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Fatores condicionantes na gênese dos argilominerais dos folhelhos negros e pelitos associados da formação Irati no norte da bacia do ParanáAnjos, Camila Wense Dias dos January 2008 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, 2008. / Submitted by Raquel Viana (tempestade_b@hotmail.com) on 2009-11-09T20:34:19Z
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Previous issue date: 2008 / A Formação Irati (Permiano) apresenta uma ampla distribuição na Bacia do Paraná, estendendo-se desde os estados de Goiás e Mato Grosso, ao norte, até o Rio Grande do Sul. Esta unidade encontra-se frequentemente intrudida por sills de diabásio, cujo calor altera a mineralogia inicial das rochas sedimentares. A geometria heterogênea da bacia na época de deposição propiciou o desenvolvimento de diferentes fácies sedimentares nessa unidade, favorecendo a deposição de rochas terrígenas ao sul da bacia e carbonáticas e evaporíticas ao norte. No norte da bacia, área de estudo desta tese, seis fácies sedimentares foram reconhecidas na Formação Irati: Fácies Carbonática Dolomítica, Fácies Pelítica Inferior, Fácies Carbonática Oolítica, Fácies Pelítica Superior, Fácies Estromatolítica e Fácies Carbonática Rosada. As quatro primeiras fácies ocorrem em toda borda norte da bacia, e as duas últimas aparecem somente na região de Alto Garças. A composição mineralógica dos pelitos dessa região, assim como as feições sedimentares, distinguem-se de seus equivalentes nas demais regiões da bacia. Os folhelhos negros e os níveis de argilito verde intercalados são anomalamente formados por Mg- e Fe-esmectitas, saponita e nontronita respectivamente, e destacam-se ainda pela baixa concentração de Al e álcalis. A saponita ocorre tanto nos folhelhos sem influência térmica de sills quanto nos folhelhos próximos a esses corpos ígneos, onde está associada aos minerais metamórficos: talco, serpentina, piroxênio e plagioclásio. Os cristais metamórficos são diferenciados dos componentes sedimentares a partir de suas feições texturais e quantidades relativas. Os folhelhos negros sem influência térmica de sills são formados predominantemente por saponita e quartzo, com contribuições de talco, nontronita e serpentina, e os argilitos verdes são formados por nontronita, lizardita e quartzo, com contribuições de saponita e talco. A formação dos argilominerais citados acima está relacionada com a alteração de minerais detríticos máficos (piroxênio, anfibólio, olivina), que podem ser provenientes ou de uma área proximal, nas vizinhanças da bacia, ou de fontes vulcânicas distais, cujos detritos foram depositados a partir da queda de cinzas na bacia. A atual configuração da área fonte ao norte da bacia não é coerente com a composição dos argilominerais (saponita, talco, lizardita, nontronite), e nem com os demais minerais detríticos (Cr-espinélio, anfibólio, piroxênio, cromita entre outros), que indicam uma fonte predomiantemente máfica/ultramáfica. Um nível de argilito verde intercalado nos folhelhos negros, formado principalmente por nontronita e quartzo, apresenta quantidades anômalas de zircão, monazita, apatita e cromita, além de altos teores de ETR e acentuada anomalia em Ce. Essas características indicam a contribuição de cinzas vulcânicas na formação desse argilito, que segundo sua composição geoquímica, possui afinidade com rochas vulcânicas andesíticas. Atividades vulcânicas permianas com uma composição intermediária a básica são reconhecidas no Grupo Mitu, na porção central dos Andes. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT / The Permian Irati Formation has an extensive distribution in the Paraná basin, and is frequently intruded by diabase sills. The heterogeneous geometry of the basin in the depositional time propitiated the development of different sedimentary facies in this unit and favored the deposition of terrigenous rocks in the south portion of the basin and carbonate and evaporitic rocks in the north portion. In the north area, six sedimentary facies were distinguished in the Irati Formation: Dolomitic Carbonate Facies, Lower Pelitic Facies, Oolitic Carbonate Facies, Upper Pelitic Facies, Stromatolitic Facies and Pink Carbonate Facies. The first four facies are recognized in all the north area of the basin, but the last two ones occur only next to Alto Garças city. The pelites of these facies have a distinct mineral composition when compared with other areas of the basin. The black shales and green claystones interbedded have low amounts of Al and alkalis and they are anomalously formed of saponite and nontronite respectively. Saponite occurs in rocks without sill thermal influence and also in the contact with intrusive rocks. Thus, it is necessary to identify the non-metamorphic assemblages from the metamorphic ones in order to research the geochemical signature of the sediment sources. Next to the sills, the crystals of saponite, talc, lizardite, pyroxene and plagioclase were formed. These metamorphic minerals can be distinguished from the sedimentary ones by their relative quantities and texture. The black shales without sill thermal influence are formed predominantly by saponite and quartz, with less amounts of talc, lizardite and nontronite. The interbedded green claystones are composed of nontronite, lizardite and quartz, and in lesser amounts of talc and saponite. The formation of the Mg- and Fe-rich clay minerals is related to the alteration of mafic minerals (pyroxene, amphibole, olivine), whose origin could be either a proximal source area or a distal contemporaneous active volcanos (ashes). The clay minerals components of the pelites (saponite, talc, lizardite and nontronite) as well as the detrital minerals associated (Cr-spinel, amphibole, pyroxene, chromite among others) indicate a source area with a predominant mafic/ultramafic composition. One level of green claystone formed by nontronite and quartz has anomalous amounts of euhedral zircon, monazite, apatite and chromite, as well as high amounts of REE. These features indicate an important volcanic ash contribution to this level. According to their geochemical composition, these volcanic ashes have an andesitic composition. Permian volcanic activities with intermediate to basic composition are recorded in the Mitu Group, Central Andes. _______________________________________________________________________________ RÉSUMÉ / La Formation Irati (Permien) présente une vaste distribution dans le Bassin du Paraná, depuis les états de Goiás et de Mato Grosso, au nord, jusqu'à le Rio Grande do Sul, au sud du Brésil. Cette unité fréquemment se trouve traversée par sills de diabase, dont la chaleur change la minéralogie initiale des roches sédimentaires. La géométrie hétérogène du bassin à l'époque de dépôt a rendu propice le développement de différentes faciès sédimentaires dans cette unité, favorisant le dépôt de roches terrigènes au sud du bassin et carbonatées et évaporitiques au nord. Au nord du bassin, où se trouve le secteur d'étude de cette thèse, six faciès sédimentaires ont été reconnues pour la Formation Irati: Faciès Carbonaté Dolomitique, Faciès Pélitique Inférieur, Faciès Carbonaté Oolitique, Faciès Pélitique Supérieur, Faciès Stromatolitique et Faciès Carbonaté Rosé. Les quatre premiers faciès sont reconnus dans tout