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Moralidade e Trapaça: Um Estudo com Crianças de 5 e 10 AnosPESSOTTI, A. M. 26 August 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-08-26 / Este estudo tem por objetivo investigar, em uma perspectiva psicogenética, a trapaça no que diz respeito à relação entre o juízo hipotético, a observação da ação e o juízo da própria ação de crianças em uma situação de jogos de regras, com base na teoria piagetiana. Participaram desta, 40 crianças de duas escolas particulares do município de Linhares ES, com idades de 5 e 10 anos, distribuídas igualmente de acordo com a idade e o sexo. Realizamos esta pesquisa utilizando os seguintes instrumentos: uma história e um roteiro de entrevista envolvendo a trapaça no Jogo da Velha; o jogo Cara a Cara e um roteiro de entrevista pós jogo Cara a Cara. A pesquisa foi realizada em três fases: (a) juízo hipotético sobre a trapaça, (b) observação da ação da trapaça e (c) juízo a respeito da ação da trapaça. Os resultados nos permitiram observar, quanto ao juízo hipotético sobre trapaça, que ao serem solicitadas a estabelecerem um juízo a respeito da atitude narrada, a totalidade dos participantes disse que o ato de trapacear estava errado, sendo que o maior número de justificativas mencionadas entre as crianças de 5 anos foi argumentos circulares. Em contrapartida, a categoria citada mais vezes pelos participantes de 10 anos foi desobedeceu à regra do jogo. No que concerne à observação, foi possível notar que, na ausência da experimentadora, a trapaça ocorreu mais entre as crianças de 5 anos que entre as de 10 anos. Contrariamente, na presença da experimentadora, não foi verificada diferença relevante na freqüência de trapaça entre as duas idades. Além disso, constatamos uma variedade de comportamentos para trapacear. Em relação ao juízo a respeito da ação da trapaça, notamos que, quando perguntados indiretamente sobre a ação, as crianças de 5 anos fazem menção mais freqüentemente a respeito da trapaça. Do mesmo modo, ao perguntarmos diretamente sobre a atitude mantida durante o experimento, mais crianças de 5 anos dizem ter trapaceado que de 10 anos. Por meio destes resultados, foi possível notar que as crianças sabem que trapacear não é correto, mas muitas trapaceiam e poucas admitem, principalmente entre os mais velhos. Dessa maneira, este trabalho contribui para o estudo da moralidade porque, ao demonstrar a importância da dimensão da ação, pode oferecer subsídios para um trabalho de educação moral.
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A Gênese da Concepção do Amor: Um Estudo Sob a Ótica da MoralidadeALVES, A. D. 29 August 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-08-29 / Refletindo sobre a importância das virtudes no desenvolvimento moral, nosso objetivo foi investigar a concepção de amor de crianças. Entrevistamos 40 escolares, de 6 e 9 anos, em uma escola particular de Vila Velha-ES, de acordo com o método clínico proposto por Piaget. Analisamos os exemplos de amor citados, qual seria o mais e o menos importante, o juízo sobre a possibilidade de amar uma criança do sexo oposto, do mesmo sexo, amigo, inimigo e desconhecido. Verificamos que a concepção de amor que as crianças têm é ampla: incluem principalmente ações de amor para outrem e o amor por determinada(s) pessoa(s), que aumentaram com a idade, e ações com amor, que apresentaram um decréscimo. Estes exemplos também foram considerados os mais importantes pelos participantes, sendo que amor por determinada(s) pessoa(s) aumentou com a idade. Quando perguntados sobre os exemplos de amor menos importantes, os escolares de 6 anos elegeram as ações com amor, ao passo que os escolares de 9 anos afirmaram não existir exemplo menos relevante. A maioria dos entrevistados afirmou a possibilidade de amar uma criança do sexo oposto, mesmo sexo e amigo. Entretanto, a minoria confirmou a relação de amor para com o inimigo e, menos ainda, para com o desconhecido. De forma geral, as justificativas se referiram aos vínculos existentes, à consequência positiva para si próprio, à característica positiva do objeto de amor, bem como à observação de experiência vivenciada, e tenderam ao aumento com a idade. Ressaltamos a importância do amor no desenvolvimento, e esperamos incentivar outras discussões sobre essa virtude, contribuindo para propostas de educação em valores morais.
