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Flocos desidratados de abóbora na prevenção e controle da carência de vitamina ALygia Burgos Ambrósio, Carmem January 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005 / A hipovitaminose A é um dos principais problemas de saúde pública que afeta milhares
de crianças em países em desenvolvimento acarretando xeroftalmia, cegueira e morte.
As provitaminas vegetais constituem a maior porção das vitaminas dietéticas, podendo
chegar a 88% nestes países e a quantidade de retinol obtido a partir dos carotenóides é
questionada. A falta de informação da população no que diz respeito às fontes
alimentares e os fatores que interferem na biodisponibilidade dos carotenóides citados
na literatura com a mnemônica SLAMENGHI são possíveis causas associadas à
contradição: grande disponibilidade de fontes de carotenóides e alto índice de
hipovitaminose A em países em desenvolvimento. O artigo de revisão Carotenóides
como alternativa contra a hipovitaminose A aborda atualidades referentes a
biodisponibilidade e fontes alternativas de carotenóides como os óleos de dendê e buriti,
pupunha, pequi e flocos desidratados de abóbora no intuito de possibilitar um
posicionamento na utilização dos carotenóides no combate a hipovitaminose A. No
artigo Aceitabilidade de flocos desidratados de abóbora foi avaliada a aceitabilidade de
um produto alternativo fonte de carotenóides. Os flocos encontravam-se adequados para
o consumo e a aceitabilidade de 95,21% para os adultos e 95,52% para as crianças
indicaram que os flocos desidratados de abóbora podem ser utilizados em larga escala
para o estudo do efeito deste produto no combate a hipovitaminose A. No artigo
Eficácia de flocos desidratados de abóbora na prevenção e controle da carência de
vitamina A, crianças com idade entre 12 e 72 meses foram submetidas ao teste da RDR
(Resposta Relativa à Dose), no início do estudo e 90 dias após o consumo dos flocos.
Foram colhidas amostras de sangue em jejum para análise do retinol sérico no início do
estudo, 30 dias e 90 dias após o consumo. O nível médio de retinol sérico nas crianças
aumentou de 1,438 ± 0,45 μmol/L (tempo 0) para 1,659 ± 0,51 μmol/L (30 dias) e
1,928 ± 0,70 μmol/L (90 dias). No início do estudo, 18,56% das crianças apresentavam
níveis de retinol sérico abaixo do ponto de corte de 1,05 μmol/L, proporção que caiu
para 7,6% depois de 30 dias e 0% após 90 dias de estudo. No final do período de estudo
(90 dias) nenhuma criança apresentou uma RDR positiva. Os resultados obtidos
permitiram concluir que os flocos são eficazes tanto na prevenção como no tratamento
da carência de vitamina A
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Prevalência de hipovitaminose A em conglomerados urbanos e rurais do município da Gameleira na Zona da Mata meridional de Pernambuco-2005Lígia Lins de Araújo, Ana January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / O presente trabalho estuda a prevalência de hipovitaminose A e seus possíveis fatores
determinantes, em crianças entre 6 e 59 meses na cidade de Gameleira, Zona da Mata de
Pernambuco, sendo escolhida pelo seu baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). É
um estudo transversal, envolvendo 545 crianças, de ambos os sexos, da população urbana e
rural, selecionadas aleatoriamente, e avaliadas pelos indicadores bioquímicos (retinol sérico),
antropométrico (peso/idade, estatura/idade e peso/estatura), fatores socioeconômicos, de
saúde e nutrição. A prevalência de níveis de retinol sérico baixos (< 0.70μmol/L) foi de
25,5%, caracterizando a deficiência de vitamina A como um problema grave de saúde
pública, segundo os critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS). A distribuição dos
níveis séricos de retinol e o sexo, idade, renda familiar e fatores socioeconômicos foram
homogêneos. No entanto, o local de residência (Urbano e Rural) mostrou diferença entre a
prevalência de hipovitaminose A (p=0,02). A prevalência de baixo peso foi de 6,4%, de
retardo do crescimento linear de 13,8% e da relação entre os dois foi de 2,0%. A
hipovitaminose A não mostrou correlação com a desnutrição energético-protéica (p=0,67). A
prevalência de hemoglobina baixa (< 11 mg/dL) foi de 45,7%, mesmo assim não apresentado
relação estatística. A seleção de indicadores fidedignos do estado nutricional de vitamina A,
bem como seus fatores determinantes, são elementos essenciais para o diagnóstico e o
planejamento das ações e políticas públicas, visando à prevenção e o controle dessa carência
nutricional específica, levando em consideração que no presente estudo as variáveis não
foram de impacto para essa carência
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Hipovitaminose A em pré-escolares de creches públicas da cidade do Recife: Indicadores bioquímico e dietéticoFernanda dos Santos Fernandes, Taciana January 2002 (has links)
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Previous issue date: 2002 / Com o objetivo de traçar o perfil da hipovitaminose A em pré-escolares de creches
públicas da cidade do Recife-PE, foi desenvolvido um estudo de corte transversal
envolvendo 311 crianças menores de cinco anos, de ambos sexos, aleatoriamente
selecionadas, e avaliadas pelos indicadores bioquímico (retinol sérico), dietético
(inquérito de consumo alimentar) e antropométrico (peso/idade, altura/idade e
peso/altura). A prevalência de níveis de retinol sérico baixos (< 20μg/dl) foi de 7%,
caracterizando a deficiência de vitamina A como problema de saúde pública do tipo
leve, segundo critérios da Organização Mundial de saúde (OMS). Cerca de 78% das
