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Caracterização físico química, perfil sensorial e aceitação de morangos submetidos à irradiaçãoScolforo, Carmelita Zacchi 15 July 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / A irradiação de alimentos é um método de conservação não térmico utilizado em diferentes alimentos e em diferentes doses. Sabe-se que, dependendo da dose aplicada, esse método pode ocasionar alterações nas características físico-químicas e sensoriais, que afetam a qualidade do produto. Portanto, um dos objetivos deste estudo foi analisar o efeito da irradiação nas características físico-químicas e sensoriais de morangos irradiados. A irradiação das amostras de morango ocorreu um dia após a colheita e foi realizada no Laboratório de Radiação Gama do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), em Belo Horizonte-MG. As doses utilizadas foram 1 kGy, 2 kGy, 3 kGy e 4 kGy e a amostra controle (0 kGy). Foram avaliados pH, acidez total titulável, sólidos solúveis, ratio (relação entre teor de sólidos solúveis e acidez total titulável), açúcares redutores, totais e não redutores, pectina, ácido ascórbico, firmeza, cor, antocianinas, compostos fenólicos e capacidade antioxidante. Para a caracterização sensorial das amostras, foi utilizado o método Perfil Descritivo Otimizado (PDO), sendo avaliados os atributos sensoriais cor, sabor adocicado, gosto ácido, firmeza e suculência, por 15 julgadores previamente selecionados. Além da caracterização sensorial, foi realizada a análise de aceitação sensorial por 60 consumidores de morango em duas sessões. A irradiação não alterou significativamente a maioria das características físico-químicas analisadas, ao comparar todas as doses empregadas, incluindo o morango controle (não irradiado); apenas a firmeza apresentou valores diferentes estatisticamente: com o aumento da dose, houve diminuição da firmeza do fruto. No PDO, as amostras diferiram quanto à cor, sabor adocicado, firmeza e suculência, sendo que a amostra controle e a amostra irradiada com 1 kGy tiveram maiores valores de firmeza e menores de suculência e sabor adocicado. Em relação à aceitação, a amostra controle e a amostra irradiada com 1 kGy não diferiram estatisticamente pelo teste Tukey a 5%, mas diferiram das amostras irradiadas com doses de 3 kGy e de 4 kGy; no entanto, a amostra irradiada a 2 kGy não diferiu de nenhuma outra dose. Foram realizados estudos de correlações entre os dados físico-químicos de pH, acidez total titulável (ATT), sólidos solúveis (SS), açúcares totais e açúcares não redutores, antocianina (método pH diferencial), pectina, firmeza instrumental, relação entre SS/ATT (ratio) e alguns parâmetros de cor (a*, b*, c* e L), e os dados do teste sensorial descritivo, ou seja, os atributos de firmeza, suculência, sabor adocicado e gosto ácido. Os resultados obtidos foram correlações significativamente positivas entre pH e ratio, sólidos solúveis e pectina, antocianinas e parâmetros de cor (a* e c*), açúcares e parâmetros de cor (b* e c*), firmeza sensorial e firmeza instrumental, suculência e sabor
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adocicado e firmeza sensorial e gosto ácido. Já as correlações negativas foram entre acidez e ratio, sólidos solúveis e firmeza, antocianina e L*, firmeza sensorial e sabor adocicado e suculência com: firmeza instrumental, firmeza sensorial e gosto ácido. Neste trabalho, também foi realizada a caracterização físico-química e sensorial de morangos irradiados nas doses determinadas por Lima Filho et al. (2014) como sendo correspondentes ao limiar de detecção (LD) sensorial (0,405 kGy) e ao limiar de rejeição (LR) sensorial (3,6 kGy) para morangos irradiados. Além disso, foi verificada a influência da embalagem na aceitação sensorial de morangos irradiados na dose 3,6 kGy. Todas as medidas físico-químicas apresentaram pequena variação entre as amostras controle (0 kGy) e o LD e o LR. Não houve diferença significativa em relação à aceitação da amostra irradiada na ausência e na presença da embalagem, provavelmente devido ao grau de conhecimento do painel de consumidores em relação ao processo de irradiação de alimentos. Conclui-se que a irradiação