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Moralidade e Adolescência: Regras, Projetos de Vida e Dependência QuímicaNEIVA, J. M. D. 27 December 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-12-27 / A adolescência é considerada a fase da vida caracterizada por vulnerabilidades e oportunidades de desenvolvimento. O presente estudo objetivou estudar essa fase buscando investigar concepções e juízos dos participantes, a respeito de regras, projetos de vida e dependência química, a fim de encontrar fatores com eles relacionados que pudessem sugerir desafios e oportunidades para o desenvolvimento saudável de adolescentes. Participaram cinco díades compostas por um jovem adolescente usuário de substâncias psicoativas, participante de atividades de um CAPS/ad, e por um irmão dele, não usuário, com diferença de idade de até 5 anos. Cada participante se submeteu a entrevista individual para investigar concepções e juízos, em três fases: a primeira objetivou conhecê-los a respeito de regras presentes no contexto familiar e de amizades apresentadas pelos participantes; a segunda, a respeito de seus projetos de vida e a terceira, sobre a problemática da dependência química. Os dados foram analisados descritivamente com indicação da incidência de respostas. Foram organizados em categorias, por sua vez agrupados em blocos temáticos quando isso contribuísse com a análise. Os resultados relativos ao primeiro tema mostram diferenças entre os contextos, como a presença marcante da autoridade microssistêmica no contexto familiar, para os usuários, como formuladora de regras de controle, enquanto para os não usuários essas regras resultariam de acordo mútuo a favor da convivência marcada por relações recíprocas. Os não usuários destacam sua percepção de regras mais flexíveis e ausência de autoridade reguladora na amizade, o que leva a maior liberdade, em tal contexto, para expressão de si e de suas vontades. Os resultados indicam que os usuários de drogas estejam em nível mais heterônomo de consciência das regras que seus irmãos não usuários. Resultados referentes ao segundo tema mostraram que os projetos de vida dos usuários são egocentrados, enquanto alguns não usuários relataram projetos baseados em princípios da ética. Usuários mostraram ter dificuldade para elaborar estratégias eficientes para alcançar seus projetos, revelando-se dependentes de fatores sobre os quais não têm controle, o que evidencia heteronomia. Resultados referentes ao terceiro tema mostram que não usuários referem-se ao usuário identificando-o com clareza como dependente químico, enquanto usuários revelaram ambivalência quanto à concepção de si mesmos como dependentes, identificando fatores externos como responsáveis por sua condição, esquivando-se de responsabilidade, com prejuízo para o prognóstico. Considerando a articulação entre os três temas, é possível dizer que usuários de drogas mostraram menor autonomia e não utilizam autorregulação intencional com direcionamento sustentável ao estabelecerem seus projetos de vida e buscarem estratégias para alcançá-los. Isso os deixa vulneráveis e favorece o aumento da manifestação de comportamentos indesejáveis. A necessidade de estímulo a práticas adolescentes que favoreçam o desenvolvimento da autonomia, a assunção de responsabilidades e as escolhas associadas a oportunidades de desenvolvimento saudável são evidenciadas pelos dados obtidos.
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Amor e sua relação com a generosidade: estudo com adolescentes sob a ótica da moralidadeALVES, A. D. 17 August 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-08-17 / Nosso objetivo foi investigar os juízos de adolescentes no que diz respeito ao conceito de amor e sua relação com a generosidade, em uma perspectiva psicogenética. Entrevistamos individualmente 40 adolescentes com 12 e 15 anos, igualmente divididos quanto à idade e ao sexo, a partir de um roteiro semiestruturado, com base no método clínico. Os dados foram apresentados em três Estudos. No Estudo 1 verificamos que a concepção de amor tende a ser menos focada na própria ação para ser direcionada no outro. Em relação a possibilidade de amar outra pessoa, não houve diferença relevante quanto ao sexo da pessoa a ser amada; no entanto, verificamos a influência do vínculo, pois foi mais frequente amar um amigo do que um inimigo ou desconhecido. No Estudo 2, a maioria dos adolescentes optou por não ajudar o outro e fazer sua obrigação escolar, devido à necessidade do cumprimento da referida obrigação. Mais da metade dos participantes, principalmente os de 12 anos, consideraram a presença do amor havendo ou não a generosidade. Ainda, quando os adolescentes foram questionados se a ajuda ocorreria na presença ou na ausência do amor, a relação entre o amor e a generosidade foi mais acentuada. Esta relação entre as duas virtudes e a influência do vínculo também foi encontrada no Estudo 3, uma vez que a frequência dos adolescentes que optou por ajudar um amigo e um desconhecido foi maior do que em relação a um inimigo; a maioria dos participantes afirmou a presença do amor ao amigo, e poucos afirmaram em relação ao desconhecido e ao inimigo; quando foram questionados se a ajuda ocorreria na presença ou na ausência do amor, a generosidade foi mais acentuada na presença do amor, havendo diferença em relação ao vínculo. Verificamos, portanto, a relação entre a presença ou ausência do amor na possibilidade de generosidade além da influência do vínculo. Tendo em vista a relação encontrada em nosso estudo entre o amor e a generosidade e sua importância no desenvolvimento moral, sugerimos a inclusão da relação entre essas virtudes em propostas de Educação em Valores Morais. Por fim, apesar de a virtude do amor, e sua relação com a generosidade, ser pouco
estudada na Psicologia da Moralidade reconhecemos sua relevância e esperamos que o nosso trabalho possa contribuir para o desenvolvimento de novas pesquisas sobre o tema e práticas de intervenção.
