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Alterações neurológicas na forma neural pura de hanseníase: aplicação do grau de incapacidade física e da classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde.Castro, Fernando Ricardo Serejo de January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / A hanseníase neural pura (NP) caracteriza-se pelo comprometimento nervoso sem o aparecimento de lesões cutâneas. O objetivo do estudo foi descrever as alterações neurológicas observadas na forma NP e caracterizar a funcionalidade e as incapacidades encontradas nestes pacientes. Trata-se de um estudo retrospectivo, realizado com dados de 79 pacientes que confirmaram diagnóstico de NP acompanhados no Ambulatório Souza Araújo (ASA), no período de 2000 a 2010. As informações foram obtidas a partir de prontuários médicos e de bancos de dados. A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) foi aplicada a partir da análise das avaliações neurológicas e fisioterapêuticas. Foi realizada uma análise de frequência para verificar a distribuição dos casos de NP em relação às variáveis demográficas, socioeconômicas e epidemiológicas (no diagnóstico), às variáveis do exame neurológico, ao grau de incapacidade física (GIF) e aos códigos da CIF (no diagnóstico e na alta). Para avaliar as características demográficas, socioeconômicas e epidemiológicas, foi realizada uma comparação entre o grupo de pacientes NP com o grupo de 634 pacientes com hanseníase paucibacilar (PB), acompanhados no ASA, no mesmo período dos pacientes NP. Além disso, foi investigada a relação do grau de incapacidade física no diagnóstico com as variáveis socioeconômicas e demográficas dos dois grupos de pacientes, através do teste de qui-quadrado (2). A maioria dos pacientes NP (71%) e PB (57,5%) era do sexo masculino e em relação à faixa etária, os pacientes NP foram acometidos mais tardiamente pela hanseníase do que os pacientes PB. A maior proporção dos pacientes NP (55%) e PB (47,5%) estava empregada e trabalhava no mercado informal. A renda familiar mensal não diferiu significativamente entre os grupos. Quanto à escolaridade, a maior parte dos pacientes apresentava até oito anos de estudo. Em relação ao modo de detecção, a maior proporção dos pacientes foi encaminhada ao ASA por meio algum serviço público de saúde. Quanto às alterações neurológicas nos pacientes NP, o sintoma inicial relatado com mais frequência foi a parestesia (52%) e o sinal predominante observado no exame diagnóstico foi a alteração de sensibilidade (87%). Na avaliação de alta, houve uma menor proporção de todos os sinais e sintomas neurológicos. Em relação ao GIF, 44,3% dos pacientes apresentaram algum GIF e na alta, 24% dos indivíduos permaneceram com algum grau de incapacidade. No tocante à CIF, dentro do domínio ―Estruturas do Corpo‖, o código mais frequente foi ―nervos raquidianos‖ (s1201) e no domínio ―Função do Corpo‖, o código mais frequente foi ―sensibilidade à temperatura‖ (b2700) no diagnóstico e ―sensibilidade a estímulos nocivos‖ (b2703) na alta. Este estudo apontou uma associação entre baixas condições socioeconômicas e um pior escore de GIF e caracterizou funcionalmente os pacientes NP. / The Pure Neural Leprosy (PNL) is characterized by neural involvement without the appearance of skin lesions. The goal of the study was to describe the neurological changes observed in the PNL and to characterize the functionality and the disabilities found in these patients. This is a retrospective study, conducted with 79 patients who confirmed diagnosis of PNL accompanied at Souza Araújo Clinic (ASA), from 2000 to 2010.The information was obtained from patient records and databases. The International Classification of Functioning, Disability and Health (ICF) was applied from the neurological and physiotherapeutic evaluations. A frequency analysis was conducted to verify the distribution of cases of PNL in relation to demographic and socioeconomic variables (diagnosis), neurological examination variables, grade of disability (GD) and ICF codes (upon diagnosis and release from treatment). In order to assess demographic and socioeconomic characteristics, a comparative study was undertaken between the PNL patients and the 634 paucibacillary leprosy (PB) patients, accompanied at ASA, during the same period as the PNL patients. Furthermore, the relationship between the GD at diagnosis with socioeconomic and demographic variables of two groups of patients was investigated using the chi-squared test, (2). The majority of PNL patients (71%) and PB (57.5%) were male and PNL patients were affected by leprosy at a later age than PB patients. The largest proportion of PNL patients (55%) and PB (47.5%) was employed in the informal market. The monthly household income did not differ significantly between groups. With regard to schooling, most patients had up to eight years of study. In relation to detection, the largest proportion of patients was referred to ASA from other public health services. With regard to neurological alterations in PNL patients, the most frequently reported initial symptom was the paresthesia (52%) and the predominant sign observed in the examination diagnosis was sensory alteration (87%). At evaluation after release from treatment, there was an overall reduction of all neurological signs and symptoms. Regarding GD, 44.3% of the patients had some GD, and at release from treatment, while 24% of individuals remained with some grade of disability. Regarding ICF, within the domain "Body Structures", the most frequent code was "spinal nerves" (s1201) and in the field "Body Functions", the most frequent code was "Sensitivity to Temperature" (b2700) at diagnosis and "Sensitivity to Noxious Stimuli" (b2703) at release from treatment. This study noted an association between low socio-economic conditions and a worse ICF score and characterized PNL patients functionally.
