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A exploração funcional do fígado pelo Rosa BengalaFerraz Júnior, António José de Oliveira January 1935 (has links)
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Quantificação de ferro em tecido hepático através de espectroscopia por absorção atômica : validação do método com fígado bovino e avaliação comparativa entre tecido fresco e tecido conservado em parafinaWortmann, André Castagna January 2004 (has links)
A determinação da concentração de ferro hepático (CFH) possui importantes implicações no diagnóstico clínico e na pesquisa dos estados de sobrecarga de ferro. O método de escolha para a quantificação de ferro hepático é a espectroscopia por absorção atômica (EAS), e a sua disponibilidade é restrita a centros de referência. Geralmente, são utilizados fragmentos de tecido hepático fresco obtidos por biópsias. Uma alternativa de grande interesse na prática clínica é a utilização de tecido conservado em parafina. O presente estudo teve como objetivos desenvolver e validar uma metodologia para a quantificação de ferro no tecido hepático através da EAS, e comparar a CFH em amostras de tecido hepático fresco e naquelas conservadas em parafina. A pesquisa foi desenvolvida em duas fases. Primeiramente, foram feitos experimentos para a validação do método, utilizando solução-padrão de ferro e padrão de referência para fígado bovino, do National Institute of Standards and Technology (NIST). Foram avaliados os seguintes parâmetros analíticos, seguindo-se as diretrizes de validação da International Conference on Harmonization (ICH): linearidade, exatidão e precisão (repetibilidade de injeções, precisão intra-dia e entre-dias). A 2ª fase consistiu em um estudo comparativo entre a CFH em tecido hepático bovino fresco liofilizado e tecido conservado em parafina; os fragmentos foram obtidos por biópsias "em cunha". As análises bioquímicas foram realizadas por espectrofotômetro de absorção atômica Perkin- Elmer, modelo Analyst-300, com forno de grafite. Os resultados observados mostraram uma excelente linearidade do método para a faixa de concentração entre 20 e 120 ppb, obtendo-se um coeficiente de determinação médio de 0,99. O desvio-padrão relativo (DPR) foi inferior a 15% para a exatidão, e inferior a 10% para a precisão entre-dias e para a precisão intra-dia. A precisão da repetibilidade de injeções foi 0,65%. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os valores da CFH nos grupos de tecido hepático fresco e de tecido conservado em parafina (p=0,2). Os achados do presente estudo permitem concluir que a quantificação de ferro no tecido hepático encontra-se validada, e que é possível realizar este método utilizando tecido hepático bovino fresco liofilizado. Além disso, a comparação entre a CFH em fragmentos de tecido hepático fresco e em amostras desparafinadas permite concluir que o método pode ser utilizado de forma confiável e reprodutível para a quantificação de ferro hepático em amostras estocadas em bloco de parafina. / Determination of hepatic iron concentration (HIC) has important diagnostic and research implications on iron overload states. Atomic absorption spectroscopy (AAS) is considered the method of choice, and it is only available in selected institutions. Usually, measurement of hepatic iron content is performed on fresh tissue. An important practical issue is the possibility to use paraffin-embedded tissue for this purpose. The objectives of this study were to validate hepatic iron quantitation by AAS at our setting in Brazil, and to compare HIC between fresh and paraffin-embedded tissue. The study was performed in two different phases. First, method validation was performed using the National Institutes of Standards & Technology standard reference material 1577b (bovine liver), following the guidelines of the International Conference on Harmonization (ICH). Bioanalytical procedures were performed to evaluate linearity, precision and accuracy. Biochemical analysis were performed at a Perkin-Elmer spectrometer, model Analyst-300, with graphite-furnace. In the second phase of the study, surgical biopsy samples were obtained from bovine liver and divided in two different groups (fresh tissue or paraffin-embedded tissue) for further measurement of hepatic iron content. We found an excellent correlation on the method's linearity for the concentration range between 20 and 120 parts per billion (ppb) - average r² = 0,99. The relative standard deviations (RSD) were bellow 15% for accuracy, and below 10 % for both day-to-day reproducibility and within-days precision. HIC values were similar in both fresh and deparaffinized tissue, as analysed by paired Student's t Test (p=0,2). We conclude that the determination of HIC by AAS was validated by the present study, and that it is possible to perform iron quantitation on fresh bovine liver tissue. Comparative analysis also suggest that accurate hepatic iron quantitation of deparaffinized liver tissue is possible at our setting.