é um método de conservação que pode ser utilizado em morangos, uma vez que exerce pouca influência, no período de tempo estudado, nas suas características físico-químicas e sensoriais. / Irradiation is a non-thermal preservation method used in different foods and at different dosages. Changes in the physico-chemical characteristics and in food quality depend on the applied dosage of radiation. Therefore, the aim of this study was to analyze the effect of radiation in the physico-chemical characteristics of irradiated strawberries. The irradiation of the samples was taken one day after harvest and was performed at the Laboratory of Gama Radiation of the Development Center of Nuclear Technology (CDTN) in Belo Horizonte-MG. The radiation doses used were 1 kGy, 2 kGy, 3 kGy and 4 kGy and the control sample (0 kGy). We evaluated the pH, titratable acidity (ATT), soluble solids (SS), the ratio (SS/ATT), total sugars, reducing and non-reducing sugars, pectin, ascorbic acid, firmness, color, anthocyanins (by three different methods of analysis), phenolics and antioxidant capacity. For the sensory characterization of the samples, it was used the Optimized Descriptive Profile (PDO). Fifteen selected judges participated of the analyses. The attributes evaluated were characteristic color, sweetness, sour taste, firmness and juiciness. Sensory acceptance was performed with 60 consumers of strawberry in two sessions. Irradiation did not significantly change most of the analyzed characteristics; only the firmness showed statistically different values: by increasing the dose, the firmness of the strawberry decreased. In PDO, the samples differed in color, sweetness, firmness and juiciness, and the control sample and the sample irradiated at 1 kGy had higher values of firmness and lower juiciness and sweetness. Regarding acceptance, the control sample and the sample irradiated at 1 kGy did not differ by Tukey test at 5%, but they differed from samples irradiated at doses of 3 kGy and 4 kGy; the sample with a dose of 2 kGy did not differ from any other sample. In this study we tested correlations between pH, titratable acidity (ATT), soluble solids (SS), total sugars and non-reducing sugars, anthocyanins (pH differential), pectin, instrumental firmness, relation SS/ATT (ratio), the color parameters “a”, “b”, “c” and “L”, and the sensory descriptive data, which were firmness, juiciness, sweetness and sour taste. Significantly positive correlation were found between pH and ratio, SS and pectin, anthocyanins and “a”, “c” values, sugars and “b”, “c” values, sensory firmness and instrumental firmness, juiciness and sweetness, sensory firmness and sour taste. Significantly negative correlation were found between ATT and ratio, SS and instrumental firmness, anthocyanins and “L”, juiciness and instrumental firmness, sensory firmness and sour taste,
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sensory firmness and sweetness. In this study, we also determined the physico-chemical and sensory characteristics of strawberries irradiated at the DT and CRT dosages, and evaluated the influence of packaging in sensory acceptance of irradiated strawberries at the CRT dosage (3.6 kGy). There was little variation in physico-chemical characteristics between control sample and DT and CRT samples; however the instrumental firmness decreased with the increasing of the dose. The values of the global difference of color, ΔE* were above 8.0, therefore, the difference in color between samples are easily noticeable to the human eyes. The values of the attributes sour taste and sweetness were similar between samples, but for firmness, juiciness and color the values varied according to radiation doses. The sensory acceptance of control sample did not statistically differ (p>0.05) from the CRT sample, and the information that the strawberry was irradiated did not affect the sensory acceptance; in other words, the control sample and the CRT sample had good acceptance. It can be concluded that irradiation is a preservation method that can be used in strawberries since it exerts little influence on their physico-chemical and sensory characteristics, in the studied period of time.