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Avaliação de seqüelas neurológicas em hanseníase no Estado de Sergipe / Evaluation of neurological sequelae of leprosy in Sergipe stateOliveira, Daniela Teles de 02 May 2012 (has links)
Leprosy is a chronic disease caused by intimate and prolonged contact with contagious untreated patients. Mycobacterium leprae has a predilection for skin and peripheral nerves. In Brazil the disease is a public health problem and the State of Sergipe is priority to control. The most complication of leprosy is occurrence of reactional episode, when no treated properly, promotes progression of nerve damage. The overall strategy to control the disease burden is to reduce the degree 2 of disability over the next five years. Studies showing the epidemiology and geographical distribution of leprosy cases, as well as risk factors for the disease are needed to control actions. The objective of this study is to evaluate the leprosy in the Sergipe State, focusing neurological sequelae as well as evaluating the overall detection rate and geographical distribution of leprosy and the degree of disability and define clinical aspects associated with neurological lesion in patients in reference units of the State. This is a retrospective study with data from System of Notifiable Diseases (SINAN), Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE) and analysis records of reference units between the years 2005 to 2011. The variables used were gender, age, clinical form, operational classification, physical disability at diagnosis and after treatment, reactional episodes, treatment with corticosteroids and number of cities with household clusters (5 and 9 people / home). Maps showing the geographical distribution of leprosy cases and the degree of neurological disability in the municipalities of the state were created by Spring program, version 5.1.8 and ArcGIS, version 9.3.1. Categorical variables were described in simple frequencies, percentages, and with association analysis, using the chi-square (95% significance). Quantitative variables were described as mean and standard deviation and the clinical variables associated with the "severity of illness" (multibacillary and / or reactive episodes) through the logistic regression model. The state has hyperendemic municipalities indicating that the disease remains a public health problem. In 2005, Ontario had a detection rate of 33.0/100, 000 inhabitants, followed by a gradual reduction in the number of new cases by the year 2010. However, at the same time, increase was recorded with disability. The cases of leprosy were found in counties that have clusters of homes with more than five people / home. We observed a significant association with male and multibacillary, leprosy reactions and disability at diagnosis. This predisposition to severe forms of leprosy in men may be due a delay in diagnosis and treatment. Reactional episodes were detected in 40% of patients and neurological injury in 43.5%. Most patients with leprosy reactions were treated with corticosteroids but dose and time used below the recommended treatment, maintaining and/or developed disability. The association between male gender and more severe forms of the disease suggests that this group needs more attention by leprosy programs as there is need for better conduct of treatment and monitoring of neurological damage in leprosy in order to prevent disability. / A hanseníase é uma afecção crônica causada pelo contato íntimo e prolongado com paciente bacilífero não tratado. O Mycobacterium leprae tem predileção pela pele e nervos periféricos. No Brasil a doença é um problema de saúde pública, sendo o Estado de Sergipe prioritário no controle desta. A maior complicação da hanseníase é o surgimento de episódio reacional que, quando não tratado corretamente, favorece o surgimento e/ou progressão da lesão nervosa. A estratégia global para controlar a carga da doença é reduzir o grau de incapacidade física 2 nos próximos cinco anos. Estudos descrevendo o perfil epidemiológico e distribuição geográfica dos casos de hanseníase, bem como os fatores de risco para a doença são necessários para traçar ações de controle. O objetivo deste estudo é avaliar a situação da Hanseníase no Estado de Sergipe, focalizando as seqüelas neurológicas bem como avaliar o coeficiente de detecção geral e distribuição geográfica da Hanseníase e do grau de incapacidade física e definir aspectos clínicos associados à ocorrência de lesão neurológica nos pacientes atendidos em unidades de referência do Estado. Trata-se de um estudo retrospectivo de levantamento de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e análises de prontuários de unidades de referências estaduais entre os anos de 2005 à 2011. As variáveis utilizadas foram: gênero, idade, classificação operacional, formas clínicas, incapacidade física no momento do diagnóstico e após o tratamento, episódios reacionais, tratamento com corticosteróides e número de municípios com aglomerados domiciliares (5 e 9 pessoas/casa). Mapas indicando a distribuição geográfica dos casos de hanseníase e o grau de incapacidade física nos municípios do Estado foram criados através do programa Spring, versão 5.1.8 e ArcGis, versão 9.3.1. As variáveis categóricas foram descritas em forma de freqüência simples, porcentagens e, na analise de associação, utilizado o teste do qui-quadrado (significância de 95%). As variáveis quantitativas foram descritas como média e desvio padrão e as variáveis clínicas associadas com a "gravidade da doença" (multibacilares e /ou episódios reacionais) através do modelo de regressão logística. O Estado possui municípios hiperendêmicos indicando que a doença continua sendo um problema de saúde pública. No ano de 2005, Sergipe apresentou taxa de detecção de 33.0/100,000 habitantes, seguido por uma redução progressiva no número de casos novos até o ano de 2010. No entanto, no mesmo período, foi registrado aumento de pacientes com incapacidade física. Os casos de hanseníase estiveram presentes em municípios que possuem casas com aglomerados de mais de cinco pessoas/casa. Observamos associação significativa do gênero masculino com a forma multibacilar, episódios reacionais e incapacidade física no diagnóstico. Essa predisposição para formas graves de hanseníase em homens pode ser devido a um atraso no diagnóstico e tratamento. Episódios reacionais foram detectados em 40% dos pacientes e, lesão neurológica em 43,5%. A maioria dos pacientes com reações hansênicas foi tratada com corticosteróides, porém usou dose e tempo do tratamento abaixo do recomendado, mantendo e/ou evoluindo com incapacidade física. A associação entre o gênero masculino e formas mais graves da doença sugere que este grupo necessita de maior atenção pelos programas de hanseníase assim como há necessidade de melhor prescrição de tratamento e acompanhamento de lesões neurológicas em hanseníase a fim de evitar incapacidades.