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Espectro da doença hepático-gordurosa não alcoólica em obesos mórbidos : prevalência e fatores associados / Spectrum of non-alcoholic fatty liver disease in morbidly obese : prevalence and associated factorsFernandes, Suerda January 2005 (has links)
FERNANDES, Suerda Guiomar. Espectro da doença hepático-gordurosa não alcoólica em obesos mórbidos: prevalência e fatores associados. 2005. 153 f. Dissertação (Mestrado em Medicina)-Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2005. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2011-10-27T13:18:00Z
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Previous issue date: 2005 / Non-alcoholic fatty liver disease (NAFLD) became a challenge for everyone who is devoted to study liver diseases. The multifactorial etiopathogenesis, not totally explained yet, the lack of consensus around the terminology, classification and treatment, especially in the morbidly obese group, are a few of some aspects that could be cited to justify the growing interest. Since the beginning, obesity has been said to be an important factor associated to the development of NAFLD. In fact, it is an important point since obesity has become a problem of great concern all over the world. It was determined the prevalence of NAFLD and non-alcoholic steatohepatitis (NASH), in a sample of morbidly obese patients, who underwent surgical gastroplasty, in whom other causes of liver disease were excluded. The aim was yet, to identify demographic, anthropometric and laboratorial factors associated with the spectrum of the disease. The study shows a high prevalence of NAFLD, 95% (57/60). Steatosis was used as a minimum criterion to the histopathologic diagnosis of NAFLD and NASH demands the presence of steatosis, lobular inflammation and hepatocellular ballooning as found minimally, to the histologic diagnosis. We found that the prevalence of NASH, was particularly elevated in the studied group, 66,7% (40/60). However, it was observed mild grade in 80% (32/40) of the cases of NASH. Fibrosis staging was only seen in 7,5% (3/40) of the NASH sample and cirrhosis was not found in any particular patient. The following parameters were associated with steatosis degree in univariate analysis: age, metabolic syndrome, waist circumference, HDL-C (inversely), triglycerides, ALT, GGT and serum ferritin. After submitting these variables at the logistic regression analysis, only GGT was significantly e independently associated with steatosis degree. The following categorical and continuous variables were associated with NASH in univariate analysis: diabetes combined with raised fasting plasma glucose; triglycerides and ALT. Using logistic regression none of these variations remained significant. In summary, it was found a high prevalence of NAFLD, and, specifically, a high prevalence of NASH in this population of morbidly obese patients. Since NASH patients are at major risk of progressing to cirrhosis, liver biopsy must be performed as a routine part of the operative procedure to access prognostic information and to select patients that may benefit from inclusion in therapeutic protocols treatments. As an extent careful hepatic clinical follow up for all this group is advisable. / A doença hepático-gordurosa não alcoólica (DHGNA) tornou-se um desafio para todos os que se dedicam ao estudo de doenças hepáticas. A etiopatogenia multifatorial, ainda não totalmente elucidada, a falta de consenso quanto à terminologia, à classificação e a tratamentos, particularmente, nesta categoria de obesos mórbidos, são alguns entre outros aspectos que poderiam ser citados, para justificar o interesse crescente. Desde os primeiros estudos, a obesidade vem sendo relatada como um importante fator associado ao desenvolvimento da DHGNA. Este fato constitui importante aspecto na medida em que a obesidade vem se tornando motivo de preocupação crescente em todo o mundo. No presente estudo, foram determinadas a prevalência da DHGNA e da esteato-hepatite não alcoólica (EHNA), em uma amostra de pacientes portadores de obesidade mórbida, submetidos à cirurgia de gastroplastia redutora, nos quais outras causas de doença hepática foram excluídas. Foi objetivo deste estudo, também, identificar fatores demográficos, antropométricos, e laboratoriais associados ao espectro da doença. Foi evidenciada elevada prevalência da DHGNA, 95% (57/60) na amostra estudada. Esteatose foi critério mínimo para o diagnóstico histopatológico de DHGNA, e o diagnóstico de EHNA requereu a presença de esteatose, inflamação lobular e balonizacão hepatocitária, também, como critérios mínimos histológicos. Foi constatada que a prevalência da EHNA foi, particularmente, elevada no grupo estudado, 66,7% (40/60). Foi observado, contudo, grau leve de EHNA em 80% (32/40) dos casos diagnosticados. O estágio de fibrose só foi evidenciado em 7,5% (3/40) da amostra com EHNA, e cirrose não foi detectada em nenhum paciente. Os seguintes parâmetros estiveram associados ao grau de esteatose na análise univariada: idade, síndrome metabólica, circunferência da cintura, HDL-C (inversamente), triglicérides, ALT, γGT e ferritina plasmática. Contudo, após submeter estas variáveis à análise de regressão logística, apenas a GGT foi significante e independentemente associada ao grau de esteatose. As seguintes variáveis categóricas e contínuas mostraram-se associadas com a EHNA na análise univariada: diabetes combinada com pacientes mostrando elevação na glicemia de jejum; triglicérides e ALT. Usando regressão logística, nenhuma das variáveis permaneceu significativamente associada. Em resumo, foi encontrada uma elevada prevalência de DHGNA e de EHNA nesta categoria de obesos. Sabendo-se que portadores desta entidade apresentam maior risco de progressão para cirrose, propõe-se que a biópsia hepática seja realizada como procedimento de rotina nas cirurgias bariátricas. O objetivo seria delinear a modalidade de acompanhamento clínico necessária, obter informações prognósticas relevantes e auxiliar na seleção de pacientes para inclusão em protocolos de tratamento. Estendendo estes resultados para toda a categoria de obesos mórbidos propõe-se, ainda, seguimento clínico cuidadoso dos parâmetros hepáticos para este grupo.
