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Violência sexual contra mulheres: entre a (in)visibilidade e a banalização / Sexual violence against women: among the (in)visibleness and the banalityBerger, Sônia Maria Dantas January 2003 (has links)
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Previous issue date: 2003 / Estudo de base qualitativa que discute definições relacionadas ao fenômeno da violência contra mulheres desde uma abordagem relacional de gênero e sexualidade. Aponta incidência e gravidade da violência praticada por homens contra mulheres, em especial nas relações de conjugalidade, problema complexo que faz interagir paradigmas da saúde pública e de direitos humanos. Diante das estatísticas nacionais constata a invisibilidade e escassez de produção acadêmica referentes às queixas femininas sobre a violência sexual, tanto aquela perpetrada no âmbito público( estupro por desconhecido) como privado (coerção e/ou violência sexual marital) .Toma como desafio compreender em que medida estereótipos baseados em gênero, aliados às condições estruturais existentes, banalizariam ou impediriam a visibilidade da violência sexual, especialmente nas relações de conjugalidade.Foram realizadas 12 entrevistas com mulheres em situação violência conjugal violenta e mulheres que viveram a violência sexual perpetrada por homem desconhecido, do tipo estupro. A relação sexual não consentida no casamento não tomou diretamente a conotação de violência, já o estupro cruento foi comparado à uma morte. Em alguns pontos, as duas experiências sexuais se assemelharam : ter nojo da relação, se lavarem imediatamente, perderem o desejo sexual , correrem riscos de uma gravidez indesejada e de contraírem Ist. Conclui que o estupro conjugal banalizou-se, contando com respaldo social do sexo como dever conjugal. O fenômeno da violência conjugal, situado nas relações interpessoais, é remetido ao contexto estrutural. O tradicional controle masculino baseado em seu papel de provedor está em xeque e a resistência à sua transição, tanto por parte do parceiro como da parceira, radicaliza conflitos e colabora para a ocorrência da violência, inclusive sexual, entre o casal. A revisão dos contratos conjugais e retomada da reciprocidade, do ponto de vista relacional-estrutural, precisaria contar com a participação dos dois gêneros e de melhores condições sociais e econômicas para homens e mulheres. A atenção integral à violência sexual implicaria na intersetorialidade e interdisciplinaridade entre políticas públicas de atenção à violência doméstica e violência sexual.
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Genero e violencia no ambito domestico: a perspectiva dos profissionais de saudeAngulo-Tuesta, Antonia de Jesus. January 1997 (has links)
Mestre -- Escola Nacional de Saude Publica, Rio de Janeiro, 1997.
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Violencia sexual contra mulheres: entre a (in)visibilidade e a banalizacaoBerger, Sonia Maria Dantas. January 2003 (has links) (PDF)
Mestre -- Escola Nacional de Saude Publica, Rio de Janeiro, 2003.
