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A medula espinhal modula a simetria da artrite induzida por CFA em ratosSilva, Vanessa Rafaella Foletto da January 2015 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2016-03-15T04:04:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / A apresentação bilateral de sinais clínicos de uma doença sugere um envolvimento do sistema nervoso na sua fisiopatogenia. Neste estudo em ratos, a partir de um modelo animal, um estímulo pró-inflamatório de adjuvante incompleto de Freund (CFA) (250 µg de Mycobacterium tuberculosis e 100 µl de adjuvante), unilateral e não sistêmico na pata, conduziu ao comprometimento articular da pata contralateral homóloga após 21 dias do estímulo flogístico. Durante o desenvolvimento do quadro inflamatório foi possível observar uma inter-relação entre o aumento de volume da pata ipsilateral com o aumento da contralateral nos animais onde a lateralização ocorreu. Quanto aos mecanismos dessa simetria, a incidência da doença contralateral foi reduzida quando uma potente neurotoxina para TRPV1, a resiniferatoxina, foi administrada (760 ng) pela via intratecal, cinco dias antes do CFA. A redução da magnitude do quadro bilateral também, foi reduzida com a administração intratecal do bloqueador do co-transportador de Cl- (NKCC1), a bumetanida (60 µg) 30 minutos após o CFA e diariamente por mais 4 dias. Sendo assim, ficou demonstrado haver uma participação de fibras nervosas TRPV1 positivas com envolvimento do Reflexo da Raiz Dorsal (RRD). O RRD dá origem a uma transmissão que percorre de forma antidrômica as fibras sensoriais primárias (fibras C e Ad) e libera neuropeptídeos na periferia que são pró-inflamatórios e pró-artritogênicos com participação do NKCC1. A compreensão da passagem da informação de um hemisfério ao outro considerou a notável relação entre as células neuronais e não neuronais, que identifica as células gliais como responsivas aos sinais vindos da periferia, implicando a capacidade dessas células em intermediar um efeito contralateral. A ativação microglial, vista pelo aumento da imunorreatividade `a marcação pelo anticorpo anti- Iba-1, foi observada em ambos os hemisférios do modelo de artrite simétrica deste estudo, mas também, com a administração intratecal de Zymosan A (0,01 ou 100 ng), um ligante exógeno do receptor TLR2 que é, principalmente, encontrado em microglia. Concomitantemente, houve um aumento da incidência de lateralização em ambos os casos. A prevenção da ocorrência da simetria foi associada ao bloqueio da ativação microglial pela administração intratecal prévia e repetida de minociclina (50 µg), o que não ocorreu com a administração intraperitoneal da mesma droga, mostrando por essa dose e via um mecanismo medular exclusivo. Um ponto de partida para especular a forma como ocorre a comunicação entre as células da microglia e as fibras TRPV1 positivas, capaz de promover a ocorrência de um processo inflamatório em articulação contralateral, foi obtido com a administração IT prévia de Fractalcina (CX3CL1) (30 ng) e TNF-a (3 ng). Ambos os tratamentos aumentaram e anteciparam o desenvolvimento de simetria associado a uma maior ativação microglial bilateral. Por consequência, considerando-se o papel da medula na etiologia de enfermidades, o tratamento de muitas doenças não se resumiria apenas na inibição da atividade neuronal aferente, mas também poderia envolver igualmente estratégias para reduzir a atividade eferente das fibras sensoriais e do estado de interação neurônio-glia. A medula espinhal não é apenas uma simples via de transmissão de uma informação sensorial da periferia para o cérebro, mas um local potencial para a modulação da resposta inflamatória durante um insulto periférico.<br> / Abstract : The bilateral expression of clinical signs of a disease suggests the involvement of the nervous system in its physiopathology. In the present study in rats, an animal model of joint damage with unilateral, non-systemic pro-inflammatory CFA stimulus (250 µg) on the paw showed the development of arthritis in the homologous contralateral paw after 21 days of the inflammatory stimulus. In addition, an inter-relation was found between the increased volume of the ipsilateral paw and the increase of the contralateral paw among the animals that showed lateralization. This model  which offers an ideal opportunity to study the mechanisms and develop treatment strategies of the progressions in arthritic lesions  shows a role in the symmetry of TRPV1-positive and capsaicin-sensitive nervous fibers with the involvement of the dorsal root reflex (DRR). DRR originates a transmission that runs antidromically across the primary sensory fibers (fibers C and Ad) and releases pro-inflammatory and pro-arthritogenic neuropeptides in the periphery. The understanding of the passage of information from one hemisphere to the other considered the notable relation between neuronal and non-neuronal cells, which identifies