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Implantação do transplante ortotópico de fígado humano no Estado do Ceará / Orthotopic liver transplantation in the State of CearáGarcia, José Huygens Parente January 2002 (has links)
GARCIA, José Huygens Parente. Implantação do transplante ortotópico de fígado humano no Estado do Ceará. 2002. 100 f. Tese (Doutorado em Farmacologia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2002. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-06-13T14:06:10Z
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Previous issue date: 2002 / The orthotopic liver transplantation is the only effective treatment for the end-stage liver diseases. The state of Ceará, with a population of about seven million inhabitants did not offer, until recently, this therapeutic modality. In 1999 an experimental liver transplantation program in pigs was initiated in the University Hospital of the Federal University of Ceará with the objective to group and train a multidisciplinary team in this procedure. On May 17th 2002, all these efforts were rewarded with the successful fulfillment of the first liver transplantation. Since then were realized six liver transplants with inferior caval vein preservation, a technical variant called piggyback. The patients average age was 39.5 years and five of the recipients were men. The etiology of the liver failure was virus C cirrhosis in five patients and Wilson´s disease in one. This patient had a clinical presentation of acute hepatic failure and priority for transplantation. There were an average of 2.6 packed red blood cells per patient, the graft cold ischemia time was in average 7.5 hours and the mean hospitalization time 17 days. All patients were weaned from ventilation until six hours of post transplant. Five patients presented normalization of the hepatic transaminases and bilirrubins as well as the prothrombin time and left the hospital between the 10th and 16th day. One patient had an acute increased in hepatic enzymes, characterizing a primary graft dysfunction, and presented variceal and diffused bleeding, dying at the 8th post operative day. Concluding, there was a 100% technical success, and an initial survival (more than 30 days) of 83,3%. After these successful results, the liver transplant program was consolidated as a therapeutic option in the State of Ceará. / O transplante ortotópico de fígado é o único tratamento eficaz para as doenças hepáticas terminais. Até recentemente, o Estado do Ceará, com uma população estimada de 7 milhões de habitantes, não oferecia esta opção terapêutica. Há três anos foi iniciado um programa de transplante hepático experimental em suínos no Hospital Universitário da Universidade Federal do Ceará com a finalidade de reunir e treinar uma equipe multidisciplinar em torno de um projeto comum. Em 17 de maio de 2002, todo esse esforço foi coroado pela realização com sucesso do primeiro transplante de fígado do Ceará. Desde então, foram realizados 6 transplantes de fígado com preservação da veia cava, técnica conhecida pelo nome de piggyback. A idade média foi de 39,5 anos. Cinco pacientes eram do sexo masculino e um do sexo feminino. A etiologia da doença hepática foi cirrose pelo virus C em 5 pacientes e doença de Wilson em uma paciente, que foi transplantada de urgência por falência hepática aguda. A média de transfusão foi de 2,6 concentrados de hemácias por paciente. O tempo de isquemia fria do enxerto foi em média de 7,5 horas e a permanência hospitalar média foi de 17 dias. Todos os pacientes foram extubados dentro das 6 primeiras horas pós-transplante. Cinco pacientes evoluíram com normalização das enzimas hepáticas e das bilirrubinas, bem como do tempo de protrombina representada pelo INR e receberam alta entre o 10o e o 16o dia de pós-operatório. Um paciente apresentou grande elevação de AST e ALT, caracterizando uma disfunção primária do enxerto, seguida por hemorragia digestiva alta e óbito no 8o dia. Concluíndo, o sucesso técnico dos transplantes de fìgado realizados foi de 100%, sendo que a sobrevida inicial maior que 30 dias foi de 83,3%. Assim, pode-se considerar consolidada a etapa de implantação do programa de transplante de fìgado no Estado do Ceará.
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Quantificação de ferro em tecido hepático através de espectroscopia por absorção atômica : validação do método com fígado bovino e avaliação comparativa entre tecido fresco e tecido conservado em parafinaWortmann, André Castagna January 2004 (has links)
A determinação da concentração de ferro hepático (CFH) possui importantes implicações no diagnóstico clínico e na pesquisa dos estados de sobrecarga de ferro. O método de escolha para a quantificação de ferro hepático é a espectroscopia por absorção atômica (EAS), e a sua disponibilidade é restrita a centros de referência. Geralmente, são utilizados fragmentos de tecido hepático fresco obtidos por biópsias. Uma alternativa de grande interesse na prática clínica é a utilização de tecido conservado em parafina. O presente estudo teve como objetivos desenvolver e validar uma metodologia para a quantificação de ferro no tecido hepático através da EAS, e comparar a CFH em amostras de tecido hepático fresco e naquelas conservadas em parafina. A pesquisa foi desenvolvida em duas fases. Primeiramente, foram feitos experimentos para a validação do método, utilizando solução-padrão de ferro e padrão de referência para fígado bovino, do National Institute of Standards and Technology (NIST). Foram avaliados os seguintes parâmetros analíticos, seguindo-se as diretrizes de validação da International Conference on Harmonization (ICH): linearidade, exatidão e precisão (repetibilidade de injeções, precisão intra-dia e entre-dias). A 2ª fase consistiu em um estudo comparativo entre a CFH em tecido hepático bovino fresco liofilizado e tecido conservado em parafina; os fragmentos foram obtidos por biópsias "em cunha". As análises bioquímicas foram realizadas por espectrofotômetro de absorção atômica Perkin- Elmer, modelo Analyst-300, com forno de grafite. Os resultados observados mostraram uma excelente linearidade do método para a faixa de concentração entre 20 e 120 ppb, obtendo-se um coeficiente de determinação médio de 0,99. O desvio-padrão relativo (DPR) foi inferior a 15% para a exatidão, e inferior a 10% para a precisão entre-dias e para a precisão intra-dia. A precisão da repetibilidade de injeções foi 0,65%. