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Avaliação da atenção seletiva em pacientes com misofonia / Evaluation of selective attention in patients with misophonia

Silva, Fúlvia Eduarda da 02 October 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: A misofonia é caracterizada pela aversão a sons bem seletivos, que provocam uma forte reação emocional. Foi proposto que a misofonia, assim como o zumbido, esteja associada à hiperconectividade entre os sistemas auditivo e límbico. Indivíduos com zumbido de incômodo significativo podem apresentar comprometimento da atenção seletiva, o que ainda não foi demonstrado no caso da misofonia. OBJETIVO: caracterizar uma amostra de indivíduos com misofonia e compará-la com dois grupos controle, um com zumbido (sem misofonia) e outro assintomático (sem zumbido e sem misofonia). METODOLOGIA: Foram avaliados 40 sujeitos normo-ouvintes, sendo 10 com misofonia (grupo misofonia - GM), 10 com zumbido (sem misofonia) (grupo controle zumbido - GCZ) e 20 sem zumbido e sem misofonia (grupo controle assintomático - GCA). Foi realizada anamnese geral em todos os grupos e anamnese específica apenas para o GM. Nos três grupos, foi aplicado o Teste de Identificação de Sentenças Dicóticas em três situações. Na primeira, foi realizado o exame padrão. Em seguida, foi aplicado incluindo mensagem competitiva, uma com som de mastigação (exame mastigação), e outra com white noise (exame white noise). RESULTADOS: A amostra do GM apontou que os primeiros sintomas da misofonia foram percebidos ainda na infância ou adolescência (média 11,5 anos). O grau de incômodo variou de 6 a 10 na escala visual analógica e, dentre os 10 participantes do GM, nove (90%) responderam que a misofonia atrapalha, sempre ou às vezes, a vida social e profissional. No teste de Identificação de Sentenças Dicóticas, foi observado que no exame mastigação, as médias da porcentagem de acertos diferem entre os grupos GM e GCA (valor-p = 0,027) e entre os grupos GM e GCZ (valor-p = 0,002), sendo menor em ambos os casos no GM. Para os exames padrão e white noise, não há diferença entre as médias da porcentagem de acertos nos três grupos (valores-p >= 0,452). CONCLUSÃO: os participantes do GM apresentaram menor porcentagem de acertos no Teste de Identificação de Sentenças Dicóticas na situação de apresentação de um ruído distraidor (exame mastigação) em relação ao mesmo teste aplicado em situação padrão ou white noise, sugerindo que indivíduos com misofonia podem apresentar alteração da atenção seletiva quando expostos a sons que desencadeiam esta condição / INTRODUCTION: Misophonia is characterized by the aversion to very selective sounds, which evoke a strong emotional reaction. It has been proposed that misophonia, as well as tinnitus, is associated with hyperconnectivity between the auditory and limbic systems. Individuals with bothersome tinnitus may have selective attention impairment, but it has not been demonstrated in case of misophonia yet. OBJECTIVE: to characterize a sample of misophonic subjects and compare it to two control groups, one with tinnitus individuals (without misophonia) and the other one with asymptomatic individuals (without misophonia and without tinnitus), regarding self-perception of the condition and selective attention. METHODOLOGY: we had evaluated 40 normal hearing participants: 10 with misophonia (GM), 10 with tinnitus (without misophonia) (GCZ) and 20 without tinnitus and without misophonia (GCA). General questionnare was applied in all of three groups and specific misophonia questionnaire was applied only in GM. In order to evaluate the selective attention, it was applied the Dichotic Sentence Identification (DSI) Test in three situations: In the first one, it was applied the original test. Then, the test was applied in two other situations including two competitive sounds, one with chewing sound (chewing test), and the other one with white noise sound (white noise test). RESULTS: The GM sample indicated that the onset of misophonia occurred in childhood or adolescence (mean 11.5 years). According to the visual analog scale, the discomfort with misophonia ranged from 5 to 10, and nine (90%) participants answered that misophonia always or sometimes limits their social and professional interactions. In the chewing test, it was observed that the average of correct responses differed between GM and GCA groups (pvalue = 0.027) and between GM and GCZ groups (p-value = 0.002), in both cases it was lower in GM. In the original and white noise tests, no difference was observed between the averages of correct responses in the three groups (p-values >= 0.452). CONCLUSION: The GM participants had a lower percentage of correct responses in the chewing test, suggesting that individuals with misophonia may have selective attention impairment when they are exposed to sounds that trigger the condition