le bord nord du bassin, et les deux derniers arrivent seulement dans la région de Alto Garças - MT. La composition minéralogique des pélites de cette région, ainsi que les caractéristiques sédimentaires, se distinguent de leurs équivalents dans les autres régions du bassin. Les black shales et les niveaux d'argillite verte intercalés sont composés anormalement de smectites-Mg et -Fe, saponite et nontronite respectivement. Elles se distinguent en outre par la basse concentration d'Al et des álcalis. Pour la caractérisation de la paragenèse sédimentaire de ces pelites, il faut premièrement identifier l'influence de la chaleur des sills sous ces roches. La saponite est encore présente dans le contact avec les corps ignés. Proche des sills, la formation de saponite s’accompagne de talc, serpentine, pyroxène et plagioclase. Les cristaux métamorphiques ont été différenciés des composantes sédimentaires à partir des caractéristiques texturales et quantités relatives. Les black shales sans influence thermique de sills sont formés majoritairement par de la saponite et du quartz, avec des petites quantités de talc, nontronite et serpentine. Les argillites vertes sont formées par de la nontronite, lizardite et quartz, avec des contributions de saponite et de talc. La formation des minéraux argileux mentionnés ci-dessus est rapportée à l’altération des minéraux détritiques mafiques (pyroxène, amphibole, olivine), qui peuvent provenir ou d'un secteur proximal, dans les voisinages du bassin, ou de sources volcaniques distantes dont les débris ont été déposés à partir de la chute de cendres dans le bassin. L'actuelle configuration du secteur source au nord du bassin n'est pas cohérente avec la composition des minéraux argileux des pelites (saponite, talc, lizardite, nontronite), ni avec les autres minéraux détritiques associés (spinelle, amphibole, pyroxène, chromite entre autres). Ces derniers indiquent une source composée principalement par des roches mafiques/ultramafiques. Un niveau d'argilitte verte intercalée dans les black shales est formé principalement par de la nontronite et du quartz. Elle présente des quantités anormales de zircon, monazite, apatite et chromite, et de hautes teneurs en ETR. L’anomalie en Cérium et accentuée. Ces caractéristiques indiquent la contribution de cendres volcaniques dans la formation de cette argilitte, qui selon sa composition géochimique possède une affinité avec des roches andésitiques. Des activités volcaniques permiennes avec une composition intermédiaire à basique sont reconnues dans le Groupe Mitu, dans la portion centrale de Andes.
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Evolução metamórfica das rochas da região de Stene Point, Ilha Coronation, microcontinente das orcadas do sul - AntárticaDiana Martins Pinheiro Valadares 30 March 2012 (has links)
Esta dissertação visa investigar as condições de metamorfismo e deformação das rochas metamáficas e metassedimentares do Complexo Metamórfico Scotia, na Ilha Coronation, formadas no estágio de subducção que precede a desagregação do Gondwana. A análise química das fases minerais permitiu determinar valores de temperatura e pressão calculadas com o programa THERMOCALC. Além disso, estudo sobre a proveniência dos metassedimentos foi conduzido com o método U-Pb em grãos de zircão. O Complexo Metamórfico Scotia é formado por intercalação de rochas metamáficas e metassedimentares com mármores e metachert, derivadasde depósitos sedimentares de caráter turbidítico, metamorfisadas e deformadas em ambiente de subducção. As rochas metamáficas consistem em rochas foliadas, de textura nematoblástica, com porfiroblastos de granada e plagioclásio. A paragênese é: quartzo + hornblenda + granada + epidoto + albita ±biotita ±titanita. As rochas metassedimentares compreendem rochas foliadas, de textura lepidoblástica com domínios granoblásticos e porfiroblastos de granada e plagioclásio, com a paragênese: quartzo + muscovita + biotita + clorita + granada + plagioclásio ± titanita. Em ambas as rochas, é comum a presença de minerais zonados. A granada tem ampla variação composicional entre os componentes almandina-grossulária-espessartita do núcleo para borda, há intercrescimento das composições oligoclásio-andesina e albita-oligoclásio-andesina nos grãos de plagioclásio, o epidoto é zonado opticamente e o anfibólio cálcico tem núcleos com pleocroísmo mais fraco que as bordas e finas lamelas de exsolução de cummingtonita. Os cálculos de P-Tindicam dois grupos de resultados, um com pressões elevadas, entre 12 e 16 kbar, e outro com pressões intermediárias, entre 4 e 8 kbar. O grupo com pressões elevadas registra o pico bárico com 15,95 ± 2,85 kbar, para rochas máficas, e de 16,40 ± 1,50 kbar, para as rochas metassedimentares. O pico metamórfico é registrado pela temperatura mais elevada, que coincide com o grupo de pressões intermediárias, calculado em 621 ± 18°C, para as rochas máficas e 564 ± 18 °C, para as rochas metassedimentares. Os dois grupos de condições P-Tindicam que a subducção pode ter chegado à elevadas profundidades, na fácies metamórfica epidoto-eclogito, mas com o pico metamórfico nas fácies metamórficas epidoto-anfibolito e anfibolito, em condições similares ao que foi calculado por Meneilly & Storey (1986) para as rochas da Ilha Signy. As condições P-Tde metamorfismo não são conclusivas, considerando a presença de texturas e composições que mostram desequilíbrio nos minerais. Os dados U-Pb em zircão permitiram identificar as populações de grãos detríticos com maior contribuição nos metassedimentos nos intervalos do Jurássico Inferior ao Permiano Inferior, 200-290 Ma, e do Carbonífero Inferior ao Neoproterozóico, 350-550 Ma. Através destes dados podem-se estabelecer as regiões de Adie Inlet, Cabinet Inlet Cape Casey e Target Hill, que fazem parte do embasamento da Península Antártica, como as principais áreas fontes dos protolitos sedimentares do Complexo Metamórfico Scotia; e permitem uma correlação entre o complexo e as unidades do Grupo Península Trinity e da Formação Miers Bluff. Os limites máximos para deposição foram estimados para o Jurássico Inferior com as idades de 202 e 191 Ma para as rochas do Complexo Metamórfico Scotia. / The present master dissertation aims to investigate the metamorphism and deformation conditions of mafic and metasedimentary rocks of the Scotia Metamorphic Complex, Coronation Island, formed in the subduccion stage that precedes the disintegration of Gondwana. Chemical analysis of mineral phases allowed determining temperature and pressure values, calculated with THERMOCALC. Furthermore, a study on the origin of metasediments was conducted with U-Pb method to date zircon grains. The Scotia Metamorphic Complex is formed by intercalation of mafic and metasedimentary rocks with metachert and marble, derived from sedimentary turbiditic deposits, metamorphosed and deformed in a subduction setting. The mafic rocks are foliated, with nematoblastic texture and porphyroblasts of garnet and plagioclase. The paragenesis is: quartz + hornblende + garnet + epidote + albite ± biotite ± titanite. The metasedimentary rocks comprise foliated rocks, lepidoblastic texture with granoblastic domains and porphyroblasts of garnet and plagioclase, with the paragenesis: quartz + chlorite + muscovite + biotite + garnet + plagioclase ± titanite. In both rocks, is common the presence of zoned minerals. Garnet has a wide compositional variation between the almandine-grossular-spessartite end members from core to rim, plagioclase ir composedof intergrowths of oligoclase-andesine and albite-oligoclase-andesine, the epidote is optically zoned, and the calcic amphibole has cores with weaker pleochroism than the rims and thin cummingtonite exsolution lamellae. The P-Tcalculations indicate two groups of results, one with elevated pressures, between 12 and 16 kbar, and another with intermediate pressures, between 4 and 8 kbar. The group with higher pressures recorded peak baric conditions with 15.95 ± 2.85 kbar, for mafic rocks, and 16.40 ± 1.50 kbar, for the metasedimentary rocks. The metamorphic peak is achieved at higher temperature, which coincides with the group of intermediate pressures, calculated at 621 ± 18 °C, for the mafic rocks and 564 ± 18 °C, for the metasedimentary rocks. The two groups of P-Tconditions indicate that the rocks may have reached high depths during subduction in epidote-eclogite facies, but with the metamorphic peak in the epidote-amphibolite and amphibolite facies, under similar conditions to what was calculated by Meneilly & Storey (1986) for the Signy Island rocks. The P-Tmetamorphism conditions are not conclusive, considering the presence of textures and compositions that show disequilibrium in the minerals. The U-Pb zircon ages permitted to identify populations of detrital grains with a major contribution in the metasediments between the Lower Jurassic to Lower Permian, 200-290 Ma, and Lower Carboniferous to the Neoproterozoic intervals, 350-550 Ma. Through these data can be established the regions of Adie Inlet, Cape Inlet Cabinet Casey Hill and Target, which are part of the Antarctic Peninsula basement, as the main source areas for the sedimentary protoliths of the Scotia Metamorphic Complex, and allow a correlation between the complex and the Trinity Peninsula Group and Miers Bluff Formation unities. The maximum deposition limit was estimated for the Lower Jurassic to the ages 202 and 191 Ma for the Scotia Metamorphic Complex rocks.
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Estudos isotopicos do greenstone belt do Rio Itapicuru, BA : evolução crustal e metalogenia do ouroMello, Edson Farias 27 July 2018 (has links)
Orientadores: Roberto Perez Xavier, Colombo Celso Gaeta Tassinari / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto Geociencias / Made available in DSpace on 2018-07-27T05:30:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2000 / Doutorado
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Relações entre microestruturas, mecanismos de deformação e propriedades físicas anisotrópicas em rochas de alto grau de metamorfismo: estudo de alguns eclogitos e granulitos / Not available.Jerome Fernand Louis Bascou 12 November 2002 (has links)
A deformação dúctil tem como conseqüência uma anisotropia das propriedades físicas das rochas associada ao desenvolvimento de uma orientação cristalográfica dos minerais. No presente trabalho, os mecanismos de deformação nas rochas de alto grau de metamorfismo e as relações entre o fluxo e a anisotropia das propriedades físicas são estudados a partir da análise das microestruturas e da medida das orientações preferenciais de rede (OPR) dos principais minerais que constituem eclogitos e granulitos. As OPR dos minerais são obtidas através da análise das figuras de difração dos elétrons retroespalhados (técnica EBSD). Os eclogitos provêm dos Alpes, na Noruega, do Mali e da faixa Sulu-Dabishan, na China. As microestruturas são marcadas pela deformação dúctil da onfacita. Apesar da diversidade dos locais de amostragem, as OPR da onfacita das diferentes amostras apresentam características similares e relações simples com os eixos da deformação finita X, Y e Z: os eixos cristalográficos [010] tendem a concentrar-se paralelamente à Z e os eixos [001], paralelamente à lineação (X). A utilização de um modelo numérico de deformação viscoplástica evidenciou o papel dos planos de deslizamentos equivalentes no desenvolvimento das OPR das onfacitas. Além disso, as variações das OPR das onfacitas estão ligadas a variações do regime de deformação em condições de alta pressão. A medida das OPR das onfacitas e das grandes permitiram determinar as propriedades sísmicas dos eclogitos. Apesar das microestruturas evidenciarem uma intensa deformação, os eclogitos caracterizam-se por uma baixa anisotropia sísmica (AVp et AVs < 3%). O cálculo dos coeficientes de reflexão mostra que os corpos eclogíticos na crosta constituem refletores sísmicos muito fortes, enquanto que uma interface eclogito-peridotito permaneceria invisível pela técnica de sísmica de reflexão. Os granulitos foram coletados em uma ampla zona milonítica que aflora na faixa neoproterozóica Ribeira, ao longo de grandes cisalhamentos de escala litosférica, no SE do Brasil. As microestruturas e as OPR do quartzo, dos feldspatos, dos piroxênios e dos óxidos de Fe-Ti sugerem mecanismos de deformação ativos a alta temperatura (deslizamento intra-cristalino e difusão) e de processos sin- e pós- cinemáticos. O quartzo é afetado por uma intensa recristalização estática \"annealing\" que se traduz por um crescimento exagerado de seus grãos e pela formação de \"ribbons\" policristalinos. O estudo das microestruturas sugere que a OPR de quartzo formada durante a deformação é profundamente modificada, e portanto que a assinatura sin-tectônica da OPR do quartzo é em grande parte suprimida. O plagioclásio, o ortopiroxênio e os óxidos da solução sólida \"ilménita-hematita\" são menos sensíveis que o quartzo ao efeito do \"annealing\". Em particular, as OPR desses óxidos de Fé-Ti permitem uma melhor análise estrutural e cinemática dos granulitos, assim como uma melhor interpretação das medidas de anisotropia de susceptibilidade magnética. O cálculo das propriedades sísmicas dos granulitos estudados permitiu avaliar o papel da milonitização na refletividade de uma zona de cisalhamento progradante na base da crosta, assim como a contribuição de uma tal zona de cisalhamento à defasagem das ondas S. As interfaces entre as rochas miloníticas e seus equivalentes não-deformados não constituem refletores sísmicos de qualidade, e a contribuição dos milonitos granulíticos à defasagem das ondas S, em domínio de transcorrência litosférica, permanece baixa em comparação com a defasagem que poderia ser gerada pelo manto superior. / Ductile deformation of rocks produces anisotropic properties associated to the development of crystallographic orientation of rock forming minerals. In this work, deformation mechanisms in high grade metamorphic rocks and the relationships between fluage and anisotropy of physical properties are studied from the analysis of microstructures and from measurements of lattice preferred orientations (LPO) of principal rock-forming minerals of eclogites and granulites. The LPO of minerals are determined using the electron backscattered diffraction technique (EBSD). Eclogites come from the Alps, Norway, Mali and the Sulu-Dabishan belt in China.Microstructures record the ductile deformation of omphacite. In spite of the sampling site diversity, the omphacite LPO display similar main characteristics and simple relationships with the X, Y and