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Medo e Sofrimento Social: uma anÃlise das narrativas de policiais militares em atendimento clÃnico. / Fear and social suffering: an analysis of narratives of Military Police Officers undergoing mental health treatmentLarissa Jucà de Moraes Sales 31 July 2014 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Este estudo parte da perspectiva subjetiva de policiais militares no que se refere a sua atividade laboral. A pretensÃo à compreender como se estabelece a lÃgica explicativa sobre a atividade fim como parte do adoecimento do sujeito, sendo revelada por estes atores sociais, caracterizados pelos discursos de medicalizaÃÃo, como sujeitos em crise, âdiagnosticadosâ como portadores de doenÃas de cunho psicolÃgico. Para tanto, foi realizado trabalho de campo de sete meses intensivos em uma unidade de tratamento da prÃpria instituiÃÃo militar, o Centro Biopsicossocial da CorporaÃÃo. O acesso a estes sujeitos, bem como parte de seus tratamentos foi privilegiado, neste contexto interacional. Nas categorizaÃÃes simbÃlicas destes sujeitos, parte de seu adoecimento se deve a dois tipos de problemas detectados como constituintes de sua rotina de trabalho, primeiro como problemas que afetam diretamente o corpo do indivÃduo como, em alguns casos, as condiÃÃes de trabalho insalubres, falta de equipamentos de seguranÃa deixando o sujeito exposto ao imprevisÃvel, Ãs escalas de trabalho exaustivas, com horas consecutivas em pÃ, em pelo sol, entre outros. O segundo problema està baseado em violÃncias simbÃlicas que incidem diretamente na mente do indivÃduo, provocando uma dor invisÃvel capaz de gerar sofrimentos, como o assÃdio moral, humilhaÃÃo, abuso de autoridade e as puniÃÃes veladas, este segundo problema à o mais recorrente nas narrativas destes sujeitos. Para estes agentes sociais tais problemas incidem em seus corpos em forma de doenÃas, sendo reverberadas em pressÃo profissional agindo diretamente nos modos de ser e de estar em sociedade. Para alguns, sÃo usadas tambÃm como justificativa para aÃÃes de violÃncia. Como aporte metodolÃgico, parte-se da experiÃncia etnogrÃfica nesse Centro de tratamento sobre a qual foram selecionadas as trajetÃrias de vida de trÃs militares e fragmentos de histÃrias de vida como fontes explicativas dessa problemÃtica. As justificaÃÃes se iniciam pelas condiÃÃes elencadas como propiciadoras de adoecimentos, passando pelo processo de acompanhamento terapÃutico e a adesÃo a grupos religiosos como possibilidade de cura. Em Ãltimo caso destaca-se um dos casos cujo fim trÃgico se configura como suicÃdio. Nesta perspectiva, categorias como humilhaÃÃo, sofrimento e medo sÃo usadas pelo prÃprio indivÃduo e pelos colegas de farda para explicar os seus dramas. Por fim pretende-se compreender como estes sujeitos entendem seu trabalho a partir desta condiÃÃo. / This research builds up from the subjective perspective of Military Police Officers in regards to their working activity. The intention is to understand how to establish an explanatory logic featuring work as a part of the subjectâs illness â as it is revealed by these social actors, characterized by the discourse of medicalization as âsubjects in crisisâ and âdiagnosedâ as carriers of psychological diseases. For such an enterprise, an intensive fieldwork research of seven months was conducted inside one of the military institutionâs treatment unit in Fortaleza, Brazil: the Corporationâs Biopsychosocial Center. Within this interactional context, the access to these subjects and a part of their treatments were selected as the focus. Following these subjectsâ symbolic categories, they attribute a share of their illness to two kinds of problems perceived as constituents of their work routine. First, as problems directly affecting the individualâs body, such as unhealthy working conditions, lack of security equipment leaving the subject vulnerable to the unpredictable, and the exhausting work schedules, with long hours standing on foot under the sun, among others. The second problem is based on the symbolic violence that directly affects an individualâs mind, inflicting an invisible pain capable of generating suffering, such as moral harassment, humiliation, abuse of authority and covert punishment. The second problem is the most recurring in these subjectsâ narratives. For these social agents, such problems affect their bodies in the form of illnesses, which reverberate as professional pressure directly influencing their ways of being in society. For some of them, these illnesses are also used for justifying acts of violence. An ethnographic experience was carried out as a methodological approach inside this treatment Center, from which the life trajectories of three military police officers and fragments of life stories were selected to feature as clarifying sources of this problem. The justifications are initiated by the aforementioned conditions conducive to illness, passing to therapeutic monitoring and concluded by adherence to religious groups as a possible path of cure. Another case to be highlighted is one of tragic outcome, which led to suicide. In this perspective, categories of humiliation, suffering and fear are mobilized by the individuals and their colleagues in uniform to explain their dramas. Ultimately, we aim to promote comprehension of how these subjects understand their work considering this condition.
