Spelling suggestions: "subject:"inmunodeficiencia"" "subject:"imunodeficiência""
41 |
Micobacteriose hepatica na sindrome da imunodeficiencia adquirida : estudo de casos-controles em necropsiasKupski, Carlos January 1997 (has links)
Pacientes com síndrome da imonodeficiência adquirida geralmente têm acometimento hepático por infecções oportunísticas e/ou neoplasias. A micobacteriose hepática é a infecção que mais comumente afeta esses pacientes. O objetivo do presente estudo é avaliar o perfil da micobacteriose hepática em pacientes sidéticos. Um estudo de caso-controle com casos prevalentes foi delineado para avaliar os pacientes sidéticos submetidos a necropsia no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, num período de 10 anos (1986 a 1995). Foram selecionados todos os casos de micobacteriose hepática. Igual número de controles de pacientes sidéticos sem micobacteriose hepática foi identificado, de forma sistemática e aleatória. Dados clínicos, laboratoriais e histológicos foram avaliados em dois períodos de tempo: grupo 1, anos de 1986 a 1990 e grupo 2, anos de 1991 a 1995. Análises estatísticas descritivas e aplicação dos testes de qui-quadrado e t de Student foram realizadas. Casos e controles foram compostos de 47 necropsias cada um. A maioria dos pacientes com SIDA, tanto casos como controles, tinha idade entre 30 e 40 anos, pertencia ao sexo masculino e apresentava hepatomegalia. O risco de exposição classificado como sexual era o predominante. O tempo de duração da doença até o momento da necropsia foi significativamente maior no grupo 2, tanto dos casos como dos controles (p = 0,025 e p = 0,028, respectivamente). Testes laboratoriais que indicam dano hepático (albumina, bilirrubinas, fostatase alcalina, gama GT, transaminases e tempo de protrombina) e achados histológicos (exceto os aspectos morfológicos específicos decorrentes da infecção por micobactérias) não foram significativamente diferentes entre casos e controles. Todos os casos de micobacteriose hepática apresentavam bacilos ácido-álcool resistentes. Granuloma bem formado esteve presente em 85%> dos casos de necropsias e nos 15°/o restantes, necrose caseosa e macrófagos. Não foi identificada a espécie de micobactéria envolvida na injúria hepática. O acometimento hepático nunca foi fato isolado, sendo o baço o órgão mais comumente associado. Achados clínicos, laboratoriais e histológicos de pacientes sidéticos com micobacteriose hepática, exceto a presença do bacilo ácido-álcool resistente, não foram suficientes para diferenciar os casos dos controles. / Acquired immunodeficiency syndrome (AIDS) often compromise the liver with opportunistic infections and neoplasms. Mycobacterial infection of the liver is the commonest infection diagnosed on liver biopsy in patients with AIDS. The aim of the present study is to evaluate the profile of mycobacterial infection on the liver of AIDS patients. A case-contrai study was designed to evaluate necropsies of AIDS patients deceased at the Hospital de Clínicas de Porto Alegre, duríng a 1 O years period (1986-1995). Ali cases of AIDS with mycobacteria liver disease were selected. The same number of AIDS patients without mycobacterial infection were randomly and systematically selected to form the contrai group. Clinicai, histological and liver function data were analysed to characterise their profile for two time intervals: group 1 from 1986 to 1990 and group 2 from 1991 to 1995. Statistical analysis was descriptive and employed chi-square and Student t test. Cases and contrai were composed with 47 necropsies each. Most of the AIDS patients, cases and contrais, were 30-40 years old, male, with sexual exposure being the main risk factor and hepatomegaly. The duration of the disease was significantly longer in group 2 in cases and contrais comparing with group 1 (p = 0,025 and p = 0.028, respectively). Liver related blood tests (albumin, bilirubin, alkaline phosphatase, gamma-GT, transaminases leveis and prothombine time) and histological findings ( except for the specific morphological aspects of mycobacterial infection) were not significantly different in cases and contrais. Ali cases with mycobacterial liver disease had acid-fast bacilli on histology. A well formed granuloma was present in 85°/o of cases necropsies, while caseous necrosis and macrophages with acid-fast bacilli were present in the remaining 15%. lt was not possible to identify the mycobacterium species causing the disease. Liver involvement was never isolated and the spleen was the main organ with associated evidence of disease. Clinicai, laboratorial and histological data from AI OS patients with mycobacterial liver infection, proven by the presence of acid-fast bacilli, were not sufficient to differentiate cases and contrais.