crianças apresentaram adequação do consumo de vitamina A, considerando-se as
cifras recomendadas pela Dietary Reference Intakes (DRI), 2001. A distribuição dos
níveis séricos de retinol e do consumo alimentar de vitamina A foi homogênea,
segundo o sexo. No entanto, crianças na faixa etária de 12 a 48 meses, mostraram
menor consumo de vitamina A em relação às demais faixas etárias (p < 0,05). A
prevalência de baixo peso foi de 7,5%, de retardo do crescimento linear de 8,1% e
de desnutrição aguda de 1,8%. A hipovitaminose A, avaliada pelos níveis séricos de
retinol e baixo consumo de vitamina A, não mostrou correlação com a desnutrição
energético-protéica (p > 0,05). Por outro lado, os níveis séricos de retinol não
mostraram correlação (p > 0,05) com o consumo de vitamina A. O inquérito dietético,
enquanto teste de discriminação diagnóstica da hipovitaminose A, apresentou baixo
valor preditivo positivo, pouca sensibilidade, embora razoável especificidade. A
identificação de grupos populacionais vulneráveis, bem como, a seleção de
indicadores fidedignos do estado nutricional de vitamina A, são elementos
essenciais para o diagnóstico e o planejamento de ações visando a prevenção e o
controle desta carência nutricional específica
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Avalia??o in vivo de retinol em produtos (farinha e bolo sem gl?ten) oriundos de batata-doce (Ipomoea batatas) cultivar Beauregard biofortificada com carotenoidesCamargo, Val?ria Cristina dos Santos 28 June 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-06-28 / A batata-doce biofortificada e seus derivados, com maiores teores de carotenoides pr?-vitam?nicos A, foram desenvolvidos como modo alternativo e complementar as interven??es diet?ticas voltadas ao combate da defici?ncia de vitamina A. A biodisponibilidade dos carotenoides pr?-vitam?nicos presentes nestes alimentos foi avaliada em Gerbils (Meriones unguiculatus), para se obter conhecimento se o nutriente ingerido ficar? dispon?vel ao organismo para o desempenho das fun??es a ele atribu?das. Foram utilizados 30 animais machos, com 35 a 41 dias de idade e peso corporal variando entre 50,94g (+/- 6,97). Durante quatro semanas os animais foram alimentados com dietas livre de vitamina A (SVA) a fim de induzir a defici?ncia marginal de vitamina A. Em seguida foi realizada a eutan?sia de cinco animais e os demais foram distribu?dos em quatro grupos, composto por cinco animais, que foram alimentados com dietas experimentais durante um per?odo de quatro semanas. Sendo que receberam as seguintes dietas: G1: Dieta controle - AIN93G contendo 6 UI de Vitamina A; G2: Farinha de batata-doce biofortificada, G3: Bolo 1 (produzido com farinha de batata-doce) e G4: Bolo 2 (produzido com ra?zes in natura). Foi feito o controle di?rio de peso e consumo alimentar. Ap?s quatro semanas de reple??o o grupo 4 exibiu diferen?a significativa do grupo 1 (p <0,001) apresentando um maior consumo alimentar, e os demais grupos n?o diferiram entre si. Com rela??o ao ganho de peso os grupos 3 e 4 apresentaram um ganho maior quando comparados aos demais grupos, que apresentaram semelhan?a entre si. Os n?veis de retinol plasm?tico de vitamina A n?o demonstraram diferen?a significativa entre os grupos que receberam as dietas controle e sem SVA (deple??o). Entretanto, foi poss?vel observar que os carotenoides pr?-vitam?nicos foram convertidos em vitamina A, ficando dispon?veis ao organismo. Demonstrando que a batata-doce biofortificada cv. Beauregard e seus derivados possuem potencial para serem utilizados no combate da defici?ncia de vitamina A. / A batata-doce biofortificada e seus derivados, com maiores teores de carotenoides pr?-vitam?nicos A, foram desenvolvidos como modo alternativo e complementar as interven??es diet?ticas voltadas ao combate da defici?ncia de vitamina A. A biodisponibilidade dos carotenoides pr?-vitam?nicos presentes nestes alimentos foi avaliada em Gerbils (Meriones unguiculatus), para se obter conhecimento se o nutriente ingerido ficar? dispon?vel ao organismo para o desempenho das fun??es a ele atribu?das. Foram utilizados 30 animais machos, com 35 a 41 dias de idade e peso corporal variando entre 50,94g (+/- 6,97). Durante quatro semanas os animais foram alimentados com dietas livre de vitamina A (SVA) a fim de induzir a defici?ncia marginal de vitamina A. Em seguida foi realizada a eutan?sia de cinco animais e os demais foram distribu?dos em quatro grupos, composto por cinco animais, que foram alimentados com dietas experimentais durante um per?odo de quatro semanas. Sendo que receberam as seguintes dietas: G1: Dieta controle - AIN93G contendo 6 UI de Vitamina A; G2: Farinha de batata-doce biofortificada, G3: Bolo 1 (produzido com farinha de batata-doce) e G4: Bolo 2 (produzido com ra?zes in natura). Foi feito o controle di?rio de peso e consumo alimentar. Ap?s quatro semanas de reple??o o grupo 4 exibiu diferen?a significativa do grupo 1 (p <0,001) apresentando um maior consumo alimentar, e os demais grupos n?o diferiram entre si. Com rela??o ao ganho de peso os grupos 3 e 4 apresentaram um ganho maior quando comparados aos demais grupos, que apresentaram semelhan?a entre si. Os n?veis de retinol plasm?tico de vitamina A n?o demonstraram diferen?a significativa entre os grupos que receberam as dietas controle e sem SVA (deple??o). Entretanto, foi poss?vel observar que os carotenoides pr?-vitam?nicos foram convertidos em vitamina A, ficando dispon?veis ao organismo. Demonstrando que a batata-doce biofortificada cv. Beauregard e seus derivados possuem potencial para serem utilizados no combate da defici?ncia de vitamina A.