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Medo e Sofrimento Social: uma análise das narrativas de policiais militares em atendimento clínico / Fear and social suffering: an analysis of narratives of Military Police Officers undergoing mental health treatmentSALES, Larissa Jucá de Moraes January 2013 (has links)
SALES, Larissa Jucá de Moraes. Medo e Sofrimento Social: uma análise das narrativas de policiais militares em atendimento clínico. 2013. 127f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Sociologia, Fortaleza (CE), 2013. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2014-04-11T17:45:07Z
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Previous issue date: 2013 / This research builds up from the subjective perspective of Military Police Officers in regards to their working activity. The intention is to understand how to establish an explanatory logic featuring work as a part of the subject’s illness – as it is revealed by these social actors, characterized by the discourse of medicalization as “subjects in crisis” and “diagnosed” as carriers of psychological diseases. For such an enterprise, an intensive fieldwork research of seven months was conducted inside one of the military institution’s treatment unit in Fortaleza, Brazil: the Corporation’s Biopsychosocial Center. Within this interactional context, the access to these subjects and a part of their treatments were selected as the focus. Following these subjects’ symbolic categories, they attribute a share of their illness to two kinds of problems perceived as constituents of their work routine. First, as problems directly affecting the individual’s body, such as unhealthy working conditions, lack of security equipment leaving the subject vulnerable to the unpredictable, and the exhausting work schedules, with long hours standing on foot under the sun, among others. The second problem is based on the symbolic violence that directly affects an individual’s mind, inflicting an invisible pain capable of generating suffering, such as moral harassment, humiliation, abuse of authority and covert punishment. The second problem is the most recurring in these subjects’ narratives. For these social agents, such problems affect their bodies in the form of illnesses, which reverberate as professional pressure directly influencing their ways of being in society. For some of them, these illnesses are also used for justifying acts of violence. An ethnographic experience was carried out as a methodological approach inside this treatment Center, from which the life trajectories of three military police officers and fragments of life stories were selected to feature as clarifying sources of this problem. The justifications are initiated by the aforementioned conditions conducive to illness, passing to therapeutic monitoring and concluded by adherence to religious groups as a possible path of cure. Another case to be highlighted is one of tragic outcome, which led to suicide. In this perspective, categories of humiliation, suffering and fear are mobilized by the individuals and their colleagues in uniform to explain their dramas. Ultimately, we aim to promote comprehension of how these subjects understand their work considering this condition. / Este estudo parte da perspectiva subjetiva de policiais militares no que se refere a sua atividade laboral. A pretensão é compreender como se estabelece a lógica explicativa sobre a atividade fim como parte do adoecimento do sujeito, sendo revelada por estes atores sociais, caracterizados pelos discursos de medicalização, como sujeitos em crise, “diagnosticados” como portadores de doenças de cunho psicológico. Para tanto, foi realizado trabalho de campo de sete meses intensivos em uma unidade de tratamento da própria instituição militar, o Centro Biopsicossocial da Corporação. O acesso a estes sujeitos, bem como parte de seus tratamentos foi privilegiado, neste contexto interacional. Nas categorizações simbólicas destes sujeitos, parte de seu adoecimento se deve a dois tipos de problemas detectados como constituintes de sua rotina de trabalho, primeiro como problemas que afetam diretamente o corpo do indivíduo como, em alguns casos, as condições de trabalho insalubres, falta de equipamentos de segurança deixando o sujeito exposto ao imprevisível, às escalas de trabalho exaustivas, com horas consecutivas em pé, em pelo sol, entre outros. O segundo problema está baseado em violências simbólicas que incidem diretamente na mente do indivíduo, provocando uma dor invisível capaz de gerar sofrimentos, como o assédio moral, humilhação, abuso de autoridade e as punições veladas, este segundo problema é o mais recorrente nas narrativas destes sujeitos. Para estes agentes sociais tais problemas incidem em seus corpos em forma de doenças, sendo reverberadas em pressão profissional agindo diretamente nos modos de ser e de estar em sociedade. Para alguns, são usadas também como justificativa para ações de violência. Como aporte metodológico, parte-se da experiência etnográfica nesse Centro de tratamento sobre a qual foram selecionadas as trajetórias de vida de três militares e fragmentos de histórias de vida como fontes explicativas dessa problemática. As justificações se iniciam pelas condições elencadas como propiciadoras de adoecimentos, passando pelo processo de acompanhamento terapêutico e a adesão a grupos religiosos como possibilidade de cura. Em último caso destaca-se um dos casos cujo fim trágico se configura como suicídio. Nesta perspectiva, categorias como humilhação, sofrimento e medo são usadas pelo próprio indivíduo e pelos colegas de farda para explicar os seus dramas. Por fim pretende-se compreender como estes sujeitos entendem seu trabalho a partir desta condição.