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Estudo da prevalência da hiperacusia e do zumbido em crianças / Tinnitus and Hyperacusis: a prevalence study and risk factors in children

Coelho, Cláudia Couto de Barros 28 June 2006 (has links)
A hiperacusia e o zumbido representam alterações na percepção dos sons, estando freqüentemente associados. Ambos refletem um estado de hiperatividade da via auditiva, gerado por alterações na plasticidade neuronal geralmente associadas à super estimulação ou deprivação sensorial. A hiperacusia refere-se a uma disfunção na percepção da intensidade de sons externos, o zumbido refere-se à percepção de um som interno que não tem uma fonte geradora externa. Afetam adultos e crianças e podem ocasionar limitações na qualidade de vida. Ainda são muito negligenciados por otorrinolaringologistas e pediatras, apesar da sua presença não ser incomum na infância. Delineamos um estudo populacional transversal randomizado entre crianças de 5 a 12 anos cujo objetivo principal foi estimar a prevalência da hiperacusia e do zumbido. O objetivo secundário foi avaliar a associação a possíveis fatores de risco e a causalidade entre os sintomas. Foram avaliadas 506 crianças em ambiente escolar. Os dados foram coletados por meio de questionário aos pais ou responsáveis, entrevista com as crianças, otoscopia e testes auditivos. A classificação dos resultados seguiu critérios previamente estabelecidos. Participaram 240 meninas (47,4%) e 266 meninos (52,6%), idade média 9.46 anos (DP= 2.09). Os limiares auditivos foram classificados como normais em 81%, disacusia de grau mínimo/leve em 14% e disacusia de grau moderado/ profundo em 4% das crianças. A prevalência da sensação de zumbido foi 37,5%, incômodo com zumbido 19,6% e hiperacusia 3,2%. Os fatores de risco foram analisados por um modelo de regressão multivariado. Em relação ao zumbido, os fatores associados foram: idade, gênero, perda auditiva, história de exposição aos sons e cinetose. Para a hiperacusia, o único fator de risco encontrado foi a perda auditiva leve na orelha esquerda. A presença de hiperacusia demonstrou ser o maior fator de risco associado ao incomodo com o zumbido / Hyperacusis and tinnitus are altered states of sound perception and are frequently associated. Both reflect a hyperactivity of the auditory pathway as an expression of neural plasticity which is often triggered by over stimulation or deprivation of sensorial stimuli. Hyperacusis is a dysfunction on loudness perception of external sounds and tinnitus a perception of an internal sound without an external source. They might affect adults and children causing interference on quality of life. They are still neglected by otolaryngologysts and pediatricians. A prospective cross sectional study was designed to estimate tinnitus and hyperacusis prevalence and evaluate association to possible risk factors and causality among them. Children from 5 to 12 years of age were evaluated in the school environment. Data was collected searching parental information, children\'s interview, otoscopy and audiometric tests. The symptoms were classified according to previous established criteria. The final sample counted on 240 girls and 266 boys, mean age 9.46 (SD= 2.09). Hearing thresholds were classified as normal in 81%, minimum to mild hearing loss in 14% and moderate to profound hearing loss in 4% of the children. Prevalence of tinnitus sensation was found to be 37.5%, tinnitus suffering 19.6% and hyperacusis 3.2%. Age, gender, hearing loss, history of noise exposure and motion sickness were risk factors to tinnitus. Left ear hearing loss was a risk factor for hyperacusis. The presence of hyperacusis demonstrated to be the highest risk factor to tinnitus suffering
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Estudo da prevalência da hiperacusia e do zumbido em crianças / Tinnitus and Hyperacusis: a prevalence study and risk factors in children

Cláudia Couto de Barros Coelho 28 June 2006 (has links)