the glial cells as responsive to the signs from the periphery, thus implying the ability these cells have to intermediate a contralateral effect. The microglial activation, noticed through the increase in immunoreactive marking by the anti-Iba-1 antibody, was observed in both hemispheres in the symmetric arthritis model in this study, but also through the intrathecal administration of Zymosan A, an exogenous ligand of the receptor TLR2 mainly found in microglia. At the same time, the incidence of lateralization increased in both cases. Symmetry prevention was associated with the blocking of the microglial activation by the prior repeated intrathecal administration of minocycline, which did not occur with the intraperitoneal administration of the same drug, thus showing an exclusive medullar mechanism through this dose and administration pathway. One starting point to speculate about how the communication takes place between the microglia cells and the TRPV1-positive and capsaicin-sensitive fibers, able to promote an inflammatory process in the contralateral joint, was obtained by previous IT administration of Fractalkine (CX3CL1) and TNF-a. Both treatments increased and brought forward the development of symmetry associated with greater bilateral microglial activation. Consequently, given the role of the medulla in the etiology of disorders, the treatment of many diseases would not be limited to simply inhibiting the afferent neuronal activity, but could also equally involve strategies to reduce the efferent activity of the sensory fibers and of the neuron-glia interaction status. The spinal cord is not only a simple transmission path of sensory information from the periphery to the brain, but rather a potential site to modulate the inflammatory response during a peripheral injury.
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Evidências de que a atividade glial na medula espinhal altera proporcionalmente a inflamação artrítica em ratosBressan, Elisângela 25 October 2012 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T11:57:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1
279511.pdf: 62525435 bytes, checksum: 34ef91613e116919e1b807984e7b5c54 (MD5) / A ativação de células gliais na medula espinhal resulta em liberação de mediadores pró-inflamatórios que alteram a excitabilidade neuronal e contribuem para a amplificação da dor. No entanto, pouco se conhece sobre o papel da glia na inflamação periférica em doenças crônicas como a artrite. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da inibição da atividade glial na inflamação articular induzida por carragenina/LPS em ratos, bem como o papel da fractalcina e do TNF-? na interação entre neurônios e glia. Utilizou-se o modelo de artrite induzido por LPS (30 ng) intra-articular 72 horas após sensibilização prévia da articulação com carragenina (300 µg). Fluorocitrato, minociclina, anti-fractalcina, fractalcina, anti-TNF-?, TNF-? e talidomida foram injetados pela via intratecal 20 minutos antes do LPS. A nocicepção foi avaliada através da medida da incapacitação articular e o edema pelo aumento do diâmetro articular. Após 6 horas, o fluido sinovial (FS) e a medula espinhal (L4-L5) foram coletados para contagem de leucócitos e determinação da imunoreatividade do GFAP e OX-42, respectivamente. Doses baixas de fluorocitrato (0,3 nmol) e minociclina (6 e 24 nmol), inibiram o aumento do diâmetro articular induzido por carragenina/LPS. O aumento da dose destes fármacos exacerbou o efeito anti-edematogênico e inibiu a incapacitação e o acúmulo de leucócitos no FS. Aminoglutetimida (50 mg/kg) não alterou os efeitos hiponociceptivo e anti-edematogênico do fluorocitrato e da minociclina. A inibição do reflexo da raiz dorsal pela furosemida (3, 10 e 30 µg) não foi aditiva ao efeito causado pelos inibidores gliais. Fluorocitrato e minociclina reduziram a imunoreatividade para GFAP e OX-42 na medula espinhal. Fractalcina (0,3 e 30 ng) e TNF-? (1, 10 e 100 pg) intratecal aumentaram o diâmetro articular, a incapacitação e o acúmulo de leucócitos no FS. Os anticorpos anti-fractalcina (1 µg), anti-TNF-? (0,1; 0,5 e 1 µg) e a talidomida (10 e 100 µg) promoveram efeito contrário. Os efeitos pró-edematogênico e hipernociceptivo da fractalcina foram revertidos pelo fluorocitrato e pelo anti-TNF-?. A fractalcina aumentou a imunoreativadade para GFAP e OX-42 enquanto que a anti-fractalcina, o anti-TNF-? e a talidomida reduziram. Estes achados demonstram que além do seu papel na dor, a glia também contribui para a inflamação periférica induzida por carragenina/LPS, num processo que envolve a liberação de fractalcina e TNF-? na medula espinhal. A inibição do reflexo da raiz dorsal é sugerido como o mecanismo pelo qual os inibidores da ativação glial afetam o edema articular. Fármacos imunomoduladores administrados diretamente na medula podem ser úteis na terapia de doenças artríticas em pacientes que não respondem adequadamente ao tratamento convencional.