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Efetividade da multimistura como suplemento dietético destinado à promoção da saúde. / Effectiveness of nutritional supplement as a supplement diet to promote health.Cavalcante, Sybelle de Araujo 17 December 2008 (has links)
Recent data have shown that the prevalence of infant malnutrition has been
importantly reduced everywhere in Brazil. It still affects thousands of children, and
has been maintained as a serious public health problem in the country, especially in
areas of the north and northeast regions. Because of that and together the efforts of
the government, the civil society has sought alternative solutions to resolve the
problem. In this context, emerged the proposal of the food alternative which has as
its main consequence the development of the called multimixture (MM), a flour
made of the non-used parts of a food that is utilized as a supplement of the usual diet
of diet of children. That flour is being used by health professionals in a large number
of Brazilian cities. However, the relevance of such use has been seriously questioned
in academic circles. For this reason, this dissertation was made with the aim of
evaluating the effectiveness of MM as a dietary supplement to improve the health of
children at nutritional risk. To develop the theme, two articles were made. In the first,
known as Chemical composition and effectiveness of multimixture as dietary
supplements: a literature review there is an updated analysis on the chemical
composition, the bioavailability of its minerals and effectiveness of MM: the data
obtained show that it is a source of minerals (iron, calcium, zinc, copper, manganese,
selenium) and vitamins (A, B2, B6, C, folic acid, biotin and pantothenic acid), but there
is yet some doubts about the bioavailability of these nutrients. The possibility of
poisoning by cyanide coming from sheet of cassava is not discarded. A great number
of studies, especially those conducted with humans, pointing to its ineffectiveness to
promote the appropriate nutritional status. The second article identified as The
Effects of multimixture consumption of children nutritional status: Community test
involving kids of a hantytown, in the periphery of Maceió Alagoas , was made from
the results obtained in an experimental study of a Community test type, which
included children (6 to 60 months), allocated in block after a draw selection for the
Control Group (Sector A, n = 50) or the Multimixture Group (Sector B, n = 48). At this
group, the supplementation consisted of two spoons of soup per day in the usual
fractioned food. Anthropometric evaluations were performed before and after the
experimental phase (10 months). The incidence of aggravating risks to the health
was studied through fortnight investigations of morbidity. The adequacy of food
consumption survey was looked into by a dietary recall of 24 hours, for 3 days. The determination of the haemoglobin (Hemocue®) and the serum retinol (HPLC) was
done at the end of the experimental phase. According to each situation, a statistical
parametric or non-parametric analysis was made for the significance (p<0.05) of the
results. No differences were observed (p≥0.05) between the results obtained in the
anthropometric and dietary evaluations, between the averages of haemoglobin and
serum retinol in the incidence of diarrhea, vomiting and fever. Respiratory infections,
however, occurred more intensely in the children of the control group (24.3% vs.
16.9%, OR = 1.59; 1.13-2.24 = 95, p<0.01). Taking into consideration that it is based
on the nutritional recommendations for the age group under study, it was found that
food consumption of children, regardless of the group to which they were allocated,
did not meet the recommendations for energy, calcium, vitamin A, iron and zinc
contents, while proteins had an exceeding adequacy of 100%. It was concluded that
supplementation with MM has not changed the anthropometric profile or the anemia
frequency and hypovitaminosis A among children, but reduced the incidence of
respiratory infections. Taking into account the relationship between risks and
benefits, it is recommended the discontinuation of its use on health services, where
effective measures are known for intervention and should be implemented. It is,
accordingly, the nutritional education based on the adoption of healthy eating habits,
with recovery of regional foods. In addition, it is necessary to emphasize that suitable
food is a right of the human being, inherent to his dignity and indispensable to act
upon the rights enshrined in the Federal Constitution, where the State must adopt the
necessary politics to guarantee nutritional and safety food for the population. / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Alagoas / Dados recentes têm demonstrado que a prevalência de desnutrição infantil
vem se reduzindo de forma importante em todas as regiões do Brasil. Ainda assim,
continua afetando milhares de crianças, mantendo-se como um grave problema de
saúde pública em nosso país, principalmente, nas regiões norte e nordeste. Diante
disso, ao lado de ações do poder público, a sociedade civil organizada tem buscado
soluções alternativas para solucionar o problema. Nesse contexto, surgiu a proposta
da alimentação alternativa, tendo como principal desdobramento a elaboração da
chamada multimistura (MM), um farelo formulado a partir das partes normalmente
não aproveitáveis dos alimentos e usado como suplemento à alimentação habitual
de crianças, a qual vem sendo utilizado por profissionais de saúde em grande
número de municípios brasileiros. Todavia, a pertinência dessa utilização tem sido
seriamente questionada nos meios acadêmicos. Diante disso, realizou-se a presente
dissertação com o objetivo de avaliar a efetividade da MM como suplemento
dietético destinado a promover a saúde de crianças em situação de risco nutricional.
Para desenvolver o tema, foram elaborados dois artigos. No primeiro, denominado
Composição química e efetividade da multimistura como suplemento dietético: uma
revisão da literatura , apresenta-se uma revisão atualizada sobre a composição
química, a biodisponibilidade de seus minerais e a efetividade da MM. Os dados
obtidos revelam que a mesma é fonte de minerais (ferro, cálcio, zinco, cobre,
manganês, selênio) e vitaminas (A, B2, B6, C, ácido fólico, ácido pantotênico e
biotina), todavia restam dúvidas quanto à biodisponibilidade desses nutrientes. A
possibilidade de intoxicação pelo cianeto oriundo da folha de mandioca não é
descartada. A maioria dos estudos, sobretudo aqueles realizados com seres
humanos, apontam para a sua inefetividade em promover o adequado estado
nutricional. O segundo artigo, intitulado Efeitos do consumo da multimistura sobre o
estado nutricional: ensaio comunitário envolvendo crianças de uma favela da
periferia de Maceió Alagoas , foi elaborado a partir dos resultados obtidos em um
estudo experimental do tipo ensaio comunitário incluindo crianças (6 a 60 meses) de
uma favela de Maceió, alocadas em bloco após sorteio para o Grupo Controle (Setor
A; n=50) ou para o Grupo Multimistura (Setor B; n=48). Neste, a suplementação
consistiu de duas colheres de sopa/dia fracionadas na alimentação habitual.