A hiperacusia e o zumbido representam alterações na percepção dos sons, estando freqüentemente associados. Ambos refletem um estado de hiperatividade da via auditiva, gerado por alterações na plasticidade neuronal geralmente associadas à super estimulação ou deprivação sensorial. A hiperacusia refere-se a uma disfunção na percepção da intensidade de sons externos, o zumbido refere-se à percepção de um som interno que não tem uma fonte geradora externa. Afetam adultos e crianças e podem ocasionar limitações na qualidade de vida. Ainda são muito negligenciados por otorrinolaringologistas e pediatras, apesar da sua presença não ser incomum na infância. Delineamos um estudo populacional transversal randomizado entre crianças de 5 a 12 anos cujo objetivo principal foi estimar a prevalência da hiperacusia e do zumbido. O objetivo secundário foi avaliar a associação a possíveis fatores de risco e a causalidade entre os sintomas. Foram avaliadas 506 crianças em ambiente escolar. Os dados foram coletados por meio de questionário aos pais ou responsáveis, entrevista com as crianças, otoscopia e testes auditivos. A classificação dos resultados seguiu critérios previamente estabelecidos. Participaram 240 meninas (47,4%) e 266 meninos (52,6%), idade média 9.46 anos (DP= 2.09). Os limiares auditivos foram classificados como normais em 81%, disacusia de grau mínimo/leve em 14% e disacusia de grau moderado/ profundo em 4% das crianças. A prevalência da sensação de zumbido foi 37,5%, incômodo com zumbido 19,6% e hiperacusia 3,2%. Os fatores de risco foram analisados por um modelo de regressão multivariado. Em relação ao zumbido, os fatores associados foram: idade, gênero, perda auditiva, história de exposição aos sons e cinetose. Para a hiperacusia, o único fator de risco encontrado foi a perda auditiva leve na orelha esquerda. A presença de hiperacusia demonstrou ser o maior fator de risco associado ao incomodo com o zumbido / Hyperacusis and tinnitus are altered states of sound perception and are frequently associated. Both reflect a hyperactivity of the auditory pathway as an expression of neural plasticity which is often triggered by over stimulation or deprivation of sensorial stimuli. Hyperacusis is a dysfunction on loudness perception of external sounds and tinnitus a perception of an internal sound without an external source. They might affect adults and children causing interference on quality of life. They are still neglected by otolaryngologysts and pediatricians. A prospective cross sectional study was designed to estimate tinnitus and hyperacusis prevalence and evaluate association to possible risk factors and causality among them. Children from 5 to 12 years of age were evaluated in the school environment. Data was collected searching parental information, children\'s interview, otoscopy and audiometric tests. The symptoms were classified according to previous established criteria. The final sample counted on 240 girls and 266 boys, mean age 9.46 (SD= 2.09). Hearing thresholds were classified as normal in 81%, minimum to mild hearing loss in 14% and moderate to profound hearing loss in 4% of the children. Prevalence of tinnitus sensation was found to be 37.5%, tinnitus suffering 19.6% and hyperacusis 3.2%. Age, gender, hearing loss, history of noise exposure and motion sickness were risk factors to tinnitus. Left ear hearing loss was a risk factor for hyperacusis. The presence of hyperacusis demonstrated to be the highest risk factor to tinnitus suffering
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Hipersensibilidade auditiva e o perfil pragmático da linguagem de crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista

Gomes, Erissandra January 2008 (has links)
A hipersensibilidade auditiva no Transtorno do Espectro Autista é citada na literatura desde os primeiros relatos, contudo ainda é pouco explorada, principalmente em relação às causas, ao diagnóstico e às conseqüências. Considera-se relevante compreender melhor as relações da mesma com a comunicação dos autistas. Objetivo: comparar o perfil pragmático da linguagem dos sujeitos com Transtorno do Espectro Autista hipersensíveis ao som e os não hipersensíveis ao som. Métodos: estudo transversal com dois grupos de crianças e adolescentes: 11 hipersensíveis ao som e 33 não hipersensíveis ao som. Os sujeitos realizaram avaliação auditiva; após, analisou-se o perfil pragmático da linguagem. Resultados: não houve diferença estatisticamente significativa no número de atos comunicativos por minuto, entretanto o meio verbal foi mais utilizado pelos sujeitos hipersensíveis ao som (P=0,01) e o meio gestual pelos sujeitos não hipersensíveis ao som (P=0,01). Cinco funções comunicativas diferiram entre os grupos (P<0,05): pedido de objeto, comentário, exclamativo, expressão de protesto e nomeação. As funções comunicativas mais interativas foram mais freqüentes nos sujeitos hipersensíveis ao som (P=0,01). Conclusão: os dados demonstram uma superioridade no perfil funcional da comunicação das crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista hipersensíveis ao som. / Auditory hypersensitivity in the Autistic Spectrum Disorder has been cited in the literature since the very first reports; however, it has still been little explored especially as to its causes, diagnosis, and consequences. It is important to better understand the relation between hypersensitive hearing and the communication of autistic children. Objective: to compare the pragmatic language profile of subjects