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Avaliação sensório-motora e eletromiográfica em lesados medulares após terapia com fotobiomodulação – ensaio clínico, controlado e cego / Eevaluation sensory-motor and electromyographic response to photobiomodulation for the treatment of spinal injures: randomized, controlled and blind trialSilva, Fernanda Cordeiro da 30 November 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-11-30 / Background: Spinal injury is a devastating condition with physical, emotional, psychological, social and financial repercussions for affected individuals and their families. This type of injury impedes the performance of functional activities due to the partial or complete interruption of ascending sensory and descending motor pathways. Photobiomodulation is a noninvasive treatment that has been widely used in neurotrauma and neurodegenerative diseases. In the present study, low-level laser therapy was administered in cases of spinal cord injury to investigate the sensory responses and perceptions of patients. The aim of the present study was to investigate the sensory and motor response and perception of the patients with spinal cord injuries submitted to photobiomodulation therapy. Methods/Design: The 25 volunteers were randomly allocated in the control group-placebo more physical therapy or group photobiomodulation more physical therapy. Photobiomodulation was performed three times per week for a total of 12 sessions. A wavelength of 810 nm was used, 5 points being 25 J per point, exactly on the region of the cord where it was injured, radiant power, 120 mW, 208 seconds per point and Radiant Exposure 983 J/cm2. All individuals were evaluated using the ASIA scale, a sensory perception questionnaire and electromyography to assess the motor response before, immediately after and 30 days after photobiomodulation. The control group-placebo was subjected to photobiomodulation simulated, that is, without emission of radiation. The data were analyzed statistically, with α < 0.05 considered indicative of statistical significance. Results: Thirteen types of sensorimotor changes were reported, with a significant difference between groups in relation to "trait contractions." In the intragroup analysis of the photobiomodulation group, statistically significant differences were found between the pre-intervention and immediate post-sensory sensory evaluations, as well as between sensory evaluations after immediate intervention and 30 days after photobiomodulation. No significant differences were found in the control group between any of the evaluation times. In the intra-group analysis of the laser group, median frequency values of the brachial biceps and femoral quadriceps muscles were higher at rest and during isotonic contraction 30 days after photobiomodulation. Conclusion: In the present study, phototherapy was effective in promoting a motor and sensory response in individuals with spinal cord injuries, so the results suggest that photobiomodulation may be a promising approach for the treatment of sensorimotor changes in patients with lesions of the spinal cord. / Introdução: A lesão medular é uma condição devastadora com repercussões físicas, emocionais, psicológicas, sociais e financeiras para os indivíduos afetados e suas famílias. Este tipo de lesão impede o desempenho de atividades funcionais devido à interrupção parcial ou total das vias motoras sensoriais e descendentes e ascendentes. A fotobiomodulação é um tratamento não invasivo amplamente utilizado em neurotrauma e doenças neurodegenerativas. No presente estudo, a fotobiomodulação foi administrada na medula espinhal lesada com objetivo de investigar as respostas sensório-motoras e as percepções dos pacientes após o tratamento. Métodos: Os 25 voluntários foram alocados aleatoriamente no grupo controle-placebo mais fisioterapia ou grupo fotobiomodulação mais fisioterapia. A fotobiomodulação foi realizada três vezes por semana com um total de 12 sessões. Foi utilizado o comprimento de onda de 810 nm, 5 pontos sendo 25 J por ponto, exatamente sobre a região da medula onde foi lesada, potencia radiante 120 mW, 208 segundos por ponto, exposição radiante 983 J/cm². Todos os indivíduos foram avaliados utilizando a escala ASIA, a entrevista de percepção sensorial e eletromiografia para avaliar a resposta motora antes, imediatamente após e 30 dias após a fotobiomodulação. O grupo controle-placebo foi submetido à fotobiomodulação simulada, ou seja, sem emissão da radiação. Os dados foram analisados estatisticamente, com um α <0,05 considerado indicativo de significância estatística. Resultados: Foram relatados 13 tipos de alterações sensório-motoras, com uma diferença significativa entre os grupos em relação aos esboços de contrações. Na análise intragrupo, no grupo fotobiomodulação, foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre as avaliações sensoriais pré-intervenção e pós imediata, bem como, entre avaliações sensoriais após intervenção imediata e 30 dias após a fotobiomodulação. Não foram encontradas diferenças significativas no grupo controle em quaisquer uns dos tempos avaliados. Na análise intragrupo, no grupo fotobiomodulação, os valores de freqüência mediana do bíceps braquial e do quadríceps femoral foram maiores em repouso e durante a contração isotônica 30 dias após a fotobiomodulação. Conclusão: No presente estudo, a fototerapia foi efetiva na promoção de uma resposta motora e sensorial em indivíduos com lesões da medula espinhal, sendo assim, os resultados sugerem que a fotobiomodulação pode ser uma abordagem promissora para o tratamento de alterações sensório-motoras em pacientes com lesões da medula espinhal.