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Efeitos da administração subaracnóidea de cetamina S(+), sem conservantes, sobre a medula espinhal e as meninges: estudo experimental no cãoRojas, Alfredo Cury [UNESP] 27 February 2008 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2008-02-27Bitstream added on 2014-06-13T18:58:30Z : No. of bitstreams: 1
rojas_ac_me_botfm.pdf: 611857 bytes, checksum: 6da0fa6f131c9d3fbd13811bf4e64573 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Clicar acesso eletrônico abaixo. / Click electronic access below.
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Eletrohisterografia em ratas parturientes : efeitos da transecção de medula espinhalPercinoto, Auria Vieira 15 July 2018 (has links)
Orientador: Carlos Eduardo Negreiros de Paiva / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-15T16:20:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1980 / Resumo: Com o objetivo de verificar a importância da integridade da medula espinal no desempenho do trabalho de parte e na atividade elétrica miometrial em rata albinas realizou-se uma transecção espinal, a nível 'T IND. 10¿ ¿ 'T IND. 12¿, nos 179 ¿ 189 dias de gestação em 12 animais. Após a cordotomia, o trabalho de parto se iniciava no dia previsto (21º - 22º dias de gestação) mas apresentava sérias distorcidas principalmente relacionadas à extrusão dos fetos do canal de parto. A atividade elétrica miometrial, obtida através de experimentos agudos em animais anestesiados não apresentou diferenças significativas quando compara à atividade das 13 ratas controles. Em ambos os grupos, o padrão de atividade caracterizou-se por descargas de potenciais de ação que apareciam em trens de impulsos (bursts) intermitentes com intervalos irregulares. Observou-se amplas variações na freqüência, amplitude máxima e média, no número de potenciais em cada trem, bem como, na duração e freqüência dos mesmos. A porção justacervical de um dos cornos uterinos freqüentemente apresentava atividade mais acentuada do que no corno oposto. Isto pareceu estar relacionado com a ordem de nascimento do feto. Com base em nossos resultados e nas evidências apresentadas na literatura pudemos concluir que as dificuldades das ratas codotomizadas em completar o parto, não implicam necessariamente, na falta de liberação reflexa de ocitocina e conseqüentemente na redução da atividade do útero...Observação: O resumo, na íntegra, poderá ser visualizado no texto completo da tese digital / Abstract: Not informed. / Mestrado / Fisiologia / Mestre em Ciências Biológicas
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Avaliação do impacto clínico e financeiro da modificação de protocolo de profilaxia de tromboembolismo venoso em pacientes com lesão medular traumática e não traumática em um centro de reabilitação de referência no Brasil / Evaluation of the clinical and financial impact of the modification of a protocol for the prophylaxis of venous thromboembolism in patients with traumatic and nontraumatic spinal cord injury in a tertiary rehabilitation center in BrazilAlmeida, Rodrigo Lanna de 12 August 2018 (has links)
O tromboembolismo venoso (TEV) é condição frequente e pode se apresentar com amplo espectro desde pequenos episódios de trombose venosa até quadros fatais de embolia pulmonar maciça. A paresia ou plegia de membros inferiores são consideradas fatores de risco maiores para a ocorrência deste evento. Assim, pacientes com lesão medular são uma população com risco aumentado para este desfecho. A profilaxia do tromboembolismo venoso, em ambiente hospitalar, pode envolver estratégias de mobilização de membros inferiores, uso de sistemas de compressão pneumática