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O ENSINO NA ACADEMIA DA POLÍCIA MILITAR EM GOIÁS: MATRIZES CURRICULARES - MUDANÇAS E PERMANÊNCIAS 1970 2012.Pereira, Elio Gomes 29 August 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-08-29 / This paper presents a study on the teaching given to the officers of the Academy of Military Police of
the State of Goiás. Its purpose is to analyze the main changes made to the Curriculum Training
Course for Officers of CAPM / GO, especially with regard to courses offered for this and the teaching
methodologies adopted by professors. It has been the intention of showing how and why the
disciplines of Curriculum have been changing or gradually being replaced due to the regime prevailing
Government or due to the need to provide more humanitarian official training for these to improve their
professional skills, becoming able to meet the demands of contemporary society. The relevance of this
research is the academic-scientific dimension that permeates the track changes disciplinary curriculum
and pedagogical practices of teachers involved in teaching military police officers in order to form a
professional profile that is able to be responsible for the security of the population civil altruistically,
avoiding physical repression and symbolic, feature of the Ideological State Apparatus. The theoretical
framework is based on research that address power relations, from the perspective of Foucault
(1979), with critical institutions used to perpetuate this power, the history of the military and their
teaching according to Ludwig (1998), Germano (1994), Sostré (2010), Castro (2004), Silva (2012) and
others. A historical review and conceptualization of police and police teaching at the Academy were
conducted through document analysis and curriculum proposals from APM Goiás and other states. In
the research were emphasized curriculum of these courses, since the establishment of APM, in 1940,
until it is in force. The analysis of these curriculum led to the use of theoretical, focused on the history
curriculum advocated by Kelly (1981), Moreira (2012), Pacheco (2001), Silva (2001) and Libâneo
(2000). The research methodology was qualitative, using the case study. In the field research, it was
decided by observation and interviews with a structured schedule. The informants were selected at
random, among the ex-comandantes/ex-diretores APM/GO and former teachers, current teachers and
students who attended the 3rd year of officer training in 2012. Through the data obtained, the
theoretical framework, the record of observations and interviews can be concluded that the teachinglearning
process and curriculum practices currently developed by APM/GO indicate that a
differentiation in relation to what happened during the military governments, facing the military police
preparation for the defense of the territory. At present, the essence of military education is to prepare
the future professional to handle everyday situations, respecting the rights of the citizen. Another
relevant conclusion with respect to socio-political changes that characterize the subjects of the current
curriculum of the APM/GO, demonstrating a more civil than military. The research also showed that
the Academy adopt different teaching methods, with in some cases alternating between positivist and
progressivist theory. / A presente dissertação apresenta um estudo sobre o ensino ministrado aos oficiais da Academia de
Polícia Militar do Estado de Goiás. Seu propósito é analisar as principais mudanças realizadas na
Matriz Curricular do Curso de Formação de Oficiais da CAPM/GO, especialmente quanto às
disciplinas oferecidas e às metodologias de ensino adotadas pelos docentes. Tem a pretensão de
mostrar como e por que as disciplinas da Grade Curricular vêm sofrendo alterações ou sendo
gradativamente substituídas em função do regime de governo predominante ou em decorrência da
necessidade de oferecer aos oficiais uma formação mais humanitária para que esses melhorem sua
qualificação profissional, tornando-se aptos para atender às exigências da sociedade contemporânea.