with Autism Spectrum Disorder who are hypersensitive to sound with those who are not. Methods: transversal study with two groups of children and adolescents: 11 with hearing hypersensitivity and 33 without. The subjects were referred for hearing assessment; subsequently, the pragmatic language profile was assessed. Results: when comparing groups, no statistically significant difference in the number of communicative acts per minute was found. However, verbal means were used more frequently in subjects hypersensitive to sound (P=0.01). Five communicative functions differed between the groups (P<0.05): request object, comment, exclamatory, expression protest and label. More interactive communicative functions were more frequent in subjects hypersensitive to sound (P=0.01). Conclusion: the data demonstrate a superior functional communication profile in children and adolescents with autism spectrum disorders who are hypersensitive to sound.
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CARACTERÍSTICAS AUDIOLÓGICAS DE INDIVÍDUOS NORMO-OUVINTES COM QUEIXAS DE ZUMBIDO E HIPERACUSIA / AUDIOLOGICAL CHARACTERISTICS IN NORMAL HEARING SUBJECTS WITH COMPLAINTS OF TINNITUS AND HYPERACUSIS

Urnau, Daila 02 March 2011 (has links)
OBJECTIVES: to verify the occurrence and the effect of transient otoacoustic emissions (TEOAE), existence of association between: tinnitus degrees and hyperacusis degrees, TEOAE suppressive effect and laterality, tinnitus and hyperacusis degrees, and verify the characteristics of normal hearing individuals with complaints of tinnitus and hyperacusis. MATERIALS AND METHODS: The study included 25 normal hearing subjects having complaints of tinnitus and hyperacusis, with 16 female and nine male. About tinnitus, the subjects were asked about the location and tinnitus type and they completed the Tinnitus Handicap Inventory (THI), used for the classification of tinnitus degrees. A developed hyperacusis questionnaire and the questionnaire on handedness The assessment and analysis of handedness: The Edinburgh Inventor were completed too. They were tested about the research of Loudness Discomfort Level (degrees of hyperacusis), Acuphenometry and the suppression effect of otoacoustic emissions (TEOAE) in the frequencies of 1, 1.5, 2, 3 and 4 KHz. We used descriptive and statistical analysis of the data (Fisher exact test, Kruskal Wallis and Mann Whitney U and Spearman correlation). RESULTS: The occurrence of TEOAE ranged from 33 to 88%. We observed the presence of TEOAE suppression effect on 63.7% in the right ear and 81.7% in the left ear. There was no association between tinnitus degrees and hyperacusis degrees, and between the TEOAE suppression effect and laterality, degrees of tinnitus and hyperacusis degrees. About tinnitus, the most subjects reported acute pitch, in anamnesis and in Acuphenometry, bilateral location and mild degree. Women had degree of tinnitus statistically superior than men. The sounds considered uncomfortable were the high intensity ones and the reaction to the sounds most often cited were irritation, anxiety and need to depart from the sound. The difficulty in speech understanding at noise was mentioned. CONCLUSION: We conclude that the occurrence of TEOAE in these subjects was lower than that found in normal hearing subjects. A higher percentage of presence of TEOAE suppression effect has been found in both ears. Degrees of tinnitus and hyperacusis degrees were not correlated in normal-hearing individuals with complaints of tinnitus and hyperacusis, and there was no association between the TEOAE suppression effect and laterality and degrees of tinnitus and hyperacusis. The sample presented acute pitch, bilateral location and mild bilateral tinnitus.High intensity sounds were reported as uncomfortable and irritation was the most cited reaction of the sound. / OBJETIVO: verificar a ocorrência e o efeito de supressão das emissões otoacústicas transientes (EOAT), a existência de associação entre: graus de zumbido e de hiperacusia, efeito supressor das EOAT e lateralidade, graus de zumbido e graus de hiperacusia, e analisar as características audiológicas de indivíduos normo-ouvintes com queixas de zumbido e hiperacusia. MATERIAIS E MÉTODOS: A amostra foi composta por 25 indivíduos normo-ouvintes, com queixas de zumbido e hiperacusia, sendo 16 do gênero feminino e nove do masculino. Em relação ao zumbido, os indivíduos foram questionados sobre o pitch e localização e preencheram o Tinnitus Handicap Inventory brasileiro (THI), utilizado para avaliar o grau de zumbido. O questionário de hiperacusia e o questionário sobre lateralidade manual The assessment and analysis of handedness: The Edinburgh Inventory também foram preenchidos. Os indivíduos foram submetidos a pesquisa do Loudness Discomfort