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Mulheres do Recife enfrentando a violência cometida pelo parceiro íntimode Aquino Silva, Raquel 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A violência contra a mulher tem no parceiro íntimo o principal agressor. Frente à violência pelo parceiro íntimo, algumas mulheres não reagem, outras rompem o silêncio e conversam com familiares e amigos e outras buscam ajuda institucionalizada. Estudo transversal, realizado entre julho de 2005 a novembro de 2006, tendo como objetivo descrever e analisar as condutas de enfrentamento à violência física cometida pelo parceiro íntimo, adotadas pelas mulheres cadastradas no Programa Saúde da Família do Distrito Sanitário II da cidade do Recife. Teve como população de estudo 283 mulheres que referiram algum episódio de violência pelo parceiro íntimo (VPI) física, antes e/ou durante a gestação. Destas, 78,4% adotaram alguma conduta de enfrentamento à VPI; 57,6% conversaram com alguém, 3,5% procuraram algum Serviço que pudesse ajudá-las e 17,3% conversaram e procuraram algum Serviço. As pessoas mais procuradas pelas mulheres foram os pais (42%), amigo/amiga (31,6%) e irmão/irmã (21,2%). Os Serviços mais procurados foram polícia/delegacia (57,6%), hospital/centros de saúde (27,1%) e instituições religiosas (25,4%). Das mulheres que conversaram com alguém sobre a violência, 44,8% não obtiveram qualquer tipo de ajuda. Os pais (30,7%), amigo/amiga (24%) e familiares do parceiro (16,5%) foram os que mais tentaram ajudá-las. Na análise de regressão logística múltipla, as variáveis que se mostraram associadas ao enfrentamento à VPI foram: a opinião da mulher de que se um homem maltrata sua esposa outras pessoas de fora da família deveriam intervir (OR=2,62; IC95%: 1,38-4,95); o escore de gravidade da violência (OR=1,11; IC95%: 1,03-1,19); o tempo de relacionamento com o parceiro ≤4 anos ou >8 anos (OR=2,55; IC95%: 1,17-5,56), em comparação às mulheres com 5 a 8 anos de relacionamento; a idade da mulher ≥25 anos (OR=1,84; IC95%: 1,00-3,40) e a história de violência física na família (mãe/irmãs) de origem (OR=1,82; IC95%: 0,99-3,34). Os resultados desta investigação podem contribuir para o fortalecimento de ações e políticas públicas que visem reduzir a violência contra a mulher
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Violencia domestica: uma questao de saude publicaTavares, Dinalva Menezes Castro. January 2000 (has links) (PDF)
Mestre -- Universidade de Sao Paulo. Faculdade de Saude Publica. Departamento de Pratica de Saude Publica, Sao Paulo, 2000.
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Significações psicologicas dadas a violencia sexual por mulheres atendidas em ambulatorio especializado universitario : um estudo clinico-qualitativoCrepschi, Jaira Lopes Brandão 29 July 2005 (has links)
Orientadores: Egberto Ribeiro Turato, Aloisio Jose Bedone / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-04T23:09:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2005 / Resumo: O recorte do objeto de estudo deste trabalho contemplará uma amostra de mulheres vitimadas pela violência sexual, em seguimento atual no Ambulatório de Atendimento Especial à Mulher após terem sido atendidas na urgência do Centro de Atendimento Integral à Saúde da Mulher ? CAISM/UNICAMP. Nossa hipótese inicial será que as mulheres vitimadas por violência sexual possam identificar (ou se expressarem de maneira a ser possível que a pesquisadora infira) sentimentos vivenciados durante o processo de violência. Diante deste pressuposto, o objetivo do presente estudo foi conhecer os sentidos e significados, do ponto de vista teórico psicológico e sociocultural, que mulheres vitimadas por violência sexual, atribuem a diversos fenômenos relativos a este processo, a seu tratamento e as várias dimensões de sua vida (família, sexualidade, trabalho, lazer, relações sociais e religiosidade). Para tanto, utilizaremos o método clínico-qualitativo que nos leva a discutir e tirar conclusões sobre relações encontradas entre, de um lado, os significados simbólicos dados pelos sujeitos aos fenômenos de sua vida e, de outro, suas crenças e atitudes. A amostra de sujeitos, advindos do serviço citado acima, foi intencional construída pela técnica de saturação de dados coletados, definindo assim em campo o número de pessoas a serem estudadas. A técnica de coleta de dados a ser empregada foi a Entrevista Semidirigida de Questões Abertas, que permite