A relevância dessa investigação consiste na dimensão acadêmico-científica que a permeia ao
acompanhar as mudanças disciplinares da matriz curricular e as práticas pedagógicas dos docentes
envolvidos no ensino policial militar, visando formar oficiais com um perfil profissiográfico que seja
capaz de responsabilizar-se pela segurança da população civil de forma altruísta, evitando a
repressão física e simbólica, característica do aparelho ideológico do Estado. O referencial teórico
encontra-se fundamentado em pesquisas que abordam as relações de poder, sob a ótica de Foucault
(1979), com críticas às instituições usadas para se perpetuar esse poder, a história da instituição
militar e de seu ensino segundo Ludwig (1998), Germano (1994), Sostré (2010), Castro (2004), Silva
(2012) e outros. A revisão histórica e a conceituação de polícia e de ensino policial na Academia
foram realizadas por meio da análise documental e das propostas curriculares da APM de Goiás e de
outros estados. Na pesquisa foram enfatizados os currículos desses cursos, desde a criação da APM,
em 1940, até ao que se encontra em vigor. A análise desses currículos levou à utilização de
referencial teórico voltado para a história de currículo defendida por Kelly (1981), Moreira (2012),
Pacheco (2001), Silva (2001) e Libâneo (2000). A metodologia da pesquisa foi qualitativa, utilizandose
o estudo de caso. Na pesquisa de campo, a investigação optou pela observação e entrevistas,
com roteiro pré-estruturado. Os informantes foram selecionados por amostra aleatória, entre os excomandantes/
ex-diretores da APM/GO e ex-instrutores, atuais instrutores e alunos que frequentaram
o 3º ano do curso de formação de oficiais, em 2012. Por meio dos dados obtidos, do referencial
teórico, do registro das observações e das entrevistas realizadas, pôde-se concluir que o processo
ensino-aprendizagem, bem como as práticas curriculares atualmente desenvolvidas pela APM/GO
apontam para uma diferenciação do que ocorria durante os governos militares, voltados para o
preparo do policial militar para a defesa do território. Na atualidade, a essência do ensino militar é
preparar o futuro profissional para lidar com situações do cotidiano, respeitando os direitos do
cidadão. Outra conclusão relevante diz respeito às mudanças sociopolíticas que caracterizam as
disciplinas da atual grade curricular da APM/GO, demonstrando um caráter mais civil do que militar. A
pesquisa evidenciou também que a Academia adota metodologias de ensino diferenciadas, havendo
em alguns casos alternância entre a teoria positivista e uma mais progressista.
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IMPACTO DO CONFLITO INTRAGRUPAL, DO SUPORTE SOCIAL NO TRABALHO E DO AUTOCONCEITO PROFISSIONAL SOBRE A RESILIÊNCIA: UM ESTUDO COM POLICIAIS MILITARES.Emilio, Eduarla Resende Videira 23 May 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-05-23 / Resilience is a construct that refers to the ability of human beings to successfully face the adversities of life, overcome them and even be strengthened or changed by them. Fields of
psychology research, such as Health Psychology, Positive Psychology and Positive Organizational Behavior, have considered the resilience as an important way to understand the positive and healthy aspects of human beings. This work aims to expand knowledge about the resilience and their relations with other constructs in the organizational context. For this, the objective of this research was to verify the predictive capacity of intragroup conflict (relationship
and task), of social support at work (emotional, informational and instrumental) and of professional self-concept (health, realization, self-confidence and competence) on resilience
(positive adaptation or acceptance of change, spirituality, resignation towards life, personal competence and persistence in the face of difficulty) of military police. The study included 133 military police officers of a battalion in the state of Sao Paulo, prevailing male subjects (97.7%), mean age 30 years (SD = 5.7). The following scales were used to measure the variables:Resilience Rating Scale reduced, Intragroup Conflict Scale, the Scale of Perceived Social Support at Work and Self-Concept Scale. The data were submitted to descriptive calculations and at analyses of multiple lineal regression standard. The results indicated that the model that grouped