Level (grau de hiperacusia), a acufenometria e a pesquisa e do efeito de supressão das emissões otoacústicas transientes (EOATs) nas frequências de 1, 1,5, 2, 3 e 4 KHz. Utilizou-se análise descritiva e estatística dos dados (testes exato de Fisher, Kruskal Wallis, U de Man Whitney e correlação de Spearman). RESULTADOS: A ocorrência das EOAT variou de 33 a 88%. Houve 63,7% de presença de efeito de supressão na orelha direita e 81,7% na orelha esquerda. Não ocorreu associação significativa entre os graus de zumbido e os graus de hiperacusia, e entre o efeito supressor das EOAT e lateralidade, graus de zumbido e graus de hiperacusia. Em relação ao zumbido, a maioria dos indivíduos apresentou pitch agudo, tanto na anamnese quanto na acufenometria, localização bilateral e grau leve no THI. As mulheres apresentaram grau de zumbido estatisticamente superior ao dos homens. Os sons considerados desconfortáveis foram os de alta intensidade e as reações aos sons mais citadas foram a irritação, ansiedade e necessidade de afastar-se do som. A dificuldade de compreensão de fala na presença de ruído foi referida pela maioria dos indivíduos.CONCLUSÃO: Conclui-se que a ocorrência de EOAT foi inferior a encontrada em sujeitos normo-ouvintes sem esses sintomas. Obteve-se maior percentual de presença do efeito de supressão das EOATs em ambas as orelhas analisadas. Os graus de zumbido e os graus de hiperacusia não apresentaram correlação em indivíduos normo-ouvintes com queixas de zumbido e hiperacusia, bem como não ocorreu associação entre o efeito de supressão das EOAT e lateralidade, graus de zumbido e de hiperacusia. A amostra estudada apresentou predomínio de zumbido de pitch agudo, localização bilateral e grau leve. Os sons considerados desconfortáveis foram os de alta intensidade e a reação de irritação aos sons foi a mais citada.
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Hipersensibilidade auditiva e o perfil pragmático da linguagem de crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista

Gomes, Erissandra January 2008 (has links)
A hipersensibilidade auditiva no Transtorno do Espectro Autista é citada na literatura desde os primeiros relatos, contudo ainda é pouco explorada, principalmente em relação às causas, ao diagnóstico e às conseqüências. Considera-se relevante compreender melhor as relações da mesma com a comunicação dos autistas. Objetivo: comparar o perfil pragmático da linguagem dos sujeitos com Transtorno do Espectro Autista hipersensíveis ao som e os não hipersensíveis ao som. Métodos: estudo transversal com dois grupos de crianças e adolescentes: 11 hipersensíveis ao som e 33 não hipersensíveis ao som. Os sujeitos realizaram avaliação auditiva; após, analisou-se o perfil pragmático da linguagem. Resultados: não houve diferença estatisticamente significativa no número de atos comunicativos por minuto, entretanto o meio verbal foi mais utilizado pelos sujeitos hipersensíveis ao som (P=0,01) e o meio gestual pelos sujeitos não hipersensíveis ao som (P=0,01). Cinco funções comunicativas diferiram entre os grupos (P<0,05): pedido de objeto, comentário, exclamativo, expressão de protesto e nomeação. As funções comunicativas mais interativas foram mais freqüentes nos sujeitos hipersensíveis ao som (P=0,01). Conclusão: os dados demonstram uma superioridade no perfil funcional da comunicação das crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista hipersensíveis ao som. / Auditory hypersensitivity in the Autistic Spectrum Disorder has been cited in the literature since the very first reports; however, it has still been little explored especially as to its causes, diagnosis, and consequences. It is important to better understand the relation between hypersensitive hearing and the communication of autistic children. Objective: to compare the pragmatic language profile of subjects with Autism Spectrum Disorder who are hypersensitive to sound with those who are not. Methods: transversal study with two groups of children and adolescents: 11 with hearing hypersensitivity and 33 without. The subjects were referred for hearing assessment; subsequently, the pragmatic language profile was assessed. Results: when comparing groups, no statistically significant difference in the number of communicative acts per minute was found. However, verbal means were used more frequently in subjects hypersensitive to sound (P=0.01). Five communicative functions differed between the groups (P<0.05): request object, comment, exclamatory, expression protest and label. More interactive communicative functions were more frequent in subjects hypersensitive to sound (P=0.01). Conclusion: the data demonstrate a superior functional communication profile in children and adolescents with autism spectrum disorders who are hypersensitive to sound.