|
42 |
Micobacteriose hepatica na sindrome da imunodeficiencia adquirida : estudo de casos-controles em necropsiasKupski, Carlos January 1997 (has links)
Pacientes com síndrome da imonodeficiência adquirida geralmente têm acometimento hepático por infecções oportunísticas e/ou neoplasias. A micobacteriose hepática é a infecção que mais comumente afeta esses pacientes. O objetivo do presente estudo é avaliar o perfil da micobacteriose hepática em pacientes sidéticos. Um estudo de caso-controle com casos prevalentes foi delineado para avaliar os pacientes sidéticos submetidos a necropsia no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, num período de 10 anos (1986 a 1995). Foram selecionados todos os casos de micobacteriose hepática. Igual número de controles de pacientes sidéticos sem micobacteriose hepática foi identificado, de forma sistemática e aleatória. Dados clínicos, laboratoriais e histológicos foram avaliados em dois períodos de tempo: grupo 1, anos de 1986 a 1990 e grupo 2, anos de 1991 a 1995. Análises estatísticas descritivas e aplicação dos testes de qui-quadrado e t de Student foram realizadas. Casos e controles foram compostos de 47 necropsias cada um. A maioria dos pacientes com SIDA, tanto casos como controles, tinha idade entre 30 e 40 anos, pertencia ao sexo masculino e apresentava hepatomegalia. O risco de exposição classificado como sexual era o predominante. O tempo de duração da doença até o momento da necropsia foi significativamente maior no grupo 2, tanto dos casos como dos controles (p = 0,025 e p = 0,028, respectivamente). Testes laboratoriais que indicam dano hepático (albumina, bilirrubinas, fostatase alcalina, gama GT, transaminases e tempo de protrombina) e achados histológicos (exceto os aspectos morfológicos específicos decorrentes da infecção por micobactérias) não foram significativamente diferentes entre casos e controles. Todos os casos de micobacteriose hepática apresentavam bacilos ácido-álcool resistentes. Granuloma bem formado esteve presente em 85%> dos casos de necropsias e nos 15°/o restantes, necrose caseosa e macrófagos. Não foi identificada a espécie de micobactéria envolvida na injúria hepática. O acometimento hepático nunca foi fato isolado, sendo o baço o órgão mais comumente associado. Achados clínicos, laboratoriais e histológicos de pacientes sidéticos com micobacteriose hepática, exceto a presença do bacilo ácido-álcool resistente, não foram suficientes para diferenciar os casos dos controles. / Acquired immunodeficiency syndrome (AIDS) often compromise the liver with opportunistic infections and neoplasms. Mycobacterial infection of the liver is the commonest infection diagnosed on liver biopsy in patients with AIDS. The aim of the present study is to evaluate the profile of mycobacterial infection on the liver of AIDS patients. A case-contrai study was designed to evaluate necropsies of AIDS patients deceased at the Hospital de Clínicas de Porto Alegre, duríng a 1 O years period (1986-1995). Ali cases of AIDS with mycobacteria liver disease were selected. The same number of AIDS patients without mycobacterial infection were randomly and systematically selected to form the contrai group. Clinicai, histological and liver function data were analysed to characterise their profile for two time intervals: group 1 from 1986 to 1990 and group 2 from 1991 to 1995. Statistical analysis was descriptive and employed chi-square and Student t test. Cases and contrai were composed with 47 necropsies each. Most of the AIDS patients, cases and contrais, were 30-40 years old, male, with sexual exposure being the main risk factor and hepatomegaly. The duration of the disease was significantly longer in group 2 in cases and contrais comparing with group 1 (p = 0,025 and p = 0.028, respectively). Liver related blood tests (albumin, bilirubin, alkaline phosphatase, gamma-GT, transaminases leveis and prothombine time) and histological findings ( except for the specific morphological aspects of mycobacterial infection) were not significantly different in cases and contrais. Ali cases with mycobacterial liver disease had acid-fast bacilli on histology. A well formed granuloma was present in 85°/o of cases necropsies, while caseous necrosis and macrophages with acid-fast bacilli were present in the remaining 15%. lt was not possible to identify the mycobacterium species causing the disease. Liver involvement was never isolated and the spleen was the main organ with associated evidence of disease. Clinicai, laboratorial and histological data from AI OS patients with mycobacterial liver infection, proven by the presence of acid-fast bacilli, were not sufficient to differentiate cases and contrais.