intermitente ou uso de fármacos. Existem diversos protocolos de avaliação de risco de TEV em pacientes internos clínicos e cirúrgicos, poucos deles, porém abordam especificamente os pacientes com lesão medular. Alguns estudos indicam que após a fase de choque medular o risco de complicações tromboembólicas reduzem de forma tal, que o uso de profilaxia farmacológica não estaria mais justificado. Expor pacientes ao uso de heparinas, sem uma indicação adequada, significa também exposição ao risco de sangramentos iatrogênicos, além de aumentar os custos. O objetivo do presente estudo foi avaliar o impacto clínico e financeiro da modificação de um protocolo de profilaxia de TEV em pacientes com lesão medular traumática e não traumática em um centro de reabilitação no Brasil. Foi realizada a comparação de duas coortes de pacientes internados para reabilitação submetidas a dois protocolos distintos de indicação de tromboprofilaxia medicamentosa, um baseado apenas no déficit motor e o outro baseado em fatores de risco para TEV. O uso de protocolo baseado em fatores de risco foi capaz de reduzir em 73,2% o consumo médio de doses de enoxaparina profilática, bem como o custo com este insumo e com menor variância no consumo mensal médio. Foi identificada a ocorrência de um episódio de TEV e duas ocorrências de sangramento na primeira coorte e nenhum destes eventos na segunda coorte. A adoção de protocolo de profilaxia farmacológica baseado em fatores de risco foi capaz de reduzir os custos com profilaxia farmacológica, sem aumentar o risco de desfechos negativos para o paciente. / Venous thromboembolism (VTE) is a frequent condition with a broad range of manifestations, from a mild episode of deep vein thrombosis to fatal episodes of massive pulmonary embolism. Both partial and total loss of motor function of lower limbs is considered a major risk factor for the occurrence of this event. Thus, patients with spinal cord injury represent a population with a possible increased risk for this outcome. Prophylaxis of venous thromboembolism in inpatients may involve lower limb mobilization strategies, use of intermittent pneumatic compression systems, or pharmacological prophylaxis. There are several protocols for assessing VTE risk in clinical and surgical internal patients, but few specifically address patients with spinal cord injury. Some studies indicate that after the spinal cord shock phase the risk of thromboembolic complications would be reduced in such a way that the use of pharmacological prophylaxis would no longer be justified. Exposing patients to the use of heparins, without an adequate indication, may increase the risk of iatrogenic bleeding, in addition to increasing costs. The present study evaluated the clinical and financial impact of altering a VTE prophylaxis protocol in patients with traumatic and non-traumatic spinal cord injury in a tertiary rehabilitation center in Brazil. A comparison of two cohorts of patients admitted for rehabilitation submitted to two distinct protocols for indication of drug thromboprophylaxis, one based only on a motor deficit and the other based on risk factors for VTE, was performed. The use of a protocol based on risk factors was able to reduce the monthly average dose use of prophylactic enoxaparin by 73.24%, with lower variance in the mean monthly consumption. One episode of VTE and two episodes of major bleeding in the first cohort and none of these events in the second cohort were identified. The adoption of a pharmacological prophylaxis protocol based on risk factors was able to reduce costs with pharmacological prophylaxis, apparently without increasing the risk of adverse outcomes for the patient.