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Hipersensibilidade auditiva e o perfil pragmático da linguagem de crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista

Gomes, Erissandra January 2008 (has links)
A hipersensibilidade auditiva no Transtorno do Espectro Autista é citada na literatura desde os primeiros relatos, contudo ainda é pouco explorada, principalmente em relação às causas, ao diagnóstico e às conseqüências. Considera-se relevante compreender melhor as relações da mesma com a comunicação dos autistas. Objetivo: comparar o perfil pragmático da linguagem dos sujeitos com Transtorno do Espectro Autista hipersensíveis ao som e os não hipersensíveis ao som. Métodos: estudo transversal com dois grupos de crianças e adolescentes: 11 hipersensíveis ao som e 33 não hipersensíveis ao som. Os sujeitos realizaram avaliação auditiva; após, analisou-se o perfil pragmático da linguagem. Resultados: não houve diferença estatisticamente significativa no número de atos comunicativos por minuto, entretanto o meio verbal foi mais utilizado pelos sujeitos hipersensíveis ao som (P=0,01) e o meio gestual pelos sujeitos não hipersensíveis ao som (P=0,01). Cinco funções comunicativas diferiram entre os grupos (P<0,05): pedido de objeto, comentário, exclamativo, expressão de protesto e nomeação. As funções comunicativas mais interativas foram mais freqüentes nos sujeitos hipersensíveis ao som (P=0,01). Conclusão: os dados demonstram uma superioridade no perfil funcional da comunicação das crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista hipersensíveis ao som. / Auditory hypersensitivity in the Autistic Spectrum Disorder has been cited in the literature since the very first reports; however, it has still been little explored especially as to its causes, diagnosis, and consequences. It is important to better understand the relation between hypersensitive hearing and the communication of autistic children. Objective: to compare the pragmatic language profile of subjects with Autism Spectrum Disorder who are hypersensitive to sound with those who are not. Methods: transversal study with two groups of children and adolescents: 11 with hearing hypersensitivity and 33 without. The subjects were referred for hearing assessment; subsequently, the pragmatic language profile was assessed. Results: when comparing groups, no statistically significant difference in the number of communicative acts per minute was found. However, verbal means were used more frequently in subjects hypersensitive to sound (P=0.01). Five communicative functions differed between the groups (P<0.05): request object, comment, exclamatory, expression protest and label. More interactive communicative functions were more frequent in subjects hypersensitive to sound (P=0.01). Conclusion: the data demonstrate a superior functional communication profile in children and adolescents with autism spectrum disorders who are hypersensitive to sound.
