos de especiação como íons complexos com ligantes aniônicos em meio aquoso supergênico. Estudos isotópicos do S de piritas hidrotermais e de uma segunda geração de piritas, que ocorrem exclusivamente no interior de nódulos de pitchblenda supergênicos, mostram, para as primeiras, origens de magmas máficos do manto superior e para as segundas, processos biogeoquímicos de fracionamento isotópico por bactérias redutoras de sulfato. Sob aspectos de aplicação, destaca-se o comportamento geoquímico-supergênico conservador de rápida reprecipitação e/ou imóvel de U, Th, ETR, Zr e demais metais pesados, tanto em ambiente redutor quanto oxidante, sendo, no ambiente oxidante, os OHF de baixa cristalinidade as principais fases imobilizantes. / The U-mineralization of Osamu Utsumi Mine in the SE part of the Poços de Caldas Alkaline Complex, MG, of Mesozoic age, was studied with field geological and laboratory mineralogical, petrographical and geochemical methods. It is a polygenetic mineralization hosted in leucocratic to hololeucocratic phonolites, nepheline syenites and their magmatic breccias, formed by superimposed processes of a specific hydrothermal event and supergenic alteration. The hydrothermal mineralizing processes occurred on a local scale and caused potassification, argillation and pyritization of the nephelinic rocks, transforming them into reduced hydrothermalites, along with their low-grade mineralization in U, Th, Zr, REE, F, Mo, Zn, Pb, Ba, and removal of mainly Na, Ca, Mg and Sr. The complex mineralization consists of disseminated impregnation and superimposed stockwork types; it is quite variable, thus indicating heterogeneous fluids and is genetically related to magmato-phreatic explosions and to the formation of subvolcanic conduit breccias. The chemical signature, including REE, indicates these processes as of post-magmatic consanguineous origin of final stages of the nephelinic magmatism. The mineralization of the disseminated impregnation type is generally low-grade (geochemical anomaly); a higher-grade mineralization occurs in the stockwork type in the breccias as matrices and cements, as well as fracture fillings. There were identified individual mineral phases and mixtures, including sulphides, oxides, silicates and molybdates, among others, with U-contents varying from 0.6 to 39 weight-%; nevertheless, a specific U-mineral could not be defined, probably there occurs cryptocrystalline uraninite. 76 my ago, according to some authors, the magmatic processes ceased in the area of the mine, the supergenic cycle, responsible for the weathering profile, started and is still going on today. The main agents of this cycle were oxidizing descending waters under environmental conditions, causing the dissolution of pyrite and other sulphides, the liberation of sulphuric acid as well as variable and specific attacks of all the mineral phases of the reduced pyritized hydrothermalites, transforming them into oxidized hydrous ferric oxides (HFO)-bearing hydrothermalites (without pyrite and other sulphides). Thus typical redox fronts formed, separating the reduced and oxidized hydrothermalites by very well defined interfaces. The redox fronts comprise 10-20 cm-wide zones of the reduced and oxidized hydrothermalites adjacent to the interfaces and they are the main sites of the supergenic rich U-mineralization. Five types of redox fronts could be defined, using geological, mineralogical and geochemical evidence, all acting in a roll front way. The metals released into solution by the roll front processes of acid attack (caused by the pyrite dissolution) are redistributed in the redox front zones, according to their geochemical affinities. Mainly U and Cd (as greenockite) are enriched in the high-grade supergenic mineralization in the reduced front zone as concretionary micro and macronodules of pitchblende/cryptocrystalline uraninite; most of the other heavy metals and part of the U and Cd as well as more rare metals of problematic origins, such as Pd and W, are enriched and co-precipitated with HFO in the oxidized zone of the redox front; still other more mobile metals, as for instante Zn, are removed in solution in ground and surface waters. The strongly fractionated LREE preserve typical patterns of alkaline rocks and hydrothermalites; intermediate and HREE show distinct behavior, characteristic of the redox front zones, including considerable enrichments and tetrad-effects, typical of a speciation as complex ions with anionic ligants in aqueous supergenic environment. S isotope studies of hydrothermal pyrites and of pyrites of a second generation that occur exclusively inside the supergenic pitchblende nodules show, for the former, origins of mafic upper mantle derived magmas and for the latter, isotopically light S, indicating biogeochemical fractionation by sulphate reducing bacteria. Under aspects of practical application, the conservative geochemical behavior of rapid reprecipitation or immobility of U, Th, REE, Zr and other heavy metals in the supergenic reducing and oxidizing environment seems important. HFO are the most efficient metal immobilizing phases in the oxidizing environment.