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A noção de Deus e sua relação com a justiça: um estudo com crianças e adolescentesRICARDO, L. S. 30 August 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-08-30 / Objetivou-se analisar as noções de Justiça (NJ) e de Deus (ND) - e a possível relação entre elas - de crianças e adolescentes, do ponto de vista moral, sob uma perspectiva psicogenética piagetiana, com dados coletados em uma entrevista baseada no método clínico. Participaram 60 crianças e adolescentes, estudantes de colégios católicos, sendo: 20 crianças com seis anos, 20 crianças com 11 anos e 20 adolescentes com 16 anos. Foram criados critérios de análise qualitativos fundamentados na teoria piagetiana e, com eles, critérios quantitativos para análise dos dados. Os resultados indicaram que a NJ e a ND tendem a se refinar durante o processo de desenvolvimento, apontando, assim, para uma característica psicogenética. Constatou-se, também, que a maioria dos participantes (37) apresentou a NJ e a ND no mesmo nível, o que denota certo paralelismo no desenvolvimento dessas noções. No entanto, em vinte e três participantes houve disparidade entre o Nível Geral da Noção de Justiça (NGNJ) e o Nível Geral da Noção de Deus (NGND). Quando verificada essa disparidade entre os mais novos, o NGNJ foi mais elevado do que o NGND e, entre os mais velhos, o NGND superior ao NGNJ o que parece relacionar-se à forma como os sujeitos entram em contato com a Justiça e com Deus, ao longo do processo de desenvolvimento, ou seja, como ocorre a interação com cada um desses objetos do conhecimento social. Este trabalho contribui, portanto, com as discussões acerca da Justiça e de Deus no campo da moralidade e pode oferecer aporte tanto para as propostas de um ensino religioso que visa a Religião como fato social, como as propostas das escolas confessionais que acolhem e trabalham as crenças de seus alunos juntamente com eles. Também fornece subsídios para a elaboração de projetos em educação em valores morais, o que pode favorecer o desenvolvimento de sujeitos autônomos, capazes de estabelecer juízos morais baseados na justiça em complexas e ambíguas situações morais. Assim, ao reconhecer a relevância de se estudar a NJ e a ND, entendendo que estas servem para auxiliar o sujeito no conhecimento do seu meio social, espera-se que este trabalho contribua para o desenvolvimento de novas pesquisas acerca dessas noções.