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Avaliação da atenção seletiva em pacientes com misofonia / Evaluation of selective attention in patients with misophonia

Fúlvia Eduarda da Silva 02 October 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: A misofonia é caracterizada pela aversão a sons bem seletivos, que provocam uma forte reação emocional. Foi proposto que a misofonia, assim como o zumbido, esteja associada à hiperconectividade entre os sistemas auditivo e límbico. Indivíduos com zumbido de incômodo significativo podem apresentar comprometimento da atenção seletiva, o que ainda não foi demonstrado no caso da misofonia. OBJETIVO: caracterizar uma amostra de indivíduos com misofonia e compará-la com dois grupos controle, um com zumbido (sem misofonia) e outro assintomático (sem zumbido e sem misofonia). METODOLOGIA: Foram avaliados 40 sujeitos normo-ouvintes, sendo 10 com misofonia (grupo misofonia - GM), 10 com zumbido (sem misofonia) (grupo controle zumbido - GCZ) e 20 sem zumbido e sem misofonia (grupo controle assintomático - GCA). Foi realizada anamnese geral em todos os grupos e anamnese específica apenas para o GM. Nos três grupos, foi aplicado o Teste de Identificação de Sentenças Dicóticas em três situações. Na primeira, foi realizado o exame padrão. Em seguida, foi aplicado incluindo mensagem competitiva, uma com som de mastigação (exame mastigação), e outra com white noise (exame white noise). RESULTADOS: A amostra do GM apontou que os primeiros sintomas da misofonia foram percebidos ainda na infância ou adolescência (média 11,5 anos). O grau de incômodo variou de 6 a 10 na escala visual analógica e, dentre os 10 participantes do GM, nove (90%) responderam que a misofonia atrapalha, sempre ou às vezes, a vida social e profissional. No teste de Identificação de Sentenças Dicóticas, foi observado que no exame mastigação, as médias da porcentagem de acertos diferem entre os grupos GM e GCA (valor-p = 0,027) e entre os grupos GM e GCZ (valor-p = 0,002), sendo menor em ambos os casos no GM. Para os exames padrão e white noise, não há diferença entre as médias da porcentagem de acertos nos três grupos (valores-p >= 0,452). CONCLUSÃO: os participantes do GM apresentaram menor porcentagem de acertos no Teste de Identificação de Sentenças Dicóticas na situação de apresentação de um ruído distraidor (exame mastigação) em relação ao mesmo teste aplicado em situação padrão ou white noise, sugerindo que indivíduos com misofonia podem apresentar alteração da atenção seletiva quando expostos a sons que desencadeiam esta condição / INTRODUCTION: Misophonia is characterized by the aversion to very selective sounds, which evoke a strong emotional reaction. It has been proposed that misophonia, as well as tinnitus, is associated with hyperconnectivity between the auditory and limbic systems. Individuals with bothersome tinnitus may have selective attention impairment, but it has not been demonstrated in case of misophonia yet. OBJECTIVE: to characterize a sample of misophonic subjects and compare it to two control groups, one with tinnitus individuals (without misophonia) and the other one with asymptomatic individuals (without misophonia and without tinnitus), regarding self-perception of the condition and selective attention. METHODOLOGY: we had evaluated 40 normal hearing participants: 10 with misophonia (GM), 10 with tinnitus (without misophonia) (GCZ) and 20 without tinnitus and without misophonia (GCA). General questionnare was applied in all of three groups and specific misophonia questionnaire was applied only in GM. In order to evaluate the selective attention, it was applied the Dichotic Sentence Identification (DSI) Test in three situations: In the first one, it was applied the original test. Then, the test was applied in two other situations including two competitive sounds, one with chewing sound (chewing test), and the other one with white noise sound (white noise test). RESULTS: The GM sample indicated that the onset of misophonia occurred in childhood or adolescence (mean 11.5 years). According to the visual analog scale, the discomfort with misophonia ranged from 5 to 10, and nine (90%) participants answered that misophonia always or sometimes limits their social and professional interactions. In the chewing test, it was observed that the average of correct responses differed between GM and GCA groups (pvalue = 0.027) and between GM and GCZ groups (p-value = 0.002), in both cases it was lower in GM. In the original and white noise tests, no difference was observed between the averages of correct responses in the three groups (p-values >= 0.452). CONCLUSION: The GM participants had a lower percentage of correct responses in the chewing test, suggesting that individuals with misophonia may have selective attention impairment when they are exposed to sounds that trigger the condition