the antecedent variables (intragroup conflict, social support at work and professional selfconcept) significantly explained the variance of the dimensions of resilience: 30% of persistence in the face of difficulties, 29% of positive adaptation or acceptance of change, 28% of personal
competence and 11% of spirituality. Variables that were statistically significant impact on persistence in the face of difficulties were emotional support at work, whose direction of the prediction was opposite, and confidence, whose direction of prediction was direct. Positive adaptation or acceptance of change was as inverse predictor the health and as direct predictor the self-confidence. The personal competence had a significant impact on the variable selfconfidence,
wich was a direct predictor. Spirituality, in turn, had a single significant predictor, the variable realization, whose direction of prediction was direct. The results suggest that among the
independent variables, the professional self-concept demonstrated greater explanatory power of the variance in resilience. In light of the theory of the area were discussed these findings. Finally,limitations and the suggestion a research agenda that confirm and expand the results of this
research were presented. / A resiliência é um construto que remete à habilidade do ser humano de ter êxito frente às adversidades da vida, superá-las e inclusive, ser fortalecido ou transformado por elas. Campos de investigações da psicologia, como Psicologia da Saúde, Psicologia Positiva e Comportamento Organizacional Positivo, têm considerado a resiliência como uma importante via para a compreensão dos aspectos positivos e saudáveis dos indivíduos. Este trabalho pretendeu ampliar o conhecimento acerca da resiliência e suas relações com outros construtos no contexto organizacional. Para isto, definiu-se como objetivo geral deste estudo verificar a capacidade preditiva do conflito intragrupal (tarefa e relacionamento), do suporte social no trabalho (emocional, informacional e instrumental) e do autoconceito profissional (saúde, realização, autoconfiança e competência) sobre a resiliência (adaptação ou aceitação positiva de mudanças,
espiritualidade, resignação diante da vida, competência pessoal e persistência diante das dificuldades) de policiais militares. Participaram do estudo 133 policiais militares de um batalhão do interior do estado de São Paulo, prevalecendo indivíduos do sexo masculino (97,7%), com idade média de 30 anos (DP= 5,7). Para a medida das variáveis foram utilizadas as seguintes escalas validadas: Escala de Avaliação de Resiliência reduzida, Escala de Conflitos Intragrupais,
Escala de Percepção de Suporte Social no Trabalho e a Escala de Autoconceito Profissional. Os dados foram submetidos a cálculos descritivos e a análises de regressão linear múltipla padrão. Os resultados indicaram que o modelo que reunia as variáveis antecedentes (conflito intragrupal, suporte social no trabalho e autoconceito profissional) explicou significativamente a variância das dimensões da resiliência: 30% da persistência diante das dificuldades, 29% da adaptação ou aceitação positiva de mudanças, 28% da competência pessoal e 11% da espiritualidade. As
variáveis que tiveram impacto estatisticamente importante sobre a persistência diante das dificuldades foram o suporte emocional no trabalho, cuja direção da predição foi inversa, e
autoconfiança, cuja direção da predição foi direta. A adaptação ou aceitação positiva de mudanças teve como preditor inverso a variável saúde e como preditor direto a autoconfiança. A competência pessoal teve impacto significativo da variável autoconfiança, que se mostrou um
preditor direto. A espiritualidade, por sua vez, teve um único preditor significante, a variável realização, cuja direção da predição foi direta. Os resultados sugerem que dentre as variáveis antecedentes, o autoconceito profissional evidenciou maior poder de explicação da variância da
resiliência. À luz da literatura da área foram discutidos estes achados. Por fim, foram apresentadas as limitações e a proposta de uma agenda de pesquisa que contribua para
confirmação e ampliação dos resultados desta investigação.