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Desenvolvimento Moral e Trapaça: Um Estudo com Crianças e AdolescentesPESSOTTI, A. M. 28 August 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-08-28 / O interesse humano em torno da moralidade não é um fenômeno novo, pois discussões sobre esse tema remontam a tempos muito antigos, como as reflexões de Aristóteles (384-322 a.C./ 1992). Esta pesquisa investiga a relação entre o nível de desenvolvimento moral e a trapaça em crianças e adolescentes utilizando jogos de regras, com base na teoria de Piaget. Participaram desta pesquisa 60 crianças e adolescentes de 5, 10 e 15 anos provenientes de escolas particulares de ensino fundamental e médio da cidade de Linhares/ES. Paraa coleta de dados utilizou-se: (a) o Instrumento de Avaliação do Nível do Desenvolvimento Moral (IANDM), (b) a versão tradicional do Jogo CaraaCara com as crianças de 5 e 10 anos e outra versão desse jogo adaptada para adolescentes denominada Arca de Noé, e (c) o roteiro de Entrevista Pós-Jogo. Os dados obtidos foram analisados de forma quanti e qualitativa, conforme as orientações de Delval (2002) para pesquisas realizadas a partir do método clínico. Elaboramos critérios para avaliar o Nível de Desenvolvimento Moral (NDM) e a trapaça, denominado critério de análise do Nível de Trapaça (NT). Os níveis englobam o Nível I, Nível II e o Nível III. Os resultados permitiram verificar uma evolução no nível de desenvolvimento moral dos participantes, predominando aos 5 anos o Nível I, aos 10 anos, o Nível II e aos 15 anos os Níveis II e III. Quanto à ação da trapaça, esse comportamento também tende a diminuir com a idade, pois a maioria dos participantes de 5 anos trapaceia, enquanto nos de 10 anos, esse comportamento é menos freqüente e entre os de 15 anos, não houve trapaça. Com relação ao juízo da própria ação, a minoria dos participantes que trapaceou confessou o delito. Já os resultados do nível de trapaça indicaram que a maioria das crianças de 5 anos permaneceu no Nível I, enquanto as de 10 anos se mantiveram divididas em todos os outros níveis e, entre os adolescentes, novamente acontece uma predominância dos níveis mais elevados. Entre o nível de desenvolvimento moral e o nível de trapaça predominou a correspondência entre os dois níveis nos participantes de 5 e 10 anos e um resultado melhor no nível de trapaça em relação ao nível de desenvolvimento moral nos participantes de 15 anos. Quanto maior a idade, fica mais evidente que a ação é mais desenvolvida do que o pensamento moral, conforme assinalado por Piaget (1932/1994).Com base nessa constatação, é incontestável a importância da intervenção por meio de projetos de educação em valores morais para promover reflexões sobre questões e comportamentos morais a fim de se estimular a construção de valores autônomos e éticos.
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Juízo moral, história e revolução em Kant e Fichte / Moral judgement, History and Revolution in Kant and FichteCunha, João Geraldo Martins da 04 April 2008 (has links)
Como julgar um evento político? Com o advento da Revolução Francesa duas perspectivas se abriram aos intelectuais alemães diante desta pergunta: uma em nome da prudência, fundada na história empírica; outra em nome da liberdade, fundada na moral. Na primeira perspectiva, Rehberg, inspirado em Burke, acusou os revolucionários de aplicarem uma \"teoria pura\" na prática política e, por isso mesmo, confundirem a vontade de todos, conceito empírico, com a vontade geral, conceito teórico e puro. Na segunda perspectiva, dois filósofos se opuseram, Kant e Fichte, assumindo como pressuposto comum que a política deve ser julgada à luz do sentido moral da história. Para tanto, partiram de uma ligação estreita entre vontade e razão a partir da qual os conceitos de liberdade e finalidade deveriam ser pensados juntos numa espécie de escatologia moral. Mas, ao transporem a política da Historie para a Weltgeschichte, do plano dos eventos empíricos para o plano do sentido necessário da história, uma segunda questão se pôs: a política deve ser corrigida em nome da moral por meio de reforma ou por meio de revolução? Embora Kant tenha visto a Revolução Francesa como signo histórico do progresso moral da humanidade, isto não o impediu de condená-la juridicamente em nome do princípio da publicidade - que, segundo ele, toda revolução contra o poder constituído acaba por violar. Fichte, por outro lado, ora defende o direito de revolução dos indivíduos contra o estado despótico, ora defende certo despotismo estatal, no que diz respeito ao funcionamento da economia, tolhendo o arbítrio individual dos cidadãos. Posições contraditórias e ao sabor das circunstâncias? Não creio. Sustento que a diferença entre estes dois juízos políticos de Fichte não impede que eles mantenham certa identidade de base. Mas se é sempre em nome da liberdade que a política deve ser julgada, certamente não é a liberdade dos indivíduos que conta do ponto de vista da razão, e sim a libertação da espécie - porquanto cada indivíduo só pode assumir sua identidade no confronto e reconhecimento recíproco com os outros. Ao pretender erigir um \"sistema da liberdade\", fundar a razão numa atividade livre de autodeterminação, a Doutrina-da-ciência abriu caminho para que a liberdade moral se