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Avaliação audiológica e hiperacusia nos Transtornos do Espectro Autista / Audiological evaluation and hyperacusis in Autistic Spectrum Disorder

Stefanelli, Ana Cecília Grilli Fernandes 31 May 2019 (has links)
Embora hiper-reatividade auditiva (HRA) e/ou hiperacusia (HPA) sejam manifestações frequentes no Transtorno do Espectro Autista (TEA) são poucos os estudos que investigaram este sintoma com medidas fisiológicas ou exploraram os mecanismos auditivos neurais que podem estar associados a esta característica. O principal objetivo deste trabalho foi estudar a queixa subjetiva (o sintoma) e o desconforto observável (o sinal) da HPA no TEA e avaliar a relação com o efeito inibitório do complexo olivococlear medial (EICOCM). Foram recrutadas 13 crianças e adolescentes com TEA (idade média = 7,2 anos) de ambos os sexos, e 11 crianças e adolescentes com desenvolvimento típico (idade média = 7,2 anos) de ambos os sexos. Para avaliar a HPA, todos os sujeitos responderam a um questionário de caracterização desse sintoma. As medidas psicoacústicas e eletroacústicas permitiram a determinação da sensibilidade auditiva, do funcionamento coclear, do nível de desconforto auditivo e do campo dinâmico da audição. Para a avaliação da via eferente, o EICOCM foi investigado pelas emissões otoacústicas evocadas transientes com ruído contralateral. Os resultados mostraram que o grupo com TEA apresentou desconforto em intensidades mais baixas nas frequências de 1 kHz, 2 kHz e 4 kHz (1 kHz, t = 1,99, p = 0,059; 2 kHz, t = 2,16, p = 0,042; 4 kHz, t = 2,37, p = 0,028), e menor faixa dinâmica auditiva em comparação com o grupo controle, sendo que nas frequências de 0,5 kHz, 4 kHz e 8 kHz houve diferenças estatisticamente significantes (respectivamente: 0,5 kHz p = 0,03; 4 kHz p = 0,01 e 8 kHz p = 0,03). As emissões otoacústicas evocadas transientes evidenciaram amplitudes de resposta coclear semelhante entre os grupos, porém, o efeito inibitório não: o grupo com TEA apresentou valores menores em comparação ao grupo controle (F(4;76) = 3,49, p = 0,01). Houve correlação positiva entre o EICOCM e a medida do campo dinâmico da audição. Crianças e adolescentes com TEA apresentaram maior ocorrência de hiperacusia, o que pode indicar que esse sinal está relacionado a um déficit no EICOCM / Although auditory hyper-responsiveness (AHR) and/or hyperacusis is a frequent manifestation in Autism Spectrum Disorder (ASD), few studies have investigated this symptom with physiological measures or explored the neural auditory mechanisms that may be associated with this characteristic. The main objective was to study the complains (symptom) and the evident discomfort (sign) of hyperacusis in ASD and to evaluate its relationship with the inhibitory effect of the medial olivocochlear bundle (MOCB). Two groups, one of 13 children and adolescents with ASD (mean age = 7.2 years) of both sexes, and other with 11 children and adolescents typically developed (mean age = 7.2 years) of both sexes, were recruited. To assess hyperacusis, all subjects answered a questionnaire characterizing this symptom. The psychoacoustic and electroacoustic measurements allowed the determination of auditory sensitivity, cochlear functioning, level of auditory discomfort and auditory dynamic range. For the evaluation of the efferent pathway, the inhibitory effect of the MOCB was assessed by transient evoked otoacoustic emissions with contralateral noise. The results showed that the group with ASD presented discomfort at lower frequencies in the frequencies of 1, 2 and 4 kHz (1 kHz, t = 1.99, p = 0.059; 2 kHz, t = 2.16, p = 0.042; 4 kHz, t = 2.37, p = 0.028), and lower auditory dynamic range in comparison with the control group, while for the frequencies of 0, 5, 4 and 8 kHz, a statistically significant difference was found (respectively: 0.5 kHz p = 0.03; 4 kHz p = 0.01 and 8 kHz p = 0.03). Transient evoked otoacoustic emissions showed similar cochlear response amplitudes between groups, while the inhibitory effect did not: the group with ASD presented lower values in comparison to the control group (F(4;76) = 3.49, p = 0,01). There was a positive correlation between the inhibitory effect of the MOCB and the auditory dynamic range measurement. Children and adolescents with ASD had a higher occurrence of hyperacusis, which may point out that this sign is associated with a deficit in the inhibitory effect of MOCB

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