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Avaliação de seqüelas neurológicas em hanseníase no Estado de Sergipe / Evaluation of neurological sequelae of leprosy in Sergipe stateOliveira, Daniela Teles de 02 May 2012 (has links)
Leprosy is a chronic disease caused by intimate and prolonged contact with contagious untreated patients. Mycobacterium leprae has a predilection for skin and peripheral nerves. In Brazil the disease is a public health problem and the State of Sergipe is priority to control. The most complication of leprosy is occurrence of reactional episode, when no treated properly, promotes progression of nerve damage. The overall strategy to control the disease burden is to reduce the degree 2 of disability over the next five years. Studies showing the epidemiology and geographical distribution of leprosy cases, as well as risk factors for the disease are needed to control actions. The objective of this study is to evaluate the leprosy in the Sergipe State, focusing neurological sequelae as well as evaluating the overall detection rate and geographical distribution of leprosy and the degree of disability and define clinical aspects associated with neurological lesion in patients in reference units of the State. This is a retrospective study with data from System of Notifiable Diseases (SINAN), Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE) and analysis records of reference units between the years 2005 to 2011. The variables used were gender, age, clinical form, operational classification, physical disability at diagnosis and after treatment, reactional episodes, treatment with corticosteroids and number of cities with household clusters (5 and 9 people / home). Maps showing the geographical distribution of leprosy cases and the degree of neurological disability in the municipalities of the state were created by Spring program, version 5.1.8 and ArcGIS, version 9.3.1. Categorical variables were described in simple frequencies, percentages, and with association analysis, using the chi-square (95% significance). Quantitative variables were described as mean and standard deviation and the clinical variables associated with the "severity of illness" (multibacillary and / or reactive episodes) through the logistic regression model. The state has hyperendemic municipalities indicating that the disease remains a public health problem. In 2005, Ontario had a detection rate of 33.0/100, 000 inhabitants, followed by a gradual reduction in the number of new cases by the year 2010. However, at the same time, increase was recorded with disability. The cases of leprosy were found in counties that have clusters of homes with more than five people / home. We observed a significant association with male and multibacillary, leprosy reactions and disability at diagnosis. This predisposition to severe forms of leprosy in men may be due a delay in diagnosis and treatment. Reactional episodes were detected in 40% of patients and neurological injury in 43.5%. Most patients with leprosy reactions were treated with corticosteroids but dose and time used below the recommended treatment, maintaining and/or developed disability. The association between male gender and more severe forms of the disease suggests that this group needs more attention by leprosy programs as there is need for better conduct of treatment and monitoring of neurological damage in leprosy in order to prevent disability. / A hanseníase é uma afecção crônica causada pelo contato íntimo e prolongado com paciente bacilífero não tratado. O Mycobacterium leprae tem predileção pela pele e nervos periféricos. No Brasil a doença é um problema de saúde pública, sendo o Estado de Sergipe prioritário no controle desta. A maior complicação da hanseníase é o surgimento de episódio reacional que, quando não tratado corretamente, favorece o surgimento e/ou progressão da lesão nervosa. A estratégia global para controlar a carga da doença é reduzir o grau de incapacidade física 2 nos próximos cinco anos. Estudos descrevendo o perfil epidemiológico e distribuição geográfica dos casos de hanseníase, bem como os fatores de risco para a doença são necessários para traçar ações de controle. O objetivo deste estudo é avaliar a situação da Hanseníase no Estado de Sergipe, focalizando as seqüelas neurológicas bem como avaliar o coeficiente de detecção geral e distribuição geográfica da Hanseníase e do grau de incapacidade física e definir aspectos clínicos associados à ocorrência de lesão neurológica nos pacientes atendidos em unidades de referência do Estado. Trata-se de um estudo retrospectivo de levantamento de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e análises de prontuários de unidades de referências estaduais entre os anos de 2005 à 2011. As variáveis utilizadas foram: gênero, idade, classificação operacional, formas clínicas, incapacidade física no momento do diagnóstico e após o tratamento, episódios reacionais, tratamento com corticosteróides e número de municípios com aglomerados domiciliares (5 e 9 pessoas/casa). Mapas indicando a distribuição geográfica dos casos de hanseníase e o grau de incapacidade física nos municípios do Estado foram criados através do programa Spring, versão 5.1.8 e ArcGis, versão 9.3.1. As variáveis categóricas foram descritas em forma de freqüência simples, porcentagens e, na analise de associação, utilizado o teste do qui-quadrado (significância de 95%). As variáveis quantitativas foram descritas como média e desvio padrão e as variáveis clínicas associadas com a "gravidade da doença" (multibacilares e /ou episódios reacionais) através do modelo de regressão logística. O Estado possui municípios hiperendêmicos indicando que a doença continua sendo um problema de saúde pública. No ano de 2005, Sergipe apresentou taxa de detecção de 33.0/100,000 habitantes, seguido por uma redução progressiva no número de casos novos até o ano de 2010. No entanto, no mesmo período, foi registrado aumento de pacientes com incapacidade física. Os casos de hanseníase estiveram presentes em municípios que possuem casas com aglomerados de mais de cinco pessoas/casa. Observamos associação significativa do gênero masculino com a forma multibacilar, episódios reacionais e incapacidade física no diagnóstico. Essa predisposição para formas graves de hanseníase em homens pode ser devido a um atraso no diagnóstico e tratamento. Episódios reacionais foram detectados em 40% dos pacientes e, lesão neurológica em 43,5%. A maioria dos pacientes com reações hansênicas foi tratada com corticosteróides, porém usou dose e tempo do tratamento abaixo do recomendado, mantendo e/ou evoluindo com incapacidade física. A associação entre o gênero masculino e formas mais graves da doença sugere que este grupo necessita de maior atenção pelos programas de hanseníase assim como há necessidade de melhor prescrição de tratamento e acompanhamento de lesões neurológicas em hanseníase a fim de evitar incapacidades.