|
43 |
Analise por citometria de fluxo da expressão dos receptores FCy e complemento em monocitos de pacientes com agamaglobulinemia ligada ao X e imunodeficiencia comum variavel / Flow cytometry analysis of the expression of FCy and complement receptors in monocytes of X-linked agammaglobulinaemia and common variable immunodeficiency patientsAmoras, Ana Lidia Braga 15 August 2018 (has links)
Orientador: Maria Marluce dos Santos Vilela / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-15T02:20:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Amoras_AnaLidiaBraga_D.pdf: 8619774 bytes, checksum: 0bd50b9b777f5d8e05904cfcafaf0d50 (MD5)
Previous issue date: 2009 / Resumo: Recentemente, demonstramos defeitos na fagocitose e quimiotaxia de monócitos em pacientes com agamaglobulinemia ligada ao X (ALX) e imunodeficiência comum variável (ICV). Existem poucos dados da expressão in vivo dos receptores para a região constante de imunoglobulina G (IgG) (FcyR) e receptores de complemento (RC) nesses pacientes. O objetivo deste estudo foi investigar a expressão dos FcyR e RC nos monócitos de pacientes com ALX e ICV e compará-la com controles saudáveis. Amostras de sangue total foram obtidas de 10 pacientes com ALX, 12 com ICV e 18 controles saudáveis. O fenótipo dos monócitos foi determinado por citometria de fluxo de células marcadas com CD14+. A expressão dos receptores de superfície FcyRI (CD64), FcyRII (CD32) e FcyRIII (CD16), CR1 (CD35) e CR3 (CD11b e CD18) foi medida através da determinação da proporção de células CD14+ para cada receptor e pela densidade do receptor. Comparado ao controle, observou-se uma porcentagem significantemente maior de monócitos CD16+ e CD35+ nos pacientes com ALX (P=0,002 e P=0,007, respectivamente). A expressão da intensidade de fluorescência relativa (IFR) do FcyRII (CD32) e FcyRIII (CD16) foi significantemente mais baixa nos monócitos de pacientes com ICV em comparação aos controles (P=0,001 e P=0,035, respectivamente). Pacientes com ALX, que possuem redução na tirosina quinase de Bruton (Btk) mostraram porcentagens normais ou maiores de monócitos expressando CD16+ e CD35+. Esses resultados indicam que a expressão dos receptores Fc e complemento não são suficientes para o bom desempenho da função de fagocitose sugerindo que a deficiência fagocitária desses indivíduos pode resultar de defeitos nos mecanismos de transdução intracitoplasmática mediados por Btk. Além disso, a expressão reduzida de CD16+ e CD32+ nos monócitos de pacientes com ICV, que possuem Btk normal, sugere fortemente que a expressão dos receptores é independente de Btk e que a alteração dos receptores vistas nessepacientes pode ser responsável pela deficiência na função fagocitária dos monócitos desses pacientes. / Abstract: Recently we reported that monocyte phagocytosis and chemotaxis are impaired in X-linked agammaglobulinaemia (XLA) and common variable immunodeficiency (CVI) patients. Few data exist on the in vivo expression of receptors for the constant region of immunoglobulin (IgG) (FcgR) and complement receptors (CR) in these patients. The objective of this study was to investigate the expression of FcgR and CR on monocytes from XLA and CVI patients and compare it to that of healthy controls.Whole blood samples were obtained from 10 patients with XLA, 12 with CVI and 18 healthy controls.Monocyte phenotype was determined by flow cytometry with gating on CD14+ cells. Surface expression of FcgRI (CD64), FcgRII (CD32) and FcgRIII (CD16), CR1 (CD35) and CR3 (CD11b and CD18) was measured by determination of the proportion of CD14+ cells positive for each receptor and by receptor density. Compared to controls, a significantly higher percentage of CD16 and CD35+ monocytes from XLA (P=0.002 and P=0.007, respectively) were observed. The relative fluorescence intensity (RFI) expression of FcyRII (CD32) and FcyRIII (CD16) were significantly lower on CVI monocytes compared to controls (P=0.001 and P=0.035, respectively). XLA patients, who have a reduction of Bruton's tyrosine kinase (Btk), showed normal or increased percentages of monocytes expressing Fcy and complement receptors. These results indicate that the expression of Fcy and complement receptors are not sufficient to a good perform of the phagocytosis function and suggests that the impaired phagocytosis observed in XLA patients could be due to defects of intracytoplasmatic transduction mechanisms Btk mediated. Furthermore, the reduced expression of CD16+ and CD32+ on monocytes from CVI patients, who have a normal expression of Btk, strongly suggests that the expression of these receptors is independent of Btk and the impaired phagocytosis observed in the CVI patients could be due the receptors alterations on the monocytes of these patients. / Doutorado / Pediatria / Doutor em Saude da Criança e do Adolescente
|
44 |
Mortalidade por Aids e condicoes socioeconomicas no municipio de Sao Paulo, 1994 a 1999Farias, Norma Suely de Oliveira. January 2002 (has links) (PDF)
Doutor -- Universidade de Sao Paulo. Faculdade de Saude Publica. Departamento de Epidemiologia, Sao Paulo, 2002.