um contato em profundidade entrevistador-entrevistado, complementada pela observação cuidadosa e global do informante. Para os procedimentos, utilizou-se um Roteiro/Diário de campo para anotação dos achados dividido em quatro partes: dados sucintos de identificação da mulher em estudo; o que significou para ela a violência sexual e suas conseqüências biopsicossociais; anotações do comportamento global do sujeito durante a entrevista e dados de auto-observação (reações do tipo contratransferencial); e dados suplementares com informações clínicas sobre a mulher fornecidas pela equipe de saúde responsável. A técnica de tratamento dos dados colhidos foi a Análise Qualitativa de Conteúdo propiciando a categorização/subcategorização a partir de leituras flutuantes do conjunto de entrevistas transcritas. A discussão/interpretação dos resultados foi feita à luz de um quadro eclético de referenciais teóricos habitualmente usado nas áreas disciplinares da psicologia aplicada à saúde, psicossomática, psicanálise e concepções socioculturais / Abstract: The clipping of the object of study of this work will contemplate a sample of women-victimis of sexual violence, in current pursuing in the Clinic of Special Attendance to the Woman after to have been taken care of in the emergency of Centro de Atendimento Integral à Saúde da Mulher - CAISM/UNICAMP. Our initial hypothesis will be that the women?s feelings identification during the violence process. Ahead of this estimated, the objective of the present study was to know the directions and meanings, of the psychological theoretical point of view and sociocultural way, that women-victimis of sexual violence, attribute the diverse relative phenomena to this process, its treatment and the some dimensions of its life (social family, sexuality, work, leisure, relations and religion). For in such a way, we will use the qualitative -clinic method that in takes them to argue and to take off conclusions on relations found between, of a side, the symbolic meanings data for the citizens to the phenomena of its life and, of another one, its beliefs and attitudes. The sample of citizens, happened of the cited above, intentional service was constructed by the technique of saturation of collected data, thus defining in field the number of people to be studied. The technique of collection of to be used data was the interview semi de opened question, that allows a contact in interviewer-interviewed depth, complemented for the careful and global comment of the informer. For the procedures, a diary/research of field for notation of the findings divided in four parts was used: data brief of identification of the woman in study; what it meant for it the sexual violence and its biopsicossociais consequences; notations of the global behavior of the citizen during the interview and data of auto-comment (reactions of the contratransferencial type); e given suplemental with clinical information on the woman supplied by the team of responsible health. The technique of treatment of the harvested data was the Qualitative Analysis of Content propitiating the category/subcategory from floating readings of the set of transcribing interviews. The discussion-interpretation of the results was made to the light of an eclectic picture of theoretical referenciais habitually used in the areas to discipline of the psychology applied to the health, psychosomatic, sociocultural psychoanalysis and conceptions / Doutorado / Ciencias Biomedicas / Doutor em Tocoginecologia
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Violência por parceiro íntimo e morbidade materna grave / Intimate partner violence and severe maternal morbidity.Puccia, Maria Ines Rosselli 30 October 2012 (has links)
Violência por parceiro íntimo (VPI) e morbidade materna grave constituem-se em importantes agravos à saúde sexual e reprodutiva feminina e representam formas de expressão das desigualdades de gênero. De acordo com os critérios clínicos, laboratoriais e de manejo relativos à morbidade materna grave, adotados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a definição de condições potencialmente ameaçadoras da vida materna (CPAV), este estudo teve por objetivo analisar a associação entre VPI na gravidez atual e ocorrência de CPAV entre mulheres atendidas em maternidades públicas da Grande São Paulo. Gestantes e puérperas que constituíram a população de estudo (N=446) foram divididas em dois grupos distintos: 1) que desenvolveram