Avaliações antropométricas foram realizadas antes e após a fase experimental (10
vi
meses). A incidência de agravos à saúde foi investigada pela realização de
inquéritos quinzenais de morbidade. A adequação do consumo alimentar foi
investigada por inquérito dietético recordatório de 24 horas relativo a 3 dias. A
determinação da hemoglobina (Hemocue®) e do retinol sérico (HPLC) foi efetuada
no final da fase experimental. Conforme cada situação, utilizou-se de estatística
paramétrica ou não-paramétrica para análise de significância (p<0,05) dos
resultados. Não foram observadas diferenças (p≥0,05) entre os resultados obtidos
na avaliação antropométrica, dietética, entre as médias de hemoglobina e retinol
sérico e na incidência de diarréia, vômitos e febre. Todavia, as infecções
respiratórias incidiram de forma mais intensa sobre as crianças do Grupo Controle
(24,3% vs. 16,9%; OR=1,59; IC95=1,13-2,24; p<0,01). Tendo-se por base as
recomendações nutricionais para a faixa etária em estudo, verificou-se que o
consumo alimentar das crianças, independentemente do grupo ao qual foram
alocadas, não atendeu as recomendações de energia, cálcio, vitamina A, ferro e
zinco, enquanto as proteínas tinham adequação superior a 100%. Concluiu-se que a
suplementação com MM não alterou o perfil antropométrico nem a freqüência de
anemia e hipovitaminose A entre as crianças, mas reduziu a incidência de infecções
respiratórias. Considerando-se a relação entre riscos e benefícios, recomenda-se a
descontinuidade de sua utilização nos serviços de saúde, onde medidas efetivas de
intervenção são conhecidas e devem ser implementadas. Destaca-se, nesse
sentido, a educação nutricional baseada na adoção de hábitos alimentares
saudáveis, com valorização dos alimentos regionais. Acrescente-se que a
alimentação adequada é um direito do ser humano, inerente à sua dignidade e
indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição Federal,
devendo o Estado adotar as políticas necessárias para garantir a segurança
alimentar e nutricional da população.
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Prevalência de hipovitaminose a em crianças de 0 a 59 meses da região semi-árida de Alagoas, 2007. / Prevalence of hypovitaminosis A in children from the semiarid region of Alagoas, northeastern Brazil, 2007.Vasconcelos, Alba Maria Alves 18 February 2009 (has links)
Vitamin A deficiency (VAD) is a nutritional deficiency that can be caused by
insufficient intake of food sources of vitamin A, or due to problems in their absorption,
transport or use. This is a problem of great importance because of the deleterious
consequences that require the body, such as compromising the immune system,
increasing susceptibility to infections, damage caused in the process of growth and
development, and affect vision and may cause from night blindness to irreversible
blindness nutritional. Children under five years are one of the largest groups of
biological vulnerability, particularly in post-weaning. It is therefore of fundamental
importance to establish the prevalence of vitamin A deficiency in this group to enable
appropriate information to the planning of measures to prevent and control this
situation. The objective was to estimate the prevalence of vitamin A deficiency in
children from 0 to 59 months of the semiarid region of Alagoas. For that, it was
determined the serum retinol by high performance liquid chromatography resolution on
a probability sample comprised 652 children. The prevalence of inadequate plasma
retinol levels (<20μg/dL) was 44.8%. There was no significant difference in mean
retinol by age. There was a statistically significant difference (p = 0009) in relation to
gender, with higher rates of inadequacy among girls (55.4%). The World Health
Organization states that a VAD prevalence of less than 20% characterized the situation
as serious public health problem. Thus, this condition is more than set for the semiarid
region of Alagoas, in that more than twice the cutoff point. Considering the existence of
a national program established by the Ministry of Health directed the control of VAD,
these results demonstrate the need for this to be properly assessed as to its operation and
effectiveness. / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Alagoas / A deficiência de vitamina A (DVA) é uma carência nutricional que pode ser causada
pela ingestão insuficiente de alimentos fontes de vitamina A, ou devido a problemas em
sua absorção, transporte ou utilização. Trata-se de um problema de grande importância
devido às conseqüências deletérias que impõe ao organismo humano, tais como o
comprometendo do sistema imune, aumentando a susceptibilidade às infecções, os
prejuizos causados no processo de crescimento e desenvolvimento, além de afetar a
visão, podendo causar desde a cegueira noturna até a cegueira nutricional irreversível.
As crianças menores de cinco anos constituem um dos grupos biológicos de maior
vulnerabilidade, sobretudo no período pós-desmame. Assim, é de fundamental
importância estabelecer a prevalência de hipovitaminose A nesse grupo de modo a
possibilitar informações adequadas para o planejamento de medidas de prevenção e
controle dessa carência. O objetivo deste trabalho foi estimar a prevalência de
hipovitaminose A nas crianças de 0 a 59 meses da região semi-árida de Alagoas. Para
isso, determinou-se o retinol sérico por cromatografia líquida de alta resolução em
amostra probabilística formada por 652 crianças. , A prevalência de níveis inadequados
de retinol (< 20μg/dL) foi de 44,8%. Não houve diferença significativa das médias de
retinol por faixa etária. Foi observada uma diferença estatisticamente significante (p=
0,009) em relação ao gênero, com maior taxa de inadequação entre as meninas (55,4%).