|
45 |
Configurações familiares de idosos que vivem com HIV/AidsLima Neta, Maria Irene Ferreira 17 March 2017 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2017-03-24T11:45:58Z
No. of bitstreams: 1
Maria Irene Ferreira Lima Neta.pdf: 6047924 bytes, checksum: 46e5ed53c0d01c2fb4b2c1eaf521b0d8 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-03-24T11:45:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Maria Irene Ferreira Lima Neta.pdf: 6047924 bytes, checksum: 46e5ed53c0d01c2fb4b2c1eaf521b0d8 (MD5)
Previous issue date: 2017-03-17 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Talking about family today means encountering several historically and socially changed
issues regarding this institution. These changes, which are both structural and functional, have
taken place over its existence, which dates from thousands of years ago. In relation to family,
there must be taken into consideration the experiences lived and the affectional bonds formed
by an individual within the familial relationship. In this aspect, familial relationships may be
constructive or destructive or, in some families, both constructive and destructive. These
family patterns must be taken into consideration when discussing and studying families. We
observe that all changes in families are influenced by social, legal and work-related events, in
addition to health and illness factors. Slightly over three decades ago, society learned of a new
disease which is sexually transmissible through the human immunodeficiency virus (HIV).
This disease is the cause of changes, not only to the lives of persons living with HIV, but also
to the lives of their relatives as they learn of the lived experiences of a seropositive family
member. Since an HIV diagnosis is associated with strong prejudice and, in many cases,
reveals a person’s sexual practices and/or betrayal by a spouse or partner, few people disclose
their HIV seropositive status to their families. Among those who do, there are criteria for
telling one family member and not telling another one. Therefore, studies show that an HIV
diagnosis causes changes in family functioning and in the relationships between family
members. At times, these relationships become so deteriorated that what is considered as
family, family experiences and family patterns changes in a different manner for each family
member. With the increase in the number of elderly seropositive persons and considering that
they are the oldest representatives and the depositaries of family traditions, the objective of
our study was to unveil the family structures of elderly people living with HIV. We worked
with both extended and nuclear families. The study was carried out at the Outpatient Clinic
for Infection-Contagious and Parasitic Diseases of the Federal University of Sao Paulo, state
of Sao Paulo. Participants were 37 elderly people (24 men and 13 women) aged between 60
and 82 years, in addition to 19 family members aged between 17 and 79 years. All
participants signed the Free and Informed Consent Form, and individually provided
responses, which were audio-recorded, to questions about familial relationships, sexuality, the
influence of HIV on familial relationships, and secrecy. Finally, family-of-origin and currentfamily
genograms were built. Results show that the family structures of elderly people living
with HIV are the constructive ones, with behaviors of care, shelter and union, whereas
destructive family structures are those of isolation, prejudice and discrimination. In most
cases, gender is represented by unequal gender practices, where the hegemonic roles are those
of caregivers for women and providers for men. For most participants, HIV plays a secondary
role in familial relationships, since other family issues prove to be of greater importance than
living with the virus, and the condition does not interfere with familial relationships. For those
families where HIV is a determining factor, this causes family members to live under constant
alert and limits familial relationships. Secrecy is protective when it safeguards familial
relationships and shields family members against prejudice. It is destructive when it causes
suffering to those family members who know, and when it limits their behaviors. Our
conclusion is that for both groups, i.e. families and participants without family members,
family structures involve constructive patterns with care, shelter and union, where HIV plays