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Caracterização do perfil de síndromes dolorosas, psicofísica e medidas de excitabilidade cortical em doentes com neuromielite óptica controlada / Characterization of pain, psychophysics and cortical excitability profile in patients with controlled neuromyelitis optica spectrum disordersSilva, Fernanda Valerio da 03 April 2019 (has links)
Introdução: Neuromielite óptica (NMO) é uma doença inflamatória desmielinizante do sistema nervoso central associado com auto anticorpo anti-aquaporina 4 (AQP4-Ab) em até 90% dos casos e com anticorpo anti glicoproteína de mielina oligodendrocítica (MOG-IgG) em cerca de 20% dos indivíduos negativos para AQP4-Ab. A apresentação clínica típica do NMO inclui neurite óptica grave (ON), mielite transversa longitudinalmente extensa (MTLE) e lesões do tronco encefálico conhecidas por causar náuseas,vômitos e soluços intratáveis. A dor é um dos sintomas mais frequentes e incapacitantes dessa síndrome. Sabe-se que afeta até 85% dos indivíduos, que é mais intensa e responde menos aos tratamentos usuais quando comparados aos pacientes com esclerose múltipla. O objetivo deste estudo foi caracterizar as síndromes dolorosas em indivíduos na fase crônica livre de recidiva da NMO. A doença também foi considerada um bom modelo para estudar os mecanismos de dor após lesão medular. Métodos: Trata-se de um estudo longitudinal, composto por duas avaliações. A avaliação para entrada no estudo consistiu em um exame neurológico complete padronizado, a fim de determinar as síndromes dolorosas principal e secundária de acordo com seu mecanismo e nível. Os pacientes foram convidados a preencher questionários avaliando a dor (Inventário breve de dor [BPI], Questionário de dor McGill [MPQ], inventário de sintomas de dor neuropática [NPSI]), espasmos tônicos dolorosos, sinal de Lhermitte, incapacidade (EDSS, Barthel ADL), ansiedade e depressão (escala hospitalar de ansiedade e depressão [HADS]), catastrofização (escala de pensamentos catastróficos na dor [PCTS]), disfunção urinária e fecal (questionário de bexiga hiperativa [OABV8], escore de sintomas prostáticos internacionais [IPSS]). Também foram realizados teste quantitativo sensitivo (QST) em área controle (com sensibilidade normal) e área de maior dor e medidas de excitabilidade cortical bilaterais (CE). Imagens prévias de ressonância magnética de encéfalo e medula espinhal foram revistos. Foi realizada uma consulta de acompanhamento entre 6 e 18 meses após a primeira visita, na qual a síndrome dolorosa principal foi reavaliada e os pacientes foram solicitados a preencher questionários (DN-4, BPI, MPQ, BPI, NPSI) sobre a dor. Resultados: Setenta e dois pacientes foram incluídos. Foram identificados 53 (73,6%) indivíduos com dor crônica e 19 (26,3%) sem dor. Quarenta (55,6%) pacientes apresentaram dor neuropática (NP) e 13 (18,1%) dor não neuropática (não-NP). Entre os 53 indivíduos com dor crônica, 38 (71,7%) tinham mais de uma síndrome dolorosa. Dor neuropática no nível sensitivo foi a síndrome dolorosa mais prevalente, sendo observada em 31 doentes (58,5% do total de pacientes com dor). O grupo com dor não-neuropática teve dor lombar como a síndrome mais comum, afetando 8 (61,5%) indivíduos. O grupo com dor neuropática teve um número significativamente maior de dermátomos afetados por alodínea dinâmica (0,8 ± 1,6, comparado a zero dermátomos nos outros 2 grupos, p = 0,004) e estática (0,7 ± 1,3 comparado a 0 no grupo com dor não-neuropática e 0,1 ± 0,5 dermátomos no grupo sem dor). A hiperpatia em nível foi significativamente mais prevalente no grupo com dor neuropática: 39 (97,5%) nesse grupo, contra 10 (76,9%) e 12 (68,4%) nos