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Participação do receptor TRPA1 na hiperatividade urinária da bexiga urinária induzida por lesão medular em ratosAndrade, Edinéia Lemos de 25 October 2012 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T07:28:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1
281751.pdf: 2813307 bytes, checksum: 6667e18ff620b043e8f40c51f47a9a5e (MD5) / A proposta deste estudo foi avaliar a relevância do receptor TRPA1 (receptor de potencial transitório com domínios tipo anquirina 1) na hiperatividade da bexiga urinária decorrente da lesão medular em ratos. A lesão medular resultou em alterações na capacidade locomotora dos animais, em hipertrofia muscular e dano na bexiga urinária, representado pela perda de células uroteliais, formação de edema, deposição de fibrina e infiltração de neutrófilos, bem como por mudanças na contratilidade do órgão e nos parâmetros urodinâmicos envolvidos no processo de micção. Além disso, a lesão medular induziu aumento nos níveis do RNAm e da expressão do receptor TRPA1 na bexiga urinária e nos neurônios do GRD (gânglio da raiz dorsal) e da expressão do receptor TRPV1 (receptor de potencial transitório vanilóide 1) na bexiga urinária, nos neurônios do GRD (L6-S1) e na porção correspondente da medula espinhal. A exposição do KCl (agente despolarizante), carbacol (agonista de receptores muscarínicos), cinamaldeído (agonista do receptor TRPA1) ou da capsaicina (agonista do receptor TRPV1) às preparações de bexiga urinária induziu resposta contrátil, a qual foi potencializada pela lesão medular. A pré-incubação das preparações de bexiga urinária com HC-030031 (antagonista do receptor TRPA1) ou com SB-366791 (antagonista do receptor TRPV1), ou ainda o tratamento intratecal com antisense oligodeoxinucleotídeo para o receptor TRPA1 (AS-ODN TRPA1), todos reduziram significativamente a resposta contrátil da bexiga urinária induzida pelo cinamaldeído. Por outro lado, o tratamento intratecal com AS-ODN TRPA1 não interferiu com a resposta contrátil induzida pelo carbacol (agonista muscarínico). Ademais, a remoção das células uroteliais reduziu a resposta contrátil mediada pelo cinamaldeído ou pelo carbacol. A lesão medular aumentou a amplitude da atividade fásica espontânea da bexiga urinária, o número de contrações não associadas à micção (CNMs), a pressão basal, a pressão limiar, a capacidade de armazenamento da bexiga urinária, o volume residual e reduziu o intervalo entre as contrações, o volume eliminado e a eficiência do esvaziamento vesical. O tratamento sistêmico agudo com HC-030031 reduziu significativamente a amplitude e o número de CNMs, enquanto o tratamento intratecal com AS-ODN TRPA1 reduziu o número de CNMs e normalizou a atividade fásica espontânea da bexiga urinária. Além disso, o tratamento com AS-ODN TRPA1 reduziu acentuadamente a expressão do receptor TRPA1 nos neurônios do GRD (L6-S1), na porção correspondente da medular espinhal, no músculo detrusor, porém não no urotélio da bexiga urinária. Estudos realizados em cultura neuronal mostraram que a lesão medular induziu aumento na proporção de neurônios do GRD (L6-S1) responsivos e na mobilização de cálcio intracelular ao estímulo com cinamaldeído e apenas na mobilização de cálcio intracelular ao estímulo com capsaicina. A exposição dos neurônios do GRD (L6-S1) às neurotrofinas NGF (fator de crescimento derivado do nervo) ou BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro) induziu aumento na mobilização de cálcio intracelular ao estímulo com cinamaldeído ou capsaicina, enquanto a exposição ao BDNF induziu aumento na proporção de neurônios do GRD responsivos ao cinamaldeído. Finalmente, após a lesão medular os níveis de NGF e BDNF foram aumentados na bexiga urinária, nos neurônios do GRD (L6-S1) e na porção correspondente da medula espinhal. Em conjunto, os resultados sugerem que o modelo animal de lesão medular utilizado neste estudo reproduziu as alterações fisiopatológicas no trato urinário inferior e evidencia um papel importante do receptor TRPA1 na hiperatividade urinária causada pela lesão medular em ratos.