transformasse em libertação social e para que o \"reino dos fins\" chegasse à Terra - mediante uma \"escatologia da imanência\" que operou uma reforma da revolução. / How can one judge a political event? The French Revolution opened up two perspectives for the German intellectuals of the period to answer such question: one under the token of prudence, grounded on empirical history; the other brandishing the flag of liberty, grounded on morals. From the former,A. W. Rehberg, inspired by E. Burke, charged the revolutionaries of applying a \"pure theory\" to political practice, and, due to the same reason, of confusing the will of all, an empirical concept, with the general will, a pure and theoretical concept. From the latter perspective, Kant and Fichte, mutually opposed, assumed as a common premise that politics ought to be judged under the light of the moral meaning of history. In order to accomplish this, they both started from a close link between will and reason from which the conceptions of liberty and finality ought to be thought in connection in a kind of moral Eschatology. However, when they transposed politics from Historie to Weltgeschichte, that is, from the domaine of empirical events to the one of the necessary meaning of history, a second question had to be answered: should politics be corrected for the sake of morals by means of a reformation or of a revolution? Even though Kant saw French Revolution as a historical sign of the moral progress of humanity, such a fact didn\'t prevent him from issuing a legal condemnation of it in defense of the principle of publicity - a principle which, in his view, every revolution fledged against established sovereignty comes to violate. Fichte, on the other hand, sometimes defends the right of individuals to rise revolutionarily against the despotic state, but also seems to approve of certain forms of despotic guidance, concerning the working out of the economy, in the restriction of the individual will of the citizens. Could these be contradictory postions, suggested only by the vicissitudes of the circumstances? I don\'t believe so. I maintain that the difference that lie between these diverse Fichtean political judgments does not hinder the fact that they maintain a certain fundamental identity. But if it is always for the sake of liberty that politics ought to be judged, from the standpoint of reason it certainly is not the liberty of the individuals that counts, but rather the liberation of the species - for each individual can only assume his or her identity in contrast with and through reciprocal recognition of the others. By intending to build up a \"system of liberty\" and to ground reason on an activity free of self-determination, the Doctrine of Science opened up the road for the transformation of moral liberty into social liberation and for the \"kindom of ends\" to come to Earth - by means of a \"Eschatology of immanence\" that operated a reformation of the revolution.
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Juízo moral, história e revolução em Kant e Fichte / Moral judgement, History and Revolution in Kant and FichteJoão Geraldo Martins da Cunha 04 April 2008 (has links)
Como julgar um evento político? Com o advento da Revolução Francesa duas perspectivas se abriram aos intelectuais alemães diante desta pergunta: uma em nome da prudência, fundada na história empírica; outra em nome da liberdade, fundada na moral. Na primeira perspectiva, Rehberg, inspirado em Burke, acusou os revolucionários de aplicarem uma \"teoria pura\" na prática política e, por isso mesmo, confundirem a vontade de todos, conceito empírico, com a vontade geral, conceito teórico e puro. Na segunda perspectiva, dois filósofos se opuseram, Kant e Fichte, assumindo como pressuposto comum que a política deve ser julgada à luz do sentido moral da história. Para tanto, partiram de uma ligação estreita entre vontade e razão a partir da qual os conceitos de liberdade e finalidade deveriam ser pensados juntos numa espécie de escatologia moral. Mas, ao transporem a política da Historie para a Weltgeschichte, do plano dos eventos empíricos para o plano do sentido necessário da história, uma segunda questão se pôs: a política deve ser corrigida em nome da moral por meio de reforma ou por meio de revolução? Embora Kant tenha visto a Revolução Francesa como signo histórico do progresso moral da humanidade, isto não o impediu de condená-la juridicamente em nome do princípio da publicidade - que, segundo ele, toda revolução contra o poder constituído acaba por violar. Fichte, por outro lado, ora defende o direito de revolução dos indivíduos contra o estado despótico, ora defende certo despotismo estatal, no que diz respeito ao funcionamento da economia, tolhendo o arbítrio individual dos cidadãos. Posições contraditórias e ao sabor das circunstâncias? Não creio. Sustento que a diferença entre estes dois juízos políticos de Fichte não impede que eles mantenham certa identidade de base. Mas se é sempre em nome da liberdade que a política deve ser julgada, certamente não é a liberdade dos indivíduos que conta do ponto de vista da razão, e sim a libertação da espécie - porquanto cada indivíduo só pode assumir sua identidade no confronto e reconhecimento recíproco com os outros. Ao pretender erigir um \"sistema da