CPAV durante o ciclo gravídico puerperal atual, definidas como casos (n= 109); e 2) que não apresentaram qualquer tipo de intercorrência clínica, laboratorial ou de manejo no mesmo ciclo, definidas como controles (n=337). Respeitando-se os preceitos da ética em pesquisa com seres humanos, os casos e os controles foram selecionados por meio de visitas diárias aos locais de estudo entre novembro de 2010 e junho de 2011; próximo da alta hospitalar, entrevistas estruturadas foram conduzidas para investigação retrospectiva de VPI durante a gravidez atual, por meio de questionário adaptado do Estudo Multipaíses da OMS sobre Saúde da Mulher e Violência Doméstica. A relação entre a variável resposta (CPAV), a variável de exposição (VPI) e demais variáveis independentes, foi avaliada por meio de proporções, testes qui-quadrado ou exato de Fisher e pelo modelo de regressão logística múltiplo. Identificou-se prevalência de \"near miss\" materno de 5,62/1.000NV, ou seja, 0,56% e, Razão de Resultados Maternos Severos de 6,37/1.000NV. Considerando-se a tipificação da violência, observou-se prevalência de 12,7% de violência psicológica; 7,6% de violência física e 1,6% de violência sexual durante a gestação atual entre casos e controles. A despeito da ausência de significância estatística entre a exposição à VPI na gestação atual, relatada por 13% da amostra, e a ocorrência do desfecho CPAV, verificou-se que tanto as gestantes expostas à VPI quanto as mulheres que desenvolveram CPAV, apresentam fatores associados às condições sociodemográficas e reprodutivas desfavoráveis. Concluiu-se sobre a importância do monitoramento de casos CPAV que, assim como o rastreamento rotineiro da VPI entre gestantes, deve ser incluído no processo de trabalho dos enfermeiros. Isto é importante para promover a qualificação da atenção à saúde materna. / Intimate partner violence (IPV) and severe maternal morbidity represents importants women´s sexual and reproductive health issues, as well as an expression means of gender inequalities. According to clinical, laboratory-based and management-based criteria concerning severe acute maternal morbidity adopted by World Health Organization (WHO) to define potentially life-threatening maternal condition, this study aims to analyze the association between IPV in current pregnancy and potentially life-threatening condition among women cared in Great São Paulo public hospitals. Pregnant and postpartum women who constituted the study population (N=446) were categorized into two distinct groups: 1) who developed potentially life- threatening condition during current pregnancy, childbirth or postpartum, called cases (n= 109); and 2) women who did not attended to any clinical, or laboratory- based and management-based criteria, called controls (n=337). According to the ethical standards of human research, cases and controls were selected through daily visits at study settings during November 2010 and June 2011; near discharge from hospital, the structured interviews were conducted to investigate the prospective relationship among IPV during current pregnancy through a questionnaire adapted from Who Multi-country Study on Women\'s Health and Domestic Violence Against Women. The relationship between response variable (potentially life-threatening maternal condition), the exposition variable (IPV) and the others independents variables was assessed by proportions, chi square test or Fisher\'s exact test and multiple regression logistic. The maternal near miss prevalence identified was 5,62/1.000 live births, or 0,56%. The Severe Maternal Outcome Ratio was 6,37/1.000 live births. Considering the violence´s types, the study have found 12,7% of psychological, 7,6% of physical and 1,6% of sexual injuries during current pregnancy among cases and controls. Despite the absence of statistical significance between VPI exposition in current pregnancy, which was related by 13% of the total sample, and the potentially life-threatening maternal outcome, it was verified that both pregnant women exposed to IPV as those who developed potentially life-threatening conditions, showed factors associated with sociodemographic and reproductive unfavorable conditions. In conclusion, it is recommended potentially life-threatening condition continued audit, as well as the IPV routine screening among pregnant women should be included in the nurse´s working process. It`s important to improve the quality of maternal care health system.