A Organização Mundial de Saúde estabelece que uma prevalência de DVA igual ou
superior a 20% caracteriza a situação como grave problema de saúde pública. Assim, tal
condição está mais do que estabelecida para a região semi-árida de Alagoas, na medida
em que ultrapassou em mais de duas vezes o referido ponto de corte. Considerando a
existência de um programa nacional instituído pelo Ministério da Saúde direcionado ao
controle da DVA, tais resultados demonstram a necessidade de que o mesmo seja
devidamente avaliado quanto à sua operacionalização e eficácia.
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Biodisponibilidade de Beta-caroteno em mandiocas e batatas-doces biofortificadas: estudos dos efeitos de genótipos e processamentos / In vitro bioavailability of Beta-carotene from cassava and sweet-potatoes biofortified in Brazil: study of the effects of genotypes and processingBerni, Paulo Roberto de Araujo 08 July 2014 (has links)
A deficiência de vitamina A é um problema global de saúde pública que afeta especialmente crianças com menos de 5 anos, mulheres durante o parto e 1 ano pós-parto e é a principal causa de cegueira evitável em crianças. Biofortificação é uma estratégia que visa reduzir as deficiências de micronutrientes em populações vulneráveis ao redor do mundo através do aumento da concentração de nutrientes nos alimentos básicos. Investigou-se os efeitos de genótipos e estilos de cocção sobre o conteúdo, retenção e biodisponibilidade de ?-caroteno (?C) em mandiocas biofortificadas e batatas-doces de polpa laranja (BDPL). Cinco genótipos de mandioca biofortificada, três acessos parentais, e uma mandioca branca foram fornecidos por dois programas de melhoramento. Adicionalmente, foram avaliados dois genótipos de BDPL e duas marcas de alimentos infantis. Tanto as raízes de mandioca quanto de batatas-doces foram analisadas cruas, cozidas em água a 100°C, e fritas em óleo de soja a 180°C após cozimento. Os carotenoides foram extraídos e analisados por HPLC-DAD. A biodisponibilidade foi determinada utilizando a digestão oral, gástrica e duodenal in vitro e absorção por culturas celulares Caco-2. Somente o ?C foi detectado em todos os genótipos de mandioca, embora os teores tenham variado significativamente dependendo do genótipo. As mandiocas melhoradas continham pelo menos 10 vezes mais ?C do que a branca. O cozimento e a fritura foram associados com a perda e isomerização de ?C na mandioca bem como na BDPL. Houve interação significativa entre genótipo e processamento nos perfis e teores de ?C. Eficiência de micelarização do trans-?C nas mandiocas cozidas foi menor do que nas fritas. As mandiocas biofortificadas prontas para consumo podem fornecer até 28% da IDR de retinol. A absorção pelas células Caco-2 do trans-?C foi analisada em quatro genótipos. Dois deles não foram afetados pela cocção em relação à absorção celular, no entanto, os outros dois genótipos apresentaram aumento com a fritura. Com relação às batatas-doces, o trans-?C foi o principal carotenoide encontrado, embora também tenham sido identificados três isómeros do ?C e ?-caroteno em quantidades menores. O teor do trans-?C em um dos genótipos de BDPL foi duas vezes maior do que nos alimentos infantis. Nos alimentos infantis foi encontrada presença relativa de 13-cis-?C maior do que nas BDPLs. A eficiência de micelarização de trans-?C das batatas-doces foi considerada baixa, e não teve diferença com os processamentos. A absorção por Caco-2 não foi diferente para os genótipos de BDPL e alimentos infantis investigados. A quantidade intracelular acumulada de trans-?C foi proporcional à concentração do material inicial. Em resumo, as culturas biofortificadas estudadas podem aumentar a concentração de ?C na dieta. A mandioca frita apresenta mais ?C biodisponível do que ela cozida. Tanto o genótipo da mandioca quanto o tipo de processamento influenciam a absorção de trans-?C. Por outro lado, não foram encontradas evidências de que a redução de partículas, utilizada no alimento infantil, ofereça maior biodisponibilidade de beta-caroteno das BDPLs / Vitamin A deficiency is a world public health problem that affects especially infants, children less than 5 years of age, women during birthing and 1 year post-partum and is the primary cause of avoidable blindness in children. Biofortification is a strategy aimed at decreasing global micronutrient deficiencies in vulnerable populations by increasing the nutrient density in staple food crops. It was investigated the effects of genotype and cooking styles on the content, retention and bioavailability of ?-carotene (?C) in biofortified cassava and orange fleshed sweet-potatoes (OFSP). Five genotypes of biofortified cassava, three parental accessions, and one white cassava were provided by two different breeding programs. Additionally, two genotypes of OFSP and two brands of high processed baby foods were evaluated. Both cassava and OFSP roots were analyzed raw, after boiling in water at 100°C only or after subsequent frying in soybean oil at 180°C. Carotenoids were extracted and analyzed by HPLC-DAD. Bioavailability was assessed using an in vitro oral, gastric and small intestinal digestion coupled with the Caco-2 human intestinal cell model. Only ?C was detected in all tested genotypes of cassava root, although its content varied markedly depending on genotype. Biofortified genotypes contained at least 10-fold higher ?C than the white variety. Boiling and frying were associated with loss and isomerization of ?C in cassava as well as OFSP. There was an interaction of genotype and cooking style on profile of ?C contents. Efficiency of micellarization of trans-?C in boiled cassava was lower than in fried. Biofortified cassava ready to eat can provide up to 28% of the IDR of retinol. Uptake of trans-?C in micelles generated during digestion by Caco-2 cells was analyzed for the four of the five biofortified genotypes. Cell uptake of ?C from two genotypes were not affected by processing, however the other two genotypes had increased with frying. Regarding sweet-potatoes, trans-?C was the major carotenoid found, although it was identified three ?C isomers and ?