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os valores da CFH nos grupos de tecido hepático fresco e de tecido conservado em parafina (p=0,2). Os achados do presente estudo permitem concluir que a quantificação de ferro no tecido hepático encontra-se validada, e que é possível realizar este método utilizando tecido hepático bovino fresco liofilizado. Além disso, a comparação entre a CFH em fragmentos de tecido hepático fresco e em amostras desparafinadas permite concluir que o método pode ser utilizado de forma confiável e reprodutível para a quantificação de ferro hepático em amostras estocadas em bloco de parafina. / Determination of hepatic iron concentration (HIC) has important diagnostic and research implications on iron overload states. Atomic absorption spectroscopy (AAS) is considered the method of choice, and it is only available in selected institutions. Usually, measurement of hepatic iron content is performed on fresh tissue. An important practical issue is the possibility to use paraffin-embedded tissue for this purpose. The objectives of this study were to validate hepatic iron quantitation by AAS at our setting in Brazil, and to compare HIC between fresh and paraffin-embedded tissue. The study was performed in two different phases. First, method validation was performed using the National Institutes of Standards & Technology standard reference material 1577b (bovine liver), following the guidelines of the International Conference on Harmonization (ICH). Bioanalytical procedures were performed to evaluate linearity, precision and accuracy. Biochemical analysis were performed at a Perkin-Elmer spectrometer, model Analyst-300, with graphite-furnace. In the second phase of the study, surgical biopsy samples were obtained from bovine liver and divided in two different groups (fresh tissue or paraffin-embedded tissue) for further measurement of hepatic iron content. We found an excellent correlation on the method's linearity for the concentration range between 20 and 120 parts per billion (ppb) - average r² = 0,99. The relative standard deviations (RSD) were bellow 15% for accuracy, and below 10 % for both day-to-day reproducibility and within-days precision. HIC values were similar in both fresh and deparaffinized tissue, as analysed by paired Student's t Test (p=0,2). We conclude that the determination of HIC by AAS was validated by the present study, and that it is possible to perform iron quantitation on fresh bovine liver tissue. Comparative analysis also suggest that accurate hepatic iron quantitation of deparaffinized liver tissue is possible at our setting.
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Quantificação de ferro em tecido hepático através de espectroscopia por absorção atômica : validação do método com fígado bovino e avaliação comparativa entre tecido fresco e tecido conservado em parafinaWortmann, André Castagna January 2004 (has links)
A determinação da concentração de ferro hepático (CFH) possui importantes implicações no diagnóstico clínico e na pesquisa dos estados de sobrecarga de ferro. O método de escolha para a quantificação de ferro hepático é a espectroscopia por absorção atômica (EAS), e a sua disponibilidade é restrita a centros de referência. Geralmente, são utilizados fragmentos de tecido hepático fresco obtidos por biópsias. Uma alternativa de grande interesse na prática clínica é a utilização de tecido conservado em parafina. O presente estudo teve como objetivos desenvolver e validar uma metodologia para a quantificação de ferro no tecido hepático através da EAS, e comparar a CFH em amostras de tecido hepático fresco e naquelas conservadas em parafina. A pesquisa foi desenvolvida em duas fases. Primeiramente, foram feitos experimentos para a validação do método, utilizando solução-padrão de ferro e padrão de referência para fígado bovino, do National Institute of Standards and Technology (NIST). Foram avaliados os seguintes parâmetros analíticos, seguindo-se as diretrizes de validação da International Conference on Harmonization (ICH): linearidade, exatidão e precisão (repetibilidade de injeções, precisão intra-dia e entre-dias). A 2ª fase consistiu em um estudo comparativo entre a CFH em tecido hepático bovino fresco liofilizado e tecido conservado em parafina; os fragmentos foram obtidos por biópsias "em cunha". As análises bioquímicas foram realizadas por espectrofotômetro de absorção atômica Perkin- Elmer, modelo Analyst-300, com forno de grafite. Os resultados observados mostraram uma excelente linearidade do método para a faixa de concentração entre 20 e 120 ppb, obtendo-se um coeficiente de determinação médio de 0,99. O desvio-padrão relativo (DPR) foi inferior a 15% para a exatidão, e inferior a 10% para a precisão entre-dias e para a precisão intra-dia. A precisão da repetibilidade de injeções foi 0,65%. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os valores da CFH nos grupos de tecido hepático fresco e de tecido conservado em parafina (p=0,2). Os achados do presente estudo permitem concluir que a quantificação de ferro no tecido hepático encontra-se validada, e que é possível realizar este método utilizando tecido hepático bovino fresco liofilizado. Além disso, a comparação entre a CFH em fragmentos de tecido hepático fresco e em amostras desparafinadas permite concluir que o método pode ser utilizado de forma confiável e reprodutível para a quantificação de ferro hepático em amostras estocadas em bloco de parafina. / Determination of hepatic iron concentration (HIC) has important diagnostic and research implications on iron overload states. Atomic absorption spectroscopy (AAS) is considered the method of choice, and it is only available in selected institutions. Usually, measurement of hepatic iron content is performed on fresh tissue. An important practical issue is the possibility to use paraffin-embedded tissue for this purpose. The objectives of this study were to validate hepatic iron quantitation by AAS at our setting in Brazil, and to compare HIC between fresh and paraffin-embedded tissue. The study was performed in two different phases. First, method validation was performed using the National Institutes of Standards & Technology standard reference material 1577b (bovine liver), following the guidelines of the International Conference on Harmonization (ICH). Bioanalytical procedures were performed to evaluate linearity, precision and accuracy. Biochemical analysis were performed at a Perkin-Elmer spectrometer, model Analyst-300, with graphite-furnace. In the second phase of the study, surgical biopsy samples were obtained from bovine liver and divided in two different groups (fresh tissue or paraffin-embedded tissue) for further measurement of hepatic iron content. We found an excellent correlation on the method's linearity for the concentration range between 20 and 120 parts per billion (ppb) - average r² = 0,99. The relative standard deviations (RSD) were bellow 15% for accuracy, and below 10 % for both day-to-day reproducibility and within-days precision. HIC values were similar in both fresh and deparaffinized tissue, as analysed by paired Student's t Test (p=0,2). We conclude that the determination of HIC by AAS was validated by the present study, and that it is possible to perform iron quantitation on fresh bovine liver tissue. Comparative analysis also suggest that accurate hepatic iron quantitation of deparaffinized liver tissue is possible at our setting.