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Homens no cenário da Lei Maria da Penha: entre (des)naturalizações, punições e subversões / Men in the scene of Maria da Penha law: between (de)naturalizations, punishments and subversionsLIMA, Maria Lúcia Chaves January 2008 (has links)
Submitted by Cleide Dantas (cleidedantas@ufpa.br) on 2014-03-25T12:19:37Z
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Previous issue date: 2008 / O presente trabalho visou estudar o lugar ocupado pelos homens no contexto da violência
contra a mulher, mais precisamente no atual cenário circunscrito pela Lei Maria da Penha. Tal
legislação traz várias modificações quanto às estratégias para “combater” à violência contra a
mulher. A novidade mais comentada é a severidade na punição aos considerados
“agressores”. Então, almejando conhecer os sentidos que circulam sobre os homens nesse
atual contexto, essa pesquisa foi realizada a partir de duas etapas fundamentais. A primeira
consistiu em um levantamento de todos os serviços voltados aos casos de violência contra a
mulher na cidade de Belém, Brasil. Nesse momento se constatou a ausência de qualquer
serviço de atenção ao homem envolvido em situação de violência. Uma vez que a Delegacia
da Mulher se apresentou como a organização de maior referência sobre o tema em Belém,
iniciou-se a segunda etapa da pesquisa, subdividida em três estratégias metodológicas:
observação no cotidiano da delegacia, conversas com as pessoas que transitavam naquele
local e entrevistas com os seus funcionários. As informações obtidas pelos dois recursos
iniciais mostraram que a Delegacia da Mulher é um lugar com pretensões de ser acolher, mas
acaba por se revelar um ambiente violento, seja por sua arquitetura, seja pelo atendimento
prestado. Já nas entrevistas foi possível acompanhar algumas concepções sobre os homens (e
também sobre as mulheres) que circulavam em tal delegacia. O ponto-chave dessa discussão
está em torno de uma nova naturalização dos homens que cometem violência contra a mulher:
da “essência” violenta para a socialização violenta. Apesar da consideração de que esses
homens sejam produzidos por uma “educação machista”, todos os entrevistados indicam a
prisão como a punição mais adequada aos denunciados por agressão contra a mulher.
Entretanto, como a prisão é reconhecida como incapaz de promover mudanças “positivas”, é
recomendado que a ela seja acrescido algum tipo de tratamento psicológico. Percebe-se que
há um discurso de “tratamento” para esses homens. Porém, este se configura como uma
maneira de tentar “regenerá-los” para posteriormente serem “devolvidos” ao chamado
“convívio social”. Considera-se que esta abordagem só aumenta a intolerância para com os
homens que cometem violência, uma vez que os coloca estigmatizados como a parte da sociedade
que deve ser saneada, formatada e, posteriormente, devolvida a “acolhedora sociedade”. Por fim,
mais do que um “tratamento”, proponho que seja criado um espaço de escuta capaz de instaurar a
dúvida sobre as certezas a respeito das relações de gênero que produzem e mantêm as situações de
violência contra a mulher. / This work intended to study the place occupied by men in the context of violence against
women - more precisely on nowadays scene placed by Maria da Penha law. This law brings
several modifications concerning the strategies to “combat” violence against women. The
most commented one is the severity when punishing those considered “aggressors”. In order
to do that, learning the possible conceptions about men that circulate in this recent context,
two fundamental steps were taken. The first one consisted of making a list of all the services
provided in cases of violence against women at the city of Belém, Brazil. That was a moment
on which we noticed the lacking of any service concerning the men involved in violence
situation. Once Women's Police Station has presented itself as the most important reference
about the subject at Belém, we began the second part of this research, which was divided on
three methodological strategies: observation of its everyday life and interviews with its
employees and people that used to go there. The information obtained showed that although
Women's Police Station is a place that intends to give support to those that look for help, it
reveals itself a violent ambient, something exemplified either by its architecture and by the
kind of service provided there. Besides, it was possible to apprehend some suggestive
conceptions of those men (and women) usually presented there. The main point of our
discussion refers to a new naturalization of men that commit violence against woman: from a
violent “essence” to a violent socialization. Here, although the people interviewed consider
these men as products of a “sexist education”, they indicate prison as the adequate
punishments in those cases. On the other hand, once prison is recognized as incapable of
promoting “positive” changes, it is recommended to add some psychological treatment. It is
possible to realize that there is a “treatment” speech about these men that tries to “regenerate”
them and lately give them “back to society”. Nevertheless, we consider that this approach
only increases the intolerance against men that commit violence, once it stigmatizes them as
the part of society that must be cured, formatted and lately “given back”. In conclusion, more
than a “treatment” we propose the creation of a space of listening that can put in check the
certainties about the type of gender relations that produce and maintain situations of violence
against women.