-carotene in minimal quantities. The concentration of trans-?C in one genotype of OFSP was two times higher than baby foods and the other genotype. Baby foods had relative presence of the 13-cis-?C higher than in the OFSP. Efficiency of micellarization of trans-?C from cooked OFSP or Baby foods was considered low, and had no statistic differences between boiling and frying. The Caco-2 cells uptake were not different for the genotypes and baby foods investigated. The absolute amount of accumulated trans-?C intracellular was proportional to the concentration of the starting material. In summary, biofortified crops can increase ?C contents in diet. Fried cassava presents more bioavailable ?C than boiled. Cassava genotype and cooking style may influence uptake of trans-?C by absorptive intestinal cells. In contrast, there is no evidence that high processed OFSP has more bioavailability of ?C than homemade boiled or fried OFSP
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Biodisponibilidade de Beta-caroteno em mandiocas e batatas-doces biofortificadas: estudos dos efeitos de genótipos e processamentos / In vitro bioavailability of Beta-carotene from cassava and sweet-potatoes biofortified in Brazil: study of the effects of genotypes and processingPaulo Roberto de Araujo Berni 08 July 2014 (has links)
A deficiência de vitamina A é um problema global de saúde pública que afeta especialmente crianças com menos de 5 anos, mulheres durante o parto e 1 ano pós-parto e é a principal causa de cegueira evitável em crianças. Biofortificação é uma estratégia que visa reduzir as deficiências de micronutrientes em populações vulneráveis ao redor do mundo através do aumento da concentração de nutrientes nos alimentos básicos. Investigou-se os efeitos de genótipos e estilos de cocção sobre o conteúdo, retenção e biodisponibilidade de ?-caroteno (?C) em mandiocas biofortificadas e batatas-doces de polpa laranja (BDPL). Cinco genótipos de mandioca biofortificada, três acessos parentais, e uma mandioca branca foram fornecidos por dois programas de melhoramento. Adicionalmente, foram avaliados dois genótipos de BDPL e duas marcas de alimentos infantis. Tanto as raízes de mandioca quanto de batatas-doces foram analisadas cruas, cozidas em água a 100°C, e fritas em óleo de soja a 180°C após cozimento. Os carotenoides foram extraídos e analisados por HPLC-DAD. A biodisponibilidade foi determinada utilizando a digestão oral, gástrica e duodenal in vitro e absorção por culturas celulares Caco-2. Somente o ?C foi detectado em todos os genótipos de mandioca, embora os teores tenham variado significativamente dependendo do genótipo. As mandiocas melhoradas continham pelo menos 10 vezes mais ?C do que a branca. O cozimento e a fritura foram associados com a perda e isomerização de ?C na mandioca bem como na BDPL. Houve interação significativa entre genótipo e processamento nos perfis e teores de ?C. Eficiência de micelarização do trans-?C nas mandiocas cozidas foi menor do que nas fritas. As mandiocas biofortificadas prontas para consumo podem fornecer até 28% da IDR de retinol. A absorção pelas células Caco-2 do trans-?C foi analisada em quatro genótipos. Dois deles não foram afetados pela cocção em relação à absorção celular, no entanto, os outros dois genótipos apresentaram aumento com a fritura. Com relação às batatas-doces, o trans-?C foi o principal carotenoide encontrado, embora também tenham sido identificados três isómeros do ?C e ?-caroteno em quantidades menores. O teor do trans-?C em um dos genótipos de BDPL foi duas vezes maior do que nos alimentos infantis. Nos alimentos infantis foi encontrada presença relativa de 13-cis-?C maior do que nas BDPLs. A eficiência de micelarização de trans-?C das batatas-doces foi considerada baixa, e não teve diferença com os processamentos. A absorção por Caco-2 não foi diferente para os genótipos de BDPL e alimentos infantis investigados. A quantidade intracelular acumulada de trans-?C foi proporcional à concentração do material inicial. Em resumo, as culturas biofortificadas estudadas podem aumentar a concentração de ?C na dieta. A mandioca frita apresenta mais ?C biodisponível do que ela cozida. Tanto o genótipo da mandioca quanto o tipo de processamento influenciam a absorção de trans-?C. Por outro lado, não foram encontradas evidências de que a redução de partículas, utilizada no alimento infantil, ofereça maior biodisponibilidade de beta-caroteno das BDPLs / Vitamin A deficiency is a world public health problem that affects especially infants, children less than 5 years of age, women during birthing and 1 year post-partum and is the primary cause of avoidable blindness in children. Biofortification is a strategy aimed at decreasing global micronutrient deficiencies in vulnerable populations by increasing the nutrient density in staple food crops. It was investigated the effects of genotype and cooking styles on the content, retention and bioavailability of ?-carotene (?C) in biofortified cassava and orange fleshed sweet-potatoes (OFSP). Five genotypes of biofortified cassava, three parental accessions, and one white cassava were provided by two different breeding programs. Additionally, two genotypes of OFSP and two brands of high processed baby foods were evaluated. Both cassava and OFSP roots were analyzed raw, after boiling in water at 100°C only or after subsequent frying in soybean oil at 180°C. Carotenoids were extracted and analyzed by HPLC-DAD. Bioavailability was assessed using an in vitro oral, gastric and small intestinal digestion coupled with the Caco-2 human intestinal cell model. Only ?C was detected in all tested genotypes of cassava root, although its content varied markedly depending on genotype. Biofortified genotypes contained at least 10-fold higher ?C than the white variety. Boiling and frying were associated with loss and isomerization of ?C in cassava as well as OFSP. There was an interaction of genotype and cooking style on profile of ?C contents. Efficiency of micellarization of trans-?C in boiled cassava was lower than in fried. Biofortified cassava ready to eat can provide up to 28% of the IDR of retinol. Uptake of trans-?C in micelles generated during digestion by Caco-2 cells was analyzed for the four of the five biofortified genotypes. Cell uptake of ?C from two genotypes were not affected by processing, however the other two genotypes had increased with frying. Regarding sweet-potatoes, trans-?C was the major carotenoid found, although it was identified three ?C isomers and ?