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Educação em direitos humanos em uma instituição militarBarboza, Miriane da Silva Santos 30 April 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-04-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The main goal of this research is to verify the influence of different intervention practices related to social representations (SR) of human rights (HR) over students of a military police training course - cadets. In view of this objective, two studies were carried out. In the first one, it was intended to investigate SR, knowledge and concepts about HR as well as the participants empathic distress. Scales and questionnaires about HR were used, besides an empathy scale turned to social issues to 176 cadets of both genders, 1st and 3rd year students. Also, the Technique of Association Free from Words was utilized. In both studies, parametric and non-parametric statistics were used. The results for the first study show: 1) the existence of a HR representational field and a correspondence between this field s content and the Universal Declaration of Human Rights; 2) the existence of negative SR in relation to the accomplishment of HR and; 3) a low empathic distress in respect to some social groups. From these results, the second study s sample was selected and it sought after promoting a change in the participants SR, making them aware of the police officer s role as a defender and promoter of HR. 48 cadets took part in this research, all of whom distributed at random in three groups: two were experimental, and one, of control. The control group attended classes about HR with a teacher from the institution in which the research was realized. The experimental groups participated in one of the distinct types of intervention: with a Discursive Rational Technique (DRT) and with a Discursive-Affective Rational Technique (DART). The DRT consisted of the exposure and discussion of the contents defined in planning of the discipline Citizenship and Human Rights , and discussions about real life s dilemmas. The DART adopted procedures used in the DRT, added by psycho-dramatic activities. At the end of the intervention program, participants of the three groups responded again to the instruments mentioned in study I. The results of the analyses that refer to the objective measure do not indicate significant differences between the experimental and control groups, and between the pre-tests and post-tests. As for subjective evaluations, when the pre-test and the post-test in the experimental groups are compared, changes are perceived: 1) in the knowledge of HR from low to high knowledge -; 2) in the concepts of HR from poorly-elaborated to well-elaborated -; 3) in the representations of HR from individual to group and; 4) in the representations of the police force from an idealized to a realistic view. Differences between experimental groups are also observed: 1) in the knowledge the participants scores submitted to the DART were higher than those submitted to the DRT and; 2) in the representation of the military police participants submitted to the DRT showed specific representations, and the ones submitted to the DART, universal representations. Results are discussed in light of the SRT, of Doise s psycho-sociologic theory, and of empirical studies which investigate HR in the SR field. / O objetivo principal deste trabalho é verificar a influência de diferentes práticas interventivas sobre as representações sociais (RS) dos direitos humanos (DH) em alunos de um curso de formação de oficiais da polícia militar - cadetes. Tendo em vista este objetivo, foram realizados dois estudos. No primeiro, buscou-se investigar as RS, o conhecimento e as concepções sobre os DH, bem como a sensibilidade empática dos participantes. Foram administrados escalas e questionários sobre os DH, além de uma escala de empatia voltada para questões sociais a 176 cadetes, de ambos os sexos, alunos do 1o e do 3o ano. Também foi utilizada a Técnica da Associação Livre de Palavras. Nos dois estudos foram utilizadas estatísticas paramétricas e não paramétricas. Os resultados do primeiro estudo indicam: 1) a existência de um campo representacional dos DH e uma correspondência entre o conteúdo desse campo e a Declaração Universal dos Direitos Humanos; 2) a existência de RS negativas com relação à efetivação dos DH e; 3) uma baixa sensibilidade empática com respeito a alguns grupos sociais. A partir desses resultados, foi selecionada a amostra do segundo estudo, que visou promover uma mudança nas RS dos participantes, conscientizando-os quanto ao papel do policial enquanto defensor e promotor dos DH. Participaram deste estudo 48 cadetes, que foram distribuídos, randomicamente, em três grupos: dois experimentais e um de controle. O grupo controle assistiu a aulas sobre os DH com um professor da instituição onde foi realizada a pesquisa. Os grupos experimentais participaram de um dos tipos distintos de intervenção: com uma Técnica Racional Discursiva (TRD) e com uma Técnica Racional Discursivo-Afetiva (TRDA). A TRD consistiu na exposição e discussão dos conteúdos definidos no plano da disciplina Cidadania e Direitos Humanos , e de discussões de dilemas da vida real. A TRDA adotou os procedimentos utilizados na TRD, acrescidos de atividades psicodramáticas. Ao final do programa de intervenção, os participantes dos três grupos responderam novamente aos instrumentos mencionados no Estudo I. Os resultados das análises referentes às medidas objetivas não indicam diferenças significativas entre os grupos experimentais e de controle e entre os pré-testes e os pós-testes. Quanto às avaliações subjetivas, quando se compara o pré-teste com o pós-teste nos grupos experimentais verificam-se mudanças: 1) no conhecimento dos DH de um menor para um maior conhecimento-; 2) nas concepções de DH de pouco elaboradas para bem elaboradas ; 3) nas representações dos DH de individuais para grupais e; 4) nas representações da polícia - de uma visão idealizada para uma visão realista. Também são observadas diferenças entre os grupos experimentais: 1) no conhecimento os escores dos participantes submetidos à TRDA foram mais elevados do que os submetidos à TRD e; 2) na representação da polícia militar os participantes submetidos à TRD apresentaram representações específicas e os submetidos à TRDA, representações universais. Os resultados são discutidos à luz da TRS, da teoria psicossociológica de Doise e de estudos empíricos que investigam os DH na esfera das RS.
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