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Incapacidade física em pessoas afetadas pela hanseníase: estudo após alta medicamentosaGUIMARÃES, Layana de Souza 23 April 2013 (has links)
Submitted by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2013-08-02T16:09:18Z
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Previous issue date: 2013 / A incapacidade física é o principal problema da hanseníase. Apesar do sucesso da poliquimioterapia (PQT) no tratamento da doença, sabe-se que cerca de 25% a 50% dos pacientes podem ter algum dano do nervo e desenvolver incapacidades físicas, classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como grau de incapacidade física (GIF) 0 para sensibilidade normal, sem deformidades visíveis, 1 para a sensibilidade diminuída, sem alterações visíveis, ou 2 para deficiências visíveis / deformidade. De 2004 a 2010 o Brasil registrou 21,7% dos casos como sendo GIF 1 e 7% como GIF 2, enquanto que no Estado do Pará, 15,3% dos pacientes foram diagnosticados com GIF 1, e 5,1% com GIF 2 no momento do diagnóstico de hanseníase. A fim de investigar as incapacidades físicas em pacientes curados, examinamos as funções sensitivo-motoras de 517 pessoas afetadas pela hanseníase, notificados 2004 a 2010 em oito municípios hiperendêmicos da Amazônia brasileira, correlacionando os achados com aspectos epidemiológicos e sócio-econômico, e comparando com os dados encontrados no Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Adicionalmente, 2164 contatos intradomiciliares dos pacientes visitados foram avaliados clinicamente em busca de sinais e sintomas da doença. As visitas domiciliares dos pacientes constaram de avaliação clínica, avaliação neurológica simplificada e determinação do GIF, realização de entrevista sobre suas características demográficas e sócio-econômicas. O GIF 1 foi encontrado em 16,2% e DG 2 em 12,4% dos pacientes avaliados. Foi encontrada uma correlação estatisticamente significativa entre as formas multibacilares (MB) e o GIF 1 ou 2 (p <0,001), incapacidade física e o sexo masculino (p <0,001); incapacidade ocorreu em casos acima de 40 anos de idade (p <0,001). Mais da metade (50,5%) dos casos não tinha cicatriz de BCG, correlacionada com idades mais elevadas (p <0,001), casos MB (p <0,001), e com incapacidade (p <0,005). Por fim, embora SINAN informe apenas 5,6% de casos com GIF 2, encontramos 12,4% durante nossas visitas. Entre os contatos, foram diagnosticados 181 casos novos, 127 (70,2%) foram diagnosticados como multibacilares e 17,1% apresentaram incapacidade física, sendo 5,5% GIF 2. A ocorrência de deficiência física foi predominante em pacientes MB, homens,> 40 anos de idade e sem cicatriz de BCG, todos os fatores de risco importantes para o desenvolvimento de deficiência. As diferenças de GIF encontradas no SINAN e no nosso estudo sugerem piora das funções sensório-motor após a alta da PQT, indicando a importância do acompanhamento destes pacientes por anos depois de terminar o tratamento MDT. A alta taxa de detecção de casos novos diagnosticados neste estudo reflete o baixo índice de avaliação de contatos no estado do Pará (58,8%), perpetuando o diagnóstico tardio. Os achados clínicos sugerem a existência de prevalência oculta e alto índice de infecção subclínica na amostra estudada, indicando necessidade de avaliação clínica periódica. / Physical disability is the main problem of leprosy. Despite multidrugtherapy (MDT) success in treating leprosy, it is known that about 25%>50% of patients may have some nerve damage and develop physical disabilities, classified by WHO disability grading (DG) as 0 for normal sensation, no visible impairments, 1 for impaired sensation, no visible impairments, or 2 for visible impairments/deformity. From 2004 to 2010 Brazil registered 21,7% of the cases as DG 1, and 7% as DG 2, while in Pará State 15,3% of the patients were diagnosed with DG 1, and 5,1% with DG 2 on the diagnosis of leprosy. In order to investigate physical disabilities in MDT cured patients, we examined the sensory-motor functions of 517 people affected by leprosy reported from 2004 to 2010 in eight hyperendemic municipalities of the Brazilian Amazon Region, correlating our findings with epidemiological and socio-economic features, and comparing with data found at the National Information System for Notifiable Diseases (SINAN). Additionally, 2164 household contacts of leprosy patients were clinically evaluated for signs and symptoms of leprosy. Patients’ home visits were planned with clinical assessment, simplified neurological evaluation and determination of DG, together with an interview about their demographic and socio-economic characteristics. DG 1 was found on 16,2% and DG 2 on 12,4% of the patients evaluated. It was found a statistically significant correlation between multibacillary (MB) forms and DG 1 or 2 (p<0.001); physical disability and males (p<0.001); impairment and age over 40 years-old (p<0.001). More than half (50,5%) of the cases did not have a BCG scar, and this was correlated to higher ages (p<0.001), MB cases (p<0.001), and disability (p<0.005). Finally, although SINAN showed only 5,6% of DG 2, we found 12,4% during our visits. Among the household contacts were diagnosed 181 new case, 127 (70,2%) were MB forms and 17,1% had physical disability, 5,5% DG 2. The occurrence of physical disability was predominant in MB patients, males, >40 years-old and no BCG scar, all important risk factors for developing disability. The differences of DG found in SINAN in contrast to our study suggest worsening of the sensory-motor functions after discharge from MDT, indicating the importance of monitoring these patients for years after finishing MDT treatment. The high rate of detection in this study reflects the low level of evaluation of household contacts in Pará (58,8%), perpetuating the late diagnosis. Clinical findings suggest that there is a high rate of undiagnosed leprosy and subclinical infection in our sample, indicating a need for periodic clinical evaluation.
