Bakgrund: Vid psykisk sjukdom kan behov av heldygnsvård uppstå för att den enskilde personen inte skall utgöra någon fara för sig eller för tredje part. Vården kan vara av nytta trots att personen i fråga inte ger medgivande till vård, vilket medför ett etiskt dilemma för vårdpersonalen. Syfte: Att belysa patienters upplevelse av att vårdas enligt tvångslagstiftning vid en psykiatrisk avdelning. Metod: En litteraturstudie har genomförts som omfattar 11 kvalitativa vetenskapliga artiklar. Resultat: Resultatet visar att patienterna antingen upplevde att inläggningen varit till nytta eller till skada och att flertalet patienter upplevde en bristande autonomi och en känsla av minskat människovärde. Slutsats: Slutsatsen är att patienternas syn på inläggningen beror på dennes upplevelse av bevarad autonomi och möjlighet till delaktighet. Personal som har ett förhållningssätt som främjar detta, främjar också att patienten upplever den tvångslagstiftade vården som nödvändig. Detta förtydligar vikten av att i vården arbeta personcenterat och med ett förhållningssätt som främjar patientens autonomi och delaktighet. / Background: When a person is mentally ill, they might need hospitalisation against their ill, to protect them from themselves or to third parties. The care may be beneficial even though the person does not give consent to treatment, resulting in an ethical dilemma for caregivers. Aim: To elucidate patients' experiences of being cared for under a compulsory admission at a psychiatric ward. Method: A literature review has been carried out covering 11 qualitative research articles. Results: The results show that patients either feel that the admission was beneficial or detrimental, and that most patients experience a lack of autonomy and a sense of diminished human dignity. Conclusion: It is concluded that patients' views on the admission depends on his or hers experience of preserved autonomy and the opportunity to participate. Staff who have an attitude that promotes this, also encourages the patient to experience the compulsory care as necessary. This clarifies the importance of working personcentered with an approach that promotes patient autonomy and participation.

Ce mémoire s’inscrit dans le cadre d’un projet de recherche s’intitulant : « Judiciarisation des personnes vivant avec un problème de santé mentale: une recherche en théorisation ancrée sur la perception des patients judiciarisés et le personnel soignant » mené par les professeurs Etienne Paradis-Gagné, Dave Holmes et Emmanuelle Bernheim, et explorant l’interaction entre la psychiatrie et le système de justice selon la perspective des personnes vivant avec un problème de santé mentale et du personnel infirmier. La présente étude, prenant la forme d’une analyse secondaire des données, porte sur les perceptions des infirmières quant aux enjeux associés à la pratique infirmière en urgence psychiatrique auprès de personnes admises sous garde en établissement. En effet, la littérature démontre que la pratique infirmière en contexte de garde comporte plusieurs enjeux pour les soignants qui rencontrent des difficultés à concilier diverses obligations et responsabilités. Ceux-ci doivent non seulement prendre en considération les besoins des patients et respecter leurs droits, mais aussi se conformer aux exigences du système de soins et de santé, aux contraintes du système judiciaire et aux normes culturelles de l'établissement dans lequel ils exercent. En se basant sur une analyse secondaire des entrevues semi-dirigées, les perceptions de cinq infirmières (n=5) travaillant à l’urgence psychiatrique d’un hôpital en santé mentale ont été explorées. La méthode d’analyse thématique de Paillé et Mucchielli (2021) a été utilisée. Trois thèmes centraux ont été identifiés: 1) Enjeux liés au contexte de pratique; 2) Les dimensions multiples de la pratique infirmière en contexte de garde en établissement; 3) Enjeux propres à la pratique de la garde en établissement. Ces résultats ont permis de faire ressortir plusieurs enjeux (contextuels/ organisationnels, cliniques/thérapeutiques, légaux, éthiques) avec lesquels les infirmières travaillant auprès de personnes admises sous garde en établissement composent au quotidien. La théorie de l’« institution totale » développée par le sociologue Goffman (1968) a guidé notre étude sur le plan conceptuel. En s'appuyant sur les concepts clés de Goffman, notre étude a permis d'approfondir la compréhension des dynamiques institutionnelles à l'urgence psychiatrique, enrichissant ainsi les perspectives professionnelles et appelant à une réflexion autour d'approches innovantes de soins et de services offerts aux personnes admises sous garde en établissement. / This research is part of a project entitled: The Judiciarization of People Living with Mental Illness: A Grounded Theory on the Perceptions of Persons Involuntary Admitted in Psychiatric Institution. The