Z axes of the finite strain: the crystallographic axes [010] tend to concentrate parallel to Z and the [001] axes tend to concentrate parallel to the lineation (X). The use of a numerical model of viscoplastic deformation highlights the role of equivalen glide planes in the development of omphacite LPO. In addition, variations of omphacite LPO are related to variations in deformation regime under high-pressure conditions. Measurements of omphacite and garnet LPO allowed the calculation of the seismic properties of eclogites. Although the microstructure give evidence of strong deformation, eclogites are characterized by a week seis mic anisotropy (AVp et AVs < 3%). Calculation of reflection coefficients indicates that eclogite bodies embedded in the crustal rocks generate very bright seismic reflectors whereas an éclogite-péridotite interface should remains invisible to vertical seismic reflection techniques. Granulites have been sampled in a wide mylonitic zone outcropping in the neoproterozoic Ribeira belt, along transcurrent faults of lithospheric scale, southeastern Brazil. Microstructures and LPO of quartz, feldspars, pyroxenes and Fe-Ti oxides are correlated with high-temperature deformation mechanisms (intra-crystalline glide and diffusion), and syn- and post-kinematics processes. Quartz is affected by annealing, which produces exaggerate grain growth and the development of polycrystalline ribbons. Microstructure analysis suggests that the initial quartz LPO, developed during the deformation, is profoundly altered and therefore, that the syn-tectonic features of the quartz LPO are significantly erased. Plagioclase, orthopyroxene and oxide of the \"ilménite-hématite\" solid solution are less sensitive to annealing. In particular, these Ti-Fe oxide LPO allow a better structural and kinematic analysis of granulites, and a better interpretation of anisotropy of magnetic susceptibility measurements. Calculation of seismic properties of studied granulites allows one to evaluate the role of the mylonitisation on the reflectivity of prograde shear zones within the deep crust, and the contribution of these shear zones to the S-wave splitting. Interfaces between mylonitic rocks and their un-deformed equivalents generate only very weak seismic reflections, and the S-wave splitting produced by the granulitic mylonites remain very weak in comparison of splitting that may be generated by the upper mantle.
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Evolução tectono-metamórfica dos xistos verdes e metapelitos associados dos arredores da cidade de Licantén, VII região do Chile, Andes centrais / Not available.Nívea Maria de Assis Magalhães 15 May 2013 (has links)
A Cordilheira Costeira, feição geomorfológica do litoral chileno, é composta por rochas metassedimentares e metabasitos que são consideradas como sendo o embasamento chileno. No início da década de 1970 essas rochas foram estudadas e então definidas como um cinturão metamórfico pareado, cuja área tipo se localiza entre as cidades de Pichilemu e Licantén, na região central do Chile. Atualmente, acredita-se que essas rochas caracterizem a cunha acrescionária de um complexo de subducção pré-Andino, subdividido nas séries Ocidental e Oriental. A Série Ocidental constituiria um cinturão de fácies metamórfica de alta pressão, enquanto que a Série Oriental teria sido gerada em regime de baixa pressão. A análise integrada das observações de campo, das trajetórias P-T-t e dos dados geoquímicos possibilitaram a compreensão de certos aspectos da evolução tectono-metamórfica da área. A Série Ocidental é composta por metabasitos, metachert, albita micaxistos, micaxistos e granada quartzitos que apresentam camadas com orientações variadas, ora NE-SW ora NW-SE, devido à deformação durante acresção basal. A Série Oriental é composta por filitos, micaxistos finos, muscovita-biotita xistos e muscovita-biotita xistos com andalusita e estaurolita, sendo notada a ausência de rochas de origem ígnea. As rochas que melhor guardam evidências de sua trajetória P-T-t são os metabasitos; através de minerais preservados (por exemplo, glaucofânio), e da definição de pressões e temperaturas através do uso de diferentes softwares. Obteve-se temperaturas da ordem 620 \'+OU-\' 50 °C e pressões de 13,4 \'+OU-\' 0,5 kbar para o pico metamórfico, o que representaria uma transição entre fácies anfibolito e eclogito. Durante essa fase, desenvolveu-se uma foliação milonítica, que representa a \'S IND. n\' para as rochas de toda a Série Ocidental, e que é relacionada com o lascamento tectônico. O retro-metamorfismo ocorreu em condições P-T de fácies xisto verde. A Série Oriental não pôde ser descrita em detalhe devido ao alto grau de intemperização, porém há evidências de que as condições de metamorfismo dessa série não correspondem ao descrito na literatura. Em um período mais recente, pode-se observar um cisalhamento rúptil que resultou na colocação de diques andesíticos e na geração/reativação de falhamentos, como por exemplo a Zona de Cisalhamento de Pichilemu. / The Coastal Cordillera, geomorphological feature of the Chilean coast, comprises metabasites and metasedimentary rocks that are considered to be the embasement of Chile. In the early 1970\'s these rocks were studied and then defined as a paired metamorphic belt, whose type area is located between the towns of Pichilemu and Licantén in central Chile. Currently, it is believed that these rocks characterize the accretionary wedge of the pre- Andean subduction complex, subdivided into Western and Eastern series. Western Series constitutes a belt facies metamorphic high-pressure, while the Eastern series would have been generated under low pressure. The integrated analysis of field observations, P-T-t paths and geochemical data provided an understanding of certain aspects of the tectono-metamorphic evolution of the area. The Western Series consists of metabasites, metachert, albite mica schists, quartzites and garnet mica schists that have layers with different orientations, sometimes NE-SW NW-SE due to deformation during basal accretion. The Eastern Series consists of phyllites, mica schists, muscovite-biotite schists and muscovite-biotite schists with andalusite and staurolite, and it is highlighted the absence of rocks of igneous origin. The rocks that keep best evidence of its trajectory P-T-t are metabasites; preserved by minerals (e.g glaucophane), and the definition of pressures and temperatures through the use of different softwares. Temperatures values of 620 \'+ OU -\' 50 °C and pressures of 13.4 \'+ OU -\' 0.5 kbar for the metamorphic peak, which would represent a transition between eclogite and amphibolite facies. During this phase, it is developed a mylonitic foliation, which represents the Sn to the rocks of the entire Western Series, which it is related to the tectonic chipping. The retro-metamorphism has occurred in conditions of PT green schist facies. The Eastern Series cannot be described in detail because of its high degree of weathering, but there is evidence that the conditions of metamorphism of this series do not correspond to that described in the literature. It was possible to observe an early brittle shear which resulted in the emplacement of andesite dikes and generation / reactivation of faults, such as Pichilemu Shear Zone.