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Contribuição ao estudo das hepatectomias parciais com oclusão do fluxo sanguíneo aferenteGuerra, Enilde Eloena January 1997 (has links)
O tratamento cirúrgico dos tumores hepáticos tem sido um grande desafio na história evolutiva da cirurgia. No passado, as altas taxas de morbidade e mortalidade limitavam sua aplicação como opção terapêutica. O refinamento da técnica de ressecção hepática está associado a menores índices de mortalidade e morbidade peri-operatória e, embora, a mortalidade tenha sido reduzida a menos de 10% nos serviços especializados, a morbidade ainda é bastante significativa, sendo que a hemorragia grave e a embolia aérea permanecem como complicações graves das hepatectomias. O controle da perda sanguínea é o objetivo primordial durante este tipo de cirurgia. As técnicas descritas, com a finalidade de conter a hemorragia transoperatória, são aquelas associadas à redução do fluxo sanguíneo ao fígado, seja através da oclusão vascular aferente ou manobra de Pringle por clampeamento do pedículo hepático, seja por exclusão vascular total do órgão. Hepatectomias parciais podem ser realizadas com pequeno sangramento e, mesmo quando associadas a períodos prolongados de isquemia tecidual, não foram identificadas lesões parenquimatosas ou falência hepática persistente. A redução na necessidade de reposição de sangue, no período peri-operatório, está associada a menor morbidade e à diminuição significativa na incidência de sepse abdominal. O objetivo deste estudo foi o de avaliar uma série de hepatectomias parciais com oclusão do fluxo sanguíneo aferente, em pacientes portadores de patologias benignas e neoplasias malignas. Foram analisadas 60 hepatectomias em 59 pacientes com oclusão do fluxo sanguíneo aferente quanto a possíveis fatores de risco para morbidade e mortalidade, bem como a relação entre o tempo de isquemia hepática e a variação das transaminases, tempo de protrombina e bilirrubinas, e destes, com a evolução pós-operatória. A prevalência de complicações pós-operatórias foi de 43,3% e a mortalidade de 6,7%. O fator de risco significativo para mortalidade foi tempo cirúrgico mais prolongado, quando comparado com os pacientes que não foram a óbito. Para a morbidade pós-operatória, foram identificados como fatores de risco a idade acima de 60 anos, cirurgia por neoplasia maligna, parênquima hepático anormal, ou seja, presença de cirrose, esteatose ou colestase, perda sanguínea necessitando reposição de mais de uma unidade de sangue e outros procedimentos cirúrgicos concomitantes. Na análise multivariada por regressão logística, estes fatores de risco foram reduzidos, apenas, para presença de cirrose, esteatose ou colestase. O tempo de isquemia não apresentou relação com a morbi-mortalidade pós-operatória. A variação das transaminases foram mais acentuadas nos casos com maior tempo de isquemia, porém, retornaram aos níveis pré-operatórios em, aproximadamente, uma semana. Não houve variação de tempo de protrombina e bilirrubinas quanto ao tempo de isquemia. A variação de AST e ALT não foram diferentes entre os pacientes com e sem morbidade pós-operatória. / The surgical treatment for hepatic tumors has been a big challenge in the surgery evolucionary history. In the past, the high morbidity and mortality rates limited the practice of surgery as a therapeutic option. The improvement of the technical refinements in liver resection is connected to lower rates of perioperative mortality and morbidity. In spite of the fact that the mortality rate has been reduced to less than 10% in specialized services, the morbidity has been still significant. Profuse hemorrhage and air embolism remain major risk during hepatectomies. Minimize blood loss is the main purpose during this kind of surgery. The techniques described, which main goal is to control the intraoperative hemorrhage, are associated with the interruption of the blood flow towards the liver, either through the afferent vascular occlusion or Pringle maneuver by clamping the hepatic pedicle, or by total vascular isolation of the organ. Partial hepatectomies might be performed with limited blood loss and even when they are associated with long periods of tissue ischemia, no parenchymatous lesions or persistent hepatic failure has been found. Reducing the need of blood transfusion in the perioperative period has led to minor morbidity and to marked decrease of the abdominal sepsis incidence. The aim of this study was to evaluate a series of partial hepatectomies with afferent blood flow occlusion, in patients who have benign pathologies and malignant neoplasms. Sixty hepatic resections with inflow occlusion, in 59 patients, were analyzed in order to search possible risk factors for morbidity and mortality, the connection between the hepatic ischemic time and the transaminases variation, the prothrombin time and bilirrubins and the postoperative evolution. The prevalence of postoperative complications was 43% and the mortality rate was 6.7%. The significant risk factor for mortality was the long lasting operative time when compared to patients who did not die. For the postoperative morbidity, the identified risk factors were age over sixty years old, surgery for malign neoplasm, abnormal liver parenchyma or in other words, the presence of cirrhosis, steatosis or cholestasis, blood loss demanding replacement of more than one unity of blood transfusion and another concomitant abdominal surgery. In a multiple regression analysis, those risk factors were reduced only to abnormal hepatic parenchyma. The ischemia time did not have any connection with the postoperative morbidity or mortality. The transaminases levels were higher in cases of longer ischemic time, however they returned to the preoperative levels in about a week. There was no variation of prothrombin time and bilirrubin related to ischemia. The AST and ALT variations were not different amongst patients who had postoperative morbidity or not.