-carotene in minimal quantities. The concentration of trans-?C in one genotype of OFSP was two times higher than baby foods and the other genotype. Baby foods had relative presence of the 13-cis-?C higher than in the OFSP. Efficiency of micellarization of trans-?C from cooked OFSP or Baby foods was considered low, and had no statistic differences between boiling and frying. The Caco-2 cells uptake were not different for the genotypes and baby foods investigated. The absolute amount of accumulated trans-?C intracellular was proportional to the concentration of the starting material. In summary, biofortified crops can increase ?C contents in diet. Fried cassava presents more bioavailable ?C than boiled. Cassava genotype and cooking style may influence uptake of trans-?C by absorptive intestinal cells. In contrast, there is no evidence that high processed OFSP has more bioavailability of ?C than homemade boiled or fried OFSP
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Suplementação com cholecalciferol em pacientes com doença renal crônica e hipovitaminose D / Cholecalciferol supplementation in chronic kidney disease patients with vitamin D insufficiency: a 6-month follow-upGarcia-Lopes, Miriam Ghedini [UNIFESP] 22 February 2011 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:50:49Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2011-02-22 / Considerando a elevada prevalência de hipovitaminose D em pacientes na fase não dialítica da doença renal crônica (DRC) e os efeitos benéficos da restauração do estado nutricional de vitamina D nos pacientes com DRC nos parâmetros do metabolismo mineral, os guias de práticas clínicas para prevenção e tratamento dos distúrbios do metabolismo mineral ósseo, Kidney Disease Outcomes Quality Initiative (K-DOQI) e Kidney Disease Improving Global Outcomes (KDIGO), sugerem a suplementação com vitamina D (ergocalciferol ou colecalciferol) para pacientes com DRC na fase não dialítica com hipovitaminose D. No entanto, poucos estudos avaliaram o efeito da suplementação nessa população. Dessa forma, este estudo tem como objetivo investigar os efeitos da suplementação com colecalciferol sobre marcadores séricos do metabolismo mineral de pacientes com hipovitaminose D na fase não dialítica da DRC. Estudo 1. Suplementacao com colecalciferol na doenca renal cronica: restauracao do estado nutricional de vitamina D e impacto sobre o paratormonio. O estudo foi prospectivo com duracao de 6 meses. Foram incluidos 45 pacientes com deficiencia de vitamina D 25-hidroxivitamina D [25(OH)D] < 15 ng/mL. Os pacientes foram suplementados com 50.000 UI/semana de colecalciferol durante 3 meses, sendo que naqueles que alcancaram niveis de 25(OH)D„d 30 ng/mL a dose foi modificada para 50.000 UI/mes durante os proximos 3 meses. Para os demais pacientes, a mesma dose inicial foi mantida por mais 3 meses. Apos o inicio da suplementacao observou-se um aumento significativo nos niveis de 25(OH)D no tempo 3 e no tempo 6. Nos primeiros 3 meses de suplementacao, 78% dos pacientes atingiram niveis de 25(OH)D„d 30 ng/mL. No entanto, apos o ajuste da dose, somente 43% mantiveram esses niveis. Houve uma diminuicao nos niveis de paratormonio (PTH) no tempo 3, periodo em que os pacientes receberam a maior dose de colecalciferol. As mudancas nos niveis de 25(OH)D durante os 3 meses correlacionaram-se positivamente com as mudancas dos niveis de 1,25-diidroxivitamina D [1,25(OH)2D] (r= 0,37; P= 0,01). As variacoes nos niveis de PTH correlacionaram-se inversamente com as mudancas nos niveis de calcio serico (r= -0,42; P= 0,004) e diretamente com as mudancas na creatinina serica (r= 0,38; P= 0,01). A analise de regressao logistica incluindo a proteinuria do inicio do estudo e as mudancas nos niveis sericos de creatinina, demonstrou que o excesso de adiposidade foi o principal fator associado com uma menor resposta a suplementacao nos primeiros 3 meses (IMC „d 25 kg/m2: ƒÒ= 2,35, EP= 1,15, P= 0,04; indice de gordura do tronco: ƒÒ= 2,59, EP= 1,13, P= 0,02). Este estudo concluiu que o tratamento com 50.000 UI por semana de colecalciferol foi efetivo em restaurar o estado nutricional de vitamina D na maioria dos pacientes sem apresentar efeitos adversos. A restauracao dos niveis de vitamina D resultou na diminuicao do PTH mesmo com uma reducao da funcao renal. Estudo 2. Suplementacao com colecalciferol em pacientes com doenca renal cronica e insuficiencia de vitamina D. O estudo foi prospectivo com duracao de 6 meses, randomizado e cego. Foram incluidos 75 pacientes com insuficiencia de vitamina D [25(OH) D „d 15 e < 30 ng/mL. Os pacientes foram tratados de acordo com a recomendacao de suplementacao proposta pelo K-DOQI para pacientes com insuficiencia de vitamina D (50.000 UI de colecalciferol mensalmente durante 6 meses). Os mesmos foram aleatoriamente alocados em dois grupos: Grupo Colecalciferol (n= 38 pacientes) ou Grupo Placebo (n= 37 pacientes). O grupo colecalciferol recebeu durante todo periodo de estudo 50.000 UI de colecalciferol mensalmente. Todos os pacientes incluidos no estudo receberam protetor solar durante o periodo de suplementacao. Apos o periodo de suplementacao houve um aumento significativo nos niveis de 25(OH)D no grupo colecalciferol. Com relacao aos demais parametros do metabolismo mineral, nao foram observados modificacoes em nenhum dos parametros durante o seguimento. Apos 6 meses de suplementacao, 46% dos pacientes