liberdade\", fundar a razão numa atividade livre de autodeterminação, a Doutrina-da-ciência abriu caminho para que a liberdade moral se transformasse em libertação social e para que o \"reino dos fins\" chegasse à Terra - mediante uma \"escatologia da imanência\" que operou uma reforma da revolução. / How can one judge a political event? The French Revolution opened up two perspectives for the German intellectuals of the period to answer such question: one under the token of prudence, grounded on empirical history; the other brandishing the flag of liberty, grounded on morals. From the former,A. W. Rehberg, inspired by E. Burke, charged the revolutionaries of applying a \"pure theory\" to political practice, and, due to the same reason, of confusing the will of all, an empirical concept, with the general will, a pure and theoretical concept. From the latter perspective, Kant and Fichte, mutually opposed, assumed as a common premise that politics ought to be judged under the light of the moral meaning of history. In order to accomplish this, they both started from a close link between will and reason from which the conceptions of liberty and finality ought to be thought in connection in a kind of moral Eschatology. However, when they transposed politics from Historie to Weltgeschichte, that is, from the domaine of empirical events to the one of the necessary meaning of history, a second question had to be answered: should politics be corrected for the sake of morals by means of a reformation or of a revolution? Even though Kant saw French Revolution as a historical sign of the moral progress of humanity, such a fact didn\'t prevent him from issuing a legal condemnation of it in defense of the principle of publicity - a principle which, in his view, every revolution fledged against established sovereignty comes to violate. Fichte, on the other hand, sometimes defends the right of individuals to rise revolutionarily against the despotic state, but also seems to approve of certain forms of despotic guidance, concerning the working out of the economy, in the restriction of the individual will of the citizens. Could these be contradictory postions, suggested only by the vicissitudes of the circumstances? I don\'t believe so. I maintain that the difference that lie between these diverse Fichtean political judgments does not hinder the fact that they maintain a certain fundamental identity. But if it is always for the sake of liberty that politics ought to be judged, from the standpoint of reason it certainly is not the liberty of the individuals that counts, but rather the liberation of the species - for each individual can only assume his or her identity in contrast with and through reciprocal recognition of the others. By intending to build up a \"system of liberty\" and to ground reason on an activity free of self-determination, the Doctrine of Science opened up the road for the transformation of moral liberty into social liberation and for the \"kindom of ends\" to come to Earth - by means of a \"Eschatology of immanence\" that operated a reformation of the revolution.
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Desenvolvimento moral: a generosidade sob a ótica de crianças e adolescentes / Moral Development: generosity under the optics of children and adolescentsVale, Liana Gama do 07 July 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-07-07 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este estudo tem por objetivo investigar, em um contexto psicogenético, os juízos de crianças e adolescentes relacionados à generosidade e averiguar o lugar ocupado por
essa virtude no universo moral dos participantes. Participaram desta pesquisa 30 alunos de uma escola pública do município de Vitória ES, com idades entre 7 e 13 anos, igualmente divididos quanto ao sexo. Realizamos entrevistas individuais de acordo com o método clínico proposto por Piaget (1926/s.d.; 1932/1994). Utilizamos como instrumentos histórias-dilema que abordam temas referentes à generosidade. Os resultados obtidos permitiram-nos verificar que, quando a generosidade é contraposta à satisfação do próprio interesse, a opção pela ação generosa predomina em todas as idades pesquisadas. Ao contrapormos a generosidade à obediência à autoridade, todavia, a opção pela obediência prevalece na idade de 7 anos e diminui nas faixas etárias seguintes. O tipo de vínculo ou a sua ausência influencia os juízos da maior parte dos participantes de todas as idades no que diz respeito à manifestação de generosidade para com o outro. Em todas as faixas etárias estudadas, a maioria dos entrevistados indica a conversa como conseqüência da ausência de generosidade, mas a porcentagem dessa resposta é menor na idade de 7 anos e aumenta no decorrer das demais faixas de idade investigadas. Podemos afirmar, portanto, que a generosidade faz parte do universo moral de crianças e adolescentes, que, embora considerem sua falta digna de reprovação em algumas situações, não indicam a punição como conseqüência dessa falta. Este trabalho contribui para a expansão do campo de pesquisas sobre a moralidade e oferece importantes subsídios para propostas de educação moral que contemplem virtudes como a generosidade. / In this case study, we investigated, on a psychogenetic context, the judgment of children and adolescents related to generosity and researched the place occupied by this virtue in