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Caracterização dos granulitos e migmatitos da região de Alfenas, MG / not availableElisa Levatti Alexandre 30 April 2013 (has links)
Na região de Alfenas, MG, em perfil de norte para sul, a seguinte sucessão de associações de rochas é observada: i) migmatitos, gnaisses e rochas ultramáficas afetados intensamente por zona de cisalhamento; ii) granulitos aluminosos de alta pressão; iii) conjunto de granada granulitos, máficos e félsicos, com lentes ou veios de charnockito e hornblenda-biotita granito, formados por fusão in situ e; iv) unidade de diatexito com paleossoma de hornblenda-biotita gnaisse e granulitos, máficos e félsicos. Essas rochas correspondem, respectivamente, às unidades: Complexo Campos Gerais e às Nappes Três Pontas-Varginha e Socorro-Guaxupé. As rochas das duas últimas unidades foram afetadas por metamorfismo de fácies granulito, enquanto que os migmatitos e gnaisses do Complexo Campos Gerais sofreram, provavelmente dois episódios de metamorfismo e fusão. As rochas do Complexo Campos Gerais apresentam como paragênese: granada + hornblenda + plagioclásio + feldspato potássico ± biotita ± fusão, a qual é representada pelo leucossoma; condições mínimas da transição de fácies anfibolito para granulito são necessárias para formação dessa paragênese, com temperatura de pelo menos 750 °C. Para essas rochas foram feitos cálculos P-T com uma amostra contendo quartzo, plagioclásio, ortoclásio, granada, biotita e hornblenda. Os resultados de pressão são elevados, com valores de 13,3 ± 1,4 kbar e 17,6 ± 1,4 kbar. Para o cálculo de temperatura dois valores muito diferentes foram obtidos, um deles, 560 ± 166 °C, é baixo demais para as condições de fusão da rocha, e outro com valor é mais apropriado, 835 ± 185 °C. Alguns dos grãos de feldspato potássico apresentam fraturas e bordas preenchidas por nova geração de feldspato potássico + quartzo + granada, o que pode indicar novo evento de fusão nessas rochas. As disparidades nos resultados de cálculos P-T para as rochas do Complexo Campos Gerais podem ser efeito da dificuldade em definir quais são os minerais do pico metamórfico, quais podem ser relíquias ígneas e quais foram reequilibrados durante o cisalhamento. Os granulitos aluminosos da Nappe Três Pontas-Varginha apresentam como paragênese cianita + granada + ortoclásio + quartzo + rutilo + líquido (representado pelo leucossoma), indicando pressões mínimas acima de 10,5 kbar e temperaturas entre 850 e 900 °C. Os granulitos da Nappe Socorro-Guaxupé apresentam duas paragêneses compostas por: i) clinopiroxênio + ortopiroxênio + plagioclásio ± quartzo e ii) granada + ortopiroxênio + plagioclásio + quartzo + ortoclásio. As paragêneses indicam pressões entre 6 e 10 kbar e temperaturas entre 850 °C e 950 °C. Os resultados dos cálculos indicam que a rocha sofreu metamorfismo de fácies granulito, com pico metamórfico entre 800 a 950 °C e pressões em torno de 9 a 11 kbar, e passou por intenso processo de migmatização e retrometamorfismo tardio em fácies anfibolito. As rochas da Unidade Diatexítica da Nappe Socorro-Guaxupé apresentam composições provavelmente semi-pelíticas, por apresentarem maior quantidade de fundido muitos cristais de granada. A rocha apresenta como paragênese de pico metamórfico: granada + hornblenda + plagioclásio + feldspato potássico + quartzo. O campo de estabilidade da rocha varia entre 750 a 950 °C de temperatura, compatível com a fusão da biotita e hornblenda e as pressões não devem ultrapassar 10kbar, o que é delimitado pela estabilidade da sillimanita, que é o aluminossilicato observado em campo. As paragêneses contrastantes nos três domínios são reflexos das condições P-T e composição das rochas. Mesmo com grandes incertezas, de modo geral, pode-se dizer que as pressões aumentam de sul para norte, em aumento quase que contínuo entre as rochas da Nappe Socorrro-Guaxupé e Três Pontas-Varginha. Além disso, não há variação termométrica significativa entre as unidades mapeadas, indicando que sofreram o mesmo processo metamórfico e que as variações estruturais encontradas entre elas se dão pela variação composicional, pela porcentagem de água no sistema e pela taxa de fusão de cada uma. / In the region of Alfenas, MG, in a geologic section from north to south, the following succession of associations of rocks is observed: i) migmatites, gneisses and ultramafic rocks intensely affected by a shear zone; ii) high-pressure aluminous granulites; iii) a group of garnet granulites, mafic and felsic, with lenses or veins of charnockite and hornblende-biotite granite, formed by in situ melting; iv) unit of diatexite with paleosome composed of hornblende-biotite gneiss of and mafic or felsic granulites. These rocks correspond, respectively, to units: Campos Gerais Complex, Três Pontas-Varginha Nappe and Socorro-Guaxupé Nappe. The rocks of the last two units were affected by granulite facies metamorphism, whereas the migmatites and gneisses of Complex Campos Gerais suffered, probably, two episodes of metamorphism and partial melting. The rocks of the Complex Campos Gerais present as paragenesis: garnet + hornblende + plagioclase feldspar ± biotite ± melting, which is represented by leucosome; minimum P-T conditions are of the transition from amphibolite to granulite facies, which are required for formation of this paragenesis, with a temperature of at least 750 °C. For these rocks, P-T calculations were made with a sample containing quartz, plagioclase, orthoclase, garnet, biotite and hornblende. The results produced high-pressures, with values of 13,3 ± 1,4 kbar and 17,6 ± 1,4 kbar. For the calculation of temperature, two very different values were obtained, one of them, 560 ± 166 °C, is too low for the conditions of partial melting for these rocks, and with another one more appropriate, 835 ± 185 °C. Some of the feldspar grains exhibit fractured edges that are filled with new generation of quartz + feldspar + garnet, which may indicate a new partial melting event. Disparities in outcomes for P-T calculations rocks of Campos Gerais Complex could be the effect of difficult to define what are the metamorphic peak minerals, which may be the igneous relict and which were adjusted during late shearing. The aluminous granulites of Três-Ponta-Varginha Nappe present as paragenesis kyanite + garnet + orthoclase + rutile + quartz + liquid (represented by leucosome), indicating minimum pressures higher than 10.5 kbar and temperatures between 850 and 900 °C. The granulites of Socorro-Guaxué Nappe present two parageneses consisting of: i) clinopyroxene + orthopyroxene + plagioclase ± quartz and ii) garnet + orthopyroxene + plagioclase + quartz + orthoclase. The parageneses indicate pressures between 6 and 10 kbar and temperatures between 850 ° C and 950 ° C. Calculation results indicate that the rock has undergone granulite facies metamorphism with metamorphic peak between 800 and 950 °C and pressures around 9-11 kbar, and went through an intense process of migmatization and later retrogression in amphibolite facies. The rocks of Diatexite Unit of Socorro-Guaxupé Nappe have probably semi-pelitic compositions, due to their larger amount of melt and many garnet crystals. The peak metamorphic paragêneses is: garnet + hornblende + plagioclase + quartz + feldspar. The stability field of the rock varies between 750 to 950 °C, temperature compatible with the partial melting of biotite and hornblende and the pressure should not exceed 10 kbar, which is delimited by the stability of sillimanite, the aluminum-silicate observed in the field. The contrasting parageneses in the three areas are reflections of P-T conditions and composition of the rocks. Even with large uncertainties, in general, it can be said that the pressures increase from south to north, almost continuous increase in the rocks of Socorrro Guaxupé Nappe and Três Pontas-Varginha Nappe. Furthermore, no significant thermometric variation between the mapped units, indicating that underwent the same metamorphic process and that structural variations found between that units are given by the compositional variation, the percentage of water in the system and the rate of partial melting of each one.