a secondary role in familial relationships and secrecy has a protective function. In turn, also
for both groups, destructive family patterns are formed with isolation, prejudice and
discrimination, where HIV is a determining factor and secrecy plays a destructive role / Falar de família atualmente é se deparar com várias questões modificadas histórica e
socialmente com relação a esta instituição. Tais modificações, tanto estruturais quanto
funcionais, ocorreram ao longo de sua existência, há milhares de anos. Com relação à família,
devem-se levar em consideração as vivências e vínculos protagonizados pelo indivíduo nesta
relação. Neste aspecto, pode haver relações de construtividade, de destrutividade ou ainda
famílias que possuem ambas as características. São padrões familiares que devem ser levados
em consideração ao se falar de família e ao estudá-la. Notamos que todas as mudanças na
família sofrem influência de acontecimentos sociais, jurídicos, profissionais, bem como de
saúde e doença. Há pouco mais de três décadas, a sociedade tomou conhecimento de uma
nova doença sexualmente transmissível por meio do vírus da imunodeficiência humana
(HIV). Esta é causadora de alterações não apenas na vida de quem vive com HIV, mas
também na de familiares que tomam conhecimento da vivência de um familiar soropositivo.
Sendo uma doença que carrega grandes preconceitos e por seu diagnóstico, em muitos casos,
revelar a traição de um dos membros do casal e/ou práticas sexuais, são poucas as pessoas que
falam para a família sobre sua soropositividade do HIV. Dentre as que falam, há critérios para
contar a um familiar e não contar a outro; desta forma, estudos mostram que este diagnóstico
provoca uma mudança no funcionamento familiar, bem como na relação existente entre seus
membros. E estas relações por vezes ficam tão desqualificadas que o que se assume como
família, vivência e padrões familiares se modificam de forma diferenciada para cada um. Com
o aumento do número de idosos soropositivos, e sendo estes os representantes mais antigos da
família, depositários das tradições familiares, objetivamos desvendar as formas constitutivas
de família de pessoas idosas vivendo com HIV. Trabalhamos tanto com a família extensa
quanto com a família nuclear. Este trabalho foi realizado no Ambulatório de Moléstias
Infectocontagiosas e Parasitárias da Universidade Federal de São Paulo/SP. Participaram 37
idosos, sendo 24 homens e 13 mulheres, com idades entre 60 e 82 anos, e 19 familiares, na
faixa etária de 17 a 79 anos. Todos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
e, de forma individual e gravada, responderam a questões sobre relações familiares,
sexualidade, HIV nas relações familiares e segredo. Por fim, foi feito o genograma da família
de origem e da atual. Os resultados mostram que as formas constitutivas de família para a vida
com HIV são as construtivas com comportamentos de cuidado, acolhimento e união, enquanto
as formas destrutivas de família são as isoladas, preconceituosas e discriminatórias. Para a
maioria, a sexualidade é representada por práticas sexuais de desigualdade em que os papéis
hegemônicos são de cuidadora para a mulher e de provedor para o homem. O HIV nas
relações familiares torna-se coadjuvante para a maioria, pois os demais problemas familiares
mostram-se maiores que a vida com o vírus, e este não interfere nas relações familiares. Já
para as famílias em que o HIV é determinante, assim se configura por viver em alerta
constante e por limitar as relações familiares. O segredo se torna protetor quando preserva as
relações familiares e protege do preconceito. E é destruidor quando gera sofrimento aos
familiares que sabem, e quando limita seus comportamentos. Concluímos que as formas
constitutivas de família para ambos os grupos, famílias e participantes sem familiares, foram
os padrões de construtividade com cuidado, acolhimento e união, tendo o HIV nas relações
familiares como coadjuvante e o segredo como protetivo. Enquanto os padrões familiares de
destrutividade, também para ambos os grupos, se configuram com isolamento, preconceito e
discriminação, tendo o HIV nas relações familiares como determinante e o segredo como
destruidor
|
46 |
Mulheres, reproducao e aids: as tramas da ideologia na assistencia a saude de gestantes HIV+Barbosa, Regina Helena Simoes. January 1900 (has links)
Doutor -- Escola Nacional de Saude Publica, Rio de Janeiro, 2001.