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Violência por parceiro íntimo e morbidade materna grave / Intimate partner violence and severe maternal morbidity.Maria Ines Rosselli Puccia 30 October 2012 (has links)
Violência por parceiro íntimo (VPI) e morbidade materna grave constituem-se em importantes agravos à saúde sexual e reprodutiva feminina e representam formas de expressão das desigualdades de gênero. De acordo com os critérios clínicos, laboratoriais e de manejo relativos à morbidade materna grave, adotados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a definição de condições potencialmente ameaçadoras da vida materna (CPAV), este estudo teve por objetivo analisar a associação entre VPI na gravidez atual e ocorrência de CPAV entre mulheres atendidas em maternidades públicas da Grande São Paulo. Gestantes e puérperas que constituíram a população de estudo (N=446) foram divididas em dois grupos distintos: 1) que desenvolveram CPAV durante o ciclo gravídico puerperal atual, definidas como casos (n= 109); e 2) que não apresentaram qualquer tipo de intercorrência clínica, laboratorial ou de manejo no mesmo ciclo, definidas como controles (n=337). Respeitando-se os preceitos da ética em pesquisa com seres humanos, os casos e os controles foram selecionados por meio de visitas diárias aos locais de estudo entre novembro de 2010 e junho de 2011; próximo da alta hospitalar, entrevistas estruturadas foram conduzidas para investigação retrospectiva de VPI durante a gravidez atual, por meio de questionário adaptado do Estudo Multipaíses da OMS sobre Saúde da Mulher e Violência Doméstica. A relação entre a variável resposta (CPAV), a variável de exposição (VPI) e demais variáveis independentes, foi avaliada por meio de proporções, testes qui-quadrado ou exato de Fisher e pelo modelo de regressão logística múltiplo. Identificou-se prevalência de \"near miss\" materno de 5,62/1.000NV, ou seja, 0,56% e, Razão de Resultados Maternos Severos de 6,37/1.000NV. Considerando-se a tipificação da violência, observou-se prevalência de 12,7% de violência psicológica; 7,6% de violência física e 1,6% de violência sexual durante a gestação atual entre casos e controles. A despeito da ausência de significância estatística entre a exposição à VPI na gestação atual, relatada por 13% da amostra, e a ocorrência do desfecho CPAV, verificou-se que tanto as gestantes expostas à VPI quanto as mulheres que desenvolveram CPAV, apresentam fatores associados às condições sociodemográficas e reprodutivas desfavoráveis. Concluiu-se sobre a importância do monitoramento de casos CPAV que, assim como o rastreamento rotineiro da VPI entre gestantes, deve ser incluído no processo de trabalho dos enfermeiros. Isto é importante para promover a qualificação da atenção à saúde materna. / Intimate partner violence (IPV) and severe maternal morbidity represents importants women´s sexual and reproductive health issues, as well as an expression means of gender inequalities. According to clinical, laboratory-based and management-based criteria concerning severe acute maternal morbidity adopted by World Health Organization (WHO) to define potentially life-threatening maternal condition, this study aims to analyze the association between IPV in current pregnancy and potentially life-threatening condition among women cared in Great São Paulo public hospitals. Pregnant and postpartum women who constituted the study population (N=446) were categorized into two distinct groups: 1) who developed potentially life- threatening condition during current pregnancy, childbirth or postpartum, called cases (n= 109); and 2) women who did not attended to any clinical, or laboratory- based and management-based criteria, called controls (n=337). According to the ethical standards of human research, cases and controls were selected through daily visits at study settings during November 2010 and June 2011; near discharge from hospital, the structured interviews were conducted to investigate the prospective relationship among IPV during current pregnancy through a questionnaire adapted from Who Multi-country Study on Women\'s Health and Domestic Violence Against Women. The relationship between response variable (potentially life-threatening maternal condition), the exposition variable (IPV) and the others independents variables was assessed by proportions, chi square test or Fisher\'s exact test and multiple regression logistic. The maternal near miss prevalence identified was 5,62/1.000 live births, or 0,56%. The Severe Maternal Outcome Ratio was 6,37/1.000 live births. Considering the violence´s types, the study have found 12,7% of psychological, 7,6% of physical and 1,6% of sexual injuries during current pregnancy among cases and controls. Despite the absence of statistical significance between VPI exposition in current pregnancy, which was related by 13% of the total sample, and the potentially life-threatening maternal outcome, it was verified that both pregnant women exposed to IPV as those who developed potentially life-threatening conditions, showed factors associated with sociodemographic and reproductive unfavorable conditions. In conclusion, it is recommended potentially life-threatening condition continued audit, as well as the IPV routine screening among pregnant women should be included in the nurse´s working process. It`s important to improve the quality of maternal care health system.