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Aspectos hormonais e imunológicos associados às formas graves e complicações da hanseníase / Hormonal and immunological aspects associated with severe forms and complications of leprosyOliveira, Daniela Teles de 09 June 2017 (has links)
Leprosy is a chronic, infectious-contagious disease caused by the Mycobacterium leprae bacillus. This is transmitted by airway and infects phagocytic cells of the skin and the Schwann cells of the peripheral nerves. Despite clinical treatment, patients may present with inflammatory complications such as leprosy reactions and lesions on peripheral nerves which may progress to physical disability. The disease may present different profiles of immune responses that are related to its clinical manifestations. Although it is known about the immune response in leprosy and the influence of hormones in the evolution of infections, there is still no understanding to generate markers that can define the most serious clinical forms and inflammatory complications of the disease. Therefore, this work aimed to identify immunological and hormonal aspects associated with the clinical presentation and complications of leprosy. The methodology included a cross-sectional study comparing groups based on the collection of clinical data and serum markers (immunological and hormonal) of healthy contact controls and patients with leprosy. In addition, a cohort study was carried out with monthly follow up and up to one year after clinical discharge in order to evaluate the occurrence of reactional episodes and/or physical disability. Serum levels of hormones (adrenocorticotrophic- ACTH, cortisol, Insulin-like growth factor type 1-IGF-1 and testosterone) and cytokines (INF-ɣ, IL-12p70, IL-17A, IL1-β, IL-10 and TNF-ɣ was related to clinical forms (indeterminate-IL, tuberculoid-TT, boderline-BL and lepromatous- LL), operational classification (paucibacillary-PB and multibacillary-MB), presence of reactional episodes and physical disability. There was a higher proportion of MB men (54.3%). MB patients also had a higher frequency of reaction episodes (44.4%) and physical disability (76.5%) when compared to patients with PB. As regards the presence of circulating hormones, high levels of ACTH were found in MB (24.2 ±13.1 ng/ml, p= 0.002) and PB (23.5 ± 14.9 ng/ml, p = 0.007) when compared whit controls (11.9 ± 12.3 ng/ml). High levels of cortisol were also detected in TT patients (12.1 ± 4.7 μg/dl) compared to controls (8.4 ± 2.7 μg/dl, p = 0.003), BL (9.02 ± 4 , 8 μg/dL, p = 0.004) and LL (8.9 ± 2.7 μg/dL, p = 0.03). Patients who had leprosy before treatment had lower levels of ACTH (19.7 ± 10.3 ng/ml) and cortisol (8.5±3.9 ng/ml; p= 0.04) when compared with the patients without reaction. A positive correlation was observed when correlating ACTH and cortisol between the hormones (CI: 0.35-0.65, r= 0.52, p <0.0001). Higher IGF-1 levels were obtained in IL patients (6.5 ± 6.4 ng/ml) than in the other forms (TT 3.03 ± 3.5 ng/ml; BL 3.1 ± 4.5 ng/ml; LL 3.6 ± 2.5 ng/ml). Patients with physical disabilities (grades 1 and 2) have lower levels of IGF-1 (2.8 ± 1.6 ng/ml) compared to those without this limitation (grade 0: 4.5 ± 2,7 ng/ml, p= 0.007). High testosterone levels were found in men over 50 years of age and MB (6.58 ± 3.2 ng/ml) when compared to PB men (4.21 ± 2.3 ng/ml) and controls (4.26 ± 0,8 ng/ml). Regarding the evaluation of immunological markers, all the cytokines evaluated were increased in the patients, in comparison to the controls, highlighting INF-ɣ (79.02 ± 26.9 pg/ml), IL-10 (156.4 ± 53 pg/ml) and TNF-α (463.3±160.6 pg/ml) that were elevated in the LL forms. Regarding IL-17A, patients with TT presented higher levels (49.2±10.5 pg/ml) when compared to patients with LL (40.7 ± 4.6 pg/ml). IL1-β was elevated in IL forms (62.9 ± 16.3 pg/ml) when compared to more severe forms of the disease and controls. Finally, the increase in INF-ɣ (97.1 ± 44.5 pg/ml, p= 0.02) and TNF-α (407.3 ± 82.08 pg/ml, p= 0.04) was related in MB patients to the occurrence of reaction episode. The latter was
also higher in patients with physical disability (354.3 ± 92.2 pg/ml, p= 0.04). The hormonal and immunological markers support the hypothesis that the interaction between leprosy and the neuroendocrine and immunological systems play an important role in the natural course of M. leprae infection. Reduced concentrations of cortisol and IGF-1, high testosterone concentrations related to the worst clinical outcome suggest that these hormones are important modulators of the inflammatory episode and supports future therapeutical studies as well as the attempt of prophylactic treatment. In addition, IL-17 and IL-1β cytokines act to control bacillus multiplication. The cytokines IFN-ɣ and TNF-α were associated with the presence of a reaction suggesting a deleterious effect on the lesion. / A Hanseníase é uma doença crônica, infecto-contagiosa, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae. Este é transmitido por via aérea superior e infecta células fagocíticas da pele e as células de Schwann dos nervos periféricos. Apesar do tratamento clínico, os pacientes podem apresentar complicações inflamatórias como as reações hansênicas e lesões em nervos periféricos o que pode evoluir para incapacidade física. A doença pode apresentar diferentes perfis de respostas imunológicas que estão relacionadas com as suas manifestações clínicas. Embora se conheça sobre a resposta imune na hanseníase e da influencia hormônal na evolução de infecções, ainda não há entendimento para gerar marcadores que possam definir as formas clínicas mais graves e complicações inflamatórias da doença. Diante disso, esse trabalho objetivou identificar aspectos imunológicos e hormonais associados à apresentação clínica e complicações da