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Envolvimento dos receptores B1 e B2 para as cininas na hiperatividade da bexiga urinária induzida por lesão medular em ratosForner, Stefânia 26 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pos-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-26T06:25:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1
289480.pdf: 1840258 bytes, checksum: 1a58fd49245ad6bea3a26426f0d7f25a (MD5) / O envolvimento dos receptores B1 e B2 para as cininas em processos fisiopatológicos da bexiga urinária tem sido demonstrado em diversos estudos. No entanto, a implicação destes receptores na hiperatividade da bexiga urinária após lesão medular permanece inexplorada até o momento. Desse modo, este estudo investigou o envolvimento dos receptores B1 e B2 na hiperatividade da bexiga urinária induzida por lesão da medula espinhal por compressão ao nível torácico T9-T10. A lesão medular induziu uma resposta inflamatória pronunciada e diversas mudanças funcionais na contratilidade e nos parâmetros urodinâmicos da bexiga urinária. A lesão medular resultou, ainda, em um aumento nos níveis de RNAm para os receptores B1 na bexiga urinária, nos gânglios da raiz dorsal (L6-S1) e nos segmentos correspondentes da medula espinhal. Houve também, em um aumento na expressão dos receptores B1 e B2 na bexiga urinária. Ensaios in vitro com preparações da bexiga urinária obtidas 2, 7, 14 e 28 dias após a lesão medular reveleram aumento significativo da resposta contrátil a agonistas seletivos dos receptores B1 (des-Arg9-BK) ou B2 (bradicinina) quando comparadas às respostas obtidas de grupos controle ou falso-operado. As respostas aos agonistas B1 ou B2 foram reduzidas pelos seus respectivos antagonistas seletivos, des-Arg9-[Leu8]-BK ou Hoe 140. De maneira interessante, estudos cistométricos em animais com lesão medular demonstraram que o tratamento sistêmico com Hoe 140 reduziu significativamente a amplitude e o número das contrações não-associadas a micção (CNMs) na bexiga urinária. Tratamento sistêmico com o antagonista do receptor B1, des-Arg9-[Leu8]-BK, apenas reduziu significativamente o número das CNMs na bexiga urinária dos animais lesionados. O presente estudo demonstra o importante envolvimento dos receptores B1 e B2 para as cininas na hiperatividade da bexiga urinária induzida por lesão medular em ratos e apontam novos alvos terapêuticos para o tratamento da hiperatividade da bexiga urinária decorrente de lesão medular traumática. / The B1 (B1R) and B2 (B2R) kinin receptors has been implicated in physiological and pathological conditions of the bladder, but its role in overactive bladder (OB) following spinal cord injury (SCI) remains elusive. Here we assessed by means of functional and molecular approaches the relevance of these receptors in OB caused by SCI in rats. SCI resulted in an inflammatory process, changes in bladder contractility and in urodynamic parameters. Moreover, SCI caused a marked up-regulation of B1 mRNA levels in bladder, spinal cord and dorsal root ganglion (L6-S1). SCI also caused an up-regulation of B1 and B2 protein levels in bladder. The exposure of B1 agonist, des-Arg9-BK, and B2 agonist, bradykinin (BK), to bladder strips induced a contractile response significantly enhanced following SCI. Pre-incubation of the bladder preparations with des-Arg-Leu8-BK (B1 antagonist) or Hoe 140 (B2 antagonist), significantly reduced bladder contraction. In addition, cystometric studies on SCI animals revealed that systemic Hoe 140 treatment significantly reduced the amplitude and the number of non-voiding contractions (NVCs) while systemic treatment with DALBK only reduced the number of NVCs. There were no significant changes in basal pressure, threshold pressure, maximum voiding pressure, voided volume and voiding efficiency before administration of vehicle, HOE 140 or DALBK. Taken together, these results suggest that up-regulation of BK receptors are involved in the mechanism inducing OB following SCI in rats.
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Envolvimento dos canais de potássio medular no efeito antiedematogênico da morfina administrada por via intratecalSilva, Vanessa Rafaella Foletto da 26 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-26T08:15:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1
290026.pdf: 4869598 bytes, checksum: 3bbf5740e51b2bfa65dac3af923c75e3 (MD5) / A medula espinhal tem sido considerada um potencial sítio de modulação da inflamação e não apenas uma simples linha de transmissão da periferia para o cérebro. O reflexo da raiz dorsal (RRD) caracterizado pela atividade antidrômica nas fibras aferentes primárias pode interferir na inflamação periférica. Neste contexto, estudos anteriores demonstraram que a administração de morfina intratecal resulta em efeito antiedematogênico com envolvimento da via L-arginina/ Óxido Nítrico (NO)/ GMPc. O presente estudo estende esses resultados a fim de avaliar a hipótese do envolvimento dos canais de potássio em tal efeito. As drogas foram injetadas na intratecal de ratos Wistar machos em volume de 20 L, 30 min antes do estímulo edematogênico da carragenina (CG -150 g/50 l, subcutâneo) na pata posterior direita. A avaliação do edema foi medido como aumento de volume da pata (ml) e pelo extravasamento plasmático pelo corante azul de Evans. A migração de neutrófilos foi avaliada indiretamente pelo ensaio da mieloperoxidase (MPO). A quantificação do infiltrado inflamatório e congestão vascular ocorreu através da análise histológica. A administração de morfina (37 nmol) inibiu o edema inflamatório, o extravasamento do corante azul de Evans e a congestão vascular. Entretanto, não teve efeito na atividade da MPO e no infiltrado inflamatório. A coadministração da morfina (37 nmol) com 4-aminopiridina (10 nmol), Glibenclamida (5 nmol) e Dequalinium (10 pmol) reverteu o efeito inicial da morfina. Estes resultados suportam a idéia de que a morfina pode atuar em receptores opióides medular produzindo efeito antiedematogênico, mediado pela abertura de canais de potássio, via NO/GMPc.