tratados nao atingiram niveis de 25(OH)D > 30 ng/mL. Esses pacientes apresentaram uma maior quantidade de gordura corporal quando comparados com aqueles que alcancaram esses niveis. Ja no grupo placebo, 40,5% dos pacientes atingiram niveis de 25(OH)D > 30 ng/mL no tempo 6. A epoca da coleta (verao/outono) para a determinacao dos niveis de 25(OH)D no tempo 6 foi o unico parametro que diferiu dos demais pacientes que mantiveram os niveis de 25(OH)D< 30 ng/mL. Em resumo, os resultados do presente estudo demonstram que o protocolo de tratamento proposto pelo K-DOQI parece nao ser adequado para restaurar o estado nutricional de vitamina D em pacientes com insuficiencia desta vitamina. No entanto, a gordura corporal e a epoca da coleta sao fatores que podem ter contribuido para o achado negativo deste estudo. / Background: The effective protocol for treatment of hypovitaminosis D in non-dialysis dependent chronic kidney disease (NDD-CKD) patients has not yet been defined. In the present study we aimed to investigate the impact of cholecalciferol supplementation on serum markers of bone and mineral metabolism using the K/DOQI recommendation for NDD-CKD patients with vitamin D insufficiency. Methods: This was a prospective, randomized, single-blinded interventional study with 6 month of follow-up. This study included 75 patients, randomly assigned for the cholecalciferol group (n=38; 50,000 IU per month for 6 months) or for the placebo group (n=37). Results: After cholecalciferol supplementation, 25(OH)D levels increased significantly at 3 and 6 months in the intervention group and was maintained in the placebo group. No change was found in serum parathyroid hormone as well as in the other serum markers of mineral metabolism studied during the follow-up in both groups. In the end of the study, 46% of the treated patients did not achieve 25(OH)D levels higher than 30 ng/mL. This group of patients had a greater body fat index when compared with those who achieved this level. In the placebo group 40.5% increased 25(OH)D levels higher than 30 ng/mL after 6 months. The season (summer/autumn) when blood was collected for 25(OH)D determination was the only parameter that differed from the group of patients who maintained 25(OH)D levels below 30 ng/mL. Conclusion: Our results indicate that the protocol for treatment of vitamin D insufficiency proposed by the K/DOQI guideline seems not to be adequate for completely restore the vitamin D status of NDD-CKD patients. The lack of adequate response to cholecalciferol supplementation together with the unpredicted restoration of vitamin D status in the placebo group may account, at least in part, for the negative results of the present study. / TEDE
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Associação de dor nas costas com hipovitaminose d em mulheres na pós-menopausaSouza e Silva, Ariane Viana de January 2012 (has links)
Submitted by Luis Guilherme Macena (guilhermelg2004@gmail.com) on 2013-04-05T17:45:12Z
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Previous issue date: 2012 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / O objetivo do estudo foi comparar a presença e gravidade de dor nas costas entre as mulheres na pós-menopausa com e sem hipovitaminose D. Os dados utilizados foram multicêntricos, colhidos em mulheres na pós-menopausa, e rigorosamente analisados quanto a dados demográficos, determinações 25OHD e o questionário Newwit / Cummings de dor nas costas. No estudo, 9354 pacientes foram examinados, mas apenas 9305 realizaram todas as avaliações. A mediana da idade foi de 67 (60 - 85 anos) e idade na menopausa foi de 49 (18 - 72 anos). A hipovitaminose D estava presente em 22,5% dos indivíduos, 67,5% têm dores nas costas e 14,8% limitaram suas atividades diárias nos últimos 6 meses. Indivíduos com hipovitaminose D, em comparação com aqueles sem hipovitaminose D, têm mais dores nas costas (69,5 v 66,9%, p: 0,022), maior frequência de dores nas costas (8,5% v 6,8%, p: 0,004), mais limitações de suas atividades diárias (17,2 v 14,0%, p: 0,001), e mais fraturas (17,4 v 14,6%, p: 0,002); elas tiveram também mais dificuldade em realizar todas as atividades diárias abordados no questionário Newwit / Cummings. Em conclusão, a hipovitaminose D foi relacionada a dores nas costas, a sua gravidade, e à dificuldade em realizar atividades diárias. De acordo com a literatura, o tratamento de hipovitaminose D é eficaz na melhoria funcionalidade muscular, mas é necessário avaliar sua utilidade no tratamento de dores nas costas. / The aim was to compare the presence and severity of back pain between postmenopausal women with and without hypovitaminosis D. Baseline data of multi-center trial in postmenopausal women with low bone mass was reviewed regarding demographic data, 25OHD determinations, Newwit/Cummings questionnaire of back pain, and presence of vertebral fracture thought X-ray evaluation. In the trial, 9354 subjects were screened, but only 9305 performed all the evaluations. The median of age was 67 (60 - 85 years) and age at menopause was 49 (18 - 72 years). Hypovitaminosis D was present in 22.5% of subjects; 15.3% have vertebral fractures; 67.5% have back pain and 14.8% have limit her daily activities in the previous 6 months. Subjects with hypovitaminosis D, compared to those without hypovitaminosis D, have more back pain (69.5 v 66.9%, p: 0.022), more cases of severe back pain (8.5% v 6.8%, p: 0,004), more limitations of their daily activities (17.2 v 14.0%, p: 0.001), and more fractures (17.4 v 14.6%, p: 0,002); also, they have more difficulty in perform all the daily activities addressed in Newwit/Cummings questionnaire. In conclusion, hypovitaminosis D was related to back pain, to its severity, and to difficulty in perform daily activities. According to literature, treatment of hypovitaminosis D is effective in muscular functionality improvement, but it is necessary to evaluated if it will be helpful in the treatment of back pain.
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