hanseníase. A metodologia incluiu um estudo transversal de comparação de grupos baseado na coleta de dados clínicos e marcadores séricos (imunológicos e hormonais) de controles contactantes sadios e pacientes com hanseníase. Além disso foi realizado um estudo de coorte com acompanhamento mensal e até um ano após a alta clínica a fim de avaliar o surgimento de episódios reacionais e/ou incapacidade física. Foram realizadas dosagem séricas de hormônios (adenocorticotrófico-ACTH, cortisol, fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1- IGF-1 e testosterona) e de citocinas (INF-ɣ, IL-12p70, IL-17A, IL1-β, IL-10 e TNF-α) e, em seguida, relacionados às formas clínicas (Indeterminada- HI, Tuberculóide- HT, Dimorfa- HD e Virchowiana- HV), classificação operacional (Paucibacilar-PB e Multibacilar-MB), presença de episódios reacionais e incapacidade física. Os resultados encontraram maior proporção de homens MB (54,3%). Os pacientes MB também apresentaram maior frequência de episódios reacional (44,4%) e incapacidade física (76,5%) em comparação aos pacientes PB. Quanto à presença de hormônios circulantes foi encontrado níveis elevados de ACTH em MB (24,2±13,1 ng/ml; p= 0,002) e PB (23,5±14,9 ng/ml; p= 0,007) quando comparados aos controles (11,9±12,3 ng/ml). Concentrações elevadas de cortisol também foram detectados nos pacientes HT (12,1±4,7 μg/dl) em relação aos controles (8,4±2,7 μg/dl, p= 0,003), HD (9,02±4,8 μg/dl; p= 0,004) e os HV (8,9±2,7 μg/dl; p= 0,03). Os pacientes que apresentaram reação hansênica antes do tratamento tiveram níveis mais baixos de ACTH (19,7±10,3 ng/ml) e cortisol (8,5±3,9 ng/ml; p= 0,04) quando comparados com os pacientes sem reação. Também foi observado correlação positiva entre ACTH e cortisol (IC: 0,35-0,65; r=0,52; p<0,0001). Foram obtidos níveis mais altos de IGF-1 nos pacientes HI (6,5±6,4 ng/ml) que nas demais formas (HT 3,03±3,5 ng/ml; HD 3,1±4,5 ng/ml; HV 3,6±2,5 ng/ml). Os pacientes com incapacidades físicas (graus 1 e 2) apresentam concentrações mais baixas de IGF-1 (2,8±1,6 ng/ml) quando comparados aos que não apresentam essa limitação (grau 0: 4,5±2,7 ng/ml; p= 0,007). Níveis elevados de testosterona foram encontrados em homens acima de 50 anos e MB (6,58± 3,2 ng/ml) quando comparado aos homens PB (4,21± 2,3 ng/ml) e com os controles (4,26± 0,8 ng/ml). Em relação à avaliação de marcadores imunológicos todas as citocinas avaliadas estiveram aumentadas nos pacientes, em relação aos controles, destacando INF-ɣ (79,02 ± 26,9 pg/ml), IL-10 (156,4 ± 53 pg/ml) e TNF-α (463,3 ± 160,6 pg/ml) que estavam elevadas nas HV. Em relação à IL-17A, os pacientes com HT apresentaram níveis mais elevados (49,2 ± 10,5 pg/ml) quando comparados aos valores de pacientes com HV (40,7 ± 4,6 pg/ml). Já a IL1-β esteve elevada formas HI (62,9 ± 16,3 pg/ml) quando comparada às formas mais graves da doença e aos controles. Por fim o aumento em INF-ɣ (97,1 ± 44,5 pg/ml, p= 0,02) e TNF-α (407,3 ± 82,08 pg/ml, p= 0,04) esteve relacionado, nos pacientes MB, à ocorrência de episódio reacional. E esta última, também, mais elevada nos pacientes com incapacidade física (354,3 ± 92,2 pg/ml, p= 0,04). Os marcadores hormonais e imunológicos acima descritos suportam a hipótese de que a interação entre a hanseníase e os sistemas neuroendócrinos e imunológicos desempenham um papel importante no curso natural da infecção pelo M. Leprae. Concentrações reduzidas de cortisol e IGF-1, altas concentrações de testosterona relacionadas ao pior desfecho clínico sugerem esses hormônios sejam importantes moduladores do episódio inflamatório e dá suporte estudos terapeuticos futuros bem como a tentativa de tratamento profilático. Além disso, as citocinas IL-17 e IL-1β atuam no controle da multiplicação do bacilo. Já as citocinas IFN- ɣ e TNF-α foram associadas a presença de reação sugerindo um efeito deletério na lesão.
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Aspectos hormonais e imunológicos associados às formas graves e complicações da hanseníase / Hormonal and immunological aspects associated with severe forms and complications of leprosyOliveira, Daniela Teles de 09 June 2017 (has links)
Leprosy is a chronic, infectious-contagious disease caused by the Mycobacterium leprae bacillus. This is transmitted by airway and infects phagocytic cells of the skin and the Schwann cells of the peripheral nerves. Despite clinical treatment, patients may present with inflammatory complications such as leprosy reactions and lesions on peripheral nerves which may progress to physical disability. The disease may present different profiles of immune responses that are related to its clinical manifestations. Although it is known about the immune response in leprosy and the influence of hormones in the evolution of infections, there is still no understanding to generate markers that can define the most serious clinical forms and inflammatory complications of the disease. Therefore, this work aimed to identify immunological and hormonal aspects associated with the clinical presentation and complications of leprosy. The methodology included a cross-sectional study comparing groups based on the collection of clinical data and serum markers (immunological and hormonal) of healthy contact controls and patients with leprosy. In addition, a cohort study was carried out with monthly follow up and up to one year after clinical discharge in order to evaluate the occurrence of reactional episodes and/or physical disability. Serum levels of hormones (adrenocorticotrophic- ACTH, cortisol, Insulin-like growth factor type 1-IGF-1 and testosterone) and cytokines (INF-ɣ, IL-12p70, IL-17A, IL1-β, IL-10 and TNF-ɣ was related to clinical forms (indeterminate-IL, tuberculoid-TT, boderline-BL and lepromatous- LL), operational classification (paucibacillary-PB and multibacillary-MB), presence of