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Envolvimento das proteínas quinases ativadas por mitógenos espinhais na lesão medular traumática em ratosMartini, Alessandra Cadete 26 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-26T08:40:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
290296.pdf: 2092290 bytes, checksum: 0d72e1b88bfccac79bd8102a0d2f0d6c (MD5) / O envolvimento das proteínas quinases ativadas por mitógenos (MAPKs) em lesões do sistema nervoso central já foi demonstrado em alguns estudos. Porém, a implicação da ativação dessas proteínas na medula espinhal após a lesão medular traumática necessita de maior esclarecimento. O presente estudo investigou a participação das MAPKs ERK1/2, p38 e JNK no dano espinhal e funcional induzido pela lesão medular traumática em ratos. A compressão da medula espinhal, através da inserção de um cateter de embolectomia no espaço epidural, resultou em uma lesão espinhal caracterizada histologicamente por resposta inflamatória pronunciada, com edema, infiltração de neutrófilos, produção de mediadores inflamatórios e apoptose, associada com comprometimento locomotor significativo. A lesão medular não alterou a expressão protéica total de quaisquer das MAPKs na medula espinhal. Contudo, os níveis de expressão das isoformas fosforiladas de cada MAPK em amostras espinhais de animais lesados apresentaram-se elevadas, em relação às de amostras de animais falso-operados, nos seguintes momentos após indução da lesão: p38 fosforilada em 2 e 6 h, ERK1/2 fosforilada em 2, 6 e 24 h, e JNK fosforilada apresentou uma elevação significativa em 6 e 24 h. Amostras espinhais de animais lesados apresentaram ainda aumento nos níveis das citocinas IL-1ß em 2, 6 e 24 h após a lesão e de TNF-a em 2 h, atividade aumentada da enzima mieloperoxidase (uma medida indireta da infiltração de neutrófilos) em 6, 24 e 72 h, e do número de células apoptóticas em 24 e 72 h após a lesão. A administração intratecal do inibidor seletivo da proteína JNK, o SP600125 (2 injeções de 150 nmol, 1 e 4 h após a lesão medular), reduziu a expressão da proteína JNK fosforilada (mas não de p-38 ou ERK1/2 fosforiladas) e bloqueou a apoptose em 6 h, sem alterar os níveis espinhais de mieloperoxidase. O tratamento com SP600125 acentuou marcadamente a recuperação da atividade locomotora dos animais no transcorrer das primeiras 4 semanas após a lesão, e atenuou os danos histológicos espinhais. Este estudo demonstra o importante envolvimento das MAPKs na lesão medular e aponta a proteína JNK como um importante alvo terapêutico no tratamento da lesão medular traumática, uma vez que um inibidor seletivo desta proteína foi capaz de inibir a apoptose espinhal e potencializar a recuperação da função locomotora. / Mitogen-activated protein kinases (MAPKs) have been extensively implicated in injuries of the CNS, however the roles played by spinal cord MAPK activation following spinal cord injury (SCI) still remain elusive. Considering that the therapies currently available for treatment of this condition have limited efficacy, the use of animal models of SCI is still mandatory for development of new more effective approaches. The current study investigates the changes in expression of the three main MAPKs, namely ERK1/2, p38 and JNK following traumatic SCI, as well as the role played by spinal JNK in motor impairment following lesion. SCI induced by inflation of a balloon catheter placed in the epidural space at T9-T10, was associated with a marked spinal inflammatory response, histological changes and a pronounced locomotor impairment which subsided only partially over the first 4 weeks. Spinal expression levels of total p38, ERK1/2 and JNK proteins were unchanged after SCI, but levels of the phosphorylated (phospho) forms of each of the MAPKs were enhanced as follows: phospho-p38 MAPK at 2 and 6 h after SCI, phospho-ERK1/2 at 2, 6 and 24 h after SCI, and phospho-JNK at 6 and 24 h after SCI. SCI also increased IL-1â at 2, 6 and 24 h, TNF-á at 2 h, spinal cord MPO levels at 6, 24 and 72 h and elevated the number of spinal apoptotic cells in the spinal cord at 24 and specially 72 h after the lesion. Notably, intrathecal administration of a specific inhibitor of JNK phosphorylation, SP600125 (2 injections of 150 nmol, given at 1 and 4 h after SCI surgery), reduced the expression of phospho-JNK (but not of phospho-p38 or phospho-ERK1/2) and the number of spinal apoptotic cells at 6 h after SCI, as well as many of the histological signs of spinal injury, but spinal MPO levels were unchanged. Most importantly, restoration of locomotor performance throughout the first 4 weeks following SCI was clearly ameliorated by this same treatment schedule with SP600125. Altogether, the results demonstrate that SCI induces the activation of spinal MAPKs and that, among these, spinal JNK plays a major role in mediating the deleterious consequences of spinal injury, not only at the spinal level, but also those regarding motor function. Moreover, they suggest that inhibition of JNK activation in the spinal cord might hold therapeutic potential for the functional recovery from SCI.