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Litogeoquimica e controles geocronologicos da suite metamorfica algodões-choroMartins, Guttenberg 05 October 2000 (has links)
Orientador: Elson Paiva de Oliveira / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociencias / Made available in DSpace on 2018-07-25T20:08:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2000 / Resumo: Nesta tese é proposta uma interpretação da evolução geotectônica da Suíte Metamórfica ,Algodões-Choró (SMAC), uma associação de paragnaisses e anfibolitos intrudidas por ortognaisses graníticos-tonalíticos, aflorante na região central do Estado do Ceará. As observações geológicas suportam a divisão desta suíte nas seguintes unidades: Anfibolito Algodões - anfibolitos com e sem granada encontrados no distrito homônimo, município de Quixeramobim; Metassedimentos Choró - biotita-gnaisses finos com intercalações de quartzitos e metaconglomerados, aflorantes em tomo do Açude Choró Limão no município de Choró; e Ortognaisses Tonalíticos-Graníticos - corpos intrusivos nas unidades anteriores como stocks, diques e folhas. Os anfibolitos finos sem granada da SMAC foram interpretados como produtos ígneos básicos tholeiíticos. Estes exibem padrões aplainados dos elementos do grupo das terras raras (ETR's), anomalias negativas de Nb, Ta, e Th, e anomalia positiva de Sr em diagramas demulti-elementos . Nestas rochas foram obtidas uma idade isocrônica Sm-Nd rocha total de 2.240:1:50 Ma, idades modelo de Nd (T DM) variando entre 2.403-2.257 Ma e valores positivos de EN_t=2,2Ga). Modelagem petrogenética admite a derivação destas rochas de uma fonte mantélica empobrecida como a dos basaltos de cadeia meso-oceânica. Os metassedimentos Choró foram caracterizados como metagrauvacas feldspáticas, formadas a partir de detritos provenientes de rochas ígneas máficas e félsicas-intermediárias. O enriquecimento em Sc e Co em relação a La e Th apoiam esta derivação. Os padrões dos ETR' s são fracionados, sem proeminentes anomalias de Eu. Dados isotópicos indicam idades modelo (TDM) no intervalo 2.449-2.216 Ma e valores positivos de EN_t=2,2Ga). Em geral, os ortognaisses tonalíticos-graníticos da SMAC apresentam natureza cálcio-alcalina, forte fracionamento entre os elementos LIL (large ions lithophile) e HFS (high field strength), valores positivos de eNd e razões iniciais de 87Srl6Sr baixas (0,7013-0,7018). Nos ortognaisses tonalíticos de alta alumina de um stock aflorante no distrito de Algodões foi obtida uma idade U-Pb em grãos individuais de zircão de 2.131:1: 12 Ma, e idade PbPb evaporação de 2.123:1::20 Ma. Em dique meta-andesítico e folha granítica desta região foram obtidas idades U-Pb de 2.137:1::34,8 Ma e 2.056:1:164 Ma, e idades Pb-Pb evaporação de 2.153:1::5 Ma e 2107:1::16Ma, respectivamente. Modelagem petrogenética admite a geração dos ortognaisses tonalíticos a partir da fusão parcial de granada-anfibolito. Dados estruturais indicam que as unidades lito-estratigráficas desta região (SMAC, metapelitos de Quixeramobim e o Complexo Granítico Quixadá-Quixeramobim) tiveram seu arcabouço tectônico moldado pelas zonas de cisalhamento dúcteis Senador Pompeu, Quixeramobim e Custódia. A cinemática dextral caracterizada nas zonas de cisalhamento e a passagem progressiva das foliações miloníticas para as foliações regionais sugerem a extensa atuação de um regime transpressivo, e nos estágios tardios, a reversão deste para um regime transtrativo. Neste trabalho propõe-se que os metassedimentos e anfibolitos da SMAC representa o registro supracrustal da formação de uma bacia retroarco num ambiente de arco-insular, há ca. 2,24 Ga, tendo um conjunto intrusivo atingido estas rochas entre 2,17-2,05 Ga. Desta forma, a Suíte Metamórfica Algodões-Choró representa um segmento juvenil da orogênese TransamazônicalEbumeana (ca. 2,1:1::0,1 Ga).Considerando os dados 40 Arp9 Ar publicados na literatura, admite-se o retrabalhamento desta suíte durante a formação do Gondwana Ocidental, entre 580 Ma e 530 Ma / Abstract: This thesis proposes an interpretation of the tectonic evolution of the Algodoes-Choro Metamorphic Suite (ACMS) - a paragneiss-amphibolite association intruded by granite-tonalite orthogneisses that crops out in the central region of the Ceara State, NE Brazil. The geological data support the division of this suite in the following units: 1) Algodões amphibolite - garnet-bearing and garnet-free amphibolite found in the homonymous village of the Quixeramobim district; 2) Choro meta-sedimentary unit biotita-gneisses with quartzites and metaconglomerate horizons croping out around the Choro Limão dam; and 3) granite-tonalite orthogneisses - intrusive bodies into the older units as stocks, dikes and 'sheets. The fine grained garnet-free amphibolite of ACMS was interpreted as tholeiite lavas having flat chondrite-normalized rare earth element pattems (REE), and negative Nb- Ta anomalies and positive Sr anomaly on primitive mantle normalized multi-elements diagrams. These rocks yielded a whole-rock Sm-Nd age of 2,24O±50 Ma with Nd model ages (TDM) varying between 2,403-2,257 Ma with positive ?Nd values. Petrogenetic modelling suggests the derivation of these rocks from a Depleted Morb Mantle source. The Choró meta-sedimentary unit was characterized as dominantly feldspar-rich metagraywackes made up of tragments of mafic and felsic-intermediate igneous rocks. The enrichment in Sc and Co relative to La and Th supports this assumption. The REE-pattems are tractionated without prominent Eu-anomalies. Isotopic data indicate Nd model ages (TDM) in the interval 2,449-2,216 Ma and positive eNd values. In general the granitetonalite orthogneisses of ACMS have a calc-alkaline geochemical signature, strong tractionation between the large ions lithophile and high field strenght elements, positive ?Nd values and low 87Sr/86Sr initial ratios (0,7013-0,7018). A small stock ofhigh-alumina tonalite orthogneiss located in the Algodoes village yielded a precise single grain zircon UPb age of 2,131:f:12 Ma and single grain zircon Pb-Pb evaporation age of 2.123:f:20 Ma. Similarly, a meta-andesite dike and a granitic sheet respectively yielded a poor single grain zircon U-Pb ages of 2.137:f:34,8 Ma and 2.056:f:164 Ma, as well as a single grain zircon Pb-Pb evaporation ages of2.153:f:5 Ma and 21O7:f:16Ma. Petrogenetic modelling admits the generation of the tonalite orthogneiss through partial melting of garnet-amphibolite.