|
47 |
Vivendo e crescento com HIV/AidsBaricca, Ana Maria. January 2005 (has links) (PDF)
Doutor -- Sao Paulo (Estado). Secretaria da Saude. Coordenacao dos Institutos de Pesquisa. Programa de Pos-Graduacao em Ciencias, Sao Paulo, 2005.
|
48 |
O escolar soropositivo para o HIV: sob olhar dos educadoresMoraes, Rute de. January 2005 (has links) (PDF)
Mestre -- Sao Paulo (Estado). Secretaria da Saude. Coordenadoria de Controle de Doencas. Programa de Pos-Graduacao em Ciencias, Sao Paulo, 2005.
|
49 |
Prevalência das infecções pelo vírus da leucemia viral felina e da imunodeficiência viral felina na cidade de Porto AlegreSilva, Flávio Roberto Chaves da January 2007 (has links)
O vírus da imunodeficiência felina (FIV) é um membro da subfamília Lentivirinae da família Retroviridae. A infecção é caracterizada por imunodepressão com um declíneo progressivo dos linfócitos T CD4+, propiciando, desta maneira, o surgimento de infecções oportunistas. Já o vírus da leucemia viral felina (FeLV) pertence a subfamília Oncovirinae da família Retroviridae. Este vírus é um importante patógeno dos gatos domésticos que causa uma variedade de desordens neoplásicas e degenerativas e também apresenta distribuição mundial. O presente estudo compreendeu um levantamento da prevalência das infecções por FIV e FeLV no Município de Porto Alegre. Foram analisadas 65 amostras de gatos sadios e doentes. A detecção destas viroses foi realizada utilizando um “kit” comercial de ELISA para ambas as viroses e um protocolo de reação em cadeia da polimerase aninhada (Nested-PCR) para detecção do FIV. Os resultados demonstraram que 21,5% (14/65) dos gatos foram positivos para FIV combinado os resultados de ambos os testes, 10,8% (7/65) foram positivos para FeLV e 6,1% (4/65) foram positivos para ambos os vírus. Foram também realizados hemogramas de 48 animais, dos quais 8 apresentaram resultados positivos para FIV na Nested-PCR. Através do teste T de Student, verificou-se que não houve diferença significativa nos valores hematológicos destes animais. Conclui-se que a utilização do ELISA com a PCR dobrou a chance de detecção de gatos FIV positivos. Desta forma, a prevalência de FIV foi aproximadamente o dobro do que a de FeLV, ao contrário do que ocorre na maior parte de outros locais estudados. / Feline immunodeficiency virus (FIV) belongs to the Lentivirinae subfamily of the Retroviridae family. The infection is characterized by immunodepression and progressive decline in CD4+ T cells that may render the animal susceptible to opportunistic infections. Feline leukemia virus (FeLV) belongs to subfamily Oncovirinae of the Retroviridae family. The virus also affects domestic cats, being an important pathogen that causes a variety of neoplastic disorders and degenerative diseases. Both viruses have a worldwide distribution. The present study aims to determine the prevalence of infection with FIV and FeLV in Porto Alegre municipality. A total of 65 cats were tested, comprising healthy and sick cats. A commercial ELISA kit was used to detect anti-FIV antibodies and FeLV antigen. A nested polymerase chain reaction (Nested-PCR) was also used for FIV provirus detection. The results showed that 21.5% of the sampled cats were positive for FIV in the ELISA and Nested-PCR, 10.8% were positive for FeLV in the ELISA and 6.1% were positive for both viruses. Haemogram of 48 animals were performed but it was not found any significant association between hematologic values of FIV positive and negative animals. It was concluded that the use of ELISA and Nested-PCR increased the possibility to detect FIV positive cats. The prevalence of FIV infected cats was higher than the prevalence of FeLV positive cats, the opposite of what is normally found in studies performed in other regions.