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Benefício da sobrevida do transplante hepático em longo prazo de acordo com a gravidade da doença hepática no momento da inclusão em listaGleisner, Ana Luiza Mandelli January 2009 (has links)
O transplante ortotópico de fígado (TOF) é o tratamento de escolha para pacientes com doença hepática terminal. Entretanto, o benefício desse procedimento, em termos de sobrevida, é incerto, especialmente em longo prazo. Estudos recentes sugerem que, enquanto existe claro benefício na sobrevida para indivíduos com doença hepática mais avançada, para aqueles com doença menos significativa, o risco de óbito pode ser maior com o transplante do que permanecer em lista de espera. O objetivo deste trabalho é comparar a sobrevida em transplantados e listados a fim de definir o benefício atribuído ao TOF, especialmente considerando-se a gravidade da doença hepática. Neste estudo, foram incluídos pacientes com doença hepática crônica terminal listados para transplante hepático no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, entre janeiro de 2001 e dezembro de 2005. Os pacientes foram seguidos até junho de 2006. Dos 1130 pacientes listados, 520 foram transplantados. Os critérios para alocação de órgãos neste período foram exclusivamente o tempo de espera em lista e o grupo sanguíneo. O escore MELD foi utilizado como marcador da gravidade da doença hepática. Foram observados 290 óbitos por 1000 pacientes/ano entre pacientes listados e 119 óbitos por 1000 pacientes/ano entre os pacientes transplantados. As estimativas de sobrevida de Kaplan-Meier demonstraram cruzamento da sobrevida de listados e transplantados, confirmando a inadequação dos métodos tradicionais de análise de sobrevida. Já através do modelo Gama Generalizado, as funções de sobrevida e risco (hazards) puderam ser adequadamente estimadas. Foram definidos parâmetros de localização, formato e escala específicos para listados e transplantados, permitindo funções de risco distintas para cada grupo. O escore MELD foi incluído como variável explanatória para o parâmetro de localização, sendo significativamente associado ao tempo de sobrevida tanto em listados (redução de 11% na mediana para cada aumento de um ponto no escore MELD) quanto em transplantados (redução de 12% na mediana). Através da utilização dos parâmetros do modelo Gama Generalizado, foram calculadas razões de risco em função do tempo de seguimento com intervalos de confianca estimados pelo método Delta. Foi observado um aumento imediato na razão de risco pós-TOF quando comparado à permanência em lista de espera, com razão de risco (RR) de 7,12 e intervalo de confiança com 95% de significância (IC 95%) de 3,52-14,39 para indivíduos com escore MELD de 15, a média desta população. A RR decresceu exponencialmente até cruzar a igualdade (RR igual a um) em aproximadamente três meses. Funções de sobrevida em função do escore MELD foram também estimadas através dos mesmos parâmetros. A magnitude na diferença da sobrevida em um ano aumentou proporcionalmente ao aumento do escore MELD (MELD 10: 83% vs. 90%; MELD 15: 81% vs. 80%; MELD 20: 63% vs. 78%; MELD 25: 42% vs. 74%; MELD 30: 21% vs. 71%; listados vs. transplantados, respectivamente). O escore MELD, para o qual o transplante foi significativamente benéfico relativamente a permanecer em lista de espera, foi 23 em 6 meses, 17 em 12 meses, 15 em 24 meses e 12 em 60 meses de seguimento. No modelo multivariado, outras possíveis variáveis explanatórias foram incluídas para o parâmetro de localização. Nesta análise, a idade do receptor demonstrou-se significativamente associada com a sobrevida pós-TOF, com redução de 9% na mediana por cada ano adicional. Em conclusão, o transplante hepático aumenta a sobrevida em longo prazo de pacientes elegíveis, mesmo em pacientes com doença hepática menos avançada. Entretanto, os benefícios do transplante são mais marcantes e imediatos em pacientes com doença hepática mais avançada.