Structural data demonstrate that the tectonic units of the studied area, i.e., ACMS, Quixeramobim metapelitic unit and Quixadá-Quixeramobim Granitic Complex have their tectonic evolution significantly controlled by movements of the Sen. Pompeu, Quixeramobim, and Custo dia ductile shear zones. The c1ockwise kinematics characterized in the shear zones coupled with progressive change from mylonitic to regional scale foliation suggest that the structural evolution was largely achieved under transpressive conditions. However, the late stage of tectonic evolution was characterized by inversion of the transpressive regime to a transtensional one. Finally, it is suggested that the supracrustal sequence of ACMS was generated in a back-arc basin around 2,24 Ga, followed by emplacement of tonalite-granite bodies between 2,17-2,05 Ga. As such, the AlgodoesChoro Metamorphic Suite constitutes a juvenile segment of the Transamazonian/Ebumean orogeny (ca. 2, 1± 0, 1 Ga). However taking into account the 40Ar/39 Ar ages of the literature it is admitted that the above referred to units have been reworked between 580 Ma and 530 Ma, during the formation of Western Gondwana / Doutorado / Metalogenese / Doutor em Ciências
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El basamento metamórfico paleozoico, serie occidental en la hoja Queule, IX y X Región, Chile : condiciones presión-temperatura del metamorfismoMuñoz Pavlov, Vlamir Alexis January 2007 (has links)
Tesis para optar al grado de Magíster en Ciencias, mención Geología / El área de estudio corresponde a la Hoja Queule (Escala 1:50.000) que incluye parte de la X y IX
Región, entre los 39°15'S a 39°30'S y al Oeste de los 73°0' hasta la costa y está geológicamente
incluida en la Serie Occidental, del Basamento Metamórfico de Chile, interpretada como formada
en un prisma de acreción desarrollado en un ambiente de subducción-acreción en margen
suroccidental de Gondwana durante el Devónico – Triásico. Presenta edades de metamorfismo de
300-320 Ma para la facies esquistos azules, asociada a una subducción profunda y acreción
temprana temprana, y edades de metamorfismo de 260-220 Ma para la sobreimpuesta facies
esquistos verdes sobreimpuesta.
Las rocas metamórficas presentes en la Hoja Queule, desde los tipos litológicos más abundantes a
los menos abundantes, son: esquisto verde o metabasitas (ocasionalmente con magnetita), esquisto
cuarzo micáceo o metapelitas, esquisto cuarzo feldespático, esquisto cuarzo micáceo con biotita,
metachert micáceo, cotícula o metachert de espesartina (ocasionalmente con magnetita),
metachert de stilpnomelano, metacherts de stilpnomelano-zussmanita, y metacherts de
stilpnomelano con bandas de granate y siderita, esquisto de talco y anfíbola, serpentinita, sulfuros
macizos de Fe-Cu-Zn (VMS: Volcanogenic Massive Sulphide) y cuerpos de hierro macizo. Estos
tipos litológicos se distribuyen en subunidades litológicas mayores conformando franjas de
orientación NE a NEE y reconocibles por la predominancia de uno, dos o tres de estos tipos
litológicos, y también se presentan en subunidades litológicas menores asociadas a las litologías
de ocurrencia más restringida en la Hoja Queule. La similitud entre estos tipos litológicos y el
Complejo Metamórfico Bahía Mansa indican que las rocas metamórficas de la Hoja Queule son
una extensión hacia el norte de dicho complejo.
Desde el este de la Hoja Queule, hacia la costa, las rocas metamórficas presentan una foliación
(S2) subhorizontal y afectada por pliegues hectamétricos de rumbo NE, mientras que a lo largo
del margen costero se tiene una foliación (S3) de rumbo NS y manteo hacia el E, que corresponde
a una zona de plegamiento y cizalle que afecta a (S2). Además fallas y fracturas afectan al
basamento, en algunos casos con alteración hidrotermal y vetillas de hematita (goethita) - limonita
anómalas en Au y As, que parecen relacionadas eventos de formación de los pliegues
hectamétricos que han sido denominados como sistema de pliegues de Cordillera Queule.
En metacherts de stilpnomelano de Punta Nihue se identificó zussmanita, mineral indicador de
facie metamórfica de esquistos azules con P>10kbar y T<550°C, cuyo hallazgo en Chile
corresponde a su segunda ocurrencia desde que fuera descrita por primera vez en Laytonville,
California. En sulfuros macizos y esquistos de Pirén se identificó micas blancas ricas en Ba-(Cr-
V), con BaO de hasta 10.3% en peso, un silicato de Ba hidratado correspondiente a cymrita
(BaAl2Si2O8
.H2O, H2O=4.6%), y además se obtuvo una identificación preliminar de cymrita
potásica.
La cymrita ha sido descrita en Grecia en rocas metamórficas de alta presión y en Nevada en
secuencias que exhiben metamorfismo de bajo grado. La aplicación del geotermómetro de
Cathelineau en cloritas de Pirén Alto permitió acotar la temperatura de metamorfismo entre
319.4°C y 399.5°C, lo cual combinado con el campo de estabilidad de la cymrita permitió obtener
presiones mayores que 4.5kbar. Considerando la temperatura obtenida en clorita y utilizando el
geobarómetro de Massonne y Schreyer y el de Massonne y Szpurka, para fengitas en muestras de
Pirén, junto a los antecedentes geotermobarométricos previos, se obtuvo condiciones de facies
esquistos azules y de alta presión de facies esquistos verdes, para los esquistos que están en contacto
con sulfuros macizos de Pirén.
Por lo tanto para la Serie Occidental del Basamento Metamórfico en la Hoja Queule se tienen
condiciones de metamorfismo de baja temperatura, T<550°C en Punta Nihue, y T<400°C en Piren
Alto, con presiones máximas desde la alta presión en Facies Esquistos Verdes hasta la alta presión
de la Facies Esquistos Azules, (P=5-10kbar), en Punta Nihue y Pirén.