project, led by professors Etienne Paradis-Gagné, Dave Holmes, and Emmanuelle Bernheim, explores the intersection of psychiatry and the justice system from the perspectives of patients with mental health issues and mental health nurses. The present study, conducted as a secondary data analysis, specifically focuses on nurses' perceptions regarding the challenges associated with psychiatric emergency nursing practice for individuals involuntarily admitted in a healthcare facility. The literature shows that nursing practice in the context of involuntary admission presents several challenges for nurses who encounter difficulties in reconciling multiple allegiances and responsibilities. They must not only consider the needs and rights of patients, but also adhere to the requirements of the healthcare system, the constraints of the justice system, and the cultural norms of the institution in which they practice. Secondary analyses were conducted based on semi-structured interviews with nurses (n=5) working in the psychiatric emergency department of a mental health hospital. The thematic analysis method by Paillé and Mucchielli (2021) was employed. Three central themes were identified: 1) Challenges related to the practice context; 2) Multiple dimensions of nursing practice in the context of involuntary admission; 3) Challenges specific to the practice of involuntary admission. These results highlighted various challenges (contextual/organizational, clinical/therapeutic, legal, and ethical) faced by nurses dealing with involuntarily admitted patients. The conceptual framework of Goffman's "Total institution" theory (1968) guided our study. By leveraging Goffman's key concepts, our study deepened the understanding of institutional dynamics in psychiatric emergency settings, enriching professional perspectives and contributing to a more profound reflection on avenues for guiding future nursing research improving the quality of care and services for individuals involuntarily admitted in a healthcare facility.

A internação involuntária é uma medida controversa que pode levar a violação de vários direitos humanos. Nessa perspectiva, faz-se necessária uma legislação para definir e limitar as circunstâncias em que isso pode ocorrer. Políticas e leis bem formuladas podem promover o desenvolvimento de serviços acessíveis na comunidade, estimular campanhas de sensibilização e de educação, e estabelecer mecanismos legais e de supervisão para prevenir violações aos direitos humanos. Nesse contexto, este estudo descritivo-comparativo apresentou como objetivo analisar as semelhanças e diferenças entre as legislações em saúde mental relacionadas à internação psiquiátrica involuntária no Brasil e Inglaterra/País de Gales. Utilizou-se para o levantamento de dados de pesquisa bibliográfica e pesquisa documental. A análise foi realizada a partir da Lista de Checagem da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Legislação de Saúde Mental. Para a etapa de comparação dos dados das duas jurisdições, foi utilizado o método comparativo. Sobre os resultados da comparação da Lista de Checagem da OMS com as legislações do Brasil e Inglaterra/País de Gales, na legislação brasileira foram encontrados 52 (31,32%) dos 166 padrões da OMS, enquanto que na legislação da Inglaterra/País de Gales foram encontrados 90 (54,2%). A partir da análise foi possível concluir que: a legislação da Inglaterra/País de Gales traz procedimentos mais claros e detalhados sobre \"internação involuntária\" e possui \"mecanismos de fiscalização\" mais eficazes do que o Brasil; apesar das lacunas quanto aos procedimentos para apelações contra decisões de incapacidade e a revisão da necessidade de um tutor, a legislação apresenta uma boa cobertura sobre \"competência, capacidade e tutela\", tema de elevada importância, principalmente após a ratificação da CDPD, e que o Brasil não aborda em sua legislação; a legislação brasileira elenca um rol maior de \"direitos fundamentais\", porém não prevê \"penalidades\" quanto ao descumprimento desses direitos. Já a Inglaterra/País de Gales cobre amplamente essa questão. As principais semelhanças entre Brasil e Inglaterra/País de Gales referem-se aos padrões que necessitam de revisão: \"Pacientes voluntários\", situações de emergência\", direitos econômicos e sociais\", \"questões civis\" e \"grupos vulneráveis\". Ambas jurisdições também apresentam o mesmo nível de cobertura quanto a \"pesquisa clínica e experimental\", e \"tratamentos especiais, isolamento e restrições\". Em suma, a análise das legislações de saúde mental apresentada neste trabalho sugere que documentos internacionais de direitos humanos, como o Livro de Recursos OMS, são instrumentos importantes e que podem nortear a construção de legislações. É necessário também que a formulação de leis e políticas de saúde mental esteja articulada com os documentos internacionais de direitos