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Contribuição ao estudo das hepatectomias parciais com oclusão do fluxo sanguíneo aferenteGuerra, Enilde Eloena January 1997 (has links)
O tratamento cirúrgico dos tumores hepáticos tem sido um grande desafio na história evolutiva da cirurgia. No passado, as altas taxas de morbidade e mortalidade limitavam sua aplicação como opção terapêutica. O refinamento da técnica de ressecção hepática está associado a menores índices de mortalidade e morbidade peri-operatória e, embora, a mortalidade tenha sido reduzida a menos de 10% nos serviços especializados, a morbidade ainda é bastante significativa, sendo que a hemorragia grave e a embolia aérea permanecem como complicações graves das hepatectomias. O controle da perda sanguínea é o objetivo primordial durante este tipo de cirurgia. As técnicas descritas, com a finalidade de conter a hemorragia transoperatória, são aquelas associadas à redução do fluxo sanguíneo ao fígado, seja através da oclusão vascular aferente ou manobra de Pringle por clampeamento do pedículo hepático, seja por exclusão vascular total do órgão. Hepatectomias parciais podem ser realizadas com pequeno sangramento e, mesmo quando associadas a períodos prolongados de isquemia tecidual, não foram identificadas lesões parenquimatosas ou falência hepática persistente. A redução na necessidade de reposição de sangue, no período peri-operatório, está associada a menor morbidade e à diminuição significativa na incidência de sepse abdominal. O objetivo deste estudo foi o de avaliar uma série de hepatectomias parciais com oclusão do fluxo sanguíneo aferente, em pacientes portadores de patologias benignas e neoplasias malignas. Foram analisadas 60 hepatectomias em 59 pacientes com oclusão do fluxo sanguíneo aferente quanto a possíveis fatores de risco para morbidade e mortalidade, bem como a relação entre o tempo de isquemia hepática e a variação das transaminases, tempo de protrombina e bilirrubinas, e destes, com a evolução pós-operatória. A prevalência de complicações pós-operatórias foi de 43,3% e a mortalidade de 6,7%. O fator de risco significativo para mortalidade foi tempo cirúrgico mais prolongado, quando comparado com os pacientes que não foram a óbito. Para a morbidade pós-operatória, foram identificados como fatores de risco a idade acima de 60 anos, cirurgia por neoplasia maligna, parênquima hepático anormal, ou seja, presença de cirrose, esteatose ou colestase, perda sanguínea necessitando reposição de mais de uma unidade de sangue e outros procedimentos cirúrgicos concomitantes. Na análise multivariada por regressão logística, estes fatores de risco foram reduzidos, apenas, para presença de cirrose, esteatose ou colestase. O tempo de isquemia não apresentou relação com a morbi-mortalidade pós-operatória. A variação das transaminases foram mais acentuadas nos casos com maior tempo de isquemia, porém, retornaram aos níveis pré-operatórios em, aproximadamente, uma semana. Não houve variação de tempo de protrombina e bilirrubinas quanto ao tempo de isquemia. A variação de AST e ALT não foram diferentes entre os pacientes com e sem morbidade pós-operatória. / The surgical treatment for hepatic tumors has been a big challenge in the surgery evolucionary history. In the past, the high morbidity and mortality rates limited the practice of surgery as a therapeutic option. The improvement of the technical refinements in liver resection is connected to lower rates of perioperative mortality and morbidity. In spite of the fact that the mortality rate has been reduced to less than 10% in specialized services, the morbidity has been still significant. Profuse hemorrhage and air embolism remain major risk during hepatectomies. Minimize blood loss is the main purpose during this kind of surgery. The techniques described, which main goal is to control the intraoperative hemorrhage, are associated with the interruption of the blood flow towards the liver, either through the afferent vascular occlusion or Pringle maneuver by clamping the hepatic pedicle, or by total vascular isolation of the organ. Partial hepatectomies might be performed with limited blood loss and even when they are associated with long periods of tissue ischemia, no parenchymatous lesions or persistent hepatic failure has been found. Reducing the need of blood transfusion in the perioperative period has led to minor morbidity and to marked decrease of the abdominal sepsis incidence. The aim of this study was to evaluate a series of partial hepatectomies with afferent blood flow occlusion, in patients who have benign pathologies and malignant neoplasms. Sixty hepatic resections with inflow occlusion, in 59 patients, were analyzed in order to search possible risk factors for morbidity and mortality, the connection between the hepatic ischemic time and the transaminases variation, the prothrombin time and bilirrubins and the postoperative evolution. The prevalence of postoperative complications was 43% and the mortality rate was 6.7%. The significant risk factor for mortality was the long lasting operative time when compared to patients who did not die. For the postoperative morbidity, the identified risk factors were age over sixty years old, surgery for malign neoplasm, abnormal liver parenchyma or in other words, the presence of cirrhosis, steatosis or cholestasis, blood loss demanding replacement of more than one unity of blood transfusion and another concomitant abdominal surgery. In a multiple regression analysis, those risk factors were reduced only to abnormal hepatic parenchyma. The ischemia time did not have any connection with the postoperative morbidity or mortality. The transaminases levels were higher in cases of longer ischemic time, however they returned to the preoperative levels in about a week. There was no variation of prothrombin time and bilirrubin related to ischemia. The AST and ALT variations were not different amongst patients who had postoperative morbidity or not.