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Tectônica proterozóica no alto e médio Vale do Ribeira, estados de São Paulo e ParanáCampanha, Ginaldo Ademar da Cruz 10 March 1992 (has links)
Foi estudada uma área-chave no Vale do Ribeira para a compreensão da estratigrafia e tectônica das seqüências de rochas supracrustais de idade proterozóica aflorantes na região, e também para a correlação entre as unidades estratigráficas definidas nos estados de São Paulo e Paraná. Procurou-se integrar dados estruturais, estratigráficos, metamórficos, petroquímicos e geocronológicos dentro de modelos de evolução tectônica para a região. A área escolhida corta as principais estruturas geológicas regionais, abrangendo as cidades de Apiaí , Iporanga e Barra do Turvo. Além de compilação e integração geológicas regionais, desenvolveu-se integração e complementação de mapeamentos geológicos em semidetalhe já existentes, e estudos de detalhe em sub-áreas selecionadas. Foram realizados estudos específicos de análise estrutural de rochas metamórficas polideformadas, análise de orientação, análise de deformação, petrografia, recomposição da macroestrutura e da estratigrafia original, petrografia, petroquímica de rochas básicas, e análises geocronológicas pelo método isocrônico Rb/Sr. / A Key area in the Vale do Ribeira region has been studied with the purpose of understanding the stratigraphy and tectonics printed on its Proterozoic supracrustal rock units, and to correlated them to the stratigraphic units previously defined in the neighboring regions of São Paulo and Paraná. Structural, stratigraphic, petrochemical, metamorphic and geochronological data were integrated within the accepted models of tectonic evolution for the region. The choose area crosscut the main regional structures, comprehending Apiaí, Iporanga and Barra do Turvo towns. Besides compilation and integration of regional geological data, completion and integration of existing semidetail geological maps and detail studies has been made. Specific studies include structural analysis of multideformed rocks (morphologic, orientation and strain analysis), restoration of the macroscopic structure and original stratigraphy, petrography, petrochemical analysis of basic rocks, and Rb/Sr geochronological analysis.
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Província Alcalina Alto Paraguai: características petrográficas, geoquímicas e geocronológicas / not availableVelazquez Fernandez, Victor 28 March 1996 (has links)
A província do Alto Paraguai localiza-se na divisa do Estado do Mato Grosso do Sul com o Paraguai, entre as coordenadas 21°10\' a 23°25\' de latitude Sul e 57°10\' a 58°00\' de longitude Oeste, e tem como principal ponto de referência a cidade de Porto Murtinho. O domínio geotectônico da área é governado pelas unidades pré-cambrianas da extremidade sul do Cráton Amazônico, que desenvolveu prolongada e acentuada atividade, gerando dobramentos e importantes falhas que, em muitos casos, parecem ter exercido um efetivo controle nas manifestações magmáticas. Levantamentos geológicos realizados permitem reconhecer numerosas intrusões na forma de diques, \"plugs\", domos, \"stocks\" e complexos anelares, ocupando sempre a parte mais elevada da região. Petrograficamente, esses corpos congregam duas associações sieníticas distintas, insaturada e saturada em sílica, caracterizando, assim, litologias diversas que gradam desde nefelina sienitos, nefelina-sodalita sienitos, sienitos alcalinos a quartzo sienitos, com alguns extremos chegando até sienogranitos. As análises de elementos maiores quando colocados no diagrama AFM mostram alta concentração no vértice Na+K, indicando clara afinidade alcalina, como já sugerido pela paragênese mineralógica (nefelina, feldspato potássico, além de piroxênio e anfibólio sódico como fases máficas importantes). Por outro lado, a modelagem dos elementos hidromagmatófilos permite distinguir duas tendências principais ligadas a diferentes mecanismos de evolução: sienitos alcalinos passando para quartzo sienitos e sienogranitos, e nefelina sienitos evoluindo