humanos como a CDPD. Espera-se que o presente estudo traga a tona a reflexão das autoridades competentes sobre a necessidade de solicitar auditorias mais profundas no âmbito da legislação nacional de saúde mental, realizadas por comitês multidisciplinares, como recomendado pela OMS. A legislação de saúde mental deve estar num processo de constante evolução, centrada na busca da consolidação dos direitos das pessoas com transtornos mentais / Involuntary admission is a controversial measure that can lead to violation of various human rights. From this perspective, legislation must define and limit the circumstances in which this may occur. Well-formulated policies and laws can promote the development of accessible services in the community, stimulate awareness and education campaigns, and establish legal and supervisory mechanisms to prevent human rights violations. In this context, this descriptive- comparative aimed at analyzing the similarities and differences between the mental health\' laws related to involuntary psychiatric admission in Brazil and England/Wales. In order to collect data, the author used bibliographic and documentary research. The analysis was based on the World Health Organization\'s Checklist on Mental Heallth Legislation. To compare data from the two jurisdictions, the author used the comparative method. Results comparing the WHO Checklist with the laws from Brazil and England/Wales showed that the Brazilian legislation meets 52 (31.32%) of the 166 WHO standards, while legislation in England/Wales meets 90 (54.2%). Some conclusions resulted from the analysis: the law from England/Wales establishes clearer and detailed procedures for \"involuntary admissions\" and has \"oversight and review mechanisms\" more effective than Brazil; despite the shortcomings in the procedures for appeals against disability decisions and the review of the need for a guardian, the legislation presents a medium compliance of \"competence, capacity and protection\", a subject of high importance, especially after the ratification of the CRPD, and Brazil does not address these issues in its legislation; Brazilian establishes a larger list of \"fundamental rights\", but does not provide \"penalties\" for the breach of those rights, while England/Wales meets WHO criteria in relation to this issue. The main similarities between Brazil and England/Wales refer to standards that require review: \"voluntary patients\", \"emergency treatment\", \"economic and social rights\", \"civil issues\" and \"protection of vulnerable groups.\" Both jurisdictions also have the same level of compliance regarding \"clinical and experimental research\", and \"special treatments, seclusion and restraint\". In sum, the analysis of mental health legislation presented in this paper suggests that international human rights documents, such as the WHO Resource Book, are important tools which can guide the construction of legislation. It is also necessary that the formulation of mental health laws and policies are articulated with international human rights documents such as the CRPD. In this sense, this study may bring light for a reflection from competent authorities on the need to have audits for national mental health legislations, carried out by multidisciplinary committees, as recommended by WHO. Mental health legislation should be in a process of constant evolution, focusing on the search for the consolidation of rights of people with mental disorders

A internação involuntária é uma medida controversa que pode levar a violação de vários direitos humanos. Nessa perspectiva, faz-se necessária uma legislação para definir e limitar as circunstâncias em que isso pode ocorrer. Políticas e leis bem formuladas podem promover o desenvolvimento de serviços acessíveis na comunidade, estimular campanhas de sensibilização e de educação, e estabelecer mecanismos legais e de supervisão para prevenir violações aos direitos humanos. Nesse contexto, este estudo descritivo-comparativo apresentou como objetivo analisar as semelhanças e diferenças entre as legislações em saúde mental relacionadas à internação psiquiátrica involuntária no Brasil e Inglaterra/País de Gales. Utilizou-se para o levantamento de dados de pesquisa bibliográfica e pesquisa documental. A análise foi realizada a partir da Lista de Checagem da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Legislação de Saúde Mental. Para a etapa de comparação dos dados das duas jurisdições, foi utilizado o método comparativo. Sobre os resultados da comparação da Lista de Checagem da OMS com as legislações do Brasil e Inglaterra/País de Gales, na legislação brasileira foram encontrados 52 (31,32%) dos 166 padrões da OMS, enquanto que na legislação da Inglaterra/País de Gales foram encontrados 90 (54,2%). A partir da análise foi possível concluir que: a legislação da Inglaterra/País de Gales traz procedimentos mais claros e