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Contribuição ao estudo das hepatectomias parciais com oclusão do fluxo sanguíneo aferenteGuerra, Enilde Eloena January 1997 (has links)
O tratamento cirúrgico dos tumores hepáticos tem sido um grande desafio na história evolutiva da cirurgia. No passado, as altas taxas de morbidade e mortalidade limitavam sua aplicação como opção terapêutica. O refinamento da técnica de ressecção hepática está associado a menores índices de mortalidade e morbidade peri-operatória e, embora, a mortalidade tenha sido reduzida a menos de 10% nos serviços especializados, a morbidade ainda é bastante significativa, sendo que a hemorragia grave e a embolia aérea permanecem como complicações graves das hepatectomias. O controle da perda sanguínea é o objetivo primordial durante este tipo de cirurgia. As técnicas descritas, com a finalidade de conter a hemorragia transoperatória, são aquelas associadas à redução do fluxo sanguíneo ao fígado, seja através da oclusão vascular aferente ou manobra de Pringle por clampeamento do pedículo hepático, seja por exclusão vascular total do órgão. Hepatectomias parciais podem ser realizadas com pequeno sangramento e, mesmo quando associadas a períodos prolongados de isquemia tecidual, não foram identificadas lesões parenquimatosas ou falência hepática persistente. A redução na necessidade de reposição de sangue, no período peri-operatório, está associada a menor morbidade e à diminuição significativa na incidência de sepse abdominal. O objetivo deste estudo foi o de avaliar uma série de hepatectomias parciais com oclusão do fluxo sanguíneo aferente, em pacientes portadores de patologias benignas e neoplasias malignas. Foram analisadas 60 hepatectomias em 59 pacientes com oclusão do fluxo sanguíneo aferente quanto a possíveis fatores de risco para morbidade e mortalidade, bem como a relação entre o tempo de isquemia hepática e a variação das transaminases, tempo de protrombina e bilirrubinas, e destes, com a evolução pós-operatória. A prevalência de complicações pós-operatórias foi de 43,3% e a mortalidade de 6,7%. O fator de risco significativo para mortalidade foi tempo cirúrgico mais prolongado, quando comparado com os pacientes que não foram a óbito. Para a morbidade pós-operatória, foram identificados como fatores de risco a idade acima de 60 anos, cirurgia por neoplasia maligna, parênquima hepático anormal, ou seja, presença de cirrose, esteatose ou colestase, perda sanguínea necessitando reposição de mais de uma unidade de sangue e outros procedimentos cirúrgicos concomitantes. Na análise multivariada por regressão logística, estes fatores de risco foram reduzidos, apenas, para presença de cirrose, esteatose ou colestase. O tempo de isquemia não apresentou relação com a morbi-mortalidade pós-operatória. A variação das transaminases foram mais acentuadas nos casos com maior tempo de isquemia, porém, retornaram aos níveis pré-operatórios em, aproximadamente, uma semana. Não houve variação de tempo de protrombina e bilirrubinas quanto ao tempo de isquemia. A variação de AST e ALT não foram diferentes entre os pacientes com e sem morbidade pós-operatória. / The surgical treatment for hepatic tumors has been a big challenge in the surgery evolucionary history. In the past, the high morbidity and mortality rates limited the practice of surgery as a therapeutic option. The improvement of the technical refinements in liver resection is connected to lower rates of perioperative mortality and morbidity. In spite of the fact that the mortality rate has been reduced to less than 10% in specialized services, the morbidity has been still significant. Profuse hemorrhage and air embolism remain major risk during hepatectomies. Minimize blood loss is the main purpose during this kind of surgery. The techniques described, which main goal is to control the intraoperative hemorrhage, are associated with the interruption of the blood flow towards the liver, either through the afferent vascular occlusion or Pringle maneuver by clamping the hepatic pedicle, or by total vascular isolation of the organ. Partial hepatectomies might be performed with limited blood loss and even when they are associated with long periods of tissue ischemia, no parenchymatous lesions or persistent hepatic failure has been found. Reducing the need of blood transfusion in the perioperative period has led to minor morbidity and to marked decrease of the abdominal sepsis incidence. The aim of this study was to evaluate a series of partial hepatectomies with afferent blood flow occlusion, in patients who have benign pathologies and malignant neoplasms. Sixty hepatic resections with inflow occlusion, in 59 patients, were analyzed in order to search possible risk factors for morbidity and mortality, the connection between the hepatic ischemic time and the transaminases variation, the prothrombin time and bilirrubins and the postoperative evolution. The prevalence of postoperative complications was 43% and the mortality rate was 6.7%. The significant risk factor for mortality was the long lasting operative time when compared to patients who did not die. For the postoperative morbidity, the identified risk factors were age over sixty years old, surgery for malign neoplasm, abnormal liver parenchyma or in other words, the presence of cirrhosis, steatosis or cholestasis, blood loss demanding replacement of more than one unity of blood transfusion and another concomitant abdominal surgery. In a multiple regression analysis, those risk factors were reduced only to abnormal hepatic parenchyma. The ischemia time did not have any connection with the postoperative morbidity or mortality. The transaminases levels were higher in cases of longer ischemic time, however they returned to the preoperative levels in about a week. There was no variation of prothrombin time and bilirrubin related to ischemia. The AST and ALT variations were not different amongst patients who had postoperative morbidity or not.
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