En relación al potencial de mineralización metálica tpo VMS se obtuvo que además de la
ocurrencia restringida de sulfuros macizos e Pirén, también se debe incluir como guías de un
ambiente hidrotermal submarino a metacherts de Fe, Mn, Fe-(Ca-Mn) y a cuerpos de Fe macizo,
ya que son clasificables como metadepósitos de oxihidróxidos de Si-Fe, comparables a los que se
forman actualmente en zonas de dorsales oceánicas y de actividad hidrotermal submarina como
los “Black Smokes”. También se indica en esta tesis que otros tipos litológicos presentes en el
basamento, tales como esquistos de talco y anfíbola, esquistos cuarzo feldepáticos y serpentinitas
presentan algunas características que deberían ser revisadas con más detalle para definir si su
protolito tuvo alguna impronta hidrotermal submarina.
Posibles guías para la exploración por depósitos tipo VMS, potencialmente presentes en la Serie
Occidental, son presentadas en este trabajo en base a las relaciones temporales, espaciales y
metamórficas, que guardan los tipos litológicos y ocurrencias metálicas asociados a un ambiente
volcánico hidrotermal submarino en su génesis y afectadas por un proceso metamórfico posterior
en el complejo de acreción-subducción.
La revisión de antecedentes geoquímicos y metalogenéticos, publicados previamente, indican
evidencias de la participación de rocas procedentes un arco de islas y de su cuenca de tras arco,
durante el proceso de subduccíón y acreción que dio origen a la Serie Occidental, por lo que
también se discute en esta tesis alguno aspectos de dicha hipótesis.
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"Episodios metamórficos de muy bajo grado en rocas volcánicas básicas cenozoicas en Península Fildes, Isla King George, Islas Shetland del Sur, Antártica"Chávez Soto, Gabriela Paz January 2014 (has links)
Geóloga / La Península Fildes se encuentra ubicada al suroeste de la Isla King George, la cual forma parte de las Islas Shetland del Sur, al norte de la Península Antártica. Este conjunto de islas corresponde a un arco volcánico generado desde el Mesozoico tardío hasta la actualidad, sufriendo regímenes de compresión y extensión. En la península se depositaron en su mayoría lavas basálticas y andesítico-basálticas, brechas volcanoclásticas y tobas, asociados a dos episodios de actividad volcánica desde el Paleoceno al Eoceno. Los centros eruptivos, por su parte, sufrieron un desplazamiento gradual de suroeste a noreste y los intrusivos subvolcánicos se distribuyeron regularmente a lo largo de fallas de orientación NOO-SEE.
Bajo este contexto, se generaron minerales secundarios tales como ceolitas, esmectita, clorita, epidota, pumpellyita, calcedonia y calcita, los cuales se distribuyen a lo largo de toda la península, afectando principalmente a lavas amigdaloidales con mayor permeabilidad.
De acuerdo a la mineralogía descrita, se observó una tendencia en el grado metamórfico, el cual aumenta hacia el este. Por otro lado, esta relación no se produjo con la estratigrafía. Las temperaturas alcanzadas no superan los 230ºC, infiriéndose presiones bajas, debido al poco espesor de los miembros y formaciones en cuestión.
La presencia de áreas con mineralogía secundaria característica de metamorfismo de bajo grado, sugiere la ocurrencia de un metamorfismo de enterramiento al cual se sobre impuso un metamorfismo hidrotermal. Este último se habría producido por la acción de sistemas geotermales generados luego del cese de la subducción relacionada al volcanismo (Mioceno medio) y durante el volcanismo asociado a extensión (Mioceno medio-Plioceno) en las Islas Shetland del Sur. Sin embargo, la fuente termal responsable no está totalmente clara. Esta alteración, debido a las similitudes con Neuhoff et al. (1999) se habría producido en tres episodios metamórficos: 1º con precipitación de celadonita, calcedonia y clorita-esmectita y 2º con precipitación de ceolitas y 3º con formación de calcita.
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Análisis de litofacies y geocronología de las ignimbritas Salar Grande, región de Atacama, Andes centrales de Chile (25°45'S - 26°15'S)Ramírez Salvo, Cristián Andrés January 2014 (has links)
Geólogo / Los depósitos de las ignimbritas Salar Grande del Mioceno superior, se distribuyen en los alrededores del salar homónimo, ubicado a los 26°S en la alta cordillera de la III Región de Atacama. Dichos depósitos están asociados al colapso de la caldera Salar Grande. En este trabajo se estudia las distintas litofacies de esta unidad ignimbrítica, correspondientes principalmente al in flow de la caldera. Las características observadas permiten definir dos subunidades e interpretar los mecanismos de depositación de algunas litofacies. Además, se dató circones de un nivel mediante el método U-Pb, para comparar con edades K-Ar realizadas en trabajos anteriores e interpretar su significado geocronológico.
Se elabora siete columnas estratigráficas a partir de observaciones de terreno y de la observación de imágenes satelitales en Google Earth. En ellas se identifica tobas macizas que presentan variaciones laterales con estratificación planar y difusa, intercaladas con brechas líticas, macizas y estratificadas, además de niveles soldados, localmente reomórficos y vitrofíricos. Adicionalmente se identifica la repetición de una sucesión de litofacies y una superficie de erosión (hiatus) entre ellas. Estos antecedentes permiten definir dos subunidades compuestas por, al menos, una unidad de flujo y una de enfriamiento en cada una de ellas. Algunos de los niveles de brecha se interpretan como brechas de arrastre generadas por colapsos sucesivos de sectores de la caldera Salar Grande, que aumentaron el aporte de fragmentos líticos a la corriente de densidad piroclástica.
Se calcula una edad U-Pb de 12,29 ± 0.19 Ma en circones de uno de los niveles de la subunidad superior y se interpreta como la edad de cristalización de los circones en la cámara magmática, antes de la erupción de la ignimbrita. La poca precisión y error analítico de los datos geocronológicos previos (K-Ar) impide establecer el lapso entre las edades de cristalización de los circones y la edad de la erupción, determinada a partir de las edades K-Ar. Una estimación utilizando la edad K-Ar más joven de la columna principal entrega el rango 400 ka.- 1.78 Ma. Por otro lado, se identificó xenocristales heredados y circones detríticos. Uno de los cristales tiene 17 Ma y se interpreta como circón detrítico de la unidad Ignimbritas Río Frío o de alguno de los volcanes del Mioceno inferior ubicados en los alrededores del Salar Grande. Circones agrupados en edades entre 212 y 324 Ma y 488 600 Ma, son interpretados como xenocristales heredados y circones detríticos. Aquéllos con borde recristalizado, cuyas edades son cercanas a las de la ignimbrita (ca 12 Ma) pudieron ser incorporados por asimilación de la roca caja en la cámara magmática. Estos últimos reflejarían las unidades qué estructuran el basamento en la zona de la Caldera Salar Grande.
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