reactional episodes and physical disability. There was a higher proportion of MB men (54.3%). MB patients also had a higher frequency of reaction episodes (44.4%) and physical disability (76.5%) when compared to patients with PB. As regards the presence of circulating hormones, high levels of ACTH were found in MB (24.2 ±13.1 ng/ml, p= 0.002) and PB (23.5 ± 14.9 ng/ml, p = 0.007) when compared whit controls (11.9 ± 12.3 ng/ml). High levels of cortisol were also detected in TT patients (12.1 ± 4.7 μg/dl) compared to controls (8.4 ± 2.7 μg/dl, p = 0.003), BL (9.02 ± 4 , 8 μg/dL, p = 0.004) and LL (8.9 ± 2.7 μg/dL, p = 0.03). Patients who had leprosy before treatment had lower levels of ACTH (19.7 ± 10.3 ng/ml) and cortisol (8.5±3.9 ng/ml; p= 0.04) when compared with the patients without reaction. A positive correlation was observed when correlating ACTH and cortisol between the hormones (CI: 0.35-0.65, r= 0.52, p <0.0001). Higher IGF-1 levels were obtained in IL patients (6.5 ± 6.4 ng/ml) than in the other forms (TT 3.03 ± 3.5 ng/ml; BL 3.1 ± 4.5 ng/ml; LL 3.6 ± 2.5 ng/ml). Patients with physical disabilities (grades 1 and 2) have lower levels of IGF-1 (2.8 ± 1.6 ng/ml) compared to those without this limitation (grade 0: 4.5 ± 2,7 ng/ml, p= 0.007). High testosterone levels were found in men over 50 years of age and MB (6.58 ± 3.2 ng/ml) when compared to PB men (4.21 ± 2.3 ng/ml) and controls (4.26 ± 0,8 ng/ml). Regarding the evaluation of immunological markers, all the cytokines evaluated were increased in the patients, in comparison to the controls, highlighting INF-ɣ (79.02 ± 26.9 pg/ml), IL-10 (156.4 ± 53 pg/ml) and TNF-α (463.3±160.6 pg/ml) that were elevated in the LL forms. Regarding IL-17A, patients with TT presented higher levels (49.2±10.5 pg/ml) when compared to patients with LL (40.7 ± 4.6 pg/ml). IL1-β was elevated in IL forms (62.9 ± 16.3 pg/ml) when compared to more severe forms of the disease and controls. Finally, the increase in INF-ɣ (97.1 ± 44.5 pg/ml, p= 0.02) and TNF-α (407.3 ± 82.08 pg/ml, p= 0.04) was related in MB patients to the occurrence of reaction episode. The latter was
also higher in patients with physical disability (354.3 ± 92.2 pg/ml, p= 0.04). The hormonal and immunological markers support the hypothesis that the interaction between leprosy and the neuroendocrine and immunological systems play an important role in the natural course of M. leprae infection. Reduced concentrations of cortisol and IGF-1, high testosterone concentrations related to the worst clinical outcome suggest that these hormones are important modulators of the inflammatory episode and supports future therapeutical studies as well as the attempt of prophylactic treatment. In addition, IL-17 and IL-1β cytokines act to control bacillus multiplication. The cytokines IFN-ɣ and TNF-α were associated with the presence of a reaction suggesting a deleterious effect on the lesion. / A Hanseníase é uma doença crônica, infecto-contagiosa, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae. Este é transmitido por via aérea superior e infecta células fagocíticas da pele e as células de Schwann dos nervos periféricos. Apesar do tratamento clínico, os pacientes podem apresentar complicações inflamatórias como as reações hansênicas e lesões em nervos periféricos o que pode evoluir para incapacidade física. A doença pode apresentar diferentes perfis de respostas imunológicas que estão relacionadas com as suas manifestações clínicas. Embora se conheça sobre a resposta imune na hanseníase e da influencia hormônal na evolução de infecções, ainda não há entendimento para gerar marcadores que possam definir as formas clínicas mais graves e complicações inflamatórias da doença. Diante disso, esse trabalho objetivou identificar aspectos imunológicos e hormonais associados à apresentação clínica e complicações da hanseníase. A metodologia incluiu um estudo transversal de comparação de grupos baseado na coleta de dados clínicos e marcadores séricos (imunológicos e hormonais) de controles contactantes sadios e pacientes com hanseníase. Além disso foi realizado um estudo de coorte com acompanhamento mensal e até um ano após a alta clínica a fim de avaliar o surgimento de episódios reacionais e/ou incapacidade física. Foram realizadas dosagem séricas de hormônios (adenocorticotrófico-ACTH, cortisol, fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1- IGF-1 e testosterona) e de citocinas (INF-ɣ, IL-12p70, IL-17A, IL1-β, IL-10 e TNF-α) e, em seguida, relacionados às formas clínicas (Indeterminada- HI, Tuberculóide- HT, Dimorfa- HD e Virchowiana- HV), classificação operacional (Paucibacilar-PB e Multibacilar-MB), presença de episódios reacionais e incapacidade física. Os resultados encontraram maior proporção de homens MB (54,3%). Os pacientes MB também apresentaram maior frequência de episódios reacional (44,4%) e incapacidade física (76,5%) em comparação aos pacientes PB. Quanto à presença de hormônios circulantes foi encontrado níveis elevados de ACTH em MB (24,2±13,1 ng/ml; p= 0,002) e PB (23,5±14,9 ng/ml; p= 0,007) quando comparados aos controles (11,9±12,3 ng/ml). Concentrações elevadas de cortisol também foram detectados nos pacientes HT (12,1±4,7 μg/dl) em relação aos controles (8,4±2,7 μg/dl, p= 0,003), HD (9,02±4,8 μg/dl; p= 0,004) e os HV (8,9±2,7 μg/dl; p= 0,03). Os pacientes que apresentaram reação hansênica antes do tratamento tiveram níveis mais baixos de ACTH (19,7±10,3 ng/ml) e cortisol (8,5±3,9 ng/ml; p= 0,04) quando comparados com os pacientes sem reação. Também foi observado correlação positiva entre ACTH e cortisol (IC: 0,35-0,65; r=0,52; p<0,0001). Foram obtidos níveis mais altos de IGF-1 nos pacientes HI (6,5±6,4 ng/ml) que nas demais formas (HT 3,03±3,5 ng/ml; HD 3,1±4,5 ng/ml; HV 3,6±2,5 ng/ml). Os pacientes com incapacidades físicas (graus 1 e 