the moral universe of the participants. Thirty (30) students of a public school from Vitória ES took part in this research, their age group varying between 7 and 13 years old, equally divided as to gender. We performed individual interviews according to the clinical method proposed by Piaget (1926/s.d.; 1932/1994). We used as instruments history-dilemmas that dealt with themes referring to generosity. The obtained results allowed us to verify that, when generosity was counter posed to the satisfaction of one s own interest, the option for the generous action was predominant in all the age groups researched. When counter posing generosity to the obedience of authority, however, the option for obedience prevailed in the age group of the seven years old and diminished on the following age groups. This type of link or the absence of it influenced the judgment of the majority of the participants of all ages as to what concerned the
manifestation of generosity towards the other. In all age groups studied, the majority of the interviewed indicated conversation as a consequence of the absence of generosity,
but the percentage of this answer is lower on the 7 years old group and increased on the other researched age groups. We could therefore affirm that generosity is a part of the
moral universe of children and adolescents, who, although considering its lack in some situations worthy of disapproval, do not indicate punishment as a consequence for this
flaw. This case study contributes for the expansion of the research field on morality and offer important subsidies for the proposals of moral education that might contemplate
virtues such as generosity.
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A gênese da concepção de amor : um estudo sob a ótica da moralidade / The genesis of the idea of love : a study from the perspective of moralityAlves, Ariadne Dettmann 29 August 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-08-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Reflecting on the importance of virtues in moral development, our goal was to investigate the children love concepts. We interviewed 40 students, 6 and 9 years old, in a private school in Vila Velha-ES, according to the clinical method proposed by Piaget. We analyzed the cited examples of love, what would be the most and least important, the judgment about the possibility of loving a child of the opposite sex, of same sex, a friend, an enemy and a stranger. We found that children have an ample concept; including mainly giving love to others‟ and love for (a) particular person/people, which increased with age, and actions with love‟, which showed a decrease. These examples were also considered most important by participants, and love for (a) particular person/people increased with age. On the least important examples of love, mostly students aged 9 said they did not exist, and the 6-years old elected the actions with love‟. Most respondents stated the possibility of loving a child of the opposite sex and same-sex friend. However, a minority has confirmed the relationship of love for an enemy, and still less with a stranger. In general, the justifications referred to the existing ties, the positive consequence for oneself, positive feature of the love object and observation of lived experience, and tended to increase with age. We emphasize the importance of love in development and hope to encourage further discussion on this virtue, contributing to proposals for education in moral values / Refletindo sobre a importância das virtudes no desenvolvimento moral, nosso objetivo foi investigar a concepção de amor em crianças. Entrevistamos 40 escolares, de 6 e 9 anos, em uma escola particular de Vila Velha-ES, de acordo com o método clínico proposto por Piaget. Analisamos os exemplos de amor citados, qual seria o mais e o menos importante, o juízo sobre a possibilidade de amar uma criança do sexo oposto, do mesmo sexo, amigo, inimigo e desconhecido. Verificamos que a concepção de amor que as crianças têm é ampla: incluem principalmente ações de amor para outrem‟ e o amor por determinada(s) pessoa(s)‟, que aumentaram com a idade, e ações com amor‟, que apresentaram um decréscimo. Estes exemplos também foram considerados os mais importantes pelos participantes, sendo que amor por determinada(s) pessoa(s)‟ aumentou com a idade. Quando perguntados sobre os exemplos de amor menos importantes, os escolares de 6 anos elegeram as ações com amor‟, ao passo que os escolares de 9 anos afirmaram não existir exemplo menos relevante. A maioria dos entrevistados afirmou a possibilidade de amar uma criança do sexo oposto, mesmo sexo e amigo. Entretanto, a minoria confirmou a relação de amor para com o inimigo e, menos ainda, para com o desconhecido. De forma geral, as justificativas se referiram aos vínculos existentes, à consequência positiva para si próprio, à característica positiva do objeto de amor, bem como à observação de experiência vivenciada, e tenderam ao aumento com a idade. Ressaltamos a importância do amor no desenvolvimento, e esperamos incentivar outras discussões sobre essa virtude, contribuindo para propostas de educação em valores morais
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