grupos dor não-neuropática e sem dor (p = 0,013). Os pacientes com dor neuropática apresentaram desempenho significativamente pior quando comparados aos sem dor, no PCS-12 (componente físico do SF-12), (32,5 ± 8 e 43,3 ± 11, respectivamente). O PCS-12 correlacionou-se com a intensidade da dor no BPI nos grupos dor neuropática (r = -0,387, p = 0,014) e não-neuropática (r = -0,734, p = 0,004). Dentro do grupo com dor neuropática, 16 (80%) pacientes relataram prurido na área de dor, enquanto apenas 1 (33,3%) paciente com dor não neuropática relatou o mesmo (p < 0,001). O QST apresentou maiores limiares para a detecção de estímulos quentes dentre aqueles com dor neuropática, quando comparado ao grupo com dor não-neuropática (41,3 ± 5,6 e 36,9 ± 3, respectivamente, p = 0,045). As amplitudes do potencial evocado motor a 120 e 140% foram significativamente menores nos dois grupos com dor quando comparados aos pacientes sem dor. A avaliação de acompanhamento foi realizada em 68 pacientes e 50 (73,5%) relataram dor. A dor neuropática do nível foi novamente a síndrome dolorosa mais prevalente, afetando 29 (58%) indivíduos. Três pacientes inicialmente sem dor relataram na o sintoma na segunda visita. A taxa de incidência de dor foi de 17,7 por 100 pessoas-ano. Onze pacientes que haviam relatado dor na entrada do estudo tinham uma síndrome de dor diferente na segunda avaliação (20,8% da amostra original). O grupo com dor neuropática teve uma diminuição significativa na intensidade do BPI (de 5,6 ± 1,9 para 4,8 ± 2, p = 0,039). O escore total do MPQ diminuiu significativamente em ambos os grupos com dor neuropática (de 9 ± 2,4 para 8 ± 3,1, p = 0,014) e naqueles com dor não-neuropática (9,2 ± 2,5 a 7 ± 4, p = 0,031). Conclusão: A dor é prevalente em pacientes com NMO e a dor neuropática de nível é a síndrome mais comum. A incidência de novas dores e alterações nas síndromes dolorosas não está relacionada à nova atividade inflamatória, mas ao dano estrutural permanente crônico na medula espinhal e tronco cerebral secundário à atividade autoimune prévia. A avaliação das síndromes dolorosas é importante para o tratamento correto desse sintoma e deve ser reavaliada regularmente, mesmo em pacientes sem novas recidivas clínicas / Introduction: Neuromyelitis optica (NMO) is an inflammatory demyelinating disease of the central nervous system. It is associated with anti-aquaporin 4 autoantibody (AQP4-Ab) in up to 90% of cases and with anti-myelin oligodendrocyte glycoprotein (MOG-IgG) in around 20% of subjects negative to AQP4-Ab. The typical clinical presentation of NMOSD includes severe optic neuritis (ON), longitudinally extensive transverse myelitis (LETM) and brainstem lesions known to cause intractable nausea, vomiting and hiccups. Pain is one of the most frequent and disabling symptoms in this syndrome. It is known to affect up to 85% of subjects with NMO which is more intense and less responsive to usual treatments when compared to multiple sclerosis patients. The aim of this study was to fully characterise all pain syndromes in individuals in the chronic relapse-free phase of NMO. The disease was also deemed a good model to study pain mechanisms in spinal cord injuries. Methods: This is a longitudinal study, comprised by 2 evaluations. The Baseline study entry visit consisted of a full standardized neurological examination, in order to determine the main and secondary pain syndrome according to its mechanism and level. Patients were requested to fill questionnaires evaluating pain (Douleur Neuropathique-4 [DN-4], brief pain inventory [BPI], Short-form McGill Pain Questionnaire [MPQ], Neuropathic pain symptoms inventory [NPSI]), painful tonic