2) apresentam concentrações mais baixas de IGF-1 (2,8±1,6 ng/ml) quando comparados aos que não apresentam essa limitação (grau 0: 4,5±2,7 ng/ml; p= 0,007). Níveis elevados de testosterona foram encontrados em homens acima de 50 anos e MB (6,58± 3,2 ng/ml) quando comparado aos homens PB (4,21± 2,3 ng/ml) e com os controles (4,26± 0,8 ng/ml). Em relação à avaliação de marcadores imunológicos todas as citocinas avaliadas estiveram aumentadas nos pacientes, em relação aos controles, destacando INF-ɣ (79,02 ± 26,9 pg/ml), IL-10 (156,4 ± 53 pg/ml) e TNF-α (463,3 ± 160,6 pg/ml) que estavam elevadas nas HV. Em relação à IL-17A, os pacientes com HT apresentaram níveis mais elevados (49,2 ± 10,5 pg/ml) quando comparados aos valores de pacientes com HV (40,7 ± 4,6 pg/ml). Já a IL1-β esteve elevada formas HI (62,9 ± 16,3 pg/ml) quando comparada às formas mais graves da doença e aos controles. Por fim o aumento em INF-ɣ (97,1 ± 44,5 pg/ml, p= 0,02) e TNF-α (407,3 ± 82,08 pg/ml, p= 0,04) esteve relacionado, nos pacientes MB, à ocorrência de episódio reacional. E esta última, também, mais elevada nos pacientes com incapacidade física (354,3 ± 92,2 pg/ml, p= 0,04). Os marcadores hormonais e imunológicos acima descritos suportam a hipótese de que a interação entre a hanseníase e os sistemas neuroendócrinos e imunológicos desempenham um papel importante no curso natural da infecção pelo M. Leprae. Concentrações reduzidas de cortisol e IGF-1, altas concentrações de testosterona relacionadas ao pior desfecho clínico sugerem esses hormônios sejam importantes moduladores do episódio inflamatório e dá suporte estudos terapeuticos futuros bem como a tentativa de tratamento profilático. Além disso, as citocinas IL-17 e IL-1β atuam no controle da multiplicação do bacilo. Já as citocinas IFN- ɣ e TNF-α foram associadas a presença de reação sugerindo um efeito deletério na lesão.
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Fatores associados à piora do grau de incapacidade física durante o tratamento de hanseníase no BrasilCosta, Letícia Gomes 12 March 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-03-12 / CAPES / Hanseníase constitui relevante problema de saúde pública, devido a sua magnitude, e seu alto potencial incapacitante. Objetivo: Analisar os fatores associados à piora das incapacidades físicas durante o tratamento dos casos novos de hanseníase diagnosticados no Brasil em 2009. Método: Estudo de corte transversal sobre os fatores associados à piora do grau de incapacidade física durante o tratamento de coortes de casos de hanseníase PB e MB. Os dados foram provenientes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação Nacional (SINAN). Realizou-se análise descritiva das variáveis e comparação das proporções de piora e não piora do grau de incapacidade por meio do teste qui-quadrado ao nível de 5%. Para analisar as variáveis associadas à piora do grau do GIF foi utilizada regressão logística para verificar a razão de chances (odds ratio), com intervalo de confiança de 95%. Resultados: Dentre as regiões brasileiras, os pacientes da região Sul foram os que apresentaram a maior chance de piora do grau de incapacidade física (ORaj = 2,19; IC: 1,85 – 2,58), em seguida estão os casos da região Sudeste com 1,53 vezes a chanceaj de piora (IC: 1,36 – 1,73), ambos comparados aos da região Norte. Também apresentaram chance de piora, os casos multibacilares de 3,09 vezes (IC: 2,82 – 3,39) o sexo masculino de 1,27 vezes (IC: 1,17 – 1,37). Os idosos e adultos quando comparados às crianças apresentaram 2,67 e 1,95 vezes a chanceaj de piora (IC: 2,13 – 3,34; 1,58 – 2,40 respectivamente), e os casos que apresentaram episódios reacionais tiveram 2,42 vezes maior chance de piora (IC: 2,22 – 2,64). Conclusão: Os fatores associados à piora do grau de incapacidade física durante o tratamento é composto pelos pacientes residentes nas regiões Sul e Sudeste, os casos do sexo masculino, os multibacilares, os que apresentaram episódios reacionais, idosos e adultos, os casos irregulares, bem como aqueles com baixa escolaridade. / Leprosy is a relevant public health problem due to its magnitude, and high disabling potential. Objective: To analyze factors associated with worsening physical disability grade during treatment of newly diagnosed cases of leprosy in Brazil in 2009. Methods: Cross-sectional study about associated factors of worsening physical disability grade during the treatment of PB and MB cohort leprosy cases. Data were collected from the National Reportable Diseases Database (SINAN). It was applied descriptive analysis of the variables and chi–square test at 5% level to compare proportions of worsening and not worsening of the disability grade. To analyze the variables associated with the worsening disability grade, logistic regression was used to determine the odds ratio (OR), with a confidence interval of 95%. Results: Among the Brazilian regions, patients in the Southern region were those with the greatest odds of worsening the physical disability grade (OR = 2.19; CI: 1.85 - 2.58), following were the Southeast cases with odds of 1.53 (CI: 1.36 to 1.73 ), both compared to the North region patients. Multibacillary presented odds ratioadj of 3.09 (CI: 2.83 - 3.40) and male cases of 1.27 (CI: 1.17 - 1,37) to worse. Seniors and adults compared to children had odds of 2.67 and 1.95 of worsening (CI: 2.13-3.34; 1.58-2.40 respectively), and the reactional cases had odds of 2.35 to worse (CI: 2.15 - 2:56). Conclusion: The factors associated with worsening physical disability grade during the treatment are composed by the patients residents in the South and Southeast regions, male cases, multibacillary, those that presented reactional episodes, seniors and adults, irregular cases as well as those with low scholarity.
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