|
50 |
As implicações do uso da terapia antirretroviral no modo de viver de crianças com AIDS / The compliance to the antiretroviral therapy and the implications in the way of life of children with AIDS / La adhesion a la terapia antiretroviral e las consecuencias en el modo de vivir de niños con aidsBotene, Daisy Zanchi de Abreu January 2009 (has links)
Para que se possa atuar junto às crianças portadoras de HIV/aids é preciso conhecêlas, saber o que pensam, o que compreendem, como se sentem e quais suas necessidades no contexto em que se encontram. Para tanto se desenvolveu este estudo exploratório descritivo, com abordagem qualitativa, cujo objetivo foi conhecer o modo de viver de crianças portadoras do HIV/aids em uso de terapia antirretroviral. O estudo foi realizado com cinco crianças portadoras de HIV/aids, com idades entre dez e 12 anos pertencentes à ONG Mais Criança do município de Porto Alegre/RS. As informações foram coletadas por meio da técnica de Grupo Focal após aprovação pelo comitê de ética em pesquisa da UFRGS. O material resultante dos grupos foi analisado utilizando-se a análise temática de conteúdo. Da análise emergiram três categorias: Envolvimento da criança com os antirretrovirais, Implicações do uso de antirretrovirais no cotidiano das crianças, Percepções sobre a doença e suas subcategorias. Os resultados da pesquisa indicam que o viver dessas crianças é influenciado sobremaneira pelo medo, sendo suas atitudes, escolhas e decisões, na maioria das vezes, motivadas por esse sentimento. As categorias revelaram como é ter que tomar as medicações diariamente e o mundo de segredos e disfarces em que vivem e alicerçam seu crescimento e desenvolvimento. Também revelaram as estratégias que utilizam para manter sua condição de portadoras de HIV/aids protegida da opinião dos outros. Os gestos, olhares e vozes dos participantes manifestaram o desconforto de serem portadores de HIV/aids, de ter que ingerir medicações diariamente e sofrer as limitações da doença e da terapia e, ainda, esconder sua condição para evitar o preconceito que se apresenta sob diversas faces. Considera-se que os resultados deste estudo possam oferecer subsídios aos profissionais da saúde e da educação que trabalham junto a crianças vivendo com HIV/aids. / To be able to work with children suffering from HIV/aids it is important to know them, know what are their understanding and thoughts, how they feel and their needs in terms of their condition. An exploratory, descriptive with a qualitative approach study was developed with the intent to understand the lives of children suffering from HIV/aids on antiretroviral therapy. Children suffering from HIV/aids, between 10 and 12 years of age, participating in the ONG Mais Criança in the city of Porto Alegre were studied. The data was collected through the technique called Focus Groups. The results were analyzed through the thematic analysis. Of the analysis three categories had emerged: Envolvement of the child with the antirretrovirais, Implications of the use of antirretrovirais in the daily one of the children, Perceptions on the illness and its subcategories. The finds point that their lives are influenced by fear, and their behavior, choices and decisions are often motivated by this feeling. The categories have shown their relationship with the medication and the secrets underlined in their lives. It is also reveled the strategies utilized by them in effort to hide their condition from others' judgment. Through their gestures and expressions they manifest the sadness of suffering from HIV/aids, the difficulties of taking daily medication and the limitations caused by the disease. It is expected that the results of this research help professionals working with children living with HIV/aids. / Para que se pueda ayudar a los niños portadores de HIV/aids es necesario conocerlos, saber lo que piensan, compreenden, sienten, necesitan. Por eso se desarolló este estudio exploratorio descriptivo y cualitativo con el intento de saber de que modo viven durante el uso de la terapia antirretroviral. El estudio se hizo con niños con edad de 10 a 12 años de la ONG Mais Criança de la municipalidad de Porto Alegre/Rs. Las informaciones han sido colectadas através de la técnica grupos focales y analisadas segundo el análisis temático de contenido. De eso resultaron tres categorías: envolvimiento de los niños con los antirretrovirales, consecuencias del uso de los antirretrovirales en el cotidiano de esos niños, percepciones acerca de sus enfermidad con sus subcategorías. Los resultados de la investigación indican que su vivir es influenciado por el miedo y que lo que eligen o deciden, en la maior parte, se condiciona a ese miedo. Las categorías revelan lo que se pasa con quien tiene que ingerir medicamentos diariamente y los secretos y disfrazes en que se enbasan su crecimiento y desarrollo. Tambien ponen a nudo las estrategias de que se sirven para mantener su condición de portadores de HIV/aids protegida de la opinión ajena. Sus gestos, miradas, vozes revelan su malestar en ese sentido. Se pretende que este estudio pueda ofrecer informaciones a los profesionales de salud y educación que trabajan junto a niños que viven con HIV/aids.
|
Page generated in 0.0421 seconds