detalhados sobre \"internação involuntária\" e possui \"mecanismos de fiscalização\" mais eficazes do que o Brasil; apesar das lacunas quanto aos procedimentos para apelações contra decisões de incapacidade e a revisão da necessidade de um tutor, a legislação apresenta uma boa cobertura sobre \"competência, capacidade e tutela\", tema de elevada importância, principalmente após a ratificação da CDPD, e que o Brasil não aborda em sua legislação; a legislação brasileira elenca um rol maior de \"direitos fundamentais\", porém não prevê \"penalidades\" quanto ao descumprimento desses direitos. Já a Inglaterra/País de Gales cobre amplamente essa questão. As principais semelhanças entre Brasil e Inglaterra/País de Gales referem-se aos padrões que necessitam de revisão: \"Pacientes voluntários\", situações de emergência\", direitos econômicos e sociais\", \"questões civis\" e \"grupos vulneráveis\". Ambas jurisdições também apresentam o mesmo nível de cobertura quanto a \"pesquisa clínica e experimental\", e \"tratamentos especiais, isolamento e restrições\". Em suma, a análise das legislações de saúde mental apresentada neste trabalho sugere que documentos internacionais de direitos humanos, como o Livro de Recursos OMS, são instrumentos importantes e que podem nortear a construção de legislações. É necessário também que a formulação de leis e políticas de saúde mental esteja articulada com os documentos internacionais de direitos humanos como a CDPD. Espera-se que o presente estudo traga a tona a reflexão das autoridades competentes sobre a necessidade de solicitar auditorias mais profundas no âmbito da legislação nacional de saúde mental, realizadas por comitês multidisciplinares, como recomendado pela OMS. A legislação de saúde mental deve estar num processo de constante evolução, centrada na busca da consolidação dos direitos das pessoas com transtornos mentais / Involuntary admission is a controversial measure that can lead to violation of various human rights. From this perspective, legislation must define and limit the circumstances in which this may occur. Well-formulated policies and laws can promote the development of accessible services in the community, stimulate awareness and education campaigns, and establish legal and supervisory mechanisms to prevent human rights violations. In this context, this descriptive- comparative aimed at analyzing the similarities and differences between the mental health\' laws related to involuntary psychiatric admission in Brazil and England/Wales. In order to collect data, the author used bibliographic and documentary research. The analysis was based on the World Health Organization\'s Checklist on Mental Heallth Legislation. To compare data from the two jurisdictions, the author used the comparative method. Results comparing the WHO Checklist with the laws from Brazil and England/Wales showed that the Brazilian legislation meets 52 (31.32%) of the 166 WHO standards, while legislation in England/Wales meets 90 (54.2%). Some conclusions resulted from the analysis: the law from England/Wales establishes clearer and detailed procedures for \"involuntary admissions\" and has \"oversight and review mechanisms\" more effective than Brazil; despite the shortcomings in the procedures for appeals against disability decisions and the review of the need for a guardian, the legislation presents a medium compliance of \"competence, capacity and protection\", a subject of high importance, especially after the ratification of the CRPD, and Brazil does not address these issues in its legislation; Brazilian establishes a larger list of \"fundamental rights\", but does not provide \"penalties\" for the breach of those rights, while England/Wales meets WHO criteria in relation to this issue. The main similarities between Brazil and England/Wales refer to standards that require review: \"voluntary patients\", \"emergency treatment\", \"economic and social rights\", \"civil issues\" and \"protection of vulnerable groups.\" Both jurisdictions also have the same level of compliance regarding \"clinical and experimental research\", and \"special treatments, seclusion and restraint\". In sum, the analysis of mental health legislation presented in this paper suggests that international human rights documents, such as the WHO Resource Book, are important tools which can guide the construction of legislation. It is also necessary that the formulation of mental health laws and policies are articulated with international human rights documents such as the CRPD. In this sense, this study may bring light for a reflection from competent authorities on the need to have audits for national mental health legislations, carried out by multidisciplinary committees, as recommended by WHO. Mental health legislation should be in a process of constant evolution, focusing on the search for the consolidation of rights of people with mental disorders