para nefelina-sodalita sienitos. Os dados radiométricos disponíveis indicam que a época de colocação dos corpos sieníticos se deu no período Permo-Triássico, com maior incidência no intervalo 260-240 Ma, caracterizando, assim, importante etapa de afinidade magmática alcalina, que se acredita única no gênero junto à Bacia do P que as demais conhecidas (Províncias Central, Amambay e Rio Apa, Paraguai; Província Velasco, Bolívia) apresentam idade bem inferior, entre 140-120 Ma. As rochas sieníticas da Província Alto Paraguai mostram ampla variação da razão inicial \'Sr ANTIPOT.87\'/\'Sr ANTIPOT.86\', cobrindo intervalo de 0,703361 a 0,707734. Notadamente os nefelina sienitos, exceção feita às rochas do Cerro Boggiani (0,703837-0,767734), apresentam valores mais baixos, 0,703361-0,703672. Já os sienitos alcalinos exibem variação entre 0,703510-0,703872, enquanto que os quartzo sienitos e sienogranitos possuem valores mais elevados, respectivamente, 0,704562 e 0,707076. As evidências de campo, juntamente com os dados petrográficos, geoquímicos e isotópicos (Sr), sugerem que as rochas sieníticas derivaram de um líquido parental mantélico único, por processos de cristalização fracionada e assimilação, por ocasião da colocação do magma na crosta. / The Alto Paraguay Province is located at the border of the State of Mato Grosso do Sul and Paraguay, betwen the coordinates 21°10\' to 23°25\' of southern latitude and 57°10\' to 58°00\' western longitude, having the city of Porto Murtinho as the main reference point. The geotectonic domain of the area is governed by the precambric units of the southern extreme of the Amazonic Craton which developped a long and accentuated activity, giving rise to folds and important faults, that in several cases seem to have exerted an effective control on the magmatic manifestations. Field data allow to recognize several intrusions in the form of dykes, plugs, stocks and annelar complexes, always correspoding to the higher topographic points of the region petrographically, these bodies congregate two distinct syenitic association, unsaturated and saturated in silica, and include diverse lithologies grading from nepheline syenites, nephelinesodalite syenites, alkaline syenites to quartz syenites, in addition to some extreme members as syenogranites. Plots of major elements in the ternary diagram (AFM) show high concentration of analyses in the vertice Na+K, which suggests a clear alkaline affinity, as also indicated by mineralogic paragenesis (nepheline, potassium feldspar, and pyroxene/amphibole sodic as important mafic phases. On the other hand, by modelling the hydromagmatophile elements two main trends, related to different evolution mechanisms, can be distinguished: alkaline syenites, grading to quartz syenites and syenogranites, and nepheline syenites evolving to nepheline-sodalite syenites. Radiometric data indicate that the emplacement of the syenitic bodies took place in the Permo-Triassic period, with a major incidence in the interval 260-240 Ma, representing thus, an important phase of alkaline magmatic affinity associated to the Paraná Basin, which is believed is to be unique, cince the other known areas (Central, Amambay and Rio Apa Provinces\' Paraguay; Velasco Province, Bolivia) are considerably younger (140-120 Ma). Syenitic rocks from the Alto Paraguay Provinces howwide variation in the ratio \'ANTPOT. 87 Sr\'/\'ANTPOT. 86 Sr\'(0,703361-0.707734). Excluding the Cerro Boggiani rocks (0.703837-0.707734), values for the nepheline syenites (0.703361-0.703672) general lower than those of other syenites types. Alkaline syenites cover the interval 0,703510-0.703872, while quartz syenites and syenogranites are 0.704562 and 0.707076, respectively. Geologic evidence, in addition to petrographic, geochemical and isotopic (sr) data, suggest that the syenitic rocks have been derived from an unique mantelic parental liquid, by fractional cristallization and assimilation processes, which are assumed to bee occurred during the emplacement of the magma in the crust.
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