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Violência Cometida Pelo Parceiro Íntimo Contra a Mulher e Prática Educativa MaternaSilva, Josianne Maria Mattos da 21 August 2015 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2016-04-07T14:41:13Z
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Previous issue date: 2015-08-21 / CAPEs / A violência é uma questão complexa que se reproduz no cotidiano. Ela pode se naturalizar nas relações parentais - sob a justificativa de atos disciplinares - e, numa outra perspectiva, na relação com parceiros íntimos. O objetivo da pesquisa foi estimar a prevalência e analisar a associação entre a violência cometida contra mulheres por parceiro íntimo (VPI) e a prática educativa materna (PEM) com crianças no início da escolaridade formal. Estudo transversal, realizado entre 2013 e 2014 com 631 mulheres, entre 24 e 58 anos, cadastradas na Estratégia de Saúde da Família do Distrito Sanitário II da cidade do Recife, Pernambuco. A PEM foi avaliada pela escala de conflitos Parent-Child Conflict Tactics Scale. VPI foi definida por atos concretos de violência psicológica, física e sexual infligidos à mulher pelo parceiro. A associação da VPI com a PEM foi estimadvoa pelos odds ratios brutos e ajustados, utilizando-se análise de regressão logística multivariada. As prevalências foram, VPI: 24,4% e PEM violenta: 93,8% (82,4% de agressão física e 91,4% de agressão psicológica). Disciplina não violenta (DNV) foi referida por 97,6% das mulheres como estratégia educativa, coexistindo com estratégias violentas de disciplinamento. Houve associação entre VPI e PEM; ter relatado VPI aumentou as chances em 2,2 vezes da criança sofrer agressão psicológica (IC95%: 1,0 - 5,0). Embora a DNV tenha sido referida, os achados demonstram alta prevalência de prática educativa materna que perpassa pela violência, o que aponta para a necessidade de intervenções que minimizem os prejuízos da violência na mulher e na criança. / Violence is a complex issue that happens every day. It can become natural in parental relationships – justified as disciplinary actions – and, on another perspective, on the relationship with intimate partners. This research aimed to estimate the prevalence and to analyze the association between the intimate partner violence against women (IPV) and the maternal educational practice (MEP) against to children at the start of formal education. This is a Cross-sectional study, carried out from 2013 to 2014 with 631women in the age group 24 and 58 years old, registered at the Sanitary Distric II Family Health Strategy of Recife, Pernambuco. The MEP was evaluated with the Parent-Child Conflict Tactics Scale. IPV was defined by the concrete psychological, physical and sexual violence acts inflicted to the woman by her partner. The association of IPV and MEP was estimated by the crude and adjusted odds ratio, using the logistic regression analysis. The prevalences of, IPV was (24.4% and for violent MEP 93.8%; 82.4 % for physical aggression and 91.4% psychological aggression). Non-violent discipline (NVD) was referred by 92.6% of women as educational strategy, coexisting with violent disciplining strategies. There was an association between IPV and MEP: have reported IPV increased 2,2 times the chances of a child to suffer psychological aggression (CI95%: 1.0 – 5.0). Although the NVD has been referred, the finding demonstrate high prevalence of violent maternal educational practice, what points out to the necessity of interventions that minimize the harms on the woman and the child.
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