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Percepção da pessoa com lesão medular sobre os cuidados de enfermagemHeineck, Lucia Helena January 2014 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2014. / Made available in DSpace on 2015-05-19T04:01:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1
333388.pdf: 1112775 bytes, checksum: 24f34badd69fef0aa84a02041b32eb13 (MD5)
Previous issue date: 2014 / Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa cujo objetivo foi compreender a percepção das pessoas com lesão medular (LM) sobre os cuidados de enfermagem a ela prestados durante o período de internação hospitalar. Primeiramente foram localizadas as pessoas que sofreram lesão medular por trauma por meio de duas Instituições não governamentais de Joinville. Sendo 23 (masculinas) e 02 (femininas). Os dados foram coletados por meio de entrevista semi-estruturadas, com 25 pessoas. Do processo de análise resultaram dois manuscritos. O primeiro intitulado  Cuidados de enfermagem à pessoa com lesão medular durante a hospitalização trata da percepção do cuidado de enfermagem do momento que a pessoa interna até a sua alta hospital, evidenciando sua importância. Concluí que a enfermagem ocupa papel central na recuperação das pessoas com LM. O segundo manuscrito é sobre a  Primeira internação na lesão medular: do estranhamento à reflexão sobre o cuidado . Os resultados evidenciaram as dificuldades vivenciadas elas pessoas com LM na primeira internação, foram descritos os momentos vivenciados e as mudanças resultantes do trauma após a alta. Mostra também a reflexão e o reconhecimento da pessoa que recebe o cuidado de enfermagem. Concluiu-se que o trauma medular por si só é um problema que abala profundamente a vida da pessoa e a internação hospitalar é outro processo que, para muitas das pessoas, é algo também desconhecido que gera sentimentos de medo e insegurança. A enfermagem deve estar preparada para receber essas pessoas e seus familiares e para que isso ocorra é necessário que as instituições administrativas e de ensino se preocupem e preparem seus profissionais, capacitando-os.<br> / Abstract : This is a descriptive study with a qualitative approach whose objective was to understand the perceptione of people with spinal cord injury about the nursing care provided during their hospitalization period. People who have suffered spinal cord injury by trauma were contacted through two non-governmental institutions located in Joinville. Were scheduled twenty-five interviews, 23 (male) and 02 (female). Data were
collected through semi-structured interview with 25 people. The analysis process resulted in two manuscripts. Data were collected through semi-structured interviews. The first entitled "nursing care to people with spinal cord injury during hospitalization" is the perception of nursing care from the moment that the inner person until discharge from hospital, highlighting its importance. I concluded Nursing occupies a central role in the recovery of people with SCI. The second manuscript is about "First hospitalization with spinal cord injury: from the strangeness to reflection on care." This highlighted the difficulties experienced by people with SCI during the first hospitalization, according to the moments experienced by the person with SCI and the changes resulting from trauma. It also shows the reflection and the recognition of the person receiving nursing care. We conclude that medullary trauma alone is an issue that deeply undermines the person's life and hospitalization is another process that for many people it is also something unknown that generates feelings of fear and insecurity. Nurses must be prepared to receive these people and their families and for this to occur it is necessary that the administrative and educational institutions worry and prepare its professionals empowering them.
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