spasms, Lhermitte sign, hiccups, orthostatic intolerance, persistent nausea, pruritus, fatigue (modified fatigue scale), Uhthoff phaenomenon, quality of life (SF-12), disability (EDSS, Barthel ADL), anxiety and depression (Hospital anxiety and depression scale [HADS]), catastrophizing (PCTS), urinary and faecal dysfunction(OABV8,IPSS). Quantitative sensory test (QST) and measures of cortical excitability (CE) were performed. Previous brain and spinal cord MRIs were reviewed. A follow up visit was done between 6 and 18 months after the first visit, in which the main pain syndrome was reassessed and patients again were requested to fil pain questionnaires (DN-4, BPI, MPQ, BPI, NPSI) and report painful tonic spasms and Lhermitte sign. Results: Seventy-two patients were included. We identified 53 (73.6%) patients with chronic pain and 19 (26.3%) without any chronic pain syndrome. Forty (55.6%) patients had neuropathic pain (NP) and 13 (18.1%) had non-neuropathic pain (non-NP). Amongst those 53 subjects with chronic pain, 38 (71.7%) had more than one pain syndrome. NP at the sensory level was the most prevalent pain syndrome, being observed in 31 patients (58.5% of the total pain patients). Amid the non-NP patients, low back pain was the most common pain syndrome, affecting 8 (61.5%) subjects. NP group had a significantly higher number of dermatomes affected by allodynia to brush (0.8 ± 1.6, compared to zero dermatomes in the other 2 groups, p = 0.004) and to pressure (0.7 ± 1.3 compared to no 0 in the non-NP group and 0.1 ± 0.5 dermatomes in the no pain group). At-level hyperpathia affected a significantly proportion of patients with NP: 39 (97.5%) in this group, versus 10 (76.9%) and 12 (68.4%) in the non-NP and no pain groups (p= 0.013). Patients with NP had significantly worse performance when compared to those without pain, in the PCS-12 (physical component of the SF-12), (32.5 ± 8 and 43.3 ± 11, respectively). PCS-12 correlated with BPI intensity pain amid NP (r= -0.387, p= 0.014) and non-NP (r= -0.734, p= 0.004) groups. Within the group with neuropathic pain, 16 (80%) of patients reported itching on the pain area, whereas only 1 (33.3%) patient with non-neuropathic pain reported the same (p < 0.001). QST showed higher thresholds for warm stimuli detection within NP group, when compared to non-NP (41.3 ± 5.6 and 36.9 ± 3, respectively, p= 0.045) group. Motor evoked potential amplitudes at 120 and 140% were significantly lower in both groups with pain when compared to those without pain. The follow up assessment was done in 68 patients and 50 (73.5%) reported pain. At-level NP was the most prevalent syndrome, affecting 29 (58%) subjects. Three patients initially without pain reported it in the follow up visit. Incidence rate of pain was 17.7per 100 persons-year. Eleven patients who had reported pain upon study entry had a different pain syndrome on the second evaluation (20.8% of the original sample). NP group had a significant decrease in BPI intensity (from 5.6± 1.9 to 4.8±2, p= 0.039). MPQ total score significantly decreased in both groups with NP (from 9±2.4 to 8±3.1, p=0.014) and in those with non-NP (9.2±2.5 to 7±4, p=0.031). Conclusion: Pain is prevalent in patients with NMO and at-level NP is the most common syndrome. The incidence of new pain and changes in its syndromes is not related to new inflammatory activity but to the permanent chronic structural damage in the spinal cord and brainstem secondary to previous autoimmune activity. Assessment of pain syndromes is important for its treatment and they should be re-evaluated regularly even in patients without new clinical relapses
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